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Questão 01

a) A criminologia classifica a vitimização em três grandes grupos: primária, secundária e


terciária.
Vitimização Primária: Esta é a forma mais direta de vitimização e ocorre quando um
indivíduo é diretamente afetado por um ato criminoso. Por exemplo, uma pessoa que é
assaltada ou agredida fisicamente. Nesse caso, a pessoa é a vítima primária porque
experienciou diretamente o crime.
Vitimização Secundária: Esta ocorre quando um indivíduo é indiretamente afetado por
um crime. Por exemplo, se uma pessoa é assaltada e sua família sofre psicologicamente
como resultado, a família pode ser considerada vítimas secundárias. A vitimização
secundária também pode referir-se ao trauma ou danos que uma vítima pode
experimentar no sistema de justiça criminal, como a revitimização durante o processo
judicial.
Vitimização Terciária: Este é um conceito mais amplo e pode se referir a danos que a
sociedade como um todo sofre como resultado de um crime. Por exemplo, o impacto
sobre a comunidade ou sobre a percepção de segurança em uma comunidade após um
crime violento pode ser considerado uma forma de vitimização terciária. Em alguns
contextos, a vitimização terciária também pode se referir a danos causados por políticas
de justiça criminal ou de prevenção ao crime.

Questão 01
b) Os acontecimentos descritos ilustram os três tipos de vitimização mencionados
anteriormente.
I. Vitimização Primária: Medusa é vítima de um crime violento e traumático, o estupro,
cometido por seu vizinho. Ela experimentou diretamente o crime e quase perdeu a vida
como resultado. Isso é uma clara manifestação de vitimização primária.
II. Vitimização Secundária: Após o crime, Medusa é submetida a humilhações e
julgamentos por parte de seus vizinhos, que fazem comentários maldosos e a
culpabilizam pelo crime. Isso causa danos psicológicos adicionais e é um exemplo de
vitimização secundária, onde a vítima sofre danos indiretos relacionados ao crime.
A maneira como Medusa é tratada pela polícia e pelo serviço de medicina legal também
se enquadra na vitimização secundária. Ela é forçada a reviver o trauma do crime ao
contar a história para policiais do sexo masculino, e depois ao ser examinada e
fotografada por peritos homens. A falta de cuidado e sensibilidade no tratamento de
Medusa exacerba o trauma inicial do crime.
Durante o processo judicial, Medusa é mais uma vez forçada a reviver o trauma do
crime, desta vez na presença do criminoso. A reputação de Medusa também é
questionada, o que pode aumentar ainda mais o trauma e o estresse. Isso é outro
exemplo de vitimização secundária.
As ações do vizinho, da comunidade, da polícia, dos profissionais médicos e do sistema
judicial contribuem para a revitimização de Medusa, exacerbando o trauma inicial do
crime. A situação destaca a importância de um tratamento cuidadoso e sensível para as
vítimas de crimes, bem como a necessidade de abordagens que evitem a vitimização
secundária.
III. Vitimização terciária: se refere aos efeitos mais amplos do crime na sociedade, que
podem incluir o medo do crime, mudanças na percepção de segurança, ou até mesmo
políticas de justiça criminal que acabam prejudicando as pessoas que se pretendem
proteger.
No cenário descrito, a vitimização terciária não foi explicitamente mencionada. No
entanto, pode-se inferir que a comunidade em geral pode estar sendo afetada. Por
exemplo, o medo do crime pode ter aumentado entre os vizinhos de Medusa depois do
que aconteceu com ela. Além disso, a forma como a comunidade, a polícia e o sistema
judicial lidaram com a situação pode reforçar estigmas e medos existentes, contribuindo
para um ambiente de desconfiança e insegurança.
Outro exemplo de vitimização terciária pode ser a implementação de políticas de justiça
criminal baseadas nesse caso, que podem, inadvertidamente, prejudicar outras vítimas
de crimes sexuais. Por exemplo, se a comunidade responde ao crime aumentando a
vigilância ou a policiamento de uma maneira que acaba penalizando as vítimas ou
reforçando a culpabilização da vítima, isso poderia ser considerado uma forma de
vitimização terciária.
Portanto, embora a vitimização terciária não seja explicitamente mencionada no caso
hipotético em questão, é possível que ela esteja ocorrendo de maneiras sutis e indiretas.

Questão 02
a) Prevenção primária
b) Prevenção terciária
c) Prevenção secundária
d) Prevenção primária
e) Prevenção secundária
f) Prevenção primária
g) Prevenção primária
h) Prevenção secundária

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