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ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO II
*Arão Manuel Mbongue, Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, pela ESPLS – ULAN, professor do 6º grau do ensino primário e secundário,
é docente Universitário na ESPLS. Formador do INAPEM nos módulos: Como Iniciar e Como Administrar Sua Empresa, na Província da Lunda-Sul.
Formado no Curso de Agregação Pedagógica (CAP), pela ULAN. Exerceu funções de Director Geral do Complexo Escolar John Pestalozzi - Instituto Médio
de Economia e Saúde do Iº e IIº Ciclo de Saurimo, é Técnico de Materiais na empresa Sociedade Mineira de Catoca.
APRESENTAÇÃO DA CADEIRA. FUNDAMENTOS DO PROGRAMA
2. FUNÇÃO DA PRODUÇÃO
2.1 Processo Produtivo
2.1.1 Tipos de processo produtivo
APRESENTAÇÃO DA CADEIRA. FUNDAMENTOS DO PROGRAMA
3. ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Serão aplicadas duas avaliações escritas atingindo um total de 60% incluindo exercícios
práticos (cálculos matemáticos), reflexão, debate na sala de aulas e trabalho de pesquias
(participação individual ou em grupo); sem descorar a assiduidade/pontualidade. O ciclo
normal de avaliações termina com a realização do exame final tendo o peso de 40%.
TEMA1. INTRODUÇÃO
1.1Conceito de Produção
Como todos os sectores da administração, a produção também possui diversos conceitos, sendo a mais
utilizada do Nigel Slack, que diz a “produção é a área responsável por desenvolver produtos ou serviços a
partir de insumos (matérias-primas, informações, consumidores, etc.) através de um sistema lógico, criado
racionalmente para realizar essa transformação.
Podemos assim dizer que a administração de produção é a actividade de gerenciar os recursos escassos e
processos que produzem e entregam bens e serviços, visando a atender as necessidades e/ou desejos de
qualidade, tempo e custo de seus clientes.
I. INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO
A sua existência tem a ver com os factores estratégicos da organização, que são:
b) Apoio as estratégias;
c) Impulsionar as estratégias.
2.1 PROCESSO PRODUTIVO
Ex: produção de componentes que alimentam uma linha de montagem; produção de alguns alimentos congelados especiais;
produção da maior parte das roupas. Como uma fábrica de camisas ou móveis que produz o mesmo modelo de cor e tamanhos
diferentes.
2.1.1 OS TIPOS DE PROCESSO PRODUTIVO
5- Processos contínuos
Exemplo: Refinarias de petróleo, indústrias químicas e siderúrgicas; usinas geradoras de electricidade, etc.
TEMA 3. ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO
Elas (as estratégias organizacionais) auxiliam manter a liberdade de acção reforçando o compromisso com
os objetivos estratégicos; adequando-as ao poder decisório;
ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO
Este tema tem por objetivo introduzir os conceitos elementares sobre o planeamento da
capacidade de produção e sua avaliação econômica, permitindo a compreensão e utilização
de técnica para apoio à tomada de decisões, no contexto da administração geral de empresas.
Após a aula, espera-se que o estudante esteja apto a:
Compreender o que é e identificar as várias formas de se mensurar a capacidade de
produção de uma organização.
Planear e calcular os lotes mínimos de produção para que uma organização possa reduzir
seus estoques e, ao mesmo tempo, atender melhor seus clientes, levando em consideração
os tempos de setup incorridos no seu processo produtivo.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Portanto, quanto menor o tempo necessário para a realização de cada set-up, mais set-ups
poderão ser feitos, diminuindo o tamanho dos lotes mínimos de fabricação, o que implica
na redução do estoque médio do produto na empresa, sem prejuízo à qualidade do
atendimento.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
a) Capacidade instalada: consiste no volume máximo que uma unidade produtora pode
alcançar, sem nenhuma perda, trabalhando em regime full time. É uma medida
hipotética, a ser utilizada para definições estratégicas.
Ex: uma empresa do ramo alimentício tem capacidade de produzir, em um forno
contínuo, duas toneladas de biscoitos por hora. Qual é a capacidade mensal instalada
desta empresa? Cmi = Ci x t x q
Resposta: Capacidade instalada =30 dias x 24 horas x 2 toneladas por hora = 1.440
toneladas de biscoitos por mês.
Neste caso, a unidade de medida da capacidade pode ser em tempo (horas de forno disponíveis) ou em quantidade (toneladas de biscoito produzidas).
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Dois turnos: dois turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por
Três turnos: três turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por
Quatro turnos: três turnos diários, com oito horas de duração cada um, sete dias por
Exemplo: o setor de tingimento de uma tecelagem tem uma barca de tingimento16 com
capacidade para tingir 300 quilos de determinado tecido por hora. O setor trabalha em dois
turnos de oito horas, cinco dias por semana. Durante a última semana, os registros de
produção apresentaram os seguintes apontamentos de tempos perdidos:
Nº Ocorrência Tempo parado
01 Mudança de cor (set- up) 4,5 horas
02 Amostragens da qualidade 3 horas
03 Falta de pessoal 4 horas
04 Tempos de troca de turnos 50 minutos
05 Falta de tecido 2 horas
06 Manutenção preventiva regular 4 horas
07 Nenhum trabalho programado 2 horas
08 Investigações de falha de qualidade 40 minutos
09 Acidente de trabalho 25 minutos
10 Falta de energia elétrica 4.15 horas
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Capacidade instalada: 7 dias por semana x 24 horas por dia = 168 horas por semana
ou 168 x 300 = 50.400 quilos de tecido tingido por semana. Capacidade disponível: 16
horas por dia x 5 dias por semana = 80 horas por semana ou 80 x 300 = 24.000 quilos
de tecido tingido por semana.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
portanto, a capacidade efetiva será: 80 -14,33 = 65,67 horas ou 65,67 x 300 = 19.700
quilos de tecido tingido por semana.
horas, portanto a capacidade realizada foi de 65,67 – 9,23 = 56,44 horas ou 56,44 x 300
= 16.932 quilos de tecido tingidos por semana.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Lote mínimo de fabricação corresponde ao menor lote possível de ser produzido pela
empresa de forma que o aumento do tempo dos set-ups não ultrapasse a capacidade
disponível. O número de ciclos representa a quantidade de vezes que uma “rodada” de
peças é feita no período (mensal neste caso), por exemplo, se forem produzidos lotes de
200 peças cada, teremos cinco ciclos, ou seja, cinco “rodadas” de fabricação.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Ex: Uma empresa é produtora de peças plásticas injetadas. Uma programação de produção
deve ser feita para quatro peças plásticas que são produzidas em uma única máquina
injetora. A empresa pretende fazer seu plano de produção, em função de suas capacidades,
para um mês de 24 dias úteis. Se a empresa trabalha um turno de oito horas por dia e
considera um fator de tolerância de tempo de espera de 97% (perda de 3%), calcular o lote
mínimo de fabricação de cada uma das peças.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
DB 6.000 DD 4.500
LM B 747 peças LM D 560 peças
Nº de ciclos 8,03 Nº de ciclos 8,03
Obs. Isto significa que a empres pode dividir a demanda mensal de cada peça, e, ao invés de produzir todas as 4.000 peças A, por exemplo, de uma única
vez, a empresa fará oito lotes de 498 peças A em cada lote.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
DB 6.000 DD 4.500
LM B 390 peças LM D 292 peças
Nº de ciclos 15,37 Nº de ciclos 15,37
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Quanto mais set-ups puderem ser feitos, menores serão os lotes mínimos dos produtos. Isto
representa uma considerável vantagem para a redução dos níveis de estoque. No caso empresa em
análise o impacto no estoque médio da peça A, por exemplo, pode ser avaliado da seguinte forma:
1º- se apenas um lote de cada produto for feito no mês, isto representa um estoque médio
do componente A de 4.000 ÷ 2 = 2.000 peças.
3. PLANEAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
2º- se a demanda mensal do componente A for produzida em 8,03 vezes, tem-se o estoque
médio de (4.000 ÷ 8,03) ÷ 2 = 498 ÷ 2 = 249 peças.
3º- se a demanda mensal do componente A for produzida em 15,37 vezes, tem-se o estoque
médio de (4.000 ÷ 15,37) ÷ 2 = 260 ÷ 2 = 130 peças.
Apesar do menor nível de estoque, o atendimento ao cliente melhora, pois agora se produz sempre o item em
lotes menores, porém repetidas vezes. A nova forma de produção permite que se tenha um pouco de tudo, o
que é muito mais compatível com a demanda.