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Danieli Milke - 6º Semestre, Univel

Com o intuito de obter vantagem


pecuniária: aumenta 1/3

Exame pericial, art. 173 CPP

Crimes de Perigo comum Causas de aumento do inciso II

Incêndio, art. 250 Locais em que se por ventura for incendiado


tem potencial risco maior para
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida,
consequências mais graves
a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. - Queimadas, art. 41 da Lei 9.605/98
Aumento de pena
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço: Modalidade culposa, §2
I - se o crime é cometido com intuito de obter
vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio; Explosão, art. 251 CP
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação; Separa-se em 3 condutas
b) em edifício público ou destinado a uso público ou
- Causar a explosão;
a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo - Arremesso de engenho de dinamite;
de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo; - Simples colocação de engenho de
e) em estaleiro, fábrica ou oficina; dinamite. (potencial explosivo, se for falso
f) em depósito de explosivo, combustível ou não configura)
inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração; Crime formal de perigo concreto
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Incêndio culposo Tipo privilegiado, §1º
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de
6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Pena base menor quando o explosivo não
for dinamite, ou não possuir efeitos análogos,
ex.: pólvora.
- Causar perigo concreto
* Os aumentos de incêndio também se
- Expor: a vida, integridade física ou aplicam a explosão
patrimônio alheio
Modalidade culposa, §3º
- Crime formal
Ex.: fumar em um barracão de fogos de
- Consumação: cabe tentativa, se consuma artificio, o qual acaba causando explosão
no momento em que o fogo se alastra
sozinho Inundação (art. 254) e Perigo de Inundação
(art. 255)
Incêndio com objetivo de matar
Prejudicar patrimônio alheio utilizando de
Homicídio com emprego de fogo ou inundação
homicídio com emprego de fogo +
incêndio? Se assume o risco responde por inundação

Analisar: Modalidade culposa no art. 254

a) O fogo causava risco para terceiros? Desabamento ou Desmoronamento, art. 256

Se sim, crime de homicídio com a Desabamento: construções ou obras


qualificadora do fogo + o incêndio. Se não, construídas pelo homem;
responde apenas pelo homicídio Desmoronamento: refere-se a partes do solo
qualificado.
Pode responder concurso com homicídio?
Finalidade especifica Sim
Danieli Milke - 6º Semestre, Univel
Formas qualificadas de crimes de perigo Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio
comum (causas de aumento de pena), art. secreto ou infalível
258 CP
- Crime formal, não precisa de dano efetivo
Se doloso de perigo comum, é aumentada a
Meio secreto - desconhecido pelas ciências
e pena da metade
médicas
Se resulta em morte, pena é aplicada em
- Está criando atos atípicos da medicina
dobro
- Meio 100% eficaz (na ideia)
Caso de culpa, resulta lesão corporal,
aumenta-se, da metade - Existe fraude

Se houver morte, homicídio culposo + 1/3 7.4 Curandeirismo, art. 284


Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando,
habitualmente, qualquer substância;
7. Epidemia, art. 267 II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
Causar (dar origem), propagar (espalhar) Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante
Epidemia: doença que acomete em curto remuneração, o agente fica também sujeito à multa.
espaço de tempo e em determinado lugar - Arte da cura através de métodos não
várias pessoas. científicos
Perigo concreto - Crime habitual
Forma vinculada: germes patogênicos - vírus - STF entende que curandeiros (religiosos)
bactérias ou outros micro organismos não configura crime, sendo assim, questões
capazes de gerar doenças ligadas a religião não configuram
7.1 Omissão de notificação de doença curandeirismo

Crime próprio - médico - Não admite tentativa

Omissivo próprio - Apenas modalidade dolosa

Mera conduta – prevê apenas a ação (que - Independe de remuneração, mas quando
neste caso é a omissão) houver - multa

Doença de notificação compulsória 7.5 Forma qualificada, art. 285

* Enfermeira ou outros profissionais da saúde Aqui se aplica a todos artigos deste capítulo
responderão apenas administrativamente exceto 267 (epidemia), o art. 258:
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum
7.2 Exercício Ilegal da Medicina, art. 282
resulta lesão corporal de natureza grave, a pena
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a privativa de liberdade é aumentada de metade; se
profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de
autorização legal ou excedendo-lhe os limites culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena
aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a
- Exercer profissão (médico, dentista ou pena cominada ao homicídio culposo, aumentada
farmacêutico) excedendo limites (exceder de um terço.
atos para o qual não tem especialidade)

- Ação habitual, não cabe tentativa

- Atos típicos da medicina 8.1 Incitação do crime, art. 286


7.3 Charlatanismo, art. 283 Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime
Danieli Milke - 6º Semestre, Univel
- Incitação, provocação de crimes de - Não visa um único crime, intenção de
qualquer natureza; associação estável

- Deve ser público (internet também - União de desígnios (intenção, vontade)


configura);
- Trata-se de crime independente
- Crime formal, basta a incitação, independe
- Se a associação for para um único crime
se o público cometeu o crime ou não;
especifico, será concurso de agentes
- Que isso atinja um número elevado de
- Não precisa ser todos agentes no mesmo
pessoas;
auto, pode denunciar apenas um, desde
- O crime deve ser específico. Ex.: marcha da que provado que ele agia com 2 ou mais
maconha, fotos de apoio a armas, entra na agentes
liberdade de expressão;
- É possível, mesmo que na pratica ele não
- Forma livre. Ex.: discurso, publicação em venha a cometer nenhum crime, basta a
rede social, etc.; associação

- Apenas crime, contravenção penal não; - Na soma das pessoas, pode contar
adolescente (menor)
- Aqui o crime ainda não existe.
Causas de aumento
8.2 Apologia ao crime, art. 287
- Se for armada (basta que um dos membros
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato
utilizava ou estava armado, aplica-se a
criminoso ou de autor de crime
todos os demais) ou contar com
- Defender, exaltar, elogiar participação de adolescente
- De modo, direta ou indiretamente, 8.3.1 Associação para o tráfico, art. 35 Lei
incentivar a reiteração do ato 11.343/06

- Aqui o crime já existe, enaltece, estimula a


reiteração dela
- 2 ou + pessoas
- Deve haver dolo
- Finalidade especifica: cometimento dos
8.3 Associação Criminosa, art. 288 crimes previstos no artigo 33 e 34
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, 8.3.2 Organização criminosa, lei 12.850/2013
para o fim específico de cometer crimes: (Redação
dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) - Art. 2
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação
dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) - Associação de 4 ou mais pessoas,
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade estruturalmente ordenada e caracterizada
se a associação é armada ou se houver a pela divisão de tarefas, voltada a prática de
participação de criança ou adolescente. (Redação infrações penais com pena máxima superior
dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) à 4 anos ou de caráter transnacional
Constituição de milícia privada (Incluído dada pela
Lei nº 12.720, de 2012) 8.3.3 Constituição de milicia privada, art.
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou 288-A
custear organização paramilitar, milícia particular,
grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar - Constituir (compor), organizar, integrar
qualquer dos crimes previstos neste Código: (fazer parte), manter ou custear (sustentar)
(Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. - Organização paramilitar: associações civis,
(Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012) armadas, e com estrutura semelhante a
militar
- 3 ou + pessoas
Danieli Milke - 6º Semestre, Univel
- Milicia particular: grupo de pessoas civis ou Restituir a circulação da nota
não, com finalidade de desenvolver
- Figura qualificada, crime próprio: cometido
segurança de comunidades mais carentes,
por funcionário
instaurando a paz usando da violência. Ex.:
tropa de elite 2 OBS – Tipo misto cumulativo: configura
punições autônomas (se pratica dois deste
- Grupo ou esquadrão: reunião de pessoas,
artigo, é julgado por dois)
matadores, justiceiros, que atuam na
ausência/inércia do Poder Público. Ex.: Os Petrechos para falsificação de moeda
Vingadores
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso
ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo,
aparelho, instrumento ou qualquer objeto
Moeda Falsa, art. 289
especialmente destinado à falsificação de moeda
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a,
- Instrumentos com destinação especifica
moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no
para a falsificação da moeda
país ou no estrangeiro:
- Trata de objetos, maquinismo, aparelho ou
- Crime comum
instrumentos utilizados à falsificação de
- Configura somente o dolo moeda. Cabe interpretação analógica.

Não é possível aplicar o princípio da - Tipo misto alternativo


insignificância
- É subsidiário em relação ao crime do
- Crime misto alternativo: qualquer das art.289, ou seja, quando consumido pelo 289,
alternativas configura o crime será julgado pelo crime fim (falsificação), só
será aplicado o 291 quando não
Reinserir moeda falsa em circulação
consumando o 289 – PROVAAA
Recebeu sabendo a falsidade
Emissão de título ao portador sem permissão
Figura qualificada legal

§ 3º - É punido com reclusão, de três a Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete,
quinze anos, e multa, o funcionário público ficha, vale ou título que contenha promessa de
ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte
emissão que fabrica, emite ou autoriza a indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:
fabricação ou emissão:  I - de moeda com
- Criar uma nova nota de troca, iniciar um
título ou peso inferior ao determinado em lei;
mercado paralelo, ocupando o lugar da
 II - de papel-moeda em quantidade
moeda
superior à autorizada.
- Apenas com autorização legal
Contravenções penais
- Norma penal em branco, isto é, a
- Recusar em receber moeda pelo seu valor
permissão varia conforme a legislação
- Utilizar impresso que se assemelhe a moeda
- Titulo ao portador: sem indicação da
Crimes assimilados ao moeda falsa pessoa a quem se dirige, transferível por
simples tradição manual, independente de
Art. 290 Notas cortadas, tenta formar condição
novamente a nota
Da falsidade de título e outros papéis
Quando as notas são tiradas de circulação, públicos
são marcadas – lavar a nota, tirar a
marcação (suprimir) e por de volta no Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
mercado
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I – selo destinado a controle tributário, papel selado prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de
ou qualquer papel de emissão legal destinado à sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-
arrecadação de tributo; se a documento público o emanado de entidade
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por
II - papel de crédito público que não seja moeda de
endosso, as ações de sociedade comercial, os livros
curso legal;
mercantis e o testamento particular.
III - vale postal;
§ 3 o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa inserir: I – na folha de pagamento ou em documento
econômica ou de outro estabelecimento mantido por de informações que seja destinado a fazer prova
entidade de direito público; perante a previdência social, pessoa que não possua a
qualidade de segurado obrigatório; II – na Carteira de
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro Trabalho e Previdência Social do empregado ou em
documento relativo a arrecadação de rendas públicas documento que deva produzir efeito perante a
ou a depósito ou caução por que o poder público seja previdência social, declaração falsa ou diversa da que
responsável; deveria ter sido escrita; III – em documento contábil
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de ou em qualquer outro documento relacionado com as
transporte administrada pela União, por Estado ou obrigações da empresa perante a previdência social,
por Município: declaração falsa ou diversa da que deveria ter
constado. § 4 o Nas mesmas penas incorre quem
(não vai na prova) omite, nos documentos mencionados no § 3 o, nome
- Mesma interpretação do crime de moeda do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a
falsa, só muda o objeto (papeis públicos) vigência do contrato de trabalho ou de prestação de
serviços.
§5º Pune camelôs
Documento Público: “o escrito, revestido de
Falsificação de Documentos certa forma, destinado a comprovar um
fato, desde que emanado de funcionário
Falsidade material: documento em si é falso,
público, com competência para tanto”
palpável, consegue verificar materialmente
(NUCCI, 2019).
Falsidade ideológica: conteúdo é falso, com
Ex: RG, CPF, CNH, escritura pública
informações falsas
- Não precisa o autor necessariamente ser
- Perito não consegue identificar falsidade
funcionário público, bastar ser atribuição de
ideológica, apenas material, para identificar
um (crime comum, majorante para
a falsidade ideológica terá que cruzar dados
funcionário público)
para gerar provas
Perigo abstrato: não importa se usou ou não
Características
o documento, basta a falsificação
- Deve ser escrito (pode ser virtual) - Pode ser físico/digital

- Deve ser identificável o autor Espécies de documento público

- Conteúdo deve expressar uma vontade ou a) Formal e substancialmente público –


um fato elaborado por funcionário público, com
conteúdo e relevância jurídica de direito
- Deve ter valor probatório
público (atos do legislativo, executivo e
Espécies judiciário.

Falsificacao de documento público b) Formalmente público e substancialmente


privado – elaborado por funcionário público,
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
mas com conteúdo de interesse privado
público, ou alterar documento público verdadeiro:
(escritura pública de compra e venda de
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Se
bem particular).
o agente é funcionário público, e comete o crime
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PROVAAA – Falsificação e o crime de * Registro em cartório, não torna o público,
estelionato pois *é emitido por particular

Estelionatário quer comprar um carro, - Competencia da Justiça Estadual


falsifica o cheque e apresenta este com a
Art. 299: Omitir, em documento público ou particular,
finalidade de adquirir o veículo. A finalidade
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou
foi o estelionato, o cheque foi só o meio.
fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia
Ele responde pelos dois crimes? ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato
Depende, se o cheque tiver a única
juridicamente relevante
finalidade do estelionato, e se encerra neste,
automaticamente absolve-se a falsificação, - Fazer inserir dados falsos em documento
pois não vai atingir a fé pública, somente a público/particular
falsidade. Mas se a falsificação atingir vários
- Na falsidade ideológica o documento é
golpes, responderá por ela. Ou seja, será
autentico em seus requisitos, de nada
subsidiário – Sumula 17, STJ
adianta perícia, pois o que é falso são as
Princípio da Consunção – Crime meio informações ali inseridas (falsidade
(falsificação) fica absorvido pelo crime fim intelectual)
(estelionato)
Noções gerais
Súmula 17 do STJ: Quando o falso se exaure
a) Omitir declaração que deveria constar
no estelionato, sem mais potencialidade
lesiva, é por este absorvido. - Não agir, conduta omissiva
Falsificar: criar o documento – contrafação b) Inserir declaração falsa ou diversa do que
deveria constar
Alterar: falsificação independente do uso ou
consequências, trocar os dados - Ativo
Crime formal, admite tentativa c) Fazer inserir
(plurissubjetivo), crime comum, com
agravante se praticado por funcionário Influenciar terceiro, pode ser coautoria (dolo)
ou não
público

- Exige perícia, e depende da autoridade Um particular pode cometer falsidade


responsável por sua emissão ideológica em documento público?

*As hipóteses do §3º e §4º, em verdade, são Sim, quando ele mente para o funcionário
casos de falsidade ideológica. público colar dados falsos, desde que haja
essa participação do terceiro.
Falsificação do documento particular, art.
298 Falsidade de atestado médico, art. 302

- Falsificação de cartão Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua


profissão, atestado falso:
- Para estelionato, não irá aplicar o principio
da consunção, pois a falsificação não está - Crime próprio: deve ser o médico
restrita a um fato específico, responderá - P.u.: se tem fim com lucro, aplica-se multa
pelos dois de forma autônoma
- Se for função pública, responde pelo art.
Documento particular: todos que não sejam 301
públicos
Uso de documento falso, art. 304
Ex.: contrato de locação, nota fiscal,
contrato de compra e venda Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis
falsificados ou alterados, a que se referem os
arts. 297 a 302
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- Sujeito: qualquer pessoa que não seja o I - concurso público;
autor da falsificação
II - avaliação ou exame públicos;
- Consuma-se com o uso, não mero porte
III - processo seletivo para ingresso no ensino
(exceto cnh, que é de porte obrigatório)
superior;
Falsa identidade, art. 307
IV - exame ou processo seletivo previstos em
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa lei:
identidade para obter vantagem, em
- Se consuma independente do resultado
proveito próprio ou alheio, ou para causar
dano a outrem - Para quem recebe se consuma com a
utilização
- Basta atribuir-se de outrem
- Não precisa conseguir a vantagem, basta
- Ex: sujeito com vários antecedentes
ter a intenção
criminais, usa de outra identidade para
finalidade especifica. Interdição temporária de direitos, art. 47:
proibição de inscrever-se em concurso,
- Fica absolvido em caso de estelionato
avaliação ou exames públicos.
Súmula 522, STJ: não é exercício de
01. Correta
autodefesa mentir o nome para não ser
02. Errado, trata-se de uso de documento
preso
falso
Subspécie, art. 308 03. Certo (basta tê-la)
04. Certo, basta adulterar
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte,
05. Errado
título de eleitor, caderneta de reservista ou
06. Certo
qualquer documento de identidade alheia
07. Errado, tanto público, quanto
ou ceder a outrem, para que dele se utilize,
particular
documento dessa natureza, próprio ou de
08. Certo, não importa se foi muito ou
terceiro
pouca, só se foi grosseira, de forma
- O documento não é falso, é de outra que qualquer um pudesse perceber
pessoa 09. A) falsificação de documento público
10. B) falsificação de documento
- Só aplica este, quando não é possível particular
classificar por outro mais grave 11. C) falsidade ideológica
- Responde tanto quem usa, quanto quem 12. C) estelionato, quando a falsificação
cede é grosseira
13. D) crime único de estelionato, na
Adulteração de sinal identificador de veículo forma tentada, pois não teve a
automotor, art. 311 vantagem, afastando o concurso de
- Adulterar ou remarcar crimes
14. C)crime de petrechos para
- Modificação que pode passar falsificação de moeda, apenas
despercebida, não precisar ser permanente. 15. B) falsidade ideológica
Ex.: alteração de placa com fita isolante 16. C) falsidade ideológica
Fraudes em certames de interesse público,
art. 311-A

Art. 311-A Utilizar ou divulgar, indevidamente,


com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou
de comprometer a credibilidade do
certame, conteúdo sigiloso de:
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08/11/2022 Art. 316 Exigir vantagem indevida em razão
do cargo que ocupa (mesmo antes de
Falta completar
assumir)

- Mera exigência já configura

- A vítima cede por medo de represálias

- Se a vantagem for devida configura abuso


de autoridade

Malversação: peculato apropriação/desvio - Se usar violência ou grave ameaça,


de bens particulares que estão em custodia configura roubo/extorsão
da administração
Excesso de exação, art. 316, §1º e §2º
Peculato impróprio, art. 312, §1º
§1º Aqui o funcionário exige a vantagem
- Aqui não tem a posse, mas é facilitada pela para a administração publica
função de funcionário publico
§2º O funcionário desvia para si o que
Peculato mediante erro de outrem, art. 313 recebe

- Recebeu por erro alheio Corrupção Passiva

- Também se chama peculato estelionato Art. 317 Solicitar ou receber, ou aceitar


promessa da tal vantagem, em razão da
- Se o funcionário induz o erro, respondera função
pelo art. 171
- Funcionário se deixa corromper
Peculato culposo, art. §2º
- Inciativa: funcionário (solicitar)
- Se o funcionário concorre culposamente
para o crime de outrem - Vítima não sofre constrangimento, apenas
proposta
Ex.: segurança abandona o posto, e a
empresa é invadida, por negligencia do - Tipo misto alternativa: cometeu os três
funcionário verbos, mas responde apenas por um crime

- Se antes da sentença irrecorrível, reparar o - Configura-se com a proposta, não é


dano, extingue a punibilidade (apenas preciso cumprir a promessa
culposa), se for após, apenas uma redução
§1º A pena aumenta se o funcionário retarda
da pena PROVAAAA
ou deixa de praticar qualquer ato ou infringe
- Não há concurso de agentes (no concurso, dever funcional
deve haver o dolo conjunto)
Forma privilegiada, §2º O funcionário não
Peculato eletrônico tem vantagem aqui, apenas responde a um
pedido por influencia de outrem
Art. 313-A Meio: banco de dados, inserção
de dados em sistema de informações Corrupção ativa

Peculato Hacker Art.333 Oferecer ou prometer vantagem


indevida a funcionário publico
Art. 313-B Modificação ou alteração não
autorizada de sistema de informações - Iniciativa: do particular, se o funcionário
aceitar, vai responder pela corrupção
- Se resulta em dano para Administração passiva (se deixa corromper)
Pública há agravante

Concussão
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Prevaricação

Art. 319 Deixar de praticar ou retardar, ato


de oficio, ou pratica-lo contra a lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal

- Sentimentos e motivações morais

Condescendência Criminosa

Art. 320

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