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1. Todas as assertivas do livro estão corretas (ou porque caíram nas provas como
assertivas corretas ou porque foram corrigidas pelo autor), sendo separadas por
assunto e numeração. Ao começar um novo assunto, começa uma nova numeração,
com todos os artigos do Código Penal referentes à matéria que será estudada. Assim, o
leitor conseguirá fazer uma revisão de todas as matérias.
Crime consumado
Tentativa
111. A prática de crime, depois de condenação prévia transitada em julgado por contravenção
penal, não enseja reincidência. (IESES - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
3. No caso das assertivas que sofreram correção pelo autor, a questão original foi
inserida logo abaixo para o que o leitor compare a assertiva falsa (que foi cobrada em
concurso) com a assertiva correta (que foi corrigida pelo autor). Quando o autor
inseriu alguma palavra ou expressão para corrigir a assertiva, a inserção foi colocada
em CAIXA ALTA (EM VERMELHO) para facilitar a visualização do leitor sobre a correção.
22. Tendo em vista as suas especificidades, a medida de segurança NÃO PODERÁ durar
perpetuamente. (INSTITUTO AOCP - PC-ES - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: Tendo em vista as suas especificidades, a medida de segurança poderá durar
perpetuamente.
4. Quando o autor sentiu a necessidade, foi inserida uma observação para possibilitar o
aprofundamento da matéria pelo leitor sobre a questão e o assunto tratado (abaixo da
questão original), realçando, sublinhando e negritando os pontos mais importantes
para facilitar o aprendizado do leitor. Além disso, em algumas assertivas foram
inseridas a palavra “atenção” para alertar o candidato em relação ao grau de
dificuldade apresentada ou à relevância do assunto.
01. O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal — é cabível nos casos
de crimes praticados com violência ou grave ameaça, desde que a pena privativa de
liberdade aplicada não seja superior a dois anos. (CESPE - TJ-BA - Juiz de Direito).
5. Nas questões em que há um texto no caput com várias alternativas sobre este texto,
as alternativas foram colocadas com subnumeração.
13. Com 74 anos, Jairo foi definitivamente condenado pela prática de roubo simples (art. 157,
caput, do CP). Primário e sendo-lhe inteiramente favoráveis as circunstâncias do art. 59 do CP,
foi-lhe aplicada uma pena privativa de liberdade de 04 anos de reclusão. Nesse caso,
considerando (FCC - DPE-RS - Defensor Público).
6. Quando foi constatado alternativas idênticas (em outras bancas), o autor inseriu um
sinal “►” antes da frase para mostrar ao candidato que aquela questão já foi cobrada
em mais de um concurso.
43. ► A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência. (FCC - PGE-TO - Procurador do Estado).
104. É POSSÍVEL o concurso de pessoas nos crimes culposos. (CESPE - SERES-PE - Agente
Penitenciário - Superior).
SÚMULA 527, STJ – "O tempo de duração da medida de segurança não deve
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado”.
3. Súmula 420, STF - "Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível a sua consumação”.
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser
superior a 40 (quarenta) anos. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote Anticrime).
NOTA DO AUTOR
Espero ter cumprido minha missão nesta obra. Bons estudos. Deus
abençoe!
Davi Dunck
Professor e Advogado
Instagram: @penal.aulas
Telegram: penalaulas
PREFÁCIO
Rogério Greco
Ex-Procurador de Justiça
1. Teoria Geral do Direito Penal: 1.1. Noções Gerais (17 questões); 1.2.
Princípios no Direito Penal (140 questões); 1.3. Escolas Penais e Evolução
Doutrinária (12 questões/08 questões); 1.4. Interpretação da Lei Penal e
Analogia (07 questões/14 questões); 1.5. Lei Penal em Branco (12 questões);
1.6. Conflito Aparente de Leis Penais (21 questões); 1.7. Lei Penal no tempo
(37 questões); 1.8. Abolitio Criminis (31 questões); 1.9. Leis Penais
Temporárias ou Excepcionais (22 questões); 1.10. Tempo do Crime (29
questões); 1.11. Crime Continuado e Permanente (Lei Penal no Tempo) (25
questões); 1.12. Lugar do Crime e Lei Penal no Espaço (89 questões); 1.13.
Disposições Finais sobre a Aplicação da Lei Penal (Lei Penal no Tempo) (16
questões).
3. Teoria Geral da Pena: 3.1 Noções introdutórias da Pena (24 questões); 3.2
Aplicação da Pena (156 questões); 3.3 Penas Privativas de Liberdade (126
questões); 3.4 Penas Restritivas de Direitos (71 questões); 3.5 Pena de multa
(07 questões); 3.6 Concurso de Crimes (100 questões); 3.7 Limite das Penas
(04 questões); 3.8 Suspensão Condicional da Pena (15 questões); 3.9
Livramento Condicional (42 questões); 3.10 Efeitos da Condenação (49
questões); 3.11 Reabilitação (07 questões); 3.12 Medidas de Segurança (41
questões); 3.13 Ação Penal (47 questões); 3.14 Extinção da Punibilidade (85
questões); 3.15 Prescrição (173 questões).
SUMÁRIO
12. “Ciência ou a arte de selecionar os bens (ou direitos), que devem ser
tutelados jurídica e penalmente, e escolher os caminhos para efetivar tal
tutela, o que iniludivelmente implica a crítica dos valores e caminhos já eleitos.”
(ZAFFARONI, E. R.; PIERANGELI, J. H. Manual de Direito Penal Brasileiro. 12.
ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2018. p. 128). A descrição
apresentada acima se refere a um: conceito de teoria do delito. (UEG - PC-
GO - Delegado de Polícia).
13. Foi Welzel quem tentou atribuir uma dupla missão ao Direito Penal, pois,
sem negar a missão de proteção de bens jurídicos, acrescentou- Lhe a missão
de proteção dos valores elementares da consciência, de caráter ético-
Social. O que não é admitido pela maioria da doutrina, já que o Direito Penal
não deve se ocupar de exercer um controle moral sobre as pessoas.
(FUNDATEC - DPE- SC - Analista Técnico).
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
7. O art. 1º do Código Penal afirma que não há crime sem lei anterior que o
defina e que não há pena sem prévia cominação legal. O mencionado
dispositivo corresponde a qual princípio de direito penal? Princípio da
legalidade. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).
8. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal. (UERR - SETRABES - Agente).
9. Não há crime sem lei anterior que o defina, tampouco pena sem prévia
cominação legal. (IBEG - IPREV - Procurador).
10. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP - Advogado).
11. Não há crime sem lei anterior que o defina, NEM pena sem prévia
cominação legal. (UDESC - UDESC - Assistente Administrativo).
Questão original: Não há crime sem lei anterior que o defina, mas
pode haver pena sem prévia cominação legal.
12. Não há crime sem LEI anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário Superior).
13. Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina. (UFMT - TJ- MS - Técnico
Judiciário).
22. A fixação dos crimes e das respectivas penas DEPENDE de lei formal.
(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).
24. O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei
anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. Considerando
esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue. O presidente da República, em caso
de extrema relevância e urgência, JAMAIS PODE editar medida provisória
para agravar a pena de determinado crime. (CESPE - PRF - Policial Rodoviário
Federal - Superior).
28. Não se admitem mais critérios absolutos na definição dos crimes, os quais
passam a ter exigências de ordem formal (somente a lei pode descrevê- Los e
cominar- Lhes uma pena correspondente) e material (o seu conteúdo deve ser
questionado à luz dos princípios constitucionais derivados do Estado
Democrático de Direito). (IBEG - Prefeitura de Guarapari - ES - Procurador
Municipal).
41. O direito penal não admite analogias incriminadoras. Essa afirmativa é uma
decorrência do princípio da: legalidade. (FUNCAB - SEGEP- MA - Agente
Penitenciário - Médio).
43. A utilização da analogia pelo juiz para criar tipos penais e responsabilizar
criminalmente acusados reincidentes FERE o princípio da legalidade, tendo em
vista a norma inscrita no art. 1º do Código Penal. (FAURGS - TJ- RS -
Assessor Jurídico).
46. Embora o princípio da legalidade proíba o juiz de criar figura típica não
prevista na lei, por analogia ou interpretação extensiva, o julgador NÃO PODE,
para benefício do réu, combinar dispositivos de uma mesma lei penal para
encontrar pena mais proporcional ao caso concreto. (CESPE - TRF - 5ª
REGIÃO - Juiz Federal).
64. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que
se refere ao princípio da INSIGNIFICÂNCIA, deve- Se analisar se houve uma
mínima ofensividade ao bem jurídico tutelado, se houve periculosidade social
da ação, se há reprovabilidade relevante no comportamento do agente E SE
HOUVE EXPRESSVIDADE DA LESÃO JURÍDICA PROVOCADA. (FAPEMS
- PC- MS - Delegado de Polícia).
68. Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, para si, uma mini barra
de chocolate avaliada em R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos).
Denunciado pela prática do crime de furto, o defensor público em atuação, em
sede de defesa prévia, requereu a absolvição sumária de Carlos com base no
princípio da insignificância. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais
Superiores, o princípio da insignificância: afasta a tipicidade do fato. (FGV -
DPE- RO - Analista Jurídico).
80. Um homem, maior de idade e capaz, foi preso em flagrante por ter
subtraído duas garrafas de uísque de um supermercado. A observação da
ação delituosa por meio do sistema de vídeo do estabelecimento permitiu aos
seguranças a detenção do homem no estacionamento e a recuperação do
produto furtado. O valor do produto subtraído equivalia a pouco mais de um
terço do valor do salário mínimo vigente à época. Na fase investigatória,
constatou- Se que o agente do delito possuía condenação transitada em
julgado por fato semelhante e que respondia por outras três ações penais em
curso. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: O acusado
NÃO PODERÁ ser absolvido com base no princípio da insignificância, já que o
valor dos objetos subtraídos NÃO ERA ínfimo, POUCO IMPORANTDO SE
estes foram integralmente restituídos ao supermercado. (CESPE - TJ- CE -
Juiz de Direito).
82. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que
se refere ao princípio da adequação social, apesar de uma conduta subsumir
ao modelo legal, não será considerada típica se for historicamente aceita pela
sociedade. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).
84. O agente que pratica constantemente infrações penais que tenham deixado
de ser consideradas perniciosas pela sociedade poderá alegar que, em
conformidade com o princípio da adequação social, o qual NÃO TEM o condão
de revogar tipos penais incriminadores, sua conduta deverá ser considerada
adequada socialmente. (CESPE - Prefeitura de Salvador - BA - Procurador
Municipal).
86. Por adequação social, nos termos da súmula 502, ainda que presentes a
materialidade e a autoria, nos termos da súmula 502, a conduta de expor à
venda CDs e DVDs piratas, TIPIFICA o crime em relação ao direito autoral
previsto no art. 184, § 2.º, do CP. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).
88. A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs
piratas para posteriormente revendê- Los. Certo dia, enquanto expunha os
produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira,
Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o
conduziram coercitivamente até a delegacia. Com referência a essa situação
hipotética, julgue o item subsequente. O princípio da adequação social NÃO
SE APLICA à conduta de Pedro, de modo que NÃO SE REVOGA o tipo penal
incriminador em APESAR de se tratar de comportamento socialmente
aceito. (CESPE - Polícia Federal - Nível Superior).
90. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que
se refere ao princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA, o Direito Penal deve tutelar
bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade, sem levar em
consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos. (FAPEMS - PC-
MS - Delegado de Polícia).
107. Pelo princípio da confiança, todo aquele que se conduz com observância
ao dever de cuidado objetivo exigido, pode esperar que os demais co-
Participantes de idêntica atividade procedam do mesmo modo. (FUNDEP -
MPE- MG - Promotor de Justiça).
123. Tendo por base o confisco de bens outrora pertencentes ao suicida - que
tem herdeiros - como forma de punição penal, é correto afirmar que:
responsabilização de terceiros pela conduta de alguém viola o princípio
penal, denominado de: intranscedência. (IBADE - PC- AC - Delegado de
Polícia).
140. As penas cruéis JAMAIS PODERÃO ser aplicadas caso o delito cause
grande comoção social. (FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).
10. O garantismo jurídico surge nos anos 1970, na Itália, restrito ao Direito
Penal, como movimento em oposição à redução dos direitos e garantias
penais e processuais penais, em reação a uma legislação de exceção
implementada sob a justificativa do combate ao terrorismo. (MPT - MPT -
Procurador do trabalho).
17. O denominado direito penal do inimigo, que tem como expoente Günther
Jakobs, pode ser entendido como um direito penal de TERCEIRA
VELOCIDADE, restringindo garantias penais e processuais. (MPE- MS - MPE-
MS - Promotor de Justiça).
3º - Penas severas;
18. No direito penal do inimigo, a sanção penal é aplicada com extremo rigor e
objetiva punir o inimigo de modo exemplar por atos cometidos,
RELATIVIZANDO OU SUPRIMINDO garantias processuais. (CESPE - PC- MA
- Delegado de Polícia).
Questão original: No direito penal do inimigo, a sanção penal é
aplicada com extremo rigor e objetiva punir o inimigo de modo exemplar
por atos cometidos, sem, contudo, relativizar ou suprimir garantias
processuais.
4. A teoria das velocidades do direito penal foi idealizada pelo professor Jesús-
Maria Silva Sánchez. Enquanto na primeira velocidade do direito penal, o trâmite é
lento e garantista em decorrência da pena de prisão, na segunda velocidade o
trâmite é rápido e flexibiliza direitos e garantias, já que não há pena de prisão.
10. A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei. (FCC -
Prefeitura de Teresina - PI - Auditor Fiscal).
11. Segundo a doutrina, analogia legal, ou legis, é aquela em que se aplica ao
caso omisso uma NORMA LEGAL. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO - Agente de
Segurança Prisional).
12. Pela analogia, aplica-se aum fato não regulado expressamente pela
norma jurídica um dispositivo que disciplina hipótese semelhante. (FCC -
Prefeitura de Teresina - PI - Auditor Fiscal).
13. A analogia consiste em aplicar- Se a uma hipótese NÃO regulada por lei
uma disposição mais benéfica relativa a um caso semelhante. (IBEG -
Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador Municipal).
15. A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, CONTUDO,
NÃO É PROIBIDA, em caráter absoluto, a analogia no direito penal, POIS ELA
É PERFEITAMENTE ADMITIDA QUANDO BENEFICIAR O RÉU. (CESPE -
PRF - Policial Rodoviário Federal - Superior).
Questão original: A norma penal deve ser instituída por lei em sentido
estrito, razão por que é proibida, em caráter absoluto, a analogia no
direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para
fundamentar ou alterar a pena.
16. Estabelece o Código Penal que a analogia somente poderá ser aplicada
EM BENEFÍCIO DO RÉU. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO - Agente de
Segurança Prisional).
17. A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em
direito penal, só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam
partem, em atenção ao princípio da reserva legal, expresso no artigo primeiro
do Código Penal. (CESPE - EMAP - Analista).
20. A analogia in malam partem ocorre quando se aplica, ao caso omisso, uma
lei considerada prejudicial ao réu que, segundo o Código Penal, JAMAIS
poderá ser admitida. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO - Agente de Segurança
Prisional).
4. No direito penal, a analogia só pode ser empregada para beneficiar o réu (in
bonam partem), sendo que sua aplicação se limita as normas não incriminadoras,
em obediência ao princípio da reserva legal.
4. Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja
norma de complementação é oriunda da MESMA fonte daquela que a editou.
(FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).
13. A consunção, pela qual uma conduta absorve outra, é possível no crime
progressivo, no crime complexo e na progressão criminosa. NEM TODOS,
necessariamente, há unidade de desígnios do sujeito ativo, desde o primeiro
ato. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).
18. Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua
ex- Namorada. Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e,
após, desferiu- Lhe diversas facadas na barriga, sendo estas lesões a causa
eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e
denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime de
lesão corporal, é correto afirmar que: Henrique não foi denunciado com base
no princípio da consunção. (FGV - TJ- RO - Técnico Judiciário).
20. Júlio foi denunciado em razão de haver disparado tiros de revólver, dentro
da própria casa, contra Laura, sua companheira, porque ela escondera a arma,
adquirida dois meses atrás. Ele não tinha licença expedida por autoridade
competente para possuir tal arma, e a mulher tratou de escondê- La porque viu
Júlio discutindo asperamente com um vizinho e temia que ele pudesse usá- La
contra esse desafeto. Raivoso, Júlio adentrou a casa, procurou em vão o
revólver e, não o achando, ameaçou Laura, constrangendo- A a devolver- Lhe
a arma. Uma vez na sua posse, ele disparou vários tiros contra Laura, ferindo-
A gravemente e também atingindo o filho comum, com nove anos de idade, por
erro de pontaria, matando- O instantaneamente. Laura só sobreviveu em razão
de pronto e eficaz atendimento médico de urgência. Ainda com referência à
situação hipotética descrita no texto anterior e a aspectos legais a ela
pertinentes, assinale a opção correta com respaldo na jurisprudência do STJ:
NÃO OPERA- SE o fenômeno da consunção entre o ato de possuir arma de
fogo sem autorização legal e o ato dispará- La com ânimo de matar, uma vez
que o crime mais grave NEM SEMPRE absorve o menos grave. (CESPE - TJ-
AM - Juiz de Direito).
21. O delito previsto no artigo 33 da Lei de Drogas, por ser crime de ação
múltipla, faz com que o agente que, no mesmo contexto fático e
sucessivamente, pratique mais de uma ação típica, responda por crime
único em função do princípio da alternatividade. (FCC - DPE- BA - Defensor
Público).
Art. 2º, parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-seaos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.
Art. 5º, XL, CF - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
2. ► A lei penal pode ser revogada durante o período de sua vacatio legis.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).
3. A lei penal, ao entrar em conflito com lei penal anterior, pode apresentar as
seguintes situações: novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio
legis in pejus e novatio legis in mellius. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de
Justiça).
13. Segundo o disposto no Código Penal (CP), a lei posterior que, de qualquer
modo, favorecer o agente se aplica aos fatos anteriores, ainda que decididos
por sentença condenatória transitada em julgado. Trata- Se do princípio da
novatio legis in mellius. (FUNIVERSA - SEAP- DF - SP - Agente
Penitenciário - Médio).
19. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, SE APLICA aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
20. A novatio legis in mellius PODERÁ ser aplicada ao réu condenado ANTES
OU DEPOIS do trânsito em julgado da sentença, pois TANTO o juiz, o tribunal
processante ou O JUIZ DA EXECUÇÃO PENAL poderá reconhecê- La e
aplicá- La. (CESPE - PC- GO - Escrivão de Polícia Civil).
21. Para a definição da lei penal mais favorável, deve- Se ter em vista, como
marco inicial, a data do cometimento da infração penal, e, como marco final, a
extinção da punibilidade pelo cumprimento da pena ou outra causa qualquer.
De toda sorte, durante a investigação policial, processo ou execução da
pena, toda e qualquer lei penal favorável, desde que possível a sua aplicação,
deve ser utilizada em favor do réu. (FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de
Polícia Civil).
24. Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime,
José passou a portá- Lo municiado, sem autorização e em desacordo com
determinação legal. O comportamento suspeito de José levou- O a ser
abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma
de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei
que diminua a pena para o crime de receptação, ele PODERÁ se beneficiar
desse fato, pois o direito penal brasileiro norteia- Se pelo princípio de aplicação
da lei vigente à época do fato, ADMITINDO- SE, EXCEPCIONALMENTE, A
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA. (CESPE - Polícia Federal -
Agente de Polícia Federal).
26. O princípio tempus regit actum determina que a lei penal aplicável ao fato
delitivo será aquela vigente à época em que este for PRATICADO. (FMP
Concursos - DPE- PA - Defensor Público).
Questão original: O princípio tempus regit actum determina que a lei
penal aplicável ao fato delitivo será aquela vigente à época em que este
for julgado.
31. A lei mais benéfica deve ser aplicada pelo juiz quando da prolação da
sentença — em decorrência do fenômeno da ultratividade — mesmo já tendo
sido revogada a lei que vigia no momento da consumação do crime. (CESPE-
TJ- DFT - Técnico de Administração).
34. A lei penal em branco, quando tem por objetivo garantir a obediência da
norma complementar, ESTÁ subordinada à irretroatividade da lei mais severa e
da retroatividade da lei mais benigna. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de
Justiça).
37. Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de
multa para essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em
vigor nova lei, que, revogando a anterior, passou a atribuir ao referido crime a
pena privativa de liberdade. Nessa situação, dever- Se-á aplicar: a lei vigente
ao tempo da prática do crime. (CESPE - EBSERH - Advogado).
3. A lei penal mais severa não pode retroagir, contudo, a norma penal mais benéfica
pode ser aplicada tanto retroativamente como ultrativamente, desde que beneficie o
réu.
4. A lei penal mais benéfica poderá ser aplicada antes ou até mesmo após o trânsito
em julgado da sentença penal condenatória, podendo em qualquer momento ser
reconhecida pelo Juiz, pelo Tribunal processante bem como pelo Juiz da execução
penal.
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória.
6. Ninguém pode ser punido por fato que LEI posterior deixa de considerar
crime. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
Questão original: Ninguém pode ser punido por fato que medida
provisória posterior deixa de considerar crime.
7. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória,
MESMO QUE já transitada em julgado. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços
de Notas e de Registros).
Questão original: Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela os efeitos penais
da sentença condenatória, salvo se já transitada em julgado.
9. Fausto foi condenado por sentença transitada em julgado por crime cometido
em 2010, encontrando- Se em cumprimento da pena de 10 anos. Em 2015,
entrou em vigor uma lei que não mais considera como crime a conduta que
levou Fausto à prisão. Neste caso, Fausto será beneficiado pela nova lei,
pois a lei penal retroage. (FCC - TRE- AP - SP - Técnico Judiciário -
Administrativo).
10. ► Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória. (IBEG - IPREV - Procurador).
11. Ninguém pode ser punido por fato que LEI posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais, MAS NÃO os
civis da sentença condenatória. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário
Superior).
Questão original: Ninguém pode ser punido por fato que lei ou
decreto posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela
a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.
12. ► O criminoso NÃO pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, CESSANDO em virtude dela a execução e os efeitos penais
da sentença condenatória. (UFMT - TJ- MS - Analista).
Questão original: O criminoso pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, sem cessar em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
14. A nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em
favor do agente, todos os efeitos penais, MAS NÃO os civis. (VUNESP - MPE-
SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).
22. Em virtude de lei posterior que deixa de considerar determinado fato como
crime, cessam a execução e os efeitos penais EM QUALQUER MOMENTO.
(CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
30. Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de
nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel
foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel: responderá pelo
crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da
nova lei. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia).
3. A abolitio criminis poderá ocorrer antes ou até mesmo após o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória, podendo em qualquer momento ser reconhecida pelo
Juiz, pelo Tribunal processante bem como pelo Juiz da exceção penal.
11. Leis temporárias e excepcional (art. 3, CP) são hipóteses excepcional de:
ultra- Atividade maléfica. (IESES - TJ- PA - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
12. As leis temporárias BEM COMO as leis excepcionas têm ultra- Atividade.
(FUNIVERSA - SEAP- DF - Agente Penitenciário - Médio).
Observação: Como regra no Direito Penal, a lei que foi revogada não
pode surtir mais efeitos para prejudicar o réu. Contudo, existem duas
exceções: as leis temporárias e excepcionais têm ultratividade, isto
é, mesmo após o término da vigência, ambas poderão ser aplicadas
para o agente que praticou o fato durante o período em que elas
estavam em vigor.
15. Lei excepcional, por ter ultratividade, pode ser aplicada a fatos praticados
durante sua vigência mesmo após sua revogação. (MPE- SP - MPE- SP -
Promotor de Justiça).
19. A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto
desde que tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações
temporárias e excepcionais, no entanto, NÃO ADMITE- SE a mitigação do
princípio da anterioridade. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).
20. Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos
penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro
de 2014. Considerando- Se essas informações, é correto afirmar que a referida
legislação é um exemplo de lei penal: temporária. (CESPE - TJ- PR - Juiz de
Direito).
21. Em razão da situação política do país, foi elaborada e publicada, em
01.01.2017, lei de conteúdo penal prevendo que, especificamente durante o
período de 01.02.2017 até 30.11.2017, a pena do crime de corrupção passiva
seria de 03 a 15 anos de reclusão e multa, ou seja, superior àquela prevista no
Código Penal, sendo que, ao final do período estipulado na lei, a sanção penal
do delito voltaria a ser a prevista no Art. 317 do Código Penal (02 a 12 anos de
reclusão e multa). No dia 05.04.2017, determinado vereador pratica crime de
corrupção passiva, mas somente vem a ser denunciado pelos fatos em
22.01.2018. Considerando a situação hipotética narrada, o advogado do
vereador denunciado deverá esclarecer ao seu cliente que, em caso de
condenação, será aplicada a pena de: 03 a 15 anos, diante da natureza de lei
temporária da norma que vigia na data dos fatos. (FGV - Câmara de
Salvador - BA - Advogado).
22. Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja
promulgada uma Lei Federal ordinária que estabeleça como crime o
desperdício doloso ou culposo de água tratada, no período compreendido entre
01 de novembro de 2014 e 01 de março de 2015. Em virtude do encerramento
da estiagem e volta à normalidade, não houve necessidade de edição de nova
lei ou alteração no prazo estabelecido na citada legislação. Nessa hipótese, o
indivíduo A que em 02 de março de 2015 estiver sendo acusado em um
processo criminal por ter praticado o referido crime de “desperdício de água
tratada”, durante o período de vigência da lei: poderá ser condenado pelo
crime de “desperdício de água tratada” ainda que o período indicado na
lei que previu essa conduta esteja encerrado. (VUNESP - PC- CE - Inspetor
de Polícia).
Tempo do Crime
13. Com relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou, nos termos de
seu art. 4º, a teoria da atividade, considerando praticado o delito no momento
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (IESES –
TJ - SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
23. No delito continuado, formado por uma pluralidade de atos delitivos, mas
legalmente valorados como um só delito, para efeito de sanção, considera- Se
como tempo do crime aquele da prática de cada ação ou omissão. (FAPEC -
MPE- MS - Promotor de Justiça).
24. “João da Silva atira contra ‘X’ no dia 29/5, tendo ‘X’ falecido 20 dias depois.”
Sobre o tempo do crime, o Código Penal adota a: teoria da atividade.
(CONSULPLAN - TRE- RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa).
26. Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem
moradora da cidade de São Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da
distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida de Gabriela. Pôs- Se
então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo
adquirido uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia
em que seguiu para São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na
rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito
Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito
Santo, Tício afirmou para Gabriela que iria matá- La. Todavia, dada a calma de
Tício, a jovem achou que se tratava de uma brincadeira. Durante o trajeto,
Tício, ofereceu a ela uma bebida contendo substância que causava a perda
dos sentidos. Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto
passavam pela BR-101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com
a faca no peito da jovem. Quando chegou ao destino, Tício se entregou para
polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao
Hospital. O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no
momento: da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado. Trata- Se, portanto, do momento em que Tício desferiu os
golpes em Gabriela. (Instituto Acesso - PC- ES - Delegado de Polícia).
27. Um brasileiro, João, que reside em Buenos Aires, Argentina, decide matar
um desafeto, José, que reside na cidade de Alumínio, SP, Brasil. João, em sua
residência, fabrica uma “carta- Bomba”, no dia 10, e, no mesmo dia, posta o
objeto em uma unidade dos correios de Buenos Aires, com destino a Alumínio.
O artefato é recebido por José, em Alumínio, no dia 20. No dia 25 é aberto,
explode e mata José. Com relação à aplicação da Lei Penal, e de acordo com
os arts. 4º e 6º do CP, assinale a alternativa que traz, respectivamente, o dia do
crime e o local em que ele foi praticado: o crime foi praticado no dia 10; e o
local em que o crime foi praticado pode ser Buenos Aires ou Alumínio.
(VUNESP - Prefeitura de Alumínio - SP - Procurador).
4. A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que
a nova lei se aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso
o início da vigência da referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou
da permanência. (CESPE - PGE- PE - Analista - Superior). SÚMULA 711, STF
7. Para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa,
pois é considerado tempo do crime todo o período em que se desenvolver a
atividade criminosa. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente
Jurídico). SÚMULA 711, STF
10. Na hipótese de crime permanente, diante de duas leis penais vigentes, uma
em cada determinado período de permanência delitiva, NEM SEMPRE deve
ser aplicada a lei penal mais benéfica ao réu. (CEFET- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).
11. A lei aplicável para os crimes permanentes será aquela vigente quando se
CESSOU a conduta criminosa do agente. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 711, STF
12. Segundo o STF, a lei penal mais grave aplica-seao crime permanente OU
ao crime continuado, se a vigência da lei é anterior à cessação da continuidade
ou da permanência. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia). SÚMULA
711, STF
19. Se vigorava lei mais benéfica, depois substituída por lei mais grave, hoje
vigente, é a lei mais grave que será aplicada ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência foi iniciada antes da cessação da
continuidade. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal). SÚMULA
711, STF
22. João cometeu crime permanente que teve início em fevereiro de 2011 e fim
em dezembro desse mesmo ano. Em novembro de 2011, houve alteração
legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido. Nessa situação,
deve ser aplicada a lei que prevê pena mais MALÉFICA, POIS ENTROU EM
VIGOR ANTES DA CESSAÇÃO DA PERMANÊNCIA CRIMINOSA. (CESPE -
EMAP - Analista). SÚMULA 711, STF
Questão original: Nessa situação, deve ser aplicada a lei que prevê
pena mais benéfica em atenção ao princípio da irretroatividade da
lei penal mais gravosa.
24. Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com
pena privativa de liberdade previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de
dezembro de 2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão. No ano seguinte
decorreu o período de sua duração, findando- Se a citada lei no dia 31 de
dezembro de 2017. Em relação à aplicação da lei penal: Caio deve ser preso
e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando- Se ao fato
criminoso a lei temporária. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
SÚMULA 711, STF
25. Rosa Margarida, apaixonada por Carlos Flores, imaginando que se os dois
convivessem por alguns dias, ele poderia se apaixonar, resolveu sequestrá- Lo.
Sendo assim, o privou da sua liberdade e o levou para sua casa. Enquanto
Carlos era mantido em cativeiro por Rosa, nova lei entrou em vigor, agravando
a pena do crime de sequestro. Sobre a possibilidade de aplicação da nova lei,
mais severa, ao caso exposto: é aplicável, pois entrou em vigor antes de
cessar a permanência. (VUNESP - Prefeitura de Sertãozinho - SP -
Procurador Municipal). SÚMULA 711, STF
1. SÚMULA 711, STF - A lei penal mais grave aplica-seao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
Lugar do Crime
14. Pela teoria da ubiquidade, o lugar do crime será aquele em que foi
praticada a conduta comissiva ou omissiva, BEM COMO ONDE SE
PRODUZIU OU DEVERIA PRODUZIR- SE O RESULTADO. (FUNIVERSA -
SAPeJUS - GO - Agente de Segurança Prisional).
19. O Código Penal adota a teoria da atividade, segundo a qual o delito deverá
ser considerado praticado no momento da ação ou da omissão e o local do
crime deverá ser aquele onde tenha ocorrido a ação ou a omissão, BEM
COMO ONDE SE PRODUZIU OU DEVERIA PRODUZIR- SE O RESULTADO.
(CESPE - PGE- PE - Analista - Superior).
23. Ainda que se trate de tentativa delituosa, considera- Se lugar do crime não
só aquele onde o agente tiver praticado atos executórios, mas também
aquele onde deveria produzir- Se o resultado. (CESPE - TJ- DFT - Técnico
de Administração).
24. Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que
tivesse ocorrido a consumação do delito, BEM COMO O LUGAR EM QUE
OCORREU A AÇÃO OU OMISSÃO. (CESPE - PC- MA - Delegado de
Polícia).
Questão original: Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o
agente pretendia que tivesse ocorrido a consumação do delito.
Territorialidade
Art. 5º, CP: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e
regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Extraterritorialidade
Art. 7º, CP: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
II - os crimes:
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Art. 8º, CP: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
24. Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que
esteja a serviço do governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja
ancorada em território estrangeiro. (CESPE - EMAP - ANALISTA).
29. De acordo com o Código Penal, aplica-se a lei brasileira aos crimes
praticados a bordo de embarcações estrangeiras, de propriedade privada,
que estejam em porto ou mar territorial do Brasil. (VUNESP - Câmara
Municipal de Itatiba - SP - Advogado).
34. EXISTE HIPÓTESE QUE é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada.
(CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
37. No Brasil, os efeitos da lei penal PODEM ultrapassar seus limites territoriais
para regular fatos ocorridos além da sua soberania. (VUNESP - Prefeitura de
Caieiras - SP - Procurador).
56. Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei
brasileira, embora cometido no estrangeiro, o crime: contra o patrimônio de
fundação instituída pelo Poder Público. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Investigador).
HIPÓTESES:
CONDIÇÕES CUMULATIVAS:
(3) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
autoriza a extradição;
(5) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo,
não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
62. Crime cometido no estrangeiro, praticado por brasileiro, fica sujeito à lei
brasileira DESDE QUE SATISFAÇA ALGUMAS CONDIÇÕES. (VUNESP -
Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).
63. Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro
fora do Brasil, DESDE QUE SATISFAÇA DUAS CONDIÇÕES. (VUNESP -
Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).
71. A aplicação da lei penal brasileira a cidadão brasileiro que cometa crime no
exterior é possível, de acordo com o PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU DA
PERSONALIDADE. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Cargos de Nível
Superior).
76. No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual
se aplica a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma
consideração a respeito do local onde o crime foi praticado ou da nacionalidade
do agente, denomina- Se: princípio de proteção. (FCC - TCM- RJ -
Procurador).
2. No que diz respeito à lei penal no espaço, como regra, de acordo com o princípio
da territorialidade, aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados em seu
território (sem prejuízo das convenções, tratados e regras de direito internacional).
Contudo, excepcionalmente, admite- Se a aplicação da lei penal brasileira a crimes
praticados fora do Brasil e, por isso, consagrou- Se que o CP adotou a teoria da
territorialidade temperada (mitigada).
Contagem de Prazo
Legislação Especial
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam- Se aos fatos incriminados por
lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
11. A lei penal não contém dispositivo a respeito da prorrogação dos prazos
penais e, assim, NÃO PODEM ser prorrogáveis. (VUNESP - Prefeitura de
Registro - SP - Avogado).
Questão original: A lei penal não contém dispositivo a respeito da
prorrogação dos prazos penais e, assim, podem ser prorrogáveis.
15. Após a realização das operações previstas em lei para o cálculo final da
pena, o número não inteiro de dias deve ser desprezado no cálculo da pena
privativa de liberdade, e as frações de real NÃO DEVEM ser consideradas no
cálculo da pena de multa. (CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).
16. As regras gerais do Código Penal SOMENTE terão aplicação aos fatos
incriminados por lei especial, SE ESTA NÃO DISPUSER DE MODO DIVERSO.
(VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Avogado).
5. ► O sujeito ativo, geralmente, pode ser qualquer um, mas em certos tipos
são exigidas características especiais no sujeito passivo. Quando qualquer um
pode ser sujeito ativo, os tipos costumam enunciar “o que” ou “quem”.
(IESES - IGP- SC - Perito criminal).
6. O sujeito ativo pode ser tanto quem realiza o verbo típico ou possui o
domínio finalista do fato como quem, de qualquer outra forma, concorre para o
crime, sendo representado apelo autor, coautor OU PARTÍCIPE. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Assistente social).
Questão original: O sujeito ativo pode ser tanto quem realiza o verbo
típico ou possui o domínio finalista do fato como quem, de qualquer
outra forma, concorre para o crime, sendo representado apenas pelo
autor e coautor.
12. A infração penal ser cometida por pessoa física ou PESSOA JURÍDICA.
(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).
18. ► A pessoa jurídica pode figurar como sujeito PASSIVO de crime contra a
administração pública previsto no Código Penal. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão
de Polícia Civil).
22. O bem jurídico não se confunde com o objeto da ação, pois não pode ser
entendido no sentido puramente material, como se fosse uma pessoa ou
coisa, mas no sentido da característica dessa pessoa e de suas relações.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).
3. A pessoa jurídica também pode ser sujeito ativo ou passivo de crime. Segundo
os Tribunais Superiores, a pessoa jurídica e a pessoa física podem ser
responsabilizadas penalmente de forma simultânea (teoria da dupla imputação),
contudo, o fato de a pessoa jurídica ser condenada penalmente, não faz com que,
automaticamente, a pessoa física também seja condenada, pois exige- Se provas
concretas no que tange a sua autoria e materialidade delitiva.
4. Enquanto o bem jurídico é o valor ou interesse protegido pela lei penal, o objeto
material é a pessoa ou coisa que suporta a conduta criminosa.
1. Crime próprio NÃO PODE ser praticado por qualquer pessoa, SENDO
exigida uma condição ou qualidade especial do sujeito ativo. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Assistente social).
15. Crimes de forma livre são aqueles que admitem qualquer meio de
execução. (UFMT - DPE- MT - Defensor Público).
16. Crimes transeuntes são aqueles que não deixam vestígios materiais.
(UFMT - DPE- MT - Defensor Público).
17. Não transeuntes são aqueles que deixam vestígios (FGV - AL- RO -
Advogado).
18. Crime de fato transitório é aquele que não deixa vestígios, a exemplo da
injúria verbal. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).
1. Os crimes comuns (gerais) são aqueles que podem ser praticados por qualquer
pessoa (ex: furto). Os crimes próprios (especiais) são aqueles em que só podem ser
praticados por determinadas pessoas, contudo, admitem a coautoria e participação
(ex: infanticídio). Os crimes de mão própria (atuação pessoal) são aqueles que só
podem ser praticados por pessoas expressamente descritas no tipo penal, não
admitindo a coautoria, mas apenas a participação (ex: falso testemunho).
2. Os crimes materiais (causais) são aqueles que o tipo penal descreve uma
conduta e um resultado naturalístico, sendo que para a sua consumação necessita-
Se da produção deste resultado (ex: homicídio). Os crimes formais (consumação
antecipada) são aqueles que o tipo penal também descreve uma conduta e um
resultado naturalístico, sendo que para a sua consumação não necessita- Se da
produção deste resultado. (ex: extorsão mediante sequestro). Os crimes de mera
conduta (simples atividade) são aqueles em que o tipo penal descreve apenas uma
conduta, isto é, não contém qualquer resultado naturalístico, sendo que para a sua
consumação basta apenas a prática desta conduta (ex: ato obsceno).
b) resultado;
c) tipicidade;
d) nexo causal.
2º - Resultado
4º - Tipicidade.
4º - Hipnose e sonambulismo.
6. A teoria clássica, no conceito analítico de crime, o define como um fato
típico, antijurídico e culpável. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).
Observação: Na realidade, o sistema tripartido de crime é compatível
tanto para a teoria clássica como para a teoria finalista (Hans
Welzel). Com efeito, a principal diferença entre tais teorias diz respeito à
alocação do dolo e da culpa. Enquanto na teoria clássica o dolo e a
culpa integram a culpabilidade, na teoria finalista tais elementos são
transferidos para a conduta (fato típico).
10. A teoria finalista entende que pode existir crime sem que haja
culpabilidade, isto é, censurabilidade ou reprovabilidade da conduta,
inexistindo, portanto, a condição indispensável à imposição e pena. (MPE- SP
- MPE- SP - Promotor de Justiça).
11. A teoria finalista da ação, adotada pelo Código Penal em sua Parte Geral,
concebe o crime como um fato típico e antijurídico. A culpabilidade diz respeito
à reprovabilidade da conduta. O dolo, que integrava o juízo de culpabilidade,
para esta teoria é elemento estruturante do fato típico. Essa adoção pretende
corrigir contradições na teoria da: causalidade normativa. (FCC - DPE- MA -
Defensor Público).
13. Sobre a doutrina da ação finalista, tal qual formulada por Hans Welzel, é
correto afirmar que: a direção final de uma ação se dá em duas fases, que nas
ações simples se entrecruzam, a saber, uma que ocorre na esfera do
pensamento, com a antecipação do fim a realizar, a seleção dos meios
necessários à sua realização e a consideração dos efeitos simultâneos
decorrentes dos fatores causais eleitos; e a concretização da ação no mundo
real, de acordo com a projeção mental. (IBADE - PC- AC - Delegado de
Polícia).
14. A teoria finalista entende que, por ser o delito uma conduta humana e
voluntária que tem sempre uma finalidade, o dolo e a culpa são abrangidos
pela conduta. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).
18. A coação irresistível, desde que física, exclui o fato típico em relação ao
coagido. (FAURGS - TJ- RS - Assessor Jurídico).
23. Durante uma tragédia causada pela natureza, Júlio, que caminhava pela
rua, é arrastado pela força do vento e acaba se chocando com uma terceira
pessoa, que, em razão do choque, cai de cabeça ao chão e vem a falecer.
Sobre a consequência jurídica do ocorrido, é correto afirmar que: a tipicidade
do fato restou afastada, tendo em vista que não houve conduta penal por
parte de Júlio. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).
24. Para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram o FATO TÍPICO.
(FGV - MPE- RJ - Analista Ministerial - Área Processual).
29. A tipicidade penal como elemento essencial do delito não se satisfaz com
a tipicidade legal, ou seja, a simples adequação da conduta a uma norma
incriminadora. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).
1. Para a teoria finalista (final) de Hans Welzel, o dolo e a culpa integram a conduta
e, portanto, o fato típico.
3. O fato típico é constituído por quatro elementos: conduta (dolo ou culpa), resultado
naturalístico, nexo causal e tipicidade.
Relação de causalidade
10. A imputação como ferramenta da teoria do delito, tem aplicação aos delitos
culposos, BEM COMO nos tipos dolosos. (FCC - DEP- AP - Defensor Público).
11.4. TANTO a ação pode ser considerada causa, BEM COMO a omissão,
POIS PODEM gerar resultado penalmente punível.
19. O Código Penal adota no seu art. 13 a teoria conditio sine qua non
(condição sem a qual não). Por ela: (FCC - TCE- CE - Auditor).
19.1. Tudo que contribui para o resultado é causa, não se distinguindo entre
causa e condição ou concausa.
34. “Páris", com ânimo de matar, fere “Nestor", o qual, vindo a ser transportado
em ambulância, morre em decorrência de lesões experimentadas em acidente
automobilístico a caminho do hospital, sendo o acidente, no caso, causa
superveniente e relativamente independente, respondendo “Páris" por LESÃO
CORPORAL. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).
Questão original: “Páris", com ânimo de matar, fere “Nestor", o qual,
vindo a ser transportado em ambulância, morre em decorrência de
lesões experimentadas em acidente automobilístico a caminho do
hospital, sendo o acidente, no caso, causa superveniente e
relativamente independente, respondendo “Páris" por homicídio
consumado.
35. “Pátroclo", com o intuito de matar “Eneas", dispara contra ele com arma de
fogo, ferindo- O, sobrevindo a morte de “Eneas", exclusivamente por
intoxicação causada por envenenamento provocado no dia anterior por
“Ulisses", devendo “Pátroclo", nessa situação, responder por: homicídio
tentado, porque o envenenamento é considerado causa absolutamente
independente preexistente. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).
36. Situação hipotética: A vítima Lúcia foi alvejada e ferida por disparo de arma
de fogo desfechado por Aldo, que agiu com animus laedandi. Internada em um
hospital, Lúcia faleceu não em decorrência dos ferimentos sofridos, mas em
razão de queimaduras causadas por um incêndio que destruiu toda a área de
internação dos enfermos. Assertiva: Nessa situação, e considerando a teoria
da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non, Aldo NÃO
SERÁ responsabilizado criminalmente pelo resultado naturalístico (morte).
(CESPE - DPE- RN - Defensor Público).
40. “Aquiles", sabendo que “Heitor" é hemofílico, fere- O, com intuito homicida,
ocorrendo efetivamente a morte, em virtude de hemorragia derivada da doença
da qual “Heitor" era portador, situação essa que leva à punição de “Aquiles" por
HOMICÍDIO CONSUMADO, sendo a hemofilia, nesse caso, considerada
CAUSA. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).
18. A imputação como ferramenta da teoria do delito, tem aplicação aos delitos
culposos, BEM COMO nos tipos dolosos. (FCC - DEP- AP - Defensor Público).
22. Hamilton resolve chamar um táxi pelo aplicativo do celular a fim de conduzi-
Lo até determinado endereço. Após ingressar no veículo, Hamilton recebe uma
ligação em seu telefone, ocasião em que diz a pessoa que está do outro lado
da linha que está se dirigindo até o endereço do amante de sua esposa a fim
de matá- Lo. O motorista do táxi, mesmo após ouvir a conversa de seu
passageiro, o conduz até seu destino. No dia seguinte, o motorista toma
conhecimento pelo noticiário televisivo de que Hamilton realmente matou o
amante de sua mulher. Diante do caso hipotético, o taxista não responderá
por nenhum crime. (FCC - ALESE - Analista Legislativo).
24. Afim de fazer uso de certa droga injetável, Eliel pede a Sinval uma seringa
emprestada, pois não tem dinheiro para adquirir a sua em uma farmácia. Com
a cessão da seringa por Sinval, Eliel ministra a droga no próprio corpo, vindo a
falecer em virtude de overdose. Saliente- Se que Sinval desejava a morte de
Eliel e intimamente torcia para o desfecho trágico. Considerando apenas as
informações constantes do enunciado, de acordo com a teoria da imputação
objetiva: a imputação do resultado morte a Sinval pode ser afastada em virtude
da: autocolocação da vítima em perigo. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de
Polícia).
11. O dever de agir INCUMBE a quem tenha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário -
Superior).
12. O dever de agir para evitar o resultado incumbe a quem tenha, POR LEI,
obrigação de cuidado, proteção e vigilância. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de
Polícia Civil).
Questão original: O dever de agir para evitar o resultado incumbe a
quem tenha, por lei ou convenção social, obrigação de cuidado,
proteção e vigilância.
13. No que toca à relação de causalidade, é correto afirmar que a previsão
legal de que a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado, se tinha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância, é aplicável aos crimes omissivos IMPRÓPRIOS. (FCC -
TJ- RR - Juiz de Direito).
19. Nos crimes comissivos por omissão, são delitos MATERIAIS, POIS SE
CONSUMAM COM A PRODUÇÃO DO RESULTADO NATURALÍSTICO. (FCC
- DPE- AP - Defensor Público).
22. O crime comissivo por omissão é aquele em que o sujeito, por omissão,
permite a produção de um resultado posterior que lhe é condicionante.
(VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).
29. A mãe que, apressada para fazer compras, esquecer o filho recém-
Nascido dentro de um veículo responderá pela prática de HOMICÍDIO
CULPOSO no caso de o bebê morrer por sufocamento dentro do veículo
fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora, possui a
obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância da criança. (CESPE - TRE-
GO - Analista Judiciário - Área Judiciária).
34. Quem, sabendo nadar, por brincadeira de mau gosto, empurra o amigo
para dentro da piscina, por sua ingerência, estará obrigado a salvá- Lo, se
necessário, para que o fato não se transforme em crime de homicídio, no
caso de eventual morte por afogamento. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).
OMISSÃO
PRÓPRIA
Questão original: “X” cai num poço e grita por socorro. “Y”, que
caminhava nas imediações e nenhum vínculo possuía com “X”, ao ouvir
seus gritos, prepara- Se para estender uma corda, mas, ao reconhecê-
Lo neste tempo como um inimigo mortal, recolhe- A antes que “X” a
segurasse, vindo este a morrer devido à falta de socorro, por
afogamento. Nessas circunstâncias, “Y” responderá por homicídio.
4. Os crimes de roubo (CP, art. 157, caput), extorsão (CP, art. 158, caput),
falsidade ideológica (CP, art. 299, caput), corrupção ativa (CP, art. 333, caput)
e coação no curso do processo (CP, art. 344), constituem, cada qual, exemplo
de ilícito penal cujo tipo subjetivo é composto pelo dolo e por elementos
subjetivos especiais. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor).
1. Enquanto o tipo penal é o modelo previsto na lei penal que descreve a conduta
criminosa (ou permitida), a tipicidade verifica- Se quando a conduta praticada pelo
agente (no mundo concreto) se encaixa ao modelo genérico previsto no tipo penal.
Crime doloso
Crime culposo
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido
por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
1. O aspecto cognitivo do dolo antepõe- Se sempre ao volitivo. (FCC - DPE-
SC - Defensor Público).
7. Em tema de Dolo Eventual, para qual das teorias abaixo nominadas basta
que haja o conhecimento sobre a possibilidade de ocorrência do resultado
para estar presente esta figura dolosa: Teoria da Possibilidade. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).
8. Das várias teorias que buscam justificar o dolo eventual, sobressai a teoria
do consentimento (ou da assunção), consoante a qual o dolo exige que o
agente consinta em causar o resultado, além de considerá- Lo como possível.
A questão central diz respeito à distinção entre dolo eventual e culpa
consciente, que, como se sabe, apresentam aspecto comum: a previsão do
resultado ilícito. (TRF - 4ª REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal).
18. O agente que não quer diretamente o resultado, mas o prevê e aceita sua
ocorrência a partir de sua conduta, poderá ser responsabilizado pelo tipo
DOLOSO (DOLO EVENTUAL). (FGV - TJ- SC - Analista Administrativo).
25. O dolo presumido ou dolo in re ipsa é uma espécie de dolo que NÃO
EXIGE comprovação técnica e fática da sua ocorrência no caso concreto e
NÃO É COMPATÍVEL com os princípios que regem o direito penal, em
especial a vedação da responsabilidade penal objetiva. (PUC- PR - TJ- MS -
Analista Judiciário).
CRIME
CULPOSO
30. ► Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: há culpa quando o sujeito
ativo, voluntariamente, descumpre um dever de cuidado, provocando
resultado criminoso por ele não desejado. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de
polícia).
36. A conduta será culposa quando o agente der causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia e só poderá ser considerada crime se
houver previsão do tipo penal na modalidade culposa. (CESPE - TJ- DFT -
Juiz de Direito).
39. Crime CULPOSO é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência,
negligência ou imperícia. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área
Administrativa).
Questão original: Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age
com imprudência, negligência ou imperícia.
46. Na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com
ele SE IMPORTA (ESPERA SINCERAMENTE QUE ELE NÃO
ACONTEÇA). (FGV - MPE- RJ - Analista Ministerial - Área Processual).
49. “Existe culpa consciente quando o agente prevê o resultado, mas espera,
sinceramente, que não ocorrerá; configura- Se dolo eventual quando a
vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado, pois ele
quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa ocorrer, assume assim
mesmo a possibilidade de sua produção.” (VUNESP - PC- SP - Delegado de
Polícia).
61. O crime culposo NÃO ADMITE como regra a forma tentada. (FGV - MPE-
RJ - Analista Ministerial - Área Processual).
- conduta voluntária;
- nexo causal;
- tipicidade;
- ausência de previsão.
2. No dolo eventual o agente prevê o resultado, não deseja, mas mesmo assim
assumi o risco de produzi- Lo. Já na culpa consciente, o agente também prevê o
resultado, não deseja, mas acredita sinceramente ser capaz de evitá- Lo (acredita
sinceramente que o resultado não ocorrerá).
4. Os crimes culposos não admitem a tentativa, pois como são crimes materiais,
exige- Se a superveniência do resultado naturalístico que ocorre de forma
involuntária. Assim, se o resultado não se concretizar o fato será atípico. A única
exceção se verifica na culpa imprópria (já que o dolo é tratado como culpa),
admitindo- Se, assim, a modalidade tentada.
5. Uma pessoa só pode ser punida por crime culposo nas situações em que a própria
lei prever tal modalidade. Além disso, o direito penal não admite a compensação de
culpas entre os agentes que agiram de forma culposa, já que incube ao Estado a
punição de todos os infratores da lei penal (seja dolosa ou culposamente).
Art. 20, §2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
1. A diferença entre erro sobre elementos do tipo e erro sobre a ilicitude do fato
reside na circunstância de que: o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a
culpabilidade. (FCC - TCE- CE - Procurador).
2. NÃO EQUIPARAM- SE, quanto às consequências jurídicas, o erro de tipo e
o erro de proibição. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
9. O erro sobre elemento constitutivo do tipo penal exclui o DOLO. (FCC - TJ-
PE - Juiz de Direito).
10. O ato delituoso deverá ser EXCLUÍDO POR FALTA DE DOLO quando
presente o erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal. (FEPESE - PC- SC
- Agente de Polícia).
12. No Direito Penal brasileiro, o erro sobre os elementos do tipo NÃO IMPEDE
a punição do agente, pois exclui a tipicidade subjetiva em RELAÇÃO AO
DOLO. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
15. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui O DOLO,
mas permite a punição por crime CULPOSO, caso previsto em lei. (CESPE -
TJ- DFT - Juiz de Direito).
16. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime EXCLUI o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (NUCEPE -
SEJUS - PI - Agente Penitenciário - Superior).
Questão original: O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de
crime não exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se
previsto em lei.
17. O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
MAS permite a punição por crime culposo, SE que previsto em lei.
(FUNDATEC - PGE- RS - Procurador do Estado).
19. O erro de tipo é uma modalidade de erro que, quando verificada, EXCLUI o
dolo, cabendo ao julgador verificar a ocorrência de engano durante a execução
do delito PARA EVENTUAL APLICAÇÃO DA MODALIDADE CULPOSA.
(IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária).
20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal exclui o dolo e a culpa em
ALGUMAS HIPÓTESES. (FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).
22. Um erro de tipo essencial pode ocorrer quando o agente não sabia que
estava cometendo um crime, mesmo que vencível, excluindo- Se assim, o dolo,
MAS NÃO A CULPA. (LEGALLE Concursos - Câmara de Vereadores de
Guaíba - RS - Procurador).
24. O erro de tipo exclui o DOLO, mas permite a punição culposa do fato,
quando vencível E PREVISTO EM LEI. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª REGIÃO -
Juiz federal).
29. O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal, TEM
relevância na punição do agente NOS CRIMES CULPOSOS. (FCC - MPE- PB
- Promotor de Justiça).
30. O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal, não
isenta o agente de pena NOS CRIMES CULPOSOS. (FCC - MPE- PB -
Promotor de Justiça).
33. A prática de crime com erro de tipo é possível NÃO SOMENTE nos crimes
dolosos contra a vida. (FEPESE - PC- SC - Agente de Polícia).
Questão original: A prática de crime com erro de tipo somente é
possível nos crimes dolosos contra a vida.
35. No Direito Penal brasileiro, o erro determinado por terceiro faz com que
este responda pelo crime. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
37. Maria, a fim de cuidar do machucado de seu filho que acabou de cair da
bicicleta, aplica sobre o ferimento da criança ácido corrosivo, pensando tratar-
Se de uma pomada cicatrizante, vindo a agravar o ferimento. A situação
descrita retrata hipótese tratada no Código Penal como: erro de tipo. (FCC -
TRT - 9ª REGIÃO - PR - Técnico Judiciário - Segurança).
38. Mãe que, a fim de cuidar do machucado de seu filho, aplica sobre o
ferimento ácido, pensando tratar- Se de pomada cicatrizante, age em ERRO
DE TIPO. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
40. Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo,
quando deixava o local, acabou por levar consigo o presente do seu primo
Caio, acreditando ser o seu, tendo em vista que as caixas dos presentes eram
idênticas. Após perceber o sumiço do seu presente e acreditando ter sido
vítima de crime patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar o
ocorrido, ocasião em que foram ouvidas testemunhas presenciais, que
afirmaram ter visto Paulo sair com aquele objeto. Paulo, ao tomar
conhecimento da investigação, compareceu em sede policial e indicou onde o
objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguinte em sua residência.
Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria Pública.
Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o reconhecimento de que:
ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta
seja considerada atípica. (FGV - DPE- RJ - Técnico Superior Jurídico).
42. Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma
noite, eles vão para um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte,
Bernardo é surpreendido pela chegada de policiais militares no hotel, que
realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria tinha apenas 13 anos.
Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer que
acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato
de que era proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave. Diante da
situação narrada, Bernardo agiu em. Diante da situação narrada, Bernardo agiu
em: erro de tipo, tornando a conduta atípica. (FGV -MPE- AL - Analista do
Ministério Público - Área Jurídica).
43. João, caçador, encontrava- Se à noite em uma selva muito densa quando,
de repente, avista um vulto vindo em sua direção, prontamente dispara sua
espingarda em direção ao que na sua suposição seria um animal feroz,
atingindo a sua mira. Todavia, ao verificar que animal teria atingido, constata
que, na verdade, se tratava de um caçador que passava pelo local, tendo- Lhe
lesionado. A conduta do caçador configura: Erro de tipo essencial escusável,
que exclui o dolo e a culpa, não respondendo o caçador pelo delito de
lesão corporal. (INSTITUTO CIDADES - Prefeitura de Itauçu - GO -
Procurador Municipal).
44. Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma
noite, eles vão para um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte,
Bernardo é surpreendido pela chegada de policiais militares no hotel, que
realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria tinha apenas 13 anos.
Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer que
acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato
de que era proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave. Diante da
situação narrada, Bernardo agiu em: erro de tipo, tornando a conduta
atípica. (FGV - MPE- AL - Analista Jurídico).
45. O erro de tipo inevitável sobre os elementos objetivos do homicídio (art.
121, CP) e o erro de tipo evitável sobre elementos objetivos do crime de aborto
provocado pela gestante (art. 124, CP) afastam a possibilidade de
responsabilização criminal de seus autores. (FAURGS - TJ- RS - Assessor
Jurídico).
2. O erro de tipo sempre afasta o dolo. Sendo tal erro inevitável, exclui- Se dolo e
culpa. Sendo evitável, o dolo é excluído, mas permite a punição por crime culposo, se
previsto em lei.
Art. 20, §1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo.
12. NÃO É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima, QUANDO o erro derive de culpa e o fato seja punível como crime
culposo. (CONSESP - DAE- Bauru - Procurador Jurídico).
Art. 20, §3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
b) Erro sobre o objeto: o agente acredita que sua conduta recai sobre
determinado objeto, mas na realidade atinge coisa diversa (exemplo: o
agente acredita estar furtando um relógio de 10 mil reais, contudo, tal
relógio custa apenas 200 reais).
10. Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de
arma de fogo contra homem que estava na varanda da residência do genitor,
causando a morte deste. Flavio, então, deixa o local satisfeito, por acreditar ter
concluído seu intento delitivo, mas vem a descobrir que matara um amigo de
seu pai, Vitor, de 70 anos, que, de costas, era com ele parecido. A Flavio
poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com erro: sobre a
pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a
causa de aumento em razão da idade da vítima. (FGV - TJ- SC - Analista
Jurídico).
Observação: No erro sobre a pessoa consideram- Se as condições
da vitima que o agente pretendia atingir (vítima virtual), e não as
condições pessoais da vítima que foi realmente atingida (vítima real).
Justamente por isso que o agente responderá como se tivesse matado
o seu pai (ascendente), não incidindo a causa de aumento em razão da
idade da vítima de 70 anos.
13. Quando, por erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como
se tivesse praticado o crime contra aquela, considerando- Se as qualidades da
vítima que almejava. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se aregra do concurso formal: estamos diante da
figura conhecida como ABERRATIO ICTUS. (FUMARC - PC- MG - Delegado
de Polícia).
14. Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao
invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa,
responde como se tivesse praticado o crime contra AQUELA. (NUCEPE -
SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).
15. Quando o sujeito ativo, por acidente ou erro no uso dos meios de
execução, atinge pessoa diversa da que pretendia ofender, responde como se
tivesse praticado o crime contra esta, em virtude do erro DE EXECUÇÃO. Mas,
se atingir também a pessoa que pretendia ofender, responderá pelos dois
crimes em CONCURSO FORMAL. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: Quando o sujeito ativo, por acidente ou erro no uso
dos meios de execução, atinge pessoa diversa da que pretendia
ofender, responde como se tivesse praticado o crime contra esta, em
virtude do erro sobre a pessoa. Mas, se atingir também a pessoa que
pretendia ofender, responderá pelos dois crimes em concurso
material.
16. O erro quanto à pessoa e o erro na execução do crime fazem com que o
agente responda pelos resultados típicos alcançados, SENDO levadas em
consideração as condições e características das vítimas que efetivamente
pretendia atingir. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).
19. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? ERRO NA EXECUÇÃO
(ABERRATIO ICTUS), quando o autor, ao desejar matar seu filho, causa a
morte de seu funcionário. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
20. "A" dispara dois tiros contra "B" que acabara de agredir violentamente seu
marido. Entretanto, diante da imperícia de "A" no manuseio da arma de fogo, o
tiro atinge "C", uma senhora de 80 anos, que vem a falecer. A esse respeito, é
correto afirmar que "A" responderá por: homicídio privilegiado consumado.
(FAURGS - TJ- RS - Analista Judiciário - Ciências Sociais).
21. Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto,
dirige- Se até sua residência onde arma- Se de um revólver. Ato contínuo,
retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto.
Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-
O levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o
crime de: homicídio na forma tentada. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico-
Legista).
22. Júlio foi denunciado em razão de haver disparado tiros de revólver, dentro
da própria casa, contra Laura, sua companheira, porque ela escondera a arma,
adquirida dois meses atrás. Ele não tinha licença expedida por autoridade
competente para possuir tal arma, e a mulher tratou de escondê- La porque viu
Júlio discutindo asperamente com um vizinho e temia que ele pudesse usá- La
contra esse desafeto. Raivoso, Júlio adentrou a casa, procurou em vão o
revólver e, não o achando, ameaçou Laura, constrangendo- A a devolver- Lhe
a arma. Uma vez na sua posse, ele disparou vários tiros contra Laura, ferindo-
A gravemente e também atingindo o filho comum, com nove anos de idade, por
erro de pontaria, matando- O instantaneamente. Laura só sobreviveu em razão
de pronto e eficaz atendimento médico de urgência. Com referência à situação
hipotética descrita no texto anterior, assinale a opção correta de acordo com a
jurisprudência do STJ: A hipótese configura aberractio ictus, devendo Júlio
responder por duplo homicídio doloso, um consumado e outro tentado,
com as penas aplicadas em concurso formal de crimes, sem se levar em
conta as condições pessoais da vítima atingida acidentalmente. (CESPE -
TJ- AM - Juiz de Direito).
23. Vitalina quer matar o marido Aderbal, envenenado. Coloca veneno no café
com leite que acabou de preparar para ele. Enquanto aguardava o marido
chegar na cozinha, para tomar a bebida, distraiu- Se e não percebeu que a filha
Ritinha entrou no local e tomou a bebida, preparada para o pai. Ritinha,
socorrida pela mãe, morre a caminho do hospital. Nessa hipótese,
considerando o Código Penal e a doutrina, assinale a alternativa correta:
Vitalina deverá responder por homicídio doloso, restando configurada
situação denominada de aberratio ictus por acidente. (FUNDATEC - PC-
RS - Delegado de Polícia).
27. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? ABERRATIO CRIMINIS no
caso do autor que, ao tentar causar dano, atira uma pedra contra uma loja, e
por erro atinge uma pessoa. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
Questão original: O erro acidental não afasta o dolo do agente,
podendo ocorrer em algumas situações. Qual das hipóteses está
CORRETA? Erro sobre a pessoa no caso do autor que, ao tentar
causar dano, atira uma pedra contra uma loja, e por erro atinge uma
pessoa.
31. O erro sobre objeto é irrelevante para o Direito Penal, já que o agente,
mesmo quando realiza a conduta que recai sobre coisa alheia, responderá
criminalmente pelo crime cometido nos limites do tipo penal. (IBFC - TJ- PE -
Oficial de Justiça).
32. Erro de tipo acidental é aquele que recai, por exemplo, sobre o objeto do
crime, e assim, não afasta a responsabilidade penal. (NUCEPE - PC- PI -
Engenheiro civil).
33. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? ERRO SOBRE O OBJETO
quando, por exemplo, o autor, ao subtrair uma saca de café, pensa ser uma
saca de açúcar. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
35. Suponha que “A” tenha atirado contra “B” com o propósito de matá- Lo. “A”
acredita ter consumado o crime por meio dos tiros. Em seguida, joga o corpo
de “B” em um rio, com a intenção de ocultar o cadáver. Posteriormente,
descobre- Se que “B” estava vivo quando foi jogado no rio e que morreu por
afogamento. Nesta hipótese, conforme a doutrina majoritária, “A” DEVERÁ
RESPONDER PELO CRIME QUE DESEJAVA PRATICAR INICIALMENTE,
OU SEJA, HOMICÍDIO CONSUMADO. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de
Polícia).
Questão original: Suponha que “A” tenha atirado contra “B” com o
propósito de matá- Lo. “A” acredita ter consumado o crime por meio dos
tiros. Em seguida, joga o corpo de “B” em um rio, com a intenção de
ocultar o cadáver. Posteriormente, descobre- Se que “B” estava vivo
quando foi jogado no rio e que morreu por afogamento. Nesta hipótese,
conforme a doutrina majoritária, “A” poderá responder, a depender do
caso, por homicídio doloso tentado em concurso material com
homicídio culposo ou por homicídio doloso tentado em concurso
material com ocultação de cadáver. Não se admite que “A”
responda por homicídio doloso consumado, porque “A” já não
possuía animus necandi no momento em que arremessou o corpo
de “B” no rio.
12. Riobaldo, ciente da ilicitude da sua conduta, decide por ingressar em uma
agência da Caixa Econômica Federal, na qual avista uma senhora que realiza
operações no caixa automático, com o intuito de subtrair- Lhe os valores
sacados. Riobaldo, ao se aproximar da senhora, sorrateiramente, subtrai para
si o valor de R$ 788,00 (setecentos e oitenta reais) sacados, sem que a vítima
perceba. Levando em consideração o caso acima narrado, assinale a
alternativa CORRETA: Caso Riobaldo tenha ficado por minutos planejando seu
intento criminoso, observando o comportamento da referida senhora e o
movimento na agência bancária, vindo a desistir da conduta criminosa, NÃO
DEVE RESPONDER POR NENHUM CRIME, POIS NÃO DEU INÍCIO AOS
ATOS EXECUTÓRIOS DO CRIME DE FURTO. (PUC- PR - TJ- MS - Analista
Judiciário).
Questão original: Caso Riobaldo tenha ficado por minutos planejando
seu intento criminoso, observando o comportamento da referida
senhora e o movimento na agência bancária, vindo a desistir da
conduta criminosa, ainda assim deve responder pelo crime com a
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois
terços.
13. Três indivíduos que são amigos reúnem- Se para fazer uso de narcóticos.
Porém, em dado momento, os entorpecentes acabam e eles não têm mais
dinheiro para reabastecer o vício. Um deles, chamado Ronaldo, propõe que se
dirijam a um ponto de ônibus para roubar algum transeunte que lá esteja
aguardando a chegada do veículo de lotação. Contudo, ao se aproximarem do
referido ponto de ônibus, uma viatura policial passa por eles, inibindo- Lhes a
vontade de praticar o delito. Se o crime de roubo planejado pelo trio não
chegou pelo menos a ser tentado, qual é a consequência penal para Ronaldo,
aquele que havia sugerido a prática desse delito contra o patrimônio?
Nenhuma, pois tais atos são impuníveis. (INSTITUTO AOCP - TRT - 1ª
REGIÃO- RJ - Técnico Judiciário - Segurança).
15. No que diz respeito às fases do iter criminis, o auxílio à prática de crime,
salvo determinação expressa em contrário, não é punível se o crime não
chegar a ser, ao menos, tentado. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de
Polícia).
b) Teoria Objetiva: para essa teoria, o agente jamais pode ser punido
apenas pelo seu “querer interno”, já que os atos executórios necessitam
da exteriorização dos atos necessários para a produção do resultado,
isto é, do início da prática do tipo penal. Esta teoria se divide em
outras:
b.1) Teoria objetivo- Formal (lógico- Formal): para essa teoria, o ato
executório ocorre quando o agente inicia a prática do verbo do tipo
penal (exemplo: o ato de apontar a arma de fogo para a vítima
desejando a sua morte, é meramente preparatório, já que o início da
execução do crime de homicídio se iniciará quando o agente começar a
atirar na vítima). Ainda é a Teoria preferida pela doutrina pátria.
b.2) Teoria objetivo- Material: para essa teoria, o ato executório ocorre
quando o agente inicia a prática do verbo do tipo penal e também os
atos imediatamente anteriores ao início da conduta típica, com
base na visão de uma terceira pessoa alheia à conduta criminosa
(exemplo: o ato de apontar a arma de fogo para a vítima, de acordo
com a visão de um terceiro observador, já se iniciou a execução do
crime de homicídio). Essa teoria jamais pode ser adotada, pois
desconsidera o elemento subjetivo do agente, ficando subordinada ao
critério de um terceiro observador.
17. De acordo com a teoria subjetiva, aquele que se utilizar de uma arma de
brinquedo para ceifar a vida de outrem mediante disparos, não logrando êxito
em seu desiderato, responderá pelo delito de tentativa de homicídio. (CESPE
- TRE- GO - Analista Judiciário - Área Judiciária).
18. Austregésilo, verbalizando seu animus necandi, aponta uma arma de fogo
municiada para Aristóteles. Este, todavia, consegue entrar em luta corporal
com Austregésilo, apossando- Se da arma de fogo antes do acionamento do
gatilho. Considerando o caso proposto, é correto afirmar que: (IBADE - PC- AC
- Delegado de Polícia).
18.5. Pela teoria objetiva material, a conduta SAIU dos atos preparatórios
concernentes ao homicídio.
Questão original: Pela teoria objetiva material, a conduta não saiu dos
atos preparatórios concernentes ao homicídio.
2. Em regra, os atos preparatórios não são puníveis, exceto quando constitui crime
autônomo (conduta tipificada), não violando o princípio da lesividade.
Tentativa
CRIME
TENTADO
7. Nos termos da legislação penal vigente há: crime tentado quando, iniciada
a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP - Advogado).
12. O agente que, por circunstâncias alheias à própria vontade, não prossegue
na execução do crime, só responderá PELO CRIME TENTADO. (VUNESP -
PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: O agente que, por circunstâncias alheias à própria
vontade, não prossegue na execução do crime, só responderá pelos
atos já praticados.
3º - dolo de consumação.
25. Os crimes tentados NÃO PODEM ter a mesma pena dos crimes
consumados, INDEPENDENTEMENTE do grau alcançado no iter criminis.
(FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia).
Questão original: Os crimes tentados podem ter a mesma pena dos
crimes consumados, a depender do grau alcançado no iter criminis.
26. Nos termos do Código Penal, pune- Se o crime tentado com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Para o
Supremo Tribunal Federal, a pena será diminuída: na proporção inversa do
iter criminis percorrido pelo agente. (FCC - MEP- PB - Promotor de Justiça).
27. O critério para diminuição da pena no crime tentado está relacionado com
a maior ou a menor proximidade da consumação, quer dizer, a distância
percorrida do iter criminis. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).
29. Com relação à tentativa, o Código Penal adota, como regra, a teoria
objetiva e aplica ao agente a pena correspondente ao crime consumado,
reduzida de um a dois terços, conforme maior ou menor tenha sido a
proximidade do resultado almejado. (FUMARC - PC- MG - Delegado de
Polícia).
30. Crime que tem reprimenda privativa de liberdade cominada de 1 (um) ano a
4 (quatro) anos, após ter reconhecida a modalidade tentada e sem considerar
qualquer outra majorante ou minorante, terá pena fixada entre os patamares
mínimo de: 4 (quatro) meses e máximo de 2 (dois) anos e 8 (oito meses).
(VUNESP - PC- CE - Delegado de Polícia).
34. Se o sujeito fizer tudo o que está ao seu alcance para a consumação do
crime, mas o resultado não ocorrer por circunstâncias alheias a sua vontade,
configura- Se crime falho. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).
39. Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e
sobreviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse
caso, está configurada a tentativa PERFEITA. (CESPE - PC- CE - Escrivão de
Polícia Civil).
Questão original: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi
socorrido e sobreviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José.
Assertiva: Nesse caso, está configurada a tentativa imperfeita.
42. Um agente alvejou vítima com disparo e, embora tenha iniciado a execução
do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade lesiva ante a falha da arma de
fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida. Nessa situação
hipotética, a atitude do agente configura: tentativa imperfeita, pois ele não
conseguiu praticar todos os atos executórios necessários à consumação,
por interferência externa. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).
43. Em se tratando de tentativa branca ou incruenta, a vítima não é atingida
e não sofre ferimentos; se tratar- Se de tentativa cruenta, a vítima é atingida
e é lesionada. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).
44. Tentativa branca é aquela que ocorre quando o agente, embora tendo
empregado os meios ao seu alcance, não consegue atingir a coisa ou a
pessoa. (IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).
47. Ninguém pode ser punido por crime tentado, senão quando o pratica
DOLOSAMENTE. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
Questão original: Ninguém pode ser punido por crime tentado, senão
quando o pratica culposamente.
Observação: As infrações penais que não admitem a tentativa são:
3º - Crimes unissubsistentes;
4º - Crimes preterdolosos;
5º - Crimes habituais;
6º - Crimes condicionados;
55. Não é possível a tentativa nos crimes culposos, nem nos omissivos
próprios. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
56. A doutrina dominante aponta que, em regra, o crime culposo NÃO ADMITE
tentativa, SALVO quando a culpa é IMPRÓPRIA. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª
REGIÃO - Juiz federal).
58. O Código Penal (CP) estabelece que o crime é tentado quando, iniciada a
execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. A
partir dessa definição, é correto afirmar que é admitida a tentativa na infração
penal: instantânea, como, por exemplo, no crime de desobediência
cometido na forma comissiva. (FUNIVERSA - Secretaria da Criança- DF -
Direito).
a) omissão de socorro;
e) homicídio culposo.
d) omissão de socorro;
a) unissubsistentes;
b) culposos;
c) preterdolosos;
e) omissivos próprios.
67. Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto,
dirige- Se até sua residência onde arma- Se de um revólver. Ato contínuo,
retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto.
Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-
O levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o
crime de: homicídio na forma tentada. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico-
Legista).
68. Adalberto decidiu matar seu cunhado em face das constantes desavenças,
especialmente financeiras, pois eram sócios em uma empresa e estavam
passando por dificuldades. Preparou seu revólver e se dirigiu até a sala que
dividiam na empresa. Parou de fronte ao inimigo e apontou a arma em sua
direção, mas antes de acionar o gatilho foi impedido pela secretária que, ao ver
a sombra pela porta, decidiu intervir e impedir o disparo. Em face do ocorrido,
pode- Se afirmar que Adalberto poderá responder por: tentativa de homicídio.
(VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).
69. João decide agredir fisicamente Pedro, seu desafeto, provocando- Lhe
vários ferimentos. Porém, durante a luta corporal, João resolve matar Pedro,
realizando um disparo de arma de fogo contra a vítima, sem, contudo,
conseguir atingi- Lo. A polícia é acionada, separando os contendores. Diante
do caso hipotético, João responderá apenas por: tentativa de
homicídio. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).
70. Édipo, irritado com as constantes festas que seu vizinho Laio promove à
noite, atrapalhando seu descanso, resolve procurá- Lo a fim de resolver
definitivamente a situação. Para tanto, arma- Se de uma espingarda e se dirige
à casa de Laio, vindo a encontrá- lo distraído. Ato contínuo, aponta a arma em
sua direção a fim de efetuar um disparo contra sua cabeça. Contudo, Jocasta,
que, por coincidência, havia acabado de chegar ao local, surpreende e
consegue impedir Édipo de seu intento, retirando- Lhe a arma de sua mão,
evitando, assim, o disparo fatal. A conduta de Édipo, para o Direito Penal, pode
ser enquadrada no ordenamento jurídico como: crime tentado. (FCC - TRF -
5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).
72. Riobaldo, ciente da ilicitude da sua conduta, decide por ingressar em uma
agência da Caixa Econômica Federal, na qual avista uma senhora que realiza
operações no caixa automático, com o intuito de subtrair- Lhe os valores
sacados. Riobaldo, ao se aproximar da senhora, sorrateiramente, subtrai para
si o valor de R$ 788,00 (setecentos e oitenta reais) sacados, sem que a vítima
perceba. Levando em consideração o caso acima narrado, assinale a
alternativa CORRETA. Caso Riobaldo, no exato momento da subtração dos
valores, seja surpreendido e impedido de dar continuidade ao seu intento por
um policial militar que ingressou na agência, ele deverá responder pelo referido
delito na sua forma TENTANDA. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).
74. A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs
piratas para posteriormente revendê- Los. Certo dia, enquanto expunha os
produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira,
Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o
conduziram coercitivamente até a delegacia. Com referência a essa situação
hipotética, julgue o item subsequente: Se a conduta de Pedro não se consumar
em razão de circunstâncias alheias à sua vontade, ele responderá: pelo crime
tentado, para o que está prevista a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois terços. (CESPE - Polícia Federal -
Nível Superior).
75. Crime que tem reprimenda privativa de liberdade cominada de 1 (um) ano a
4 (quatro) anos, após ter reconhecida a modalidade tentada e sem considerar
qualquer outra majorante ou minorante, terá pena fixada entre os patamares
mínimo de: 4 (quatro) meses e máximo de 2 (dois) anos e 8 (oito meses).
(VUNESP - PC- CE - Delegado de Polícia).
2. O crime tentado (conatus) se verifica quando o agente inicia a sua execução, mas
não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.
18. Caio tem um desafeto a quem sempre faz ameaças de morte. O último
encontro foi num bar. Caio observou que havia um revólver com seis munições
sobre uma mesa e aproveitou para concretizar o desejo de matar seu
oponente. Anunciou que iria matar seu desafeto PEDRO, efetuando um disparo
na sua perna. Neste momento PEDRO suplica por sua vida. Caio, sensível ao
apelo da vítima, desiste de continuar disparando, afirma que não iria mais
matar o rival e deixa a arma em cima da mesa. Em seguida, se retira do local.
Com relação aos fatos descritos: Caio deve responder por lesão corporal.
(NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
ARREPENDIMENTO
EFICAZ
29. O agente NÃO DEIXA de responder pelos atos praticados MESMO QUE
desista voluntariamente de prosseguir na execução ou impeça que o resultado
se produza. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).
38. O agente que dispara um tiro contra outrem, mas que, arrependido, leva a
vítima para o hospital, vindo ela a falecer em decorrência de uma infecção
hospitalar, responde por: homicídio consumado. (FUNDEP - MPE- MG -
Promotor de Justiça).
.39 Adamastor, tomado por ciúmes e agindo com animus necandi, desferiu três
disparos de arma de fogo calibre 38 contra Bento, que atualmente namora sua
ex- Companheira Catarina. O primeiro tiro atingiu a região lateral esquerda do
pescoço da vítima, enquanto os demais se alojaram na região inferior de sua
perna esquerda, próximo ao joelho. Logo após os disparos, contudo, o próprio
autor, assustado com o desfecho de sua ação, contatou o SAMU e o Hospital
de Pronto Socorro, a fim de que a vítima fosse socorrida e recebesse
atendimento médico de urgência, o que efetivamente veio a ocorrer em face do
pronto atendimento de uma ambulância. Em que pese não ter corrido risco de
vida, Bento recebeu alta médica após permanecer internado durante 45 dias.
Pelo exposto, é correto: tipificar a conduta de Adamastor como um crime
de lesão corporal grave. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
3. Nos crimes previstos no Código Penal que tenham sido cometidos sem
violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até
o RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a
pena poderá ser reduzida de um a dois terços, presente a hipótese do
arrependimento posterior. (FUNDATEC - PGE- RS - Procurador do Estado).
10. De acordo com o Código Penal Brasileiro, nos crimes sem violência ou
grave ameaça à pessoa, o arrependimento posterior REDUZ DE UM A DOIS
TERÇOS A PENA do autor do crime, desde que reparado o dano até o
recebimento da denúncia ou queixa. (VUNESP - CRBio - 1º Região -
Advogado).
13. O autor da infração, ao arrepender- Se, deverá, para que sua pena seja
reduzida, reparar voluntariamente danos ou restituir a coisa subtraída, até o
recebimento da queixa ou da denúncia. (CESPE - DPE- AC - Defensor
Público).
14. Para que sua pena seja reduzida, o agente deverá, VOLUNTARIAMENTE
até o RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU DA QUEIXA, reparar danos.
(CESPE - DPE- AC - Defensor Público).
Questão original: Para que sua pena seja reduzida, o agente deverá,
espontaneamente, logo após a consumação do crime, minorar as
consequências dele e, até a data do julgamento, reparar danos.
27. Mário, servidor público, subtraiu da administração um bem que estava sob
sua posse e passou a tratá- Lo como sua propriedade por um mês em sua
residência. Convencido por sua esposa, Mário restituiu o bem, intacto, à
administração pública. Considerando- Se que, nessa situação hipotética, a
conduta do servidor consista em peculato- Apropriação e que, até a restituição
da coisa subtraída, não tenha havido indiciamento nem denúncia, é correto
afirmar que Mário: deverá responder pelo crime, estando, porém, sujeito a
redução de pena em razão do arrependimento posterior. (CESPE - CGE -
CE - Auditor de Controle Interno).
29. Riobaldo, ciente da ilicitude da sua conduta, decide por ingressar em uma
agência da Caixa Econômica Federal, na qual avista uma senhora que realiza
operações no caixa automático, com o intuito de subtrair- Lhe os valores
sacados. Riobaldo, ao se aproximar da senhora, sorrateiramente, subtrai para
si o valor de R$ 788,00 (setecentos e oitenta reais) sacados, sem que a vítima
perceba. Levando em consideração o caso acima narrado, assinale a
alternativa CORRETA: (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).
29.1. Caso Riobaldo decida por subtrair tais valores utilizando- Se do emprego
de grave ameaça, mediante a simulação de estar portando arma de fogo, NÃO
PODERÁ receber o benefício do arrependimento posterior.
29.2. Caso Riobaldo se arrependa do que fez e decida devolver o dinheiro, ele
poderá fazê- Lo até o recebimento da denúncia, tendo, assim, uma redução na
sua pena de um a dois terços.
33.2. NÃO PODE ocorrer em crime cometido com violência, MESMO que o
agente se retrate até a sentença.
Questão original: O dano não precisa ser reparado quando o crime foi
sem violência.
CRIME IMPOSSÍVEL
5. “Quando a ação dirigida à realização de um tipo penal não pode, por razões
objetivo- Reais ou jurídicas, alcançar a consumação, quer devido à
inidoneidade do meio, quer devido à impropriedade do objeto”. Trata- Se
de: Crime impossível. (INAZ do Pará - CORE- PE - Assistente Jurídico).
14. A tentativa NÃO É PUNIDA quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar- Se o crime.
(FUMARC - Câmara de Conceição do Mato Dentro - Advogado).
16. O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo
agente, eximindo- O de responsabilidade penal pelo crime almejado,
respondendo, todavia, pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.
(FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).
17. Jonas descobriu, na mesma semana, que era portador de doença venérea
grave e que sua esposa, Priscila, planejava pedir o divórcio. Inconformado com
a intenção da companheira, Jonas manteve relações sexuais com ela, com o
objetivo de lhe transmitir a doença. Ao descobrir o propósito de Jonas, Priscila
foi à delegacia e relatou o ocorrido. No curso da apuração preliminar,
constatou- Se que ela já estava contaminada da mesma moléstia desde antes
da conduta de Jonas, fato que ela desconhecia. Nessa situação hipotética,
considerando- Se as normas relativas a crimes contra a pessoa, a conduta
perpetrada por Jonas constitui: crime impossível, em razão do contágio
anterior. (CESE - DPE- AL - Defensor Público).
19. Sílvio, maior e capaz, entrou em uma loja que vende aparelhos celulares,
com o propósito de furtar algum aparelho. A loja possui sistema de vigilância
eletrônica que monitora as ações das pessoas, além de diversos agentes de
segurança. Sílvio colocou um aparelho no bolso e, ao tentar sair do local, um
dos seguranças o deteve e chamou a polícia. Nessa situação, NÃO ESTÁ
configurado o crime impossível por ineficácia absoluta do meio, uma vez que
HAVIA chance de Sílvio furtar o objeto sem que fosse notado. (CESPE -
Polícia Federal - Delegado de Polícia).
20. Um homem, maior de idade e capaz, foi preso em flagrante por ter
subtraído duas garrafas de uísque de um supermercado. A observação da
ação delituosa por meio do sistema de vídeo do estabelecimento permitiu aos
seguranças a detenção do homem no estacionamento e a recuperação do
produto furtado. O valor do produto subtraído equivalia a pouco mais de um
terço do valor do salário mínimo vigente à época. Na fase investigatória,
constatou- Se que o agente do delito possuía condenação transitada em
julgado por fato semelhante e que respondia por outras três ações penais em
curso. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores. Em razão da
existência de sistema de monitoramento de vídeo no supermercado, NÃO SE
TRATA de crime impossível por ineficácia absoluta do meio empregado,
SENDO QUE O AGENTE DEVE RESPONDER PELO CRIME DE FURTO.
(CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).
3. Súmula 420, STF - "Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível a sua consumação”.
Exclusão de ilicitude
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
Excesso punível
a) legítima defesa;
d) estado de necessidade;
15. Não há crime quando o agente pratica o fato típico descrito na lei penal em
estado de necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal
e no exercício regular de direito. (FCC - SEGEP- MA - Tecnologia da
Informação).
16. Assim como o estado de necessidade e a legítima defesa, o exercício
regular de direito e o estrito cumprimento do dever legal são causas de
exclusão da ilicitude. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA -
Procurador Municipal).
25. Astrogildo colocou cacos de vidro, visíveis, em cima do muro de sua casa,
para evitar a ação de ladrões. Certo dia, uma criança neles se lesionou ao
pular o muro da casa de Astrogildo para pegar uma bola que ali havia caído.
Nessa situação, ainda que se tratando da defesa de um perigo incerto e ou
remoto, a conduta de Astrogildo restaria acobertada por: excludente da
ilicitude. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
36. Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da
análise das excludentes de ilicitudes será punido se o tiver cometido DOLOSA
OU CULPOSAMENTE. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador).
42. O excesso de legítima defesa real pode ser determinado por erro de
representação sobre a intensidade da agressão (excesso intensivo) ou sobre
a atualidade de agressão (excesso extensivo). (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).
43. Determinado policial, ao cumprir um mandado de prisão, teve de usar a
força física para conter o acusado. Após a concretização do ato, o policial
continuou a ser fisicamente agressivo, mesmo não havendo a necessidade.
Nessa situação hipotética: o policial excedeu o estrito cumprimento do
dever legal. (CESPE - PC- MA - Escrivão de Polícia Civil).
1. Não há crime quando o agente age acobertado por alguma causa excludente da
ilicitude, pois apesar de típico o fato não é ilícito (não é contrário ao Direito).
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera- Se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir- Se.
§1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
§2º - Embora seja razoável exigir- Se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.
5. Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, não comete
crime, pois age amparado pelo estado de necessidade. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).
6. O agente que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, age amparado por
qual causa excludente de ilicitude? Estado de necessidade. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Investigador).
9. Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, NÃO COMETE
CRIME, POIS ESTÁ amparado por causa excludente DA
ILICITUDE. (VUNESP - PC- SP - Investigador de Polícia Civil).
Questão original: Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir- Se, comete crime, embora esteja amparado por causa
excludente de culpabilidade.
10. Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, NÃO COMETE
CRIME, POIS ESTÁ amparado por causa excludente DA
ILICITUDE. (VUNESP - PC- SP - Investigador de Polícia Civil).
Questão original: Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir- Se, comete crime, embora esteja amparado por causa
excludente de punibilidade.
- Perigo atual;
- Proporcionalidade.
21. Diego e Júlio César, que exercem a mesma função, estão trabalhando
dentro de um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um
incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma
pequena porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em
razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um
dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Diego, que estava mais
próximo da porta, vai sair, Júlio César, desesperado por ver que se queimaria
se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de
trabalho e passa à sua frente, deixando o armazém. Diego sofre uma queda,
tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair vivo do local. Em
razão do ocorrido, Diego ficou com debilidade permanente de membro.
Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto
afirmar que a conduta de Júlio César: está amparada pelo instituto do
estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude. (FGV - CODEBA -
Advogado).
23. NÃO PODE alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).
25. Sabe- Se que não há crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de um direito, tratando- Se os mencionados institutos de
excludentes de ilicitude. Sobre essa temática, conforme o código penal, afirma-
Se que NÃO PODE alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).
34. O Artigo 23 do Código Penal é claro quando afirma que não há crime nos
casos em que há exclusão da antijuridicidade, como, por exemplo, nos
crimes praticados por estado de necessidade. São exemplos de crimes por
estado de necessidade, EXCETO: Durante uma guerra, soldado mata um
soldado inimigo, no campo de batalha. (SUGEP - UFRPE - UFRPE - Médico
psiquiatra).
36. Sabe- Se que não há crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de um direito, tratando- Se os mencionados institutos de
excludentes de ilicitude. Sobre essa temática, conforme o código penal, afirma-
Se que: no estado de necessidade, embora seja razoável exigir- Se o
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
terços. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).
2. O agente que tinha o dever legal de enfrentar o perigo não poderá alegar o
estado de necessidade, tendo em vista o seu dever de suportar os riscos
decorrentes da sua função.
Legítima defesa
6. A legítima defesa deve ser dirigida somente contra o agressor e não contra
terceiros. (COPESE - UFPI - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Municipal).
7. Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na excludente de ilicitude
denominada LEGÍTIMA DEFESA aquele que pratica o fato usando
moderadamente dos meios necessários, para repelir injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia
Civil).
10. Sabe- Se que não há crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de um direito, tratando- Se os mencionados institutos de
excludentes de ilicitude. Sobre essa temática, conforme o código penal, afirma-
Se que está em legítima defesa quem, usando MODERADAMENTE dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu.
(COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).
12. A reação defensiva na legítima defesa não exige que o fato seja previsto
como crime, mas deve ser no mínimo um ato ilícito em sentido amplo. (MPE-
BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).
16. O uso moderado dos meios necessários para repelir uma agressão
consiste em um dos requisitos para caracterização da legítima defesa, DESDE
QUE A AGRESSÃO SEJA INJUSTA. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de
Polícia).
30. Que o direito penal reconhece a legítima defesa sucessiva, MAS NÃO a
recíproca. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de Justiça).
Questão original: Que o direito penal reconhece a legítima defesa
sucessiva e também a recíproca.
37. O policial A realiza certeiro disparo letal em B, que horas antes praticara
latrocínio em agência bancária, e assim impede que este consiga fugir em
direção à fronteira, com todo o dinheiro subtraído: a ação de homicídio do
policial A não pode ser amparada por qualquer justificante. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).
1. Não há crime quando o agente pratica o fato em legítima defesa, isto é, quando o
sujeito se utiliza moderadamente dos meios necessários (se imoderadamente,
responde pelo excesso), repelindo injusta agressão (dolosa ou culposa), atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem, manifestando- Se como causa excludente da
ilicitude.
EXERCÍCIO REGULAR DE
DIREITO
11. Caio, lutador de boxe, durante uma luta em que seguia as regras
desportivas, atinge região vital de Tício, causando- Lhe a morte. Ante a
gravidade da situação fática, a violência ENCONTRA amparo em causa de
exclusão da ilicitude, NÃO DEVENDO Caio responder pela morte causada,
POIS AGIU NO EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. (FUMARC - PC- MG -
Delegado de Polícia).
Questão original: Caio, lutador de boxe, durante uma luta em que
seguia as regras desportivas, atinge região vital de Tício, causando-
Lhe a morte. Ante a gravidade da situação fática, a violência não
encontra amparo em nenhuma causa de exclusão da ilicitude,
devendo Caio responder pela morte causada.
12. NÃO DEVE responder pelo crime de constrangimento ilegal aquele que não
sendo autoridade policial prender agente em flagrante delito, POIS AGIU
ACOBERTADO PELO EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. (VUNESP - PC-
BA - Investigador de Polícia Civil).
2.22. CULPABILIDADE
- Inimputabilidade;
15. O erro sobre a ilicitude do fato pode, conforme o caso, isentar o agente
de pena ou levar à aplicação de causa de diminuição de pena. (MPDFT -
MPDFT - Promotor de Justiça).
19. No Direito Penal brasileiro, o erro sobre a ilicitude do fato isenta o agente
de pena quando INEVITÁVEL. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
Questão original: No Direito Penal brasileiro, o erro sobre a ilicitude do
fato isenta o agente de pena quando evitável.
22. Tocante ao erro ESCUSÁVEL pode- Se afirmar que nele incide qualquer
homem prudente e de discernimento e, na modalidade inescusável direta o
sujeito conhece o mandamento proibitivo. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).
28. Alícia, estrangeira, grávida de três meses e proveniente de país que não
coíbe o aborto, ingeriu substância abortiva acreditando não ser proibido fazê-
Lo no Brasil. Nesse caso hipotético, o fato descrito poderá configurar: erro de
proibição. (FUNIVERSA - Secretaria da Criança - DF - Direito).
29. Sabe- Se que as atividades desportivas e médicas são fomentadas como
“dever de Estado”, não só pela Constituição Federal como também por outros
diplomas em vigor. É certo, outrossim, que de tais atividades podem acontecer
lesões corporais até mesmo com resultado morte aos envolvidos, em vista dos
riscos inerentes às próprias atividades. Nesse sentido, na esteira da doutrina
de E. R. Zaffaroni e Nilo Batista, é CORRETO afirmar que: Nas intervenções
cirúrgicas sem finalidade terapêutica, a falta de consentimento do paciente
torna típica a lesão; o erro sobre a normatividade da ação por parte do médico,
seja por crer que o assentimento lhe fora concedido, seja por supor que
poderia ter atuado sem ele, constitui erro de proibição. (FUNDEP - MPE- MG
- Promotor de Justiça).
36. A teoria normativa pura, a fim de tipificar uma conduta, desloca a análise
do dolo ou da culpa para o fato típico, transformando a culpabilidade em um
juízo de reprovação social incidente sobre o fato típico e antijurídico e sobre
seu autor. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
38. Conforme a teoria limitada da culpabilidade, todo e qualquer erro que recaia
sobre uma causa de justificação NEM SEMPRE É erro de proibição. (CESPE -
TRE- MT - Analista).
40. Para a teoria limitada da culpabilidade, o erro de agente que recaia sobre
pressupostos fáticos de uma causa de justificação configura erro de tipo
permissivo. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).
41. A teoria limitada da culpabilidade, adotada pelo ordenamento penal
brasileiro, afirma que o erro sobre os pressupostos fáticos de uma causa de
justificação possui natureza de erro de tipo permissivo, com as mesmas
consequências jurídicas do erro de tipo. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de
Justiça).
44. Para a posição doutrinária que consagra uma teoria de culpa que remete
para as consequências jurídicas, o erro sobre pressuposto fático de uma
excludente de ilicitude é um erro sui generis, que não se confunde com o
erro de tipo e o erro de proibição indireto. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).
47. O erro de proibição pode ser INDIRETO — o autor erra sobre a existência
ou os limites da proposição permissiva —, DIRETO — o erro do agente recai
sobre o conteúdo proibitivo de uma norma penal — e mandamental — quando
incide sobre o mandamento referente aos crimes omissivos IMPRÓPRIOS.
(CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).
48. O erro de mandado pode recair sobre o dever jurídico especial de agir,
que fundamenta a omissão imprópria, e, se evitável, não isenta de pena, mas
pode reduzir a culpabilidade do agente. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).
49. A teoria limitada da culpabilidade trata como erro de proibição o erro que
recai sobre os limites OU EXISTÊNCIA de uma causa de justificação penal.
(MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).
52. De acordo com a teoria adotada pelo CP, a consciência da ilicitude NÃO É
requisito essencial do dolo. (CESPE - TCU - Procurador).
55. Fazendeiro que, para defender sua propriedade, mata posseiro que a
invade, pensando estar nos limites de seu direito, atua em erro de proibição
indireto. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
58. Daniel, com 18 anos de idade, conhece Rebeca, com 13 anos de idade, em
uma festa e a convida para sair. Os dois começam a namorar e, cerca de 6
meses depois, Rebeca decide perder a virgindade com Daniel. O rapaz,
mesmo sabendo da idade da jovem e da proibição legal de praticar conjunção
carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, ainda que com seu
consentimento, mantém relação sexual com Rebeca, acreditando que o fato de
namorarem seria uma causa de justificação que tornaria a sua conduta
permitida, causa essa que, na verdade, não existe. Ocorre que os pais de
Rebeca, ao descobrirem sobre o relacionamento de sua filha com Daniel,
comunicaram os fatos à polícia. Daniel é denunciado pelo delito de estupro de
vulnerável e a defesa alega que ele agiu em erro. De acordo com a teoria
limitada da culpabilidade, Daniel incorreu em erro: de proibição indireto. (FCC
- DPE- SP - Defensor Público).
1. No erro de proibição o erro recai sobre a ilicitude de fato (o agente sabe o que
está fazendo, mas acredita que tal conduta não é proibida). Se o erro for inevitável,
exclui- Se a culpabilidade, pois ausente a potência consciência da ilicitude. Sendo
evitável, o agente responde pelo crime, com diminuição de pena (de 1/6 a 1/3).
20. O filho de Túlio foi sequestrado e ameaçado de morte por Márcio, que
forçou Túlio a subtrair malotes de um carro forte no intuito de obter o dinheiro
necessário para pagar o resgate. Nesse caso hipotético, a conduta de Túlio
estará acobertada por: inexigibilidade de conduta diversa. (FUNIVERSA -
Secretaria da Criança - DF - Direito).
21. Para roubar um banco, “A” amarra “B” pelos pulsos e pernas, sendo este o
gerente do estabelecimento. Tortura- O para que diga o segredo do cofre. “B”,
vencido pela dor e pelo medo, acaba revelando o número da combinação, o
cofre é aberto, e o roubo é consumado. Houve, no caso, em relação ao
gerente, coação MORAL absoluta excludente da CULPBILIDADE. (MPE- RS -
MPE- RS - Promotor de Justiça).
Questão original: Para roubar um banco, “A” amarra “B” pelos pulsos e
pernas, sendo este o gerente do estabelecimento. Tortura- O para que
diga o segredo do cofre. “B”, vencido pela dor e pelo medo, acaba
revelando o número da combinação, o cofre é aberto, e o roubo é
consumado. Houve, no caso, em relação ao gerente, coação física
absoluta excludente da tipicidade.
22. Arnaldo, gerente de banco, estava dentro de seu veículo juntamente com
familiares quando foi abordado por dois indivíduos fortemente armados, que
ameaçaram os ocupantes do veículo e exigiram de Arnaldo o fornecimento de
determinada senha para a realização de uma operação bancária, o que foi por
ele prontamente atendido. Nessa situação, o uso da senha pelos indivíduos
para eventual prática criminosa: excluirá a culpabilidade de Arnaldo.
(CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia)
23. Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por
ele, de forma reiterada, a levar drogas para dentro do sistema penitenciário,
para distribuição. Carlos a ameaçava dizendo que, se ela não realizasse a
missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos comparsas
soltos. Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi
flagrada carregando a encomenda. Por considerar que estava sob proteção
policial, ela revelou o que a motivava a praticar tal conduta, tendo provado as
ameaças sofridas a partir de gravações por ela realizadas. Em sua defesa,
Carlos alegou que o crime não fora consumado. No que se refere a essa
situação hipotética, julgue o próximo item. Carlos SERÁ punido POR SER
AUTOR DA COAÇÃO, pois, de fato, o crime SE consumou. (CESPE - ABIN -
Oficial Técnico de Inteligência - Área de Direito).
Questão original: Carlos não será punido, pois, de fato, o crime não
se consumou.
Imputáveis
Redução da pena
Menores de 18 anos
Emoção e paixão
Embriaguez
1º - Doença mental;
4º - Menoridade;
10. É muito comum nos dias presentes constatar- Se entre acadêmicos e até
mesmo entre profissionais a confusão entre ‘teoria da imputação objetiva,
responsabilidade objetiva e imputabilidade’. Entretanto, as três expressões
mencionadas são completamente diferentes. Com base na doutrina atual, é
correto afirmar que são temas da imputabilidade penal: menoridade, doença
mental e embriaguez. (NC- UFPR - TJ- PR - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
11. A embriaguez provocada pelo uso do álcool pode excluir a culpabilidade
quando: for patológica. (FGV - TCE- RJ - Auditor).
17. Uma das características que o agente deve apresentar para que seja
responsabilizado e sofra sanção, segundo o critério biopsicológico, é o
desenvolvimento mental completo com alcance da maturidade psíquica.
(IBFC - POLÍCIA CIENTÍFICA- PR - Médico legista).
18. Uma das características que o agente deve apresentar para que seja
responsabilizado e sofra sanção, segundo o critério biopsicológico, é a
ausência de doença ou transtorno mental FAZENDO COM QUE NO TEMPO
DA CONDUTA O AGENTE NÃO POSSUA CAPACIDADE DE ENTENDER O
CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR- SE DE ACORDO COM
ESSE ENTENDIMENTO. (IBFC - POLÍCIA CIENTÍFICA- PR - Médico legista).
27. Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou mais anos de idade,
mesmo que sejam inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da
conduta criminosa ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento,
são penalmente INIMPUTÁVEIS. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área
Administrativa).
29. O inimputável que comete uma conduta típica e ilícita deve ser absolvido.
(NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
30. Bruna, de vinte e quatro anos de idade, processada e julgada pela prática
do crime de latrocínio, foi absolvida ao final do julgamento, por ter sido
considerada inimputável, apesar de sua periculosidade. Nessa situação,
mesmo tendo Bruna sido absolvida, o juiz pode impor- Lhe: medida de
segurança. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia).
31. “Em 2012, Tício, contando com 20 anos de idade, forneceu cocaína,
gratuitamente, sem autorização, a Caio, que contava com 30 anos de idade.
Tício foi denunciado e, no curso do processo, confessou os fatos. O exame de
insanidade mental revelou que Tício, por doença mental, era, ao tempo do ato,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.” A sentença, proferida
dois anos após os fatos, foi: absolutória, com aplicação de medida de
segurança. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
32. No curso de ação penal onde se imputa a prática de crime de roubo
majorado, durante a oitiva das testemunhas de defesa, ocasião em que se
identifica que a principal tese defensiva é de negativa de autoria, o juiz verifica
que, possivelmente, o réu seria inimputável. Suspenso o processo antes do
interrogatório e de encerrar a prova, realizado laudo pericial, é constatada a
total inimputabilidade do agente na data dos fatos. Diante da constatação,
juntado o laudo, caberá ao juiz: caso constatada a autoria e materialidade
após instrução, absolver impropriamente o réu, aplicando apenas medida
de segurança. (FGV - AL- RO - Consultor Legislativo).
33. Cremílson foi denunciado pelo Ministério Público por ter praticado lesão
corporal de natureza grave. No curso de ação penal, resta comprovado ser ele
portador de enfermidade mental, o que determinou sua absolvição imprópria.
Isso significa que Cremílson: era, ao tempo da ação, inteiramente incapaz
de compreender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo
com este entendimento. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).
40. O semi- Imputável que pratica uma conduta típica, ilícita e culpável deve
ser condenado. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
45. A pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente, por doença
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado NÃO ERA, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento.
(VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).
51. Aos SEMI- IMPUTÁVEIS, comprovada essa condição por perícia médica,
PODERÁ SUBSTITUIR a pena por medida de segurança consistente em
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico. (VUNESP - MPE-
SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).
58. Segundo o Decreto Lei n.º 2.848 de 7 de dezembro de 1940, Código Penal,
começa a imputabilidade penal aos dezoito anos. (UFTM - TJ- MT - Técnico
Judiciário).
59. Considera- Se inimputável aquele que comete crime antes de completar
dezoito anos de idade. (CESPE - TRE- BA - Analista Judiciário - Área
Administrativa).
70. Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal NÃO É excluída pela
emoção. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).
75. Situação hipotética: João, namorado de Maria e por ela apaixonado, não
aceitou a proposta dela de romper o compromisso afetivo porque ela iria
estudar fora do país, e resolveu mantê- La em cárcere privado. Assertiva:
Nessa situação, a atitude de João NÃO ENSEJA o reconhecimento da
inimputabilidade, MESMO que o seu estado psíquico foi abalado pela paixão.
(CESPE - PC- PE - Escrivão de Polícia Civil).
87. Um policial militar, em dia de folga e vestido com traje civil, se embriagou
voluntariamente e saiu à rua armado, decidido a roubar um carro. Empunhando
seu revólver particular, ele abordou um motorista e o ameaçou, obrigando- O a
descer do automóvel. A vítima obedeceu, mas, ao perceber a embriaguez do
assaltante, saiu correndo com as chaves do carro. Deparando- Se adiante com
uma viatura da polícia militar, relatou o ocorrido aos componentes da
guarnição, que foram ao local e prenderam o policial em flagrante. Em
decorrência de tais fatos, o policial foi submetido a processo penal que resultou
na sua condenação em três anos, dez meses e vinte dias de reclusão pela
tentativa de roubo. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção
correta de acordo com a jurisprudência do STJ. O agente RESPONDERIA por
crime doloso INDEPENDENTEMENTE se estava em estado de embriaguez,
MESMO sendo incapaz de entender o caráter criminoso de suas ações, POIS
SE EMBRIAGOU VOLUNTARIAMENTE. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).
89. Joana foi para a festa de aniversário de sua melhor amiga em uma boate e,
feliz pela comemoração, passou a ingerir bebida alcoólica em quantidade
exagerada. Ao final da festa, Joana estava completamente alcoolizada, apesar
de ela não ter tido intenção de ficar nesse estado. Saindo da boate, deparou-
Se com sua inimiga Gabriela e, alterada pela bebida, jogou um copo de vidro
na cabeça desta, causando- Lhe lesões graves. Diante dessa situação,
considerando apenas os fatos narrados e que esses foram provados, é correto
afirmar que Joana: deverá ser condenada, pois a embriaguez culposa não
exclui a imputabilidade. (FGV - DPE- RO - Analista Jurídico).
90. Situação hipotética: Em uma festa de aniversário, Elias, no intuito de perder
a inibição e conquistar Maria, se embriagou e, devido ao seu estado,
provocado pela imprudência na ingestão da bebida, agrediu fisicamente o
aniversariante. Assertiva: Nessa situação, Elias SERÁ punido pelo crime de
lesões corporais, MESMO QUE por ausência total de sua capacidade de
entendimento e de autodeterminação. (CESPE - PC- PE - Escrivão de Polícia
Civil).
91. João e Maria foram casados por cinco anos e, após o divórcio, continuaram
a residir no mesmo lote, porém em casas diferentes. Certo dia, João, depois de
ingerir bebidas alcoólicas, abordou Maria em um ponto de ônibus e, movido por
ciúmes, iniciou uma discussão e a ameaçou de morte. Maria, ao retornar para
casa à noite depois do trabalho, encontrou o ex- Marido ainda embriagado; ele
novamente a ameaçou de morte, acusando- A de traição. Ela foi à delegacia e
registrou boletim de ocorrência acerca do acontecido, o que ensejou início de
procedimento criminal contra João. Com referência a essa situação hipotética,
assinale a opção correta à luz da jurisprudência dos tribunais superiores. A
embriaguez voluntária de João NÃO PODERÁ ser considerada excludente de
culpabilidade caso ele comprove que estava em estado de plena incapacidade
nos momentos das ameaças. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).
92. Situação hipotética: Cléber, com trinta e quatro anos de idade, pretendia
matar, durante uma festa, seu desafeto, Sérgio, atual namorado de sua ex-
Noiva. Sem coragem para realizar a conduta delituosa, Cléber bebeu grandes
doses de vodca e, embriagado, desferiu várias facadas contra Sérgio, que
faleceu em decorrência dos ferimentos provocados pelas facadas. Assertiva:
Nessa situação, configura- Se: embriaguez voluntária dolosa, o que permite ao
juiz AGRAVAR a pena imputada a Cléber, já que MESMO não tendo plena
capacidade de entender o caráter ilícito de seus atos no momento em que
esfaqueou Sérgio, O MESMO SE EMBRIAGOU COM O INTUITO DE CRIAR
CORAGEM PARA A PRÁTICA DO CRIME. (CESPE - TCU - Auditor Federal
de Controle Externo).
a) intencional;
c) culposa;
d) preordenada;
e) voluntária.
107. NÃO É isento de pena o agente que, por embriaguez incompleta, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente capaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento. (PUC- PR -
TJ- MS - Analista Judiciário).
109. A pena pode ser reduzida de dois terços, se o agente, por embriaguez
INVOLUNTÁRIA, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo
com esse entendimento. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda
Municipal).
112. Situação hipotética: Elizeu ingeriu, sem saber, bebida alcoólica, pensando
tratar- Se de medicamento que costumava guardar em uma garrafa, e perdeu
totalmente sua capacidade de entendimento e de autodeterminação. Em
seguida, entrou em uma farmácia e praticou um furto. Assertiva: Nesse caso,
Elizeu será isento de pena, por estar configurada a sua inimputabilidade.
(CESPE - PC- PE - Escrivão de Polícia Civil).
117. Situação hipotética: Paulo foi obrigado a ingerir álcool por coação física e
moral irresistível, o que afetou parcialmente o controle sobre suas ações e o
levou a esfaquear um antigo desafeto. Assertiva: Nesse caso, a retirada parcial
da capacidade de entendimento e de autodeterminação de Paulo ENSEJA a
redução da sua pena no caso de eventual condenação. (CESPE - PC- PE -
Escrivão de Polícia Civil).
Concurso de pessoas
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
Lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Circunstâncias incomunicáveis
Casos de impunibilidade
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado.
1. O Código Penal brasileiro traz diversos crimes que podem ser praticados por
uma única pessoa, mas também prevê algumas hipóteses em que o concurso
de pessoas é necessário. Como regra geral, quando duas ou mais pessoas,
unidas em ações e desígnios, praticam em conjunto um delito, pode- Se falar
em concurso de pessoas. Sobre essa tema, é correto afirmar que o Código
Penal adotou, em regra, a Teoria: Monista, com exceções. (FGV - TJ- RO -
Oficial de Justiça).
4. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Investigador).
5. ► Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua CULPABILIDADE. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).
6. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua CULPABILIDADE. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).
Questão original: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua voluntariedade.
7. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, HAVENDO distinção em razão da maior ou menor culpabilidade.
(NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).
25. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
Lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (INSTITUTO AOCP -
PC- ES - Investigador).
26. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser- Lhe-
á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até METADE, na hipótese
de ter sido previsível o resultado mais grave. (VUNESP - Prefeitura de Porto
Ferreira - SP - Procurador Jurídico).
29. Ao concorrente que quis participar de crime menos grave, NÃO SERÁ
aplicada a mesma pena do concorrente, POIS será aplicada a PENA DESTE
CRIME MENOS GRAVE. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).
30. Ainda que algum dos concorrentes tenha querido participar de crime menos
grave, ser- Lhe-á, obrigatoriamente, aplicada a pena DESTE, ante a adoção
DA RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA. (FCC - ALESE - Analista
Legislativo - Processo Legislativo).
33. Mévio, tendo ajustado com Caio apenas a prática de furto à residência de
Tício, NÃO RESPONDERÁ pelos demais crimes eventualmente praticados por
Caio, QUANDO não previsíveis. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).
34. Se “A” determina que “B” aplique uma surra em “C”, e este, ao executar a
ação, excede- Se, causando a morte de “C”, o Código Penal Brasileiro
determina que SOMENTE “B” RESPONDA por homicídio, em decorrência da
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª
REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: Se “A” determina que “B” aplique uma surra em “C”,
e este, ao executar a ação, excede- Se, causando a morte de “C”, o
Código Penal Brasileiro determina que ambos respondam por
homicídio, em decorrência da adoção do sistema monista no concurso
de pessoas.
36. Pedro e Paulo combinam de furtar uma quitanda. Acertam que, dentro do
estabelecimento, um deles distrairá o dono do estabelecimento, fingindo um
desmaio, enquanto o outro, sem ser visto, aproximar- Se-á da caixa
registradora e subtrairá, sorrateiramente, as cédulas de dinheiro que lá se
encontram. No dia da ação criminosa, sem que Pedro saiba, Paulo carrega
uma arma de fogo consigo. Quando Paulo finge o desmaio o dono da quitanda
percebe que ele portava uma arma de fogo e foge, levando consigo a chave da
caixa registradora. Paulo, então, dispara e mata o dono da quitanda. Em
seguida, Paulo pega a chave, recolhe o dinheiro da caixa registradora e foge,
acompanhado de Pedro. Considere a seguinte situação hipotética e assinale a
alternativa correta: Pedro será punido com a pena do furto qualificado, pois
quis participar de crime menos grave. (VUNESP - TJ- RS - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).
58. O concurso de pessoas, pelo Código Penal, assume duas formas, coautoria
e participação. Partícipe é aquele que instiga ou induz o autor na perpetração
do crime, sendo os atos de instigação e induzimento puníveis, DESDE QUE o
crime vir a ser tentado ou consumado. (VUNESP - TJM- SP - Juiz de Direito).
60. Mévio e Caio, pelo ajuste da prática de furto à residência de Tício, uma vez
descoberto o plano, serão punidos, DESDE que o crime CHEGUE (AO
MENOS) a ser tentado. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).
3º - Vínculo subjetivo;
4º - Unidade de crime.
78. Assume a condição de AUTOR aquele que executa o crime, salvo quando
adotada a teoria subjetiva. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).
81. Partícipe é o agente que concorre para cometer o ato criminoso sem,
contudo, praticar o núcleo do tipo penal, SENDO QUE a sua participação NÃO
SERÁ OBRIGATORIAMENTE de menor importância e, por essa razão, sua
pena NEM SEMPRE SERÁ DIMINUÍDA. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário -
Área Administrativa).
85.1. Pedro e Lucas serão responsabilizados pelo mesmo tipo penal e NÃO
TERÃO necessariamente a mesma pena. (CESPE - PC- CE - Agente de
Polícia).
85.3. Pedro, partícipe, NÃO NECESSARIAMENTE TERÁ pena mais grave que
a de Lucas, autor do crime. (CESPE - PC- CE - Agente de Polícia).
Questão original: Pedro, partícipe, terá pena mais grave que a de
Lucas, autor do crime.
85.4. Roberto NÃO SERÁ considerado partícipe e, por isso, NÃO PODERÁ ser
punido em concurso de pessoas pelo crime praticado. (CESPE - PC- CE -
Agente de Polícia).
86.4. Maria PODERÁ responder pelo concurso de pessoas, uma vez que Maria
PROPOSITADAMENTE deixou a porta da casa aberta para Fausto. (NUCEPE
- PC- PI - Agente de Polícia Civil).
90. Álvaro e Samuel assaltaram um banco utilizando arma de fogo. Sem ter
ferido ninguém, Álvaro conseguiu fugir. Samuel, nervoso por ter ficado para
trás, atirou para cima e acabou atingindo uma cliente, que faleceu. Dias depois,
enquanto caminhava sozinho pela rua, Álvaro encontrou um dos funcionários
do banco e, tendo sido por ele reconhecido como um dos assaltantes, matou-
O e escondeu seu corpo. Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção
correta: Álvaro cometeu o crime de homicídio qualificado e será
responsabilizado pelo resultado morte ocorrido durante o roubo. (CESPE
- PC- GO - Delegado de Polícia).
96. Situação hipotética: José, gerente de loja, mesmo ciente de que um dos
vendedores subtraía dinheiro do caixa, nada fez para impedir o crime, agindo
sem liame subjetivo e intenção de obter vantagem econômica. Assertiva:
Nessa situação, o gerente NÃO RESPONDERÁ PELO CRIME DE FURTO.
(CESPE - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).
102. Situação hipotética: O motorista João e sua mulher, Maria, trafegavam por
uma rodovia, quando ambos, deliberadamente, deixaram de prestar socorro a
uma pessoa gravemente ferida, sem que houvesse risco pessoal para qualquer
um deles. João foi instigado por Maria, que estava no banco do carona, a não
parar o veículo, e, por fim, em acordo de vontades com Maria, assim
efetivamente procedeu. Assertiva: Nessa situação, João e Maria
RESPONDERÃO COMO COAUTORES PELO CRIME DE OMISSÃO DE
SOCORRO. (CESPE - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: Nessa situação, João responderá como autor pelo
crime de omissão de socorro e Maria será tida como inimputável.
103. É admissível, segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial, a
possibilidade de concurso de agentes em crime culposo, que ocorre quando
há um vínculo psicológico na cooperação consciente de alguém na conduta
culposa de outrem. O que não se admite nos tipos culposos é a participação.
(CESPE - DPE- RN - Defensor Público).
113. O autor mediato pode utilizar, como instrumento para a prática do crime,
por exemplo, imputável em erro de tipo, imputável em erro de proibição,
imputável em inexigibilidade de comportamento diverso ou inimputável.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
118. Não existe a possibilidade de autoria mediata nos delitos de mão própria
e nos crimes próprios. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
120. O excesso praticado por pessoa utilizada como instrumento para a prática
do crime, não é atribuível ao autor mediato, por ausência de controle deste
sobre o excesso do instrumento. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
121. Clécius Almeida induz o adolescente Carlos Sátiro, de dezessete anos de
idade, a praticar o delito de roubo tendo como vítima a senhora Sandra Costa.
Para convencer Carlos, Clécius lhe disse ser conhecido da vítima, por isto não
poderia participar diretamente do crime, contudo permaneceria por perto, sem
ser visto, e lhe daria cobertura no caso de um eventual problema. Diante disto,
Carlos acaba por roubar o relógio e o dinheiro da senhora Sandra. No caso
proposto, Clécius responde pelo resultado na condição de: autor mediato.
(FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).
123. Quando dois agentes, embora convergindo suas condutas para a prática
de determinado fato criminoso, não atuam unidos pelo liame subjetivo, tem-
Se autoria colateral. (CONSULPLAN - TRE- RJ - Analista Judiciário - Área
Administrativa).
10. Uma das hipóteses de autoria pelo domínio do fato reside no domínio de
um aparato organizado de poder. Como característica marcante, entre outras,
dessa situação de autoria mediata, tem- Se a fungibilidade dos executores, a
quem são emitidas ordens dentro de uma estrutura verticalizada de poder.
(FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).
12. Para a teoria do domínio do fato, autor é quem executa a ação típica, por
conduta própria ou pela utilização de outro como instrumento de realização;
também quem, mesmo não executando o fato típico em sentido estrito,
participa da resolução criminosa, realizando parte necessária da execução do
plano global. A teoria, partindo do conceito restritivo de autor, segue um
critério objetivo- Subjetivo. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).
13. A teoria do domínio do fato ampliou a punição para alcançar os agentes
que exercem posição de comando dentro da estrutura empresarial, NÃO
HAVENDO uma presunção de domínio do fato em razão da hierarquia. (FMP
Concursos - MPE- RO - Promotor de Justiça).
16. Para a teoria do domínio do fato, o autor é a figura central do fato típico.
Dessa forma, inegavelmente há autoria na conduta do executor (autor
imediato), que é, por exemplo, aquele que pratica a subtração em um crime de
furto. NÃO NECESSARIAMENTE é autor o mandante, como no caso da
pessoa que contrata um pistoleiro para matar alguém. (FUNCAB - PC- PA -
Delegado de Polícia).
18. A teoria do domínio do fato se aplica aos crimes DOLOSOS e aos de mão
própria. (FMP Concursos - MPE- RO - Promotor de Justiça).
3. Se algum dos agentes quis participar de crime menos grave, será aplicada a pena
deste crime (menos grave). Contudo, se o resultado mais grave for previsível, sua
pena será aumentada de metade.
10. Para o STJ, no delito de roubo praticado com pluralidade de agentes, se apenas
um dos agentes se utilizar de arma de fogo e os demais tiverem ciência desse fato,
todos responderão – em regra – pelo resultado morte (se alguém morrer), pois este se
encontra dentro do desdobramento normal da conduta.
12. A coautoria ocorre quando dois ou mais agentes realizam o verbo do crime,
sendo possível nos crimes dolosos ou culposos (comuns ou próprios), mas nunca
nos crimes de mão própria (pois nestes só é possível a participação).
15. A autoria colateral (autoria imprópria) ocorre quando dois ou mais agentes,
desconhecendo a conduta do outro, praticam atos no mesmo sentido buscando o
mesmo resultado, contudo, tal resultado é produzido apenas por um deles. Não há
concurso de pessoas, pois inexiste o vínculo subjetivo, respondendo cada um pelo
ato praticado.
16. Para a teoria do domínio do fato (teoria objetivo- Subjetiva), criada por Hans
Welzel, autor é aquele que detém o controle sobre o domínio final do fato, mesmo
que não realize o verbo do crime, tendo incidência nos delitos dolosos (materiais,
formais ou de mera conduta), mas jamais culposos.
17. A teoria do domínio do fato não presume que o agente tenha o poder do
controle do fato apenas por razões de posição ou hierarquia na estrutura criminosa, já
que o dolo de todos os envolvidos deve ser demonstrado de forma individualizada no
caso em concreto.
12. Immanuel Kant, em sua obra Metafísica dos Costumes, elaborou estudos
sobre a teoria da pena. Acerca de sua formulação, é correto afirmar que: Kant
funda sua teoria no terreno de moralidade humana, sustentando que a pena
não visa a realizar objetivos sociais ou qualquer outro bem, de modo que deve
ser aplicada simplesmente porque o criminoso cometeu um crime; vislumbrar
finalidades na pena, para o filósofo, seria tratar o homem como um meio, o que
repudia, concedendo ao seu pensamento caráter retributivo. (FUNCAB - PC-
PA - Delegado de Polícia).
14. De acordo com a doutrina, a pena tem tríplice finalidade, sendo elas
retributiva, preventiva (geral e especial) e reeducativa. Quanto à aplicação e
finalidades das penas, pode- Se afirmar que: a PREVENÇÃO GERAL (visa a
sociedade) atua antes mesmo da prática de qualquer infração penal. (IBADE -
SEJUDH - MT - Advogado).
17. A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de
inibir comportamentos antissociais e moldar comportamentos socialmente
aceitos. (CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).
22. De acordo com a doutrina, a pena tem tríplice finalidade, sendo elas
retributiva, preventiva (geral e especial) e reeducativa. Quanto à aplicação e
finalidades das penas, pode- Se afirmar que: o caráter reeducativo da pena
atua na fase de EXECUÇÃO DA PENA. (IBADE - SEJUDH - MT - Advogado).
23. Von Liszt – expoente das teorias relativas da pena – sustentou que a pena
é idealizada como exemplo, voltada a INTIMIDAR O CONDENADO PARA
QUE ELE NÃO VOLTE A REINCIDIR. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de
Justiça).
2. No que diz respeito à teoria relativa, a prevenção pode ser geral (visa a
sociedade), positiva (pretende demonstrar a vigência da lei para a coletividade) ou
negativa (pretende intimidar a coletividade para que seus membros não pratiquem
crimes). De outro lado, a prevenção pode ser especial (visa o condenado), positiva
(pretende ressocializar o condenado) ou negativa (pretende intimidar o condenado
para que ele não volte a reincidir).
Fixação da pena
Circunstâncias agravantes
Circunstâncias atenuantes
II - o desconhecimento da lei;
Cálculo da pena
12. Inquéritos policiais e ações penais em curso NÃO PODEM servir para
agravar a pena- Base do condenado a título de maus antecedentes e de
personalidade desajustada ou voltada para a criminalidade. (CESPE - PGE- PE
- Analista - Superior). SÚMULA 269, STJ
29. Valter, maior e capaz, foi preso preventivamente em uma das fases de uma
operação policial. Ele já era réu em outras três ações penais e estava indiciado
em mais dois outros IPs. Nessa situação, as ações penais em curso NÃO
PODEM ser consideradas para eventual agravamento da pena- Base referente
ao crime que resultou na prisão preventiva de Valter, BEM COMO os IPs não
podem ser considerados para essa mesma finalidade. (CESPE - Polícia
Federal - Delegado de Polícia). SÚMULA 269, STJ
30. José da Silva, réu primário e com condenações criminais anteriores, porém
sem trânsito em julgado, confesso, cometeu crime de estelionato contra a
Previdência Social, causando prejuízos significativos à autarquia, sendo
condenado à pena de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão e 13 (treze)
dias- Multa, em regime inicial aberto. Com base nessas informações, é
CORRETO afirmar: INDEPENDENTEMENTE DE SER primário, o juiz NÃO
PODERIA ter aumentado a pena- Base ante as circunstâncias judiciais
FAVORÁVEIS, NÃO PODENDO SOPESAR, para tanto, (CP, art. 59) os
antecedentes criminais e as consequências do delito. (CP, art. 59). (TRF - 3ª
REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).
34.3. Considerando que o réu já tinha sido preso em flagrante por roubo e,
mesmo sem o trânsito em julgado da respectiva sentença, ele ainda responde
a dois inquéritos policiais por furtos, NADA OBSTANTE, NÃO JUSTIFICA- SE
a exacerbação da pena- Base. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito). SÚMULA
269, STJ
35.1. As razões apresentadas pelo juiz para analisar a dosimetria da pena são
todas inidôneas para fundamentar acréscimos na pena- Base.
35.2. O fato de o réu estar respondendo a processo por crime de roubo NÃO
ENSEJA o agravamento da pena- Base. SÚMULA 269, STJ
36. As circunstâncias legais são descritas pela lei penal de maneira prévia,
ou na parte geral, ou na parte especial do Código, ou em leis extravagantes.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).
a) a reincidência;
56. Após uma discussão, Carlos desferiu ameaça contra a vida de Luís. Para
ter coragem de executar o que foi dito, Carlos ingeriu bebida alcoólica. Nessa
situação, caso seja condenado, a ingestão de bebida alcoólica será
RELEVANTE na dosimetria da pena. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).
b) o desconhecimento da lei;
69. Conforme o STJ, aquele que, ao juiz, admite a autoria de um crime, ainda
que alegue, em seu favor, a existência de causa excludente de ilicitude, pode
se beneficiar da atenuante genérica relativa à confissão espontânea.
(CESPE - TRE- MT - Analista). SÚMULA 545, STJ
72. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ser o agente menor de 21
(vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (SETENTA) ANOS, na data da
sentença. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).
75. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ter o agente cometido o
crime por motivo de relevante valor social ou moral. (NUCEPE - SEJUS- PI -
Agente Penitenciário - Superior).
76. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da
pena: O desconhecimento da lei. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).
80. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ter o agente cometido o
crime por motivo de relevante valor social ou moral. (NUCEPE - SEJUS- PI -
Agente Penitenciário - Superior).
83. Após regular instrução processual penal na qual o réu Sandro se defendeu
de denúncia ofertada pelo Ministério Público dando- O como incurso no art. 155
§4º, incisos II e III, do Código Penal, comprovou- Se que o acusado, pulando
um muro de três metros de altura e se utilizando de uma chave falsa, acessou
uma residência quando o morador estava viajando e subtraiu de lá um relógio
avaliado em aproximadamente R$ 10.000,00. Descoberta a autoria, por um
vizinho que conhecia o réu e o viu entrando no local, Sandro foi eventualmente
denunciado e, no dia da audiência de instrução, ao ser interrogado, confessou
o crime e, por estar respondendo em liberdade, trouxe o relógio íntegro, para
devolver para a vítima, se dizendo arrependido. Nesse contexto, é correto
afirmar: O réu faz jus ao reconhecimento da atenuante genérica do art. 65,
III, “b”, do Código Penal, por ter, antes do julgamento, reparado o dano.
(IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
100. Um homem, maior de idade e capaz, foi preso em flagrante por ter
subtraído duas garrafas de uísque de um supermercado. A observação da
ação delituosa por meio do sistema de vídeo do estabelecimento permitiu aos
seguranças a detenção do homem no estacionamento e a recuperação do
produto furtado. O valor do produto subtraído equivalia a pouco mais de um
terço do valor do salário mínimo vigente à época. Na fase investigatória,
constatou- Se que o agente do delito possuía condenação transitada em
julgado por fato semelhante e que respondia por outras três ações penais em
curso. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: É CABÍVEL ao
caso a compensação integral da atenuante de confissão espontânea e da
agravante de reincidência específica. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).
REINCIDÊNCIA
PENAL
112. O agente que pratica contravenção penal, sendo condenado com trânsito
em julgado, e depois pratica crime, sendo novamente condenado com trânsito
em julgado, NÃO É reincidente. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).
123. De acordo com preceito expresso do CP, a reincidência penal não pode
ser considerada, ao mesmo tempo, circunstância agravante e circunstância
judicial, DESDE QUE o sentenciado seja reincidente em mais de um delito.
(CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal). SÚMULA 241, STJ
128. Senhor X está preso e denunciado por crime do art. 157, caput, do Código
Penal (roubo simples), cometido em 20/12/2016. Considerando- Se que Senhor
X possui outras três condenações por crimes praticados anteriormente
(Sentença 01, proferida em 07/05/2015 e trânsito em julgado em 21/05/2015,
enquanto a Sentença 02, proferida em 22/12/2016, ainda não transitada em
julgado, e na terceira condenação, Sentença 03, proferida em 20/06/2016, não
transitada em julgado), na data da sentença, em 01/03/2017, será considerado
para fins de aplicação da pena, nos termos do art. 61, I do Código Penal: sem
antecedentes e reincidente. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).
129. A, B, e C se conheceram quando estavam recolhidos na Penitenciária
Nelson Hungria. Posteriormente, estando em meio aberto, eles se
reencontraram e decidiram praticar um crime juntos. Assim, agindo em
comunhão de vontades e unidade desígnios, no dia 18/09/2017, cometeram um
latrocínio com resultado morte, sendo a prisão em flagrante convertida em
medidas cautelares diversas da prisão. Após regular instrução, o Juiz proferiu
sentença, condenando os agentes pela prática do crime do artigo 157, § 3º, in
fine, do Código Penal. Ao passar à fase de aplicação da pena, o magistrado,
analisando as certidões cartorárias de antecedentes de cada um dos réus,
constatou que A possui uma condenação transitada em julgado em 10/08/2012,
com extinção da pena em 15/05/2016. B possui duas condenações: a primeira
transitada em julgado em 05/05/2003, com extinção da pena em 23/07/2016 e
a segunda transitada em julgado em 07/02/2011, cuja execução ainda se
encontra em curso. C possui duas condenações, uma por crime praticado
quando ele era menor de 21 (vinte e um) anos, transitada em julgado em
03/04/2005, cuja extinção da pena se deu 10/10/2014 e outra por fato praticado
em 25/12/2017, com trânsito em julgado em 01/08/2018, cuja execução se
encontra em andamento. Levando- Se em conta as disposições previstas no
Código Penal, analise as afirmativas: (CONSULPLAN - TJ- MG - Juiz de
Direito).
135. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que devem ser
calculadas pelas circunstâncias da própria causa de aumento, E NÃO pelas
circunstâncias do crime, se previstas em limites ou quantidades variáveis. (FCC
- DPE- ES - Defensor Público).
139. Bruno, militar da Aeronáutica, em um dia de folga, atirou com sua arma de
fogo na rua onde residia e assustou moradores e transeuntes que passavam
pelo local. Nessa situação, devido ao fato de Bruno ter praticado crime de
disparo com arma de fogo, a causa do aumento de pena, prevista no Estatuto
do Desarmamento, deverá ser aplicada na sentença durante a terceira fase da
dosimetria. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).
150. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que pode o juiz
limitar- Se a um só aumento, se houver concurso de causas previstas na parte
ESPECIAL do Código Penal. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).
11. A confissão qualificada é aquela em que o réu reconhece ter praticado o fato,
porém, alega tese de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade (essa confissão
funciona como circunstância atenuante para o STJ, mas não para o STF). Com efeito,
não só a confissão qualificada, mas qualquer confissão (seja parcial ou com
retratação posterior) pode funcionar como circunstância atenuante, desde que
utilizada pelo juiz como fundamento para embasar a condenação.
12. SÚMULA 545, STJ – “Quando a confissão for utilizada para a formação do
convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no artigo 65, III, d, do
Código Penal”.
19. SÚMULA 241, STJ – “A reincidência penal não pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial”.
20. O juiz só pode aplicar a pena abaixo ou acima dos limites mínimo e máximo
previstos em lei na terceira fase da dosimetria da pena (causas de aumento e
diminuição da pena – majorantes e minorantes).
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
Reclusão e detenção
Regime especial
Direitos do preso
Trabalho do preso
Legislação especial
Detração
16. Na aplicação do regime inicial de pena nos crimes punidos apenas com
pena de detenção, poderá o magistrado aplicar regime inicial SEMIABERTO
OU ABERTO. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).
19. ALGUNS CRIMES contra a honra, por serem punidos com detenção,
impedem a aplicação do regime inicial fechado, mesmo em caso de
reincidência. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).
20. O condenado por contravenção penal, com pena de prisão simples não
superior a quinze dias, poderá cumpri- La, a depender de reincidência ou não,
em regime SEMIABERTO OU ABERTO, estando, em quaisquer dessas
modalidades, FACULTADO a trabalhar. (CESPE - PC- CE - Delegado de
Polícia).
22. O condenado que cumpre a pena no regime fechado deve ficar isolado
durante o repouso noturno e, durante o dia, FICA SUJEITO A TRABALHO.
(CESPE - DPE- PE - Defensor Público).
23. O condenado que cumpre pena no regime fechado pode ser autorizado a
realizar trabalho externo em serviços ou obras públicas. (CESPE - DPE- PE
- Defensor Público).
61. O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não
exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri- La em regime semiaberto.
(FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).
81. De acordo com o CP, o condenado a pena de seis anos de reclusão poderá
cumpri- La em regime semiaberto, DESDE QUE SEJA PRIMÁRIO. (CESPE -
TRE- RS - Analista Judiciário).
98. Fixada a pena em seu mínimo legal, é possível estipular regime prisional
mais gravoso do que o previsto em razão da sanção imposta, desde que
presente a gravidade CONCRETA do delito. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª
Região - Juiz federal). SÚMULA 440, STJ
99. Ainda que a pena- Base tenha sido fixada no mínimo legal, é admissível a
fixação de regime prisional mais gravoso que o cabível, em razão da sanção
imposta, com fundamento na gravidade CONCRETA do delito. (CESPE - TJ-
DFT - Juiz de Direito). SÚMULA 440, STJ
Questão original: Ainda que a pena- Base tenha sido fixada no mínimo
legal, é admissível a fixação de regime prisional mais gravoso que o
cabível, em razão da sanção imposta, com fundamento na gravidade
concreta ou abstrata do delito.
3º - ser primária;
104. Flávio, maior e capaz, condenado a pena de doze anos pela prática de
homicídio doloso qualificado, iniciou o cumprimento da pena em regime
fechado. Durante a execução da pena, ele apresentou comportamento
excelente e colaborativo, por isso, após o período mínimo para a progressão de
regime, seu advogado requereu ao juiz a passagem de Flávio para o regime
aberto. Nessa situação, o pedido não poderá ser atendido: a progressão do
regime prisional de Flávio deverá ser para o regime semiaberto. (CESPE -
Polícia Federal - Delegado de Polícia).
114. A decisão judicial que reconhece a prática de falta grave tem como
consequência a interrupção do período para fins de progressão de regime.
(MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça). SÚMULA 534, STJ
126. Joaquim foi condenado por crime de roubo com emprego de arma de fogo
à pena de 5 anos e 4 meses de reclusão, em regime semiaberto. É reincidente
e responde a outros dois processos por crimes de furto e roubo. Após o
cumprimento de 1/6 da sanção, a defesa de Joaquim requereu a progressão ao
regime aberto de pena, o que foi indeferido pelo juiz, sob argumento de que,
por ser reincidente, deveria resgatar metade da sanção, o que ainda não havia
ocorrido. Diante disso, caso sobreviesse doença mental a Joaquim, este
deveria cumprir medida de segurança, no máximo de tempo QUE RESTASSE
DA PENA. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).
10. O réu que praticou um crime hediondo ou equiparado não deverá iniciar
obrigatoriamente em regime fechado, em obediência aos princípios da
individualização da pena e da proporcionalidade.
11. Conforme o CP, réu condenado por crime cuja pena seja de reclusão, iniciará o
seu cumprimento de pena em regime aberto (primário/pena até 04 anos); regime
semiaberto (primário/pena superior a 04 até 08 anos); regime fechado
(primário/pena superior a 08 anos). Ressalta- Se que o juiz pode fixar regime prisional
mais gravoso do que a pena aplicada permitir em consideração as circunstâncias
judiciais (com base na gravidade do caso em concreto).
12. Em regra, o réu que é reincidente e pratica um crime cuja pena seja de reclusão
deve iniciar seu cumprimento em regime fechado. Contudo, segundo o STJ, tal regra
admite uma única exceção: SÚMULA 269, STJ – “É admissível a adoção do regime
prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro
anos se favoráveis as circunstâncias judiciais”.
15. SÚMULA 440, STJ – Fixada a pena- Base no mínimo legal, é vedado o
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da
sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.
17. No caso de mulher gestante, mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
deficiência, os requisitos para a progressão de regimes são (cumulativamente):
Cumprir 1/8 da pena (12,5%) + ter bom comportamento carcerário + ser primária +
não ter cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa + não ter cometido o
crime contra seu filho ou dependente + não ter integrado organização criminosa.
18. No caso em que o crime tiver sido praticado contra a administração pública o
apenado só poderá progredir de regime (além de cumprir parte da pena e ter bom
comportamento carcerário) se ele reparar o dano causado ou devolver o produtor do
ilícito praticado, com os acréscimos legais.
22. SÚMULA 534, STJ – “A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo
para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do
cometimento dessa infração”.
I - prestação pecuniária;
b) Prestação pecuniária;
05. NÃO é Pena Restritiva de Direito, em conformidade com o Decreto Lei n.º
2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal: Detenção. (UFMT - TJ- MT -
Técnico Judiciário).
06. A pena restritiva de direitos NÃO PODE ser cumulada com medida de
segurança na modalidade de tratamento ambulatorial, pois É VEDADA A
CUMULAÇÃO SIMULTÂNEA DE PENA E MEDIDA DE SEGURANÇA. (FCC -
DPE- AM - Defensor Público).
09. No que concerne às penas restritivas de direitos, é correto afirmar que: são
autônomas e substituem as privativas de liberdade quando, entre outros
requisitos legais, o réu não for reincidente em crime doloso, a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os
motivos e circunstâncias autorizarem a concessão do benefício. (VUNESP - TJ-
SP - Juiz de Direito).
a) Requisitos objetivos:
(1) o crime doloso não pode ter sido praticado com violência ou grave
ameaça à pessoa; (2) a pena aplicada deve ser até 4 anos (em crime
doloso);
b) Requisitos subjetivos:
13. Com 74 anos, Jairo foi definitivamente condenado pela prática de roubo
simples (art. 157, caput, do CP). Primário e sendo- Lhe inteiramente favoráveis
as circunstâncias do art. 59 do CP, foi- Lhe aplicada uma pena privativa de
liberdade de 04 anos de reclusão. Nesse caso, considerando a pena aplicada,
NÃO É possível substituir a pena privativa de liberdade por duas penas
restritivas de direitos. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).
Questão original: Nesse caso, considerando a pena aplicada, é
possível substituir a pena privativa de liberdade por duas penas
restritivas de direitos.
14. Pedro, com vinte e oito anos de idade, capaz, primário, de corpo
avantajado, desarmado, faixa preta em judô, trajando quimono, de forma
intimidatória e exalando odor etílico, determinou que Ana, com dezessete anos
de idade, capaz, entregasse a ele seu celular, sem que fosse possível a ela
impor qualquer resistência. Por tais fatos, Pedro foi condenado,
definitivamente, por crime de roubo simples, à pena de quatro anos de
reclusão. Nessa situação: há vedação legal para que a pena de Pedro seja
substituída por pena restritiva de direitos. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de
Direito).
15. Glauber, com trinta e um anos de idade, capaz, primário, foi condenado,
definitivamente, em concurso material, pelo crime de supressão de
correspondência comercial, à pena de detenção de dois anos; e, por
divulgação de informações sigilosas, à pena de detenção de quatro anos e
pena pecuniária. Nessa situação, Glauber NÃO TEM direito à substituição da
pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. (CESPE - TJ- DFT -
Juiz de Direito).
18. O crime de resistência (CP, art. 329, caput), com pena privativa de
liberdade, abstratamente cominada, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos de
detenção, NÃO PODE admitir substituição de pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, MESMO QUE, fixado o quantum final de pena, se verifique
que o autor não é reincidente, e que as circunstâncias judiciais do art. 59 do
Código Penal lhe são favoráveis. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
27. A pena privativa de liberdade PODE SER substituída por pena restritiva de
direitos MESMO SENDO o condenado for reincidente. (MPE- RS - MPE- RS -
Secretário de Diligências).
30. A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) PODE ser aplicada a
condenados primários, REINCIDENTES EM CRIMES CULPOSOS E ATÉ
REINCIDENTES EM CRIME DOLOSOS (QUANDO A MEIDADE SEJA
SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL E A REINCIDÊNCIA NÃO SE TENHA
OPERADO EM VIRTUDE DE PRÁTICA DO MESMO CRIME). (VUNESP - TJ-
RS - Juiz de Direito).
34. Poderá ser substituída por pena restritiva de direitos a pena privativa de
liberdade aplicada a réu reincidente, anteriormente condenado pela prática do
crime de lesões corporais culposas e sentenciado a pena de cinco anos de
reclusão pela prática de homicídio culposo. (CESPE - TRE- RS - Analista
Judiciário).
38. Em 2014, por conduta perpetrada em 2011, Ataulfo foi denunciado pela
prática de lesão corporal simples (art. 129, caput, do CP). Em 2016, por
conduta perpetrada em 2015, Ataulfo viu- Se novamente denunciado, dessa
vez pela prática de ameaça. Já em 2017, em razão de conduta praticada em
2016, Ataulfo foi condenado pela prática de furto qualificado pelo emprego de
chave falsa, sendo- Lhe aplicada uma pena privativa de liberdade de 04 anos
de reclusão. Nesse caso: é possível substituir a pena privativa de liberdade
aplicada por uma pena restritiva de direitos e multa. (FCC - DPE- RS -
Defensor Público).
39. Na sentença condenatória por crime de estelionato (CP, artigo 171, caput),
a pena aplicada em um ano de prisão pode ser substituída por UMA pena
restritiva de direito, desde que presentes os requisitos previstos no artigo 44 do
Código Penal. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).
41. José da Silva, réu primário e com condenações criminais anteriores, porém
sem trânsito em julgado, confesso, cometeu crime de estelionato contra a
Previdência Social, causando prejuízos significativos à autarquia, sendo
condenado à pena de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão e 13 (treze)
dias- Multa, em regime inicial aberto. Com base nessas informações, é
CORRETO afirmar: Se o juiz entender possível, a substituição da pena
privativa de liberdade aplicada (CP, art. 44) poderá ser feita por uma pena de
multa E uma pena restritiva de direitos, OU POR DUAS RESTRITIVAS DE
DIREITOS. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).
45.3. NÃO ESTÁ correta porque a pena privativa de liberdade em regime inicial
fechado NÃO IMPEDE, QUANDO COMPATÍVEL, O CUMPRIMENTO
SIMULTÂNEO COM A pena restritiva de direitos.
45.4. NÃO ESTÁ correta porque NEM TODA condenação superveniente torna
obrigatória a conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade.
Questão original: Está correta porque qualquer condenação
superveniente torna obrigatória a conversão da pena restritiva de
direitos em privativa de liberdade.
46. A prestação pecuniária consiste em quantia fixada pelo juiz que é paga à
vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com
destinação social. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).
2. Nos casos de crimes culposos, é cabível a substituição ainda que o crime tenha
sido cometido com violência contra a pessoa, não importando a quantidade de
pena aplicada (ainda que superior a 4 anos), ou mesmo quando o réu seja
reincidente em crime culposo.
3. A substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos nos
crimes hediondos e equiparados é perfeitamente possível, desde que obedecidos os
requisitos legais previstos no art. 44 do CP.
4. Em regra, o réu reincidente (em crime doloso) não tem direito a substituição da
pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos. Contudo, o CP admite a
substituição para o reincidente em uma única hipótese (exceção): quando a medida
seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude
da prática do mesmo crime (não pode ser reincidente específico).
6. Se a pena aplicada for até um ano, a substituição da pena pode ser feita por uma
pena restritiva de direitos ou multa. Todavia, se a pena aplicada for superior a um
ano, a substituição pode ser feita por duas penas restritivas de direitos ou uma pena
restritiva de direitos e multa.
§1º - O valor do dia- Multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem
superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
Pagamento da multa
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada
em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as
circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas
mensais.
a) aplicada isoladamente;
Pena de multa
Art. 58 - A multa, prevista em cada tipo legal de crime, tem os limites fixados
no art. 49 e seus parágrafos deste Código.
§1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em
virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
Multa substitutiva
1. A pena de multa deve ser paga no prazo de 10 (dez) dias depois do trânsito em
julgado da sentença penal condenatória. Sua inadimplência jamais poderá ser
revertida em pena privativa de liberdade, visto que a multa será considerada como
dívida de valor, aplicando- Lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública.
Concurso material
§1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena
privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será
incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.
Concurso formal
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra
do art. 69 deste Código.
Crime continuado
06. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplicam- Se cumulativamente as penas
privativas de liberdade em que haja incorrido. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de
Polícia Civil).
07. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, APLICAM- SE CUMULATIVAMENTE AS
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE EM QUE HAJA INCORRIDO.
(VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).
09. Antônio, junto com comparsa, abordou dois rapazes que caminhavam na
rua e os ameaçou com um revólver de brinquedo, subtraindo do primeiro R$ 20
e do segundo um isqueiro no valor de R$ 8. Notificados da ocorrência, os
componentes de uma guarnição da Polícia Militar de Pernambuco, ao final de
rápida diligência, os localizaram e prenderam em situação de flagrância, já que
estavam na posse da res furtiva. Durante a lavratura do flagrante, Antônio
identificou- Se com nome fictício, para esconder seus antecedentes criminais,
não tendo exibido documento de identidade. Nessa situação hipotética, Antônio
responderá pela prática de: roubos em concurso formal mais falsa
identidade em concurso material. (CESPE - SERES- PE - Agente
Penitenciário - Superior).
10. “Na Praça da Matriz, por volta das 15h, Tício, apontando um revólver,
subtraiu, para si, o relógio de ouro de Pérsio, o que foi testemunhado pelo
pedestre Caio. No dia seguinte, no mesmo horário e na mesma praça, Tício,
utilizando o mesmo revólver, agrediu Pérsio, mediante coronhadas, causando-
Lhe perda da visão do olho esquerdo.” Tício responderá pelos crimes: em
concurso material. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e
de Registros).
12. Júlio foi denunciado em razão de haver disparado tiros de revólver, dentro
da própria casa, contra Laura, sua companheira, porque ela escondera a arma,
adquirida dois meses atrás. Ele não tinha licença expedida por autoridade
competente para possuir tal arma, e a mulher tratou de escondê- La porque viu
Júlio discutindo asperamente com um vizinho e temia que ele pudesse usá- La
contra esse desafeto. Raivoso, Júlio adentrou a casa, procurou em vão o
revólver e, não o achando, ameaçou Laura, constrangendo- A a devolver- Lhe
a arma. Uma vez na sua posse, ele disparou vários tiros contra Laura, ferindo-
A gravemente e também atingindo o filho comum, com nove anos de idade, por
erro de pontaria, matando- O instantaneamente. Laura só sobreviveu em razão
de pronto e eficaz atendimento médico de urgência. Ainda com referência à
situação hipotética descrita no texto anterior e a aspectos legais a ela
pertinentes, assinale a opção correta com respaldo na jurisprudência do STJ.
(CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).
16. O agente que efetua diversos disparos contra a vítima sinaliza com sua
conduta VÁRIOS ATOS QUE SE RESUMEM EM UMA SÓ AÇÃO,
APLICANDO- SE UMA ÚNICA PENA (CRIME ÚNICO). (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).
18. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica- Se- Lhe a mais grave das penas cabíveis ou,
se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade. Trata- Se da definição legal do: concurso formal. (VUNESP
- PC- CE - Delegado de Polícia).
19. No concurso formal, que se caracteriza quando o agente, mediante UMA
SÓ AÇÃO, pratica 2 (dois) ou mais crimes, aplicar- Se-á a mais grave das
penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em
qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até a metade. (VUNESP - PC- SP - Escrivão
de Polícia Civil).
23. ► No concurso formal, aplica-se amais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto
até a metade, DESDE QUE os crimes concorrentes NÃO RESULTEM de
desígnios autônomos. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
26. Quando o agente, mediante uma só omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, APLICA- SE- LHE A MAIS GRAVE DAS PENAS CABÍVEIS
OU, SE IGUAIS, SOMENTE UMA DELAS, MAS AUMENTADA, EM
QUALQUER CASO, DE UM SEXTO ATÉ METADE. (VUNESP - PC- CE -
Escrivão de Polícia Civil).
37. No concurso formal, a pena NÃO PODERÁ exceder a que seria cabível
pela regra do concurso material. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).
42. Inconformado com o fim do casamento que mantinha com Marisa, João
passa a persegui- La todos os dias. Certo dia, sabendo que a ex- Mulher iria a
uma festa na casa de amigos, João invade o local e, ao avistar Marisa, nos
fundos da casa, atira com seu revólver calibre 38. O disparo fere Marisa no
braço esquerdo, de raspão, mas atinge letalmente Leonardo, que estava logo
atrás da mulher no momento do disparo e não havia sido visto pelo atirador.
Nesse caso, é correto afirmar: A ação se amolda ao que a lei prevê como
concurso formal (art. 70 do CP) e João estará sujeito às penas previstas
para o homicídio qualificado como se praticado contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino (art. 121, § 2° , VI, c/c art. 121, § 2° -
A, I, do CP), aumentada de um sexto até metade, nos termos do art. 70 c/c
art. 73 do CP. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).
46. Januário, maior e capaz, burlou, juntamente com José e Ricardo, ambos
menores de dezoito anos, todos com unidade de desígnios, a vigilância de uma
loja de departamentos e dela subtraíram, em horário comercial, três aparelhos
de DVD novos. Os três foram presos em flagrante, na residência de José, duas
horas depois de terem cometido o delito. Nessa situação, se ausentes
quaisquer excludentes e comprovados os fatos, Januário deverá ser
condenado por crime de: furto qualificado e dois delitos de corrupção de
menores, todos em concurso formal. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).
47. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, praticando um roubo com
adolescente inimputável desde antes já moralmente corrompido, o agente
poderá ser condenado em concurso de crimes. (FCC - DPE- RS - Analista -
Processual).
51. Elton, pretendendo matar dois colegas de trabalho que exerciam suas
atividades em duas salas distintas da dele, inseriu substância tóxica no sistema
de ventilação dessas salas, o que causou o óbito de ambos em poucos
minutos. Nessa situação, Elton responderá por homicídio doloso em: concurso
formal imperfeito. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia).
53. Plínio praticou um crime de latrocínio (previsto no art. 157, § 3.º, parte final,
do CP) no qual houve uma única subtração patrimonial, com desígnios
autônomos e com dois resultados mortes (vítimas). Nessa situação, Plínio
praticou o crime de latrocínio em concurso formal impróprio, disposto no art.
70, caput, parte final, do CP, no qual se aplica a regra do concurso material, de
forma que as penas devem ser aplicadas cumulativamente. (CESPE - DPE-
RN - Defensor Público).
66. O crime continuado ocorre quando o agente pratica uma ou mais infrações
penais de MESMA ESPÉCIE (E DEMAIS REQUISITOS DO ART. 71), caso em
que a pena pode ser aumentada DE 1/6 ATÉ 2/3. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO
- Juiz Federal).
78. João e Maria foram casados por cinco anos e, após o divórcio, continuaram
a residir no mesmo lote, porém em casas diferentes. Certo dia, João, depois de
ingerir bebidas alcoólicas, abordou Maria em um ponto de ônibus e, movido por
ciúmes, iniciou uma discussão e a ameaçou de morte. Maria, ao retornar para
casa à noite depois do trabalho, encontrou o ex- Marido ainda embriagado; ele
novamente a ameaçou de morte, acusando- A de traição. Ela foi à delegacia e
registrou boletim de ocorrência acerca do acontecido, o que ensejou início de
procedimento criminal contra João. Com referência a essa situação hipotética,
assinale a opção correta à luz da jurisprudência dos tribunais superiores. A
conduta de João configura crime continuado, porque ele praticou dois
crimes de ameaça, com idêntica motivação e propósito, em condições
semelhantes de tempo, lugar e modo de agir. (CESPE - TJ- CE - Juiz de
Direito).
87. Nos crimes dolosos, cometidos com violência ou grave ameaça contra
VÍTIMAS DIFERENTES, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo. (VUNESP - TJ- SP - Juiz
de Direito).
88. Nos crimes dolosos contra vítimas diferentes cometidos com violência ou
grave ameaça à pessoa, o aumento da pena pelo crime continuado encontra
fundamento na QUANTIDADE DE CRIMES PRATICADOS E NAS
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DO ART. 59 DO CP. (CESPE - PJC- MT -
Delegado de Polícia).
89. O crime de homicídio qualificado por motivo torpe (CP, art. 121, § 2º,
inciso I), praticado contra vítimas diferentes, em tese admite aplicação da
regra do crime continuado específico (CP, art. 71, parágrafo único), cuja pena
deve ser medida pelo princípio da exasperação. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).
3. No concurso formal, o agente pratica dois ou mais crimes mediante apenas uma
conduta. Em relação ao concurso formal perfeito (próprio) o agente atua sem
desígnio autônomo (crimes culposos ou crime doloso + culposo). Adota- Se o
sistema da exasperação da pena, isto é, aplica-se apena do crime mais grave
aumentada de 1/6 até 1/2. Já no concurso formal imperfeito (impróprio) o agente
atua com desígnio autônomo (todos os crimes são dolosos). Adota- Se o sistema
do cúmulo material, isto é, aplica-se asoma das penas.
11. No que diz respeito ao concurso de crimes, para o CP, as penas de multa
(penas pecuniária) devem ser aplicadas distinta e integralmente – isto é,
cumulativamente (independentemente se for concurso material, formal ou crime
continuado). JURISPRUDÊNCIA, STJ – Em relação a pena de multa, para o STJ, a
regra da soma das penas (cúmulo material) deve ser adotada em relação ao concurso
material e formal, mas não ao crime continuado. Isso porque, considerando que o
próprio CP trata o crime continuado como ficção jurídica, isto é, aos vários crimes
aplica-se apena única, aumentada de determinado percentual (para fins de aplicação
da pena), por igual fundamento, a pena pecuniária também deve ser aplicada em
obediência ao sistema da exasperação.
04. “W.D.W.” foi sentenciado pela primeira vez a uma pena de 45 anos de
reclusão por quatro homicídios qualificados (hediondos), praticados em
concurso material no dia 01/01/2018, tendo respondido ao processo em
liberdade e preso tão- Somente após o trânsito em julgado. Expedida a guia de
execução definitiva relativa a essa sentença de 45 anos, após 10 dias de
cumprimento da pena, o magistrado proferiu decisão de unificadas das penas,
nos termos do art. 75, §1º do Código Penal, limitando o cumprimento dessas
penas em 30 anos. Entretanto, cumpridos 20 dias da pena, “W.D.W.” encontrou
no cárcere um desafeto do mundo do crime, e aproveitando- Se de um
momento de distração, durante o banho de sol, matou seu inimigo. Preso em
flagrante pelo fato, foi levado a julgamento perante o Tribunal do Júri, tendo
sido sentenciado a uma pena de 18 anos de reclusão por esse novo homicídio
qualificado (hediondo). Em relação a esse fato, “W.D.W.” permaneceu preso
desde o flagrante. A sentença penal da segunda condenação transitou em
julgado 9 meses e 5 dias após a primeira prisão. Com a juntada à execução
penal da guia de execução definitiva relativa à segunda sentença, o juiz deve
proferir: primeiramente decisão de soma de penas e, em seguida, de
unificação de penas. (FUNDEP - Gestão de Concursos - DPE- MG - Defensor
Público).
1. SÚMULA 715, STF – “A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de
cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a
concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais
favorável de execução”.
2. PACOTE ANTICRIME – O tempo máximo de cumprimento de pena passou de 30
para 40 (quarenta) anos.
Revogação obrigatória
Revogação facultativa
13. Com 74 anos, Jairo foi definitivamente condenado pela prática de roubo
simples (art. 157, caput, do CP). Primário e sendo- Lhe inteiramente favoráveis
as circunstâncias do art. 59 do CP, foi- Lhe aplicada uma pena privativa de
liberdade de 04 anos de reclusão. Nesse caso, considerando (FCC - DPE- RS -
Defensor Público).
2. Ainda que o crime tenha sido cometido com violência ou grave ameaça (à pessoa),
o sursis penal poderá ser concedido ao réu (desde que cumpridos os requisitos
legais).
3. O réu reincidente em crime doloso não tem direito ao sursis penal. A única
exceção se verifica quando a condenação anterior tenha sido exclusivamente a pena
de multa (Súmula 409 do STF). Já em relação ao reincidente em crime culposo, é
perfeitamente possível a concessão do sursis.
III – comprovado:
Soma de penas
Revogação do livramento
Revogação facultativa
Efeitos da revogação
Extinção
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em
julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime
cometido na vigência do livramento.
04. A prática de qualquer delito com violência ou grave ameaça à pessoa NÃO
IMPÕE NECESSARIAMENTE o cumprimento de 2/3 da pena para concessão
do livramento condicional. (FGV - AL- RO - Consultor Legislativo).
16.2. Bruno FARÁ jus ao livramento condicional, MESMO que foi condenado
por crime equiparado a crime hediondo.
20. Entre outros requisitos legais, segundo o CP, em caso de crime doloso
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do
livramento condicional ao condenado ficará também subordinada à
constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não
voltará a delinquir. (CESPE - PC- PE - Delegado de Polícia).
25. O livramento condicional pode ser revogado com a prática de crime doloso
no período de prova A PARTIR DO SEU do trânsito em julgado, conforme
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. (FCC - DPE- AM - Defensor
Público).
28. O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em
julgado a sentença, em processo a que responde o liberado, por crime
cometido na vigência do livramento. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).
34.1. As penas de Celso devem somar- Se, para efeito do livramento, quando
ocorrer o trânsito em julgado da sentença condenatória.
34.2. A situação de Celso NÃO ENSEJA prorrogação imediata do período de
prova do livramento condicional, POIS TAL CONDENAÇÃO NÃO TRANSITOU
EM JULGADO.
38. Mauro, que cumpria pena de reclusão de cinco anos, foi beneficiado com
livramento condicional, mas deixou de cumprir algumas das condições
especificadas na sentença e o benefício foi revogado. Nessa situação, novo
livramento condicional NÃO PODERÁ ser concedido. (CESPE - TJ- PB - Juiz
de Direito).
40. O livramento condicional NÃO PODE ser revogado se, após expirado o
período de prova, sobrevier informação de que o sentenciado descumpriu
alguma condição imposta durante seu cumprimento. (FCC - DPE- AP -
Defensor Público). SÚMULA 617, STJ
Questão original: O livramento condicional pode ser revogado se,
após expirado o período de prova, sobrevier informação de que o
sentenciado descumpriu alguma condição imposta durante seu
cumprimento.
SÚMULA 617, STJ – “A ausência de suspensão ou revogação do
livramento condicional antes do término do período de prova enseja
extinção da punibilidade pelo integral cumprimento da pena”.
42. A prática de falta grave não interrompe os prazos para fins de comutação
de pena nem para a concessão de indulto, MAS INTERROMPE para obtenção
de livramento condicional. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).
1. Quando a pena (privativa de liberdade) fixada pelo Juiz seja igual ou superior a 2
anos, o livramento condicional poderá ser concedido ao condenado, desde que (em
relação a parcela de pena já cumprida): cumprida mais de 1/3 da pena se o
condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;
cumprida mais da 1/2 se o condenado for reincidente em crime doloso; ou
cumpridos mais de 2/3, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo,
sendo vedado esse benefício ao apenado reincidente específico em crimes dessa
natureza; ou ao condenado por crime hediondo ou equiparado com resultado
morte (essa parte final foi inclusa pelo PACOTE ANTICRIME).
§1º - Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por
patrimônio do condenado todos os bens:
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos,
devendo ser motivadamente declarados na sentença.
30. A perda de cargo público, nos casos em que for aplicada pena privativa de
liberdade por tempo superior a quatro anos, em caso de homicídio, NÃO É um
efeito automático da sentença condenatória, HAVENDO necessidade de
declaração motivada do juiz na sentença. (MPDFT - MPDFT - Promotor de
Justiça).
34. Um policial militar, em dia de folga e vestido com traje civil, se embriagou
voluntariamente e saiu à rua armado, decidido a roubar um carro. Empunhando
seu revólver particular, ele abordou um motorista e o ameaçou, obrigando- O a
descer do automóvel. A vítima obedeceu, mas, ao perceber a embriaguez do
assaltante, saiu correndo com as chaves do carro. Deparando- Se adiante com
uma viatura da polícia militar, relatou o ocorrido aos componentes da
guarnição, que foram ao local e prenderam o policial em flagrante. Em
decorrência de tais fatos, o policial foi submetido a processo penal que resultou
na sua condenação em três anos, dez meses e vinte dias de reclusão pela
tentativa de roubo. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção
correta de acordo com a jurisprudência do STJ. (CESPE - TJ- AM - Juiz de
Direito).
34.3. O policial militar não praticou crime funcional típico porquanto o delito
previsto no art. 157 do CP — Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para
outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa — MAS, APESAR
DISSO, o réu em questão PODERIA ser afastado do cargo.
46. No que toca aos efeitos da condenação, correto afirmar que para os
crimes de tortura, além da perda do cargo, função ou emprego público,
igualmente prevista a interdição de seu exercício por prazo determinado em
lei. (FCC - SEGEP- MA - Procurador do Estado).
47. No que toca aos efeitos da condenação, correto afirmar que nos crimes de
licitações, AINDA QUE TENTADOS, os autores, quando servidores públicos,
além das sanções penais, estão sujeitos à perda do cargo, emprego, função ou
mandato eletivo. (FCC - SEGEP- MA - Procurador do Estado).
2. Os efeitos extrapenais são aqueles que atingem vários ramos do direito, podendo
ser genéricos ou automáticos. Enquanto os efeitos genéricos são aqueles que
incidem sobre todos os crimes, sendo automáticos (obrigação de reparar o dano e
confisco), os efeitos específicos são aqueles que incidem sobre determinados crimes,
não sendo automáticos, pois dependem de expressa motivação na sentença (a
perda de cargo, função pública ou mandato eletivo; incapacidade para o exercício
familiar, da cutela ou da curatela; e inabilitação para dirigir veículo – quando utilizado
como meio para a prática de crime doloso).
3.11. REABILITAÇÃO
Reabilitação
3.1. Ter domicílio no país pelo prazo de DOIS ANOS DO DIA EM QUE FOR
EXTINTA DE QUALQUER MODO A PENA.
1. A reabilitação poderá ser requerida, decorridos dois anos do dia em que for
extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução (seja o condenado
reincidente ou não), desde que: tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;
tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom
comportamento público e privado; e tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou
demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba
documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.
Prazo
Direitos do internado
11. Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação. Se, todavia,
o fato previsto como crime for punível com detenção, PODERÁ o juiz submetê-
Lo a tratamento ambulatorial. (IESES - TJ- AM - Titular de Serviços de Notas e
de Registros).
13. “Em 2012, Tício, contando com 20 anos de idade, teve conjunção carnal
com Malévola, que contava com 13 anos de idade. Tício foi denunciado e, no
curso do processo, confessou os fatos. O auto de corpo de delito comprovou a
conjunção carnal. O exame de insanidade mental revelou que Tício, por
doença mental, era, ao tempo do ato, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato.” A sanção penal, aplicada dois anos após os fatos, foi:
medida de segurança consistente em internação em hospital de custódia
e tratamento psiquiátrico. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).
a) pena de reclusão;
b) pena de detenção;
41. Havendo recurso apenas por parte da defesa, fica vedado ao Tribunal de
Justiça aplicar a Medida de Segurança. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Escrivão de Polícia Civil).
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara
privativa do ofendido.
§1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o
exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
§3º - A ação de iniciativa privada pode intentar- Se nos crimes de ação pública, se o
Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
§4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos
que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde
que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério
Público.
Irretratabilidade da representação
Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou
tacitamente.
Perdão do ofendido
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante
queixa, obsta ao prosseguimento da ação.
§1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de
prosseguir na ação.
15. A ação penal privada é exercida pelo ofendido, mediante QUEIXA- CRIME.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Perito Criminal - Econômicas).
23. Na hipótese de falecimento da vítima, são legítimos para iniciar ação penal
privada em seu nome o cônjuge, ascendentes, descendentes e irmãos.
(IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária).
24. Ante a inércia do Ministério Público, pode o ofendido dar início à ação
penal, por meio do oferecimento de Queixa- Crime, mesmo nos crimes que
são processados mediante ação penal pública incondicionada. (IBFC - TJ- PE -
Técnico Judiciário - Área Judiciária).
b) a decadência e a perempção.
30. Durante uma festa, após desentendimentos entre Carlos e Miro, este
proferiu xingamentos racistas contra aquele, o que levou Carlos a empurrar seu
agressor, que caiu em uma mesa de vidro. Com o forte impacto, a mesa se
despedaçou completamente e seus cacos causaram cortes profundos por todo
o corpo de Miro. Os convidados ligaram para a polícia e para o corpo de
bombeiros: Carlos foi preso em flagrante e Miro foi encaminhado ao hospital,
onde ficou internado por cinco dias, com risco de morte; passou por
procedimentos cirúrgicos e, posteriormente, teve de ficar afastado de sua
atividade laboral por trinta e dois dias. O Ministério Público denunciou Carlos
por lesão corporal de natureza grave. Nessa situação hipotética, o crime
praticado por Carlos é de: ação penal pública condicionada à
representação. (CESPE - MPE- PI - Analista Ministerial - Área Processual).
31. Acácio, no dia 19 de fevereiro de 2018 (segunda- Feira), foi vítima do crime
de difamação. O ofensor foi seu vizinho Firmino. Trata- Se de crime de ação
privada, cujo prazo decadencial (penal) para o oferecimento da petição inicial é
de 6 meses a contar do conhecimento da autoria do crime. Sobre a contagem
do prazo, qual seria o último dia para o oferecimento da queixa- Crime? 17 de
agosto de 2018 (sexta- Feira). (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia
Civil).
32. Lauro foi denunciado pela prática do crime de lesão corporal leve praticada
no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher (art. 129, § 9º, CP
– pena: 3 meses a 3 anos de reclusão). Antes do recebimento da denúncia,
veio a ser denunciado em outra ação penal, dessa vez pelo crime de ameaça,
também praticado no contexto da Lei nº 11.340/06, após a vítima ter
comparecido à Delegacia, narrado o ato e afirmado que desejava ver Lauro
processado, nos termos exigidos pelo Código Penal para responsabilização
criminal, pleiteando medidas de urgência. Após o oferecimento das denúncias,
mas antes do recebimento, a companheira de Lauro, Joana, suposta vítima,
comparece ao cartório do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher, informando não mais ter interesse em ver Lauro responsabilizado
criminalmente pelos fatos. Diante da informação de Joana, o servidor poderá
esclarecer que a vontade da vítima: poderá justificar retratação da
representação em relação ao crime de ameaça, observadas as exigências
legais em audiência especial, mas não do crime de lesão corporal. (FGV -
TJ- SC - Analista Jurídico).
34. Cinco meses após ser vítima de crime de calúnia majorada, Juliana, 65
anos, apresentou queixa em desfavor de Tereza, suposta autora do fato,
perante Vara Criminal, que era o juízo competente. Recebida a queixa, no
curso da ação, Juliana, solteira, veio a falecer, deixando como único familiar
sua filha Maria, de 30 anos de idade, já que não tinha irmãos e seus pais eram
previamente falecidos. Após a juntada da certidão de óbito, o serventuário
certificou tal fato na ação penal. Diante da certidão e da natureza da ação, é
correto afirmar que: deverá ser reconhecida a perempção caso Maria não
compareça em juízo no prazo legal para dar prosseguimento à ação penal.
(FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).
1. A ação penal pode ser pública ou privada. Enquanto neste a vítima ou seu
representante legal propõe a queixa- Crime, naquele o MP oferece a denúncia.
Extinção da Punibilidade
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada;
Perdão judicial
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos
de reincidência.
01. No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as causas extintivas da
punibilidade, trata- Se de rol exemplificativo, já que são admitidas pela
legislação causas ali não contidas, como, por exemplo, o cumprimento da
suspensão condicional do processo. (VUNESP - PC- SP - Delegado de
Polícia).
02. No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as causas extintivas da
punibilidade, trata- Se de ROL EXEMPLIFICATIVO, já que ADMITE
exceção. (VUNESP - PC- SP - Delegado de Polícia).
a) morte do agente;
c) perdão judicial;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso;
40. O perdão judicial DEPENDE de lei, pois é realizado por meio DO PODER
JUDICIÁRIO. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).
41. A concessão do perdão judicial nos casos previstos em lei é causa extintiva
da punibilidade do crime, não subsistindo qualquer efeito condenatório,
INCLUSIVE para fins de reincidência. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).
44. A sentença que aplica perdão judicial não será considerada para efeitos
de reincidência, em que pese haja reconhecimento da prova da materialidade
e da autoria. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).
52. A punibilidade de VÁRIOS CRIMES pode ser extinta por meio de graça e
indulto. (CESPE - PC- GO - Delegado de Polícia).
Questão original: Uma lei de anistia pode ser revogada por lei
posterior, diante de mudança de opinião do Congresso Nacional a
respeito da extinção de punibilidade concedida.
61. Graça e indulto podem ser concedidos NÃO SOMENTE pelo presidente da
República, uma vez que tais prerrogativas são SUSCETÍVEIS de delegação.
(CESPE - PC- GO - Delegado de Polícia).
Questão original: Graça e indulto somente podem ser concedidos pelo
presidente da República, uma vez que tais prerrogativas são
insuscetíveis de delegação.
64. O indulto NÃO DEPENDE de lei ordinária para sua concessão. (FUNCAB -
PC- PA - Delegado de Polícia).
Questão original: O indulto depende de lei ordinária para
sua concessão.
67. Embora, em rigor, o indulto só devesse ser dado – como causa, que é, de
extinção de punibilidade – depois do trânsito em julgado da sentença
condenatória, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal inclina- Se pelo
cabimento da concessão do indulto antes de a sentença condenatória transitar
em julgado, desde que não mais caiba recurso de apelação. (TRF - 4ª
REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal).
68. O indulto gera a extinção dos efeitos penais primários, mas não os
secundários, permanecendo íntegros, também, os efeitos civis da
condenação. (FGV - TJ- AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).
69. O indulto extingue a pena, MAS NÃO seus efeitos secundários (penais e
extrapenais). (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
Questão original: O indulto extingue a pena e seus efeitos secundários
(penais e extrapenais).
75. Adriana foi condenada por furto qualificado, em regime inicial aberto,
substituída por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação
pecuniária e prestação de serviços à comunidade, além de multa. Neste caso,
a respeito do direito ao indulto com base no Decreto n° 8.615/2015: (FCC -
DPE- PR - Defensor Público).
75.2. Adriana terá direito a indulto caso tenha ficado determinado tempo em
prisão provisória, até 25/12/2015, decorrente da ação penal que originou a
condenação.
75.3. NÃO HÁ vedação expressa quanto ao indulto aos sentenciados que
cumprem penas substitutivas.
76. A fração de pena a ser cumprida como requisito objetivo para o indulto
NÃO INCLUI a pena de multa aplicada cumulativamente à pena privativa de
liberdade. (FCC - DPE- SP - Defensor Público).
2. São as causas extintivas da punibilidade previstas no art. 107 do CP: pela morte
do agente; pela anistia, graça ou indulto; pela retroatividade de lei que não mais
considera o fato como criminoso; pela prescrição, decadência ou perempção; pela
renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
7. SÚMULA 535, STJ – “A prática de falta grave não interrompe o prazo para
fim de comutação de pena ou indulto”.
3.15. PRESCRIÇÃO
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
Prescrição da multa
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
VI - pela reincidência.
04. Sobre a prescrição, é correto afirmar que o crime de tráfico de drogas por
ser equiparado a hediondo é PRESCRITÍVEL. (FCC - DPE- AM - Defensor
Público).
18. O prazo de prescrição é reduzido pela metade quando o agente for maior
de setenta anos na data da sentença. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências
Jurídicas).
20. A prescrição tem seu prazo reduzido DE METADE quando o criminoso era
menor de 21 anos na data do fato. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito
Federal - Procurador Legislativo).
Questão original: A prescrição tem seu prazo reduzido em um terço
quando o criminoso era menor de 21 anos na data do fato.
37. Não retroage a lei penal que alterou o prazo prescricional de dois anos
para três anos dos crimes punidos com pena máxima inferior a um ano.
(CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).
38. A chamada prescrição retroativa não pode ter por termo inicial data anterior
à DENÚNCIA OU QUEIXA. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).
1º - início da pena;
3º - pela reincidência.
2º - a pronúncia;
a) Pela pronúncia;
103. Caso o tribunal do júri venha a desclassificar o crime para outro que não
seja de sua competência, AINDA SIM a pronúncia DEVERÁ ser considerada
como causa interruptiva da prescrição. (CESPE - PC- CE - Delegado de
Polícia). SÚMULA 191, STJ
115. Não se se considera como marco para fins de cálculo da prescrição pela
pena em concreto o indeferimento na origem do recurso extraordinário, porque
inadmissível, sendo considerado como marco a DATA DE ESCOAMENTO DO
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMISSÍVEL. (MPE- MS -
MPE- MS - Promotor de Justiça).
150. Júnior, maior e capaz, foi processado e julgado pelo crime de estelionato.
Tendo verificado que Júnior tinha sido condenado pelo mesmo crime havia dois
anos, o juiz aumentou a pena em um terço. Nessa situação, o aumento da
pena INFLUIRÁ no prazo da prescrição da pretensão punitiva. (CESPE -
Polícia Federal - Delegado de Polícia).
151. A, com 19 anos, pratica o crime de peculato (CP, art. 312, caput – pena:
de 2 a 12 anos de reclusão, e multa), na forma tentada (CP, art. 14, inciso II,
parágrafo único – diminuição de pena: de um a dois terços): a prescrição da
pretensão punitiva pela pena em abstrato ocorre em 6 (SEIS) ANOS. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
Questão original: A, com 19 anos, pratica o crime de peculato (CP, art.
312, caput – pena: de 2 a 12 anos de reclusão, e multa), na forma
tentada (CP, art. 14, inciso II, parágrafo único – diminuição de pena: de
um a dois terços): a prescrição da pretensão punitiva pela pena em
abstrato ocorre em 8 (oito) anos.
152. João foi condenado por furto simples (CP, art. 155, caput) em sentença já
transitada em julgado para a acusação. Na primeira fase de dosimetria, a pena
foi fixada no mínimo legal. Reconhecidas circunstâncias agravantes, a pena foi
majorada em 1/2 (metade). Por fim, em razão da continuidade delitiva, a pena
foi novamente aumentada em 1/2 (metade). A prescrição da pretensão
executória dar- Se-á em: 4 (quatro) anos. (VUNESP - TJ- RS - Juiz de Direito).
153. O réu foi denunciado por furto simples. Após a citação por edital, o
processo foi suspenso, com fulcro no art. 366 do CPP. Sabendo que o furto
possui pena de 01 (um) a 04 (quatro) anos, e que o prazo prescricional previsto
para pena mínima é de 04 (quatro) anos, enquanto para a máxima é de 08
(oito) anos, o prazo prescricional ficará suspenso por 8 (oito) anos. (FCC -
DPE- SP - Defensor Público).
155. “Tício foi condenado a cinco anos de reclusão, em regime inicial semi-
Aberto, e a 50 dias- Multa, fixado o dia- Multa no valor mínimo legal, pela
prática de crime de falsificação de documento público. A sentença
condenatória, na qual foi reconhecida a reincidência de Tício, transitou em
julgado.” Segundo o Código Penal, para o reconhecimento da extinção da
punibilidade, o prazo prescricional da pretensão executória da pena é de: 16
anos. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
156. Jorge foi condenado a treze anos de reclusão, cujo prazo prescricional
para execução da pena é de vinte anos. Após cumprir seis anos de pena, ele
fugiu. Nessa situação, o prazo prescricional da execução da pena de Jorge
deverá ser contado com base nos anos que faltavam ser cumpridos. (CESPE
- STJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa).
157. Ana Luci, em virtude da prática de lesão corporal leve (cuja pena
abstratamente cominada é de detenção de três meses a um ano) ocorrida em
02/10/2009, foi absolvida impropriamente. Em 09/10/2012, foi- Lhe aplicada
medida de segurança consistente em tratamento ambulatorial, pelo prazo
mínimo de três anos. O trânsito em julgado da sentença para o Ministério
Público ocorreu em 29/10/2012. Até o presente momento, Ana Luci não foi
localizada para iniciar o tratamento ambulatorial e o Juízo da execução, até o
presente momento, decidiu apenas pela realização de diligências para sua
localização. Também não há notícias de que Ana Luci tenha se envolvido em
nova infração penal. Considerando o caso concreto, bem como o
posicionamento dos tribunais superiores sobre a prescrição das medidas de
segurança, a prescrição da pretensão executória: foi alcançada em
29/10/2016. (FCC - DPE- PR - Defensor Público).
159. Guilherme, à época com 19 anos de idade, foi denunciado como incurso
no delito de receptação simples (pena de 1 a 4 anos de reclusão) porque, no
dia 30 de setembro de 2010, teria adquirido e estaria conduzindo um veículo,
sabendo se tratar de produto de crime. Recebida a denúncia em 15 de
novembro de 2010, foi determinada a citação do réu. Não tendo o réu sido
localizado e nem constituído advogado, o Juiz proferiu decisão, em 15 de
março de 2011, determinando a suspensão do processo e do prazo
prescricional. Em 10 de julho de 2017, Guilherme foi preso novamente e foi
citado por este feito, tendo sido revogada a suspensão do processo. Realizada
audiência, foi proferida sentença, publicada em 14 de abril de 2019,
condenando Guilherme nos termos da denúncia à pena mínima cominada ao
delito. A sentença transitou em julgado para a acusação, tendo o réu interposto
recurso. De acordo com o posicionamento sumulado do Superior Tribunal de
Justiça, a prescrição da pretensão punitiva retroativa ocorreu em: 15 de
novembro de 2016. (FCC - DPE- SP - Defensor Público).
161. Moisés respondeu processo por crime de corrupção ativa cometido no dia
30 de Setembro de 2010, quando tinha 66 anos de idade. A denúncia oferecida
pelo Ministério Público em 16 de Outubro de 2014 é recebida pelo Magistrado
competente no dia 18 de Outubro do mesmo ano de 2014. O processo tramita
regularmente e Moisés é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em
regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 10 dias- Multa por sentença
proferida em 25 de Abril de 2016 e publicada no dia 27 do mesmo mês e ano.
Não houve interposição de recurso pelas partes e é certificado o trânsito em
julgado. No caso hipotético apresentado, a prescrição da pretensão punitiva
estatal regula- Se pela pena aplicada ao réu Moisés e verifica- Se em: 02 anos
e o réu deverá cumprir integralmente a sua pena, não sendo o caso de
extinção da sua punibilidade. (FCC - TRE- SP - Analista Judiciário - Área
Administrativa).
162. Um indivíduo de dezenove anos de idade, livre, consciente e capaz,
dirigiu- Se a uma joalheria com a intenção de praticar furto. Na loja, passou- Se
por cliente e pediu a uma vendedora para ver algumas peças. Enquanto via as
joias, aproveitando- Se de um descuido da vendedora, o indivíduo colocou um
colar de ouro em seu bolso e, em seguida, saiu da loja, sem nada ter
comprado. Trinta minutos depois, ele retornou à loja e devolveu a joia,
incentivado por sua mãe. Apesar disso, o gerente, representando a joalheria,
decidiu registrar boletim de ocorrência sobre o fato em uma delegacia de
polícia, e o homem foi indiciado por furto simples. Após o término do inquérito
policial, o Ministério Público denunciou o acusado por furto simples. A denúncia
foi recebida pelo juízo competente quatro anos e seis meses depois da prática
do delito, com a determinação da citação do acusado. Nesse caso, é possível o
reconhecimento de: prescrição da pretensão punitiva. (CESPE - TRE- BA -
Analista Judiciário - Área Judiciária).
164. Um empresário foi denunciado em 2008 como incurso no crime do art. 2.º,
inciso I, da Lei n. 8.137/1990 (Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária) por
declaração falsa feita à Receita Federal em 1999. A pena máxima cominada
em abstrato para este crime é de 2 (dois) anos. O juiz de primeiro grau recebeu
a denúncia. Todavia, enquadrou os fatos narrados no tipo do art. 1.°, inciso I,
do mesmo diploma legal, cuja pena máxima é de 5 (cinco) anos e que trata da
efetiva omissão de tributos. Sobre a conduta do juiz, pode- Se afirmar que foi:
equivocada, pois deveria ter declarado extinta a punibilidade em virtude
da ocorrência de prescrição ao invés de receber a denúncia. (ESAF -
PGFN - Procurador da Fazenda Nacional).
165. Paulo, de 19 anos de idade, é abordado em uma operação da Polícia
Militar do Estado da Paraíba, na cidade de João Pessoa, deflagrada no dia 10
de dezembro de 2012. Após se recusar a submeter- Se ao teste do bafômetro
e apresentar a documentação solicitada, Paulo ofende moralmente os policiais
que trabalhavam regularmente na ocorrência e é conduzido preso ao Distrito
Policial. Posteriormente Paulo é denunciado pelo Ministério Público por crime
de desacato e a denúncia é recebida pelo Magistrado competente no dia 14 de
abril de 2013, com instauração da ação penal. Por ostentar maus antecedentes
e não fazer jus a qualquer benefício, a ação tramita regularmente até a
prolação da sentença condenatória pelo Magistrado competente no dia 15 de
maio de 2015, que aplicou ao réu Paulo a pena de 1 ano de detenção, em
regime inicial semiaberto. A sentença transitou em julgado. Após o trânsito em
julgado, o advogado de Paulo postulou ao Magistrado a extinção da
punibilidade do seu cliente com base na prescrição. Neste caso, o Magistrado:
deverá declarar extinta a punibilidade do réu pela prescrição, uma vez que
o Código Penal estabelece, neste caso, o prazo prescricional de 2 anos.
(FCC - MPE- PB - Técnico Ministerial).
166. Paulo, quando tinha 20 anos de idade, após ser abordado em uma blitz da
polícia rodoviária federal na Rodovia Presidente Dutra, no dia 1º de Junho de
2010, oferece R$ 1.000,00, em dinheiro, para o policial responsável pela
abordagem para não ser autuado por excesso de velocidade. Paulo é
conduzido ao Distrito Policial, preso em flagrante, e acaba beneficiado pela
Justiça sendo colocado em liberdade após pagamento de fiança. Encerrado o
inquérito Policial, a denúncia em desfavor de Paulo, pelo crime de corrupção
ativa, é recebida no dia 15 de Julho de 2014. O processo tramita regularmente
e Paulo é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial
aberto, por sentença publicada em 14 de Agosto de 2016. A sentença transita
em julgado. Ricardo, advogado de Paulo, postula ao Magistrado competente
para a execução da sentença o reconhecimento da prescrição. Neste caso, de
acordo com o Código Penal, a prescrição da pretensão punitiva estatal ocorre
em: 2 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em
decorrência do decurso do prazo entre a data do recebimento da
denúncia e a publicação da sentença condenatória.(FCC - TRE- SP -
Analista Judiciário - Área Judiciária).
167. Pedro, que contava com 69 anos de idade na época, sócio proprietário de
uma empresa de embalagens, após ser alvo de uma diligência por agentes
fiscais de determinado Estado no dia 11 de Julho de 2013, oferece dinheiro em
espécie aos referidos funcionários públicos para não ter a empresa autuada
pelo Fisco. O fato é noticiado à Autoridade Policial, que determina a
instauração de inquérito policial. Relatado o Inquérito Policial, Pedro é
denunciado por crime de corrupção ativa. A denúncia é recebida em 30 de
Agosto do mesmo ano de 2013 e a ação penal é instaurada, com inquirição das
testemunhas arroladas pelas partes, interrogatório do réu e debates entre
Ministério Público e advogado. No dia 17 de Setembro de 2015 o processo é
sentenciado pelo Magistrado que condena Pedro a cumprir pena de 2 anos de
reclusão em regime inicial semiaberto, substituída por duas penas restritivas de
direito. A sentença transita em julgado e o advogado de Pedro apresenta
requerimento de extinção da punibilidade pela prescrição. Neste caso, o
Magistrado, atentando para a pena fixada: deverá extinguir a punibilidade do
réu pela prescrição, consumada em 2 anos entre a data do recebimento
da denúncia e a sentença. (FCC - TRE- SE - Analista Judiciário - Área
Judiciária).
171. Marco, 40 anos, foi denunciado pela prática do crime de lesão corporal
culposa praticada na direção de veículo automotor, cuja pena privativa de
liberdade prevista é de detenção de 06 meses a 02 anos. Os fatos ocorreram
em 02.02.2011, e, considerando que não houve interesse em aceitar transação
penal, composição dos danos ou suspensão condicional do processo, foi
oferecida denúncia em 27.02.2014 e recebida a inicial acusatória em
11.03.2014. Após a instrução, foi Marco condenado à pena mínima de 06
meses em sentença publicada em 29.02.2016, tendo a mesma transitado em
julgado. Considerando os fatos narrados e a atual previsão do Código Penal, é
correto afirmar que: não deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade
de Marco, pois não ocorreu prescrição. (FGV - MPE- RJ - Analista
Ministerial - Área Processual).
172. José, com 21 anos de idade, cometeu um delito de furto simples (art.
155, caput) em 26 de maio do ano de 2010. A denúncia foi oferecida em 20 de
maio de 2014 e recebida em 26 de maio de 2014. Após a instrução, em
sentença condenatória publicada em 26 de maio de 2016, José foi condenado
a uma pena de dois anos de reclusão. O Ministério Público não recorreu,
enquanto que a Defensoria Pública interpôs recurso de apelação, e, em
acórdão publicado em 26 de maio de 2019, José teve a pena reduzida para um
ano de reclusão. Nesse caso: seja em razão da pena em abstrato, seja pela
pena em concreto, não houve a ocorrência de prescrição em nenhuma
hipótese. (FUNDEP - Gestão de Concursos - DPE- MG - Defensor Público).
5. Se o réu era menor de 21 anos ao tempo do crime, ou, na data da sentença, maior
de 70 anos, o prazo prescricional será reduzido pela metade.
13. No que diz respeito à prescrição da pretensão punitiva, a prescrição não corre:
enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o
reconhecimento da existência do crime; enquanto o agente cumpre pena no exterior;
na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais
Superiores, quando inadmissíveis; enquanto não cumprido ou não rescindido o
acordo de não persecução penal. (Pacote Anticrime).
16. SÚMULA 191, STJ – “A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que
o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime”.