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CONCEITOS BÁSICOS

1- Princípio metodológico fundamental


Nesse primeiro tópico, Kelsen, nos mostra que suas teorias estão ligados a pureza da
ciência jurídica com a norma a ser posta, e não com o estudo da sociologia, filosofia,
etc. A definição da pureza do direito decorre do objeto e de neutralidade.
2- Sistema estático e sistema dinâmico
As normas jurídicas como conduta humana estão compreendidas como um
sistema estático, dessa forma alguns temas específicos são abordados por esse sistema
(ilícito, dever, sanção, direitos subjetivos, capacidade, a responsabilidade, pessoa
jurídica, etc).
Kelsen cita também sobre um sistema jurídico “dinâmico”, que o mesmo diz
respeito a validade, unidade lógica da ordem jurídica, as lacunas, o fundamento último
do direito, etc.
3- Norma jurídica e proposição jurídica
Nesse tópico, vemos uma clara diferença entre a norma jurídica e a proposição
jurídica. Aquela vem da autoridade competente, enquanto a outra vem dos estudiosos.
A norma jurídica prescreve, é em último lugar um ato volitivo e pode ser de certa
forma válida ou inválida, em contraposto vemos a proposição jurídica que descreve,
advêm do ato de conhecimento e se enquadra nos atos de verdadeiros ou falso.
4- Norma hipotética fundamental
Segundo os estudos de Kelsen, toda norma tem se validado em uma outra
superior a ela, mas existe uma certa convergência na mesma, pois a Constituição
Federal iria se validar em qual? E a resposta foi clara, ela iria se basear em uma
Norma Hipotética Fundamental (não é uma norma posta, e sim, suposta).
5- Positivismo

Na teoria pura, toda ordem jurídica positiva é válida. Para o Direito, sua função é
descrever a ordem jurídica, e não legitimá-la. Dessa forma o Direito se torna positivado,
por duas formas: através da Humana ou por vontade Transcendente.

TEORIA DA NORMA JURÍDICA

6- Estrutura da Norma Jurídica


Todas as normas jurídicas são compreendidas como algo contra uma sanção à
conduta nela considerada, tal norma tem caráter impositivo, cogente.
7- Validade e eficácia
A norma jurídica só tem um mínimo de eficácia se estiver de forma direta, ligada
com a Norma Hipotética Fundamental ou se vem do poder competente.
Validade e eficácia são parecidas, mas não são sinônimos.
A validade da norma depende de 3 pontos chaves:
a- Competência da autoridade proponente a norma;
b- Mínimo de eficácia;
c- Eficácia do ordenamento do qual a norma é componente.

8- Sanção
É a violação das normas, na qual está invadindo o direito do outro indivíduo. Dessa
forma a sanção se tornou um elemento indispensável no Direito, pelo fato de que sem o
mesmo, a norma jurídica se tornaria uma mera norma moral, assim não obrigando a
sociedade a cumpri-las.
9- A questão das lacunas
Para Kelsen não existe lacunas, para ele ou existe a norma e assim a conduta é
proibida/válida, ou não existe e é permitida sua conduta. Na inexistência da lei, a
autoridade tem o dever de aplicar uma norma, costume, analogia ou princípios gerais do
direito como método de suprir, utilizado no Brasil.
10- A questão das antinomias
Kelsen não aceita a ideia de um relacionamento lógico entre as normas jurídicas.
Para se evitar antinomias, deve-se sempre seguir a Constituição Federal. Seus conflitos
(antinomias) são resolvidos de 3 formas:
a- Pela hierarquia;
b- Pela data de edição;
c- As duas normas são válidas.
A CIÊNCIA DO DIREITO
11- Sentido subjetivo e sentido objetivo dos atos
Na norma se encontra o sentido dos atos humanos (lícitos ou ilícitos), é nela que o
sentido objetivo dos atos humanos se encontram. Já o sentido subjetivo dos atos não
coincidem com o significado que a norma lhe atribui, porque está também relacionado
aos autores da norma.
12- Classificação da ciência do direito
Para Kelsen, há uma diferença expressa entre ciência do direito é a ciência do
“dever ser” e a ciência natural é a do “ser”, que tem relação com os enunciados (relação
casuísticas). Kelsen vê a jurídica com um estudo social normativo, porque estrutura os
enunciados a partir do princípio da imputação.
13- Princípio da imputação e princípio da causalidade
Frase: “Se A é, então B deve ser”
Causalidade é uma relação entre o enunciador e o real acontecimento. Imputação
é a racionalização da relação causal (une fatos sob a égide da norma), em caso de
regressão pode originar-se da causalidade.
14- Caráter constitutivo da ciência do direito
Um conjunto de normas no direito nem sempre é um conjunto lógico e muito menos
consideradas verdadeiras e falsas, na verdade as normas são atos de vontade que
regulam a conduta humana. Karl Schimmdt, dizia que a vontade política era convertida
nas normas constitucionais, de certa forma está correta, pois a norma deve ser obedecida
pelo seu poder de coação.
15- Hermenêutica Kelseniana
Kelsen entende que todas as interpretações sobre a norma são válidas, mas quem
elegerá a verdadeira interpretação será o órgão aplicador, pois muitas vezes haverá mais
do que uma forma de interpretação e dessa forma não existe um jeito de entendimento.
A função da ciência jurídica, portanto, deve apenas dar o sentido primário da norma
jurídica.
KELSEN NA FILOSOFIA JURÍDICA
16- Conclusão
 Kelsen utiliza da concepção purista do direito;
 Entende a inutilidade sobre o justo e injusto, e
 Caracteriza a norma jurídica como ato volitivo do poder competente.

OPINIÃO
Segundo meu ponto de vista, a teoria de Kelsen vêm nos mostrar um lado do direito
diferente do que é visto nos dias de hoje, pois o presente é, de uma forma indireta, uma
mistura da ciência Jurídica com a área social (Estudo da Filosofia e Sociologia), Kelsen
vem quebrar esse paradigma, nos apresentando o Direito Puro, onde não se é
“misturado” nenhum outro ramo social a ele.
Kelsen apresenta alguns temas que são, de certa forma, difíceis de serem
explicados, na maioria das vezes utilizando de certos argumentos e frases, para
conseguir validar suas teorias, uma dela e mais famosa é: “Se A é, então B deve ser”,
que nos explica o princípio da imputação e princípio das causalidade.
Em geral, a ciência do Direito é explicada e nos abre caminhos, onde se pode
aplicar correções e melhorias, um claro exemplo é a questão das lacunas de Kelsen,
onde diz que elas não existem.

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