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CASAMENTO
NATUREZA JURÍDICA DO
CASAMENTO
• O casamento pode ser caracterizado como um negócio jurídico
solene (formal), mediante o qual um homem e uma mulher aceitam
voluntária e reciprocamente estabelecer entre si convivência comum
de carácter duradouro.
• Essa convivência (relação) caracteriza-se pela estabilidade
• Assim, o casamento pode ser entendido como acto em si, pelo qual
ele se formaliza, ou como o estado familiar que decorre para o
marido e a mulher, da celebração do acto do casamento.
NATUREZA JURÍDICA DO
CASAMENTO
• Predomina na doutrina civilista a concepção segundo a qual o casamento
é um contrato civil no qual intervêm duas vontades contrapostas mas
harmonizáveis, e que, ao contrário dos demais contratos, pressupõe a
diversidade de sexos.
• Antunes Varela, Direito da Família – Direito Matrimonial, pp. 120 ss..
NATUREZA JURÍDICA DO
CASAMENTO
• Autores há que, embora atribuindo ao casamento uma natureza
contratual, reconhecem que ele é um negócio jurídico familiar, onde a
autonomia da vontade concedida às partes tem uma margem limitada.
• F. M. Pereira Coelho, Curso de Direito de Família, p. 164.
NATUREZA JURÍDICA DO
CASAMENTO
• Há ainda quem opine que o casamento deve ser enquadrado como a
soma de dois actos jurídicos simples...incompatível com a ideia de
vinculação contratual.
• Mais do que discutir se deve ou não usar-se a expressão contrato, cremos
que o que na verdade é relevante é distinguir em substância, qual o limite e
o alcance da intervenção das partes.
• Mas já não existe por parte dos nubentes liberdade de estipulação
relativamente aos efeitos que o casamento produz.
• Estaríamos, pois, perante um acto jurídico stricto sensu e não perante um
negócio jurídico
NATUREZA JURÍDICA DO
CASAMENTO
• Há, porém, quem entenda ser de afastar o conceito de que o casamento
possa ser encarado como um contrato, porquanto o casamento não é um
acto de natureza patrimonial, mas sim um negócio jurídico do qual resulta a
constituição de relações de natureza patrimonial. Ao casamento não se
aplicam as normas gerais da disciplina contratual.
• Massimo Bianca, Diritto Civile – 2 La Famiglie, Le Sucessioni, p. 30.
• O outro é a adopção.
• Segundo o nosso Código de Família o casamento como acto não deve ser
encarado como um contrato stricto sensu, pois a declaração de vontade
emitida pelos nubentes vai produzir unicamente os efeitos jurídicos já
previstos na lei e que são de natureza imperativa.
• Existe na verdade, uma convergência de duas vontades para a aceitação
dos efeitos que vão derivar do acto praticado, que são comuns e
recíprocos e que vão instituir entre ambos relações de natureza pessoal e
familiar próprias do vínculo conjugal.
CONCLUSÃO
• Sendo assim, o casamento é um negócio jurídico, solene, público e
complexo, pois sua constituição depende de manifestações e declarações
de vontade sucessivas, além da oficialidade de que é revestido, estando
sua eficácia sujeita a atos estatais.
• A questão é se:
• são 2 (a noiva e o noivo)
• Ou 3 ( a noiva, o noivo, e o funcionário do registo civil – conservador);
ESTADO CIVIL
• PERGUNTA?
ESTADO CIVIL
ESTADO CIVIL
• Há enorme e justificável resistência por parte de divorciados e viúvos, que
se sentem discriminados por assim serem rotulados, reivindicando o direito
de se qualificarem como solteiros. O que importa aos terceiros é saberem se
a pessoa é ou não proprietária exclusiva do seu património e não se é
solteira, divorciada ou viúva.
• Os reflexos mais significativos são de ordem patrimonial.
• A condição de solteira, separada, divorciada ou viúva identifica a pessoa
sozinha, que é proprietária de seu património, com exclusividade.
• Já a casada – a depender do regime de bens do casamento – não tem a
disponibilidade de seus bens.
ESTADO CIVIL
• Assim, quem pretende fazer qualquer negócio com outrem sempre precisa
saber qual é o seu estado civil.
• Aos casados a lei impede a prática de determinados actos, havendo a
necessidade da concordância do outro cônjuge.
• Não só quando da alienação de bens imóveis , art.º 56.º/3 CF
• Mas também quanto a disposição do direito ao arrendamento, art.º 57.º
• Também no que diz respeito ao repúdio da herança ou legado, art.º 58.º/2