Introdução ao Direito

Prof.: André Ricci de Amorim

Fundamentos do Direito

- Diferentemente das ciências empíricas, as ciências

sociais destinam-se ao estudo do comportamento
humano e das relações sociais, bem como, de maneira
geral, das sociedades.

- Direito é uma ciência social aplicada. Assim, o Direito

ocupa-se das normas destinadas a regular a forma e a
maneira como a vida naquela determinada sociedade
ocorrerá. O termo “aplicada” se deve ao fato de que é
destinada a buscar o aprimoramento das relações
humanas a partir de sua própria utilização como
instrumento para o progresso social e humano.
Fundamentos do Direito

- Objeto de estudo: seriam os pressupostos, os

fundamentos, princípios, as delimitações, métodos e
meios lógicos que dão garantia de validade aos resultados
teóricos alcançados pelas normas coercitivas.

- A metodologia para Miguel Reale, são 3 principais:

a) O método indutivo é o raciocínio segundo o qual, após

a análise individualizada de casos, chega-se a um
resultado extraível do conjunto. É um método de
generalização. Ex.: ao analisar 100 galinhas aleatórias,
observou-se que todas tinham cristas. Logo, conclui-se
que a 101ª galinha também terá crista.
Fundamentos do Direito

b) O método dedutivo é aquele em que, partindo-se de

uma premissa geral, chega-se à solução do caso concreto.
Ex.: Todo homem é mortal. Sócrates é um homem. Então,
Sócrates é mortal.

c) O método analógico é utilizado quando, na ausência de

norma para solução de determinado caso concreto,
utiliza-se norma semelhante, originalmente não prevista
para aquele caso. Veja o art. 4º da LINDB.
O Direito na visão de Kelsen

- Inicialmente, vale destacar que o autor faz a seguinte distinção:

- A Pirâmide de Kelsen e a localização da Constituição.

O Direito na visão de Kelsen

- Constituição (inclui ECs e tratados em DHs

aprovados segundo art. 5º, §3º da CRFB)

- Supralegal

- Leis

- Normas Infralegais (decretos executivos,

portarias, instruções normativas).
A Constituição no caso Brasileiro

- Não existe hierarquia entre normas constitucionais

originárias;
- Não existe hierarquia entre normas constitucionais
originárias e normas constitucionais derivadas;
- As leis federais, estaduais, distritais e municipais
possuem o mesmo grau hierárquico (ver repartição de
competências);
- E as Constituições dos Estados estão no mesmo grau
hierárquico da Constituição Federal?
- E as leis editadas antes da nova Constituição? Veja a
questão da não recepção.
Costume e Direito

Conceito: trata-se da prática reiterada em determinada sociedade e nela aceita

como prática jurídica, constituindo fonte do Direito e regra de comportamento.
Nota-se a junção de dois elementos: objetivo e subjetivo (opinio iuris). Pode ser:
O Direito e suas relações externas

- Direito e Religião: a influência da religião na construção

do Direito e o Estado Laico;
- Direito e Moral: a moral pode ser definida como um
conjunto de valores e normas ligados à noção de certo e
errado. Varia conforme a sociedade e o tempo. É
unilateral, pois não prevê coercibilidade/sanção em
sentido formal para o seu descumprimento;
- Direito e Ética: a ética é a parte da filosofia que estuda a
moral, isto é, que reflete e questiona sobre as regras
morais. Assim como a moral, não tem efeito coercitivo;
- Direito e Política: a judicialização da política e o ativismo
judicial.
O Direito para o jurista Miguel Reale é um conjunto de regras
obrigatórias que garante a convivência social graças ao
estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros. Assim
é possível dizer que:

a) Moral compreende conceitos normativos de caráter subjetivo que

influenciam a conduta, mas não a lei.
b) A religião trás normas de caráter moral obrigatório.
c) O sistema jurídico brasileiro se firma na liberdade religiosa.
d) Uma sanção legal deve ser interpretada como um ato da
comunidade jurídica. Já a sanção religiosa deve ser entendida como
uma sanção transcendental.
e) A religião trás normas gerais de obrigatoriedade que fundamentam
a norma jurídica
 Contato:
andre.ricci@estacio.br

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