Você está na página 1de 6

Vitimologia

CONCEITO DE VITIMOLOGIA

Os primeiros estudos sobre a vitimologia datam de 1901, com Hans


Gross que estudou sobre vítimas.

Mas somente depois da Segunda Guerra Mundial, devido ao


ocorrido com os judeus, é que a vitimologia tomou impulso.

Caso preferir, no vídeo abaixo tem esta postagem em áudio e


vídeo

Os estudos mais conceituados foram de Benjamin Mendelsohn


(1947), que é considerado o pai da Vitimologia e Hans Von
Henting (1948).

Segundo Benjamim Mendelsohn: “A vitimologia é a ciência que se


ocupa da vítima e da vitimização, cujo objetivo é a existência de
menos vítimas na sociedade, quando esta tiver real interesse nisso”.

O Objetivo da vitimologia é entender por que a vítima entrou em


situação de risco e os efeitos que o delito teve sobre ela.

A Vitimologia estuda o papel da vítima no episódio danoso, o modo


pelo qual participa, bem como sua contribuição na ocorrência do
delito.

Vários cientistas políticos acreditam que a vitimologia não deve


ser definida em termos de direito penal, mas de direitos humanos,
ou seja, deveria se estudar as conseqüências dos abusos contra os
direitos humanos, cometidos por cidadãos ou agentes do governo.

Na década de 80 (29 de novembro de 1985) do século XX, a ONU


promulgou um dos principais diplomas internacionais no que diz
respeito aos direitos das vítimas que foi a Declaração dos
Princípios Fundamentais de Justiça Relativa às Vítimas da
Criminalidade e de Abuso de Poder.

PARA PRATICAR SEUS CONHECIMENTOS FAÇA QUESTÕES DE


CONCURSOS

O estudo da vitimologia atual, baseada numa tendência política


criminal eficiente, privilegia a reparação dos danos e indenização
dos prejuízos da vítima.

DEFINIÇÃO DE VÍTIMA

“Pessoa que, individual ou coletivamente, tenha sofrido danos,


inclusive lesões físicas ou mentais, sofrimento emocional, perda
financeira ou diminuição substancial de seus direitos fundamentais,
como consequências de ações ou omissões que violem a legislação
penal vigente, nos Estados – Membros, incluída a que prescreve o
abuso de poder”. (Resolução 40/34 da Assembléia Geral das Nações
Unidas, de 29 – 11 – 85)
FASES DA VITIMOLOGIA

Protagonismo: A vítima punia o agressor.

Neutralização: O Estado é que pune

Redescobrimento: Visão humanista da vítima

A primeira classificação de vítimas foi feita por


Benjamin Mendelsohn.

Se a sociedade quer realmente solucionar problemas, verá que tem


menos vítimas do que parece.

Para ele existem três grupos de vítimas: a Inocente, a Provocadora e


a Agressora.

Vítima inocente ou ideais: Tem uma participação insignificante ou


nenhuma.

Vítima provocadora: Tem participação por provocação direta por


imprudência, voluntária ou ignorância.

Vítima agressora: Falsa vítima, pois tem participação consciente.

Analisando estes três grupos, Benjamin Mendelsohn, classificou as


vítimas na seguinte forma:

1 – Vítima completamente inocente ou ideal: Não tem nenhuma


participação no crime. Ex: sequestro.
2 – Vítima menos culpada/ por ignorância: Contribuiu para que
acontecesse o delito. Ex.: falar no celular em área de risco

3 – Vítima tão culpada quanto o infrator/ voluntária: Os dois


podem ser criminosos ou vítimas, pois sem a participação ativa dela
não teria ocorrido o delito. Ex.: Rixa

4 – Vítima mais culpada que o infrator/ provocadora: A


participação da vítima é maior que a do infrator. Ela incita o autor do
crime. Ex.: raxa

5 – Vítima como única culpada: única culpada do crime. Ex.:


indivíduo embriagado que atravessa avenida movimentada vindo a
falecer atropelado.

Pode ser:

 Vítima infratora: Provoca o crime e também é vítima.


 Vítima simuladora: induz alguém a ser acusado de um crime
 Vítima imaginária: Pessoa portadora de transtorno mental que
se diz vítima de um crime que nunca existiu e acaba acusando
uma pessoa injustamente.

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DAS VÍTIMAS

Vítima Nata: Pessoas que nascem com predisposição para ser


vítima;

Vítima Potencial: Atrai e facilita a prática do crime. Estelionato, por


exemplo, passear em rua deserta falando ao celular;

Vítima Voluntária: Consente o crime. Ex.: Aborto;

Vítima Acidental: Dá causa acidental ao crime.


Vítima falsa: Se autovitimiza com o fim de obter benefícios para si.
Ela é simuladora e tem consciência que de que não foi vítima de
nenhum delito.

Pseudovítima ou vítima totalmente culpada: É a vítima agressora,


simuladora ou imaginária que é a causadora do dano.

Existem muitas outras classificações das vítimas

PARA PRATICAR SEUS CONHECIMENTOS FAÇA QUESTÕES DE


CONCURSOS

NÍVEIS DE VITIMIZAÇÃO

Vitimização Primária: São os danos causados pelo crime


diretamente à vítima, podendo ser materiais, físicos, psicológicos, e
etc…

Vitimização Secundária: É denominada secundária a vitimização


causada pelas instâncias formais de controle social, no decorrer do
processo de registro e apuração do crime, ou seja, Danos causados à
vitima em decorrência das falhas do Estado.

A chamada da vítima na fase processual da persecução penal para


ser ouvida sobre o crime, por inúmeras vezes, é denominada de
vitimização secundária (revitimização ou sobrevitimação).

O aumento do número de crimes investigados e processados pode


ocasionar uma maior vitimização secundária.

Vitimização Terciária: Ser vítima de seu ciclo de família ou social,


como perguntas maldosas ou brincadeiras de mau gosto. a vítima é
abandonada pelo estado e estigmatizada pela sociedade. A
sociedade não acolhe a vítima, e ainda a força a não denunciar para
as autoridades, ocasionando o que é chamado de cifra negra (crimes
que as autoridades não ficam sabendo que estão ocorrendo).

Você também pode gostar