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Direito Previdenciário

Aula 06: Contribuições sociais para o financiamento da


Seguridade Social

Apresentação
Nesta aula, verificaremos em que consiste e como foi instituído o sistema contributivo adotado pela constituição
brasileira.

Segundo a Carta Magna, a participação no financiamento da seguridade consiste em um dever imposto a toda a
sociedade, esse dever será cumprido pelos cidadãos de forma direta através do pagamento das contribuições sociais e de
forma indireta através de ações do poder público que são financiadas mediante recursos da União, dos Estados e dos
Municípios.

O conhecimento da base de financiamento da seguridade social será de grande importância para que consigamos
compreender a importância da arrecadação das contribuições sociais para a manutenção e desenvolvimento da Saúde,
Assistência e Previdência.
Objetivo
Identificar as categorias de segurados e as alíquotas de contribuição de cada categoria;

Apontar a relação direta entre o custeio da previdência social e o recebimento dos benefícios previstos na legislação.

Palavras iniciais

A seguridade social, conforme já estudamos, compreende a Saúde, a Previdência e a Assistência.

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Segundo Romar (2013), foi uma criação advinda dos direitos sociais e seu principal objetivo foi efetivar os direitos que, apesar
de garantidos pelas constituições liberais, ainda estavam restritos à classe mais rica e, consequentemente, distantes do povo
mais pobre.

No entanto, para garantir o custeio de algo tão grandioso e


importante, foi necessário um esforço comum de todos os membros
do Estado, ou seja, para que o bem comum fosse atingido com
progresso social e econômico, era necessária a união de todas as
classes. Só assim seria possível financiar um grande sistema que
garantisse o mínimo de dignidade a todos os membros da nação.
Em busca da realização desse ideal, foi necessária a criação da seguridade com uma ampla fonte de custeio. Relembrando o
conteúdo já estudado na aula 2, verificamos que o princípio da diversidade da base de financiamento previu essa necessidade
de ampliar a fonte de custeio.

Também podemos observar pela leitura do artigo 195 da Constituição Federal, que os segurados empregados, empregados
domésticos, avulsos, contribuintes individuais, segurados especiais, empresas, associações desportivas de futebol, loterias,
entre outros, foram os eleitos para a garantia do financiamento da nossa seguridade social.

Estudaremos as peculiaridades da contribuição de cada um nos tópicos seguintes.

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As contribuições sociais

É importante ressaltar que as contribuições sociais têm natureza jurídica de tributos, devendo ser obrigatoriamente recolhidas
pelo contribuinte, e são subdivididas em:

Previdenciárias
Não previdenciárias

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Destinadas especificamente ao custeio da
Previdência Social, e são formadas pelas Englobam todas as contribuições voltadas
contribuições dos segurados empregados para o custeio da Assistência Social e da
e das empresas (Artigos 20 a 23 da Lei nº Saúde Pública.
8.212/1991);

Do empregado, do trabalhador avulso e do empregado doméstico

Esses trabalhadores recolhem com um percentual do seu salário de contribuição respeitando limites mínimos e máximos. As
alíquotas para tal recolhimento são progressivas, ou seja, quanto maior o salário do trabalhador, maior será seu salário de
contribuição e, consequentemente, mais elevado será o percentual incidente.

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Conforme é apontado pelo jurista Ivan Kertzman (2015) em sua obra Curso
de Direito Previdenciário, a progressividade das alíquotas incidentes sobre o
salário dos contribuintes está alinhada com os princípios constitucionais da
equidade na participação do custeio e da solidariedade do sistema
previdenciário.

As alíquotas são anualmente atualizadas e reajustadas com os mesmos índices dos benefícios de prestação continuada da
previdência social. Vejamos a atual tabela prevista para as contribuições do ano de 2019:

Tabela para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso 2019


Salário Contribuição (R$) Alíquota

Até R$1.751,81 8%

De R$1.751,82 a R$2.919,72 9%

De R$2.919,73 até R$5.839,45 11%

Fonte. INSS, 2019.

Atenção
É importante ressaltar que o percentual a ser aplicado incide somente até o teto do salário de contribuição, que, conforme a
tabela de 2019, corresponde ao valor de R$5.839,45 (cinco mil, oitocentos e trinta e nove reais e quarenta e cinco centavos).

O que devemos considerar sobre as contribuições?

Os trabalhadores empregados têm os valores correspondentes às alíquotas descontados pelo empregador diretamente do seu
salário, valor que deve ser repassado até o 15º dia do mês subsequente à contribuição. O mesmo deve ocorrer com os
empregados domésticos, devendo seu empregador realizar o respectivo pagamento das contribuições através do desconto
salarial respeitando as alíquotas e a data de pagamento.

O trabalhador avulso, por sua vez, tem suas contribuições retidas pelo Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO, no caso de
avulso portuário, ou pela empresa que remunera o trabalho do avulso, no caso de não portuário, o prazo para recolhimento é o
mesmo das empresas.

É importante sempre fiscalizar se a empresa que desconta os valores


correspondentes à contribuição social tem realizado efetivamente o
repasse das contribuições ao INSS, ressaltando que descontar
contribuições dos trabalhadores e não as repassar à Previdência
constitui crime de apropriação indébita previdenciária previsto no
artigo 168 do Código Penal.

Contribuinte Individual

O contribuinte individual terá regras específicas para realizar suas contribuições sociais quando prestar serviços diretamente a
pessoas físicas ou jurídicas.

Assim, o contribuinte individual que presta serviço à pessoa jurídica


tem retido 11% da sua remuneração, até o limite do teto do salário de
contribuição (R$5.839,45).
A empresa fica obrigada a efetuar o recolhimento dessa retenção, juntamente com a sua contribuição mensal, até o dia 15 do
mês subsequente à prestação do serviço. A mesma quantia será retida quando prestar serviços para cooperativas.

Quando o contribuinte individual estiver prestando serviços para pessoas


físicas, o segurado deverá efetuar pessoalmente o recolhimento de 20% do
valor auferido, sempre respeitando o teto do salário contribuição, até o dia
15 do mês subsequente à prestação do serviço.

O segurado poderá escolher outra forma de contribuição?

O segurado contribuinte individual também poderá optar por contribuir com o percentual de 11% do salário mínimo (trata-se do
plano simplificado de previdência, destinado à inclusão dos segurados que apesar de não possuírem grande fonte de renda,
demonstrem o desejo de ingressar ao quadro de filiados ao regime geral de previdência pública), todavia neste caso o segurado
perderá o direito de pleitear perante a previdência o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, caso desejar
reestabelecer esse direito deverá complementar os valores recolhidos com o remanescente de 9% mais correção monetária e
juros moratórios.

A seguir, apresentamos a tabela com os percentuais mínimos e máximos para o contribuinte individual e facultativo, referente
ao ano de 2019, disponibilizada no sítio do INSS, incluindo a alíquota de 5% destinada ao trabalhador de baixa renda que deseja
recolher as contribuições para a Previdência Social mediante o cumprimento dos requisitos legais.

Tabela para Contribuinte Individual e Facultativo 2019


Salário de
Alíquota Valor
Contribuição (R$)

R$998,00 5% (não dá direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição e R$49,90


Certidão de Tempo de Contribuição)

R$998,00 11% (não dá direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição e R$109,78


Certidão de Tempo de Contribuição)

R$998,00 até R$5.839,45 20% Entre R$199,60 (salário mínimo) e


R$1.167,89 (teto)

Fonte: INSS, 2019.

O Segurado Facultativo
O segurado facultativo, que compreende os estudantes ou
desempregados, poderá realizar suas contribuições
seguindo os moldes da tabela apresentada acima, seja com
contribuições no valor de 20%, respeitando o teto do salário
de contribuição, ou com contribuições de 11% (plano
simplificado de previdência) que não dará direito à
aposentadoria por tempo de contribuição, conforme já
estudado quando tratamos do contribuinte individual.
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Também poderá contribuir, com o percentual de 5%, o segurado facultativo que se enquadre nos requisitos de baixa renda,
desde que cadastrado no CadÚnico e com renda não superior a dois salários mínimos.

O segurado Especial

O segurado especial possui uma forma de contribuição bem diferente das demais categorias estudadas até o momento.

Mas afinal, quem são esses assegurados?

Esses segurados são os trabalhadores rurais que produzem em regime de economia familiar, sem utilização de mão de obra
assalariada. Também são inclusos nessa categoria o índio, os pescadores e os familiares que trabalham na produção em
regime de economia familiar.

Considerando a atividade agrícola deste segurado, que somente gera renda no período de colheita, caso a seguridade decidisse
por exigir contribuições mensais desses cidadãos, seria criada uma situação de extrema dificuldade para os membros dessa
categoria.

A Constituição Federal, por tal razão, autorizou que o segurado especial


recolhesse sua contribuição com base em um percentual incidente sobre a
venda da sua produção rural. Deste modo, os membros da categoria
somente recolhem para a Previdência depois da comercialização dos
produtos.

Atualmente, a contribuição do segurado especial corresponde a 2,3% sobre o valor bruto da comercialização de sua produção
rural. Esse percentual é composto da seguinte maneira:

01 2,0% para a Seguridade Social;

0,1% para financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa,
02 decorrente dos riscos ambientais do trabalho (SAT);

03 0,2% para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Contribuição da empresa

O art. 195, I, da CF prevê a contribuição do empregador, da empresa ou da entidade a ela equiparada. Dentre as contribuições
empresariais, são elencadas as contribuições sobre a receita ou faturamento, sobre o lucro e as contribuições sobre a folha de
salário.

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As contribuições sobre a receita ou faturamento compreendem


principalmente as contribuições denominadas COFINS E PIS/PASEP. A
COFINS (Contribuição para o financiamento da seguridade Social) tem como
base o faturamento mensal. Já o PIS/PASEP também como base o
faturamento mensal, está destinado a financiar o seguro-desemprego e o
abono anual no valor de um salário mínimo, pago aos trabalhadores que
recebem remuneração de até dois salários mínimos mensais de
empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS)
ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(PASEP).

Sobre o lucro empresarial, foi instituída a CSSL (Contribuição Social Sobre o Lucro), cuja base de cálculo é o resultado do
exercício antes da provisão para o imposto de renda.

As contribuições sobre a folha salarial compreenderão:

01 20% sobre as remunerações pagas aos empregados, ou contribuintes individuais;

De 1 a 3% referente à contribuição ao SAT baseado na RAT (riscos ambientais do trabalho), que irá variar conforme a
02 incidência de acidentes na empresa;

03 Contribuição para outras entidades e fundos como o grupo S (que engloba SESI, SENAI, SESC);

04 Contribuição sobre o 13º salário.

As associações desportivas de futebol

Conforme disposto no Art. 22 da Lei 8.212/91, a


contribuição empresarial das associações desportivas que
mantêm equipe de futebol profissional corresponde a 5% da
receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de
que participem em todo o território nacional, em qualquer
modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e,
também, 5% da receita de patrocínio, de licenciamento de
uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e
de transmissão de espetáculos desportivos.
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Atenção
É importante ressaltar que essa contribuição substitui apenas as devidas pela empresa sobre a remuneração de empregados e
avulsos, ou seja, caso a associação desportiva contrate contribuinte individual, deverá pagar 20% sobre sua remuneração a título
de contribuição previdenciária.

Outra característica importante é que não existe incidência caso um time brasileiro vá disputar uma partida no exterior, sendo a
regra abrangente apenas em solo nacional.

Concursos e prognósticos para o custeio

Outra fonte curiosa que a lei se encarregou de tributar com as contribuições sociais são os concursos e sorteios oficiais, como
por exemplo os realizados pela loteria federal. O Art. 195, III da CF estabelece a contribuição social incidente sobre a receita de
concursos de prognósticos.

O Art. 26, da Lei 8.212/91 também trata dos concursos: Constitui receita da
Seguridade Social a renda líquida dos concursos de prognósticos,
excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo.

Dessa forma, de acordo com o § 1º do Art. 26 da lei 8.212/91, são considerados concursos de prognósticos: todos e quaisquer
concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual,
do Distrito Federal e municipal.

No parágrafo segundo do Art. 26 da lei 8.212/91 ficou determinado que a receita da Seguridade Social seja a renda líquida de
tais concursos, assim considerada o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados a pagamento de prêmios, impostos
e despesas de administração.

Outras receitas da Seguridade Social

Conheceremos agora demais receitas também elencadas pela Lei 8212/91 em seu Art. 27, dentre elas, constituem outras
receitas da seguridade social:

I - As multas, a atualização monetária e os juros moratórios;

II - A remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros;

III - As receitas provenientes de prestação de outros serviços e fornecimento ou arrendamento de bens;

IV - As demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

V - As doações, legados e outras receitas eventuais;

VI - 50% da receita obtida na forma do § único do art. 243 da CF, repassado para o INSS aos órgãos responsáveis pelas ações
de proteção à saúde e a ser aplicada no tratamento e recuperação de viciados em entorpecentes e drogas afins;
VII - 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Secretaria da Receita Federal;

VIII - Outras receitas previstas em legislação específica.

Parágrafo único: 50% do valor do prêmio recolhido pelas companhias seguradoras que mantém o seguro obrigatório de danos
pessoais causados por veículos automotores de via terrestre que é o (DPVAT). Este valor deve ser destinado ao SUS (Sistema
Único de Saúde) para o custeio da assistência médico hospitalar aos segurados vitimados em acidentes de transito.

Atividades
1. (CESPE - 2018 - Delegado de Polícia Federal) Roberto é empregado da empresa XYZ ME há trinta anos e pretende requerer
ao INSS, em 1.º/10/2018, a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição. Com referência a essa situação hipotética,
julgue o item a seguir.

Na situação descrita, o recolhimento mensal à seguridade social relativo ao empregado Roberto é composto pela parte arcada
pelo empregado e pela parte arcada pelo empregador, sendo esta última correspondente a 20% do total das remunerações
pagas, devidas ou creditadas a Roberto durante o mês.

( ) Certo

( ) Errado

2 . (IBFC - 2017 - EBSERH - Enfermeiro - HUGG-UNIRIO). De acordo com a Lei número 8.212/91, a contribuição destinada à
seguridade social pela empresa é de ____% para empresas em cuja atividade predomina o risco de acidente do trabalho
considerado leve; ____% para as empresas em cuja atividade predomina o risco considerado médio; e _____% para as empresas
em cuja atividade predomina o risco considerado grave. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as
lacunas.

a) 2,5; 5; 7,5.
b) 1; 2; 3.
c) 1,5; 3; 4,5.
d) 2; 4; 6.
e) 1; 3; 5.

3. (CESPE – 2017 - Defensor Público Federal)

A respeito da condição de segurados e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
O princípio da equidade na forma de participação no custeio do RGPS não veda a existência de alíquotas de contribuições
diferenciadas entre empregadores nem entre empregados.

( ) Certo

( ) Errado
Resumo

Nesta aula, abordamos as razões que levaram à criação da seguridade social:

A necessidade do seu custeio por toda a sociedade e apresentados os segurados e demais escolhidos para a realização
das contribuições que sustentam esse complexo sistema;

As alíquotas de contribuição dos principais segurados e sua relação direta com benefícios como aposentadoria por tempo
de contribuição e auxílio-acidente;

A aplicação do princípio da diversidade da base de financiamento e sua garantia a toda a coletividade de um sistema de
ampla proteção social, abrangendo o cuidado com saúde, assistência, e acobertando os mais diversos sinistros que
poderiam retirar os segurados da previdência do mercado de trabalho.

Referências
Notas
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 8.212 de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de
Custeio, e dá outras providências. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212orig.htm. Acesso em: 27 ago. 2019.

BRASIL. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:


//www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 27 ago. 2019.

BRASIL. Instituto Nacional do Seguro Social. INSS. Tabela de contribuição mensal. Disponível em:
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/calculo-da-guia-da-previdencia-social-gps/tabela-de-contribuicao-mensal/. Acesso
em: 27 ago. 2019.

KERTZMAN, I. Curso prático de direito previdenciário. 12. ed. Salvador: Juspodivm, 2015.

ROMAR, C. T. M. Direito do Trabalho esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013.

Próxima aula

Acidente de trabalho;

Doenças profissionais e ocupacionais;

Prestações Acidentárias.

Explore mais

Para um conhecimento mais completo e aprofundado do tema, sugere-se a realização de pesquisa através dos seguintes
endereços eletrônicos:
Sobre a natureza jurídica das contribuições sociais:
https://jus.com.br/artigos/18663/contribuicoes sociais natureza juridica e aspectos controvertidos

Tabelas de contribuição mensal dos contribuintes filiados ao Regime Geral de Previdência

https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/calculo-da-guia-da-previdencia-social-gps/tabela-de-contribuicao-mensal/

Fontes de financiamento da seguridade social brasileira

//www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=3440

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