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Separação entre Ser e Deber Ser: Kelsen manteve uma separação estrita entre Ser e
Deber Ser. Enquanto a sociologia do direito pode analisar como se aplica e obedece às
normas da prática, o jurista deve centrar-se na estrutura lógica e a validade das normas
sem entrar em considerações éticas ou sociológicas.
Crítica à Teoria Pura do Direito: Embora a teoria pura do direito de Kelsen tenha sido
influente, também recebeu críticas. Alguns argumentam que a exclusão de
considerações éticas pode levar a conclusões normativas que parecem contrárias à
justiça ou à moral.
1- Positivismo Jurídico
Hans Kelsen é o principal teórico do positivismo jurídico. Em sua obra Teoria Pura do
Direito, defende a autonomia da ciência jurídica ao conferir-lhe método e objetivo
próprio, capaz de assegurar o conhecimento científico do direito. Para isso estabelece
um princípio metodológico, o princípio da pureza, com o qual pretende reduzir a
complexidade do objeto do direito ao afastar da ciência jurídica as ingerências intrusas e
perturbadoras, de ordem epistemológica (sociologia, antropologia etc.) e axiológica
(moral, ética). Para Kelsen o objeto da ciência jurídica consiste em normas jurídicas, e a
tarefa do jurista consiste em descrever esse objeto mediante proposições.
Para Kelsen, o conhecimento jurídico deve ser neutro, não cabe ao jurista fazer
julgamentos ou avaliações sobre as normas. No exercício da sua atividade o jurista deve
afastar tanto as dimensões axiológicas, que implicam proferir juízos de valor a respeito
das normas, como as dimensões epistemológicas, que implicam motivações específicas
de outras ciências. Essas dimensões comprometeriam a verdade das proposições que o
jurista enuncia sobre as normas. Vale dizer, o raciocínio jurídico não deve versar sobre
o que é virtuoso ou vicioso, justo ou injusto, conveniente ou inconveniente, mas sim,
sobre o lícito e o ilícito, o válido e o inválido, o eficaz e o ineficaz. Desse modo é
possível que uma norma, visivelmente injusta, quando submetida ao modelo positivista
possa ser considerada válida e eficaz. (p. 140 e 141)."
ele buscou apresentar o que entendeu ser o Direito (por definição e como ciência),
dando espaço para as demais ciências se
natural conseqüência.