Você está na página 1de 16

CAPÍTULO I:

Generalidades relativas à Cadeira de Direito das


Obrigações e à Obrigação em Sentido Técnico
Preliminary Draft, Subject to Change-
Restricted, Privileged and Confidential
Preliminar, Sujeito a Alterações - Restrito,
3.º ano
Privado diurno. 2020
e Confidencial
Índice

1.4- Características do direito de crédito.

1.4.1. A patrimonialidade.

1.4.2. A mediação ou colaboração devida.

1.4.3. A relatividade.

1.4.5. As obrigações autónomas e as heterónomas.

---------Limitações de conteúdo (sem numeração no programa da disciplina)

1.5. Distinção entre direitos de crédito e direitos reais.

1.5.1. Os direitos de crédito e os direitos reais.

1.5.2. A questão dos direitos pessoais de gozo.


2
0
Governo Provincial de Luanda 2
Índice

1.4- Características do direito de crédito


1.4.1. A patrimonialidade
1.4.2. A mediação ou colaboração devida
1.4.3. A relatividade
1.4.5. As obrigações autónomas e as heterónomas

A patrimonialidade

A mediação ou colaboração devida


Características
A relatividade

A autonomia

Governo Provincial de Luanda 3


Patrimonialidade A prestação tem poder ser quantificada pecuniariamente.
É um passivo no património do devedor e activo no do credor.
Excepcionalmente, prestações com natureza não patrimonial.

A mediação ou
colaboração O credor não vê satisfeito o seu direito se o devedor adoptar uma
devida atitude de inércia. Excepções: art. 407º.

Autonomia
Mesmo integradas noutros ramos, as obrigações ficam sujeitas
aos princípios e regras que constam do Livro II do CC

Relatividade Em termos de estrutura e em termos de eficácia jurídica…

4
Em termos de estrutura:

Sempre relativas: relação existente entre o credor e o devedor.

Relatividade Tese clássica

Em termos de eficácia jurídica Tese intermédia


Será que a obrigação é oponível a
Santos Júnior e
terceiros para além do devedor?
M. Cordeiro

5
Efeito Externo das Obrigações
Recusa-se. Admite-se excepcionalmente a responsabilidade de 3.º pelo art. 334º CC.

Recusa-se o efeito externo de “iure condendo”:


• Por ser uma excessiva responsabilização de 3.ºs;
• Limita em demasia o normal comercio jurídico;
• Os direitos de credito são relativos – atípicos – estar-se-ia a afirmar uma eficácia
absoluta que nos levaria a necessidade da tipicidade.

Recusa-se o efeito externo de “iure constituto”:


• 406.º/2 CC – os contratos só produzem efeitos nos casos previstos na lei, ex.: 413.º
421.º Estes arts. provam que o legislador previu.

Mas, das três situações, há uma em que aceita-se o efeito externo:


Caso de negligencia;
Conhecimento efectivo;
Conhecimento + particular censurabilidade = efeito externo. 334 6
Índice

Objecto da obrigação: a prestação.


1.6.1. Conceito de prestação.

1.7. A complexidade intra-obrigacional.


1.6. 1.6.2. Os requisitos legais da prestação.

7
OS REQUISITOS LEGAIS DA PRESTAÇÃO: limitações de conteúdo

Possibilidade
(física ou legal)
• Impossibilidade: originária [280º] ou superveniente [401º e 790º]

Licitude
•A vinculação tem que ser lícita: nulidade [281.º e 294.º].
(meios e resultado)
• Art 281 apenas é nulo se o fim ilícito for comum a ambas as partes

•As partes prefiguraram o tipo, o conteúdo e a medida do seu


Determinabilidade
(art.º 400.º) compromisso.

•Ainda que seja futura, deve ter um conteúdo previsível no momento da


estipulação [vg frutos].

Não contraried. à •Incluem-se nestes “bons costumes”: regras de conduta familiar, sexual,
ordem pública e e regras deontológicas estabelecidas para o exercício de certas
aos bons costumes
profissões.
8
Índice

1.7. A complexidade intra-obrigacional.


1.7.1. A complexidade do vínculo obrigacional e as diferentes
situações jurídicas que pode abranger. 10

1.7.2. Os deveres acessórios de conduta.


1.7.3. A responsabilidade pré-contratual.
1.7.4. A culpa post pactum finitum.

9
10
A complexidade intra-obrigacional e os deveres acessórios de conduta
Em sentido restrito: unicamente de um dever de prestação.
Sentido amplo: tem obrigatoriamente de se falar em mais direitos e deveres.

1. Dever de efectuar a prestação principal: elemento fundamental da obrigação.

2. Deveres secundários de prestação: preparar ou completar a prestação principal

3. Os deveres acessórios de conduta: boa-fé (informação, protecção e lealdade).

4. Objectivo: assegurar a prestação principal.

5. Sujeições do devedor: arts 805º/1 e 801/2.º.

6. Poderes ou faculdades: artsº 777/1, 813º, 539º, 543º/2.

7. Excepções: Arts 303º, 428º, 638º, 754º


11
Índice

1.7. A complexidade intra-obrigacional.


1.7.1. A complexidade do vínculo obrigacional e as diferentes
situações jurídicas que pode abranger.
1.7.2. Os deveres acessórios de conduta.
1.7.3. A responsabilidade pré-contratual.
1.7.4. A culpa post pactum finitum. 10

12
A responsabilidade civil pré-contratual abrange duas fases:
1. negociatória e 2. decisória (proposta e a aceitação) – 227.º.

Deveres de protecção – não se inflijam danos à contraparte: directos ou indirectos.


• A situação pode ser solucionada pelos esquemas da responsabilidade civil (483.º).

Deveres de informar: esclarecimentos necessários à conclusão honesta do contrato


• Limite do dever de informar:

• Termina no ponto em que uma parte não tem de se preocupar com os interesses da outra,
portanto com o respeito a circunstâncias que caiam inequivocamente na sua esfera de risco.

Os deveres de lealdade – vinculam os negociadores a não assumir comportamentos


que se desviem de uma negociação correcta e honesta.
• Abrange os deveres de sigilo, cuidado e de actuação consequente:

Não se deve, de modo injustificado e arbitrário, interromper-se uma negociação em curso. 13


B — Casos Originando a Responsabilidade Pré-contratual…

1. Violação de deveres de conduta na celebração de um contrato.

2. Ruptura ilegítima, arbitrária ou injustificada das negociações:


o Realização de negociações em que as partes;

o Ruptura unilateral e desleal dessas negociações;

o Existência de danos que tenham nexo de causalidade com o rompimento.

3. Qdo. uma das partes cria a convicção da celebração dum contrato válido,
convicção essa que vem a ser frustrada por subsequentes invalidades:
o Incapacidade que uma das partes tenha ocultado à outra (dolo de menor);
o Falta ou vícios da vontade (coacção absoluta, falta de consciência da declaração,
declarações não sérias, erro-vício, dolo, coacção moral);
o Falta ou abuso de poderes de representação;
o Impossibilidade ou ilicitude do objecto.
14
V — A reparação do “dano de confiança”
Diferentes correntes doutrinárias…
• Interesse negativo: dano da confiança.

• A. Varela: incluir-se tanto o dano emergente (despesas efectuadas por causa das
negociações) como o lucro cessante (benefícios que o lesado teria auferido em virtude
de oportunidades negociais falhadas se não se tivessem iniciado as negociações).

• Interesse positivo ou negativo, conforme mais favorável:

• M. Cordeiro e B. Proença: o ressarcimento do interesse positivo (dano do cumprimento:


nos casos em que, não fora a culpa in contrahendo, o contrato se teria aperfeiçoado,
assim como naqueles em que a conduta culposa consista na violação de um dever de
conclusão do negócio – analogia com o art. 275.º, n.º 2.

• Quanto à questão da ressarcibilidade do interesse positivo, em caso de ruptura das


negociações, o lesado tem direito à indemnização correspondente ao interesse do
cumprimento, menos a prestação que ele próprio teria de realizar.
15
Obrigado pela atenção dispensada
itiandroslovan@gmail.com
Preliminary Draft, Subject to Change-
Restricted, Privileged and Confidential
Preliminar, Sujeito a Alterações - Restrito,
Privado e Confidencial

Você também pode gostar