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CRIMINOLOGIA - AULA 26/09

TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS:

Essa teoria inspirou-se na famosa Escola de Chicago que tratava a sociologia da subcultura das
periferias como explicação para o crime e o criminoso. A ausência do Estado sua principal
justificativa, trazendo o combate implacável contra qualquer espécie de crime.

Argumenta que o menor dos crimes quando não coibido, acaba por estimular o maior dos
crimes, propiciando a criminalidade. Ou seja, a aplicação cada vez mais rigorosa do direito
criminal se apresentaria como a principal e mais eficaz forma de reação aos crescentes índices
de violência urbana, abrindo margem para solução dos problemas sociais.

Desordem traz mais desordem

- Tolerância zero contra todos os delitos. Law and order – penas severas.

TEORIA DOS TESTÍCULOS DESPEDAÇADOS:

Se os policiais perseguirem com insistência um criminoso notório por pequenos crimes, ele
acabaria vencido pelo cansaço e abandonaria o bairro para ir cometer seus delitos em outro
lugar. se conter a microcriminalidade não existiria a macrocriminalidade.

TEORIA DA GRAXA SOBRE RODAS:

Para essa teoria alguns atos de corrupção devem ser tolerados, pois contornam a pesada
burocracia do Estado, dando maior liberdade ao setor privado e gerando crescimento
econômico, de maneira que a corrupção seria uma espécie de graxa que destrava as
engrenagens estatais, fazendo o estado funcionar com eficiência.

‘rouba, mas faz’.

TEORIA DO VAMPIRO:

Vítimas de violência sexual na infância, a título de exemplo, são propensas a serem também
abusadoras e violentas na vida adulta.

03/10 estudo do ser

PREVENÇÃO CRIMINAL

Estado buscando inibir crimes e o delito, seja de previsão legal ou não, grande ou pequena dor.

- PRIMÁRIA – antes: instituições, saúde, educação, segurança, moradia e emprego (direitos


básicos) para todos. Ações ou políticas públicas de Estado, por meio do poder executivo –
presidente, governadores e prefeitos. Prevenindo a curto a longo prazo.

- SECUNDÁRIA – durante: remediando a curto e médio prazo. Está ocorrendo ou na eminência


de acontecer. Portanto, ocorre pela ação policial. Não atinge todos os cidadãos, apenas em
parcela em um local.
- TERCIÁRIA - depois: específica para quem foi preso, condenado ou sentenciado por um
delito. Quando os demais falharem, buscam a ressocialização por meio do
encarceramento/prestação de serviço/multa, buscando evitar a reincidência.

*Três tipos de pena: restritiva de liberdade, direito e multa.

DAS PENAS – 3ª

Direitos fundamentais no art. 5º, inciso XLVI

A pena é individualizada.

Três tipos de pena: restritiva de liberdade, direito e multa.

Art. 5º, inciso XLVII

- Não há pena de morte.

- Não pode ser perpétuo, visto que a lei prevê penas máximas em geral (máx. 40).

- Não há trabalho forçado, por mais que “obrigado”; ele não é obrigado em tese a trabalhar,
mas na prática ele sofre coerção dos demais. Pelo Estado só atrapalhará a progressão de
regime.

- Não há banimento/extradição de brasileiro nato (naturalizado pode se fizer um crime antes


ou tráfico).

- Não há penas cruéis (baseado no princípio da dignidade humana).

FUNDAMENTOS DA PENA:

- Preventiva: (está na lei antes do ato);

- Retributivo: se há delito, há sanção;

- Reparatória: retribui ao delinquente, à família e ao ofendido (danos morais, materiais, lucros


cessantes – parte do processo civil, diferente do penal – são ações julgadas diferentemente).

(prestação pecuniária - instituição x dias multa – fundo penitenciário)

- Readaptação: reinserir o indivíduo na sociedade. O pecúlio é um valor para auxiliar esse


processo.

17/10/2023

VITIMOLOGIA (Benjamin Mendelsohn)

Ciência autônoma, independente, com métodos próprios.

Estuda as vítimas dentro do cenário do delito.

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Vítima - Lesões físicas/corpóreas, financeira, psicológicas/psíquicas.


CLASSIFICAÇÃO DE VÍTIMAS:

1. Vítima inocente/ideal: sem participação no ato; inerte ao crime; não sabe o que
acontece. Ex. bala perdida.

2. Culpabilidade da menor/por ignorância: Culpa consciente; assume os riscos


(circunstâncias conhecidas facilitam o crime; propensão). Ex. viagem para Israel em
guerra.

3. Tão culpável/voluntária: conduta ativa (manda fazer ou tentar tirar vontade), participa
do crime e sofre. Ex. estelionato (vítima tentar “tirar proveito” e se ferra); participação
no suicídio de outro.

4. Mais culpada que o delinquente (provocadora/simuladora/imaginária) :


estimula/instiga o agressor que não queria praticar o ato. Ex. briga de bar em que força
uma briga, mas não quer realmente brigar.
*Injusta provocação, forte emoção = atenuante.
*Imaginário: simula mentalmente uma situação que não é real. Ex. uma legítima
defesa em uma situação que não havia necessidade.

5. Única culpada: “culpa exclusiva da vítima”. Só existe o crime em teoria. Não é crime
pois a vítima quem causa. Ex. suicídio ao se jogar em frente a um caminhão. Caminhão
não possui culpa.

PROCESSOS DE VITIMIZAÇÃO:

1. Vitimização direta: quem sofre os danos diretos.

- Vitimização primária: lesões físicas/corpóreas, financeira/material, psicológicas/psíquicas


direto na vítima. “o corpo ou patrimônio sofre”

- Vitimização secundária/sob vitimização/revitimização: ocorre danos após a primária;


sofrimento suportado durante as etapas do processo de justiça. Ex. o sofrimento no
depoimento; exame pericial = traumatiza; revive o caso.

- Vitimização terciária: danos sofridos ao momento em que o Estado/Judiciário age com


desdém com o ato criminoso. (Família; amigos; instituições também). Desestimulam a
denúncia.

- Vitimização quaternária: danos sofridos por meio da mídia ou após sofrer o ato
criminoso. Medo gerado por estes em relação em sofrer ou ocorrer novamente. Precaução
excessiva.

2. Vitimização indireta: pessoas próximas que também sofrem, por mais que não sejam as
diretas. Ex. pais, amigos.

3. Heterovitimização: vítima se automutila/incrimina pelo ato criminoso sofrido.

4. Vítima difusa: é o coletivo. Ex. Ambientais, contra patrimônio público.

*Princípio da Anterioridade e Legalidade (prova).

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