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Vitimização Direta
Vitimização Direta consiste no sofrimento suportado pela vítima diretamente atingida por
uma conduta criminosa/ ilegal ou de seus desdobramentos.
Trata-se de gênero, segundo a qual são espécies: vitimização primária, secundária e
terciária:
Vitimização Primária
Exemplo: Delegado de polícia que presta péssimo atendimento à vítima que acabou de ser
estuprada, sugerindo, inclusive, que a vítima teria se insinuado ao estuprador, tratando-a como
um objeto.
Questão:
(PC/SP – AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2018) Assinale a alternativa correta no que diz respeito
aos estudos desenvolvidos no âmbito da vitimologia:
a) O preconceito posterior à prática do crime que recai sobre a vítima, em crimes sexuais,
por parte da sociedade em geral e que contribui para a subnotificação deste tipo de crime
é denominado de vitimização primária.
b) Pesquisas de vitimização devem, paulatinamente, substituir os indicadores criminais
baseados em registros de crimes.
c) Os estudos, as teorias e as classificações desenvolvidos no âmbito da vitimologia
demonstram que a conduta da vítima não pode ser indicada como fator que, de algum
modo, contribui para a prática do crime.
d) Uma das grandes contribuições do atual estágio de desenvolvimento da vitimologia foi
demonstrar que o fenômeno da subnotificação é um mito e praticamente insignificante
em termos quantitativos.
e) O aumento do número de crimes investigados e processados pode ocasionar uma maior
vitimização secundária.
Vitimização Terciária
Exemplos: após estupro, familiares incentivam a vítima a “deixar pra lá”, seja porque
acreditam que o culpado não será encontrado ou punido, seja por entenderem que a persecução
penal irá expor ainda mais a vítima; Delegado de Polícia que se nega em registrar a ocorrência
de um crime por não acreditar na vítima; “amigos” que viram as costas para a vítima após o
crime, momento em que mais carecia de amparo, etc.
Questão:
(PC/SP – INVESTIGADOR – VUNESP – 2022) A própria sociedade não acolhe a vítima e muitas
vezes a incentiva a não denunciar o delito às autoridades, ocorrendo o que se chama de cifra
negra. É correto afirmar que o enunciado refere-se à:
a) Escola positiva.
b) Escola clássica.
c) Vitimização secundária.
d) Vitimização terciária.
e) Vitimização inocente.
(PC/SP – INVESTIGADOR – VUNESP – 2014) Quando ocorre a falta de amparo da família, dos
colegas de trabalho e dos amigos, e a própria sociedade não acolhe a vítima, incentivando-a a
não denunciar o delito às autoridades, ocorrendo o que se chama de cifra negra, está-se diante
da vitimização:
a) caracterizada.
b) secundária.
c) descaracterizada.
d) primária.
e) terciária.
(PC/SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2014) Uma vítima que, ao querer registrar uma ocorrência,
encontra resistência ou desamparo da família, dos colegas de trabalho e dos amigos, resultando
num desestímulo para a formalização do registro, ocasiona o que é chamado de “cifra negra”.
Neste caso, estamos diante da vitimização:
a) primária.
b) secundária.
c) quaternária.
d) quintenária.
e) terciária.
Vitimização Quaternária
Exemplo: pessoa que passa a ter medo de caminhar na rua do bairro onde mora diante do
medo de ser vítima de roubo.
Exemplo: Indivíduo que tem medo de realizar compras pela internet diante das inúmeras
notícias de que cada vez mais pessoas tornam-se vítimas de estelionato, de clonagem de cartões
de crédito, de subtração de informações pessoais, etc.
Vitimização Indireta
Perceba que todas as formas de vitimização direta (primária, secundária e terciária), temos
como personagem objeto de análise a pessoa que sofre diretamente da conduta do delinquente.
Ao falarmos de Vitimização Indireta, passamos a olhar as demais pessoas relacionadas por meio
de algum vínculo de afeto com a vítima do crime.
É muito comum que em determinados crimes, diante da enorme repercussão, traumas
psicológicos, dentre outras consequências suportadas pela vítima, acabe gerando sofrimento
em terceiros próximos à vítima (pais, irmãos, cônjuge, filhos, etc.).
Exemplo: pais que sofrem inconsolavelmente ao receberem a notícia de que sua filha fora
vítima de crime de estupro.
Heterovitimização
Questão:
Vitimização Difusa
Esta espécie é comum em crimes que não apresentam vítimas certas e determinadas.
Temos crimes em nosso ordenamento jurídico que destacam entes coletivos como sujeitos
passivos (meio ambiente, relações de consumo, economia popular, etc.).
Cediço que no dia a dia da justiça criminal, não raras vezes nos deparamos com casos em que
a linha de “defesa” mais utilizada por acusados (quando não a única) é o ataque contra a vítima,
imputando-lhe a responsabilidade do crime sofrido.
Trata-se de verdadeiro e vexatório artifício utilizado pelo acusado durante o processo penal,
visando sugerir a ideia de que a vítima teria contribuído ou seria a responsável pelo crime.
Exemplo: marido que afirma que a esposa pediu para apanhar ou mereceu por
comportamentos anteriores; estuprador diz que manteve relações sexuais com vítima que o
teria seduzido; etc.