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JUSPOSITIVISMO
Hans Kelsen, pensador do direito, fez parte do movimento do positivismo
jurídico foi mais um na corrente do juspositivismo ou positivismo jurídico e
para entendê-lo temos que entender essa corrente que vai anivelar a ciência
jurídica, o estudo do direito enquanto ciência independente, trouxe autonomia
para o direito como ciência e só é possível ter autonomia quando ela tem um
objeto próprio, com princípios próprios.
Norma Jurídica
O significado jurídico do ato, põe-se logo a questão de saber se a ciência
jurídica, ou seja, o direito é um fenômeno natural ou social. O ato sendo
expresso por um individuo pode ser expressado subjetivamente ou
objetivamente, mas o que transforma de fato num ato jurídico é o sentido
objetivo que está ligado ao ato, recebendo o fato em questão por intermédio
de uma norma que a ele se refere com o seu conteúdo, que lhe empresta a
significação jurídica.
O jurista deve partir de uma norma jurídica dada, para conseguir chegar a
própria norma jurídica. A norma jurídica é o começo e o fim de todo o sistema,
o Estado é composto por um ordenamento de normas jurídicas de impor
condutas. Mesmo assim o jurista pode produzir normas individuais aplicando
e interpretando uma norma geral. Ao afirmar que a norma jurídica possui
vários sentidos, entendemos que é nisto que consiste a liberdade do juiz ao
determinar qual dos sentidos é o mais adequado, impossibilitando o Direito
Positivo de apontar a escolha melhor. Jamais se pode acreditar que uma
norma jurídica possa permitir apenas uma interpretação correta para todos os
casos.
A norma para ser eficaz, não precisa necessariamente ser aplicada, devido
que indivíduos subordinados a ordem jurídica respeitem a norma adotando a
conduta pela qual se evita a sanção. A norma positiva é a norma posta por
autoridade competente (art. 61 d a CF), procedimento previsto legalmente,
limites de espaço (art. 1 LI) e limites de tempo (art. 2 LI) dentro de uma
sociedade de direito. A norma tem que ser válida para gerar eficácia, gerar
interesse para o operador do direito. A norma válida independe dos eu
conteúdo, independente do que ela trata, independe se é moral ou imoral, se
é justa ou injusta, boa ou ruim, ela é preferível que seja mora, o que interessa
é a forma, se passou pelo tramite correto e entrou de forma válida no sistema,
sendo assim terá que ser obedecida e ponto final.
O domínio da vigência pode ser limitado, mas pode também ser ilimitado.
A norma tem força retroativa, ou seja, a norma jurídica pode ser aplicada a
certo individuo que tenha cometido um delito não só no futuro como também
no passado.
CONCLUSÃO
Para Hans Kelsen a norma fundamental é a validade de todo um sistema
jurídico, é unitário, orgânico, fechado, completo e autossuficiente, nada falta,
as normas inferiores buscam fundamento nas normas superiores.
Por meio da publicação do livro “Teoria Pura do Direito”, Hans Kelsen forneceu
detalhes, conceitos e definições sobre a pirâmide. Essa obra é uma referência
para juristas e estudantes da área de direito.
Existem algumas maneiras que a pirâmide pode ser aplicada para o benefício
da empresa. Seguem as principais áreas a serem direcionadas por essa
ferramenta:
Contratos
Responsabilidade civil
Tributos
Por meio desta breve obra farei uma crítica pessoal sobre parte do segundo
capítulo da obra anteriormente citada. Para isso, me utilizarei do seguinte
formato: primeiro reproduzirei em linhas gerais o que a obra original descreve,
em seguida elaborarei minha crítica ao texto, de forma geral, e por último,
com base em um conhecido autor – que também escreveu sobre o tema –
apresentarei a teoria que acredito ser a mais condizente à realidade.
O trecho que cabe à minha crítica é estruturado em três partes por Bobbio,
onde a idéia central a que se refere são os três critérios – justiça, validade e
eficácia – de valoração de uma norma jurídica. Em primeiro lugar ele se
preocupa em deixar claro que qualquer uma destas normas pode ser
submetida a esses três distintos critérios, e que eles são independentes um
do outro. Em seguida o autor descreve os três critérios como sendo uma
tríplice ordem de problemas: justiça ou injustiça; validade ou invalidade;
eficácia ou ineficácia. O problema da justiça analisa se a norma corresponde
aos valores finais que inspiram o seu ordenamento jurídico. A validade se
refere ao problema de detectar se uma norma existe ou não, se ela é uma
norma jurídica. E o último problema, da eficácia, se preocupa com o
cumprimento da norma por parte da população, e em caso de
descumprimento deve ser aplicado os devidos meios coercitivos.
Na segunda parte Bobbio reafirma que os três critérios são independentes e
prova isto por meio de seis proposições que contrapõem, dois a dois,
daqueles três problemas. E a última parte do trecho, que me importa para a
realização desta obra, trata das possíveis confusões dos três critérios
mencionados na primeira parte. Além disso, ele propõe que estes critérios
delimitam a atuação do filósofo do direito, e que a partir de cada um deles
surge um campo da filosofia jurídica. Assim, da justiça surge a teoria da
justiça; da validade surge a teoria geral do direito; e a eficácia conflui na
sociologia jurídica. Por fim Bobbio critica as outras teorias que não
estabelecem nitidamente a distinção entre os três critérios e se apóiam em
uma tese reducionista para afirmar que qualquer um destes critérios pode se
reduzir a outro.
O erro seguinte, do autor, é quando ele delimita os três critérios como sendo
o campo de pesquisas e trabalho do filósofo do direito. Veremos a seguir,
com maior embasamento teórico, que estas três áreas são campos de estudo
de diferentes profissionais. Sendo assim, diferentes estudiosos, de acordo
com sua área de atuação, estudam diferentes critérios. Quanto à afirmação
de que é a partir da filosofia do direito (que por sua vez compreende aqueles
três critérios) que surge outras importantes áreas de estudo do juristas – por
exemplo, é do problema da validade que surge a filosofia do direito como
teoria geral do direito – Bobbio se coloca novamente de maneira equivocada.
Isto nos põe, de forma absoluta, contrários ao texto de Bobbio que assegura
que todos os três critérios são campos de estudo somente do filósofo do
direito, e que todos dizem respeito a áreas da filosofia jurídica – somente em
uma segunda instância é que eles (três critérios componentes da filosofia) se
tornariam os outros campos de estudo.
Melhor explicando, agora, minha última crítica – que talvez não se faça clara
a priore – referente à contraposição de Bobbio às teorias reducionistas, friso
novamente que este não é o erro. Na realidade, esta é a parte correta. O erro
se encontra na negação simples do reducionismo, deixando de lado a
preocupação pelo oposto imediato que seria as visões unilaterais do direito,
dadas pela completa separação dos critérios componentes do
tridimencionalismo jurídico. Mais do que isso, Bobbio não só não se preocupa
como apóia este tese.
Reale, por outro lado, já advertia que o reducionismo não é, de fato, uma boa
teoria, uma vez que os três critérios são dependentes, mas não se
confundem. Mas acima disto, ele esclarece que não se deve passar ao outro
oposto. As visões unilaterais são enviesadas e incompletas. Dizia Miguel, que
um estudioso do direito deve ter conhecimento das três áreas
correspondentes a justiça, validade e eficácia, respectivamente. Que suas
obras devem considerar estes três aspectos de forma unificada. Assim, deixa
mais uma vez sua – e agora aderida por mim – maior crítica, que aborda a
superação da teoria da tridimensionalidade do direito genérica e abstrata por
aquela, que integrando os três critérios, se faz específica e concreta.