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João e José combinam agredir Tião a tiros, para produzir-lhe lesões corporais de natureza gravíssima, pela incapacitação
permanente para o trabalho. Ambos se postam de cada lado de uma rua e,quando o desafeto se aproxima,efetuam disparos de arma de
fogo contra o mesmo. Apenas um disparo acerta a vítima,que vem a morrer. Ouvidos em juízo, João confessa ter, na hora, pretendido
matar Tião. José confessa ter previsto a ocorrência da morte de Tião, mas acreditou na sua habilidade e na de João para apenas
lesionar a vítima. A perícia não identificou a arma da qual partiu o projétil que acertou a vítima:
a) ambos os concorrentes devem responder por um homicídio consumado;
b) ambos os concorrentes respondem por lesão corporal seguida de morte;
c) João responde por homicídio consumado e José por lesão consumada;
d) ocorrem tentativas de homicídio para João e lesão gravíssima para José;
e) ambos respondem por lesão corporal gravíssima consumada;
2. A querendo vingar-se do patrão que o despedira, decide colocar uma bomba na loja do mesmo, programando o artefato para
explodir no final do expediente, quando poucas pessoas ali estivessem.infortunadamente, sua esposa, acompanhada do filho de 6 anos
de idade, decide procurar o empregador para tentar sensibiliza-lo e os três acabam morrendo na explosão. Se você fosse o juiz no
processo:
a) condenaria A por homicídio doloso contra o ex-patrão e por homicídio culposo contra a mulher e o filho;
b) condenaria A por homicídio doloso contra todas as vítimas;
c) condenaria A por homicídio doloso contra o ex-patrão e concederia o perdão judicial em relação à morte da mulher e do filho;
d) condenaria A por homicídio doloso e por homicídio preterintencional contra a mulher e o filho;
e) entenderia que A foi “punido pelas conseqüências do fato”e concederia o perdão judicial a todos os crimes.
3.Paulo,vizinho de Maria, sabendo que a filha menor desta se encontra às portas da morte,deixa de ministrar-lhe remédio salvador,
que tinha em seu poder, visto que, sendo desafeto da mãe da menor, quer vingar-se na filha, desejando que o pior lhe aconteça.Dias
depois, a menor vem a falecer.Face ao acontecido Paulo deverá responder por:
a) homicídio simples,presente o dolo eventual;
b) omissão de socorro
c) homicídio qualificado pelo motivo torpe
d) abandono de incapaz;
e)lesão corporal seguida de morte;
4.João observa a distância Caio apontar arma de fogo contra Mélvio e, após o disparo errar o alvo. Existem dúvidas acerca do crime
cometido, visto que João desconhece os sujeitos envolvidos e as demais circunstâncias do fato por ele presenciado. Dentre as
alternativas abaixo, qual determinara a correta tipificação do evento:
a) a situação de perigo abstrato criada no evento por Mélvio;
b) o elemento objetivo do tipo;
c) o resultado advindo da ação de Caio contra Mélvio;
d) o elemento subjetivo do tipo;
e) a situação de perigo concreto criada no evento contra Mélvio;
5. Pacífico, pretendendo matar Felizardo, seu colega de faculdade, ministra veneno em seu café, aproveitando-se de um momento de
distração deste. Felizardo ingere a bebida mas, antes que o veneno faça efeito, morre em decorrência do desabamento do teto da sala
de aula, que lhe esmaga o crânio. Pacífico, neste caso:
a) responderá por homicídio qualificado pelo emprego de veneno (art.121,§2º,III do CP);
b) responderá por tentativa de homicídio qualificado pelo emprego de veneno (art.121,§2º,III, c/c 14,II do CP);
c) responderá por lesões corporais graves pelo perigo de vida (art.129,§1º,III do CP);
d) não responderá por crime algum, vez que não praticou qualquer fato típico;
7. Para que se reconheça, em favor do agente, a causa especial de diminuição de pena, do homicídio privilegiado, é preciso que ele
atue:
a) sob influência de emoção a que não podia resistir;
b) sob a influência de violenta emoção provocada por ato injusto da vítima;
c) sob o domínio de violenta emoção provocada por ato injusto da vítima;
d) sob o domínio de violenta emoção provocada por ato da vítima;
e) sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima;
8. Configuram causas determinantes de exacerbação da pena em homicídio culposo, exceto;
a) insensibilidade demonstrada diante do sofrimento causado a vitima do acidente letal;
b) omissão de imediato socorro;
c) ausência de iniciativa para atenuação das conseqüências decorrentes do delito;
d) fuga para evitar prisão em flagrante;
e) morte devido à ação culposa resultante da inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício;
9. José está desempregado, doente e sua família passa por necessidades financeiras agudas. É casado com uma belíssima mulher, de
nome Ana, que o ama muito. João, o vizinho, interessado em manter um relacionamento amoroso com Ana, e percebendo que ela ama
muito José, passa a induzir José ao suicídio, fazendo nascer em sua mente a idéia de suicidar-se. Para tanto João invoca a péssima
situação financeira de José. Após fazer nascer em José a idéia do suicídio, João passa a instigá-lo ao suicídio, incentivando a idéia
mórbida pré-existente. Por fim, e passando do auxílio moral para o auxílio material, João empresta uma corda para que José ceife a
própria vida. José dirige-se a um bosque e amarra a corda em um galho alto, sobe em um banquinho e passa a movimentar-se, visando
derrubar o banquinho. Ocorre que pelo declive do terreno o banquinho não cai. João que estava à espreita observando a ação de José,
apanha um galho, e empurra um dos pés do banquinho, fazendo com que este tombe. José morre asfixiado. Estabelecida essa verdade
no inquérito policial caberá ao Delegado de Polícia indiciar João:
a) por infração ao art.122 do CP, na modalidade auxiliar ao suicídio, com aumento de pena pelo motivo egoístico;
b) por infração ao art.122 do CP, na modalidade instigar ao suicídio, com aumento de pena pelo motivo egoístico;
c) por infração ao art.122 do CP, na modalidade induzir ao suicídio, com aumento de pena pelo motivo egoístico;
d) por infração ao art.121, §2º, I do CP, homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe;
e) por infração ao art.122 do CP, por três crimes, nas modalidades induzir, instigar e auxiliar ao suicídio, com aumento de pena pelo
motivo egoístico;
11. Afrânio, desgostoso com a vida, decide suicidar-se, no que é instigado por Beto. Atira-se do segundo andar de um edifício, não
conseguindo, no entanto, lograr seu intento, sofrendo apenas lesões corporais leves. Beto responderá por:
a) crime de lesão corporal leve na sua forma culposa;
b) crime de instigação ao suicídio na forma tentada;
c) a conduta de Beto não é punível;
d) crime de perigo para a vida ou a saúde de outrem;
12. O casal mantinha contrariado namoro, talvez pela pouca idade de ambos. Ele com 18 anos e ela ainda não havia completado 14.
Dada principalmente à adversidade familiar, combinam um duplo suicídio. Trancam-se em um quarto. A moça abre a torneira do gás.
Ela morre, enquanto ele sobrevive, pois suporta bem os efeitos do tóxico. O procedimento do sobrevivente, perante o Código Penal é
definido como:
a) participação em suicídio;
b) participação em suicídio qualificada;
c) fato atípico – ele instigou, auxiliou, induziu;
d) fato atípico – ele não instigou, auxiliou, induziu;
e) o sobrevivente responde por homicídio;
13. Semíramis Montenegro,enfermeira do Hospital dos Engenheiros,para evitar desagradáveis comentários a respeito de sua condição
de mãe solteira, decidiu eliminar seu filho que iria nascer para a festa da Natureza. Rompido o saco amniótico, surgidos os sinais
denunciadores da vida, Semíramis, valendo-se das facilidades de sua condição de enfermeira, tornou realidade o plano concebido de
eliminação do filho. Que crime teria cometido:
a) auto-aborto;
b) infanticídio;
c) aborto qualificado;
d) homicídio;
e) aborto necessário em razão dos motivos determinantes;
14. O infanticídio é crime que somente pode ser cometido por mulher em estado puerperal, durante ou logo após o parto. O homem
que instiga a mulher, no referido estado, a matar o recém-nascido, nos termos do disposto no artigo 30 do Código Penal, comete qual
modalidade de crime?
a) infanticídio em concurso;
b) homicídio simples como partícipe;
c) nenhum porque a ação é atípica;
d) instigação ao infanticídio;
e) homicídio qualificado;
15. Maria da Natividade, parteira do distante lugarejo denominado Matrona, para salvar a vida de gestante, nela realiza aborto sem o
seu consentimento. Diante desta hipótese é correto afirmar:
a) a parteira cometeu o crime previsto no art.125 do Código Penal;
b) agiu acobertada pela causa de exclusão de ilicitude prevista no artigo 128, I, do CP;
c) agiu sob o pálio do exercício regular de direito;
d) agiu sob o estrito cumprimento do dever legal;
e) agiu acobertada pela excludente de ilicitude do estado de necessidade;
16. Levando em consideração dominantes orientações jurisprudenciais e doutrinárias, é falso afirmar que o aborto sentimental ou
humanitário:
a) prescinde para ser realizado, da existência de condenação, processo ou mesmo inquérito policial pelo crime de estupro;
b) não pode ser praticado por parteira ou enfermeira, mas apenas por médico;
c) é autorizado nos casos em que há presunção de violência do estupro, bastando, para tanto, prova da causa, ou seja,de ser a gestante
menor de 14 anos ou alienada mental;
d) não é autorizado nos casos em que a gravidez é resultante de atentado violento ao pudor, pois o texto legal refere-se unicamente a
estupro, impedindo a analogia ou a interpretação extensiva;
e) não necessita, para ser praticado, de autorização judicial, bastando o consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
representante legal;
18. O médico está autorizado a praticar o aborto com consentimento da gestante ou de seu representante legal (art.128, II, CP),
quando a gestante for vítima de estupro:
a) após convencido de que tal circunstância tenha ocorrido;
b) após o registro do fato na delegacia;
c) após o oferecimento da denúncia contra o autor do fato;
d) após a condenação do autor do fato;
e) após a condenação transitada em julgado em face do autor do fato;
19. Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética acerca dos crimes contra a vida, seguida de uma assertiva a
ser julgada.
I – Aldo é o único herdeiro de sua irmã Sofia, que sofre de depressão. Induzida por Aldo, Sofia tentou tirar a sua própria vida,
cortando os pulsos. Levada para o hospital pela empregada da casa, recebeu tratamento imediato, tendo sofrido lesões corporais leves.
Nessa situação, Aldo responderá pelo crime de participação em suicídio;
II – Bernardo, trafegando com seu veículo em estrada de pouco movimento, verificou que, às margens da rodovia, encontrava-se
caída, uma vítima de atropelamento. Tendo importante reunião de trabalho a se iniciar dentro de meia hora, não prestou assistência à
vítima. Terminada a reunião, arrependeu-se, voltou ao local onde a vítima se encontrava e providenciou sua condução para um
hospital. Nessa situação, a conduta posteriormente praticada não elide a responsabilidade penal de Bernardo, que poderá responder
pelo crime de omissão de socorro;
III – Ângela, sob a influência do estado puerperal, matou o próprio filho, logo após o parto, por estrangulamento. Cessada a influência
do estado puerperal, Ângela desesperou-se e, arrependida do ato praticado, foi acometida por intenso sofrimento. Nessa situação,
tendo em vista que as conseqüências da conduta atingiram-na profundamente, poderá o juiz aplicar o perdão judicial;
IV – Alice, em sua casa, viu o filho da vizinha, de três anos, jogar-se na piscina e afogar-se, o que o levou a morte. Nessa situação,
mesmo quedando-se inerte, nada tendo feito para evitar a produção do resultado,Alice não responderá por homicídio vez que não
tinha o dever de evitar o resultado;
Estão certos apenas os itens:
a) I e II; b) I e III; c) II e IV; d) III e IV;
20. João não sabendo nem tendo como saber que Maria está grávida, aplica-lhe um chute na barriga, visando ofender a sua integridade
corporal. Como conseqüência da agressão, Maria sofre um aborto e hematomas na região. A conduta de João é:
a) típica de lesão corporal gravíssima em concurso formal com o crime de aborto provocado sem o consentimento da gestante;
b) típica de lesão corporal simples ou leve;
c) típica de aborto provocado sem o consentimento da gestante;
d) típica de lesão corporal gravíssima;
e) típica de aborto provocado sem o consentimento da gestante com a pena aumentada de um terço em decorrência da incidência de
lesão corporal de natureza grave;
21. João da Silva, pouco afeito ao manejo de arma de fogo, resolveu exibir para amigos o revólver que adquiriu recentemente.
Acabou, por inexperiência, acionando o gatilho, provocando disparo que atingiu pessoa que se encontrava por perto, ferindo-a. Esta
foi socorrida. Levada a um hospital, foi submetida à intervenção cirúrgica para amputação de uma das pernas, ficando ali internada
por trinta e cinco dias. João da Silva cometeu crime de lesão corporal:
a) culposa;
b) culposa de natureza grave;
c) culposa de natureza gravíssima;
d) de natureza grave;
e) de natureza gravíssima;
22. Joaquim, desejando exibir a alguns amigos a arma de fogo recém adquirida por seu irmão,embora despreparado para maneja-la,
acidentalmente aciona o gatilho produzindo lesões corporais em um deles, o qual, após quarenta dias de incapacidade para suas
ocupações habituais, vem a falecer. Joaquim praticou:
a) lesão corporal culposa;
b) lesão corporal culposa de natureza grave agravada pelo resultado;
c) homicídio culposo;
d) homicídio doloso preterintencional;
23. Suponha-se que um médico, ante iminente perigo de vida, pratique uma intervenção cirúrgica arbitrariamente, ou seja, sem
consentimento do paciente ou de seu representante legal. O seu comportamento deve ser considerado:
a) crime de lesão corporal culposa;
b) atípico;
c) crime de constrangimento ilegal;
d) crime de lesão corporal dolosa;
24. Ficou provado que, durante a rixa, Dodô, praticou lesões corporais graves contra Zé Tostão, ambos participantes dela. Em
conseqüência o procedimento do lesionado será assim analisado penalmente:
a) responde por rixa qualificada;
b) responde por rixa simples em concurso obrigatório;
c) responde por rixa simples – autor;
d) o Código Penal desconhece a figura de réu e vítima,ao mesmo tempo;
e) fato típico, porém faltou pressuposto da pena, culpabilidade;
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13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
6- (TJ/BA_2004)
Assinale a alternativa correta:
A) A noção de bem jurídico não se confunde com a de objeto da ação, tendo o primeiro a
função de limitar o direito de punir do Estado.
B) O partícipe da prática de crime contra a ordem tributária que revela ao Ministério Público
toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um sexto a um terço.
C) O crime de tortura é inafiançável e o cumprimento da pena, em qualquer situação, iniciará
sempre no regime fechado.
D) O bem jurídico e o objeto da ação se confundem e têm como função individualizadora o
momento concreto de medição de pena.
E) O Brasil não concede extradição de nacionais ante o cometimento de crime, em atenção ao
princípio da defesa ou real.
7- (MP/BA_2004)
Distinga nas assertivas abaixo, a alternativa correta:
A) A tipicidade penal implica a tipicidade legal corrigida pela tipicidade conglobante.
B) A tipicidade penal se reduz à tipicidade legal.
C) A desistência voluntária é possível na tentativa inacabada, bem assim, na tentativa perfeita.
D) O Conselho Penitenciário é apenas órgão fiscalizador da execução da pena.
E) A exclusão da tipicidade é função privativa do juízo de ilicitude do fato.