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Estrutura da Coleção

1. Todas as assertivas do livro estão corretas (ou porque caíram nas provas como
assertivas corretas ou porque foram corrigidas pelo autor), sendo separadas por
assunto e numeração. Ao começar um novo assunto, começa uma nova numeração,
com todos os artigos do Código Penal referentes à matéria que será estudada. Assim, o
leitor conseguirá fazer uma revisão de todas as matérias.

2.14. CRIME CONSUMADO E TENTADO

Crime consumado

Art. 14 - Diz-se o crime:


I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à


vontade do agente.

Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena


correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

2. As assertivas verdadeiras não sofreram qualquer alteração, contudo, as partes mais


importantes foram negritadas para facilitar o estudo pelo candidato.

111. A prática de crime, depois de condenação prévia transitada em julgado por contravenção
penal, não enseja reincidência. (IESES - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

3. No caso das assertivas que sofreram correção pelo autor, a questão original foi
inserida logo abaixo para o que o leitor compare a assertiva falsa (que foi cobrada em
concurso) com a assertiva correta (que foi corrigida pelo autor). Quando o autor
inseriu alguma palavra ou expressão para corrigir a assertiva, a inserção foi colocada
em CAIXA ALTA (EM VERMELHO) para facilitar a visualização do leitor sobre a correção.

22. Tendo em vista as suas especificidades, a medida de segurança NÃO PODERÁ durar
perpetuamente. (INSTITUTO AOCP - PC-ES - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: Tendo em vista as suas especificidades, a medida de segurança poderá durar
perpetuamente.

4. Quando o autor sentiu a necessidade, foi inserida uma observação para possibilitar o
aprofundamento da matéria pelo leitor sobre a questão e o assunto tratado (abaixo da
questão original), realçando, sublinhando e negritando os pontos mais importantes
para facilitar o aprendizado do leitor. Além disso, em algumas assertivas foram
inseridas a palavra “atenção” para alertar o candidato em relação ao grau de
dificuldade apresentada ou à relevância do assunto.

01. O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal — é cabível nos casos
de crimes praticados com violência ou grave ameaça, desde que a pena privativa de
liberdade aplicada não seja superior a dois anos. (CESPE - TJ-BA - Juiz de Direito).

Observação: A violência ou grave ameaça (à pessoa) não são requisitos para a


concessão do sursis penal (suspensão condicional da pena), sendo perfeitamente
possível a incidência deste benefício.

ATENÇÃO: De forma diversa, não é cabível a substituição da pena privativa de


liberdade por penas restritivas de direitos nos crimes dolosos praticados com
violência ou grave ameaça à pessoa (44, I, CP).

5. Nas questões em que há um texto no caput com várias alternativas sobre este texto,
as alternativas foram colocadas com subnumeração.

13. Com 74 anos, Jairo foi definitivamente condenado pela prática de roubo simples (art. 157,
caput, do CP). Primário e sendo-lhe inteiramente favoráveis as circunstâncias do art. 59 do CP,
foi-lhe aplicada uma pena privativa de liberdade de 04 anos de reclusão. Nesse caso,
considerando (FCC - DPE-RS - Defensor Público).

13.1. A pena aplicada é POSSÍVEL proceder-se à suspensão condicional da pena. (FCC -


DPE-RS - Defensor Público).

Questão original: A pena aplicada, é impossível proceder-se à suspensão


condicional da pena.
13.2. A natureza do crime que ensejou a condenação é POSSÍVEL proceder-se à suspensão
condicional da pena. (FCC - DPE-RS - Defensor Público).

Questão original: A natureza do crime que ensejou a condenação é impossível


proceder-se à suspensão condicional da pena.

13.3. A pena aplicada e a idade de Jairo quando da condenação, é possível suspender a


execução da pena pelo período de 04 a 06 anos. (FCC - DPE-RS - Defensor Público).

6. Quando foi constatado alternativas idênticas (em outras bancas), o autor inseriu um
sinal “►” antes da frase para mostrar ao candidato que aquela questão já foi cobrada
em mais de um concurso.

43. ► A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência. (FCC - PGE-TO - Procurador do Estado).

7. Todas as questões que cobraram algum entendimento doutrinário, jurisprudencial


ou sumulado dos Tribunais Superiores foram cuidadosamente inseridas para que o
leitor se atualizasse em relação a todos os julgados do STJ e STF, bem como no tocante
a doutrina majoritária.

104. É POSSÍVEL o concurso de pessoas nos crimes culposos. (CESPE - SERES-PE - Agente
Penitenciário - Superior).

Questão original: É absolutamente impossível o concurso de pessoas nos crimes


culposos.

DOUTRINA – Doutrina e jurisprudência admitem o concurso de pessoas nos crimes


culposos em relação à coautoria, mas nunca à participação. Assim, a participação é
refutada nos crimes culposos, bem como a participação dolosa em crime culposo ou a
participação culposa em crime doloso.

24. Segundo a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, o tempo de duração


da medida de segurança NÃO PODE ultrapassar o máximo da pena abstratamente cominada
ao delito praticado. (VUNESP - TJ-SP - Juiz de Direito). SÚMULA 527, STJ

Questão original: Segundo a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de


Justiça, o tempo de duração da medida de segurança pode ultrapassar o máximo da
pena abstratamente cominada ao delito praticado.
Observação: Nada obstante o CP tenha declarado que o tempo de medida de
segurança (internação ou tratamento ambulatorial) seja por tempo indeterminado,
tanto o STF como o STJ entende que tal medida não pode durar perpetuamente.

SÚMULA 527, STJ – "O tempo de duração da medida de segurança não deve
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado”.

JURISPRUDÊNCIA, STF – Para o Supremo, o tempo de duração da medida de


segurança não pode ultrapassar 30 anos, pois se a própria pena privativa de
liberdade tem o limite máximo de 30 anos para fins de cumprimento, as medidas de
segurança não poderiam ser diferentes (com o pacote anticrime, o fundamento desta
jurisprudência deve permanecer, alterando-se apenas o prazo para 40 anos).

8. No final de cada matéria, após a leitura de todas as assertivas, o autor inseriu o


tópico: “os aspectos mais cobrados em concursos” com base nas questões mais
cobradas pelas bancas, com o intuito de reforçar ainda mais o aprendizado e a
memorização do leitor em relação aos pontos mais relevantes para provas (por cada
matéria), englobando os aspectos legais, doutrinários, jurisprudenciais e sumulados.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O crime impossível (“tentativa impunível”) se manifesta como causa de exclusão


da tipicidade quando o agente tenta praticar um crime que é impossível de se
concretizar pela ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto.

2. Súmula 567, STJ - "Sistema de vigilância realizado por monitoramento


eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial,
por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto”.

3. Súmula 420, STF - "Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível a sua consumação”.

9. Finalmente, o autor inseriu todas as mudanças promovidas pela Lei 13.964/2019


(Pacote Anticrime), propiciando ao leitor uma atualização completa referente a
estrutura legislativa prevista na parte geral do direito penal.

Limite das penas

Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser
superior a 40 (quarenta) anos. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote Anticrime).
NOTA DO AUTOR

Com honra e alegria recebi o convite do prezado professor Leonardo


Garcia, coordenador da Coleção Assertivas para Concursos Públicos, para
escrever esta obra referente ao conteúdo de Direito Penal, que é e sempre
será uma grande paixão.

O presente trabalho tem a finalidade de proporcionar aos candidatos a


concursos públicos uma compreensão direta, facilitada e diferenciada sobre os
assuntos de Direito Penal recorrentes nas mais variadas questões de
concursos públicos do país.

Busquei manter em todos os temas uma linguagem objetiva e clara, mas


sem me distanciar da profundidade que a disciplina exige. Em cada assertiva
transcrita, dediquei meu empenho para transmitir ao aluno o conhecimento que
ele necessita para responder às questões de Direito Penal exigidas nas mais
diversas provas.

Os comentários em cada assertiva e a abordagem como um todo


permite ao aluno compreender as peculiaridades cobradas em provas, e ao
mesmo tempo, revisar toda a matéria e conhecer melhor as bancas, sendo
assim uma importante ferramenta para os estudos.

Espero ter cumprido minha missão nesta obra. Bons estudos. Deus
abençoe!

Davi Dunck
Professor e Advogado
Instagram: @penal.aulas
Telegram: penalaulas
PREFÁCIO

É com honra e satisfação que apresento o livro Assertivas de Direito


Penal em Concursos Públicos de autoria do amigo, professor e advogado Dr.
Davi Dunck.

O autor buscou incessantemente a maneira mais didática e direta para


alcançar o objetivo proposto, que é trazer ao aluno uma compreensão facilitada
sobre todos os tópicos do Direito Penal, por meio de assertivas cobradas em
concursos públicos e suas respectivas resoluções.

Davi Dunck é um penalista apaixonado que, com seu carisma e


comprometimento, tem apresentado uma nova forma de se enxergar o estudo
do Direito Penal, sob uma ótica moderna, profunda, e ao mesmo tempo,
simples e acessível.

É um privilégio apresentar este trabalho na certeza de que contribuirá


para os estudos de muitos que almejam avançar no conhecimento e na
compreensão do Direito Penal.

Registro meus agradecimentos ao amigo Davi Dunck, pela oportunidade


de participar da primeira de muitas obras que, tenho certeza, ele irá realizar.
Fiquem na paz.

Rogério Greco

Ex-Procurador de Justiça

Mestre em Ciências Penais pela UFMG

Doutor pela Universidade de Burgos (Espanha)

Pós-Doutor pela Universidade de Messina (Itália)


NÚMERO DE QUESTÕES POR ASSUNTO

(TOTAL: 2.957 QUESTÕES)

1. Teoria Geral do Direito Penal (479 questões)


2. Teoria Geral do Crime (1.532 questões)
3. Teoria Geral da Pena (946 questões)

Incidência de Questões por Assunto

Teoria Geral da Constituiçào Direitos Fundamentais


Organização do Estado Organização dos Poderes
Parte especial da CF Controle de Constitucionalidade

1. Teoria Geral do Direito Penal: 1.1. Noções Gerais (17 questões); 1.2.
Princípios no Direito Penal (140 questões); 1.3. Escolas Penais e Evolução
Doutrinária (12 questões/08 questões); 1.4. Interpretação da Lei Penal e
Analogia (07 questões/14 questões); 1.5. Lei Penal em Branco (12 questões);
1.6. Conflito Aparente de Leis Penais (21 questões); 1.7. Lei Penal no tempo
(37 questões); 1.8. Abolitio Criminis (31 questões); 1.9. Leis Penais
Temporárias ou Excepcionais (22 questões); 1.10. Tempo do Crime (29
questões); 1.11. Crime Continuado e Permanente (Lei Penal no Tempo) (25
questões); 1.12. Lugar do Crime e Lei Penal no Espaço (89 questões); 1.13.
Disposições Finais sobre a Aplicação da Lei Penal (Lei Penal no Tempo) (16
questões).

2. Teoria Geral do Crime: 2.1. Noções Introdutórias do Crime (25 questões);


2.2. Classificação dos Crimes (27 questões); 2.3. Fato Típico (41 questões);
2.4. Nexo Causal (Relação de Causalidade) (40 questões); 2.5. Teoria da
Imputação Objetiva (26 questões); 2.6. Omissão Imprópria e Omissão Própria
(35 questões/10 questões); 2.7. Teoria do Tipo Penal (07 questões); 2.8. Crime
Doloso e Culposo (27 questões/44 questões); 2.9. Crime Preterdoloso (06
questões); 2.10. Erro de Tipo (49 questões); 2.11. Discriminantes Putativas (19
questões); 2.12. Erro de Tipo Acidental (35 questões); 2.13. “Iter Criminis”
(Caminho do Crime) (25 questões); 2.14. Crime Consumado e Tentado (06
questões/67 questões); 2.15. Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz
(22 questões/17 questões); 2.16. Arrependimento Posterior (33 questões);
2.17. Crime Impossível (22 questões); 2.18. Ilicitude (Antijuricidade) (43
questões); 2.19. Estado de Necessidade (36 questões); 2.20. Legítima Defesa
(37 questões); 2.21. Estrito Cumprimento de Dever Legal e Exercício Regular
de Direito (08 questões/04 questões); 2.22. Culpabilidade (12 questões); 2.23.
Erro de Proibição (58 questões); 2.24. Exigibilidade de Conduta Diversa (26
questões); 2.25. Imputabilidade Penal (123 questões); 2.26. Concurso de
Pessoas (126 questões); 2.27. Teoria do Domínio do Fato (21 questões).

3. Teoria Geral da Pena: 3.1 Noções introdutórias da Pena (24 questões); 3.2
Aplicação da Pena (156 questões); 3.3 Penas Privativas de Liberdade (126
questões); 3.4 Penas Restritivas de Direitos (71 questões); 3.5 Pena de multa
(07 questões); 3.6 Concurso de Crimes (100 questões); 3.7 Limite das Penas
(04 questões); 3.8 Suspensão Condicional da Pena (15 questões); 3.9
Livramento Condicional (42 questões); 3.10 Efeitos da Condenação (49
questões); 3.11 Reabilitação (07 questões); 3.12 Medidas de Segurança (41
questões); 3.13 Ação Penal (47 questões); 3.14 Extinção da Punibilidade (85
questões); 3.15 Prescrição (173 questões).
SUMÁRIO

1. Teoria Geral do Direito Penal


1.1 Noções Gerais
1.2 Princípios no Direito Penal
1.3 Escolas Penais e Evolução Doutrinária
1.4 Interpretação da Lei Penal e Analogia
1.5 Lei Penal em Branco
1.6 Conflito Aparente de Leis Penais
1.7 Lei Penal no tempo
1.8 Abolitio Criminis
1.9 Leis Penais Temporárias ou Excepcionais
1.10 Tempo do Crime
1.11 Crime Continuado e Permanente (Lei Penal no Tempo)
1.12 Lugar do Crime e Lei Penal no Espaço
1.13 Disposições Finais sobre a Aplicação da Lei Penal (Lei Penal no Tempo)
2. Teoria Geral do Crime
2.1 Noções Introdutórias do Crime
2.2 Classificação dos Crimes
2.3 Fato Típico
2.4 Nexo Causal (Relação de Causalidade)
2.5 Teoria da Imputação Objetiva
2.6 Omissão Imprópria e Omissão Própria
2.7 Teoria do Tipo Penal
2.8 Crime Doloso e Culposo
2.9 Crime Preterdoloso
2.10 Erro de Tipo
2.11 Discriminantes Putativas
2.12 Erro de Tipo Acidental
2.13 “Iter Criminis” (Caminho do Crime)
2.14 Crime Consumado e Tentado
2.15 Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz
2.16 Arrependimento Posterior
2.17 Crime Impossível
2.18 Ilicitude (Antijuricidade)
2.19 Estado de Necessidade
2.20 Legítima Defesa
2.21 Estrito Cumprimento de Dever Legal e Exercício Regular de Direito
2.22 Culpabilidade
2.23 Erro de Proibição
2.24 Exigibilidade de Conduta Diversa
2.25 Imputabilidade Penal
2.26 Concurso de Pessoas
2.27 Teoria do Domínio do Fato
3. Teoria Geral da Pena
3.1 Noções Introdutórias da Pena
3.2 Aplicação da Pena
3.3 Penas Privativas de Liberdade
3.4 Penas Restritivas de Direitos
3.5 Pena de multa
3.6 Concurso de Crimes
3.7 Limite das Penas
3.8 Suspensão Condicional da Pena
3.9 Livramento Condicional
3.10 Efeitos da Condenação
3.11 Reabilitação
3.12 Medidas de Segurança
3.13 Ação Penal
3.14 Extinção da Punibilidade
3.15 Prescrição
1. TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

1.1. NOÇÕES GERAIS

1. Chama- Se “teoria do delito” à parte da ciência do direito penal que se


ocupa de explicar o que é o delito em geral, isto é, quais são as
características que deve ter qualquer delito. (IESES - TJ- CE - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

2. Sob o prisma formal, crime corresponde à concepção do direito acerca do


delito, em uma visão legislativa do fenômeno; sob o prisma material, o
conceito de crime é pré- Jurídico, ou seja, é a concepção da sociedade a
respeito do que pode e deve ser proibido. (CESPE - TJ- DFT - Técnico de
Administração).

3. Uma das principais características do Direito Penal moderno é seu caráter


fragmentário, no sentido de que representa a ultima ratio do sistema para a
proteção daqueles bens e interesses de maior importância para o indivíduo e
a sociedade à qual pertence. (FUNDATEC - DPE- SC - Analista Técnico).

4. São características das normas penais: exclusividade, imperatividade,


generalidade, abstração e impessoalidade. (CAIP- IMES - Câmara
Municipal de Atibaia - SP - Advogado).

5. Entre outras características, o Direito Penal tem natureza constitutiva e


sancionatória. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).

6. O direito penal do ato tem como característica a PUNIÇÃO DO AGENTE


PELO ATO PRATICADO (ATOS EXECUTÓRIOS E OS DE TENTATIVA).
(CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

Questão original: O direito penal do ato tem como característica a


ampliação da tipicidade do crime para atingir também os atos
preparatórios e os de tentativa.
Observação: Enquanto no direito penal do fato (ato) o agente é
punido pelo fato praticado, no direito penal do autor o agente é
punido exclusivamente por razões pessoais. Neste sentido, o direito
penal tem como característica a punição do agente em razão do fato
por ele cometido, e não por questões meramente pessoais.

7. No direito penal do autor, o delito é visto como um sintoma de um estado


do autor, mecânica ou moralmente inferior ao das pessoas consideradas
normais. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

8. A criminalização secundária tem como características a SELETIVIDADE E A


VULNERABILIDADE, uma vez que a lei penal É APLICADA SOBRE
PESSOAS CONCRETAS (PRINCIPALMENTE “CERTAS PESSOAS” EM
FACE DE SUAS FRAQUEZAS). (CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

Questão original: A criminalização secundária tem como


características a igualdade e a abstração, uma vez que a lei penal é
genérica e a todos dirigida.

Observação: Enquanto a criminalização primária diz respeito à


criação de normas penais (leis primárias materiais), a criminalização
secundária refere- Se à atuação do Estado em exercer a sua ação
punitiva sobre pessoas concretas que praticaram um ato
primariamente criminalizado.

9. Assinale a alternativa que corretamente indica uma das missões do direito


penal: aplicar a pena com o escopo de retribuir ao criminoso o mal causado e
PREVINIR A PRÁTICA DE NOVOS CRIMES. (FUNCAB - SEGEP- MA -
Agente Penitenciário- Médio).

Questão original: Assinale a alternativa que corretamente indica uma


das missões do direito penal: Aplicar a pena com o escopo único de
retribuir ao criminoso o mal causado, pois a pena é intrinsecamente
justa.
10. Assinale a alternativa que corretamente indica uma das missões do direito
penal: servir como instrumento de garantias para o criminoso. (FUNCAB -
SEGEP- MA - Agente Penitenciário - Médio).

11. Pode- Se afirmar, no tocante aos objetivos e às missões do Direito Penal,


que a opinião majoritária considera que a missão do Direito Penal é a de
proteger bens jurídicos de possíveis lesões ou perigos, sendo que tais bens
devem ser aqueles que permitem assegurar as condições de existência da
sociedade, a fim de garantir os aspectos principais e indispensáveis da vida em
comunidade. (FUNDATEC - DPE- SC - Analista Técnico).

12. “Ciência ou a arte de selecionar os bens (ou direitos), que devem ser
tutelados jurídica e penalmente, e escolher os caminhos para efetivar tal
tutela, o que iniludivelmente implica a crítica dos valores e caminhos já eleitos.”
(ZAFFARONI, E. R.; PIERANGELI, J. H. Manual de Direito Penal Brasileiro. 12.
ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2018. p. 128). A descrição
apresentada acima se refere a um: conceito de teoria do delito. (UEG - PC-
GO - Delegado de Polícia).

13. Foi Welzel quem tentou atribuir uma dupla missão ao Direito Penal, pois,
sem negar a missão de proteção de bens jurídicos, acrescentou- Lhe a missão
de proteção dos valores elementares da consciência, de caráter ético-
Social. O que não é admitido pela maioria da doutrina, já que o Direito Penal
não deve se ocupar de exercer um controle moral sobre as pessoas.
(FUNDATEC - DPE- SC - Analista Técnico).

14. A Política Criminal é a sabedoria legislativa do Estado na luta contra as


infrações penais tendo em conta a transformação da realidade social e
humana. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: Em síntese, a política criminal nada mais é do que a


crítica ao direito penal em atenção às transformações sociais que se
sucedem ao longo do tempo, apresentando estratégias, propostas e
meios para o controle social da criminalidade e, por consequência,
provocando alterações no Direito Penal, ajustando- O a realidade
social na busca do ideal de justiça.

15. O Estado é a única fonte de produção do direito penal, já que compete


privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria penal,
ressaltando que, excepcionalmente, lei estadual (ou distrital) poderá tratar
sobre questões específicas de Direito Penal, desde que permitido pela União
por meio de lei complementar. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA -
Procurador Municipal).

16. No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre


matéria penal. No entanto, EXCEPCIONALMENTE, leis estaduais podem
impor regras e sanções de natureza criminal, DESDE QUE PERMITIDO PELA
UNIÃO POR MEIO DE LEI COMPLEMENTAR SOBRE QUESTÕES
ESPECÍFICAS. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal


pode legislar sobre matéria penal. No entanto, de forma indireta e
urgente, leis estaduais podem impor regras e sanções de natureza
criminal.

Observação: A fonte material diz respeito ao órgão responsável pela


criação do direito penal, no qual, em regra, somente a União tem essa
competência (22, I, C.F). De forma excepcional, os Estados- Membros
também podem legislar sobre questões específicas de direito penal,
desde que autorizados por lei complementar (art. 22, parágrafo único,
CF).

17. Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os princípios gerais do


direito são fontes FORMAIS MEDIATAS do direito penal. (CESPE - TRE- MT -
Analista).

Questão original: Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os


princípios gerais do direito são fontes formais imediatas do direito
penal.
Observação: No Direito Penal a única fonte formal imediata é a lei,
pois somente ela pode criar crimes e cominar penas.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A principal missão do Direito Penal é a de tutelar os bens jurídicos mais


importantes para a vida em comunidade, isto é, valores e interesses que são
indispensáveis para o convívio social. Por isso, sua principal característica é seu
caráter fragmentário, visto que se manifesta como a “ultima ratio” para a proteção
dos bens de maior relevância.

1.2. PRINCÍPIOS NO DIREITO PENAL

1. Os princípios PODEM ser explícitos, ou seja, positivados no ordenamento


jurídico, OU IMPLÍCITOS, ISTO É, MESMO NÃO POSITIVADOS
(EXPRESSOS), SÃO ACEITOS PELA COMUNIDADE JURÍDICA.
(FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Os princípios só podem ser explícitos, ou seja,


positivados no ordenamento jurídico.

Observação: Existem princípios que estão positivados no ordenamento


jurídico (princípios explícitos) e outros que são frutos de construção
doutrinária e jurisprudencial e, por isso, não têm previsão legal
(princípios implícitos). Contudo, é importante destacar que, por não
estarem positivados em lei, os princípios implícitos só poderão ter
aplicação no direito penal quando forem favoráveis ao réu (exemplo:
princípio da insignificância).

2. O princípio da igualdade (ou da isonomia) ESTÁ previsto de maneira


expressa na CF/1988. (FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O princípio da igualdade (ou da isonomia) não está


previsto de maneira expressa na CF/1988.
3. O princípio do ne bis idem NÃO ESTÁ expressamente previsto na CF e
preconiza a impossibilidade de uma pessoa ser sancionada ou processada
duas vezes pelo mesmo fato, além de NÃO PROIBIR a pluralidade de sanções
de natureza administrativa sancionatórias. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz
Federal).

Questão original: O princípio do ne bis idem está expressamente


previsto na CF e preconiza a impossibilidade de uma pessoa ser
sancionada ou processada duas vezes pelo mesmo fato, além de
proibir a pluralidade de sanções de natureza administrativa
sancionatórias.

4. Legalidade ou reserva legal, anterioridade, retroatividade da lei penal


benéfica e humanidade são espécies de princípios constitucionais penais
explícitos. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

Questão original: Legalidade ou reserva legal, anterioridade,


retroatividade da lei penal benéfica, humanidade e in dubio pro reo
são espécies de princípios constitucionais penais explícitos.

5. Podemos, então, afirmar que do Estado Democrático de Direito parte o


princípio da dignidade humana, orientando toda a formação do Direito Penal.
Qualquer construção típica, cujo conteúdo contrariar e afrontar a dignidade
humana será materialmente inconstitucional, posto que atentatória ao
próprio fundamento da existência de nosso Estado. (IBEG - Prefeitura de
Guarapari - ES - Procurador Municipal).
.
6. A assertiva de que ninguém pode ser punido pelo que pensa ou pelo modo
de viver reflete o princípio da exteriorização do fato em direito penal. (MPE-
BA - MPE- BA - Promotor de Justiça)

Anterioridade da Lei

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
7. O art. 1º do Código Penal afirma que não há crime sem lei anterior que o
defina e que não há pena sem prévia cominação legal. O mencionado
dispositivo corresponde a qual princípio de direito penal? Princípio da
legalidade. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

8. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal. (UERR - SETRABES - Agente).

9. Não há crime sem lei anterior que o defina, tampouco pena sem prévia
cominação legal. (IBEG - IPREV - Procurador).

10. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP - Advogado).

11. Não há crime sem lei anterior que o defina, NEM pena sem prévia
cominação legal. (UDESC - UDESC - Assistente Administrativo).

Questão original: Não há crime sem lei anterior que o defina, mas
pode haver pena sem prévia cominação legal.

12. Não há crime sem LEI anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário Superior).

Questão original: Não há crime sem lei ou decreto anterior que o


defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

13. Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina. (UFMT - TJ- MS - Técnico
Judiciário).

Questão original: Não há crime sem lei posterior que o defina.

14. Os princípios da legalidade e anterioridade são os principais alicerces de


manutenção da segurança jurídica num Estado Democrático de Direito, pois
se tratam de obstáculos à intervenção estatal na esfera de liberdade do
indivíduo. É uma conquista de cunho político, uma proteção ao cidadão. Dessa
forma, não poderá o Estado atuar de forma absoluta ou arbitrária, tendo o seu
poder punitivo limitado ao direito positivo. (IBEG - Prefeitura de Guarapari -
ES - Procurador Municipal).

15. De acordo com a maioria da doutrina, há no princípio da legalidade


embutidos dois princípios diferentes: o da reserva legal, reservando para o
estrito campo da lei a existência do crime e sua correspondente pena e o da
anterioridade, exigindo que a lei esteja em vigor no momento da prática da
infração penal. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador
Municipal).

16. O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será


punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também
deve ser prevista previamente, ou seja, a lei PODERÁ retroagir PARA
BENEFICIAR O RÉU. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).

Questão original: O princípio da anterioridade, no direito penal, informa


que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta como
crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a
lei nunca poderá retroagir.

17. O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia


fundamental da pessoa, impedindo que alguém possa ser punido por fato que,
ao tempo do seu cometimento, não constituía delito é: reserva legal. (FCC -
SEGEP- MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual).

18. O princípio da LEGALIDADE como princípio explícito de direito criminal


serve como garantia constitucional do cidadão. (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).

Questão original: Os princípios da legalidade e da proporcionalidade


como princípios explícitos de direito criminal servem como garantias
constitucionais do cidadão.

19. O princípio da legalidade NÃO ADMITE ser afastado ante a incidência do


princípio da proteção deficiente. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).
Questão original: O princípio da legalidade admite ser afastado ante a
incidência do princípio da proteção deficiente.

Observação: Mesmo que determinada lei penal proteja menos que


deveria algum bem jurídico – punição abaixo da medida correta
(proteção deficiente de bens jurídicos) –, o princípio da legalidade
jamais poderá ser afastado.

20. Sobre o princípio da legalidade, tem como destinatários tanto o Juiz


quanto o legislador e, no processo judicial, incide não apenas na fase de
conhecimento, como também na fase de execução das penas.
(CONSUPLAN - TJ- MG - Juiz de Direito).

21. O princípio da legalidade tem como fundamento o princípio nullum


crimen, nulla poena sine praevia lege. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de
Justiça).

22. A fixação dos crimes e das respectivas penas DEPENDE de lei formal.
(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A fixação dos crimes e das respectivas penas não


depende de lei formal.

23. A criação de crimes e penas por meio de medida provisória OFENDE o


princípio da legalidade. (UERR - SETRABES - Agente).

Questão original: A criação de crimes e penas por meio de medida


provisória não ofende o princípio da legalidade.

Observação: Em obediência ao princípio da legalidade, a Lei é a


única fonte formal imediata do direito penal, isto é, somente ela pode
criar crimes e cominar penas.

24. O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei
anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. Considerando
esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue. O presidente da República, em caso
de extrema relevância e urgência, JAMAIS PODE editar medida provisória
para agravar a pena de determinado crime. (CESPE - PRF - Policial Rodoviário
Federal - Superior).

Questão original: O presidente da República, em caso de extrema


relevância e urgência, pode editar medida provisória para agravar a
pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada
ocorra somente após a aprovação da medida pelo Congresso
Nacional.

25. Sobre o princípio da legalidade, tem âmbito de aplicação mais abrangente


do que indica o teor literal da fórmula em latim “Nulla poena sine lege; nulla
poena sine crimine; nullum crimen sine poena legali”, pois abrange crimes e
contravenções penais, além de penas e medidas de segurança.
(CONSUPLAN - TJ- MG - Juiz de Direito).

26. O princípio da legalidade SE APLICA às medidas de segurança, pois


APESAR de não possuírem natureza de pena, a parte geral do Código Penal
NÃO SE REFERE apenas aos crimes e contravenções penais. (IBEG -
Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador Municipal).

Questão original: O princípio da legalidade não se aplica às medidas


de segurança, pois não possuem natureza de pena e a parte geral do
Código Penal se refere apenas aos crimes e contravenções penais.

Observação: O princípio da legalidade se aplica tantos aos crimes e


contravenções penais (infrações penais), bem como as penas e
medidas de segurança (sanções penais).

27. Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como


crime deve ser feita por meio de lei em sentido material, SE EXIGINDO
TAMBÉM a lei em sentido formal. (CESPE - PC- SE - Delegado de Polícia).
Questão original: Em razão do princípio da legalidade penal, a
tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em
sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.

Observação: É importante destacar que muitos concursos adotam


frequentemente o termo “princípio da legalidade”, o que não é
tecnicamente correto, pois nele se enquadra não somente a lei (em
sentido estrito), mas quaisquer das espécies normativas previstas no
art. 59 da C.F. Por isso, a doutrina (de forma coerente) consagrou as
expressões “princípio da reserva legal” e “princípio da estrita
legalidade”, justamente porque só se admite lei em sentido formal
(obediência ao processo legislativo previsto na C.F) e material (respeito
ao conteúdo da C.F).

28. Não se admitem mais critérios absolutos na definição dos crimes, os quais
passam a ter exigências de ordem formal (somente a lei pode descrevê- Los e
cominar- Lhes uma pena correspondente) e material (o seu conteúdo deve ser
questionado à luz dos princípios constitucionais derivados do Estado
Democrático de Direito). (IBEG - Prefeitura de Guarapari - ES - Procurador
Municipal).

29. O princípio da legalidade compreende a obediência às formas e aos


procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na
elaboração de seu conteúdo normativo. (CESPE - PC- MA - Investigador de
Polícia Civil).

30. O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE é definido como a obediência às formas e


aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na
elaboração de seu conteúdo normativo. (CESPE - PC- MA - Escrivão de Polícia
Civil).

Questão original: A imputabilidade é definida como a obediência às


formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e,
principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.
31. Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada
livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". Para um fato
cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei fere o
princípio da legalidade. (FCC - TCM- RJ - Auditor).

32. Sobre o princípio da legalidade, tem como consectários a PERMISSÃO de


analogia em Direito Penal, de irretroatividade da lei penal gravosa, de utilização
dos costumes para fundamentar ou agravar a pena e de criação de leis penais
DETERMINADAS ou PRECISAS. (CONSUPLAN - TJ- MG - Juiz de Direito).

Questão original: Sobre o princípio da legalidade, tem como


consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de
irretroatividade da lei penal gravosa, de utilização dos costumes para
fundamentar ou agravar a pena e de criação de leis penais
indeterminadas ou imprecisas.

Observação: O princípio da legalidade possui quatro funções


fundamentais:

1º - A proibição de criação de crimes e penas pelos costumes (principio


da reserva legal - A lei penal deve ser escrita).

2º - A proibição da retroatividade da lei penal gravosa (princípio da


anterioridade ou da irretroatividade da lei Penal - A lei penal deve ser
anterior).

3º - A proibição de incriminações vagas e indeterminadas (princípio da


taxatividade - A lei penal deve ser clara e precisa).

4º - A proibição do emprego de analogia para criar crimes, fundamentar


ou agravar penas (proibição da analogia in mallam partem - A lei penal
deve ser estrita).

33. O princípio da legalidade pode ser desdobrado em três: princípio da reserva


legal, princípio da taxatividade e princípio da IRRETROATIVIDADE como
regra, a fim de garantir justiça na aplicação de qualquer norma. (CESPE - PC-
GO - Agente de Polícia).

Questão original: O princípio da legalidade pode ser desdobrado em


três: princípio da reserva legal, princípio da taxatividade e princípio da
retroatividade como regra, a fim de garantir justiça na aplicação de
qualquer norma.

34. Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e


penas SOMENTE POR LEI (ESCRITA). (VUNESP - PC- BA - Investigador de
Polícia Civil).

Questão original: Uma das funções do princípio da legalidade é


permitir a criação de crimes e penas pelos usos e costumes.

35. Em razão do princípio da legalidade, a analogia PODE ser usada em


matéria penal PARA BENEFICIAR O RÉU. (CESPE - PC- GO - Agente de
Polícia).

Questão original: Em razão do princípio da legalidade, a analogia não


pode ser usada em matéria penal.

36. Dado o princípio da legalidade estrita, é PERMITIDO o uso de analogia em


direito penal SOMENTE QUANDO BENEFICIA O RÉU. (CESPE - TRE- MT -
Analista).

Questão original: Dado o princípio da legalidade estrita, é proibido o


uso de analogia em direito penal.

37. A analogia, uma das fontes do direito, é ADMITIDA SOMENTE PARA


BENEFICIAR O RÉU no direito penal, em razão do princípio da legalidade.
(VUNESP - Prefeitura de Caieiras - SP - Procurador).

Questão original: A analogia, uma das fontes do direito, é vetada, no


direito penal, em razão do princípio da legalidade.
38. O princípio da legalidade, do qual decorre a reserva legal, veda o uso dos
costumes e da analogia para criar tipos penais incriminadores ou agravar as
infrações existentes, embora permita a interpretação analógica da norma
penal. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

39. O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, e a


criação de crimes e penas pelos costumes. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de
Freitas - BA - Procurador Municipal).

40. Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma


vez que não se pode violar o princípio da reserva legal (IBEG - Prefeitura de
Teixeira de Freitas - BA - Procurador Municipal).

41. O direito penal não admite analogias incriminadoras. Essa afirmativa é uma
decorrência do princípio da: legalidade. (FUNCAB - SEGEP- MA - Agente
Penitenciário - Médio).

42. O princípio da legalidade VEDA o uso da analogia in malam partem, pois


NÃO SE ADMITE o emprego de analogia para normas incriminadoras,
MESMO que haja lacunas na lei em questão e disposição legal relativa a um
caso semelhante. (IBEG - Prefeitura de Guarapari - ES - Procurador Municipal).

Questão original: O princípio da legalidade não veda o uso da


analogia in malam partem, pois se admite o emprego de analogia para
normas incriminadoras, desde que haja lacunas na lei em questão e
disposição legal relativa a um caso semelhante.

43. A utilização da analogia pelo juiz para criar tipos penais e responsabilizar
criminalmente acusados reincidentes FERE o princípio da legalidade, tendo em
vista a norma inscrita no art. 1º do Código Penal. (FAURGS - TJ- RS -
Assessor Jurídico).

Questão original: A utilização da analogia pelo juiz para criar tipos


penais e responsabilizar criminalmente acusados reincidentes não fere
o princípio da legalidade, tendo em vista a norma inscrita no art. 1º do
Código Penal.

44. A regra é a proibição do emprego da analogia no âmbito penal, por força do


princípio da reserva legal, todavia a doutrina é remansosa em admitir esse
recurso quando se apresentar in bonam partem. (FUNIVERSA - SAPeJUS -
GO - Agente de Segurança Prisional).

45. O princípio da legalidade NÃO AFASTA a aplicação da interpretação


extensiva, mas permite a aplicação da analogia APENAS NOS CASOS QUE
BENEFICIE O RÉU. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O princípio da legalidade afasta a aplicação da


interpretação extensiva, mas permite a aplicação da analogia de forma
ampla e irrestrita.

46. Embora o princípio da legalidade proíba o juiz de criar figura típica não
prevista na lei, por analogia ou interpretação extensiva, o julgador NÃO PODE,
para benefício do réu, combinar dispositivos de uma mesma lei penal para
encontrar pena mais proporcional ao caso concreto. (CESPE - TRF - 5ª
REGIÃO - Juiz Federal).

Questão original: Embora o princípio da legalidade proíba o juiz de


criar figura típica não prevista na lei, por analogia ou interpretação
extensiva, o julgador pode, para benefício do réu, combinar dispositivos
de uma mesma lei penal para encontrar pena mais proporcional ao
caso concreto.

JURISPRUDÊNCIA, STF – O STF acolheu a teoria da ponderação


unitária ou global, isto é, as disposições da lei devem ser aplicadas em
sua totalidade e, portanto, é inadmissível a combinação de leis
penais, em obediência aos princípios da reserva legal e da separação
dos Poderes do Estado, sob o fundamento de ser proibido ao Poder
Judiciário a criação de uma terceira pena.

SÚMULA 501, STJ – “É cabível a aplicação retroativa da Lei n.


11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da
aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis”.

47. O uso da norma penal em branco heterogênea NÃO CONSTITUI situação


de violação ao princípio da legalidade. (FAURGS - TJ- RS - Assessor Jurídico).

Questão original: O uso da norma penal em branco heterogênea


constitui situação de violação ao princípio da legalidade.

48. ► A incriminação do agente em virtude de prática de delito de


acumulação constitui violação ao princípio da legalidade. (CESPE - PC- PE -
Agente de Polícia).

Observação: Os crimes de acumulação são aqueles em que


praticados de forma isolada, se revelam como incapazes de agredir o
bem jurídico protegido pela lei penal e, por isso, a sua incriminação
viola o princípio da legalidade. Com efeito, somente quando sobrevém
a repetição delas, isto é, o acúmulo de várias condutas, é que se
pode falar em crime, pois neste caso há lesão ou perigo de lesão ao
bem jurídico. Como exemplo, o sujeito que joga lixo apenas uma vez e
em pequena quantidade às margens de um riacho não pratica o crime
de poluição, sobretudo, se tal conduta for repetida (acumulada), incidirá
o crime previsto no art. 54 da Lei 9.605/1998 (Lei dos Crimes
Ambientais).

49. A infração bagatelar própria está ligada ao desvalor do resultado e (ou) da


conduta e é causa de exclusão da tipicidade material do fato; já a imprópria
exige o desvalor ínfimo da culpabilidade em concurso necessário com
requisitos post factum que levam à desnecessidade da pena no caso
concreto. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal).

50. O afastamento da tipicidade, quando verificada lesão penalmente


irrelevante decorrente de conduta formalmente incriminada, dá- Se por:
princípio da insignificância. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).
51. O princípio da insignificância ou da bagatela exclui a tipicidade material.
(UFMT - DPE- MT - Defensor Público).

52. O chamado princípio da insignificância exclui a TIPICIDADE MATERIAL da


conduta. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: O chamado princípio da insignificância exclui a


tipicidade formal da conduta.

53. O princípio da insignificância refere- Se à TIPICIDADE PENAL, impondo


SEMPRE A EXCLUSÃO DA TIPICIDADE MATERIAL. (FAURGS - TJ- RS -
Assessor Jurídico).

Questão original: O princípio da insignificância refere- Se à aplicação


da pena, impondo, em alguns casos, o reconhecimento de causa de
diminuição de pena.

54. Depreende- Se da aplicação do princípio da insignificância a determinado


caso que a conduta em questão é FORMALMENTE TÍPICA e materialmente
atípica. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: Depreende- Se da aplicação do princípio da


insignificância a determinado caso que a conduta em questão é formal
e materialmente atípica.

55. Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da INSIGNIFICÂNCIA afasta


a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir que não haverá crime sem
ofensa significativa ao bem tutelado. (CESPE - TJ- DFT - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

Questão original: Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da


alteridade afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir
que não haverá crime sem ofensa significativa ao bem tutelado.

56. A aplicação do princípio da insignificância implica reconhecimento da


ATIPICIDADE MATERIAL de perturbações jurídicas mínimas ou leves, as
quais devem ser consideradas não só em seu sentido econômico, mas também
em relação ao grau de afetação à ordem social. (CESPE - Prefeitura de
Salvador - BA - Procurador Municipal).

Questão original: A aplicação do princípio da insignificância implica


reconhecimento da atipicidade formal de perturbações jurídicas
mínimas ou leves, as quais devem ser consideradas não só em seu
sentido econômico, mas também em relação ao grau de afetação à
ordem social.

57. Os princípios da adequação social e da insignificância, sugeridos pela


doutrina, servem de instrumentos de interpretação restritiva do tipo penal, que
afetam a TIPICIDADE MATERIAL do fato. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).

Questão original: Os princípios da adequação social e da


insignificância, sugeridos pela doutrina, servem de instrumentos de
interpretação restritiva do tipo penal, que afetam a tipicidade formal do
fato.

58. A insignificância, enquanto princípio se revela, conforme a visão de Roxin,


importante instrumento que objetiva, ao fim e ao cabo, restringir a aplicação
literal do tipo formal, exigindo- Se, além da contrariedade normativa, a
ocorrência efetiva de ofensa relevante ao bem jurídico tutelado. (TRF - 4ª
REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal).

59. O princípio da insignificância no direito penal dispõe que A CONDUTA


NÃO É MATERIALMENTE TÍPICA QUANDO SE REVELA INCAPAZ DE
LESIONAR OU EXPOR A PERIGO BENS JURÍDICOS PENALMENTE
TUTELADOS. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).

Questão original: O princípio da insignificância no direito penal dispõe


que nenhuma vida humana será considerada insignificante, sendo
que todas deverão ser protegidas.
60. O princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da
TIPICIDADE MATERIAL, sendo requisitos de sua aplicação para o STF a
MÍNIMA ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação,
inexpressividade da lesão jurídica E O REDUZIDÍSSIMO GRAU DE
REPROVABILIDADE DO COMPORTAMENTO. (FUMARC - PC- MG -
Delegado de Polícia). (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: O princípio da insignificância funciona como causa


de exclusão da culpabilidade, sendo requisitos de sua aplicação para
o STF a ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social
da ação e a inexpressividade da lesão jurídica.

61. No direito penal, o princípio da insignificância, segundo o entendimento do


STF, pressupõe apenas QUATRO REQUISITOS para a sua configuração:
mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social e
reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento E
INEXPRESSIVIDADE DA LESÃO JURÍDICA. (CESPE - MPE- RR - Promotor
de Justiça).

Questão original: No direito penal, o princípio da insignificância,


segundo o entendimento do STF, pressupõe apenas três requisitos
para a sua configuração: mínima ofensividade da conduta do agente,
nenhuma periculosidade social e reduzidíssimo grau de reprovabilidade
do comportamento.

JURISPRUDÊNCIA, STF – O Supremo exige a verificação de quatro


requisitos objetivos para o reconhecimento do princípio da
insignificância:
1º - Mínima ofensividade da conduta;

2º - Ausência de periculosidade social;

3º - Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;

4º - Inexpressividade da lesão jurídica provocada.


62. Conforme entendimento do STF, os QUATROS requisitos necessários para
a aplicação do princípio da insignificância são nenhuma periculosidade social
da ação, inexpressividade da lesão jurídica provocada, MÍNIMA
OFENSIVIDADE DA CONDUTA E REDUZIDÍSSIMO GRAU DE
REPROVABILIDADE DO COMPORTAMENTO. (CESPE - Prefeitura de
Salvador - BA - Procurador Municipal).

Questão original: Conforme entendimento do STF, os dois únicos


requisitos necessários para a aplicação do princípio da insignificância
são nenhuma periculosidade social da ação e inexpressividade da lesão
jurídica provocada.

63. De acordo com o entendimento do STF, a aplicação do princípio da


insignificância pressupõe a constatação de certos vetores para se
caracterizar a atipicidade material do delito. Tais vetores incluem o
reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento. (CESPE - PJC-
MT - Delegado de Polícia).

64. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que
se refere ao princípio da INSIGNIFICÂNCIA, deve- Se analisar se houve uma
mínima ofensividade ao bem jurídico tutelado, se houve periculosidade social
da ação, se há reprovabilidade relevante no comportamento do agente E SE
HOUVE EXPRESSVIDADE DA LESÃO JURÍDICA PROVOCADA. (FAPEMS
- PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito


Penal, em especial no que se refere ao princípio da adequação social,
deve- Se analisar se houve uma mínima ofensividade ao bem jurídico
tutelado, se houve periculosidade social da ação e se há
reprovabilidade relevante no comportamento do agente.

65. Na aplicação dos princípios da insignificância e da lesividade, as


condutas que produzam um grau mínimo de resultado lesivo devem ser
desconsideradas como delitos e, portanto, não ensejam a aplicação de
sanções penais aos seus agentes. (CESPE - TRT - 8ª Região PA e AP -
Analista Judiciário - Área Judiciária).

66. O princípio da insignificância deve ser analisado em correlação com os


postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do direito penal
para excluir ou afastar a própria tipicidade da conduta. (FUNIVERSA - SEAP-
DF - Agente Penitenciário - Médio)

67. Julia, primária e de bons antecedentes, verificando a facilidade de acesso a


determinados bens de uma banca de jornal, subtrai duas revistas de moda,
totalizando o valor inicial do prejuízo em R$15,00 (quinze reais). Após ser
presa em flagrante, é denunciada pela prática do crime de furto simples, vindo,
porém, a ser absolvida sumariamente em razão do princípio da insignificância.
De acordo com a situação narrada, o magistrado, ao reconhecer o princípio da
insignificância, optou por absolver Julia em razão da: atipicidade da conduta.
(FGV - TJ- AL - Técnico Judiciário - Área Judiciária).

68. Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, para si, uma mini barra
de chocolate avaliada em R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos).
Denunciado pela prática do crime de furto, o defensor público em atuação, em
sede de defesa prévia, requereu a absolvição sumária de Carlos com base no
princípio da insignificância. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais
Superiores, o princípio da insignificância: afasta a tipicidade do fato. (FGV -
DPE- RO - Analista Jurídico).

69. Um açougueiro de uma rede de supermercados subtraiu duas peças de


carne avaliadas em R$ 78,93 e ocultou- As nas vestes, mas a sua ação que foi
observada por outro empregado, que comunicou ao chefe da segurança, e
este, por sua vez, acionou a polícia. O agente foi preso em flagrante e a res
furtiva foi restituída. O agente, de cinquenta e cinco anos de idade, tinha
registro de outra ocorrência de furto praticado havia mais de cinco anos, sem
que o inquérito policial tivesse sido concluído. Nessa situação hipotética,
assinale a opção correta, de acordo com a legislação pertinente e o
entendimento dos tribunais superiores: o agente deverá ser absolvido em
razão do princípio da insignificância. (CESPE - TER- TO - Analista Judiciário
- Área Judiciária).

70. João, aproveitando- Se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu


para si uma sacola de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia
doá- Las a instituição de caridade. João foi perseguido e preso em flagrante
delito por policiais que presenciaram o ato. Instaurado e concluído o inquérito
policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia nem praticou qualquer ato
no prazo legal. Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a
seguir. O fato de a vítima ser juiz de direito NÃO DEMONSTRA maior
reprovabilidade da conduta de João, o que NÃO IMPEDE o reconhecimento do
princípio da insignificância. (CESPE - DPU - Analista Técnico - Administrativo).

Questão original: O fato de a vítima ser juiz de direito demonstra


maior reprovabilidade da conduta de João, o que impede o
reconhecimento do princípio da insignificância.

71. O princípio da insignificância não é aplicável aos crimes cometidos contra


a Administração Pública, ainda que o valor seja irrisório, porquanto a norma
penal busca tutelar não somente o patrimônio, mas também a moral
administrativa. (FAUEL - Prev São José - PR - Advogado). SÚMULA 599, STJ

72. O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a


administração pública. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros). SÚMULA 599, STJ

73. NÃO É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes


contra a administração pública, INDEPENDENTEMENTE DO VALOR DO
PREJUÍZO. (CESPE - STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA
599, STJ
Questão original: É possível a aplicação do princípio da insignificância
nos crimes contra a administração pública, desde que o prejuízo seja
em valor inferior a um salário mínimo.

SÚMULA 599, STJ – “O princípio da insignificância é inaplicável aos


crimes contra a Administração Pública”.

74. Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da insignificância é


INAPLICÁVEL ao crime de roubo. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da


insignificância é aplicável ao crime de roubo.

JURISPRUDÊNCIA, STF – De acordo com o Supremo, o princípio da


insignificância jamais pode ser aplicado ao crime de roubo, pois tal
delito atinge não só o patrimônio da vítima bem como a integridade da
vítima.

75. A posse de um único projétil de arma de fogo de uso permitido não


configura crime se o agente não possuir arma que possa ser municiada, de
acordo com o princípio da INSIGNIFICÂNCIA. (CESPE - TJ- CE - Juiz de
Direito).

Questão original: A posse de um único projétil de arma de fogo de uso


permitido não configura crime se o agente não possuir arma que possa
ser municiada, de acordo com o princípio da ofensividade.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF – Os Tribunais Superiores entendem que


a simples posse de munição (pouca quantidade) sem a respectiva arma
deve ser considerada como insignificante (fato materialmente
atípico), pois tal comportamento não é capaz de lesionar ou mesmo
ameaçar o bem jurídico penalmente tutelado, tendo em vista a ausência
do armamento capaz de deflagrar os projéteis encontrados em seu
poder.

76. Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da insignificância não se


aplica ao tráfico internacional de armas de fogo, BEM COMO em casos que se
restrinjam a cápsulas de munição. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da


insignificância não se aplica ao tráfico internacional de armas de fogo,
exceto em casos que se restrinjam a cápsulas de munição.

JURISPRUDÊNCIA, STF – Para o Supremo, o princípio da


insignificância não se aplica em nenhuma hipótese ao crime de tráfico
internacional de armas de fogo, pois se trata de crime de perigo
abstrato e lesivo à segurança pública.

77. Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da insignificância NÃO


DEVE ser adotado em casos de crime de tráfico de drogas. (CESPE - TRF - 1ª
REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da


insignificância deve ser adotado em casos de crime de tráfico de
drogas.

JURISPRUDÊNCIA, STF – Segundo o Supremo, o princípio da


insignificância não se aplica ao delito de tráfico de drogas, pois trata-
se de crime de perigo abstrato (presumido), sendo que a pequena
quantidade de droga já revela um risco social relevante (além de ser um
crime equiparado a hediondo).

78. Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da insignificância é aplicável


ainda que o agente seja reincidente ou NÃO TENHA cometido o mesmo
gênero de delito reiteradas vezes. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da


insignificância é aplicável ainda que o agente seja reincidente ou tenha
cometido o mesmo gênero de delito reiteradas vezes.

JURISPRUDÊNCIA, STF – A 2ª turma do STF já aplicou o princípio da


insignificância ao réu reincidente, sob o fundamento de que tal
princípio atua como causa de exclusão da tipicidade. Por isso, sua
incidência não pode ser impedida apenas porque o réu tem
antecedentes criminais (dados da vida pregressa do acusado).
79. A reincidênica do acusado não é motivo suficiente para afastar a aplicação
do princípio da insignificância. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

80. Um homem, maior de idade e capaz, foi preso em flagrante por ter
subtraído duas garrafas de uísque de um supermercado. A observação da
ação delituosa por meio do sistema de vídeo do estabelecimento permitiu aos
seguranças a detenção do homem no estacionamento e a recuperação do
produto furtado. O valor do produto subtraído equivalia a pouco mais de um
terço do valor do salário mínimo vigente à época. Na fase investigatória,
constatou- Se que o agente do delito possuía condenação transitada em
julgado por fato semelhante e que respondia por outras três ações penais em
curso. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: O acusado
NÃO PODERÁ ser absolvido com base no princípio da insignificância, já que o
valor dos objetos subtraídos NÃO ERA ínfimo, POUCO IMPORANTDO SE
estes foram integralmente restituídos ao supermercado. (CESPE - TJ- CE -
Juiz de Direito).

Questão original: O acusado poderá ser absolvido com base no


princípio da insignificância, já que o valor dos objetos subtraídos era
ínfimo e estes foram integralmente restituídos ao supermercado.

81. Nos delitos de acumulação, não é possível a aplicação da teoria da


bagatela em cada conduta individualmente considerada, mas apenas como
resultado da análise da somatória de condutas. (MPE- MS - MPE- MS -
Promotor de Justiça).

Observação: Os delitos de acumulação são aqueles em que


praticados de forma isolada, se revelam como incapazes de agredir o
bem jurídico protegido pela lei penal. Deste modo, somente quando
sobrevém a repetição delas, isto é, o acúmulo de várias condutas, é
que se pode falar em crime em decorrência da lesão ou perigo de lesão
ao bem jurídico. Como exemplo, o sujeito que joga lixo apenas uma vez
e em pequena quantidade às margens de um riacho não pratica o crime
de poluição, sobretudo, se tal conduta for repetida (acumulada), incidirá
o crime previsto no art. 54 da Lei 9.605/1998 (Lei dos Crimes
Ambientais). Assim, só é possível analisar a incidência da teoria da
bagatela quando sobrevém a soma das condutas, e jamais
isoladamente.

82. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que
se refere ao princípio da adequação social, apesar de uma conduta subsumir
ao modelo legal, não será considerada típica se for historicamente aceita pela
sociedade. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

83. O princípio da adequação social surgiu como uma regra de hermenêutica,


ou seja, possibilita a exclusão de condutas que, embora se ajustem
formalmente a um tipo penal — tipicidade formal —, não são mais
consideradas objeto de reprovação social e, por essa razão, se tornaram
socialmente aceitas e adequadas. (CESPE - Prefeitura de Salvador - BA -
Procurador Municipal).

84. O agente que pratica constantemente infrações penais que tenham deixado
de ser consideradas perniciosas pela sociedade poderá alegar que, em
conformidade com o princípio da adequação social, o qual NÃO TEM o condão
de revogar tipos penais incriminadores, sua conduta deverá ser considerada
adequada socialmente. (CESPE - Prefeitura de Salvador - BA - Procurador
Municipal).

Questão original: O agente que pratica constantemente infrações


penais que tenham deixado de ser consideradas perniciosas pela
sociedade poderá alegar que, em conformidade com o princípio da
adequação social, o qual tem o condão de revogar tipos penais
incriminadores, sua conduta deverá ser considerada adequada
socialmente.
Observação: Somente a lei pode revogar outra lei. Por isso, o
princípio da adequação social jamais pode revogar tipos penais, ao
contrário, tal princípio se manifesta como causa supralegal de
exclusão da tipicidade, em face da ausência da tipicidade material.

85. A conduta de vender ou expor à venda CDs ou DVDs contendo gravações


de músicas, filmes ou shows CONFIGURA crime de violação de direito autoral,
MESMO SENDO SUA prática amplamente tolerada e estimulada pela procura
dos consumidores desses produtos. (CESPE - TRT - 8ª Região PA e AP -
Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: A conduta de vender ou expor à venda CDs ou


DVDs contendo gravações de músicas, filmes ou shows não configura
crime de violação de direito autoral, por ser prática amplamente
tolerada e estimulada pela procura dos consumidores desses produtos.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF – De acordo com os Tribunais


Superiores, o princípio da adequação social não se aplica nos crimes
de violação de direito autoral (pirataria – falsificação de CDs e DVDs) e
Casa de prostituição.

SÚMULA 574, STJ – "Para a configuração do delito de violação de


direito autoral e a comprovação de sua materialidade, é suficiente a
perícia realizada por amostragem do produto apreendido, nos aspectos
externos do material, e é desnecessária a identificação dos titulares dos
direitos autorais violados ou daqueles que os representem”.

86. Por adequação social, nos termos da súmula 502, ainda que presentes a
materialidade e a autoria, nos termos da súmula 502, a conduta de expor à
venda CDs e DVDs piratas, TIPIFICA o crime em relação ao direito autoral
previsto no art. 184, § 2.º, do CP. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: Por adequação social, nos termos da súmula 502,


ainda que presentes a materialidade e a autoria, nos termos da súmula
502, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas, não tipifica o
crime em relação ao direito autoral previsto no art. 184, § 2.º, do CP.

87. Conforme entendimento do STJ, o princípio da adequação social NÃO


JUSTIFICARIA o arquivamento de inquérito policial instaurado em razão da
venda de CDs e DVDs, POIS TAL CONDUTA É CRIME. (CESPE - TJ- PB -
Juiz de Direito).

Questão original: Conforme entendimento do STJ, o princípio da


adequação social justificaria o arquivamento de inquérito policial
instaurado em razão da venda de CDs e DVDs.

88. A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs
piratas para posteriormente revendê- Los. Certo dia, enquanto expunha os
produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira,
Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o
conduziram coercitivamente até a delegacia. Com referência a essa situação
hipotética, julgue o item subsequente. O princípio da adequação social NÃO
SE APLICA à conduta de Pedro, de modo que NÃO SE REVOGA o tipo penal
incriminador em APESAR de se tratar de comportamento socialmente
aceito. (CESPE - Polícia Federal - Nível Superior).

Questão original: O princípio da adequação social se aplica à conduta


de Pedro, de modo que se revoga o tipo penal incriminador em razão
de se tratar de comportamento socialmente aceito.

89. Segundo o princípio da intervenção mínima, o direito penal somente


deverá cuidar da proteção dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida
social. (CESPE - TCE- RN - Administrador).

90. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que
se refere ao princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA, o Direito Penal deve tutelar
bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade, sem levar em
consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos. (FAPEMS - PC-
MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito


Penal, em especial no que se refere ao princípio da adequação social,
o Direito Penal deve tutelar bens jurídicos mais relevantes para a vida
em sociedade, sem levar em consideração valores exclusivamente
morais ou ideológicos.

91. Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA


reconhece que o direito penal deve abarcar APENAS OS BENS JURÍDICOS
MAIS RELEVANTES PARA A VIDA EM COLETIVIDADE. (CESPE - TJ- DFT -
Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da


alteridade reconhece que o direito penal deve abarcar o máximo de
bens possíveis para promover a paz.

92. O princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA propõe ao ordenamento jurídico


uma redução dos mecanismos punitivos do Estado ao mínimo necessário, de
modo que a intervenção penal somente se justificaria nas situações em que
fosse definitivamente indispensável à proteção do cidadão. (CESPE - Prefeitura
de Salvador - BA - Procurador Municipal).
Questão original: O princípio da insignificância propõe ao
ordenamento jurídico uma redução dos mecanismos punitivos do
Estado ao mínimo necessário, de modo que a intervenção penal
somente se justificaria nas situações em que fosse definitivamente
indispensável à proteção do cidadão.

93. O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal


significa que o DIREITO PENAL DEVE INTERVIR DE MANEIRA MÍNIMA NA
SOCIEDADE, ISTO É, SUA ATUAÇÃO SÓ SERÁ LEGÍTIMA QUANDO OS
OUTROS RAMOS JURÍDICOS SE MOSTRAREM INSUFICIENTES NA
PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).
Questão original: O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima
do direito penal significa que a pessoa só cometerá um crime se a
pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.

94. O princípio da intervenção mínima se vincula mais ao legislador


objetivando reduzir o número das normas incriminadoras, enquanto o princípio
da insignificância se dirige ao Juiz do caso concreto quando o dano ou perigo
de dano são irrisórios. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

95. Conforme o entendimento doutrinário dominante relativamente ao


princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deve ser aplicado
quando as demais esferas de controle não se revelarem eficazes para garantir
a paz social. Decorrem de tal princípio a fragmentariedade e o caráter
subsidiário do direito penal. (CESPE - TCR- PR - Auditor).

96. O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo nos


princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. (FCC - DPE- PR -
Defensor Público).

97. O princípio da intervenção mínima do Direito Penal encontra fundamento no


caráter de sua subsidiariedade e FRAGMENTARIEDADE. (FUNDEP - MPE-
MG - Promotor de Justiça).

Questão original: O princípio da intervenção mínima do Direito Penal


encontra fundamento no caráter de sua subsidiariedade e no princípio
da intranscendência.

98. O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal


quer dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta OFENDER APENAS
OS BENS JURÍDICOS MAIS IMPORTANTES PARA A VIDA EM
SOCIEDADE, ISTO É, APENAS ALGUNS ILÍCITOS (FRAGMENTOS)
PODEM SER CONSIDERADOS COMO ILÍCITOS PENAIS.

Questão original: O princípio da fragmentariedade ou o caráter


fragmentário do direito penal quer dizer que a pessoa cometerá o crime
se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descrição desse
crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal.

99. No direito penal, o princípio da fragmentariedade informa que o direito


penal é autônomo e cuida das condutas tidas por ilícitas penalmente, sendo
aplicável a lei penal SOMENTE NOS CASOS DE AGRESSÃO AOS BENS
JURÍDICOS MAIS RELEVANTES PARA A VIDA EM SOCIEDADE. (CESPE -
MPE- RR - Promotor de Justiça).

Questão original: No direito penal, o princípio da fragmentariedade


informa que o direito penal é autônomo e cuida das condutas tidas por
ilícitas penalmente, sendo aplicável a lei penal independentemente da
solução do problema por outros ramos do direito.

100. Em consequência da fragmentaridade do direito penal, ainda que haja


outras formas de sanção ou outros meios de controle social para a tutela de
determinado bem jurídico, a criminalização, pelo direito penal, de condutas que
invistam contra esse bem será INADEQUADA E IRRECOMENDÁVEL.
(CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo).

Questão original: Em consequência da fragmentaridade do direito


penal, ainda que haja outras formas de sanção ou outros meios de
controle social para a tutela de determinado bem jurídico, a
criminalização, pelo direito penal, de condutas que invistam contra esse
bem será adequada e recomendável.

101. Da Constituição Federal de 1988 pode- Se extrair a garantia à sociedade


pela aplicação do princípio da FRAGMENTARIEDADE, consistente na
proteção dos bens jurídicos MAIS RELEVANTES PARA A VIDA EM
SOCIEDADE e proteção dos interesses jurídicos. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de
Direito).

Questão original: Da Constituição Federal de 1988 pode- Se extrair a


garantia à sociedade pela aplicação do princípio da não
fragmentariedade, consistente na proteção de todos os bens jurídicos
e proteção dos interesses jurídicos.

102. O princípio da fragmentariedade relativiza A FUNÇÃO DE PROTEÇÃO


DE BENS JURÍDICOS PROTEGIDOS PELA LEI PENAL. (MPE- MS - MPE-
MS - Promotor de Justiça).

Questão original: O princípio da fragmentariedade relativiza o


concurso entre causas de aumento e diminuição de penas.

103. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no


que se refere ao princípio da SUBSIDIARIEDADE, só se deve recorrer ao
Direito Penal se outros ramos do direito não forem suficientes. (FAPEMS - PC-
MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito


Penal, em especial no que se refere ao princípio da adequação social,
o Direito Penal deve tutelar bens jurídicos mais relevantes para a vida
em sociedade, sem levar em consideração valores exclusivamente
morais ou ideológicos.

104. Conforme o princípio da culpabilidade, a responsabilidade penal é


subjetiva, pelo que nenhum resultado penalmente relevante pode ser atribuído
a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa, elementos finalisticamente
localizados no FATO TÍPICO. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: Conforme o princípio da culpabilidade, a


responsabilidade penal é subjetiva, pelo que nenhum resultado
penalmente relevante pode ser atribuído a quem não o tenha produzido
por dolo ou culpa, elementos finalisticamente localizados na
culpabilidade. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

105. Do princípio da culpabilidade procede a responsabilidade penal subjetiva,


que inclui, como pressuposto da pena, a valoração distinta do resultado no
delito culposo ou doloso, proporcional à gravidade do desvalor representado
pelo dolo ou culpa que integra o FATO TÍPICO. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO -
Juiz Federal).

Questão original: Do princípio da culpabilidade procede a


responsabilidade penal subjetiva, que inclui, como pressuposto da
pena, a valoração distinta do resultado no delito culposo ou doloso,
proporcional à gravidade do desvalor representado pelo dolo ou culpa
que integra a culpabilidade.

106. O princípio da coculpabilidade reconhece que o Estado também é


responsável pelo cometimento de determinados delitos em razão das
desigualdades sociais e econômicas. Tal circunstância pode ser
considerada na dosimetria da pena, uma vez que o Código Penal prevê, no art.
66, uma atenuante inominada. (FAURGS - TJ- RS - Assessor Jurídico).

107. Pelo princípio da confiança, todo aquele que se conduz com observância
ao dever de cuidado objetivo exigido, pode esperar que os demais co-
Participantes de idêntica atividade procedam do mesmo modo. (FUNDEP -
MPE- MG - Promotor de Justiça).

108. Em decorrência do princípio da confiança, TODO INDIVÍDUO QUE AGE


EM OBEDIÊNCIA AS REGRAS À VIDA EM SOCIEDADE, PODE CONFIAR
QUE AS DEMAIS PESSOAS TAMBÉM AGIRÃO DE IGUAL FORMA,
EXCLUINDO, ASSIM, A SUA RESPONSABILIDADE PENAL EM CASO DE
EFETIVA LESÃO A BENS JURÍDICOS ALHEIOS. (CESPE - TCR- PR -
Auditor).

Questão original: Em decorrência do princípio da confiança, há


presunção de legitimidade e legalidade dos atos dos órgãos
oficiais de persecução penal, razão pela qual a coletividade deve
guardar confiança em relação a eles.
109. A função político- Criminal e a função interpretativa ou dogmática
representam funções básicas do princípio da ofensividade no direito penal.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: O princípio da ofensividade apresenta uma “dupla


função”, isto é, a função “político- Criminal” (delimitando o Direito Penal
em âmbito legislativo) e a função “interpretativa ou dogmática”
(delimitando o Direito Penal em âmbito jurisdicional).

110. Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no


que se refere ao princípio da LESIVIDADE (OFENSIVIDADE) não há crime se
não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo Direito Penal.
(FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito


Penal, em especial no que se refere ao princípio da adequação social,
não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico
tutelado pelo Direito Penal.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF - Os Tribunais Superiores entendem que


os crimes de perigo abstrato (presumido) não afrontam o princípio da
ofensividade, pois em determinados casos a lei pode rejeitar o perigo
como “elementar do tipo” nas situações em que a conduta se
demonstrar perigosa.

111. O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria)


EXIGE que do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado. (FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum


crimen sine iniuria) não exige que do fato praticado ocorra lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
112. Ao se referir ao princípio da lesividade ou ofensividade, a doutrina
majoritária aponta que haverá infração penal se houver efetiva lesão OU
PERIGO DE LESÃO ao bem jurídico tutelado. (CESPE - TCR- PR - Auditor).

Questão original: Ao se referir ao princípio da lesividade ou


ofensividade, a doutrina majoritária aponta que somente haverá
infração penal se houver efetiva lesão ao bem jurídico tutelado.

113. Depreende- Se do princípio da lesividade que a autolesão, via de regra,


não é punível. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

114. Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da alteridade assinala que,


para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de
terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito
do próprio autor. (CESPE - TJ- DFT - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

115. O princípio da alteridade é violado em caso de proibição de mulher


transexual utilizar banheiro público feminino. (CESPE - PC- MA - Delegado de
Polícia).

116. Expressiva parcela da doutrina sustenta a inadequação do crime de


escrito ou objeto obsceno (art. 234 do CP) para com os princípios que instruem
o direito penal democrático. Um dos focos dessa inadequação reside na
indevida alocação do sentimento público de pudor como objeto da tutela
jurídica. Isso representa, em tese, violação ao: princípio da ofensividade.
(FUNCAB - PC- PA - Analista Judiciário - Delegado de Polícia).

117. O princípio da ofensividade ou lesividade SE PRESTA à atividade de


controle jurisdicional abstrata da norma incriminadora ou à função político-
Criminal da atividade legiferante. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal).

Questão original: O princípio da ofensividade ou lesividade não se


presta à atividade de controle jurisdicional abstrata da norma
incriminadora ou à função político- Criminal da atividade legiferante.
118. O controle jurisdicional abstrato da norma incriminadora PODE ser feito
com fundamento no princípio da lesividade. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor
de Justiça).

Questão original: O controle jurisdicional abstrato da norma


incriminadora não pode ser feito com fundamento no princípio da
lesividade.

119. Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da PERSONALIDADE


(INTRANSCEDÊNCIA) assevera que a pena não passará da pessoa do
condenado. (CESPE - TJ- DFT - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da


alteridade assevera que a pena não passará da pessoa do condenado.

120. Dado o princípio da intranscendência da pena, NENHUMA PENA


PASSARÁ DA PESSOA DO CONDENADO. (CESPE - TCR- PR - Auditor).

Questão original: Dado o princípio da intranscendência da pena, o


condenado não pode permanecer mais tempo preso do que aquele
estipulado pela sentença transitada em julgado.

121. O princípio da PERSONALIDADE (INSTRANSCEDÊNCIA) determina que


nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual as sanções
relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do
delito. (CESPE - PC- SE - Delegado de Polícia).

Questão original: O princípio da individualização da pena determina


que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual
as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes
do autor do delito.

122. Na impossibilidade de cumprimento da pena pelo réu, os seus familiares


JAMAIS PODERÃO ter a liberdade restringida. (FEPESE - PC- SC - Escrivão
de Polícia Civil).
Questão original: Na impossibilidade de cumprimento da pena pelo
réu, os seus familiares poderão ter a liberdade restringida.

123. Tendo por base o confisco de bens outrora pertencentes ao suicida - que
tem herdeiros - como forma de punição penal, é correto afirmar que:
responsabilização de terceiros pela conduta de alguém viola o princípio
penal, denominado de: intranscedência. (IBADE - PC- AC - Delegado de
Polícia).

124. Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação


de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor
do patrimônio transferido. (UERR - SETRABES - Agente).

125. Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação


de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, ATÉ O LIMITE do
valor do patrimônio transferido. (UDESC - UDESC - Assistente Administrativo).

Questão original: Nenhuma pena passará da pessoa do condenado,


podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento
de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido.

126. A responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado pelo


crime imputado ao agente PODE ser estendida aos seus herdeiros SENDO
QUE NÃO HÁ violação do princípio da personalidade da pena. (FUMARC - PC-
MG - Delegado de Polícia).

Questão original: A responsabilidade pela indenização do prejuízo que


foi causado pelo crime imputado ao agente não pode ser estendida aos
seus herdeiros sem que haja violação do princípio da personalidade da
pena.
127. O princípio da responsabilidade pessoal NÃO IMPEDE que os familiares
do condenado sofram os efeitos da condenação de ressarcimento de dano
causado pela prática do crime. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

Questão original: O princípio da responsabilidade pessoal impede que


os familiares do condenado sofram os efeitos da condenação de
ressarcimento de dano causado pela prática do crime.

128. O princípio da pessoalidade da pena NÃO IMPENDE que a


responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado pelo autor do
crime seja estendida aos seus herdeiros. (FAURGS - TJ- RS - Assessor
Jurídico).

Questão original: O princípio da pessoalidade da pena impede que a


responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado pelo
autor do crime seja estendida aos seus herdeiros.

129. A individualização da pena é um princípio de direito material EXPLÍCITO


atento à individualidade objetiva do delito e condição subjetiva de cada
delinquente. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A individualização da pena é um princípio de direito


material implícito atento à individualidade objetiva do delito e condição
subjetiva de cada delinquente.

130. ► A obrigatoriedade da individualização da pena, considerando a


gravidade do fato e as condições do seu autor, NÃO É desdobramento do
princípio da pessoalidade das penas. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).

Questão original: A obrigatoriedade da individualização da pena,


considerando a gravidade do fato e as condições do seu autor, é
desdobramento do princípio da pessoalidade das penas.
131. Na individualização legislativa, a qualidade, a quantidade e a forma de
cumprimento da pena volta- Se para a importância do bem juridicamente
ofendido E PARA A GRAVIDADE DA OFENSA. (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).

Questão original: Na individualização legislativa, a qualidade, a


quantidade e a forma de cumprimento da pena volta- Se tão somente
para a importância do bem juridicamente ofendido.

132. SE APLICA o princípio da individualização da pena na fase da execução


penal. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Não se aplica o princípio da individualização da pena


na fase da execução penal.

Observação: A individualização da pena se desenvolve em três


momentos: no plano legislativo (na delimitação dos limites em abstrato
da pena de cada crime); judicial (na aplicação da pena em concreto na
fase de dosimetria); e administrativo (na execução da pena durante o
seu efetivo cumprimento).

ATENÇÃO: O princípio da individualização da pena advém da


dignidade da pessoa humana, sendo um dos princípios utilizados
como fundamento pelo STF para declarar inconstitucional o regime
integralmente fechado para o agente que pratica crime hediondo ou
equiparado.

133. Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da INDIVIDUALIZAÇÃO


DA PENA determina que o juiz analise as especificidades do fato e do autor do
fato durante o processo dosimétrico. (CESPE - TJ- DFT - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

Questão original: Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da


alteridade determina que o juiz analise as especificidades do fato e do
autor do fato durante o processo dosimétrico.
134. Do princípio da individualização da pena decorre a exigência de que
a dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, HAVENDO correlação do
referido princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a feitura
de normas penais incriminadoras. (CESPE - TCR- PR - Auditor).

Questão original: Do princípio da individualização da pena decorre a


exigência de que a dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, não
havendo correlação do referido princípio com a atividade
legislativa incriminadora, isto é, com a feitura de normas
penais incriminadoras.

135. O princípio da proporcionalidade tem o LEGISLATIVO, JUCIDIÁRIO E


EXECUTIVO como destinatários cujas penas impostas ao autor do delito
devem ser proporcionais NÃO SÓ à concreta gravidade. (FAPEMS - PC- MS -
Delegado de Polícia).

Questão original: O princípio da proporcionalidade tem apenas o


judiciário como destinatário cujas penas impostas ao autor do delito
devem ser proporcionais à concreta gravidade.

Observação: O princípio da proporcionalidade apresenta três


destinatários: o legislador, o juiz e os órgãos de execução penal
(proporcionalidade abstrata, concreta e executória), devendo todos
atuar de forma razoável e proporcional em relação à criação, aplicação
e execução da pena, considerando a gravidade da infração penal, o seu
cometimento e as condições pessoais do agente.

136. No direito penal, o princípio da proporcionalidade fundamenta a


declaração de inconstitucionalidade de parte do art. 44 da Lei Antidrogas,
que veda a concessão de liberdade provisória em crimes relacionados às
drogas. (CESPE - MPE- RR - Promotor de Justiça).
JURISPRUDÊNCIA, STF – O Plenário do Supremo decidiu ser
inconstitucional a vedação à liberdade provisória descrita no art. 44
da Lei de Drogas, pois tal regra manifesta- Se como incompatível com
os princípios da presunção da inocência, do devido processo legal e da
proporcionalidade.

137. O princípio da humanidade assegura o respeito à integridade física e


moral do preso na medida em que motiva a vedação constitucional de pena de
morte e de prisão perpétua. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

138. HÁ pena de morte NO CASO DE GUERRA DECLARADA. (UDESC -


UDESC - Assistente Administrativo).

Questão original: Não há, em nenhuma hipótese, pena de morte ou


de trabalhos forçado.

Observação: Pelo princípio da humanidade, a Constituição Federal


veda a pena de morte. A única exceção se verifica em caso de guerra
declarada (art. 5º, XLVII, CF).

139. A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e


maus- Tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de
dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a
degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do:
princípio da humanidade. (FCC - DPE- MA - Defensor Público).

140. As penas cruéis JAMAIS PODERÃO ser aplicadas caso o delito cause
grande comoção social. (FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: As penas cruéis poderão ser aplicadas caso o delito


cause grande comoção social

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. De acordo com o princípio da legalidade, a criação de crimes e penas


(abrangendo as contravenções penais e as medidas de segurança) só é possível
através de Lei escrita (em sentido formal e material) e, por consequência, é vedado
o uso de costumes ou analogias para criar crimes ou penas, não afastando, porém, a
interpretação analógica ou extensiva.

2. No princípio da insignificância (criminalidade de bagatela) verifica- Se a


ocorrência de lesão penalmente irrelevante através de uma conduta que, apesar de
ser formalmente típica, se manifesta como materialmente atípica (exclusão da
tipicidade material).

3. JURISPRUDÊNCIA, STF – Para o reconhecimento do princípio da insignificância


o Supremo exige a verificação de quatro requisitos objetivos: mínima ofensividade
da conduta; ausência de periculosidade social, reduzidíssimo grau de reprovabilidade
do comportamento e inexpressividade da lesão jurídica provocada.

4. SÚMULA 599, STJ – “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes


contra a administração pública”.

5. JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF – Os Tribunais Superiores entendem que o princípio


da adequação social não se aplica nos crimes de violação de direito autoral
(pirataria – falsificação de CDs e DVDs).

6. O princípio da intervenção mínima se divide em outros dois: princípio da


fragmentariedade, tendo como destinatário o legislador, que só deve criar tipos
penais que efetivamente ofendem os bens jurídicos mais importantes, enquanto o
princípio da subsidiariedade tem como destinatário o juiz, devendo aplicar a lei penal
tão somente quando os demais ramos jurídicos se revelarem impotentes na tutela de
tais bens no caso em concreto.

7. Segundo o princípio da lesividade (ofensividade) só haverá crime quando houver


efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado.

8. Conforme o princípio da personalidade (intranscendência da pena) nenhuma


pena passará da pessoa do condenado, contudo, tal princípio não impede que a
responsabilidade pela indenização do prejuízo causado pelo crime seja estendida
aos sucessores do criminoso, até o limite do valor do patrimônio transferido (art. 5º,
XLV, CF).

1.3. ESCOLAS PENAIS E EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA

1. Sobre a evolução das Escolas Penais, a necessidade de associação das


categorias do delito a um fundamento material de ofensa ao bem jurídico é
uma das bases do: funcionalismo de Claus Roxin. (FCC - DPE- BA –
Defensor público).

2. Sobre a evolução das Escolas Penais, o funcionalismo SISTÊMICO de


Günther Jakobs POSSIBILITOU a construção de mecanismos de imputação
baseados no direito penal do autor. (FCC - DPE- BA - Defensor público).
Questão original: Sobre a evolução das Escolas Penais, o
funcionalismo teleológico de Günther Jakobs impossibilitou a
construção de mecanismos de imputação baseados no direito penal do
autor.

3. A teoria da proteção penal proposta por Jakobs tem fundamento na


PRÓPRIA FORÇA DO DIREITO PENAL e, como tal, DEFENDE a ideia de que
a missão do direito penal é a proteção da vigência da norma. (FAPEMS - PC-
MS - Delegado de Polícia).

Questão original: A teoria da proteção penal proposta por Jakobs tem


fundamento na Constituição e, como tal, refuta a ideia de que a
missão do direito penal é a proteção da vigência da norma.

4. A corrente/teoria penal que se funda na ideia de que as normas jurídicas


devem ser protegidas por si mesmas, pouco importando o bem jurídico por
trás delas, é o: funcionalismo sistêmico, de Günther Jakobs. (VUNESP -
TJM- SP - Juiz de Direito).

5. A finalidade da pena, conforme o funcionalismo sistêmico do Jakobs, é a


prevenção geral implementada pela sensação de segurança decorrente da
regular aplicação e execução das penas. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de
Justiça).

Questão original: A finalidade da pena, conforme o funcionalismo


sistêmico do Jakobs, é a prevenção geral implementada pela sensação
de segurança decorrente da regular aplicação e execução das penas, e
do índice de ressocialização dos condenados.

6. Assinale a alternativa que indica a teoria do Direito Penal que está


intimamente ligada à seguinte ideia: “a estruturação do Direito Penal não deve
se basear em uma realidade ontológica, devendo ser mitigada a função do
bem jurídico como pressuposto e critério norteador para a intervenção penal":
Funcionalista. (VUNESP - TJ- RJ - Juiz de Direito).
7. Sobre a evolução das Escolas Penais, a transformação realizada pelo
finalismo na teoria do delito consiste, principalmente, na relevância atribuída à
vontade, MAS NÃO aos aspectos subjetivos da culpabilidade. (FCC - DPE- BA
- Defensor público).

Questão original: Sobre a evolução das Escolas Penais, a


transformação realizada pelo finalismo na teoria do delito consiste,
principalmente, na relevância atribuída à vontade e aos aspectos
subjetivos da culpabilidade.

8. Sobre a evolução das Escolas Penais, a estrutura do delito no causal-


Naturalismo tem por característica a presença de elementos subjetivos na
CULPABILIDADE. (FCC - DPE- BA - Defensor público).

Questão original: Sobre a evolução das Escolas Penais, a estrutura do


delito no causal- Naturalismo tem por característica a presença de
elementos subjetivos no tipo.

9. O chamado sistema penal garantista é marcado por 10 axiomas


fundamentais. Assinale a alternativa que indica princípios pertinentes ao
indigitado sistema: Legalidade, lesividade e economia do direito penal
(necessidade). (IBADE - SEJUDH - MT - Advogado).

10. O garantismo jurídico surge nos anos 1970, na Itália, restrito ao Direito
Penal, como movimento em oposição à redução dos direitos e garantias
penais e processuais penais, em reação a uma legislação de exceção
implementada sob a justificativa do combate ao terrorismo. (MPT - MPT -
Procurador do trabalho).

11. Atualmente o garantismo jurídico é entendido de maneira mais ampla,


sendo um modelo de Direito que subordina os poderes à garantia dos
direitos, submetendo a sua atuação, em primeiro lugar, à efetivação dos
direitos humanos e direitos fundamentais. (MPT - MPT - Procurador do
trabalho).
12. O garantismo penal NÃO IMPEDE a intervenção punitiva do Estado, o qual
deverá exercer função preventiva, RETRIBUTIVA e garantidora das liberdades
individuais. (CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

Questão original: O garantismo penal impede a intervenção punitiva


do Estado, o qual deverá exercer função exclusivamente preventiva e
garantidora das liberdades individuais.

13. O garantismo jurídico pode ser entendido como sinônimo de Estado


Constitucional de Direito, em oposição ao paradigma clássico de Estado
Liberal, alargando- O em duas direções: de um lado, a todos os poderes
públicos, não só submetendo o Judiciário, mas também o Legislativo e o
Executivo; e, de outro lado, também aos poderes privados, incluindo nestes
o poder econômico, impondo limites à liberdade de mercado. (MPT - MPT -
Procurador do trabalho).

14. A ideia de velocidades do direito penal foi concebida e sistematizada pelo


professor JESÚS- MARIA SILVA SÁNCHEZ. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor
de Justiça).
Questão original: A ideia de velocidades do direito penal foi concebida
e sistematizada pelo professor Manuel Cancio Meliá.

15. A teoria da primeira velocidade do direito penal, fundada no respeito às


garantias individuais, tinha a ideia de um direito penal de mínima intervenção e
sanções PRIVATIVAS DE LIBERDADE. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

Questão original: A teoria da primeira velocidade do direito penal,


fundada no respeito às garantias individuais, tinha a ideia de um direito
penal de mínima intervenção e sanções não privativas de liberdade.

16. A SEGUNDA VELOCIDADE do direito penal, ligada à ideia de aplicação de


penas alternativas, encontra amparo no ordenamento penal brasileiro na Lei n.
9.099/1995. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).
Questão original: A terceira velocidade do direito penal, ligada à ideia
de aplicação de penas alternativas, encontra amparo no ordenamento
penal brasileiro na Lei n. 9.099/1995.

17. O denominado direito penal do inimigo, que tem como expoente Günther
Jakobs, pode ser entendido como um direito penal de TERCEIRA
VELOCIDADE, restringindo garantias penais e processuais. (MPE- MS - MPE-
MS - Promotor de Justiça).

Questão original: O denominado direito penal do inimigo, que tem


como expoente Günther Jakobs, pode ser entendido como um direito
penal de segunda velocidade, restringindo garantias penais e
processuais.

Observação: Segundo Jakobs, no direito penal do inimigo o indivíduo


perde sua qualidade de cidadão, ou seja, não é visto como um sujeito
de direitos, já que é tratado como inimigo (direito penal do autor).
Deste modo, pune- Se o inimigo pela sua periculosidade e não pela sua
culpabilidade (direito penal prospectivo). São características do direito
penal de terceira velocidade:

1º - Punição de atos preparatórios;

2º - Criação de tipos de mera conduta e perigo abstrato;

3º - Penas severas;

4º - Restrição de garantias penais e processuais;

5º - Aplicação de legislação diferenciada (enfoque combativo).

18. No direito penal do inimigo, a sanção penal é aplicada com extremo rigor e
objetiva punir o inimigo de modo exemplar por atos cometidos,
RELATIVIZANDO OU SUPRIMINDO garantias processuais. (CESPE - PC- MA
- Delegado de Polícia).
Questão original: No direito penal do inimigo, a sanção penal é
aplicada com extremo rigor e objetiva punir o inimigo de modo exemplar
por atos cometidos, sem, contudo, relativizar ou suprimir garantias
processuais.

19. Os crimes de perigo abstrato, que são modalidades de tutela antecipada


de bens jurídicos, podem ser considerados exemplos da forma de intervenção
penal denominada: “Direito Penal do Inimigo” descrita por Jakobs. Esta
forma de tutela é utilizada, por exemplo, no Direito Ambiental e na proteção
de vítimas de violência doméstica. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de
Justiça).

20. Constitui uma das características do direito penal do inimigo: a legislação


diferenciada. (CESPE - TJ- SC - Juiz de Direito).

21. A quarta velocidade do direito penal refere- Se ao neopunitivismo,


abrangendo aquelas pessoas que violaram tratados e convenções
internacionais de direitos humanos, ostentando a condição de Chefes de
Estado, devendo sofrer a incidência de normas internacionais. (MPE- MS -
MPE- MS - Promotor de Justiça).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O Funcionalismo Penal apresenta duas concepções:

1.1) Claus Roxin - Funcionalismo teleológico ou moderado: Se preocupa com os fins


do Direito Penal, buscando a proteção dos bens jurídicos indispensáveis ao
desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.

1.2) Günther Jakobs - Funcionalismo sistêmico ou radical: Se preocupa com os fins


da pena, buscando a proteção da própria norma (reafirmando a força do Direito).
Como consequência do seu funcionalismo sistêmico, o autor desenvolveu a teoria do
direito penal do inimigo.

2. O garantismo penal diz respeito à efetivação dos direitos e garantias


fundamentais do ser humano previstos na Constituição Federal, leis, tratados e
qualquer diploma normativo, respeitando e conferindo um tratamento digno ao ser
humano.

3. O sistema garantista (idealizado por Luigi Ferrajoli) é consagrado por dez


axiomas fundamentais: princípios da retributividade, da reserva legal, da necessidade
(economia processual), da lesividade, da materialidade, da culpabilidade, da
jurisdicionalidade, do acusatório, do ônus da prova e do contraditório.

4. A teoria das velocidades do direito penal foi idealizada pelo professor Jesús-
Maria Silva Sánchez. Enquanto na primeira velocidade do direito penal, o trâmite é
lento e garantista em decorrência da pena de prisão, na segunda velocidade o
trâmite é rápido e flexibiliza direitos e garantias, já que não há pena de prisão.

6. Na terceira velocidade do direito penal (direito penal do inimigo), desenvolvida


por Günther Jakobs, ocorre uma “mescla” da primeira e segunda velocidades, pois o
trâmite é rápido, flexibiliza e até elimina direitos e garantias, e ainda há pena de
prisão.

7. A quarta velocidade do direito penal (neopunitivismo), está ligada ao Direito


Penal internacional, abrangendo os Chefes de Estados que violam gravemente
tratados internacionais de direitos humanos (crimes que lesam a humanidade),
devendo ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional, sofrendo, assim, a incidência
das normas internacionais e tendo suas garantias penais e processuais penais
diminuídas (ou eliminadas).

1.4. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL E ANALOGIA

1. A respeito do objeto de estudo do direito penal, do direito penal do autor e


das teorias da pena, julgue o item seguinte: O direito penal, mediante a
interpretação das leis penais, proporciona aos juízes um sistema orientador
de decisões que contém e reduz o poder punitivo, para impulsionar o
progresso do estado constitucional de direito. (CESPE - DPE- PE - Defensor
Público).

2. A interpretação teleológica busca alcançar a finalidade da lei, aquilo que


ela se destina a regular. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

3. Na interpretação analógica, existe uma norma regulando a hipótese


expressamente, mas de forma genérica, o que torna necessário o recurso à
via interpretativa. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador
Municipal).

4. A interpretação PROGRESSIVA (ADAPTATIVA, EVOLUTIVA) busca o


significado legal de acordo com o progresso da ciência. (FAPEMS - PC- MS -
Delegado de Polícia).
Questão original: A interpretação quanto ao resultado busca o
significado legal de acordo com o progresso da ciência.

5. Prescreve o art. 327 do CP - “considera- Se funcionário público, para os


efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.” Tal norma traduz exemplo de:
interpretação autêntica. (VUNESP - PC- SP - Delegado de Polícia).

6. A interpretação autêntica POSTERIOR visa a dirimir a incerteza ou


obscuridade da lei anterior. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: A interpretação autêntica contextual visa a dirimir a


incerteza ou obscuridade da lei anterior.

7. No Código Penal, a exposição de motivos é exemplo de interpretação


DOUTRINÁRIA, pois NÃO FAZ PARTE DA ESTRUTURA LEGAL. (CESPE -
TJ- DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: No Código Penal, a exposição de motivos é exemplo


de interpretação autêntica, pois é realizada no próprio texto legal.

Observação: A exposição de motivos do Código Penal é considerada


como interpretação doutrinária (científica), e não autêntica, pois tal
exposição não faz parte da estrutura da lei.

8. A analogia é uma forma de auto- Integração da lei. (FCC - Prefeitura de


Teresina - PI - Auditor Fiscal).

9. No direito penal, a analogia é uma forma de autointegração da norma penal


para suprir as lacunas porventura existentes (CESPE - PC- MA - Delegado de
Polícia).

10. A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei. (FCC -
Prefeitura de Teresina - PI - Auditor Fiscal).
11. Segundo a doutrina, analogia legal, ou legis, é aquela em que se aplica ao
caso omisso uma NORMA LEGAL. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO - Agente de
Segurança Prisional).

Questão original: Segundo a doutrina, analogia legal, ou legis, é


aquela em que se aplica ao caso omisso um princípio geral do Direito.

12. Pela analogia, aplica-se aum fato não regulado expressamente pela
norma jurídica um dispositivo que disciplina hipótese semelhante. (FCC -
Prefeitura de Teresina - PI - Auditor Fiscal).

13. A analogia consiste em aplicar- Se a uma hipótese NÃO regulada por lei
uma disposição mais benéfica relativa a um caso semelhante. (IBEG -
Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador Municipal).

Questão original: A analogia consiste em aplicar- Se a uma hipótese já


regulada por lei uma disposição mais benéfica relativa a um caso
semelhante.

14. O Direito Penal brasileiro ADMITE aplicação da analogia. (FUNIVERSA -


SAPeJUS - GO - Agente de Segurança Prisional).

Questão original: O Direito Penal brasileiro não admite aplicação da


analogia.

Observação: Em matéria de Direito Penal a analogia só pode ser


utilizada para beneficiar o réu (analogia in bonam partem).

15. A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, CONTUDO,
NÃO É PROIBIDA, em caráter absoluto, a analogia no direito penal, POIS ELA
É PERFEITAMENTE ADMITIDA QUANDO BENEFICIAR O RÉU. (CESPE -
PRF - Policial Rodoviário Federal - Superior).

Questão original: A norma penal deve ser instituída por lei em sentido
estrito, razão por que é proibida, em caráter absoluto, a analogia no
direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para
fundamentar ou alterar a pena.

16. Estabelece o Código Penal que a analogia somente poderá ser aplicada
EM BENEFÍCIO DO RÉU. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO - Agente de
Segurança Prisional).

Questão original: Estabelece o Código Penal que a analogia somente


poderá ser aplicada aos réus que não sejam reincidentes.

17. A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em
direito penal, só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam
partem, em atenção ao princípio da reserva legal, expresso no artigo primeiro
do Código Penal. (CESPE - EMAP - Analista).

18. Em se tratando de direito penal, admite- Se a analogia quando existir


efetiva lacuna a ser preenchida e sua aplicação for favorável ao réu. Constitui
exemplo de analogia a aplicação ao companheiro em união estável da regra
que isenta de pena o cônjuge que subtrai bem pertencente ao outro cônjuge,
na constância da sociedade conjugal. (CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador).

19. NÃO admite- Se a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal.


(UEG - PC- GO - PC- GO).

Questão original: Admite- Se a aplicação da analogia in malam


partem no Direito Penal.

20. A analogia in malam partem ocorre quando se aplica, ao caso omisso, uma
lei considerada prejudicial ao réu que, segundo o Código Penal, JAMAIS
poderá ser admitida. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO - Agente de Segurança
Prisional).

Questão original: A analogia in malam partem ocorre quando se aplica,


ao caso omisso, uma lei considerada prejudicial ao réu que, segundo o
Código Penal, excepcionalmente, poderá ser admitida, uma vez que
deverá ser salvaguardado o direito da coletividade em face do direito do
agressor.

21. O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é


INADMISSÍVEL no Direito Penal. (FCC - Prefeitura de Teresina - PI - Auditor
Fiscal).

Questão original: O emprego da analogia para estabelecer sanções


criminais é admissível no Direito Penal.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Não se confunde a intepretação analógica com a analogia. Enquanto esta é


uma forma de integração da norma penal para suprir eventuais lacunas na lei, aquela
diz respeito à forma de interpretação da norma penal.

2. A interpretação autêntica (legislativa) é aquela advém do próprio legislador, no


momento em que é editada uma lei com o objetivo de esclarecer o alcance e
significado de outra norma.

3. A analogia é uma forma de integração da norma penal para suprir eventuais


lacunas na lei, ou seja, é a aplicação ao caso omisso uma lei que trata de um caso
análogo (semelhante).

4. No direito penal, a analogia só pode ser empregada para beneficiar o réu (in
bonam partem), sendo que sua aplicação se limita as normas não incriminadoras,
em obediência ao princípio da reserva legal.

1.5. LEI PENAL EM BRANCO

1. As leis penais em branco são identificadas pelo sentido genérico do preceito


que deve ser completado por outra disposição normativa e PODE SE
DESTINGUIR das leis penais incompletas ou imperfeitas, NO QUE SE
REFERE AO TIPO PENAL ABERTO. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

Questão original: As leis penais em branco são identificadas pelo


sentido genérico do preceito que deve ser completado por outra
disposição normativa e não se distinguem das leis penais incompletas
ou imperfeitas.

Observação: As leis penais incompletas (imperfeitas) representam o


gênero, do qual são suas espécies: (1) leis penais em branco (quando
dependem de complementação normativa); (2) tipos penais abertos
(quando dependem de um juízo valorativo), verificando- Se, por
exemplo, nos crimes culposos, já que à análise da “violação do dever
de cuidado” necessitará de um esforço interpretativo do julgador.

2. A complementação da Lei de Drogas por portaria do Ministério da Saúde


configura hipótese da chamada norma penal em branco HETEROGÊNEA.
(FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia).

Questão original: A complementação da Lei de Drogas por portaria do


Ministério da Saúde configura hipótese da chamada norma penal em
branco homogênea heteróloga.

Observação: A lei penal em branco é a lei que depende de


complementação normativa para a sua real compreensão, já que o
seu conteúdo é incompleto. Esta lei se divide em:

a) Lei penal em branco homogênea (em sentido amplo, imprópria):


o complemento advém da mesma fonte legislativa que editou a norma
incriminadora (homovitelina – o complemento provém da mesma lei.
Exemplo: artigos 312 e 327 do Código Penal; heterovitlina – o
complemento provém de lei diversa. Exemplo: artigo 236 do Código
Penal e artigo 1.521 do Código do Civil).

b) Lei penal em branco heterogênea (em sentido estrito, própria): o


complemento advém de fonte legislativa diversa que editou a norma
incriminadora (exemplo: crimes previstos na Lei de drogas).

c) Lei penal em branco inversa (ao avesso): a conduta criminosa


(preceito primário) é completa, mas a sanção (preceito secundário)
reclama complementação (este complemento deve ser
obrigatoriamente uma lei em obediência ao princípio da reserva legal).
Exemplo: artigos 1.º ao 3.º da Lei 2.889/1956 (Crime de Genocídio).

3. As leis penais em branco consistem em modalidade de lei INCOMPLETA


(IMPERFEITA). (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

Questão original: As leis penais em branco consistem em modalidade


de lei temporária.

4. Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja
norma de complementação é oriunda da MESMA fonte daquela que a editou.
(FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

Questão original: Leis penais em branco em sentido amplo são


aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte
diversa daquela que a editou.

5. A norma penal em branco IMPRÓPRIA homovitelina é aquela em que a


norma incompleta e seu necessário complemento estão contidos na mesma
estrutura legislativa. (CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A norma penal em branco própria homovitelina é


aquela em que a norma incompleta e seu necessário complemento
estão contidos na mesma estrutura legislativa.

6. Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de


complementação é oriunda da fonte legislativa DIVERSA que editou a norma
que necessita desse complemento. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor
Público).

Questão original: Leis penais em branco em sentido estrito são


aquelas, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte
legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
7. Roger, empresário, omitiu da folha de pagamento da sua empresa
empregados segurados pelo INSS e suprimiu as respectivas contribuições
sociais previdenciárias. Nesse caso, Roger cometeu crime: classificado como
próprio e que configura norma penal em branco, uma vez que necessita de
complementação pela legislação previdenciária. (CESPE - TJ- PR - Juiz de
Direito).

8. Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela em que a


complementação se dá no preceito sancionador e não no mandamento
proibitivo. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).

9. Norma penal em branco é aquela cujo preceito secundário do tipo penal é


estabelecido por outra norma legal. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: Norma penal em branco é aquela cujo preceito


secundário do tipo penal é estabelecido por outra norma legal,
regulamentar ou administrativa.

10. No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a


técnica de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que
remetem a outras normas incriminadoras para especificação da pena. (FMP
Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

11. A lei penal em branco NÃO É revogada em consequência da revogação de


sua norma de complementação. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor
Público).

Questão original: A lei penal em branco é revogada em conseqüência


da revogação de sua norma de complementação.

Observação: A revogação do complemento da normal penal não


provoca a revogação da lei penal em branco. Na realidade, o que pode
ocorrer é a retroatividade da lei para beneficiar o réu que praticou a
conduta com base no respectivo complemento que foi revogado.
12. A lei penal em branco pode conter um elemento normativo cujo conteúdo
deva ser complementado por outro instrumento regulamentar. Neste caso, se
a norma complementar for uma lei excepcional que defina uma circunstância
específica no contexto do qual o fato, se realizado, será típico, a revogação
desta norma excepcional complementar por outra lei configurará “abolitio
criminis”, nos termos do disposto no art. 2º do Código Penal. (MPE- SC -
MPE- SC - Promotor de Justiça).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Enquanto na lei penal em branco homogênea (em sentido amplo, imprópria) o


complemento advém da mesma fonte legislativa que editou a norma, na lei penal em
branco heterogênea (em sentido estrito, própria) tal complementação advém de
fonte legislativa diversa.

2. A lei penal em branco inversa (ao avesso) verifica- Se quando somente o


preceito secundário (sanção) reclama complementação, devendo tal complemento
advir obrigatoriamente de uma lei.

1.6. CONFLITO APARENTE DE LEIS PENAIS

1. O conflito aparente de normas penais tem por requisito a unidade fática; a


pluralidade de normas aplicáveis ao mesmo fato (aparente) e a vigência
contemporânea de todas elas. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

2. O concurso de normas penais NÃO se confunde com a sucessão de leis ou


normas penais. (PGR - PGR - Procurador da República).

Questão original: O concurso de normas penais se confunde com a


sucessão de leis ou normas penais.

Observação: Enquanto no conflito aparente de normas duas leis


vigentes disputam a aplicação no caso em concreto, na sucessão de
leis penais no tempo somente uma lei está vigente, já que a outra não
existe mais.
3. Os princípios que resolvem o conflito aparente de normas são:
especialidade, subsidiariedade, consunção e alternatividade. (MPE- SP -
MPE- SP - Promotor de Justiça).

4. Para solucionar o conflito aparente de normas, são empregados os


princípios da: especialidade e da subsidiariedade. (CESPE - PC- MA -
Investigador de Polícia Civil).

5. Constituem princípios que se destinam a solucionar o conflito aparente de


normas: subsidiariedade e especialidade. (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito).

6. ► Visando à busca de uma solução para situação relacionada ao conflito


aparente de normas, o intérprete pode se valer do: princípio da consunção e
do princípio da subsidiariedade. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

7. A norma especial prevalece sobre a norma geral e, NÃO necessariamente,


descreve um tipo penal apenado mais severamente. (VUNESP - MPE- SP -
Analista Jurídico).

Questão original: A norma especial prevalece sobre a norma geral e,


necessariamente, descreve um tipo penal apenado mais severamente.

8. Pedro subtraiu bem móvel pertencente à Administração pública, valendo- Se


da facilidade propiciada pela condição de funcionário público. Pedro
responderá pelo crime de peculato e não pelo delito de furto em decorrência
do: princípio da especialidade. (FCC - TCM- GO - Procurador).

9. A norma subsidiária descreve um grau MENOR de lesividade ao bem


jurídico e, necessariamente, um tipo penal apenado MENOS severamente.
(VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: A norma subsidiária descreve um grau maior de


lesividade ao bem jurídico e, necessariamente, um tipo penal apenado
mais severamente.
10. Pelo princípio da subsidiariedade, NÃO prescinde- Se do caso concreto
para se saber qual a norma aplicável. A análise é feita de forma CONCRETA,
confrontando- Se as normas. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: Pelo princípio da subsidiariedade, prescinde- Se do


caso concreto para se saber qual a norma aplicável. A análise é feita de
forma abstrata, confrontando- Se as normas.

11. São requisitos da consunção a unidade de agente e a pluralidade de


normas aparentemente incidentes sobre uma determinada situação de fato,
abranja ou não essa situação pluralidade de condutas. (PGR - PGR -
Procurador da República).

12. O crime CONSUNTIVO é o delito que absorve o de menor gravidade.


(VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: O crime consunto é o delito que absorve o de


menor gravidade.

Observação: Crime consunto e crime consuntivo têm incidência no


princípio da consunção (absorção). Neste sentido, o crime
consuntivo é aquele que absorve o delito de menor gravidade,
enquanto o crime consunto é aquele que é absorvido pelo delito de
maior gravidade.

13. A consunção, pela qual uma conduta absorve outra, é possível no crime
progressivo, no crime complexo e na progressão criminosa. NEM TODOS,
necessariamente, há unidade de desígnios do sujeito ativo, desde o primeiro
ato. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: A consunção, pela qual uma conduta absorve outra,


é possível no crime progressivo, no crime complexo e na progressão
criminosa. Em todos, necessariamente, há unidade de desígnios do
sujeito ativo, desde o primeiro ato.
Observação: Enquanto no crime progressivo, para alcançar o
resultado mais grave o agente lesiona gradativamente o bem jurídico
para atingir o seu intento final (vários golpes no corpo da vítima para
conseguir matá- La), na progressão criminosa o agente deseja
inicialmente produzir um resultado específico, contudo, depois de
alcançá- Lo, decide prosseguir e produz um resultado mais grave
(após praticar vias de fato, o agente opta produzir lesões corporais no
ofendido e, ainda não conformado, acaba por matar a vítima).

14. No crime progressivo, o tipo penal, abstratamente considerado, contém


IMPLICITAMENTE outro, o qual deve ser necessariamente realizado para
alcançar o resultado.

Questão original: No crime progressivo, o tipo penal, abstratamente


considerado, contém explicitamente outro, o qual deve ser
necessariamente realizado para alcançar o resultado

15. Por aplicação do princípio da subsidiariedade formal, o crime de


exposição a perigo (CP, art. 132) é subsidiário em relação ao crime de lesões
corporais graves (CP, art. 129, § 1º); por aplicação do princípio da
consunção, o crime de homicídio (CP, art. 121) absorve o crime de porte
ilegal de arma de fogo (Lei nº 10.826/03, art. 14), utilizada especialmente para
a prática homicida, no mesmo contexto fático. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor
de Justiça).

16. O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003) NÃO


SE configura na modalidade preterdolosa se for praticado como meio para a
execução de um homicídio (tipificado no art. 121, “caput”, do CP). (MPE- SC -
MPE- SC - Promotor de Justiça).

Questão original: O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n.


10.826/2003) se configura na modalidade preterdolosa se for praticado
como meio para a execução de um homicídio (tipificado no art. 121,
“caput”, do CP).
17. O crime de porte de arma de fogo é absorvido pelo crime de roubo quando
estiver caracterizada a dependência ou subordinação entre as duas condutas.
Para essa absorção, ainda, é necessário que os delitos sejam praticados no
mesmo contexto fático. O enunciado refere- Se ao: princípio da consunção.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

18. Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua
ex- Namorada. Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e,
após, desferiu- Lhe diversas facadas na barriga, sendo estas lesões a causa
eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e
denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime de
lesão corporal, é correto afirmar que: Henrique não foi denunciado com base
no princípio da consunção. (FGV - TJ- RO - Técnico Judiciário).

19. Chegando ao local de onde partira pedido de socorro de uma mulher, os


policiais encontraram o ex- Marido tentando arrombar a porta da casa e
ameaçando- A de morte caso ela não abrisse a porta. Revistado o agressor, os
policiais encontraram com ele um revólver calibre 38, municiado, que portava
sem autorização. Ele disse que a arma era de um amigo, que havia lhe
emprestado pouco antes, sem mencionar a intenção exclusiva de matar a ex-
Mulher. Vizinhos viram os policiais prendendo o agressor que gritava, exaltado,
palavras ofensivas e injuriosas aos policiais. Com relação à conduta do
agressor nessa situação hipotética, julgue os seguintes itens, de acordo com a
legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores: Se fosse
consumado o intuito de matar, o delito de porte de arma poderia ser
absorvido pelo homicídio, de acordo com a teoria da consunção. (CESPE
- TRE- TO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

20. Júlio foi denunciado em razão de haver disparado tiros de revólver, dentro
da própria casa, contra Laura, sua companheira, porque ela escondera a arma,
adquirida dois meses atrás. Ele não tinha licença expedida por autoridade
competente para possuir tal arma, e a mulher tratou de escondê- La porque viu
Júlio discutindo asperamente com um vizinho e temia que ele pudesse usá- La
contra esse desafeto. Raivoso, Júlio adentrou a casa, procurou em vão o
revólver e, não o achando, ameaçou Laura, constrangendo- A a devolver- Lhe
a arma. Uma vez na sua posse, ele disparou vários tiros contra Laura, ferindo-
A gravemente e também atingindo o filho comum, com nove anos de idade, por
erro de pontaria, matando- O instantaneamente. Laura só sobreviveu em razão
de pronto e eficaz atendimento médico de urgência. Ainda com referência à
situação hipotética descrita no texto anterior e a aspectos legais a ela
pertinentes, assinale a opção correta com respaldo na jurisprudência do STJ:
NÃO OPERA- SE o fenômeno da consunção entre o ato de possuir arma de
fogo sem autorização legal e o ato dispará- La com ânimo de matar, uma vez
que o crime mais grave NEM SEMPRE absorve o menos grave. (CESPE - TJ-
AM - Juiz de Direito).

Questão original: Opera- Se o fenômeno da consunção entre o ato de


possuir arma de fogo sem autorização legal e o ato dispará- La com
ânimo de matar, uma vez que o crime mais grave sempre absorve o
menos grave.

21. O delito previsto no artigo 33 da Lei de Drogas, por ser crime de ação
múltipla, faz com que o agente que, no mesmo contexto fático e
sucessivamente, pratique mais de uma ação típica, responda por crime
único em função do princípio da alternatividade. (FCC - DPE- BA - Defensor
Público).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. São requisitos do conflito aparente de leis penais: unidade de fato; pluralidades


de normas penais aplicáveis ao mesmo fato (aparente); e vigência simultânea de
todas elas.

2. Os princípios que resolvem o conflito aparente de leis penais são:


especialidade, subsidiariedade, consunção (absorção) e alternatividade.

1.7. LEI PENAL NO TEMPO

Lei penal no tempo

Art. 2º, parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-seaos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.

Art. 5º, XL, CF - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

1. A derrogação é a revogação PARCIAL da lei por enunciação expressa ou


tácita da nova lei ao regular o mesmo fato. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

Questão original: A derrogação é a revogação total da lei por


enunciação expressa ou tácita da nova lei ao regular o mesmo fato.

Observação: A revogação verifica- Se quando determinada lei retira a


vigência de outra lei. A norma pode ser revogada totalmente (ab-
Rogação) ou parcialmente (derrogação).

Atenção: Os costumes jamais podem revogar as leis, visto que


somente uma lei pode revogar outra lei. Além disso, a lei pode ser
revogada durante o período de vacatio legis, isto é, o período
compreendido entre a publicação e a sua entrada em vigor. Nesse
prazo, a lei não pode ser aplicada (mesmo em benefício do réu), pois
como não entrou em vigor (não tendo qualquer eficácia), ainda existe a
possibilidade de operar- Se a sua revogação.

2. ► A lei penal pode ser revogada durante o período de sua vacatio legis.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

3. A lei penal, ao entrar em conflito com lei penal anterior, pode apresentar as
seguintes situações: novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio
legis in pejus e novatio legis in mellius. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de
Justiça).

4. A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista na


Convenção Americana sobre Direitos Humanos. (UEG - PC- GO - PC- GO).
5. Em matéria de direito penal transitório intertemporal, vige a regra da
retroatividade da lei penal mais benéfica. (FMP Concursos - DPE- PA -
Defensor Público).

6. A impossibilidade da lei penal nova mais gravosa ser aplicada em caso


ocorrido anteriormente à sua vigência é chamada de: princípio da
irretroatividade. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

7. A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. (UERR -


SETRABES - Agente).

8. Para beneficiar o réu, a lei penal poderá ser aplicada retroativamente.


(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

9. A lei penal, em razão das suas consequências, RETROAGE PARA


BENEFICIAR O RÉU. (VUNESP - Prefeitura de Caieiras - SP - Procurador).

Questão original: A lei penal, em razão das suas consequências, não


retroage.

10. No direito penal, o princípio da irretroatividade da lei NÃO SE APLICA


absolutamente, POIS A LEI PENAL PODERÁ RETROAGIR QUANDO
BENEFICIAR O RÉU. (CESPE - MPE- RR - Promotor de Justiça).

Questão original: No direito penal, o princípio da irretroatividade da lei


se aplica absolutamente.

11. Segundo os princípios que regem o direito intertemporal, QUALQUER


PESSOA pode ser beneficiado por lei posterior mais benéfica quando pratica
crime considerado hediondo. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

Questão original: Segundo os princípios que regem o direito


intertemporal, ninguém pode ser beneficiado por lei posterior mais
benéfica quando pratica crime considerado hediondo.
12. É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à
sua vigência, seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja
para contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser
crime. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).

13. Segundo o disposto no Código Penal (CP), a lei posterior que, de qualquer
modo, favorecer o agente se aplica aos fatos anteriores, ainda que decididos
por sentença condenatória transitada em julgado. Trata- Se do princípio da
novatio legis in mellius. (FUNIVERSA - SEAP- DF - SP - Agente
Penitenciário - Médio).

14. Pelo princípio da irretroatividade da lei penal, não é possível a aplicação de


lei posterior a fato anterior à edição desta. É exceção ao referido princípio a
possibilidade de retroatividade da lei penal benéfica que atenue a pena ou
torne atípico o fato, INDEPENDENTEMENTE do trânsito em julgado da
sentença penal condenatória. (CESPE- TCE- RN - Assessor Jurídico).

Questão original: Pelo princípio da irretroatividade da lei penal, não é


possível a aplicação de lei posterior a fato anterior à edição desta. É
exceção ao referido princípio a possibilidade de retroatividade da lei
penal benéfica que atenue a pena ou torne atípico o fato, desde que
não haja trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

15. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-seaos


fatos anteriores, INDEPENDENTEMENTE de sentença condenatória transitada
em julgado. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário Superior).

Questão original: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o


agente, aplica-seaos fatos anteriores, com exceção se houver
sentença condenatória transitada em julgado.

Observação: A lei posterior que é mais benéfica ao réu,


independentemente do momento, sempre deve ser aplicada (quando já
entrou em vigor).
16. A lei posterior favorável ao agente aplica-se afatos anteriores,
INDEPENDENTEMENTE de decisão por sentença condenatória transitada em
julgado. (VUNESP - PauliPrev - SP - Procurador Autárquico).

Questão original: A lei posterior favorável ao agente aplica-se afatos


anteriores, desde que não decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.

17. ► A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-seaos


fatos anteriores, INDEPENDENTEMENTE de sentença condenatória transitada
em julgado. (VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Advogado).

Questão original: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o


agente, aplica-seaos fatos anteriores, desde que não decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.

18. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-seaos


fatos anteriores INDEPENDENTEMENTE de sentença penal condenatória
transitada em julgado. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o


agente, aplica-seaos fatos anteriores somente quando ainda não
houver sentença penal condenatória transitada em julgado.

19. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, SE APLICA aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Questão original: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o


agente, não se aplica aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.

20. A novatio legis in mellius PODERÁ ser aplicada ao réu condenado ANTES
OU DEPOIS do trânsito em julgado da sentença, pois TANTO o juiz, o tribunal
processante ou O JUIZ DA EXECUÇÃO PENAL poderá reconhecê- La e
aplicá- La. (CESPE - PC- GO - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A novatio legis in mellius só poderá ser aplicada ao


réu condenado antes do trânsito em julgado da sentença, pois
somente o juiz ou tribunal processante poderá reconhecê- La e aplicá-
La.

21. Para a definição da lei penal mais favorável, deve- Se ter em vista, como
marco inicial, a data do cometimento da infração penal, e, como marco final, a
extinção da punibilidade pelo cumprimento da pena ou outra causa qualquer.
De toda sorte, durante a investigação policial, processo ou execução da
pena, toda e qualquer lei penal favorável, desde que possível a sua aplicação,
deve ser utilizada em favor do réu. (FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de
Polícia Civil).

22. Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao JUÍZO DA


EXECUÇÃO a aplicação da lei mais benigna. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO -
Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: Transitada em julgado a sentença condenatória,


compete ao Juízo do Conhecimento a aplicação da lei mais benigna.

23. Na fase de execução da sentença condenatória, com a definição da culpa


do condenado, SE APLICA a lex mitior. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

Questão original: Na fase de execução da sentença condenatória, com


a definição da culpa do condenado, não se aplica a lex mitior.

24. Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime,
José passou a portá- Lo municiado, sem autorização e em desacordo com
determinação legal. O comportamento suspeito de José levou- O a ser
abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma
de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei
que diminua a pena para o crime de receptação, ele PODERÁ se beneficiar
desse fato, pois o direito penal brasileiro norteia- Se pelo princípio de aplicação
da lei vigente à época do fato, ADMITINDO- SE, EXCEPCIONALMENTE, A
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA. (CESPE - Polícia Federal -
Agente de Polícia Federal).

Questão original: Se, durante o processo judicial a que José for


submetido, for editada nova lei que diminua a pena para o crime de
receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito
penal brasileiro norteia- Se pelo princípio de aplicação da lei
vigente à época do fato.

25. O Código Penal Brasileiro, no artigo 2º, faz referência somente à


retroatividade, pelo fato de estar analisando a aplicação da lei penal sob o
ponto de vista da data do fato. Desta maneira, ou se aplica o princípio regra
(tempus regit actum), se for o mais benéfico, ou se aplica a lei penal posterior,
se for a mais benigna (retroatividade). (FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de
Polícia Civil).

26. O princípio tempus regit actum determina que a lei penal aplicável ao fato
delitivo será aquela vigente à época em que este for PRATICADO. (FMP
Concursos - DPE- PA - Defensor Público).
Questão original: O princípio tempus regit actum determina que a lei
penal aplicável ao fato delitivo será aquela vigente à época em que este
for julgado.

Observação: O princípio tempus regit actum (expressão jurídica latina)


significa que o “o tempo rege o ato”, isto é, aplica-se a lei vigente da
época em que o fato ocorreu. Contudo, existem duas exceções a essa
regra, quais sejam, a retroatividade da lei (que pode ocorrer somente
para beneficiar o réu) e a ultratividade da lei (que pode beneficiar, ou,
excepcionalmente, até prejudicar o réu nos casos de leis temporárias
e excepcionais).
27. A exceção à regra geral é a extratividade, ou seja, a possibilidade de
aplicação de uma lei a fatos ocorridos fora do âmbito de sua vigência. O
fenômeno da extratividade, no campo penal, realiza- Se em dois ângulos:
retroatividade e ultratividade. (FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de Polícia
Civil).

28. Considerando os princípios informativos da retroatividade e ultratividade da


lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada mesmo quando a ação penal
tiver sido iniciada antes da sua vigência. (CESPE - PC- GO - Escrivão de
Polícia Civil).

29. Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto


afirmar que à lei penal mais benigna aplica-seo princípio da extra- Atividade.
(CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

30. A ultratividade é a aplicação da norma penal benéfica a fato criminoso


acontecido DEPOIS do período da sua vigência. (FUNDATEC - PC- RS -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A ultratividade é a aplicação da norma penal


benéfica a fato criminoso acontecido antes do período da sua vigência.

31. A lei mais benéfica deve ser aplicada pelo juiz quando da prolação da
sentença — em decorrência do fenômeno da ultratividade — mesmo já tendo
sido revogada a lei que vigia no momento da consumação do crime. (CESPE-
TJ- DFT - Técnico de Administração).

32. A ultratividade da lei penal mais benéfica É POSSÍVEL quando, na data da


sentença, dita lei foi revogada por lei posterior mais gravosa. (PUC- PR - TJ-
MS - Analista Judiciário).

Questão original: A ultratividade da lei penal mais benéfica não é


possível quando, na data da sentença, dita lei foi revogada por lei
posterior mais gravosa.
33. A lei intermediária pode ter, simultaneamente, dupla extra- Atividade,
possuindo características de retroatividade e ultra- Atividade. (CEFET- BA -
MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: A lei intermediária é aquela que não era vigente quando


da prática do crime e no momento da prolação da sentença.
Exemplo: ao tempo da prática de um furto estava em vigor a lei “A”, que
foi sucedida pela lei “B” durante o processo, e, posteriormente, no
tempo da sentença a lei “C” entrou em vigor. Neste caso, se a lei
intermediária “B” for a mais favorável de todas, ela será retroativa em
relação ao fato delituoso e ultrativa quanto ao tempo da sentença.

34. A lei penal em branco, quando tem por objetivo garantir a obediência da
norma complementar, ESTÁ subordinada à irretroatividade da lei mais severa e
da retroatividade da lei mais benigna. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

Questão original: A lei penal em branco, quando tem por objetivo


garantir a obediência da norma complementar, não está subordinada à
irretroatividade da lei mais severa e da retroatividade da lei mais
benigna.

35. Em sete de janeiro de 2017, João praticou conduta que, à época,


configurava crime punível com prisão. O resultado desejado pelo autor, no
entanto, foi alcançado somente dois meses depois, ou seja, em sete de março
do mesmo ano, momento no qual a conduta criminosa tinha previsão de ser
punida com pena menos grave, de restrição de direitos. Nessa situação
hipotética, de acordo com a lei penal: João não poderá ser condenado com a
pena de prisão em razão da retroatividade da lei mais benéfica. (CESPE -
TRF-1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa).

36. Acusado em processo que apurou o crime de lavagem de dinheiro em


concurso com o crime de organização criminosa teve uma pena altíssima.
Quando lhe restava um terço para o cumprimento da pena, as modalidades
criminosas praticadas tiveram suas penas reduzidas na metade. Nesse caso, o
agente será: favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja
vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada mesmo com
os fatos praticados anteriormente. (FCC - SEFAZ- PE - Julgador
Administrativo Tributário do Tesouro Estadual).

37. Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de
multa para essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em
vigor nova lei, que, revogando a anterior, passou a atribuir ao referido crime a
pena privativa de liberdade. Nessa situação, dever- Se-á aplicar: a lei vigente
ao tempo da prática do crime. (CESPE - EBSERH - Advogado).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Durante o período de “vacatio legis”, a Lei Penal poderá ser revogada


(independentemente de ser benéfica ou não ao réu), tendo em vista que tal norma
ainda não entrou em vigor.

2. São hipóteses de conflitos de Leis Penais no tempo: novatio legis incriminadora;


novatio legis in pejus (lex gravior); novatio legis in mellius (lex mitior); e abolitio
criminis.

3. A lei penal mais severa não pode retroagir, contudo, a norma penal mais benéfica
pode ser aplicada tanto retroativamente como ultrativamente, desde que beneficie o
réu.

4. A lei penal mais benéfica poderá ser aplicada antes ou até mesmo após o trânsito
em julgado da sentença penal condenatória, podendo em qualquer momento ser
reconhecida pelo Juiz, pelo Tribunal processante bem como pelo Juiz da execução
penal.

1.8. ABOLITIO CRIMINIS

Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória.

1. A abolição do delito (abolitio criminis) é um fenômeno que ocorre quando


uma lei posterior deixa de considerar crime determinado fato. Essa hipótese
gera a extinção da punibilidade. (FUNDATEC - PC- RS - Escrivão de Polícia
Civil).

2. A aplicação do princípio da retroatividade benéfica da lei penal ocorre


quando, ao tempo da conduta, o fato é típico e lei posterior suprime o tipo
penal. (CESPE - PC- MA - Escrivão de Polícia Civil).

3. A abolitio criminis constitui uma situação de lei penal posterior mais


benigna, que deve alcançar, inclusive, fatos definitivamente julgados, ainda
que em fase de execução. (FUNIVERSA - SEAP- DF - Agente Penitenciário -
Médio).

4. A lei PODERÁ deixar de incriminar uma conduta já tipificada por legislação


anterior. (FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A lei não poderá deixar de incriminar uma conduta já


tipificada por legislação anterior.

5. A retroatividade da lei penal mais benéfica SE APLICA para os acasos de


abolitio criminis. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: A retroatividade da lei penal mais benéfica não se


aplica para os acasos de abolitio criminis.

6. Ninguém pode ser punido por fato que LEI posterior deixa de considerar
crime. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Questão original: Ninguém pode ser punido por fato que medida
provisória posterior deixa de considerar crime.

7. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória,
MESMO QUE já transitada em julgado. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços
de Notas e de Registros).

Questão original: Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela os efeitos penais
da sentença condenatória, salvo se já transitada em julgado.

8. Patuscada foi preso em flagrante, processado e sentenciado pelo


cometimento de determinado crime. No curso da execução da pena, surgiu a
lei X que deixou de considerar como crime a conduta que redundou na sua
condenação. Nesse caso, de acordo com as normas da parte geral do Código
Penal, ocorreu a: abolição do crime. (SELECON - Prefeitura de Niterói - RJ -
Guarda Municipal).

9. Fausto foi condenado por sentença transitada em julgado por crime cometido
em 2010, encontrando- Se em cumprimento da pena de 10 anos. Em 2015,
entrou em vigor uma lei que não mais considera como crime a conduta que
levou Fausto à prisão. Neste caso, Fausto será beneficiado pela nova lei,
pois a lei penal retroage. (FCC - TRE- AP - SP - Técnico Judiciário -
Administrativo).

10. ► Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória. (IBEG - IPREV - Procurador).

11. Ninguém pode ser punido por fato que LEI posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais, MAS NÃO os
civis da sentença condenatória. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário
Superior).

Questão original: Ninguém pode ser punido por fato que lei ou
decreto posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela
a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.

12. ► O criminoso NÃO pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, CESSANDO em virtude dela a execução e os efeitos penais
da sentença condenatória. (UFMT - TJ- MS - Analista).
Questão original: O criminoso pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, sem cessar em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

13. A abolitio criminis faz cessar a execução da pena, os efeitos secundários


da sentença condenatória, MAS NÃO os efeitos civis da prática delituosa.
(UFMT - TJ- MT - Promotor de Justiça).

Questão original: A abolitio criminis faz cessar a execução da pena, os


efeitos secundários da sentença condenatória e efeitos civis da prática
delituosa.

Observação: A abolitio criminis não faz cessar todos os efeitos da


sentença condenatória, mas somente os efeitos penais (principais e
secundários), subsistindo os efeitos civis (extrapenais).

14. A nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em
favor do agente, todos os efeitos penais, MAS NÃO os civis. (VUNESP - MPE-
SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).

Questão original: A nova lei, que deixa de considerar criminoso


determinado fato, cessa, em favor do agente, todos os efeitos penais e
civis.

15. A abolitio criminis faz cessar a execução da pena, os efeitos secundários


da sentença condenatória, MAS NÃO os efeitos civis da prática delituosa.
(CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A abolitio criminis faz cessar a execução da pena, os


efeitos secundários da sentença condenatória e os efeitos civis da
prática delituosa.

16. Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto afirmar que a lei


posterior que deixa de considerar como infração um fato que era anteriormente
punido (abolitio criminis) exclui os efeitos jurídicos penais, MAS NÃO CIVIS
decorrentes da aplicação da lei anterior. (VUNESP - Prefeitura de Rosana - SP
- Procurador Municipal).

Questão original: Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto


afirmar que a lei posterior que deixa de considerar como infração um
fato que era anteriormente punido (abolitio criminis) exclui os efeitos
jurídicos penais e civis decorrentes da aplicação da lei anterior.

17. Quando a abolitio criminis se verificar depois do trânsito em julgado da


sentença penal condenatória, extinguir- Se-ão todos os efeitos penais, MAS
NÃO os extrapenais da condenação. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: Quando a abolitio criminis se verificar depois do


trânsito em julgado da sentença penal condenatória, extinguir- Se-ão
todos os efeitos penais e extrapenais da condenação.

18. Abolitio criminis tem efeito retroativo, atingindo, inclusive, os processos em


fase de execução penal, NÃO afastando os efeitos civis de reparação do dano
causado. (CETRO - TJ- RJ - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Abolitio criminis tem efeito retroativo, atingindo,


inclusive, os processos em fase de execução penal e afastando os
efeitos civis de reparação do dano causado.

19. A revogação de um tipo penal pela superveniência de lei descriminalizadora


NÃO ALCANÇA os efeitos extrapenais de sentença condenatória penal.
(CESPE - TCE- RN - Auditor).

Questão original: A revogação de um tipo penal pela superveniência


de lei descriminalizadora alcança também os efeitos extrapenais de
sentença condenatória penal.

20. Na hipótese de abolitio criminis a reincidência NÃO PERMANECE como


efeito secundário da prática do crime. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).
Questão original: Na hipótese de abolitio criminis a reincidência
permanece como efeito secundário da prática do crime.

21. Na hipótese de abolitio criminis (abolição do crime) NÃO PERMANECE a


reincidência como efeito secundário da infração penal. (FCC - PGE- TO -
Procurador do Estado).

Questão original: Na hipótese de abolitio criminis (abolição do crime)


permanece a reincidência como efeito secundário da infração penal.

22. Em virtude de lei posterior que deixa de considerar determinado fato como
crime, cessam a execução e os efeitos penais EM QUALQUER MOMENTO.
(CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Em virtude de lei posterior que deixa de considerar


determinado fato como crime, cessam a execução e os efeitos penais
somente nas hipóteses de sentença condenatória recorrível.

23. O indivíduo B provocou aborto com o consentimento da gestante, em 01 de


fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática de
tal crime à pena de oito anos de reclusão. A condenação já transitou em
julgado. Na hipótese do crime de aborto, com o consentimento da gestante,
deixar de ser considerado crime por força de uma lei que passe a vigorar a
partir de 02 de fevereiro de 2015, a nova lei: será aplicada para os fatos
praticados pelo indivíduo B, cessando em virtude dela a execução e os
efeitos penais da sentença condenatória. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de
Polícia Civil).

24. O instituto da abolitio criminis refere- Se à supressão da conduta


criminosa nos aspectos formal e material, enquanto o princípio da
continuidade normativo- Típica refere- Se apenas à supressão formal.
(CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).
25. A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio
criminis, quando seus elementos NÃO passem a integrar outro tipo penal,
criado pela norma revogadora. (CESPE - TRE- GO - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

Questão original: A revogação expressa de um tipo penal incriminador


conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos passem a integrar
outro tipo penal, criado pela norma revogadora.

Observação: Quando o tipo penal é revogado formalmente, porém, o


fato criminoso passa a integrar outro dispositivo legal, não há se falar
em abolitio criminis, já que tal conduta ainda continua como ilícita.
Neste caso, verifica- Se a ocorrência do “princípio da continuidade
típico- Normativa”, isto é, a alteração geográfica da conduta
criminosa. Exemplo: o antigo crime de atentado violento ao pudor foi
revogado formalmente, contudo, tal delito foi inserido ao art. 213
(estupro), havendo a unificação dos tipos penais.

26. A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio


criminis, DESDE QUE seus elementos NÃO PASSEM a integrar outro tipo
penal, criado pela norma revogadora. (CESPE - TRE- GO - Analista Judiciário -
Área Judiciária).

Questão original: A revogação expressa de um tipo penal incriminador


conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos passem a
integrar outro tipo penal, criado pela norma revogadora.

27. Verificamos a incidência do princípio da continuidade normativa típica


quando uma norma penal é revogada, mas sua conduta continua prevista
como crime em outro dispositivo legal. (CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

28. O princípio da continuidade normativa típica, conforme posição do Superior


Tribunal de Justiça ocorre quando uma norma penal é revogada, porém a
mesma conduta continua tipificada em outro dispositivo, ainda que
topologicamente diverso do originário. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

29. A revogação do artigo do Código Penal que tratava do delito de atentado


violento ao pudor NÃO configura abolitio criminis, uma vez que a modificação
legal posterior não deteve o condão de unificar este tipo penal com o de
estupro. (CETRO - TJ- RJ - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A revogação do artigo do Código Penal que tratava


do delito de atentado violento ao pudor configura abolitio criminis, uma
vez que a modificação legal posterior não deteve o condão de unificar
este tipo penal com o de estupro.

30. Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de
nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel
foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel: responderá pelo
crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da
nova lei. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia).

31. A chamada “despenalização” da conduta de porte de drogas, de acordo


com o entendimento jurisprudencial do STF, NÃO constitui hipótese de abolitio
criminis. (CETRO - TJ- RJ - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A chamada “despenalização” da conduta de porte de


drogas, de acordo com o entendimento jurisprudencial do STF,
constitui hipótese de abolitio criminis.

JURISPRUDÊNCIA, STF – O Supremo decidiu que em relação ao


delito de “posse de droga para o consumo pessoal – Art. 28 da Lei de
Drogas” não houve descriminalização, mas apenas despenalização,
já que que tal crime não contempla pena privativa de liberdade, mas
somente penas alternativas. Deste modo, não houve abolitio criminis,
pois tal conduta continua sendo crime.
ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS
1. A abolição do crime (abolitio criminis) ocorre quando uma lei posterior deixa de
considerar determinado fato como criminoso, manifestando- Se como causa de
extinção da punibilidade. Por isso, ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime.

2. A abolitio criminis faz cessar a execução da pena, os efeitos secundários da


sentença condenatória, mas não os efeitos civis (extrapenais) da prática criminosa.

3. A abolitio criminis poderá ocorrer antes ou até mesmo após o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória, podendo em qualquer momento ser reconhecida pelo
Juiz, pelo Tribunal processante bem como pelo Juiz da exceção penal.

4. Para que se configure a abolitio criminis é necessário que haja a revogação


formal do tipo penal e a eliminação material do fato criminoso, pois, caso
contrário, mesmo com a devida revogação formal do tipo penal, se o fato passar a
integrar outro dispositivo legal, verifica- Se o fenômeno do princípio da continuidade
típico- Normativa.

1.9. LEIS PENAIS TEMPORÁRIAS OU EXCEPCIONAIS

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-seao fato
praticado durante sua vigência.

1. As medidas provisórias NÃO PODEM regular matéria penal nas hipóteses


de leis temporárias ou excepcionais. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: As medidas provisórias podem regular matéria penal


nas hipóteses de leis temporárias ou excepcionais.

Observação: Somente a Lei pode regular matéria penal nas hipóteses


de leis temporárias ou excepcionais.

2. Nas hipóteses de leis excepcionais, conforme entendimento do Supremo


Tribunal Federal, as medidas provisórias NÃO PODEM regular matéria penal.
(MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).

Questão original: Somente nas hipóteses de leis excepcionais,


conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, as medidas
provisórias podem regular matéria penal.

3. Observa- Se nas leis temporárias que sua vigência é previamente fixada


pelo legislador. (FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).

4. ► A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-seao fato
praticado durante a sua vigência. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária).

5. ► A lei excepcional ou temporária aplica-seao fato praticado durante sua


vigência, ainda que decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram. (VUNESP - Câmara Municipal de Itatiba -
SP - Advogado).

6. A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido o período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, NÃO deixa de ser
aplicada a fatos praticados durante sua vigência. (PUC- PR - TJ- MS - Analista
Judiciário).

Questão original: A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido o


período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, deixa de ser aplicada a fatos praticados durante sua
vigência.

7. A lei excepcional ou temporária, se decorrido o período de sua duração ou


cessadas as circunstâncias que a determinaram, RETROAGE ao fato praticado
durante sua vigência. (IBEG - IPREV - Procurador).

Questão original: A lei excepcional ou temporária, se decorrido o


período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, não retroage ao fato praticado durante sua vigência.

8. ► A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido o período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram SE APLICA ao
fato praticado durante a sua vigência. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente
Penitenciário Superior).

Questão original: A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido o


período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram não se aplica ao fato praticado durante a sua vigência.

9. A lei temporária, decorrido o período de duração, SE APLICA aos fatos


praticados durante a respectiva vigência. (VUNESP - PauliPrev - SP -
Procurador Autárquico).

Questão original: A lei temporária, decorrido o período de duração,


não se aplica aos fatos praticados durante a respectiva vigência.

10. A lei excepcional ou temporária aplica-seao fato praticado durante sua


vigência e PODE SER APLICADA MESMO APÓS o período de sua duração.
(VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Advogado).

Questão original: A lei excepcional ou temporária aplica-seao fato


praticado durante sua vigência e somente no período de sua duração.

11. Leis temporárias e excepcional (art. 3, CP) são hipóteses excepcional de:
ultra- Atividade maléfica. (IESES - TJ- PA - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

12. As leis temporárias BEM COMO as leis excepcionas têm ultra- Atividade.
(FUNIVERSA - SEAP- DF - Agente Penitenciário - Médio).

Questão original: As leis temporárias, diversamente das leis


excepcionas, têm ultra- Atividade.

Observação: Como regra no Direito Penal, a lei que foi revogada não
pode surtir mais efeitos para prejudicar o réu. Contudo, existem duas
exceções: as leis temporárias e excepcionais têm ultratividade, isto
é, mesmo após o término da vigência, ambas poderão ser aplicadas
para o agente que praticou o fato durante o período em que elas
estavam em vigor.

13. A lei excepcional e a lei temporária possuem em comum o regime


específico da: ultratividade gravosa. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

14. Em relação às leis temporárias, vige a regra da ultra- Atividade, de modo


que se aplicam aos fatos praticados durante a sua vigência, embora decorrido
o período de sua duração. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

15. Lei excepcional, por ter ultratividade, pode ser aplicada a fatos praticados
durante sua vigência mesmo após sua revogação. (MPE- SP - MPE- SP -
Promotor de Justiça).

16. O princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica NÃO é absoluto,


previsto constitucionalmente, NÃO sobrepondo- Se à ultratividade das leis
excepcionais ou temporárias. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria -
Assistente Jurídico).

Questão original: O princípio da retroatividade da lei penal mais


benéfica é absoluto, previsto constitucionalmente, sobrepondo- Se até
mesmo à ultratividade das leis excepcionais ou temporárias.

17. Em nome do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, a


abolitio criminis e a lex mitior alcançam todos os fatos delitivos anteriores à sua
entrada em vigor, COM EXCEÇÃO daqueles previstos em legislação penal
temporária ou excepcional. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

Questão original: Em nome do princípio da retroatividade da lei penal


mais benéfica, a abolitio criminis e a lex mitior alcançam todos os fatos
delitivos anteriores à sua entrada em vigor, inclusive aqueles previstos
em legislação penal temporária ou excepcional.

18. Em se tratando de crimes temporários e excepcionais, a nova lei penal


mais benéfica NÃO deverá ser aplicada retroativamente em benefício do réu,
INDEPENDENTE DE TER encerrado o período de vigência da norma
especial. (FAURGS - TJ- RS - Assessor Jurídico).

Questão original: Em se tratando de crimes temporários e


excepcionais, a nova lei penal mais benéfica deverá ser aplicada
retroativamente em benefício do réu, desde que encerrado o período
de vigência da norma especial.

19. A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto
desde que tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações
temporárias e excepcionais, no entanto, NÃO ADMITE- SE a mitigação do
princípio da anterioridade. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada


a um fato concreto desde que tenha tido origem antes da prática da
conduta. Em situações temporárias e excepcionais, no entanto, admite-
Se a mitigação do princípio da anterioridade.

Observação: O princípio da anterioridade não admite qualquer


exceção, pois não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal. De fato, as leis temporárias e
excepcionais têm ultratividade, ou seja, mesmo após revogadas,
poderão ser aplicadas para o sujeito que praticou o fato durante o
período em que elas estavam vigentes. Contudo, por óbvio, mesmo nas
situações temporárias ou excepcionais, só é possível incriminar ou
penalizar alguém mediante a presença de lei anterior à conduta do
agente.

20. Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos
penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro
de 2014. Considerando- Se essas informações, é correto afirmar que a referida
legislação é um exemplo de lei penal: temporária. (CESPE - TJ- PR - Juiz de
Direito).
21. Em razão da situação política do país, foi elaborada e publicada, em
01.01.2017, lei de conteúdo penal prevendo que, especificamente durante o
período de 01.02.2017 até 30.11.2017, a pena do crime de corrupção passiva
seria de 03 a 15 anos de reclusão e multa, ou seja, superior àquela prevista no
Código Penal, sendo que, ao final do período estipulado na lei, a sanção penal
do delito voltaria a ser a prevista no Art. 317 do Código Penal (02 a 12 anos de
reclusão e multa). No dia 05.04.2017, determinado vereador pratica crime de
corrupção passiva, mas somente vem a ser denunciado pelos fatos em
22.01.2018. Considerando a situação hipotética narrada, o advogado do
vereador denunciado deverá esclarecer ao seu cliente que, em caso de
condenação, será aplicada a pena de: 03 a 15 anos, diante da natureza de lei
temporária da norma que vigia na data dos fatos. (FGV - Câmara de
Salvador - BA - Advogado).

22. Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja
promulgada uma Lei Federal ordinária que estabeleça como crime o
desperdício doloso ou culposo de água tratada, no período compreendido entre
01 de novembro de 2014 e 01 de março de 2015. Em virtude do encerramento
da estiagem e volta à normalidade, não houve necessidade de edição de nova
lei ou alteração no prazo estabelecido na citada legislação. Nessa hipótese, o
indivíduo A que em 02 de março de 2015 estiver sendo acusado em um
processo criminal por ter praticado o referido crime de “desperdício de água
tratada”, durante o período de vigência da lei: poderá ser condenado pelo
crime de “desperdício de água tratada” ainda que o período indicado na
lei que previu essa conduta esteja encerrado. (VUNESP - PC- CE - Inspetor
de Polícia).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A vigência da lei temporária é previamente fixada pelo legislador, enquanto a


vigência da lei excepcional está condicionada ao término da situação de
anormalidade.

2. As leis excepcionais e temporárias são hipóteses excepcionais de ultratividade


maléfica (gravosa), pois mesmo quando cessam seus efeitos jurídicos, continuam
sendo aplicadas (no futuro) para todos aqueles que praticaram o fato durante o
período em que elas estavam em vigor.
1.10. TEMPO DO CRIME

Tempo do Crime

Art. 4º - Considera- Se praticado o crime no momento da ação ou omissão,


ainda que outro seja o momento do resultado.

1. É importante a fixação do tempo em que o crime se considera praticado


para, entre outras coisas, compreender a lei que deverá ser utilizada, aplicada,
e estabelecer a imputabilidade do sujeito. Com relação ao tempo do crime, o
Código Penal brasileiro adotou a: Teoria da Atividade. (INSTITUTO AOCP -
PC- ES - Assistente social).

2. Quanto ao tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro


adotou a teoria da atividade. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

3. Em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no artigo 4°, adotou a


TEORIA DA ATIVIDADE. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria -
Assistente Jurídico).

Questão original: Em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no


artigo 4°, adotou a teoria da ubiquidade.

Observação: No Direito Penal, três teorias buscam explicar o


momento em que o crime é praticado:

- Segundo a teoria da atividade, considera- Se praticado o crime no


momento da conduta (ação ou omissão), independentemente do
momento em que ocorrer o resultado. (Teoria adotada pelo CP).

- Segundo a teoria do resultado (evento) considera- Se praticado o


crime no momento em que ocorre o resultado (consumação).

- Segundo a teoria da ubiquidade (mista) considera- Se praticado o


crime no momento da conduta bem como no momento do resultado.
4. O Código Penal Brasileiro adotou a TEORIA DA ATIVIDADE para aferição
do tempo do crime, conforme se depreende do art. 4o do mencionado Código.
(VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: O Código Penal Brasileiro adotou a teoria do


resultado para aferição do tempo do crime, conforme se depreende do
art. 4o do mencionado Código.

5. Para fins de definir o tempo do crime, o ordenamento pátrio adotou a teoria


da atividade. (VUNESP - PauliPrev - SP - Procurador Autárquico).

6. No que tange ao tempo do crime, o código penal adotou a TEORIA DA


ATIVIDADE. (IESES - TJ- PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: No que tange ao tempo do crime, o código penal


adotou a teoria da ubiquidade.

7. No Código Penal brasileiro, adota- Se, com relação ao tempo do crime, a


TEORIA DA ATIVIDADE. (CESPE - TRE- MT - Analista).

Questão original: No Código Penal brasileiro, adota- Se, com relação


ao tempo do crime, a teoria da ubiquidade.

8. Assinale a alternativa que indica a teoria adotada pela legislação quanto ao


tempo do crime: Atividade. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

9. Com relação ao tempo do crime, adota- Se no CP a TEORIA DA


ATIVIDADE. (FUNIVERSA - SEAP- DF - Agente Penitenciário - Médio).

Questão original: Com relação ao tempo do crime, adota- Se no CP a


teoria da ubiquidade.

10. No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada a TEORIA DA ATIVIDADE


quando se fala do tempo do crime, ou seja, o crime é considerado praticado no
momento da ação ou da omissão. (CESPE - EMAP - Analista).
Questão original: No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada a
teoria da ubiquidade quando se fala do tempo do crime, ou seja, o
crime é considerado praticado no momento da ação ou da omissão.

11. Pela TEORIA DA ATIVIDADE, o lugar do crime é aquele em que foi


praticada a conduta comissiva ou omissiva. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO -
Agente de Segurança Prisional).

Questão original: Pela teoria da atividade ou do resultado, o lugar do


crime é aquele em que foi praticada a conduta comissiva ou omissiva.

12. No tocante ao tempo do crime, o Código Penal Brasileiro adotou a teoria


da atividade, que o considera como o momento da conduta comissiva ou
omissiva. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

13. Com relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou, nos termos de
seu art. 4º, a teoria da atividade, considerando praticado o delito no momento
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (IESES –
TJ - SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

14. O Código Penal acolheu a teoria da ação ou atividade, sendo o tempo da


infração penal tanto o da ação como o da omissão, independentemente do
momento do evento. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de Justiça).

15. O Direito Penal brasileiro considera como momento do cometimento do


crime: o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

16. ► Considera- Se praticado o crime no momento da ação ou omissão,


ainda que outro seja o momento do resultado. (CONSULPLAN - TRF - 2ª
REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

17. Considera- Se praticado o crime no momento DA AÇÃO OU OMISSÃO,


ainda que outro seja o momento DO RESULTADO. (FCC - Câmara Legislativa
do Distrito Federal - Técnico Legislativo).
Questão original: Considera- Se praticado o crime no momento do
resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou omissão.

18. Considera- Se praticado o crime no momento da ação ou omissão, no todo


ou em parte, MAS NÃO quando se produziu ou deveria produzir- Se o
resultado. (IESES - TJ- RO - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Considera- Se praticado o crime no momento da


ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como quando se produziu
ou deveria produzir- Se o resultado.

19. Considera- Se o crime praticado no momento da AÇÃO OU OMISSÃO, e


não do RESULTADO. (artigo 4o, CP). (VUNESP - Prefeitura de Caieiras - SP -
Procurador).

Questão original: Considera- Se o crime praticado no momento do


resultado, e não da ação ou omissão (artigo 4 o , CP).

20. Por adotar a TEORIA DA ATIVIDADE, o CP reputa praticado o crime


SOMENTE no momento da conduta. (CESPE - PC- GO - Escrivão de Polícia
Civil).

Questão original: Por adotar a teoria da ubiquidade, o CP reputa


praticado o crime tanto no momento da conduta quanto no da
produção do resultado.

21. O direito penal, quanto ao tempo do crime, considera praticado o crime no


momento DA SUA CONDUTA. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: O direito penal, quanto ao tempo do crime, considera


praticado o crime no momento do seu resultado.

22. Considera- Se praticado o crime no momento DA CONDUTA. (VUNESP -


Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).
Questão original: Considera- Se praticado o crime no momento do
resultado.

23. No delito continuado, formado por uma pluralidade de atos delitivos, mas
legalmente valorados como um só delito, para efeito de sanção, considera- Se
como tempo do crime aquele da prática de cada ação ou omissão. (FAPEC -
MPE- MS - Promotor de Justiça).

24. “João da Silva atira contra ‘X’ no dia 29/5, tendo ‘X’ falecido 20 dias depois.”
Sobre o tempo do crime, o Código Penal adota a: teoria da atividade.
(CONSULPLAN - TRE- RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa).

25. Em sete de janeiro de 2017, João praticou conduta que, à época,


configurava crime punível com prisão. O resultado desejado pelo autor, no
entanto, foi alcançado somente dois meses depois, ou seja, em sete de março
do mesmo ano, momento no qual a conduta criminosa tinha previsão de ser
punida com pena menos grave, de restrição de direitos. Nessa situação
hipotética, de acordo com a lei penal, considera- Se praticado o crime somente
em sete de JANEIRO de 2017, momento em que se PRATICOU A CONDUTA
desejada. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área
Administrativa).

Questão original: Nessa situação hipotética, de acordo com a lei penal,


considera- Se praticado o crime somente em sete de março de 2017,
momento em que se alcançou o resultado desejado.

26. Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem
moradora da cidade de São Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da
distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida de Gabriela. Pôs- Se
então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo
adquirido uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia
em que seguiu para São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na
rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito
Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito
Santo, Tício afirmou para Gabriela que iria matá- La. Todavia, dada a calma de
Tício, a jovem achou que se tratava de uma brincadeira. Durante o trajeto,
Tício, ofereceu a ela uma bebida contendo substância que causava a perda
dos sentidos. Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto
passavam pela BR-101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com
a faca no peito da jovem. Quando chegou ao destino, Tício se entregou para
polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao
Hospital. O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no
momento: da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado. Trata- Se, portanto, do momento em que Tício desferiu os
golpes em Gabriela. (Instituto Acesso - PC- ES - Delegado de Polícia).

27. Um brasileiro, João, que reside em Buenos Aires, Argentina, decide matar
um desafeto, José, que reside na cidade de Alumínio, SP, Brasil. João, em sua
residência, fabrica uma “carta- Bomba”, no dia 10, e, no mesmo dia, posta o
objeto em uma unidade dos correios de Buenos Aires, com destino a Alumínio.
O artefato é recebido por José, em Alumínio, no dia 20. No dia 25 é aberto,
explode e mata José. Com relação à aplicação da Lei Penal, e de acordo com
os arts. 4º e 6º do CP, assinale a alternativa que traz, respectivamente, o dia do
crime e o local em que ele foi praticado: o crime foi praticado no dia 10; e o
local em que o crime foi praticado pode ser Buenos Aires ou Alumínio.
(VUNESP - Prefeitura de Alumínio - SP - Procurador).

28. No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido


em 03 de março de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere
diversos disparos de arma de fogo em seu peito com intenção de matá- Lo.
Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares
de Fernando, que optaram por transferi- Lo de helicóptero para Porto Velho,
onde foi operado. No dia 05 de março de 2014, porém, Fernando não resistiu
aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no hospital de
Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do
Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação
a estes fatos, Felipe será considerado: inimputável, pois o Código Penal
adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o
lugar do crime é definido pela Teoria da Ubiquidade. (FGV - TJ- RO -
Técnico Judiciário).

29. No dia 02.01.2018, Jéssica, nascida em 03.01.2000, realiza disparos de


arma de fogo contra Ana, sua inimiga, em Santa Luzia do Norte, mas terceiros
que presenciaram os fatos socorrem Ana e a levam para o hospital em Maceió.
Após três dias internada, Ana vem a falecer, ainda no hospital, em virtude
exclusivamente das lesões causadas pelos disparos de Jéssica. Com base na
situação narrada, é correto afirmar que Jéssica: não poderá ser
responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da
Atividade para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para
definir o lugar. (FGV - TJ- AL - Analista Judiciário - Área Judiciária).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Quanto ao tempo do crime, o Código Penal adotou a teoria da atividade, pois


considera- Se praticado o crime no momento da conduta (ação ou omissão), pouco
importando o momento em que ocorrer o resultado.

1.11. CRIME CONTINUADO E PERMANENTE (LEI PENAL NO


TEMPO)

1. ► A lei penal mais grave aplica-seao crime continuado ou ao crime


permanente, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça). SÚMULA 711, STF

2. A lei penal mais grave aplicar- Se-á ao crime continuado ou ao crime


permanente, se a sua vigência for posterior à cessação da continuidade
delitiva ou da permanência. (CESPE - PJC- MT - Delegado de Polícia).
SÚMULA 711, STF

3. Quanto ao CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO, é correto afirmar que


a lei penal mais grave aplica-seao crime continuado ou ao crime permanente,
se a sua vigência é ANTERIOR à cessação da continuidade ou da
permanência. (FCC - DPE- ES - Defensor Público). SÚMULA 711, STF
Questão original: Quanto às causas de aumento da pena, é correto
afirmar que a lei penal mais grave aplica-seao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é posterior à cessação da
continuidade ou da permanência.

4. A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que
a nova lei se aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso
o início da vigência da referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou
da permanência. (CESPE - PGE- PE - Analista - Superior). SÚMULA 711, STF

5. Tratando- Se de crimes permanentes, aplica-se a lei penal mais grave se


esta tiver vigência antes da cessação da permanência. (CESPE - STJ -
Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 711, STF

6. No caso de crime permanente, aplica-seao crime integral a nova lei, ainda


que mais gravosa, se esta entrar em vigência durante a execução da conduta
criminosa. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público). SÚMULA 711, STF

7. Para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa,
pois é considerado tempo do crime todo o período em que se desenvolver a
atividade criminosa. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente
Jurídico). SÚMULA 711, STF

8. SE APLICA a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior


à cessação da permanência. (UEG - PC- GO - PC- GO). SÚMULA 711, STF

Questão original: Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se


a sua vigência é anterior à cessação da permanência.

9. Ainda que se trate de crime permanente, a novatio legis in pejus PODERÁ


ser aplicada MESMO QUANDO efetivamente agravar a situação do réu.
(CESPE - PC- GO - Escrivão de Polícia Civil). SÚMULA 711, STF

Questão original: Ainda que se trate de crime permanente, a novatio


legis in pejus não poderá ser aplicada se efetivamente agravar a
situação do réu.

10. Na hipótese de crime permanente, diante de duas leis penais vigentes, uma
em cada determinado período de permanência delitiva, NEM SEMPRE deve
ser aplicada a lei penal mais benéfica ao réu. (CEFET- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).

Questão original: Na hipótese de crime permanente, diante de duas


leis penais vigentes, uma em cada determinado período de
permanência delitiva, sempre deve ser aplicada a lei penal mais
benéfica ao réu.

11. A lei aplicável para os crimes permanentes será aquela vigente quando se
CESSOU a conduta criminosa do agente. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 711, STF

Questão original: A lei aplicável para os crimes permanentes será


aquela vigente quando se iniciou a conduta criminosa do agente.

12. Segundo o STF, a lei penal mais grave aplica-seao crime permanente OU
ao crime continuado, se a vigência da lei é anterior à cessação da continuidade
ou da permanência. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia). SÚMULA
711, STF

Questão original: Segundo o STF, a lei penal mais grave aplica-seao


crime permanente, mas não ao crime continuado, se a vigência da lei é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

SÚMULA 711, STF – “A lei penal mais grave aplica-seao crime


continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência”.

13. À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa


correta: A lei penal mais grave aplica-seao crime continuado ou ao crime
permanente, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito). SÚMULA 711, STF

14. Segundo entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal, a lei


penal mais grave aplica-seao crime continuado, se a sua vigência é anterior
à cessação da continuidade. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).
SÚMULA 711, STF

15. Segundo entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal, no crime


continuado, se entrar em vigor lei mais grave enquanto não cessada a
continuidade, aplica-se a lei penal mais grave. (MPE- MS - MPE- MS -
Promotor de Justiça). SÚMULA 711, STF

16. Em matéria de crime continuado, é correto afirmar que: Aplica-se a lei


penal mais grave, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade.
(FCC - TJ- AL - Juiz de Direito). SÚMULA 711, STF

17. Sobre o tema em questão, de acordo com a jurisprudência majoritária dos


Tribunais Superiores, é correto afirmar que os crimes classificados como
permanentes ADMITEM que a lei penal nova mais grave seja aplicada ao
agente, QUANDO sua vigência seja anterior à cessação da permanência, em
respeito à irretroatividade da lei penal mais gravosa. (FGV - AL- RO -
Advogado). SÚMULA 711, STF

Questão original: Sobre o tema em questão, de acordo com a


jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, é correto afirmar
que os crimes classificados como permanentes não admitem que a lei
penal nova mais grave seja aplicada ao agente, ainda que sua vigência
seja anterior à cessação da permanência, em respeito à irretroatividade
da lei penal mais gravosa.

18. Se um indivíduo praticar uma série de crimes da mesma espécie, em


continuidade delitiva e sob a vigência de duas leis distintas, aplicar- Se-á, em
processo contra ele, a lei vigente ao tempo em que cessaram os delitos, ainda
que seja mais gravosa. (CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário). SÚMULA
711, STF

19. Se vigorava lei mais benéfica, depois substituída por lei mais grave, hoje
vigente, é a lei mais grave que será aplicada ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência foi iniciada antes da cessação da
continuidade. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal). SÚMULA
711, STF

20. No tocante ao princípio da extra- Atividade da lei penal, em se tratando de


crimes continuados ou permanentes, aplica-se alegislação mais grave se a
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. (MPE-
SC - MPE- SC - Promotor de Justiça). SÚMULA 711, STF

21. Em se tratando de crimes permanentes, a nova lei penal mais gravosa


não poderá retroagir em relação aos fatos já realizados pelo agente; todavia,
esta deverá ser utilizada pelo juiz no momento da prolação da sentença, caso
se verifique a permanência delitiva após a sua entrada em vigor. (FAURGS -
TJ- RS - Assessor Jurídico). SÚMULA 711, STF

22. João cometeu crime permanente que teve início em fevereiro de 2011 e fim
em dezembro desse mesmo ano. Em novembro de 2011, houve alteração
legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido. Nessa situação,
deve ser aplicada a lei que prevê pena mais MALÉFICA, POIS ENTROU EM
VIGOR ANTES DA CESSAÇÃO DA PERMANÊNCIA CRIMINOSA. (CESPE -
EMAP - Analista). SÚMULA 711, STF

Questão original: Nessa situação, deve ser aplicada a lei que prevê
pena mais benéfica em atenção ao princípio da irretroatividade da
lei penal mais gravosa.

23. Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse


período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento de pena
que se enquadra perfeitamente no caso em apreço. Nessa situação hipotética,
a lei penal: mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva
prolongou- Se até a entrada em vigor da nova legislação, antes da
cessação da permanência do crime. (CESPE - PC- PE - Escrivão de Polícia
Civil). SÚMULA 711, STF

24. Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com
pena privativa de liberdade previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de
dezembro de 2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão. No ano seguinte
decorreu o período de sua duração, findando- Se a citada lei no dia 31 de
dezembro de 2017. Em relação à aplicação da lei penal: Caio deve ser preso
e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando- Se ao fato
criminoso a lei temporária. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
SÚMULA 711, STF

25. Rosa Margarida, apaixonada por Carlos Flores, imaginando que se os dois
convivessem por alguns dias, ele poderia se apaixonar, resolveu sequestrá- Lo.
Sendo assim, o privou da sua liberdade e o levou para sua casa. Enquanto
Carlos era mantido em cativeiro por Rosa, nova lei entrou em vigor, agravando
a pena do crime de sequestro. Sobre a possibilidade de aplicação da nova lei,
mais severa, ao caso exposto: é aplicável, pois entrou em vigor antes de
cessar a permanência. (VUNESP - Prefeitura de Sertãozinho - SP -
Procurador Municipal). SÚMULA 711, STF

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. SÚMULA 711, STF - A lei penal mais grave aplica-seao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.

1.12. LUGAR DO CRIME E LEI PENAL NO ESPAÇO

Lugar do Crime

Art. 5º - Considera- Se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou


omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir- Se o resultado.
1. No Direito Penal brasileiro, é considerado o lugar do crime, tanto o lugar em
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria produzir- Se o resultado (art. 6º do Código Penal). A
junção dessas hipóteses é chamada de teoria da: ubiquidade. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

2. Com relação ao lugar do crime, para efeito de aplicação da lei brasileira e


sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, o
Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, nos termos do seu art. 6º,
considerando praticado o delito no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir- Se o
resultado. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

3. No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria da ubiquidade,


ou seja, considera- Se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir- Se o resultado. (VUNESP - PC- SP - Investigador de Polícia Civil).

4. Em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no artigo 6°, adotou a


TEORIA DA UBIQUIDADE (OU MISTA). (VUNESP - MPE- SP - Analista de
Promotoria - Assistente Jurídico).

Questão original: Em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no


artigo 6°, adotou a teoria da atividade.

Observação: No Direito Penal, três teorias principais buscam


determinar o lugar em que o crime foi praticado:

- Segundo a teoria da atividade, considera- Se praticado o crime no


lugar em que ocorreu a conduta (ação ou omissão), no todo ou em
parte.
- Segundo a teoria do resultado (evento) considera- Se praticado o
crime no lugar em que se produziu ou deveria produzir- Se o resultado.

- Segundo a teoria da ubiquidade (mista) considera- Se praticado o


crime no lugar em que ocorreu a conduta (ação ou omissão), no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir- Se o
resultado. (Teoria adotada pelo CP).

5. Segundo a doutrina nacional, o Código Penal adotou, em seu artigo 6.º, a


chamada a TEORIA DA UBIQUIDADE (OU MISTA). (FUNIVERSA - SAPeJUS
- GO - Agente de Segurança Prisional).

Questão original: Segundo a doutrina nacional, o Código Penal


adotou, em seu artigo 6.º, a chamada teoria do resultado.

6. Para fins de definir o lugar do crime, o ordenamento pátrio adotou a TEORIA


DA UBIQUIDADE (OU MISTA). (VUNESP - PauliPrev - SP - Procurador
Autárquico).

Questão original: Para fins de definir o lugar do crime, o ordenamento


pátrio adotou a teoria do resultado.

7. Pela teoria do resultado ou do evento, o lugar do crime é aquele em que o


crime se consumou, pouco importando o local da prática da conduta.
(FUNIVERSA - SAPeJUS - GO - Agente de Segurança Prisional).

8. Segundo o art. 6º do Código Penal, considera- Se praticado o crime no lugar


em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria se produzir o resultado. Existem várias teorias acerca
do lugar do crime. Qual é a Teoria adotada pelo Código Penal vigente? Teoria
da Ubiquidade. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Assistente social)

9. No Código Penal brasileiro, adota- Se a teoria da ubiquidade, conforme a


qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se
produziu ou deveria produzir- Se o resultado. (CESPE - TJ- DFT - Técnico
de Administração).

10. Em razão da teoria da ubiquidade, considera- Se praticado o crime no


lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria ter sido produzido o resultado. (CESPE -
DPE- DF - Defensor Público).

11. No tocante ao lugar do crime, o Código Penal Brasileiro adotou a TEORIA


DA UBIQUIDADE (OU MISTA), que o considera como o local onde ocorreu a
conduta criminosa, BEM COMO ONDE SE PRODUZIU OU DEVERIA
PRODUZIR- SE O RESULTADO. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

Questão original: No tocante ao lugar do crime, o Código Penal


Brasileiro adotou a teoria da atividade, que o considera como o local
onde ocorreu a conduta criminosa.

12. No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a TEORIA DA


UBIQUIDADE (OU MISTA), ou seja, considera- Se praticado o crime no lugar
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, BEM COMO ONDE
SE PRODUZIU OU DEVERIA PRODUZIR- SE O RESULTADO (VUNESP -
PC- SP - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a


teoria da atividade, ou seja, considera- Se praticado o crime no lugar
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte.

13. No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a TEORIA DA


UBIQUIDADE (OU MISTA), ou seja, considera- Se praticado o crime no lugar
onde se produziu ou deveria produzir- Se o resultado, BEM COMO NO LUGAR
EM QUE OCORREU A AÇÃO OU OMISSÇÃO. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).

Questão original: No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a


teoria do resultado, ou seja, considera- Se praticado o crime no lugar
onde se produziu ou deveria produzir- Se o resultado.

14. Pela teoria da ubiquidade, o lugar do crime será aquele em que foi
praticada a conduta comissiva ou omissiva, BEM COMO ONDE SE
PRODUZIU OU DEVERIA PRODUZIR- SE O RESULTADO. (FUNIVERSA -
SAPeJUS - GO - Agente de Segurança Prisional).

Questão original: Pela teoria da ubiquidade, o lugar do crime será, tão


somente, aquele em que foi praticada a conduta comissiva ou
omissiva.

15. O código penal brasileiro considera praticado o crime no lugar em que


ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria produzir- Se o resultado. (FCC - Prefeitura de
Campinas - SP - Procurador).

16. ► Considera- Se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou


omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir- Se o resultado. (CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

17. Considera- Se o crime praticado no lugar em que ocorreu a ação ou


omissão, bem como onde se produziu ou deveria produzir- Se o resultado.
(VUNESP - Prefeitura de Caieiras - SP - Procurador).

18. Considera- Se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou


omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir- Se o resultado. (UFMT - TJ- MS - Analista).

19. O Código Penal adota a teoria da atividade, segundo a qual o delito deverá
ser considerado praticado no momento da ação ou da omissão e o local do
crime deverá ser aquele onde tenha ocorrido a ação ou a omissão, BEM
COMO ONDE SE PRODUZIU OU DEVERIA PRODUZIR- SE O RESULTADO.
(CESPE - PGE- PE - Analista - Superior).

Questão original: O Código Penal adota a teoria da atividade, segundo


a qual o delito deverá ser considerado praticado no momento da ação
ou da omissão e o local do crime deverá ser aquele onde tenha
ocorrido a ação ou a omissão.
20. De acordo com o Código Penal, considera- Se lugar do crime aquele em
que o resultado se produziu OU DEVERIA PRODUZIR- SE, BEM COMO O
LUGAR EM QUE OCORREU A AÇÃO OU OMISSÃO. (VUNESP - Câmara
Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal, considera- Se lugar


do crime aquele em que o resultado se produziu.

21. Considera- Se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou


omissão, no todo ou em parte, sendo RELEVANTE para esse fim onde se
produziu ou deveria ser produzido o resultado. (FUNDATEC - PGE- RS -
Procurador do Estado).

Questão original: Considera- Se praticado o crime no lugar em que


ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, sendo irrelevante
para esse fim onde se produziu ou deveria ser produzido o resultado.

22. No concurso de pessoas, o lugar do crime será aquele em que ocorrerem


os atos de participação ou coautoria, BEM COMO o local do
resultado. (CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

Questão original: No concurso de pessoas, o lugar do crime será


somente aquele em que ocorrerem os atos de participação ou
coautoria, independentemente do local do resultado.

23. Ainda que se trate de tentativa delituosa, considera- Se lugar do crime não
só aquele onde o agente tiver praticado atos executórios, mas também
aquele onde deveria produzir- Se o resultado. (CESPE - TJ- DFT - Técnico
de Administração).

24. Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que
tivesse ocorrido a consumação do delito, BEM COMO O LUGAR EM QUE
OCORREU A AÇÃO OU OMISSÃO. (CESPE - PC- MA - Delegado de
Polícia).
Questão original: Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o
agente pretendia que tivesse ocorrido a consumação do delito.

25. Pela teoria do resultado, o lugar do crime é aquele em que SE PRODUZIU


OU SE DEVERIA PRODUZIR O RESULTADO. (FUNIVERSA - SAPeJUS - GO
- Agente de Segurança Prisional).

Questão original: Pela teoria do resultado, o lugar do crime é aquele


em que se produziu ou se deveria produzir o resultado, bem como o
local em que fora perpetrada a conduta comissiva ou omissiva do
agente.

26. Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo


cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido.
(CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

Observação: Os crimes complexos são aqueles que de alguma forma


estão relacionados entre si. Nestes crimes não se aplica a teoria da
ubiquidade. A título de exemplo, se um furto foi cometido no Paraguai
e a receptação foi praticada no Brasil, somente a receptação será
julgada no Brasil.

27. Nos crimes complexos, SE APLICA a teoria da ubiquidade, mesmo que o


delito- Meio tenha sido cometido em território brasileiro. (CESPE - PC- MA -
Delegado de Polícia).

Questão original: Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da


ubiquidade, mesmo que o delito- Meio tenha sido cometido em território
brasileiro.

28. Crimes à distância são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um


país e o resultado, em outro. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).

Observação: A discussão a respeito do local do crime tem relevância


tão somente em relação aos crimes de distância (crimes de espaço
máximo), isto é, aqueles em que a conduta (ação ou omissão) é
cometida em um país e o resultado se produz em outro. Não se trata,
portanto, de comarcas diferentes, mas sim de países distintos.

29. Na data de 03 de outubro de 2014, na cidade de Aquiraz – CE, o indivíduo


B efetuou dois disparos de arma de fogo contra a pessoa C, que foi socorrida
no Hospital mais próximo. A pessoa C foi posteriormente transferida para um
Hospital na cidade de Fortaleza – CE, local em que faleceu na data de 09 de
outubro de 2014, em decorrência dos disparos de arma de fogo efetuados pelo
indivíduo B na cidade de Aquiraz – CE. Assinale a alternativa correta em
relação ao lugar e tempo do crime praticado pelo indivíduo B, segundo o
previsto no Código Penal, considera- Se o lugar do crime: tanto aquele em
que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE
quanto o local em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o
tempo do crime, o dia 03 de outubro de 2014. (VUNESP - PC- CE - Escrivão
de Polícia Civil).

30. Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de


um veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que
estava em missão em unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes
prenderam o traficante em flagrante, conduziram- No à autoridade policial local
e levaram o colega ferido ao hospital da região. Nessa situação hipotética, para
definir o lugar do crime praticado pelo traficante, o Código Penal brasileiro
adota o: princípio da ubiquidade. (CESPE - Polícia Federal - Papiloscopista
da Polícia Federal).

Territorialidade

Art. 5º, CP: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e
regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

§1º - Para os efeitos penais, consideram- Se como extensão do território


nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a
serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou
em alto- Mar.

§2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de


aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando- Se
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Extraterritorialidade

Art. 7º, CP: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,


de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia
mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

II - os crimes:

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;

b) praticados por brasileiro;

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de


propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

§1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,


ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.

§2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do


concurso das seguintes condições:

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a


pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

§3º - A lei brasileira aplica-setambém ao crime cometido por estrangeiro contra


brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo
anterior:

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º, CP: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Eficácia de sentença estrangeira

Art. 9º, CP: A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira


produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil
para:
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos
civis;

II - sujeitá- Lo a medida de segurança.

Parágrafo único - A homologação depende:

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;

b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de


cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de
requisição do Ministro da Justiça.

1. ► Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras


de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (INAZ do
Pará - CORE- SP - Assistente Jurídico).

2. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de


direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (INAZ do Pará -
CORE- SP - Assistente Jurídico).

Questão original: Aplica-se a lei estrangeira, sem prejuízo de


convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.
3. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
DIREITO INTERNACIONAL, ao crime cometido no território nacional. (INAZ do
Pará - CORE- SP - Assistente Jurídico).

Questão original: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de


convenções, tratados e regras de direito nacional, ao crime cometido
no território nacional.

4. Aplica-se a lei brasileira, SEM PREJUÍZO de convenções, tratados e regras


de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (INAZ do Pará
- CORE- SP - Assistente Jurídico).

Questão original: Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de


convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.

5. Ao crime cometido no território nacional aplica-se a lei brasileira, SEM


PREJUÍZO de aplicação de qualquer tratado ou regra de direito internacional.
(VUNESP - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

Questão original: Ao crime cometido no território nacional aplica-se a


lei brasileira, sem possibilidade de aplicação de qualquer tratado ou
regra de direito internacional.

6. Ao crime cometido no território nacional, aplica-se a lei brasileira, SEM


PREJUÍZO de qualquer convenção, tratado ou regra de direito
internacional. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Ao crime cometido no território nacional, aplica-se a


lei brasileira, independentemente de qualquer convenção, tratado ou
regra de direito internacional.

7. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de


direito internacional, ao crime cometido no TERRITÓRIO NACIONAL. (INAZ do
Pará - CORE- SP - Assistente Jurídico).
Questão original: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território internacional.

8. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de


direito internacional, ao crime cometido no TERRITÓRIO NACIONAL. (CAIP-
IMES - CRAISA de Santo André - SP - Advogado).

Questão original: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de


convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional e no estrangeiro.

9. De acordo com o princípio da territorialidade, É POSSÍVEL, SEM PREJUÍZO


de regras internacionais, que um crime cometido no Brasil SOFRA as
consequências da Lei Brasileira. (IESES - TJ- PA - Titular de Serviços de Notas
e de Registros).

Questão original: De acordo com o princípio da territorialidade, não é


possível, por conta de regras internacionais, que um crime cometido no
Brasil não sofra as consequências da Lei Brasileira.

10. Será aplicada a lei brasileira se as aeronaves estiverem em pouso no


território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e as
embarcações estiverem em porto ou mar territorial do Brasil. (VUNESP - PC-
CE - Inspetor de Polícia).

11. Aplica-se a lei brasileira se as aeronaves estiverem em voo no espaço


aéreo correspondente e se as embarcações estiverem em mar territorial do
Brasil. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: É vedada a aplicação da lei brasileira se as


aeronaves estiverem em voo no espaço aéreo correspondente e se as
embarcações estiverem em mar territorial do Brasil.
12. Será aplicada a lei brasileira se as embarcações estiverem em porto
brasileiro, BEM COMO se as embarcações estiverem em mar territorial do
Brasil. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Será aplicada a lei brasileira se as embarcações


estiverem em porto brasileiro, mas é vedada a aplicação da lei
brasileira se as embarcações estiverem em mar territorial do Brasil.

13. Será aplicada a lei brasileira se as aeronaves estiverem em pouso no


território nacional, BEM COMO se as aeronaves estiverem em voo no espaço
aéreo correspondente. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Será aplicada a lei brasileira se as aeronaves


estiverem em pouso no território nacional, sendo vedada a aplicação da
lei brasileira se as aeronaves estiverem em voo no espaço aéreo
correspondente.

14. Consideram- Se extensões do território brasileiro as embarcações


brasileiras de propriedade privada em alto mar. (FCC - TCM- GO -
Procurador).

15. Para os efeitos penais, consideram- Se como extensão do território


nacional: as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem em alto- Mar. (UERR - SETRABES - Agente).

16. Para os efeitos penais, consideram- Se como extensão do território


nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza privada QUE SE
ACHEM, RESPECTIVAMENTE, NO ESPAÇO AÉREO CORRESPONDENTE
OU EM ALTO- MAR, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras
mercantes, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente
ou em alto- Mar. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Questão original: Para os efeitos penais, consideram- Se como


extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras,
de natureza privada onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras mercantes, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto- Mar.

17. Considere que tenha sido cometido um homicídio a bordo de um navio


petroleiro de uma empresa privada hondurenha ancorado no porto de Recife –
PE. Nessa situação hipotética: caberá à autoridade policial brasileira
instaurar, de ofício, o inquérito policial para investigar a materialidade e a
autoria do delito, que será punido conforme as leis brasileiras. (CESPE -
PC- PE - Agente de Polícia).

18. Mévio, deputado estadual, estava de férias com sua família em


embarcação brasileira, de natureza privada, na França, quando acabou por
praticar um crime de lesão corporal grave contra um francês que foi
desrespeitoso com seus filhos. Dias após do delito, Mévio retornou ao Brasil
sem que os fatos chegassem ao conhecimento das autoridades francesas,
mas, em razão de gravações por câmeras de celulares, o Ministério Público
tomou conhecimento dos fatos. Considerando apenas as informações
narradas, é correto afirmar que Mévio: poderá vir a ser julgado no Brasil,
sendo indispensável que, dentre outras condições, o autor ingresse no
país e não tenha sido absolvido na França. (FGV - AL- RO - Advogado).

19. Embarcação brasileira a serviço do governo brasileiro, para os efeitos


penais, é considerada extensão do território nacional. (VUNESP - PC- BA -
Investigador de Polícia Civil).

20. O território nacional estende- Se a embarcações e aeronaves brasileira de


natureza pública ONDE QUER QUE SE ENCONTREM. (FCC - PC- AP -
Delegado de Polícia).

Questão original: O território nacional estende- Se a embarcações e


aeronaves brasileira de natureza pública, desde que se encontrem no
espaço aéreo brasileiro ou em alto- Mar.

21. No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria da


territorialidade estendida, ou seja, considera- Se praticado no Brasil o crime
cometido a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza
PÚBLICA, onde quer que se encontrem. (VUNESP - PC- SP - Investigador de
Polícia Civil).

Questão original: No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a


teoria da territorialidade estendida, ou seja, considera- Se praticado no
Brasil o crime cometido a bordo de embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se
encontrem.

22. A lei penal brasileira aplica-seao crime perpetrado no interior de navio de


guerra de pavilhão pátrio, ainda que em mar territorial estrangeiro, dado o:
princípio da territorialidade. (CESPE - TRE- MT - Analista).

23. Para os efeitos penais, consideram- Se como extensão do território


nacional: as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a
serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem. (UERR -
SETRABES - Agente).

24. Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que
esteja a serviço do governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja
ancorada em território estrangeiro. (CESPE - EMAP - ANALISTA).

25. Aplica-se a lei brasileira a crimes praticados a bordo de embarcações


brasileiras a serviço do governo brasileiro que se encontrem ancorados em
portos estrangeiros. (FCC - TCM- GO - Procurador).

26. Para os efeitos penais, consideram- Se como extensão do território


nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a
serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
Mar. Tal instituto é denominado TERRITORIALIDADE. (IESES - TJ- PA -
Titular de Serviços de Notas e de Registros).
Questão original: Para os efeitos penais, consideram- Se como
extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras,
de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto- Mar. Tal instituto é
denominado Extraterritorialidade.

27. De acordo com o princípio da territorialidade da lei penal, se um crime for


cometido dentro de um navio público brasileiro, ainda que em alto- Mar, o
delito deverá ser julgado pela justiça brasileira. (FUNIVERSA - SEAP- DF -
Agente Penitenciário - Médio).

28. O Código Penal adotou o princípio da territorialidade, em relação à


aplicação da lei penal no espaço. Tal princípio NÃO É ABSOLUTO, POIS
ADMITE EXCEÇÃO. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

Questão original: O Código Penal adotou o princípio da territorialidade,


em relação à aplicação da lei penal no espaço. Tal princípio é absoluto,
não admitindo qualquer exceção.

29. De acordo com o Código Penal, aplica-se a lei brasileira aos crimes
praticados a bordo de embarcações estrangeiras, de propriedade privada,
que estejam em porto ou mar territorial do Brasil. (VUNESP - Câmara
Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

30. A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos em aeronaves


estrangeiras de propriedade privada que estiverem sobrevoando o espaço
aéreo brasileiro. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).

31. Aplica-se a lei penal brasileira ao crime cometido no território nacional. O


art. 5° do CP estende a aplicação da lei penal brasileira para fato cometido em
embarcação estrangeira de propriedade privada navegando no mar territorial
do Brasil. (VUNESP - Câmara de Marília - SP - Procurador Jurídico).
32. A lei brasileira aplica-seaos crimes praticados a bordo de: embarcação
estrangeira de propriedade privada que esteja em mar territorial brasileiro.
(DPE- PE - DPE- PE - Estágio - Direito).

33. É APLICÁVEL a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves


ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando- Se
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. (CESPE - TJ-
DFT - Juiz de Direito).

Questão original: Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados


a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, ainda que achando- Se aquelas em pouso no território nacional
ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.

34. EXISTE HIPÓTESE QUE é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada.
(CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Em nenhuma hipótese é aplicável a lei brasileira


aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada.

Observação: Segundo o CP, a lei penal brasileira é aplicada aos


crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando- Se aquelas em pouso no território
nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto
ou mar territorial do Brasil.

35. É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou


embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando- Se aquelas em
pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e
estas em PORTO OU MAR TERRITORIAL DO BRASIL. (NUCEPE - PC- PI -
Delegado de Polícia).
Questão original: É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando- Se aquelas em pouso no território nacional ou em
voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou em alto-
Mar.

36. A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos a bordo de


embarcações e aeronaves estrangeiras de propriedade privada que estejam
localizadas no mar territorial ou sobrevoando o espaço aéreo brasileiro, sendo
também consideradas como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, localizadas em
mar territorial ou no espaço aéreo de outro país, desde que estejam a serviço
do governo brasileiro. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

37. No Brasil, os efeitos da lei penal PODEM ultrapassar seus limites territoriais
para regular fatos ocorridos além da sua soberania. (VUNESP - Prefeitura de
Caieiras - SP - Procurador).

Questão original: No Brasil, os efeitos da lei penal não podem


ultrapassar seus limites territoriais para regular fatos ocorridos além da
sua soberania.

38. Constitui hipótese de aplicação da lei penal brasileira, independente de


qualquer condição, a mera prática de delito em outro país que não o Brasil,
exceto os crimes: praticados por brasileiros. (UERR - SETRABES - Agente).

Observação: Na extraterritorialidade incondicionada, o simples fato


de alguém praticar um crime em território estrangeiro autoriza a
aplicação da lei penal brasileira, independente de qualquer condição
nas situações a seguir:

(1) crime contra a vida ou liberdade do Presidente da República;

(2) crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do DF, de


Estado, Território ou Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

(3) crime contra a administração pública, por quem está a seu


serviço;

(4) crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado


no Brasil.

39. A extraterritorialidade presente no art. 7º do Código Penal se divide em


condicionada e incondicionada. Na extraterritorialidade incondicionada, aplica-
se a lei nacional a determinados crimes cometidos fora do território,
independentemente de qualquer condição, ainda que o acusado seja absolvido
ou condenado no estrangeiro, EXCETO: quando, por tratado ou convenção,
o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado. (INSTITUTO AOCP - PC-
ES - Assistente social).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam as


hipóteses em que o agente será punido pela lei brasileira
independentemente de qualquer condição (ainda que o acusado
seja absolvido ou condenado no estrangeiro):

a) quando o crime for contra a vida ou a liberdade do Presidente da


República.

b) quando o crime for contra o patrimônio ou a fé pública da União, do


Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída

c) no caso de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado


no Brasil.

e) quando o crime for contra a administração pública, por quem está a


seu serviço.

40. FICA sujeito à lei brasileira, embora cometido no estrangeiro, o crime


contra a liberdade do Presidente da República. (UFMT - TJ- MS - Técnico
Judiciário).
Questão original: Não fica sujeito à lei brasileira, embora cometido no
estrangeiro, o crime contra a liberdade do Presidente da República.

41. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


cometidos contra a vida ou A LIBERDADE do Presidente da República.
(NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Questão original: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou o patrimônio do
Presidente da República.

42. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


contra a VIDA OU A LIBERDADE do Presidente da República. (CAIP- IMES -
Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Procurador).

Questão original: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro, os crimes contra a honra do Presidente da República.

43. No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a TEORIA DA


EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA, ou seja, APLICA-SE
ALEGISLAÇÃO PENAL BRASILEIRA ao crime cometido no estrangeiro
contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).

Questão original: No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a


teoria da extraterritorialidade, ou seja, considera- Se praticado no
Brasil o crime cometido no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do
Presidente da República.

44. Ao autor de crime praticado contra a liberdade do Presidente da República


quando em viagem a país estrangeiro, APLICA-SE A LEI BRASILEIRA
(AINDA QUE ABSOLVIDO OU CONDENADO NO
ESTRANGEIRO). (VUNESP - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).
Questão original: Ao autor de crime praticado contra a liberdade do
Presidente da República quando em viagem a país estrangeiro, aplica-
se a lei do país em que os fatos ocorrerem.

45. Um crime praticado contra a vida ou a liberdade do Presidente da


República, se cometido no estrangeiro, ficará sujeito à legislação BRASILEIRA
(AINDA QUE ABSOLVIDO OU CONDENADO NO ESTRANGEIRO).
(VUNESP - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

Questão original: Um crime praticado contra a vida ou a liberdade do


Presidente da República, se cometido no estrangeiro, ficará sujeito à
legislação do país em que tenha ocorrido.

46. Em uma embarcação pública estrangeira, em mar localizado no território do


Uruguai, o presidente do Brasil sofre um atentado contra sua vida pela conduta
de João, argentino residente no Brasil, que conseguiu se infiltrar no navio
passando- Se por funcionário da cozinha, já planejando o cometimento do
delito. O presidente do Brasil, porém, é socorrido e se recupera, enquanto João
é identificado e preso na Bahia, um mês após os fatos. Considerando a
situação narrada, sobre a aplicação da lei penal no espaço, é correto afirmar
que: a João poderá ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime
tenha sido absolvido ou condenado no estrangeiro. (FGV - CODEBA -
Advogado).

47. Ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro, o agente, quando está a


serviço da administração pública, é punido segundo a lei brasileira por
qualquer dos crimes contra a administração em geral. (CONSULPLAN - TJ-
MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

48. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


cometidos contra a administração pública, POR QUEM ESTÁ A SEU
SERVIÇO. (CAIP- IMES - Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Procurador).

Questão original: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro, os crimes cometidos por particulares contra a
administração pública.

49. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro contra a


administração pública, POR QUEM ESTÁ a seu serviço. (IESES - TJ- PA -
Titular de Serviços de Notas e Registros).

Questão original: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro contra a administração pública, por quem está ou não a seu
serviço.

50. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço, sendo o agente
punido segundo a lei brasileira AINDA QUE ABSOLVIDO OU CONDENADO
no estrangeiro. (VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Advogado).

Questão original: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro, os crimes contra a Administração Pública, por quem está a
seu serviço, sendo o agente punido segundo a lei brasileira somente
se condenado no estrangeiro.

51. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


praticados contra o patrimônio da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público, ainda que o agente tenha
sido absolvido no estrangeiro. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e
de Registros).

52. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. (NUCEPE - PC- PI -
Delegado de Polícia).

53. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os


crimes contra a fé pública de sociedade de economia mista federal. (CAIP-
IMES - Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Procurador).
54. Fica sujeito à lei brasileira, embora praticado no estrangeiro, o crime
contra o patrimônio dos municípios. O agente será punido segundo a lei
brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. (VUNESP - CRBio - 1º Região -
Advogado).

55. Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé


pública do DF, de estado, de município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público, embora
cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido no estrangeiro. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

56. Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei
brasileira, embora cometido no estrangeiro, o crime: contra o patrimônio de
fundação instituída pelo Poder Público. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Investigador).

57. O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido no


território da República Argentina fica sujeito à lei do Brasil, ainda que o
agente seja absolvido naquele país. (CESPE - TCE- RN - Assessor Jurídico).

58. Segundo dispõe a legislação penal brasileira atualmente em vigor, em


obediência ao princípio do ne bis in idem, SE ADMITE que um cidadão
brasileiro venha a ser processado novamente no território nacional caso tenha
praticado um crime contra o patrimônio da União ou de empresa pública em um
país estrangeiro e lá tenha sido absolvido. (FAURGS - TJ- RS - Assessor
Jurídico).

Questão original: Segundo dispõe a legislação penal brasileira


atualmente em vigor, em obediência ao princípio do ne bis in idem, não
se admite que um cidadão brasileiro venha a ser processado
novamente no território nacional caso tenha praticado um crime contra o
patrimônio da União ou de empresa pública em um país estrangeiro e lá
tenha sido absolvido.

59. Imagine que o Prefeito Municipal de Bauru, em viagem oficial ao exterior,


tenha o computador pessoal que utiliza para trabalho – propriedade da
Prefeitura, portanto – subtraído nas dependências do hotel em que se
hospedava. Nesse caso, é correto afirmar que: o furtador será punido pela
Lei Penal Brasileira, ainda que eventualmente absolvido pela lei do país
em que o furto ocorreu. (VUNESP - Prefeitura de Bauru - SP - Procurador
Jurídico).

60. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


de genocídio, quando o agente for BRASILEIRO OU DOMICILIADO NO
BRASIL.

Questão original: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro, os crimes de genocídio, quando o agente for estrangeiro,
qualquer que seja o seu domicílio.

61. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, mas


desde que presentes algumas condições (entrar o agente no território nacional;
ser o fato punível também no país em que foi praticado; estar o crime incluído
entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; não ter sido o
agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; não ter sido o
agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável), os crimes que: por tratado ou
convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. (VUNESP - PC- CE- Delegado de
Polícia).

Na extraterritorialidade condicionada, a aplicação da lei penal


brasileira aos crimes cometidos no exterior está condicionada às
seguintes condições (cumulativas):

HIPÓTESES:

(1) crimes praticados por brasileiro;

(2) crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a


reprimir;

(3) crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,


mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados.

(4) crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil,


se reunidas as (duas) condições: a) não foi pedida oi foi negada a
extradição; b) houve requisição do Ministro de Justiça.

CONDIÇÕES CUMULATIVAS:

(1) entrar o agente no território nacional;

(2) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

(3) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
autoriza a extradição;

(4) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí


cumprido a pena;

(5) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo,
não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

62. Crime cometido no estrangeiro, praticado por brasileiro, fica sujeito à lei
brasileira DESDE QUE SATISFAÇA ALGUMAS CONDIÇÕES. (VUNESP -
Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

Questão original: Crime cometido no estrangeiro, praticado por


brasileiro, fica sujeito à lei brasileira independentemente da satisfação
de qualquer condição.

63. Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro
fora do Brasil, DESDE QUE SATISFAÇA DUAS CONDIÇÕES. (VUNESP -
Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

Questão original: Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por


estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, independentemente da
satisfação de qualquer condição.

64. Em se tratando de crimes praticados por estrangeiros contra brasileiros fora


do território nacional, aquele NÃO poderá ser punido pela legislação brasileira
CASO a conduta imputada não seja tipificada como ilícito penal no local dos
fatos. (FAURGS - TJ- RS - Assessor Jurídico).

Questão original: Em se tratando de crimes praticados por


estrangeiros contra brasileiros fora do território nacional, aquele poderá
ser punido pela legislação brasileira mesmo que a conduta imputada
não seja tipificada como ilícito penal no local dos fatos.

65. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes


praticados por brasileiro QUANDO O FATO SEJA PUNÍVEL também no país
em que foi praticado. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
Questão original: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro; mesmo que o fato não
seja punível também no país em que foi praticado.

66. João, brasileiro, residente em Portugal, cometeu crime de corrupção e de


lavagem de dinheiro no território português, condutas essas tipificadas tanto no
Brasil quanto em Portugal. Antes do fim das investigações, João fugiu e
retornou ao território brasileiro. Nessa situação: a lei brasileira pode ser
aplicada ao crime praticado por João em Portugal. (CESPE - TCE- RN -
Auditor).

67. João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na França. O autor


do delito foi identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que residia no
mesmo edifício que João. A Justiça francesa realizou o processo e ao final
José foi definitivamente condenado a uma pena de 2 anos de prisão. Ambos
retornaram ao país e José o fez antes mesmo de cumprir a sua condenação.
Neste caso, conforme o Código Penal brasileiro: aplica-se a lei penal
brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a lei mais
favorável. (FCC - TJ- SE - Juiz de Direito).

68. Na lição de MIRABETE, quanto à aplicação da Lei Penal no espaço,


identificam- Se cinco princípios, que são: Territorialidade, nacionalidade,
proteção da competência real, competência universal e representação.
(OBJETIVA - Prefeitura de Vitorino - PR - Procurador).

69. A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da personalidade, ao


crime praticado no estrangeiro por brasileiro, falando a doutrina, nesse caso, de
extraterritorialidade condicionada. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).

70. Segundo o PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU DA PERSONALIDADE,


a lei penal brasileira poderá ser aplicada no exterior quando o sujeito ativo do
crime praticado for brasileiro. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Cargos de
Nível Superior).

Questão original: Segundo o princípio da territorialidade, a lei penal


brasileira poderá ser aplicada no exterior quando o sujeito ativo do
crime praticado for brasileiro.

71. A aplicação da lei penal brasileira a cidadão brasileiro que cometa crime no
exterior é possível, de acordo com o PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU DA
PERSONALIDADE. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Cargos de Nível
Superior).

Questão original: A aplicação da lei penal brasileira a cidadão


brasileiro que cometa crime no exterior é possível, de acordo com o
princípio da defesa.

72. A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da proteção, ao crime


praticado no estrangeiro contra a Administração Pública por quem está a seu
serviço, falando a doutrina, nesse caso, de aplicação extraterritorial
incondicionada. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).
73. De acordo com o PRINCÍPIO DA DEFESA, REAL OU DA PROTEÇÃO, é
possível a aplicação da lei penal brasileira a fato criminoso lesivo a interesse
nacional ocorrido no exterior. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Cargos de
Nível Superior).

Questão original: De acordo com o princípio da nacionalidade, é


possível a aplicação da lei penal brasileira a fato criminoso lesivo a
interesse nacional ocorrido no exterior.

74. Consoante o PRINCÍPIO DA DEFESA, REAL OU DA PROTEÇÃO, os


crimes contra a vida ou a liberdade do presidente da República, ainda que
cometidos no estrangeiro, sujeitam- Se à lei brasileira. (FUNIVERSA - SEAP-
DF - Agente Penitenciário - Médio).

Questão original: Consoante o princípio da nacionalidade ou da


personalidade, os crimes contra a vida ou a liberdade do presidente da
República, ainda que cometidos no estrangeiro, sujeitam- Se à lei
brasileira.

75. De acordo com o princípio da justiça penal universal, a aplicação da lei


penal brasileira é possível independentemente da nacionalidade do delinquente
e do local da prática do crime, se este estiver previsto em convenção ou tratado
celebrado pelo Brasil, QUE SE OBRIGOU A REPRIMIR. (CESPE - POLÍCIA
CIENTÍFICA - PE - Cargos de Nível Superior).

Questão original: De acordo com o princípio da justiça penal universal,


a aplicação da lei penal brasileira é possível independentemente da
nacionalidade do delinquente e do local da prática do crime, se este
estiver previsto em convenção ou tratado celebrado pelo Brasil.

76. No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual
se aplica a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma
consideração a respeito do local onde o crime foi praticado ou da nacionalidade
do agente, denomina- Se: princípio de proteção. (FCC - TCM- RJ -
Procurador).

77. De acordo com o princípio da representação, a lei penal brasileira poderá


ser aplicada a delitos cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras
privadas, quando estes delitos ocorrerem no estrangeiro e aí não forem
julgados. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Cargos de Nível Superior).

78. A lei brasileira é aplicável, por força do princípio do pavilhão, ao crime


praticado a bordo de embarcação mercante brasileira, quando em território
estrangeiro e aí não seja julgado, falando a doutrina, nesse caso, de aplicação
extraterritorial condicionada. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).

79. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo


mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
(VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Advogado).

80. De acordo com o Código Penal, em se tratando de pena cumprida no


estrangeiro pelo mesmo crime, caso sejam diferentes as penas impostas,
aquela cumprida no estrangeiro ATENUARÁ a imposta no Brasil. (VUNESP -
Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal, em se tratando de


pena cumprida no estrangeiro pelo mesmo crime, caso sejam diferentes
as penas impostas, aquela cumprida no estrangeiro não atenuará a
imposta no Brasil.

81. Em atenção ao princípio ne bis in idem, a pena cumprida no estrangeiro


deve atenuar a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela ser computada, quando idênticas. (FUNIVERSA - SEAP- DF - Agente
Penitenciário - Médio).

82. João comete um crime no estrangeiro e lá é condenado a 4 anos de prisão,


integralmente cumpridos. Pelo mesmo crime, João é condenado no Brasil à
pena de 8 anos de prisão. João: ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no
Brasil. (VUNESP - PC- SP - Delegado de Polícia).
83. Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira e foi condenado a 1
ano de reclusão no exterior e a 2 anos de reclusão no Brasil. Cumpriu a pena
no exterior e voltou ao Brasil, tendo sido preso em razão do mandado de prisão
expedido pela justiça brasileira. Nesse caso: a pena cumprida no exterior
será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que
cumprir mais 1 ano de reclusão. (FCC - TCM- GO - Auditor de Controle
Externo - Jurídica).

84. A sentença estrangeira pode ser executada no Brasil para obrigar o


condenado a reparar o dano DESDE QUE HAJA homologação. (FCC - TCM-
GO - Procurador).

Questão original: A sentença estrangeira pode ser executada no Brasil


para obrigar o condenado a reparar o dano independentemente de
homologação.

Observação: De acordo com o art. 105, “i”, da Constituição Federal, a


competência para a homologação de sentenças estrangeiras é do
STJ.

SÚMULA 420, STF – "Não se homologa sentença proferida no


estrangeiro sem prova do trânsito em julgado”.

85. De acordo com o Código Penal, a sentença estrangeira PODE ser


homologada no Brasil para obrigar o condenado à reparação do dano.
(VUNESP - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal, a sentença


estrangeira não pode ser homologada no Brasil para obrigar o
condenado à reparação do dano.

86. A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na


espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil, para
obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos
civis, SENDO IMPRESCINDÍVEL o pedido da parte interessada. (VUNESP -
Prefeitura de Registro - SP - Advogado).
Questão original: A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei
brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser
homologada no Brasil, para obrigar o condenado à reparação do dano,
a restituições e a outros efeitos civis, prescindindo de pedido da parte
interessada.

87. A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as


mesmas consequências, poderá ser homologada no Brasil para ALGUNS
efeitos, COMO EXEMPLO, obrigar o condenado à reparação do dano. (CESPE
- TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei


brasileira produz as mesmas consequências, poderá ser homologada
no Brasil para todos os efeitos, exceto para obrigar o condenado à
reparação do dano.

88. São excluídos da jurisdição penal brasileira, em caráter absoluto, ou seja,


detentores de imunidade absoluta, exceto: agentes consulares na prática de
atos ilícitos estranhos a essa função. (UERR - SETRABES - Agente).

89. O motorista sem imunidade diplomática da Embaixada de Portugal em


Brasília que furta, de dentro da sede daquela repartição diplomática, um
computador, presta contas à justiça penal brasileira. (MPDFT - MPDFT -
Promotor de Justiça).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Quanto ao lugar do crime, o Código Penal adotou a teoria da ubiquidade (mista),


pois considera- Se praticado o crime no lugar em que ocorreu a conduta (ação ou
omissão), no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir- Se o
resultado.

2. No que diz respeito à lei penal no espaço, como regra, de acordo com o princípio
da territorialidade, aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados em seu
território (sem prejuízo das convenções, tratados e regras de direito internacional).
Contudo, excepcionalmente, admite- Se a aplicação da lei penal brasileira a crimes
praticados fora do Brasil e, por isso, consagrou- Se que o CP adotou a teoria da
territorialidade temperada (mitigada).

3. Para fins penais, consideram- Se como extensão do território nacional as:


- embarcações e aeronaves brasileiras (de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro – onde quer que se encontrem);

- as aeronaves e as embarcações brasileiras (mercantes ou de propriedade privada –


que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
Mar).

4. Em relação à lei penal no espaço, segundo o princípio da extraterritorialidade,


aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados no exterior. Pela
extraterritorialidade, verificam- Se os princípios da personalidade, do domicílio, da
defesa, da justiça universal e da representação.

5. Na extraterritorialidade incondicionada, o simples fato de alguém praticar um


crime no exterior autoriza a aplicação da lei penal brasileira, independentemente de
qualquer condição (ainda que o agente tenha sido absolvido ou condenado no
exterior), conforme as situações abaixo:

- crime contra a vida ou liberdade do Presidente da República;

- crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do DF, de Estado, Território ou


Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação
instituída pelo Poder Público;

- crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

- crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.

6. Na extraterritorialidade condicionada, a aplicação da lei penal brasileira aos


crimes praticados no exterior está condicionada às seguintes condições: (sua
aplicação ainda dependerá do concurso de outras condições previstas no art. 7, §2º):

- crimes praticados por brasileiro;

- crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;

- crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de


propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

- crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se reunidas as


(duas) condições: a) não foi pedida oi foi negada a extradição; b) houve requisição do
Ministro de Justiça.

1.13. DISPOSIÇÕES FINAIS SOBRE A APLICAÇÃO DA LEI


PENAL

Contagem de Prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam- Se os dias,


os meses e os anos pelo calendário comum.
Frações não computáveis da pena

Art. 11 - Desprezam- Se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas


de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.

Legislação Especial

Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam- Se aos fatos incriminados por
lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.

1. A contagem de prazo em matéria penal dá- Se do seguinte modo: o dia do


começo inclui-se no cômputo do prazo; contam- Se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum. (VUNESP - Câmara Municipal de Poá - SP -
Procurador Jurídico).

2. Para fins da contagem do prazo no Código Penal, o dia do começo inclui-


se no cômputo do prazo. Contam- Se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum. (FCC - CNMP - Analista - Direito).

3. ► O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam- Se os dias, os


meses e os anos pelo calendário comum. (CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO -
Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

4. No que diz respeito à contagem de prazo no Código Penal, o dia do


começo inclui-se no cômputo do prazo. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de
Polícia Civil).

5. Para efeito penal, o dia do começo SE INCLUI no cômputo do


prazo. (VUNESP - PauliPrev - SP - Procurador Autárquico).

Questão original: Para efeito penal, o dia do começo não se inclui no


cômputo do prazo.

6. O prazo penal tem contagem diversa da dos prazos processuais e o dia do


começo inclui-se no cômputo do prazo, ainda que se trate de fração de dia.
(VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Advogado).
7. Para fins da contagem do prazo no Código Penal, o dia do começo inclui-se
no cômputo do prazo. NÃO contam- Se as horas, SENÃO os dias, os meses e
os anos. (FCC - CNMP - Analista - Direito).

Questão original: Para fins da contagem do prazo no Código Penal, o


dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam- Se as horas, os
dias, os meses e os anos.

8. Para fins da contagem do prazo no Código Penal, SE COMPUTARÁ no


prazo o dia do começo, EXCLUINDO- SE, porém, o do vencimento. (FCC -
CNMP - Analista - Direito).

Questão original: Para fins da contagem do prazo no Código Penal,


não se computará no prazo o dia do começo, incluindo- Se, porém, o
do vencimento.

9. De acordo com o Código Penal, no cômputo do prazo, SE INCLUI o dia do


começo, mas NÃO o do vencimento. (VUNESP - Câmara Municipal de Itatiba -
SP - Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal, no cômputo do


prazo, não se inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento.

10. Para fins da contagem do prazo no Código Penal, SE COMPUTARÁ no


prazo o dia do crime, EXCLUINDO- SE, porém, o do resultado. (FCC - CNMP -
Analista - Direito).

Questão original: Para fins da contagem do prazo no Código Penal,


não se computará no prazo o dia do crime, incluindo- Se, porém, o do
resultado.

11. A lei penal não contém dispositivo a respeito da prorrogação dos prazos
penais e, assim, NÃO PODEM ser prorrogáveis. (VUNESP - Prefeitura de
Registro - SP - Avogado).
Questão original: A lei penal não contém dispositivo a respeito da
prorrogação dos prazos penais e, assim, podem ser prorrogáveis.

Observação: Como o prazo penal está diretamente ligado ao poder


punitivo do Estado, ele jamais poderá ser prorrogável, visto que
quanto mais curto, mais benéfico será ao réu.

12. Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos de direito processual E


MATERIAL. (VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Advogado).

Questão original: Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos


de direito processual e não material.

Observação: A prescrição, decadência e perempção são normas


híbridas (mistas), pois possuem conteúdo penal (geram a extinção da
punibilidade) e processual penal (impedem a propositura ou
prosseguimento da ação penal).

13. Nas penas privativas de liberdade desprezam- Se as frações de dias, o


mesmo OCORRENDO nas penas restritivas de direitos. (VUNESP - Prefeitura
de Registro - SP - Avogado).

Questão original: Nas penas privativas de liberdade desprezam- Se as


frações de dias, o mesmo não ocorrendo nas penas restritivas de
direitos.

14. As frações de dia SÃO DESPREZDAS nas penas privativas de liberdade e


nas restritivas de direitos. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: As frações de dia são computadas como um dia


integral de pena nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos.

15. Após a realização das operações previstas em lei para o cálculo final da
pena, o número não inteiro de dias deve ser desprezado no cálculo da pena
privativa de liberdade, e as frações de real NÃO DEVEM ser consideradas no
cálculo da pena de multa. (CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: Após a realização das operações previstas em lei


para o cálculo final da pena, o número não inteiro de dias deve ser
desprezado no cálculo da pena privativa de liberdade, e as frações de
real devem ser consideradas no cálculo da pena de multa.

16. As regras gerais do Código Penal SOMENTE terão aplicação aos fatos
incriminados por lei especial, SE ESTA NÃO DISPUSER DE MODO DIVERSO.
(VUNESP - Prefeitura de Registro - SP - Avogado).

Questão original: As regras gerais do Código Penal sempre terão


aplicação aos fatos incriminados por lei especial.

Observação: As regras gerais são normas não incriminadoras


previstas no Código Penal. Como regra, essas normas se aplicam aos
fatos incriminados por lei especial. Contudo, se a própria lei especial
prescrever alguma norma (geral) de modo diverso, ela será aplicada.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. No prazo penal o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, sendo um prazo


improrrogável (ainda que termine em sábados, domingos ou feriados). Todavia, no
prazo processual penal não se computará no prazo o dia do começo, incluindo- Se,
porém, o dia do vencimento, podendo ser prorrogável (quando terminar em sábados,
domingos ou feriados).

2. Tanto nas penas privativas de liberdade como nas restritivas de direitos,


desprezam- Se as frações de dia, ou seja, as horas do dia são excluídas. Já na pena
de multa, desprezam- Se as frações de cruzeiro (real), ou seja, os centavos são
excluídos.
2. TEORIA GERAL DO CRIME

2.1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DO CRIME

1. Majoritariamente entende-se que, de acordo com o conceito analítico, crime


é um: Fato típico, antijurídico e culpável. (IDECAN - SEJUC- RN - Agente
Penitenciário - Superior).

2. Os partidários da teoria tripartida do delito consideram elementos do crime a


tipicidade, a antijuricidade e a CULPABILIDADE. (VUNESP - PC- BA -
Delegado de Polícia).

Questão original: Os partidários da teoria tripartida do delito


consideram elementos do crime a tipicidade, a antijuricidade e a
punibilidade.

DOUTRINA – Em relação ao critério analítico de crime, a doutrina


majoritária endente que o CP adotou o critério tripartido do crime, pois
sua estrutura é formada três elementos: fato típico, ilicitude
(antijuridicidade) e culpabilidade. Ainda, há entendimentos que o CP
acolheu o sistema bipartido de crime, sob o argumento de que o crime é
composto apenas pelo fato típico e ilícito, sendo que a culpabilidade se
manifesta como pressuposto da pena (entendimento minoritário).

3. Os partidários da teoria tripartida do delito NÃO CONSIDERAM a


culpabilidade como pressuposto da pena, MAS SIM elemento do crime.
(VUNESP - PC- BA - Delegado de Polícia).

Questão original: Os partidários da teoria tripartida do delito


consideram a culpabilidade como pressuposto da pena e não
elemento do crime.

4. Mévio, superior hierárquico de Tício, Oficial de Justiça, solicitou que ele


alterasse o teor de determinada certidão em mandado de busca e apreensão.
Apesar de ter conhecimento de que a conduta não era correta, Tício atendeu a
solicitação de Mévio, já que este era seu superior hierárquico e os dois eram
também amigos de infância. Descobertos os fatos, foi instaurado procedimento
investigatório, razão pela qual Tício procura seu advogado para
esclarecimentos. Considerando apenas as informações narradas, o advogado
de Tício deverá esclarecer que sua conduta configura: fato típico, ilícito e
culpável. (FGV - TJ- AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

5. ► O sujeito ativo, geralmente, pode ser qualquer um, mas em certos tipos
são exigidas características especiais no sujeito passivo. Quando qualquer um
pode ser sujeito ativo, os tipos costumam enunciar “o que” ou “quem”.
(IESES - IGP- SC - Perito criminal).

6. O sujeito ativo pode ser tanto quem realiza o verbo típico ou possui o
domínio finalista do fato como quem, de qualquer outra forma, concorre para o
crime, sendo representado apelo autor, coautor OU PARTÍCIPE. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Assistente social).

Questão original: O sujeito ativo pode ser tanto quem realiza o verbo
típico ou possui o domínio finalista do fato como quem, de qualquer
outra forma, concorre para o crime, sendo representado apenas pelo
autor e coautor.

Observação: O sujeito ativo do crime é aquele que pratica direta ou


indiretamente a conduta criminosa (isoladamente ou em concurso –
autor, coautor ou partícipe).

7. O sujeito ativo de uma infração penal é o AGENTE CRIMINOSO. (FEPESE -


PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O sujeito ativo de uma infração penal é o titular do


bem jurídico lesado.

8. A infração penal PODERÁ ser praticada de forma isolada por um agente.


(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: A infração penal não poderá ser praticada de forma
isolada por um agente.

9. É correto afirmar sobre a infração penal: O Estado sempre será sujeito


passivo formal de um crime. (FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

Observação: Independentemente do crime praticado, o Estado sempre


será sujeito passivo de um delito, tendo em vista o seu interesse no
cumprimento da lei penal. O sujeito passivo divide- Se e:

a) Sujeito passivo constante, geral, mediato, formal, indireto: é o


Estado.

b) Sujeito passivo eventual, particular, imediato, material, direto: é


o titular do bem jurídico protegido pela lei penal (exemplo – proprietário
do celular que foi furtado).

10. O sujeito PASSIVO de uma infração penal é o titular do bem jurídico


lesado. (FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O sujeito ativo de uma infração penal é o titular do


bem jurídico lesado.

11. ► O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito PODE figurar


como sujeito passivo. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O inimputável por embriaguez proveniente de caso


fortuito não pode figurar como sujeito passivo.

12. A infração penal ser cometida por pessoa física ou PESSOA JURÍDICA.
(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A infração penal somente poderá ser cometida por


pessoa física.
13. O sujeito ativo, para poder ser responsabilizado, será pessoa física,
PODENDO TAMBÉM ser pessoa jurídica conforme determina a Constituição
Federal. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Assistente social).
Questão original: O sujeito ativo, para poder ser responsabilizado, será
pessoa física, não podendo ser pessoa jurídica conforme determina a
Constituição Federal.

14. Relativamente à responsabilidade penal da pessoa jurídica, é possível


afirmar que: é CONSTITUCIONAL, haja vista o princípio da responsabilidade
penal SUBJETIVA. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Relativamente à responsabilidade penal da pessoa


jurídica, é possível afirmar que: é inconstitucional, haja vista o
princípio da responsabilidade penal objetiva.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF – Para os Tribunais Superiores, a


responsabilidade penal da pessoa jurídica é constitucional, tendo em
vista o disposto nos artigos 173, §5º e 225, §3º da CF, possibilitando-
Se a aplicação de penas em conformidade com a sua natureza. Deste
modo, a jurisprudência atual orienta- Se pela admissibilidade da
responsabilidade penal da pessoa jurídica. Tais situações se verificam
nos crimes ambientais (dolosos ou culposos).

15. Relativamente à responsabilidade penal da pessoa jurídica, é possível


afirmar que: é cabível quando praticados CRIMES AMBIENTAIS. (TRF - 3ª
REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Relativamente à responsabilidade penal da pessoa


jurídica, é possível afirmar que: é cabível quando praticados crimes
ambientais e contrários à administração pública.

16. ► A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo NÃO SÓ em crimes


patrimoniais, BEM COMO EM OUTROS DELITOS. (FUNCAB - PC- PA -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em


crimes patrimoniais.
Observação: A pessoa jurídica também pode ser sujeito passivo,
não só em relação aos crimes patrimoniais bem como nos crimes contra
a honra (calúnia e difamação), contra a administração pública, etc.

17. ► A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação.


(FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).

18. ► A pessoa jurídica pode figurar como sujeito PASSIVO de crime contra a
administração pública previsto no Código Penal. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão
de Polícia Civil).

Questão original: A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de


crime contra a administração pública previsto no Código Penal.

19. EM TEMA DE RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA,


ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: Ela NÃO DEPENDE do respeito ao
princípio da dupla imputação, consistente na exigência de se oferecer denúncia
tanto em relação aos gestores da pessoa jurídica, em nome pessoal, quanto
em relação à pessoa jurídica. (PGR - PGR - Procurador da República).

Questão original: Ela depende do respeito ao princípio da dupla


imputação, consistente na exigência de se oferecer denúncia tanto em
relação aos gestores da pessoa jurídica, em nome pessoal, quanto em
relação à pessoa jurídica.

JURISPRUDÊNCIA STJ/ STF – De acordo com a teoria da dupla


imputação (sistema paralelo de imputação) a pessoa jurídica e a
pessoa física podem ser responsabilizadas penalmente de forma
simultânea (essa teoria é admitida pelo STJ e STF). Entretanto,
segundo o entendimento dos referidos Tribunais, o fato de a pessoa
jurídica ser condenada não produz a condenação automática da pessoa
física, visto que se exige provas concretas em relação a sua autoria e
materialidade delitiva. Assim, é perfeitamente possível que a pessoa
jurídica seja condenada e, concomitantemente, a pessoa física seja
absolvida.

20. Relativamente à responsabilidade penal da pessoa jurídica, é possível


afirmar que: independe da responsabilização das pessoas físicas envolvidas,
conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 548181/PR, de
relatoria da Ministra Rosa Weber. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz
federal).

21. Relativamente à responsabilidade penal da pessoa jurídica, é possível


afirmar que: NÃO DEPENDE da responsabilização das pessoas físicas
envolvidas, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE
548181/PR. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Relativamente à responsabilidade penal da pessoa


jurídica, é possível afirmar que: depende da responsabilização das
pessoas físicas envolvidas, conforme decidiu o Supremo Tribunal
Federal, ao julgar o RE 548181/PR.

22. O bem jurídico não se confunde com o objeto da ação, pois não pode ser
entendido no sentido puramente material, como se fosse uma pessoa ou
coisa, mas no sentido da característica dessa pessoa e de suas relações.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: O objeto do crime diz respeito ao bem ou objeto contra


o qual se dirige a conduta criminosa. Divide- Se em:

- Objeto jurídico: São valores ou interesses tutelados pela lei penal


(todo crime atinge algum bem jurídico).

- Objeto material: É a pessoa ou coisa que suporta a conduta


criminosa (nem todo crime atinge algum bem material – exemplos: falso
testemunho, associação criminosa, etc.).

23. Os bens materiais e IMATERIAIS poderão ser objeto de infração penal.


(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: Apenas os bens materiais poderão ser objeto de
infração penal.

24. Os conceitos de desvalor da ação e de desvalor do resultado SÃO


FUNDAMENTAIS para o sistema legal brasileiro. (FCC - TJ- SC- Juiz de
Direito)

Questão original: Os conceitos de desvalor da ação e de desvalor do


resultado não têm qualquer relevo para o sistema legal brasileiro.

Observação: O ilícito penal se diferencia dos demais ilícitos do


ordenamento jurídico em relação à sua gravidade, justamente porque
se leva em consideração a intensidade do desvalor da conduta
praticada ou do desvalor do resultado (jurídico) sucedido.

25. Na ofensa ao bem jurídico reside o DESVALOR DO RESULTADO,


enquanto que na forma ou modalidade de concretizar- Se a ofensa situa- Se o
DESVALOR DA AÇÃO. (FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).

Questão original: Na ofensa ao bem jurídico reside o desvalor da


ação, enquanto que na forma ou modalidade de concretizar- Se a
ofensa situa- Se o desvalor do resultado.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. No que diz respeito ao critério analítico (formal) de crime, a doutrina majoritária


entende que o CP adotou o critério tripartido de crime, pois sua estrutura é formada
pelos elementos: fato típico, ilícito (antijurídico), e culpabilidade.

2. Enquanto o sujeito ativo é aquele que pratica direta ou indiretamente a conduta


criminosa (autor, coautor ou partícipe), o sujeito passivo é o titular do bem jurídico
protegido pela lei penal.

3. A pessoa jurídica também pode ser sujeito ativo ou passivo de crime. Segundo
os Tribunais Superiores, a pessoa jurídica e a pessoa física podem ser
responsabilizadas penalmente de forma simultânea (teoria da dupla imputação),
contudo, o fato de a pessoa jurídica ser condenada penalmente, não faz com que,
automaticamente, a pessoa física também seja condenada, pois exige- Se provas
concretas no que tange a sua autoria e materialidade delitiva.
4. Enquanto o bem jurídico é o valor ou interesse protegido pela lei penal, o objeto
material é a pessoa ou coisa que suporta a conduta criminosa.

2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES

1. Crime próprio NÃO PODE ser praticado por qualquer pessoa, SENDO
exigida uma condição ou qualidade especial do sujeito ativo. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Assistente social).

Questão original: Crime próprio pode ser praticado por qualquer


pessoa, não sendo exigida uma condição ou qualidade especial do
sujeito ativo.

Observação: Os crimes próprios (especiais) e os crimes de mão


própria (atuação especial) são aqueles que não podem ser praticados
por qualquer pessoa, já que o próprio tipo penal exige uma qualidade
especial do sujeito ativo. Contudo, enquanto os crimes próprios
admitem a coautoria e a participação (ex: infanticídio), os crimes de
mão própria admitem apenas a participação, mas jamais a coautoria,
visto que somente o autor poderá estar em situação de realizar direta e
pessoalmente a conduta criminosa (ex: falso testemunho).

2. Os crimes classificados como próprios ADMITEM responsabilização de


eventual partícipe que não possua a qualidade exigida pelo tipo penal, ainda
que um dos agentes preencha o requisito legal. (FGV - AL- RO - Advogado).

Questão original: Os crimes classificados como próprios não admitem


responsabilização de eventual partícipe que não possua a qualidade
exigida pelo tipo penal, ainda que um dos agentes preencha o requisito
legal.
3. CRIME DE MÃO PRÓPRIA é aquele que só pode ser praticado pelo agente
pessoalmente, não podendo este utilizar- Se de interposta pessoa (a exemplo
do que ocorre no falso testemunho). (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: Crime próprio é aquele que só pode ser praticado


pelo agente pessoalmente, não podendo este utilizar- Se de interposta
pessoa (a exemplo do que ocorre no falso testemunho).

4. Os crimes de mão própria não admitem coautoria e nem autoria mediata,


uma vez que o seu conteúdo de injusto reside precisamente na pessoal e
indeclinável realização da atividade proibida. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor
de justiça).

5. O crime de falso testemunho é considerado um CRIME DE MÃO PRÓPRIA,


NÃO PODENDO ser praticado por qualquer pessoa, portanto a lei EXIGE uma
qualidade especial do sujeito ativo. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Assistente
social).

Questão original: O crime de falso testemunho é considerado um


crime próprio, podendo ser praticado por qualquer pessoa, portanto a
lei não exige uma qualidade especial do sujeito ativo.

6. Nos denominados crimes materiais, o tipo penal descreve a conduta e o


resultado naturalístico exigido. (UFMT - DPE- MT - Defensor Público).

7. Nos crimes materiais, a consumação só ocorre ante a produção do


resultado naturalístico, enquanto que, nos crimes formais, este resultado é
dispensável. (CESPE - PC- GO - Escrivão de Polícia Civil).

8. Nos crimes materiais, há distinção típica lógica e cronológica entre a


conduta e o resultado, mas o mesmo não ocorre nos crimes formais, em que
essa mesma distinção é somente lógica. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).

9. Crimes FORMAIS são de consumação antecipada. (UFMT - DPE- MT -


Defensor Público).
Questão original: Crimes de mera conduta são de consumação
antecipada.

Observação: Os crimes formais também são nominados pela doutrina


de crimes de consumação antecipada ou resultado cortado, tendo
em vista que o resultado naturalístico é dispensável para fins de
consumação.

10. Os crimes formais também podem ser definidos como crimes de


resultado cortado. (FUNDATEC - PC- RS - Delegado de Polícia).

11. Os crimes classificados como formais PREVEEM no tipo a existência de


resultado naturalístico, de modo que restam consumados com a realização do
verbo núcleo. (FGV - AL- RO - Advogado).

Questão original: Os crimes classificados como formais não preveem


no tipo a existência de resultado naturalístico, de modo que restam
consumados com a realização do verbo núcleo. (FGV - AL- RO -
Advogado).

12. A consumação se dá nos crimes de mera conduta, com a PRÁTICA DA


CONDUTA. (FCC - TCM- GO - Procurador).

Questão original: A consumação se dá nos crimes de mera conduta,


com a ocorrência do resultado naturalístico.

13. O conceito de desvalor da ação acha- Se aos crimes de mera conduta,


crimes formais E CRIMES MATERIAIS enquanto o desvalor do resultado
guarda relação com os crimes materiais, FORMAIS E DE MERA CONDUTA.
(FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).
Questão original: O conceito de desvalor da ação acha- Se limitado
aos crimes de mera conduta e crimes formais enquanto o desvalor
do resultado guarda relação apenas com os crimes materiais.
Observação: Tendo em vista que todos os crimes têm resultado
jurídico (todos atingem bens jurídicos tutelados pelo Direito Penal),
não só o desvalor da ação bem como o desvalor do resultado (jurídico)
guardam relação com todos os delitos (materiais, formais e de mera
conduta).

14. Na configuração dos crimes de resultado (CRIMES MATERIAIS) EXIGE-


SE o desvalor do ato e DO RESULTADO para a ofensa ao bem jurídico. (MPE-
BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: Na configuração dos crimes de resultado basta o


desvalor do ato para a ofensa ao bem jurídico. (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).

15. Crimes de forma livre são aqueles que admitem qualquer meio de
execução. (UFMT - DPE- MT - Defensor Público).

16. Crimes transeuntes são aqueles que não deixam vestígios materiais.
(UFMT - DPE- MT - Defensor Público).

17. Não transeuntes são aqueles que deixam vestígios (FGV - AL- RO -
Advogado).

18. Crime de fato transitório é aquele que não deixa vestígios, a exemplo da
injúria verbal. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).

19. Denomina- Se crime PLURISSUBJETIVO o crime cometido por vários


agentes. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: Denomina- Se crime plurissubsistente o crime


cometido por vários agentes.
20. Havendo, em razão do tipo, dois sujeitos passivos, o crime é denominado
de DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA. (CESPE - DPE- PE - Defensor
Público).
Questão original: Havendo, em razão do tipo, dois sujeitos passivos, o
crime é denominado vago.

21. Crime habitual cometido com ânimo de lucro é denominado crime


PROFISSIONAL. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: Crime habitual cometido com ânimo de lucro é


denominado crime a prazo.

22. Em tema de crimes contra a incolumidade pública: é característico


desses crimes ultrapassarem a ofensa a determinada pessoa e classificarem-
Se como vagos. (PGR - PGR - Procurador da República).

23. Crime vago é aquele em que NÃO POSSUI SUJEITO PASSIVO


DETERMINADO, ISTO É, SEM PERSONALIDADE JURÍDICA. (VUNESP - TJ-
MS - Juiz de Direito).

Questão original: Crime vago é aquele em que a ação do agente


causa dúvida sobre a tipificação do fato ao delito realizado.

24. Crime de ação múltipla é aquele EM QUE O TIPO PENAL DESCREVE


VÁRIAS CONDUTAS NO MESMO ARTIGO, SENDO QUE A PRÁTICA DE
UM OU MAIS VERBOS DE FORMA SUCESSIVA CARACTERIZA APENAS
UM CRIME. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: Crime de ação múltipla é aquele em que o sujeito


necessita percorrer várias ações do preceito fundamental para que
consiga chegar ao resultado, sem a qual não há como se subsumir
a conduta ao delito.

25. Crime praticado por intermédio de automóvel é denominado delito de


circulação. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).
26. O crime propriamente militar é aquele praticado SOMENTE POR MILITAR,
DIZENDO particularmente respeito à vida militar. (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de justiça).
Questão original: O crime propriamente militar é aquele praticado por
qualquer pessoa, civil ou militar, não dizendo particularmente respeito
à vida militar.

27. Crimes funcionais são crimes praticados por funcionários públicos


contra a administração. Esses crimes admitem a coautoria e a participação de
terceiros, podendo esse terceiro ser funcionário público ou não. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Assistente social).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Os crimes comuns (gerais) são aqueles que podem ser praticados por qualquer
pessoa (ex: furto). Os crimes próprios (especiais) são aqueles em que só podem ser
praticados por determinadas pessoas, contudo, admitem a coautoria e participação
(ex: infanticídio). Os crimes de mão própria (atuação pessoal) são aqueles que só
podem ser praticados por pessoas expressamente descritas no tipo penal, não
admitindo a coautoria, mas apenas a participação (ex: falso testemunho).

2. Os crimes materiais (causais) são aqueles que o tipo penal descreve uma
conduta e um resultado naturalístico, sendo que para a sua consumação necessita-
Se da produção deste resultado (ex: homicídio). Os crimes formais (consumação
antecipada) são aqueles que o tipo penal também descreve uma conduta e um
resultado naturalístico, sendo que para a sua consumação não necessita- Se da
produção deste resultado. (ex: extorsão mediante sequestro). Os crimes de mera
conduta (simples atividade) são aqueles em que o tipo penal descreve apenas uma
conduta, isto é, não contém qualquer resultado naturalístico, sendo que para a sua
consumação basta apenas a prática desta conduta (ex: ato obsceno).

2.3. FATO TÍPICO

1. São elementos do fato típico, exceto: antijuricidade. (UERR - SETRABES -


Agente).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam os


elementos do fato típico:
a) conduta;

b) resultado;
c) tipicidade;

d) nexo causal.

Observação: São quatro os elementos do fato típico:

1º - Conduta (com dolo ou culpa);

2º - Resultado

3º - Nexo Causal (relação de causalidade)

4º - Tipicidade.

- Todos esses elementos devem sempre estar presentes nos crimes


materiais consumados.

- No caso dos crimes formais (o resultado não é necessário), de mera


conduta (não tem resultado) e tentados (resultado não é alcançado),
exige- Se somente a conduta e a tipicidade, uma vez que não existindo
resultado, não há relação de causalidade.

2. O INCESTO NÃO ESTÁ PREVISTO EXPRESSAMENTE NO CÓDIGO


PENAL, SENDO TAL FATO ATÍPICO. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de
Polícia).

Questão original: No tipo penal de incesto, previsto expressamente


no Código Penal, o legislador buscou proteger não somente a
autodeterminação sexual, senão igualmente a moral familiar e a
saúde pública.

3. O objeto material do crime não se inclui nos elementos do fato típico,


porque representa o conteúdo de valor que faz com que o Estado preveja
como criminosa a ação descrita no preceito penal. (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).
4. HÁ crime sem resultado. (FCC - TCM- RJ - Auditor).

Questão original: Não há crime sem resultado


Questão original: Com base na teoria naturalística, nem todo crime
produz resultado “naturalístico”, isto é, modificação no mundo
exterior, a exemplo dos crimes de ato obsceno, violação de domicílio,
etc.

ATENÇÃO: Lembre- Se de que todo crime produz resultado jurídico,


pois todos lesionam ou expõem a perigo de lesão bens jurídicos
protegidos pela lei penal, contudo, nem todos têm resultado
(naturalístico).

5. A coação física irresistível configura causa excludente DO FATO TÍPICO.


(CESPE - TRE- MT - Analista).

Questão original: A coação física irresistível configura causa


excludente da culpabilidade.

DOUTRINA – No que diz respeito ao conceito de “conduta”, a doutrina


majoritária acolheu a teoria finalista (final), criada por Hans Welzel
(penalista alemão), segundo qual a conduta é o comportamento
humano (ação ou omissão), consciente e voluntário, dirigida a um fim.
Assim, com o surgimento desta teoria, o dolo e a culpa (que residiam na
culpabilidade) são transferidos para a conduta (fato típico). Contudo,
há situações em que a conduta é excluída e, por consequência, não há
fato típico. São as causas de exclusão da conduta:

1º - Caso fortuito e força maior;

2º - Atos ou movimentos reflexos;

3º - Coação física irresistível (“vis absoluta”);

4º - Hipnose e sonambulismo.
6. A teoria clássica, no conceito analítico de crime, o define como um fato
típico, antijurídico e culpável. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).
Observação: Na realidade, o sistema tripartido de crime é compatível
tanto para a teoria clássica como para a teoria finalista (Hans
Welzel). Com efeito, a principal diferença entre tais teorias diz respeito à
alocação do dolo e da culpa. Enquanto na teoria clássica o dolo e a
culpa integram a culpabilidade, na teoria finalista tais elementos são
transferidos para a conduta (fato típico).

ATENÇÃO: No sistema clássico o conceito analítico de crime deve ser


sempre tripartido, pois o dolo e a culpa residem na culpabilidade. Já no
sistema finalista, o crime pode ser tanto bipartido como tripartido.
(Os concursos em geral acolhem a teoria tripartida, contudo, é
importante analisar a banca examinadora, visto que algumas adotam o
critério bipartido de crime).

7. A teoria clássica entende que a culpabilidade consiste em um vínculo


subjetivo que liga a ação ao resultado, ou seja, no dolo ou na culpa em
sentido estrito. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

8. Doutrinadores nacionais admitem que a reforma de 1984 da Parte Geral do


Código Penal, especialmente no que concerne ao “conceito de crime”, aderiu
ao “finalismo”. Quem é considerado o criador de tal sistema jurídico- Penal?
Hans Welzel. (VUNESP - DPE- RO - Defensor Público).

9. A teoria finalista, no conceito analítico de crime, o define como um fato


típico e antijurídico, sendo a culpabilidade pressuposto da pena. (MPE- SP -
MPE- SP - Promotor de Justiça).

10. A teoria finalista entende que pode existir crime sem que haja
culpabilidade, isto é, censurabilidade ou reprovabilidade da conduta,
inexistindo, portanto, a condição indispensável à imposição e pena. (MPE- SP
- MPE- SP - Promotor de Justiça).
11. A teoria finalista da ação, adotada pelo Código Penal em sua Parte Geral,
concebe o crime como um fato típico e antijurídico. A culpabilidade diz respeito
à reprovabilidade da conduta. O dolo, que integrava o juízo de culpabilidade,
para esta teoria é elemento estruturante do fato típico. Essa adoção pretende
corrigir contradições na teoria da: causalidade normativa. (FCC - DPE- MA -
Defensor Público).

12. O dolo, na TEORIA FINALISTA, deixou de ser elemento integrante da


culpabilidade, deslocando- Se para a conduta, já que ação e intenção são
indissociáveis. (VUNESP - PC- BA - Delegado de Polícia).

Questão original: O dolo, na escola clássica, deixou de ser elemento


integrante da culpabilidade, deslocando- Se para a conduta, já que
ação e intenção são indissociáveis.

13. Sobre a doutrina da ação finalista, tal qual formulada por Hans Welzel, é
correto afirmar que: a direção final de uma ação se dá em duas fases, que nas
ações simples se entrecruzam, a saber, uma que ocorre na esfera do
pensamento, com a antecipação do fim a realizar, a seleção dos meios
necessários à sua realização e a consideração dos efeitos simultâneos
decorrentes dos fatores causais eleitos; e a concretização da ação no mundo
real, de acordo com a projeção mental. (IBADE - PC- AC - Delegado de
Polícia).

14. A teoria finalista entende que, por ser o delito uma conduta humana e
voluntária que tem sempre uma finalidade, o dolo e a culpa são abrangidos
pela conduta. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

15. A doutrina dominante define CONDUTA (DOLOSA) como uma ação


delitiva de maneira consciente e voluntária. (VUNESP - TJ- SP -
Administrador).

Questão original: A doutrina dominante define tipicidade como uma


ação delitiva de maneira consciente e voluntária.
16. A COAÇÃO FÍSICA exclui a conduta do agente, pois elimina totalmente a
vontade pelo emprego da força, de modo que o fato passa a ser atípico.
(CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito Criminal).

Questão original: A coação física e a coação moral irresistível


excluem a conduta do agente, pois eliminam totalmente a vontade pelo
emprego da força, de modo que o fato passa a ser atípico.

17. A coação física irresistível configura hipótese jurídico- Penal de ausência


de conduta, engendrando, assim, a atipicidade do fato. (CESPE - DPE- PE -
Defensor Público).

18. A coação irresistível, desde que física, exclui o fato típico em relação ao
coagido. (FAURGS - TJ- RS - Assessor Jurídico).

19. Que a coação física irresistível é causa de EXCLUSÃO DO FATO TÍPICO.


(FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de Justiça).

Questão original: Que a coação física irresistível é causa de isenção


de pena.

20. Joaquim, penalmente imputável, praticou, sob absoluta e irresistível coação


física, crime de extrema gravidade e hediondez. Nessa situação, Joaquim não
é passível de punição, porquanto a coação física, desde que absoluta, é causa
excludente DO FATO TÍPICO. (CESPE - MPU - Analista do Ministério Público -
Especialidade Direito).

Questão original: Joaquim, penalmente imputável, praticou, sob


absoluta e irresistível coação física, crime de extrema gravidade e
hediondez. Nessa situação, Joaquim não é passível de punição,
porquanto a coação física, desde que absoluta, é causa excludente da
culpabilidade.

21. O sonambulismo exclui o seguinte elemento do crime: Fato


típico. (CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança e
Transporte).
22. Não há fato típico decorrente de caso fortuito. (FCC - TCM- RJ -
Auditor).

23. Durante uma tragédia causada pela natureza, Júlio, que caminhava pela
rua, é arrastado pela força do vento e acaba se chocando com uma terceira
pessoa, que, em razão do choque, cai de cabeça ao chão e vem a falecer.
Sobre a consequência jurídica do ocorrido, é correto afirmar que: a tipicidade
do fato restou afastada, tendo em vista que não houve conduta penal por
parte de Júlio. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).

24. Para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram o FATO TÍPICO.
(FGV - MPE- RJ - Analista Ministerial - Área Processual).

Questão original: Para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa


integram a culpabilidade.

Observação: Na teoria clássica (naturalística ou causal) o dolo e a


culpa residiam na culpabilidade, contudo, com a teoria finalista (final)
de Hans Welzel, tais elementos foram transportados da culpabilidade
para a conduta, integrando, assim, o fato típico.

25. O dolo e a culpa integram a TIPICIDADE, segundo a teoria finalista da


ação. A inexigibilidade de conduta diversa constitui causa de exclusão da
CULPABILIDADE. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: O dolo e a culpa integram, respectivamente, a


tipicidade e a culpabilidade, segundo a teoria finalista da ação. A
inexigibilidade de conduta diversa constitui causa supralegal de
exclusão da ilicitude.

26. Para a teoria finalista, ação é a conduta do homem, comissiva ou


omissiva, dirigida a uma finalidade e desenvolvida sob o domínio da vontade
do agente, razão pela qual não reputa criminosa a ação ocorrida em estado
de inconsciência, como no caso de quem, durante o sono, sonhando estar em
legítima defesa, esbofeteia e causa lesão corporal na pessoa que dorme ao
seu lado. Para esta mesma teoria, a culpabilidade não é psicológica, nem
psicológico- Normativa. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).
27. A TIPICIDADE compreende a conformidade da conduta reprovável do
agente ao modelo descrito na lei penal vigente no momento da ação ou da
omissão. (CESPE - PC- MA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O princípio da legalidade compreende a


conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na
lei penal vigente no momento da ação ou da omissão.

28. A doutrina dominante define tipicidade como a adequação de um ato


praticado pelo agente com as características que o enquadram à norma
descrita na lei penal como crime. (VUNESP - TJ- SP - Administrador).

29. A tipicidade penal como elemento essencial do delito não se satisfaz com
a tipicidade legal, ou seja, a simples adequação da conduta a uma norma
incriminadora. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: Para a configuração da tipicidade penal, é indispensável


a presença simultânea da tipicidade formal e material:

a) Tipicidade formal: é o juízo de adequação (correspondência)


entre a conduta praticada pelo agente em concreto e o modelo descrito
no tipo penal.

b) Tipicidade material: é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico


protegido pela lei penal (a tipicidade material pode ser afastada em
razão dos princípios da lesividade, insignificância, adequação social ou
alteridade).

30. A tipicidade, elemento do crime, na concepção material, NÃO ESGOTA-


SE na subsunção da conduta ao tipo penal. (VUNESP - PC- BA - Delegado de
Polícia).

Questão original: A tipicidade, elemento do crime, na concepção


material, esgota- Se na subsunção da conduta ao tipo penal.
31. João subtrai para si um pacote de bolachas no valor de R$ 10,00 de um
grande supermercado e o fato se encaixa formalmente no art. 155 do Código
Penal. Em virtude da inexpressividade da lesão causada ao patrimônio da
vítima e pelo desvalor da conduta, incide o princípio da insignificância que tem
sido aceito pela doutrina e por algumas decisões judiciais como excludente de:
tipicidade material. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Assistente social).

32. Tipicidade, para a teoria indiciária, é uma presunção IURIS TANTUM da


normatividade da licitude. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

Questão original: Tipicidade, para a teoria indiciária, é uma presunção


iuris et iuris da normatividade da licitude.

Observação: Segundo a teoria indiciária, quando o agente pratica um


fato típico, presume- Se que este fato é ilícito. Contudo, para essa
teoria, a tipicidade não é uma presunção absoluta (iuris et iuris) da
ilicitude, mas sim relativa (iuris tantum), pois se o agente demonstrar
que agiu acobertado por alguma causa excludente da ilicitude, tal fato
não será ilícito.

33. Quando o tipo penal descreve, expressa ou implicitamente, o dissenso da


vítima como elementar, o consentimento do ofendido, na hipótese, funciona
como causa de exclusão da tipicidade. (FUNDEP - Gestão de Concursos -
MPE- MG - Promotor de Justiça).

Observação: Prevalece na doutrina e jurisprudência que o


consentimento da vítima se manifesta como causa supralegal de
exclusão da ilicitude. No entanto, se o consentimento integrar o
próprio tipo penal, a tipicidade restará excluída.

34. O consentimento do ofendido pode conduzir à exclusão da


tipicidade. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).
35. Tipicidade conglobante (antinormatividade) é a comprovação de que a
conduta legalmente típica está também proibida pela norma, o que se obtém
desentranhando o alcance dessa norma proibitiva conglobada com as demais
disposições do ordenamento jurídico. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

Observação: Conforme a teoria da tipicidade conglobante, criada


por Eugenio Raúl Zaffaroni (penalista argentino), todo fato típico se
reveste de antinormatividade, isto é, só existe fato típico quando tal
conduta viola o ordenamento jurídico como todo, globalmente
considerado. Desta forma, para a constatação da tipicidade, não basta
que a conduta praticada pelo agente seja proibida apenas pelo direito
penal, mas deve ser contrária a todos os ramos do direito, já que o
direito é um só, devendo ser considerado como um todo. Por
consequência, se algum ramo do direito permite determinada conduta,
mesmo agindo contrariamente a lei penal, tal fato será atípico. Assim, o
Estado não pode tolerar ou fomentar determinados comportamentos, e
ao mesmo considerá- Los como típicos.

- Deste modo, para essa teoria, a tipicidade penal é resultante da


tipicidade legal + tipicidade conglobante:

a) Tipicidade legal: é a individualização que a lei faz da conduta,


mediante o conjunto dos elementos descritivos (objetivos) e normativos
(valorativos) de que se vale o tipo penal (ou seja, a contrariedade do
fato à lei penal).

b) Tipicidade conglobante (antinormatividade): é a constatação de


que o fato típico praticado pelo agente também é contrário (proibido)
por todo o ordenamento jurídico.

36. ► Tipicidade conglobante é a comprovação de que a conduta legalmente


típica está também proibida pela norma, o que se obtém desentranhando o
alcance da norma proibitiva, conglobada com as restantes normas da ordem
normativa. (IESES - IGP- SC - Perito criminal).
37. Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o
conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se
vale o tipo legal. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).
38. A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que
pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente
estão proibidas. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

39. A tipicidade penal exige a adequação da conduta a uma norma


incriminadora, bem assim, a violação de um imperativo de comando ou de
proibição. Esse contexto resulta na denominada: tipicidade conglobante.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

40. Sabe- Se que as atividades desportivas e médicas são fomentadas como


“dever de Estado”, não só pela Constituição Federal como também por outros
diplomas em vigor. É certo, outrossim, que de tais atividades podem acontecer
lesões corporais até mesmo com resultado morte aos envolvidos, em vista dos
riscos inerentes às próprias atividades. Nesse sentido, na esteira da doutrina
de E. R. Zaffaroni e Nilo Batista, é CORRETO afirmar que: Nos esportes
arriscados, em regra, a aquiescência do esportista elimina a tipicidade
conglobante nas condutas sistematicamente típicas (geralmente, culposas),
eventualmente ocorrentes durante a prática esportiva, DESDE QUE NÃO
violadas as regras do jogo pelo autor. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de
Justiça).

Questão original: Nos esportes arriscados, em regra, a aquiescência


do esportista elimina a tipicidade conglobante nas condutas
sistematicamente típicas (geralmente, culposas), eventualmente
ocorrentes durante a prática esportiva, ainda que violadas as regras do
jogo pelo autor.

41. Sabe- Se que as atividades desportivas e médicas são fomentadas como


“dever de Estado”, não só pela Constituição Federal como também por outros
diplomas em vigor. É certo, outrossim, que de tais atividades podem acontecer
lesões corporais até mesmo com resultado morte aos envolvidos, em vista dos
riscos inerentes às próprias atividades. Nesse sentido, na esteira da doutrina
de E. R. Zaffaroni e Nilo Batista, é CORRETO afirmar que: As cirurgias
médicas com fins terapêuticos, fomentadas juridicamente que são pelo Estado,
permitem a consideração conglobada da norma deduzida do tipo legal,
qualquer que seja seu resultado sobre a saúde ou a vida do paciente, desde
que o médico proceda segundo a lex artis. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de
Justiça).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Para a teoria finalista (final) de Hans Welzel, o dolo e a culpa integram a conduta
e, portanto, o fato típico.

2. Quando o consentimento (dissentimento) da vítima está descrito no próprio tipo


penal, ele funciona como causa de exclusão da tipicidade.

3. O fato típico é constituído por quatro elementos: conduta (dolo ou culpa), resultado
naturalístico, nexo causal e tipicidade.

4. A conduta é excluída em quatro situações: caso fortuito ou força maior, atos ou


movimentos reflexos, coração física irresistível, hipnose e sonambulismo.

5. A tipicidade penal é formada pela tipicidade formal (juízo de adequação entre o


fato praticado e o modelo previsto no tipo penal) e tipicidade material (lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado).

6. Segundo a teoria da tipicidade conglobante, criada por Eugenio Raúl Zaffaroni,


todo fato típico se reveste de antinormatividade, isto é, só existe fato típico quando a
conduta praticada pelo agente viola o ordenamento jurídico como todo, globalmente
considerado. Caso contrário, a conduta será atípica.

2.4. NEXO CAUSAL (RELAÇÃO DE CAUSALIDADE)

Relação de causalidade

Art. 13 – O resultado, de que depende a existência do crime, somente é


imputável a quem lhe deu causa. Considera- Se causa a ação ou omissão
sem a qual o resultado não teria ocorrido.

§1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a


imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputam- Se a quem os praticou.
1. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a
quem lhe deu causa. E considera- Se causa a ação ou omissão sem a qual o
resultado não teria ocorrido. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário -
Superior).
2. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a
quem lhe deu causa. (Prefeitura de Fortaleza - CE - Prefeitura de Fortaleza -
CE - Advogado).

3. O resultado, de que depende a existência do crime, só é imputável a quem


lhe deu causa. (FCC - TCM- RJ - Auditor).

4. Nos termos do Código Penal considera- Se causa do crime a ação ou


omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (VUNESP - PC- CE -
Inspetor de Polícia).

5. O Código Penal, ao tratar da relação de causalidade do crime, considera


causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (FCC -
SEGEP- MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual).

6. Nos termos do Código Penal considera- Se causa do crime a ação ou


omissão SEM A QUAL O RESULTADO NÃO TERIA OCORRIDO. (VUNESP -
PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Nos termos do Código Penal considera- Se causa do


crime exclusivamente a ação ou omissão que mais se relaciona com
a intenção do autor.

7. Nos termos do Código Penal considera- Se causa do crime a ação ou


omissão que DE ALGUMA FORMA contribui para o resultado. (VUNESP - PC-
CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Nos termos do Código Penal considera- Se causa do


crime exclusivamente a ação ou omissão que mais contribui para o
resultado.
8. Nos termos do Código Penal considera- Se causa do crime a ação ou
omissão praticada pelo autor, DEPENDENTE da sua relação com o resultado.
(VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Nos termos do Código Penal considera- Se causa do


crime a ação ou omissão praticada pelo autor, independentemente da
sua relação com o resultado.

9. O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é IRRELEVANTE,


uma vez que NÃO EXISTE RESULTADO NATURALÍSTICO. (CESPE - PC-
CE - Delegado de Polícia).

Questão original: O estudo do nexo causal nos crimes de mera


conduta é relevante, uma vez que se observa o elo entre a conduta
humana propulsora do crime e o resultado naturalístico.

Observação: O estudo do nexo causal (relação de causalidade) tem


relevância nos crimes materiais (dolosos ou culposos), já que em tais
delitos exige- Se a ocorrência do resultado (naturalístico) para fins de
consumação. Por isso, visto que o nexo causal nada mais é do que a
ligação entre a conduta praticada e o resultado produzido, sua
importância se releva nos crimes de resultado (crimes materiais).

10. A imputação como ferramenta da teoria do delito, tem aplicação aos delitos
culposos, BEM COMO nos tipos dolosos. (FCC - DEP- AP - Defensor Público).

Questão original: A imputação como ferramenta da teoria do delito,


tem aplicação apenas aos delitos culposos, já que nos tipos dolosos
seu papel é satisfatoriamente ocupado pela teoria do dolo.

11. De acordo com o Código Penal, “o resultado, de que depende a existência


do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa”. Ainda de acordo com o
Código Penal, considera- Se causa: (FAUEL - Câmara de Maria Helena - PR -
Advogado).

11.1. A ação ou omissão CAPAZ de causar o resultado previsto no tipo penal.

Questão original: A ação ou omissão, mesmo que incapaz de causar


o resultado previsto no tipo penal.
11.2. A ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

11.3. A ação ou omissão MANIFESTADA pelo sujeito, COM efetiva


materialização ou exteriorização, CAPAZ DE CAUSAR O RESULTADO.

Questão original: A ação ou omissão imaginada pelo sujeito, mesmo


que sem efetiva materialização ou exteriorização.

11.4. TANTO a ação pode ser considerada causa, BEM COMO a omissão,
POIS PODEM gerar resultado penalmente punível.

Questão original: Apenas a ação pode ser considerada causa, pois a


omissão não pode gerar resultado penalmente punível.

12. Relação de causalidade é o liame ou vínculo de causa e efeito entre atos


passíveis de serem imputados ao suspeito de determinado delito e seu
resultado material. É certo que nosso direito positivo adotou um
posicionamento sobre o assunto. A teoria da relação causal adotada pelo
Código Penal brasileiro é: equivalência das condições. (NC- UFPR - TJ- PR
- Titular de Serviços de Notas e de Registros).

13. Assinale a opção que indica a teoria sobre a relação de causalidade


penal, que define causa como uma condição sem a qual o resultado não teria
ocorrido, sendo um antecedente invariável e incondicionado de algum
fenômeno, sem distinção entre causa e condição: teoria da equivalência das
condições. (CESPE - MPE- PI - Promotor de Justiça).

14. O Código Penal adotou a teoria da equivalência das condições. (FCC -


TCM- RJ - Auditor).

15. O CP adota, como regra, a teoria da EQUIVALÊNCIA DOS


ANTECEDENTES CAUSAIS (CONDITIO SINE QUA NON), dada a afirmação
nele constante de que “o resultado, de que depende a existência do crime,
somente é imputável a quem lhe deu causa; causa é a ação ou omissão sem a
qual o resultado não teria ocorrido”. (CESPE - PC- CE - Delegado de Polícia).
Questão original: O CP adota, como regra, a teoria da causalidade
adequada, dada a afirmação nele constante de que “o resultado, de
que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe
deu causa; causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido”.

Observação: O CP adotou, como regra, a teoria da equivalência dos


antecedentes causais (conditio sine qua non), em razão da redação
descrita no art. 13, caput, parte final: “Considera- Se causa (do crime)
a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”.

Excepcionalmente, o CP acolheu a teoria da causalidade adequada,


conforme dispõe o art. 13,§1º: “A superveniência de causa
relativamente independente exclui a imputação quando, por si só,
produziu o resultado”.

16. Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito


brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a teoria da CONDITIO SINE QUA
NON, também conhecida como teoria da equivalência dos antecedentes
causais. (CESPE - AGU - Advogado da união).

Questão original: Como a relação de causalidade constitui elemento


do tipo penal no direito brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a
teoria da causalidade adequada, também conhecida como teoria da
equivalência dos antecedentes causais.
17. O Código Penal brasileiro - no que concerne ao nexo causal - adota
expressamente a teoria da CONDITIO SINE QUA NON. (IBADE - PC- AC -
Delegado de Polícia).

Questão original: O Código Penal brasileiro - no que concerne ao nexo


causal - adota expressamente a teoria da causalidade adequada.
18. No que toca à relação de causalidade, é correto afirmar que se adota em
nosso sistema a teoria da conditio sine qua non, NÃO DISTINGUINDO- SE,
porém, causa de condição ou concausa. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: No que toca à relação de causalidade, é correto


afirmar que se adota em nosso sistema a teoria da conditio sine qua
non, distinguindo- Se, porém, causa de condição ou concausa.

Observação: Tudo aquilo que de alguma forma contribui para o


resultado é considerado causa. Para o Direito Penal não há diferença
entre as expressões causa, condição ou concausa (várias causas).

19. O Código Penal adota no seu art. 13 a teoria conditio sine qua non
(condição sem a qual não). Por ela: (FCC - TCE- CE - Auditor).

19.1. Tudo que contribui para o resultado é causa, não se distinguindo entre
causa e condição ou concausa.

19.2. Imputa- Se o resultado a quem também DEU causa.

Questão original: Imputa- Se o resultado a quem também não deu


causa.

19.3. A causa NÃO DISPENSA a adequação para o resultado.


Questão original: A causa dispensa a adequação para o resultado.

19.4. A ação e a omissão são CONSIDERADAS para o resultado.

Questão original: A ação e a omissão são desconsideradas para o


resultado.

20. A superveniência de causa relativamente independente exclui a


imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputam- Se a quem os praticou. (FUNDATEC - PGE- RS -
Procurador do Estado).
21. A superveniência de causa relativamente independente EXCLUI a
imputação, quando, por si só, produziu o resultado, mas os fatos anteriores são
imputados a quem os praticou. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: A superveniência de causa relativamente


independente não exclui a imputação, quando, por si só, produziu o
resultado, mas os fatos anteriores são imputados a quem os praticou.

22. A superveniência de causa relativamente independente da conduta do


agente excluirá a imputação do resultado nos casos em que, por si só, ela
tiver produzido o resultado. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).

23. ► A superveniência de causa relativamente independente EXCLUI a


imputação quando, por si só, produziu o resultado. (NUCEPE - SEJUS- PI -
Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: A superveniência de causa relativamente


independente não exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado.

24. As causas supervenientes relativamente independentes possuem relação


de causalidade com conduta do sujeito e EXLUEM a imputação do resultado.
(CESPE - TCE- PR - Analista de Controle).

Questão original: As causas supervenientes relativamente


independentes possuem relação de causalidade com conduta do sujeito
e não excluem a imputação do resultado.
25. A existência de concausa superveniente relativamente independente,
quando necessária à produção do resultado naturalístico, TEM o condão de
retirar a responsabilização penal da conduta do agente, uma vez que EXCLUI
a imputação pela produção do resultado posterior. (CESPE - PC- CE -
Delegado de Polícia).
Questão original: A existência de concausa superveniente
relativamente independente, quando necessária à produção do
resultado naturalístico, não tem o condão de retirar a responsabilização
penal da conduta do agente, uma vez que não exclui a imputação pela
produção do resultado posterior.

26. No que toca à relação de causalidade, é correto afirmar que a


superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação
quando, por si só, produziu o resultado, PODENDO imputar os fatos anteriores
a quem os praticou. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: No que toca à relação de causalidade, é correto


afirmar que a superveniência de causa relativamente independente
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, não se
podendo imputar os fatos anteriores a quem os praticou.

27. O Código Penal, ao tratar da relação de causalidade, consignou que a


superveniência de causa relativamente independente somente afasta a
imputação quando, por si só, produziu o resultado, NÃO EXCLUINDO outras
considerações quanto aos fatos anteriores ocorridos. (MPE- SC - MPE- SC -
Promotor de Justiça).

Questão original: O Código Penal, ao tratar da relação de causalidade,


consignou que a superveniência de causa relativamente independente
somente afasta a imputação quando, por si só, produziu o resultado,
excluindo outras considerações quanto aos fatos anteriores ocorridos.

28. As causas preexistentes relativamente independentes POSSUEM relação


de causalidade com a conduta do sujeito e NÃO EXCLUEM a imputação do
resultado. (CESPE - TCE- PR - Analista de Controle).

Questão original: As causas preexistentes relativamente


independentes não possuem relação de causalidade com a conduta do
sujeito e excluem a imputação do resultado.
Observação: Causa independente é aquela que, por si só, é capaz
de produzir o resultado (pode ser absoluta ou relativa).

- As causas absolutamente independentes (preexistentes,


concomitantes e supervenientes) não possuem relação de causalidade
com a conduta do agente. Por consequência, o agente deve responder
somente pelos atos praticados, e jamais pelo resultado.

- As causas relativamente independentes (preexistentes e


concomitantes) possuem relação de causalidade com a conduta do
agente. Por consequência, o agente deve responder pelo resultado.

Exceção: Em relação às causas relativamente independentes


(supervenientes), o CP adotou a teoria da causalidade adequada, já
que, agora, nem tudo que contribui para o resultado é considerado
causa, mas somente a contribuição adequada (idônea). Deste modo,
como a causa superveniente, por si só, produziu o resultado, o agente
deverá responder apenas pelos atos praticados, e jamais pelo
resultado, em razão da quebra da relação de causalidade (13,§1º, CP).

ATENÇÃO: As questões mais recorrentes nos concursos são: vítima


alvejada por disparo de arma de fogo que falece em razão do acidente
automobilístico que atinge a ambulância ou incêndio que destrói toda a
área de internação dos enfermos do hospital (em que ela se
encontrava). Neste caso, o agente responderá somente pelos atos
praticados.
29. As causas preexistentes absolutamente independentes NÃO POSSUEM
relação de causalidade com a conduta do sujeito e EXCLUEM o nexo causal.
(CESPE - TCE- PR - Analista de Controle).

Questão original: As causas preexistentes absolutamente


independentes possuem relação de causalidade com a conduta do
sujeito e não excluem o nexo causal.
30. As causas concomitantes absolutamente independentes não possuem
relação de causalidade com a conduta do sujeito e excluem o nexo causal.
(CESPE - TCE- PR - Analista de Controle).

31. As causas concomitantes relativamente independentes POSSUEM relação


de causalidade com a conduta do sujeito e não excluem a imputação do
resultado. (CESPE - TCE- PR - Analista de Controle).

Questão original: As causas concomitantes relativamente


independentes não possuem relação de causalidade com a conduta do
sujeito e não excluem a imputação do resultado.

32. Nos termos do Código Penal considera- Se causa do crime a ação ou


omissão praticada pelo autor, QUANDO NÃO HÁ qualquer causa
superveniente (QUE POR SI SÓ PRODUZIU O RESULTADO). (VUNESP -
PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Nos termos do Código Penal considera- Se causa do


crime a ação ou omissão praticada pelo autor, independentemente de
qualquer causa superveniente.

33. A é esfaqueada por B, sofrendo lesões corporais leves. Socorrida e


medicada, A é orientada quanto aos cuidados a tomar, mas não obedece à
prescrição médica e em virtude dessa falta de cuidado, o ferimento infecciona,
gangrena, e ela morre. Assinale a alternativa CORRETA: B responde pelo ato
de lesão anteriormente praticado, visto se tratar de causa superveniente
relativamente independente, que por si só produziu o resultado. (FMP
Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

34. “Páris", com ânimo de matar, fere “Nestor", o qual, vindo a ser transportado
em ambulância, morre em decorrência de lesões experimentadas em acidente
automobilístico a caminho do hospital, sendo o acidente, no caso, causa
superveniente e relativamente independente, respondendo “Páris" por LESÃO
CORPORAL. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).
Questão original: “Páris", com ânimo de matar, fere “Nestor", o qual,
vindo a ser transportado em ambulância, morre em decorrência de
lesões experimentadas em acidente automobilístico a caminho do
hospital, sendo o acidente, no caso, causa superveniente e
relativamente independente, respondendo “Páris" por homicídio
consumado.

35. “Pátroclo", com o intuito de matar “Eneas", dispara contra ele com arma de
fogo, ferindo- O, sobrevindo a morte de “Eneas", exclusivamente por
intoxicação causada por envenenamento provocado no dia anterior por
“Ulisses", devendo “Pátroclo", nessa situação, responder por: homicídio
tentado, porque o envenenamento é considerado causa absolutamente
independente preexistente. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

36. Situação hipotética: A vítima Lúcia foi alvejada e ferida por disparo de arma
de fogo desfechado por Aldo, que agiu com animus laedandi. Internada em um
hospital, Lúcia faleceu não em decorrência dos ferimentos sofridos, mas em
razão de queimaduras causadas por um incêndio que destruiu toda a área de
internação dos enfermos. Assertiva: Nessa situação, e considerando a teoria
da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non, Aldo NÃO
SERÁ responsabilizado criminalmente pelo resultado naturalístico (morte).
(CESPE - DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: Nessa situação, e considerando a teoria da


equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non, Aldo será
responsabilizado criminalmente pelo resultado naturalístico (morte).
37. Para a teoria da conditio sine qua non, se a vítima morre quando poderia
ter sido salva, caso levada, logo após o fato, a atendimento médico, responde o
agente da ação com animus necandi por homicídio consumado. Mas, se levada
a socorro em hospital, morresse por efeito de substância tóxica ministrada por
engano pela enfermeira, o agente responderia por: tentativa de homicídio e
não por homicídio consumado. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

38. Por aplicação direta da teoria da EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES


CAUSAIS, adotada como regra pelo Código Penal brasileiro, “Télamon",
operário da mina de extração de ferro, agindo sem dolo ou culpa, não pode ser
responsabilizado pelo homicídio praticado com a arma de fogo produzida com
aquele minério. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: Por aplicação direta da teoria da causalidade


adequada, adotada como regra pelo Código Penal brasileiro,
“Télamon", operário da mina de extração de ferro, agindo sem dolo ou
culpa, não pode ser responsabilizado pelo homicídio praticado com a
arma de fogo produzida com aquele minério.

39. “Menelau", inimigo do condenado à morte “Tideu", presenciando os


instantes anteriores à execução, antecipa- Se ao carrasco e mata o
sentenciado, caso em que sua conduta É punível, POIS DEU causa ao
resultado morte, MESMO QUE A MORTE se daria de qualquer maneira.
(MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: “Menelau", inimigo do condenado à morte “Tideu",


presenciando os instantes anteriores à execução, antecipa- Se ao
carrasco e mata o sentenciado, caso em que sua conduta não é
punível, por falta de configuração jurídica de causa do resultado
morte, que se daria de qualquer maneira.

40. “Aquiles", sabendo que “Heitor" é hemofílico, fere- O, com intuito homicida,
ocorrendo efetivamente a morte, em virtude de hemorragia derivada da doença
da qual “Heitor" era portador, situação essa que leva à punição de “Aquiles" por
HOMICÍDIO CONSUMADO, sendo a hemofilia, nesse caso, considerada
CAUSA. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: “Aquiles", sabendo que “Heitor" é hemofílico, fere- O,


com intuito homicida, ocorrendo efetivamente a morte, em virtude de
hemorragia derivada da doença da qual “Heitor" era portador, situação
essa que leva à punição de “Aquiles" por homicídio tentado, sendo a
hemofilia, nesse caso, considerada concausa.
ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O CP adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine


quanon), no qual considera- Se causa do crime a ação ou omissão sem a qual o
resultado não teria ocorrido.

2. Excepcionalmente, o CP acolheu a teoria da causalidade adequada, já que a


superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando,
por si só, produziu o resultado, sendo que o agente responderá apenas pelos atos
praticados.

2.5. TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA

1. A teoria da equivalência dos antecedentes, adotada no Código Penal, NÃO


É abolida pela imputação objetiva, que NÃO RENEGA a existência de uma
causalidade natural. (IBADE - PC- AC - Delegado de Polícia).

Questão original: A teoria da equivalência dos antecedentes, adotada


no Código Penal, é abolida pela imputação objetiva, que renega a
existência de uma causalidade natural.

Observação: A teoria da equivalência dos antecedentes causais


(adotada pelo CP) tem como consequência a regressão ao infinito
(regresso ad infinitum), mas não só, pois apresenta limitações para a
resolução de várias situações no que tange a imputação. Neste
sentido, a teoria da imputação objetiva é criada justamente para
resolver tais problemas (sem excluir a teoria da equivalência), pelo
contrário, se manifesta como recurso para complementá- La.
2. A teoria da conditio sine qua non tem como consequência o regresso ad
infinitum na análise dos antecedentes causais, o que pode ser evitado, entre
outras análises, pela imputação objetiva. (IBADE - PC- AC - Delegado de
Polícia).

3. De acordo com os principais teóricos do direito penal, a teoria da imputação


objetiva se refere especificamente à relação de causalidade. (CESPE - TRE-
PE - Analista Judiciário - Área Judiciária).
4. A chamada “teoria da imputação objetiva” reúne um conjunto de critérios
pelos quais se restringe o âmbito da relevância penal dos fatos abrangidos pela
relação de causalidade, e que seriam imputáveis ao sujeito caso não fossem
empregados esses critérios. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

5. No que concerne à Teoria da Imputação Objetiva, é correto afirmar:


Segundo Roxin, a imputação objetiva se chama objetiva não porque
circunstâncias subjetivas lhe sejam irrelevantes, mas porque a ação típica
constituída pela imputação é algo objetivo, ao qual só posteriormente, se for o
caso, se acrescenta o dolo, no tipo subjetivo. Em outros termos, para o citado
autor, a imputação objetiva também é influenciada por critérios
subjetivos. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça).

6. Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a


responsabilidade penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do
agente quando o seu agir decorre da prática de um risco permitido ou de uma
conduta que diminua o risco proibido. (CESPE - PC- CE - Delegado de
Polícia).

7. A teoria da imputação objetiva consiste em CONSTATAR A RELAÇÃO DE


CAUSALIDADE, LIMITANDO A RESPONSABILIDADE PENAL ATRAVÉS
DA CAUSALIDADE NORMATIVA. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: A teoria da imputação objetiva consiste em destacar


o resultado naturalístico como objeto do bem jurídico penalmente
tutelado.

Observação: De acordo com a teoria da imputação objetiva não basta


a existência da relação de causalidade natural (teoria da equivalência)
como condição para imputação do resultado ao agente. Além dela,
devem estar presentes outros elementos indispensáveis (causalidade
normativa), quais sejam:

1º - Criação ou aumento do risco

2º - O risco criado deve ser proibido


3º - Realização do risco no resultado

- Em razão desses requisitos, o resultado jamais será imputado ao


agente quando ele:

1º - Não criou o risco do resultado ou quando houve a diminuição


desse risco;

2º - Criou um risco permitido pelo direito – autocolocação da vítima em


situação de perigo, as ações (contribuições) socialmente neutras, os
comportamentos socialmente adequados e a proibição de egresso;

3º - O risco não foi realizado no resultado.

8. No ano de 1970, o professor alemão Claus Roxin escreveu um artigo em


homenagem a Richard Honig. O artigo foi denominado “Reflexões sobre a
Problemática da Imputação em Direito Penal”. Com o referido texto, foi
estabelecida a base contemporânea da Teoria da Imputação Objetiva.
Constituem critérios para análise da imputação objetiva: incremento do risco,
não diminuição do risco proibido, criação do risco proibido e esfera de
proteção da norma. (NC- UFPR - TJ- PR - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

9. Nos delitos imprudentes (ou culposos), a aferição da concreção do risco na


implementação do evento típico (ou resultado) é um dos critérios da “teoria
da imputação objetiva”. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).
10. A relação de causalidade constitui um pressuposto da imputação do
resultado. Contudo, não basta a relação de causalidade para imputar um
resultado como criminoso em certos casos. Tomando- Se esta premissa como
correta, Roxin desenvolveu critérios para a imputação objetiva de um resultado,
e, dentre eles, NÃO se pode incluir, o domínio do fato pelo domínio da
vontade. (FCC - TJ- SE - Juiz de Direito).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam


elementos da teoria da imputação objetiva:
a) a criação de um risco proibido ao bem jurídico;

b) o âmbito de proteção da norma de cuidado;

c) a realização do risco no resultado;

d) a heterocolocação da vítima em risco.

11. Para a teoria da imputação objetiva, o ato de imputar significa atribuir a


alguém a realização de uma conduta criadora de um risco relevante e
juridicamente proibido e a produção de um resultado jurídico. Pressupõe um
perigo criado pelo agente e não coberto por um risco permitido dentro do
alcance do tipo. O risco permitido conduz à atipicidade, e o risco proibido,
quando relevante, à tipicidade. A imputação objetiva constitui elemento
normativo implícito do tipo penal. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

12. A imputação objetiva NÃO DISPENSA a realização do risco juridicamente


desaprovado no resultado. (IBADE - PC- AC - Delegado de Polícia).

Questão original: A imputação objetiva dispensa a realização do risco


juridicamente desaprovado no resultado.

13. No que toca à relação de causalidade, é correto afirmar que a teoria da


imputação objetiva estabelece que somente pode ser objetivamente imputável
um resultado causado por uma ação humana quando a mesma criou, para o
seu objeto protegido, uma situação de perigo juridicamente relevante,
PROIBIDA PELO DIREITO, e o perigo se materializou no resultado típico.
(FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: No que toca à relação de causalidade, é correto


afirmar que a teoria da imputação objetiva estabelece que somente
pode ser objetivamente imputável um resultado causado por uma ação
humana quando a mesma criou, para o seu objeto protegido, uma
situação de perigo juridicamente relevante, ainda que permitido, e o
perigo se materializou no resultado típico.

14. Para a teoria da imputação objetiva em Roxin HÁ riscos juridicamente


irrelevantes em ações dolosas. (IBADE - PC- AC - Delegado de Polícia).

Questão original: Para a teoria da imputação objetiva em Roxin não


há riscos juridicamente irrelevantes em ações dolosas.

15. As ações neutras podem ser definidas, na esfera do concurso de pessoas,


como condutas de intervenção no injusto penal alheio, gerando uma
discussão sobre a incidência da imputação objetiva no âmbito da participação
punível. (FMP Concursos - MPE- AM - Promotor de Justiça).

16. Uma ação neutra ou socialmente adequada NÃO ADQUIRE relevância


típica em função da estrita relação de causalidade entre a conduta do partícipe
e o resultado punível. (FMP Concursos - MPE- AM - Promotor de Justiça).

Questão original: Uma ação neutra ou socialmente adequada adquire


relevância típica em função da estrita relação de causalidade entre a
conduta do partícipe e o resultado punível.

17. A imputação como ferramenta da teoria do delito, possui aplicação nos


delitos denominados pela doutrina brasileira como MATERIAIS, nos moldes
desenvolvidos por Claus Roxin, por configurar uma teoria funcional sem
vinculação ao aspecto subjetivo. (FCC - DEP- AP - Defensor Público).
Questão original: A imputação como ferramenta da teoria do delito,
possui aplicação nos delitos denominados pela doutrina brasileira como
de mera conduta, nos moldes desenvolvidos por Claus Roxin, por
configurar uma teoria funcional sem vinculação ao aspecto subjetivo.

Observação: A incidência da teoria da imputação objetiva tem


relevância apenas nos crimes materiais (dolosos ou culposos), visto
que, para a constatação da relação de causalidade (nexo causal) e
consequente imputação da responsabilidade penal, exige- Se a
ocorrência do resultado naturalístico – sempre presente nos crimes
materiais.

18. A imputação como ferramenta da teoria do delito, tem aplicação aos delitos
culposos, BEM COMO nos tipos dolosos. (FCC - DEP- AP - Defensor Público).

Questão original: A imputação como ferramenta da teoria do delito,


tem aplicação apenas aos delitos culposos, já que nos tipos dolosos
seu papel é satisfatoriamente ocupado pela teoria do dolo.

19. No que concerne à Teoria da Imputação Objetiva, é correto afirmar:


Sustenta- Se em sede doutrinária a íntima relação, no campo da causalidade,
da teoria da imputação objetiva com as regras da física quântica, falando- Se,
por essa razão, em direito penal quântico. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor
de Justiça).

DOUTRINA – Em sede doutrinária, com relação à teoria da imputação


objetiva (referente à causalidade), sustenta- Se sua intima relação com
as regras da física quântica, já que para se imputar o resultado ao
agente não basta apenas a relação de causa e efeito (causalidade
física), mas também a relação da causalidade normativa e tipicidade
material, falando- Se, por essa razão, em “direito penal quântico”.

20. A imputação como ferramenta da teoria do delito, NÃO É vista


majoritariamente como nebulosa, e NÃO CONSTITUI uma categoria na qual se
procuram reunir todos aqueles problemas que carecem de uma posição
sistemática clara. (FCC - DEP- AP - Defensor Público).

Questão original: A imputação como ferramenta da teoria do delito,


ainda é vista majoritariamente como nebulosa, e constitui uma
categoria na qual se procuram reunir todos aqueles problemas que
carecem de uma posição sistemática clara.
DOUTRINA – A doutrina majoritária não considera a teoria da
imputação objetiva como “nebulosa”, e nem como fator de cumulação
de problemas jurídicos, já que tal teoria não despreza a solução
apresentada pela teoria da conditio sine qua non, pelo contrário, se
manifesta (como já dito) como recurso para complementá- La.

21. Na iminência de forte tempestade, B instiga C a caminhar sobre campo


aberto, na expectativa de que este seja atingido mortalmente por um raio: o
casual resultado de morte de C, efetivamente fulminado por um raio na
caminhada em campo aberto, não é definível como risco criado por B, e assim
não pode ser atribuível a B como obra dele. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor).

22. Hamilton resolve chamar um táxi pelo aplicativo do celular a fim de conduzi-
Lo até determinado endereço. Após ingressar no veículo, Hamilton recebe uma
ligação em seu telefone, ocasião em que diz a pessoa que está do outro lado
da linha que está se dirigindo até o endereço do amante de sua esposa a fim
de matá- Lo. O motorista do táxi, mesmo após ouvir a conversa de seu
passageiro, o conduz até seu destino. No dia seguinte, o motorista toma
conhecimento pelo noticiário televisivo de que Hamilton realmente matou o
amante de sua mulher. Diante do caso hipotético, o taxista não responderá
por nenhum crime. (FCC - ALESE - Analista Legislativo).

23. No que concerne à Teoria da Imputação Objetiva, é correto afirmar: Na


cena de um crime, Gregor Samsa convence o ladrão a furtar da vítima Frieda a
quantia de cem reais, em vez dos mil reais que o autor inicialmente tencionava
surrupiar. Nesse caso, de acordo com a concepção de Roxin acerca da
diminuição do risco em relação ao bem protegido, o resultado delituoso: não
poderá ser – nem mesmo a título de participação – objetivamente
imputado a Gregor Samsa. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça).

24. Afim de fazer uso de certa droga injetável, Eliel pede a Sinval uma seringa
emprestada, pois não tem dinheiro para adquirir a sua em uma farmácia. Com
a cessão da seringa por Sinval, Eliel ministra a droga no próprio corpo, vindo a
falecer em virtude de overdose. Saliente- Se que Sinval desejava a morte de
Eliel e intimamente torcia para o desfecho trágico. Considerando apenas as
informações constantes do enunciado, de acordo com a teoria da imputação
objetiva: a imputação do resultado morte a Sinval pode ser afastada em virtude
da: autocolocação da vítima em perigo. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de
Polícia).

25. Ao menos no Brasil, embora existentes outras concepções de imputação


objetiva, a generalidade da literatura penal se acostumou em apresentar o
modelo funcionalista moderado do penalista Claus Roxin. Nesse sentido,
considerando os pressupostos de sua construção teórica, analise o caso
proposto a seguir e assinale a alternativa correta. Um Delegado de Polícia, sem
embargo alertado pelo escrivão e pelo investigador sobre a precariedade dos
freios da viatura, exigiu ser transportado até a circunscrição vizinha. Antes de
chegar à rodovia, o escrivão novamente o advertiu sobre os problemas de freio
do veículo oficial, mas a autoridade impôs que a sua vontade fosse
devidamente cumprida. Durante o trajeto viário, o escrivão perdeu o controle do
veículo em curva acentuada por falha no sistema de freios e, desgovernado,
atravessou a pista contrária e caiu em um barranco de quinze metros. O
Delegado de Polícia morreu no acidente e a perícia técnica comprovou que
nenhum fator adicional corroborou para o sinistro: A imputação do crime de
trânsito ao escrivão deverá ser afastada, pois se trata de caso de
heterocolocação em perigo consentido. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de
Polícia).

26. No que concerne à Teoria da Imputação Objetiva, é correto afirmar:


Conforme Jakobs, o padeiro que vende uma peça de pão ao autor, ciente de
que este utilizará o alimento para envenenar terceira pessoa, NÃO
INCREMENTA o risco da situação de fato por agir em CONFORMIDADE com
o seu papel social, NÃO PODENDO, dessa forma, o resultado lhe ser imputado
objetivamente como partícipe. De igual modo, ainda para o citado autor, o
taxista NÃO PODE responder criminalmente pelo homicídio que cometa seu
cliente uma vez chegado ao ponto de destino, se, durante o trajeto, o plano
delitivo tiver sido devidamente explicitado ao taxista. (MPE- GO - MPE- GO -
Promotor de Justiça).
Questão original: No que concerne à Teoria da Imputação Objetiva, é
correto afirmar: Conforme Jakobs, o padeiro que vende uma peça de
pão ao autor, ciente de que este utilizará o alimento para envenenar
terceira pessoa, incrementa o risco da situação de fato por agir em
desconformidade com o seu papel social, podendo, dessa forma, o
resultado lhe ser imputado objetivamente como partícipe. De igual
modo, ainda para o citado autor, o taxista pode responder
criminalmente pelo homicídio que cometa seu cliente uma vez chegado
ao ponto de destino, se, durante o trajeto, o plano delitivo tiver sido
devidamente explicitado ao taxista.

Observação: Gunther Jakobs (penalista alemão) acrescenta ao


conceito de imputação o elemento de imputação objetiva do
comportamento, isto é, só há que se falar em responsabilidade penal
quando o agente tenha violado o seu papel social, ou quando a
própria vítima tenha violado o seu papel, devendo assumir o dano por
si mesma. Caso contrário, se todos se comportam em conformidade
com o seu papel, o risco decorrente de uma conduta socialmente
adequada, permitida e tolerada pelo direito, jamais poderá ser atribuída
ao agente, vislumbrando- Se apenas como fatalidade ou acidente.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A teoria da imputação objetiva refere- Se à relação de causalidade, segundo o


qual só é possível imputar o resultado ao agente quando, além da causalidade natural
(teoria da equivalência), estejam presentes outros elementos: criação ou aumento do
risco; risco criado deve ser proibido e realização do risco no resultado (causalidade
normativa).

2. A teoria da imputação objetiva tem pertinência apenas nos crimes materiais


(dolosos ou culposos), pois para a constatação da relação de causalidade (nexo
causal) exige- Se a ocorrência do resultado naturalístico.

2.6. OMISSÃO IMPRÓPRIA E OMISSÃO PRÓPRIA


Relevância da omissão

Art. 13, §2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e


podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;


b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

1. ► A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia


agir para evitar o resultado. (CONSESP - DAE- Bauru - Procurador Jurídico).

2. ► A omissão é penalmente RELEVANTE quando o omitente devia e podia


agir para evitar o resultado. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário -
Superior).

Questão original: A omissão é penalmente irrelevante quando o


omitente devia e podia agir para evitar o resultado.

3. A omissão É penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir


para evitar o resultado. (Prefeitura de Fortaleza - CE - Prefeitura de Fortaleza -
CE - Advogado).

Questão original: A omissão não é penalmente relevante quando o


omitente devia e podia agir para evitar o resultado.

4. A omissão é penalmente RELEVANTE. (FCC - TCE- CE - Auditor).

Questão original: A omissão é penalmente irrelevante.


5. Nos crimes comissivos por omissão, a falta do poder de agir gera
atipicidade da conduta. (FCC - DPE- AP - Defensor Público).

Observação: Nos crimes omissivos impróprios (comissivos por


omissão), quem tem o dever de agir, nem sempre pratica
automaticamente um crime em razão de sua omissão, pois o CP
condiciona a punição do agente quando ele devia e podia agir para
evitar o resultado. Assim, por exemplo, apesar de o salva- Vidas ter o
dever de agir diante de um afogamento de uma criança no clube, o
mesmo não podia agir quando acabou escorregando no piso na
piscina, vindo a quebrar sua perna no momento em que corria em
direção a criança para salvá- La.

6. Segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância


penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver
possibilidade de evitá- Lo. (VUNESP - 2106 - TJM- SP - Juiz de Direito).

7. No que toca à relação de causalidade, é correto afirmar que é normativa


nos crimes omissivos impróprios. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Observação: Nos crimes omissivos impróprios (comissivos por


omissão), o CP adotou a teoria normativa, já que a omissão não tem
existência no plano naturalístico, mas sim no plano do “dever ser”, ou
seja, não se pune alguém pelo simples fato de ter se omitido, haja vista
que a omissão “por si só é um nada”, ao contrário, tal omissão só terá
relevância quando o omitente tem o dever de agir.

8. Para os crimes omissivos impróprios, o estudo do nexo causal é relevante,


porquanto o CP adotou a teoria NORMATIVA da omissão, ao equiparar a
inação do agente garantidor a uma ação. (CESPE - PC- CE - Delegado de
Polícia).
Questão original: Para os crimes omissivos impróprios, o estudo do
nexo causal é relevante, porquanto o CP adotou a teoria naturalística
da omissão, ao equiparar a inação do agente garantidor a uma ação.
9. Se o garante, apesar de não haver conseguido impedir o resultado,
seriamente esforçou- Se para evitá- Lo, não haverá fato típico, doloso e
culposo. Nos omissivos impróprios, a relação de causalidade é normativa.
(MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

Observação: Mesmo não conseguindo impedir o resultado, se o agente


se esforçou para evitá- Lo cumprindo o seu dever de agir, não há que
se falar em crime, já que nem sempre o resultado poderá ser
efetivamente evitado.

10. De acordo com o Código Penal Brasileiro, responde penalmente, a título de


omissão, aquele que deixa de agir para evitar o resultado quando, POR LEI,
tenha obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. (VUNESP - CRBio - 1º
Região - Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal Brasileiro, responde


penalmente, a título de omissão, aquele que deixa de agir para evitar o
resultado quando, por lei ou convenção social, tenha obrigação de
cuidado, proteção ou vigilância.

11. O dever de agir INCUMBE a quem tenha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário -
Superior).

O dever de agir não incumbe a quem tenha por lei obrigação de


cuidado, proteção ou vigilância.

12. O dever de agir para evitar o resultado incumbe a quem tenha, POR LEI,
obrigação de cuidado, proteção e vigilância. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de
Polícia Civil).
Questão original: O dever de agir para evitar o resultado incumbe a
quem tenha, por lei ou convenção social, obrigação de cuidado,
proteção e vigilância.
13. No que toca à relação de causalidade, é correto afirmar que a previsão
legal de que a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado, se tinha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância, é aplicável aos crimes omissivos IMPRÓPRIOS. (FCC -
TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: No que toca à relação de causalidade, é correto


afirmar que a previsão legal de que a omissão é penalmente relevante
quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, se tinha
por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, é aplicável aos
crimes omissivos próprios.

14. Nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o


dever de impedir o resultado, quem, por lei, tem a obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância. (VUNESP - 2106 - TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Nos termos do Código Penal, possui posição de


garantidor e, portanto, o dever de impedir o resultado, apenas quem,
por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.

Observação: O dever de impedir o resultado é imputado não apenas


aquele que, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância,
mas também aquele que de outra forma, assumiu a responsabilidade
de impedir o resultado, ou aquele que com seu comportamento anterior,
criou o risco da ocorrência do resultado.

15. Nos crimes comissivos por omissão, no caso de ingerência, a conduta


anterior deve CRIAR O RISCO DA OCORRÊNCIA DO RESULADO. (FCC -
DPE- AP - Defensor Público).
Questão original: Nos crimes comissivos por omissão, no caso de
ingerência, a conduta anterior deve ser a produtora do dano ou lesão.

Observação: Nos crimes omissivos impróprios (comissivos por


omissão), na situação de ingerência, a conduta anterior deve criar o
risco da ocorrência do resultado, pois caso se tenha produzido o
dano, o crime não dependerá de omissão posterior para a constatação
do juízo de tipicidade, mas estará plenamente consumado em relação
ao dano que já foi produzido, sendo que a omissão servirá apenas para
agravar sua responsabilidade penal.

16. A ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um


comportamento anterior que gera risco de resultado, ESTÁ positivada no
ordenamento brasileiro, NÃO TRATANDO- SE de uma construção dogmática.
(VUNESP - 2106 - TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: A ingerência, denominação dada à posição de


garantidor decorrente de um comportamento anterior que gera risco de
resultado, não está positivada no ordenamento brasileiro, tratando- Se
de uma construção dogmática.

17. Sobre o tema em questão, de acordo com a jurisprudência majoritária dos


Tribunais Superiores, é correto afirmar que os crimes classificados
como omissivos impróprios ADMITEM a tentativa. (FGV - AL- RO - Advogado).

Questão original: Sobre o tema em questão, de acordo com a


jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, é correto afirmar
que os crimes classificados como omissivos impróprios não admitem
tentativa.

Observação: Os crimes omissivos impróprios (comissivos por


omissão) são sempre materiais, pois o dever de agir é justamente
para evitar um resultado naturalístico. Por serem crimes materiais, a
tentativa é perfeitamente admissível. Exemplo: o policial que vê um
sujeito sendo assaltado na rua por um ladrão, mas não faz
absolutamente nada para impedir o resultado, ocasião em que o ladrão
acaba não conseguindo subtrair o celular da vítima. Neste caso, tanto o
ladrão como o policial responderão pelo crime de roubo tentado.
18. No crime comissivo por omissão, admite- Se a forma tentada. (CESPE -
TCU - Procurador).

19. Nos crimes comissivos por omissão, são delitos MATERIAIS, POIS SE
CONSUMAM COM A PRODUÇÃO DO RESULTADO NATURALÍSTICO. (FCC
- DPE- AP - Defensor Público).

Questão original: Nos crimes comissivos por omissão, são delitos de


mera atividade, que se consumam com a simples inatividade.
20. A consumação se dá nos crimes omissivos impróprios com a PRODUÇÃO
DO RESULTADO NATURALÍSITCO. (FCC - TCM- GO - Procurador).

Questão original: omissivos impróprios com a prática de conduta


capaz de produzir o resultado naturalístico.

21. A omissão também pode ser causa do resultado. (FCC - TCM- RJ -


Auditor).

22. O crime comissivo por omissão é aquele em que o sujeito, por omissão,
permite a produção de um resultado posterior que lhe é condicionante.
(VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

23. A posição de garantidor do bem jurídico é elemento específico do tipo


objetivo dos crimes de omissão imprópria, mas a produção do resultado típico
de lesão do bem jurídico NÃO É elemento comum do tipo objetivo dos crimes
de omissão própria e imprópria. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: A posição de garantidor do bem jurídico é elemento


específico do tipo objetivo dos crimes de omissão imprópria, mas a
produção do resultado típico de lesão do bem jurídico é elemento
comum do tipo objetivo dos crimes de omissão própria e imprópria.

24. A respeito dos crimes omissivos impróprios, ou comissivos por


omissão, são de estrutura típica aberta e de adequação típica de
subordinação mediata. Só podem ser praticados por determinadas pessoas,
embora qualquer pessoa possa, eventualmente, estar no papel de garante.
Neles, descumpre- Se tão somente a norma preceptiva e não a norma
proibitiva do tipo legal de crime ao qual corresponda o resultado não evitado.
(MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

25. Na forma dolosa, os crimes omissivos impróprios não exigem que o


garante deseje o resultado típico. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

Observação: Os crimes omissivos impróprios (comissivos por


omissão) podem ser tanto culposos (salva- Vidas de um clube que
responde uma mensagem no seu celular e acaba não notando a
criança se afogando) como dolosos (salva- Vidas que vê uma criança
se afogando e mesmo assim se omite por preguiça de correr). Mesmo
na forma dolosa, tais crimes não exigem que o garante deseje tal
resultado.

26. Nos crimes comissivos por omissão, a tipicidade é a do tipo comissivo, E


NÃO PODE ser a do tipo omissivo. (FCC - DPE- AP - Defensor Público).

Questão original: Nos crimes comissivos por omissão, a tipicidade é a


do tipo comissivo, mas pode também, excepcionalmente, ser a do
tipo omissivo.

Observação: Nos crimes omissivos impróprios (comissivos por


omissão), tendo em vista que o agente tem o dever jurídico de agir, a
tipicidade dever ser sempre de um tipo comissivo (ação). Deste modo,
a subsunção típica dos crimes omissivos impróprios é incompatível nos
crimes omissivos próprios, pois nestes o tipo penal descreve uma
omissão e não ação.

27. Se o médico se obriga a realizar determinado procedimento em um


paciente, mas resolve viajar e deixa seu compromisso nas mãos de um colega,
que assume esse tratamento, ele NÃO RESPONDE penalmente pelas lesões
que resultem de erro de diagnóstico deste outro médico. (MPE- RS - MPE- RS
- Promotor de Justiça).

Questão original: Se o médico se obriga a realizar determinado


procedimento em um paciente, mas resolve viajar e deixa seu
compromisso nas mãos de um colega, que assume esse tratamento,
ele responde penalmente pelas lesões que resultem de erro de
diagnóstico deste outro médico.
28. MESMO que esteja fora do expediente, RESPONDE TAMBÉM PELO
ROUBO o policial que, podendo impedir roubo praticado diante de si, decide
permanecer inerte. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia).

Questão original: Desde que esteja fora do expediente, pratica


omissão de socorro o policial que, podendo impedir roubo praticado
diante de si, decide permanecer inerte.

Observação: Independentemente de estar ou não em serviço, o policial


tem o dever de prender em flagrante delito o sujeito que se encontre
nessa situação. Por isso, em razão do seu dever legal de proteção e
vigilância, responderá pelo resultado ocorrido quando se quedar inerte.

29. A mãe que, apressada para fazer compras, esquecer o filho recém-
Nascido dentro de um veículo responderá pela prática de HOMICÍDIO
CULPOSO no caso de o bebê morrer por sufocamento dentro do veículo
fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora, possui a
obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância da criança. (CESPE - TRE-
GO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: A mãe que, apressada para fazer compras, esquecer


o filho recém- Nascido dentro de um veículo responderá pela prática de
homicídio doloso no caso de o bebê morrer por sufocamento dentro
do veículo fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente
garantidora, possui a obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância
da criança.
30. Sandra, jovem de dezessete anos de idade, inabilitada para conduzir
veículo automotor, com a devida autorização de seu genitor senhor Getúlio D.
Za Tento, saiu para passear com o veículo de propriedade do pai e dirigindo
em alta velocidade atropelou Maria das Dores, causando- Lhe lesões corporais
gravíssimas as quais causaram a morte da vítima. Acerca da situação
hipotética proposta, é correto afirmar à luz do Código Penal, que Getúlio
responderá por: homicídio culposo (crime comissivo por omissão).
(FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).
31. JOÃO e JOSÉ estão na praia e resolveram entrar no mar. Em determinado
momento eles começam a se afogar. Havia naquele local um salva- Vidas que,
ao avistar apenas JOÃO, notou que ele era seu desafeto e se recusou a salvá-
Lo; próximo a eles havia também um surfista, este avistou apenas JOSÉ
pedindo socorro, mas, por ser seu inimigo, não atendeu aos pedidos dele,
resolvendo sair do local. As duas pessoas acabam se afogando e morrendo.
Em relação ao caso, qual das alternativas abaixo está CORRETA? O salva-
Vidas responde por homicídio doloso por omissão. (NUCEPE - PC- PI -
Delegado de Polícia).

Observação: Em razão do dever jurídico especial de agir, o salva-


Vidas deve responder pelo homicídio doloso (omissão imprópria), ao
passo que o surfista deve responder por omissão de socorro majorado
pela morte em decorrência do seu dever geral de agir (omissão
própria).

32. A partir da narrativa a seguir e considerando as classes de crimes


omissivos, assinale a alternativa correta. Artur, após subtrair aparelho celular
no interior de um mercado, foi detido por populares que o amarraram em um
poste de iluminação. Acabou agredido violentamente por Valdemar, vítima da
subtração, que se valeu de uma barra de ferro encontrada na rua. Alice tentou
intervir, porém foi ameaçada por Valdemar. Ato contínuo, Alice, verificando a
grave situação, correu até um posto da Polícia Militar e relatou o fato ao
soldado Pereira, que se recusou a ir até o local no qual estava o periclitante,
alegando que a situação deveria ser resolvida unicamente pelos envolvidos.
Francisco, segurança particular do mercado, gravou a agressão e postou as
imagens em rede social com a seguinte legenda: "Aí mano, em primeira mão:
outro pra vala". Artur morreu em decorrência de trauma craniano: Pereira
poderá ser indiciado pela prática de crime omissivo impróprio. (FAPEMS -
PC- MS - Delegado de Polícia).

33. A realiza manobra imprudente na direção de veículo e atropela B, que


andava pelo acostamento da rodovia: se B morre justamente porque A, ciente
da real possibilidade de morte da vítima, deixa de lhe prestar socorro, podendo
fazê- Lo concretamente sem risco pessoal, então A responde pelo crime de:
homicídio doloso (CP, art. 121), praticado por omissão imprópria. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

34. Quem, sabendo nadar, por brincadeira de mau gosto, empurra o amigo
para dentro da piscina, por sua ingerência, estará obrigado a salvá- Lo, se
necessário, para que o fato não se transforme em crime de homicídio, no
caso de eventual morte por afogamento. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).

35. Antônio, renomado cientista, ao desenvolver uma atividade habitual, em


razão da pressa para entregar determinado produto, foi omisso ao não tomar
todas as precauções no preparo de uma fase do procedimento laboratorial, o
que acabou ocasionando dano à integridade física de uma pessoa. Acerca
dessa situação hipotética, julgue o item a seguir: A omissão de Antônio é
penalmente relevante porque foi esse comportamento que criou o risco
de ocorrência do resultado danoso à integridade física. (CESPE - TRF - 1ª
REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa).

OMISSÃO
PRÓPRIA

36. Os tipos de omissão de ação podem aparecer sob a forma de omissão


imprópria, fundada no dever jurídico especial de agir, que admite ações
dolosas e culposas, e sob a forma de omissão própria, fundada no dever
jurídico geral de agir, que admite apenas ações dolosas. (MPE- PR - MPE- PR
- Promotor de Justiça).

Observação: As diferenças entre os crimes omissivos próprios


(puros) e impróprios (comissivos por omissão) são nítidas:

- Omissão própria: dever jurídico geral de agir (crime comum); o tipo


penal descreve uma omissão; são crimes de mera conduta (se
consumam com a simples omissão); não admitem a tentativa e só
podem ser dolosos.
- Omissão imprópria: dever jurídico especial de agir (crime próprio); o
tipo penal descreve uma ação; são crimes de materiais (se consumam
com a produção do resultado naturalístico); admitem a tentativa e
podem ser dolosos ou culposos.

37. Os crimes omissivos próprios são os cujo tipo descreve a conduta


omissiva de forma direta, e por isso não é necessária a incidência do art. 13,
§ 2º, do CP. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

38. Os tipos omissivos NÃO PRESCINDEM da verificação do dolo. (FCC -


DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: Os tipos omissivos prescindem da verificação do


dolo.

Observação: Os crimes omissivos (próprios) são sempre dolosos,


não admitindo- Se a modalidade culposa.

39. A consumação se dá nos crimes omissivos próprios, com a simples


omissão. (FCC - TCM- GO - Procurador).

40. Em relação aos crimes omissivos puros, NÃO EXIGE- SE a ocorrência de


resultado naturalístico, uma vez que a simples omissão contida na norma
BASTA para que eles se aperfeiçoem. (FUNDEP - Gestão de Concursos -
MPE- MG - Promotor de Justiça).
Questão original: Em relação aos crimes omissivos puros, exige- Se a
ocorrência de resultado naturalístico, uma vez que a simples omissão
contida na norma não basta para que eles se aperfeiçoem.

41. Os crimes omissivos PRÓPRIOS não admitem tentativa. (FUNIVERSA -


PC- DF - Delegado de Polícia).

Questão original: Os crimes omissivos, sejam próprios ou


impróprios, não admitem tentativa.
42. Um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão própria
da omissão imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma expressa
criminalizando a omissão, estar- Se- Ia diante de uma OMISSÃO PRÓPRIA.
(VUNESP - 2106 - TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Um dos critérios apontados pela doutrina para


diferenciar a omissão própria da omissão imprópria é o tipológico,
segundo o qual, havendo norma expressa criminalizando a omissão,
estar- Se- Ia diante de uma omissão imprópria.

43. O crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, NÃO É


NECESSARIAMENTE apenado de forma atenuada ao crime praticado por
ação. (VUNESP - 2106 - TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: O crime praticado por omissão, segundo o Código


Penal, é apenado de forma atenuada ao crime praticado por ação.

44. A percebe o afogamento de B em lago, e, ciente da real possibilidade de


morte da vítima, deixa de lhe prestar socorro, podendo fazê- Lo concretamente
sem risco pessoal: se B morre afogado justamente em razão da omissão,
então A responde pelo crime de omissão de socorro, majorado pelo
resultado de morte (CP, art. 135, parágrafo único), praticado por omissão
própria. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
45. “X” cai num poço e grita por socorro. “Y”, que caminhava nas imediações e
nenhum vínculo possuía com “X”, ao ouvir seus gritos, prepara- Se para
estender uma corda, mas, ao reconhecê- Lo neste tempo como um inimigo
mortal, recolhe- A antes que “X” a segurasse, vindo este a morrer devido à falta
de socorro, por afogamento. Nessas circunstâncias, “Y” responderá por
OMISSÃO DE SOCORRO, MAJORADO PELO REULTADO MORTE. (MPE-
RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

Questão original: “X” cai num poço e grita por socorro. “Y”, que
caminhava nas imediações e nenhum vínculo possuía com “X”, ao ouvir
seus gritos, prepara- Se para estender uma corda, mas, ao reconhecê-
Lo neste tempo como um inimigo mortal, recolhe- A antes que “X” a
segurasse, vindo este a morrer devido à falta de socorro, por
afogamento. Nessas circunstâncias, “Y” responderá por homicídio.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para


evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: tenha por lei obrigação de
cuidado, proteção ou vigilância; de outra forma, assumiu a responsabilidade de
impedir o resultado ou com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado.

2. Os crimes omissivos próprios (puros) se consumam com a simples omissão


(crimes de mera conduta), não admitem a tentativa e são sempre dolosos. Já os
crimes omissivos impróprios (comissivos por omissão) se consumam com a
produção do resultado naturalístico (crimes materiais), admitem a tentativa e podem
ser dolosos ou culposos.

2.7. TEORIA DO TIPO PENAL

1. O tipo é a fórmula legal que permite averiguar a tipicidade da conduta, ou


seja, não se deve confundir o tipo com a tipicidade. (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).

Observação: Tipo penal é o modelo previsto na lei penal que


descreve a conduta criminosa ou permitida. Já na tipicidade verifica-
Se justamente se a conduta praticada pelo agente (no mundo concreto)
se adequa ao modelo genérico previsto no tipo penal.

Enquanto o tipo penal contém núcleo e elementos, as figuras


qualificadoras e privilegiadas contêm circunstâncias, formando a
estrutura do tipo incriminador:

- Núcleo: é o verbo do crime (exemplo: “matar”).

- Elementos objetivos (descritivos): são os dados objetivos da


conduta criminosa, podendo ser constatado por qualquer pessoa
(exemplo: “alguém”).
- Elementos normativos: são os dados que necessitam de uma
interpretação valorativa, ou seja, de um juízo de valor sobre a situação
fática (exemplos: "honesto”, “indevidamente”, “ato obsceno”, “cruel”).

- Elementos subjetivos: são os dados relacionados à vontade do


agente, ou seja, sua finalidade de agir (exemplo: intenção de “satisfazer
interesse ou sentimento pessoal” no crime de prevaricação - 319, CP).

2. “Mas o que possibilita a ‘visão científica no Direito Penal”? O conceito de


crime, mais especificamente um conceito denominado analítico, porquanto
‘analisa’ o crime em partes. É este, na verdade, o conceito mais importante do
Direito Penal” (BACILA, 2011). Com base no texto, assinale a alternativa que
apresenta o elemento do conceito analítico de crime que descreve a conduta
proibida pela norma penal: Tipo objetivo. (NC- UFPR - TJ- PR - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

3. No tipo do crime descrito no art. 319 do Código Penal “Retardar, ou deixar


de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá- Lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”, a expressão
“para satisfazer interesse ou sentimento pessoal” constitui: elemento subjetivo
do tipo. (FCC - TCM- GO - Auditor).

4. Os crimes de roubo (CP, art. 157, caput), extorsão (CP, art. 158, caput),
falsidade ideológica (CP, art. 299, caput), corrupção ativa (CP, art. 333, caput)
e coação no curso do processo (CP, art. 344), constituem, cada qual, exemplo
de ilícito penal cujo tipo subjetivo é composto pelo dolo e por elementos
subjetivos especiais. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor).

5. O agente responderá, no tipo misto alternativo, APENAS POR UM CRIME


que sua conduta alcançar, MESMO atingindo mais de um núcleo enunciado na
norma. (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: No que tange à classificação dos delitos, o agente


responderá, no tipo misto alternativo, por todos os crimes que sua
conduta alcançar, atingindo mais de um núcleo enunciado na norma.

Observação: O tipo simples é o tipo que contém apenas um núcleo


(verbo). Já o tipo misto (ação múltipla, conteúdo variado) é o tipo
que contém dois ou mais núcleos, sendo dividido em:

a) tipo misto alternativo: a prática sucessiva de vários verbos (no


mesmo contexto fático) caracteriza apenas um crime, pois atinge o
mesmo bem jurídico (ex: tráfico de drogas).

b) tipo misto cumulativo: a prática sucessiva de vários verbos (ainda


que no mesmo contexto fático) caracterizam vários crimes em
concurso material, pois atingem bens jurídicos diversos (ex: omissão de
socorro).

6. O tipo aberto indica adequação DIRETA. (CESPE - TCU - Procurador).

Questão original: O tipo aberto indica adequação indireta.

Observação: A adequação típica direta (subordinação imediata) é


aquela que reclama apenas um dispositivo legal para o devido
enquadramento típico do fato – exemplo: homicídio (art. 121, CP). De
outro lado, a adequação típica indireta (subordinação mediata) é
aquele que reclama dois ou mais dispositivos legais para o devido
enquadramento típico do fato – exemplo: homicídio tentado (art. 121,
c/c art. 14, II, ambos do CP). Assim, o tipo penal aberto exige um juízo
de valor (no caso em concreto) para que a tipicidade seja constatada,
não necessitando de outro dispositivo legal para o seu enquadramento
típico.

7. A frase “O tipo de ação se constitui por meio da combinação entre uma


norma incriminadora da parte especial e uma norma não incriminadora da parte
geral do Código Penal”, corresponde ao conceito de: Tipicidade
indireta. (MPE- PR - MPE - PR - Promotor de Justiça).
ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Enquanto o tipo penal é o modelo previsto na lei penal que descreve a conduta
criminosa (ou permitida), a tipicidade verifica- Se quando a conduta praticada pelo
agente (no mundo concreto) se encaixa ao modelo genérico previsto no tipo penal.

2. Os elementos objetivos são os dados objetivos da conduta criminosa; os


elementos normativos são os dados que necessitam de um juízo de valor; e os
elementos subjetivos são os dados relacionados à vontade do agente (finalidade
de agir).

2.8. CRIME DOLOSO E CULPOSO

Crime doloso

Art. 18 - Diz- Se o crime:

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-


Lo.

Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,


negligência ou imperícia.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido
por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
1. O aspecto cognitivo do dolo antepõe- Se sempre ao volitivo. (FCC - DPE-
SC - Defensor Público).

Observação: É importante lembrar que o dolo é composto por dois


elementos: Consciência e vontade. A consciência representa o seu
elemento intelectual (cognitivo), e se verifica previamente a vontade
que representa o elemento volitivo.

2. Configura- Se o crime doloso, quando o agente quis o resultado ou


assumiu o risco de produzi- Lo. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia -
SP - Advogado).
3. Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi- Lo, ele
comete o crime de forma: dolosa. (IBADE - SEPLAG- SE - Guarda de
Segurança).

4. São elementos do crime doloso: desejo do resultado e assunção do risco


de produzi- Lo. (FCC - TCE- CE - Procurador).

5. O Código Penal Brasileiro, ao dispor que o crime é doloso quando o agente


quis o resultado ou assumiu o risco de produzi- Lo, está adotando as teorias
da vontade e do assentimento, respectivamente. (PUC- PR - TJ- MS -
Analista Judiciário).

6. Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade


para o dolo direto e a teoria do assentimento para o dolo eventual. (CESPE
- STJ - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Observação: As três principais teorias a respeito do dolo são:

a) Teoria da representação (possibilidade): há dolo quando o agente


simplesmente prevê o resultado (prioriza o aspecto intelectual,
excluindo- Se o volitivo – não há qualquer diferença entre o dolo
eventual e a culpa consciente).

b) Teoria da vontade: há dolo quando o agente prevê o resultado e


deseja produzi- Lo.

c) Teoria do assentimento (consentimento): há dolo quando o agente


prevê o resultado, não quer diretamente produzi- Lo, mas assume o
risco (não se importa com a sua ocorrência).

- O CP adotou as teorias da vontade e do assentimento, pois o crime


será doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi- Lo (art. 18, I, CP).

7. Em tema de Dolo Eventual, para qual das teorias abaixo nominadas basta
que haja o conhecimento sobre a possibilidade de ocorrência do resultado
para estar presente esta figura dolosa: Teoria da Possibilidade. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).

8. Das várias teorias que buscam justificar o dolo eventual, sobressai a teoria
do consentimento (ou da assunção), consoante a qual o dolo exige que o
agente consinta em causar o resultado, além de considerá- Lo como possível.
A questão central diz respeito à distinção entre dolo eventual e culpa
consciente, que, como se sabe, apresentam aspecto comum: a previsão do
resultado ilícito. (TRF - 4ª REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal).

9. A TEORIA DO ASSENTIMENTO, classificada entre as volitivas, é aquela


adotada pelo Código Penal em seu art. 18, I. Seus adeptos entendem que só
há dolo eventual quando o agente representa o resultado e assume o risco de
produzi- Lo. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: A teoria do risco, classificada entre as volitivas,


é aquela adotada pelo Código Penal em seu art. 18, I. Seus adeptos
entendem que só há dolo eventual quando o agente representa o
resultado e assume o risco de produzi- Lo.

10. Para a TEORIA DO ASSENTIMENTO, que se situa entre as teorias


volitivas, há dolo eventual quando o agente admite a possibilidade de
ocorrência do resultado e demonstra alto grau de indiferença quanto à afetação
do bem jurídico- Penal. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: Para a teoria da representação, que se situa entre


as teorias volitivas, há dolo eventual quando o agente admite a
possibilidade de ocorrência do resultado e demonstra alto grau de
indiferença quanto à afetação do bem jurídico- Penal.

11. De acordo com a TEORIA DA REPRESENTAÇÃO, de base unicamente


cognitiva, não existe culpa consciente. Se há a representação do resultado,
invariavelmente existirá DOLO. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: De acordo com a teoria do consentimento, de base


unicamente cognitiva, não existe culpa consciente. Se há a
representação do resultado, invariavelmente existirá dolo eventual.

12. Na conduta do agente identificamos o: dolo direto quando no tocante a


consciência o autor da pratica do ato lesivo prevê o resultado e, na esfera
volitiva o almeja. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP - Advogado).

Observação: São espécies de dolo:

a) Dolo direto: é aquele em que o agente tem a vontade dirigida a


determinado resultado.

b) Dolo indireto: é aquele em que o agente não tem a vontade


dirigida a determinado resultado (se divide em dolo alternativo e
eventual):

b.1) Dolo alternativo: é aquele em que o agente deseja,


indistintamente, um ou outro resultado.

b.2) Dolo eventual: é aquele em que o agente não deseja o resultado


por ele previsto, mas mesmo assim assumi o risco de produzi- Lo.

c) Dolo genérico: é aquele em que a vontade do agente se limita à


prática do tipo penal, sem qualquer finalidade específica.

d) Dolo específico: é aquele em que a vontade do agente é dirigida a


uma finalidade específica.

e) Dolo de 1º grau: é aquele em que a vontade do agente é dirigida a


determinado resultado, englobando os meios necessários para
tanto.

f) Dolo de 2º grau (consequências necessárias): é aquele em que a


vontade do agente é dirigida a determinado resultado, efetivamente
pretendido, em que a utilização dos meios para atingi- Lo, inclui, por
consequência natural, a superveniência dos efeitos colaterais.
13. A especial finalidade da conduta (também denominada “dolo específico”) é
um elemento subjetivo do tipo existente em alguns delitos materiais, SENDO
TAMBÉM compatível com os delitos formais. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor
de Justiça).

Questão original: A especial finalidade da conduta (também


denominada “dolo específico”) é um elemento subjetivo do tipo
existente em alguns delitos materiais, mas não é compatível com os
delitos formais.

14. ► Se alguém ateia fogo a um navio para receber o valor de contrato de


seguro, embora saiba que com isso provocará a morte dos tripulantes, essas
mortes serão reputadas DOLOSAS. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de polícia).

Questão original: Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: se


alguém ateia fogo a um navio para receber o valor de contrato de
seguro, embora saiba que com isso provocará a morte dos tripulantes,
essas mortes serão reputadas culposas.
15. O indivíduo B, com a finalidade de comemorar a vitória de seu time de
futebol, passou a disparar “fogos de artifício” de sua residência, que se situa ao
lado de um edifício residencial. Ao ser alertado por um de seus amigos sobre o
risco de que as explosões poderiam atingir as residências do edifício e que
havia algumas janelas abertas, B respondeu que não havia problema porque
naquele prédio só moravam torcedores do time rival. Um dos dispositivos
disparados explodiu dentro de uma das residências desse edifício e feriu uma
criança de 5 anos de idade que ali se encontrava. Com relação à conduta do
indivíduo B, é correto afirmar que: o indivíduo B poderá ser
responsabilizado pelo crime de lesão corporal dolosa. (VUNESP - PC- CE -
Escrivão de Polícia Civil).

16. Na conduta do agente identificamos o: dolo eventual quando no tocante a


consciência o autor da pratica do ato lesivo prevê o resultado e, na esfera
volitiva não o almeja, mas assume o risco.
17. NO DOLO EVENTUAL o agente prevê o resultado e admite a sua
ocorrência como consequência provável da sua conduta. (FCC - TCM- GO -
Auditor).

Questão original: Na culpa consciente o agente prevê o resultado e


admite a sua ocorrência como consequência provável da sua conduta.

18. O agente que não quer diretamente o resultado, mas o prevê e aceita sua
ocorrência a partir de sua conduta, poderá ser responsabilizado pelo tipo
DOLOSO (DOLO EVENTUAL). (FGV - TJ- SC - Analista Administrativo).

Questão original: O agente que não quer diretamente o resultado, mas


o prevê e aceita sua ocorrência a partir de sua conduta, poderá ser
responsabilizado pelo tipo culposo.

19. B realiza disparo de arma de fogo, com a finalidade específica de atingir


pneu do veículo pilotado por C, levando a sério e se conformando com a
possibilidade de atingir C mortalmente: se o projétil efetivamente atinge C, o
resultado de morte é atribuível a B a título de DOLO EVENTUAL. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor).

Questão original: B realiza disparo de arma de fogo, com a finalidade


específica de atingir pneu do veículo pilotado por C, levando a sério e
se conformando com a possibilidade de atingir C mortalmente: se o
projétil efetivamente atinge C, o resultado de morte é atribuível a B a
título de dolo direto de 2º grau.

20. No caso em que o sujeito realiza a conduta e prevê a possibilidade de


produção do resultado, mas não quer sua ocorrência e conta com a “sorte”
para que ele não se materialize, pois sabe que não tem o controle sobre a
situação implementada, se configura um exemplo de “DOLO EVENTUAL” e
não de “CULPA CONSCIENTE”, MESMO QUE se o sujeito soubesse de
antemão que o resultado iria ocorrer, provavelmente não teria atuado. (MPE-
SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).
Questão original: No caso em que o sujeito realiza a conduta e prevê a
possibilidade de produção do resultado, mas não quer sua ocorrência e
conta com a “sorte” para que ele não se materialize, pois sabe que não
tem o controle sobre a situação implementada, se configura um
exemplo de “culpa consciente” e não de “dolo eventual”, porque se
o sujeito soubesse de antemão que o resultado iria ocorrer,
provavelmente não teria atuado.

21. O dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de


consequências necessárias. (FGV - MPE- RJ - Analista Ministerial - Área
Processual).

22. O agente que pretende causar determinado resultado e tem conhecimento


de que, com sua conduta, causará, necessariamente, um segundo resultado e,
ainda assim, atua, responderá por DOLO DE SEGUNDO GRAU em relação ao
segundo resultado. (FGV - TJ- SC - Analista Administrativo).

Questão original: O agente que pretende causar determinado


resultado e tem conhecimento de que, com sua conduta, causará,
necessariamente, um segundo resultado e, ainda assim, atua,
responderá por dolo eventual em relação ao segundo resultado.

23. Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ


demite o jogador que perdeu o pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o
futebolista decide matar o mandatário. Para tanto, aproveitando o dia da
assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do presidente que estava
estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista particular
do dirigente será fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar
que torcedores ou funcionários da agremiação, próximos ao veículo, venham a
falecer com a explosão. Como para ele nada mais importa, a bomba explode e,
lamentavelmente, além das mortes dos dois ocupantes do veículo automotor,
três torcedores e um funcionário morrem. A partir da leitura desse caso, é
correto afirmar que o indiciamento do jogador pelos crimes de homicídio
sucederá: por dolo direto de segundo grau apenas em relação ao
motorista. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

24. Leandro, pretendendo causar a morte de José, o empurra do alto de uma


escada, caindo a vítima desacordada. Supondo já ter alcançado o resultado
desejado, Leandro pratica nova ação, dessa vez realiza disparo de arma de
fogo contra José, pois, acreditando que ele já estaria morto, desejava simular
um ato de assalto. Ocorre que somente na segunda ocasião Leandro obteve o
que pretendia desde o início, já que, diferentemente do que pensara, José não
estava morto quando foram efetuados os disparos. Em análise da situação
narrada, prevalece o entendimento de que Leandro deve responder apenas por
um crime de homicídio consumado, e não por um crime tentado e outro
consumado em concurso, em razão da aplicação do instituto do: dolo geral.
(FGV - TJ- AL - Técnico Judiciário - Área Judiciária).

25. O dolo presumido ou dolo in re ipsa é uma espécie de dolo que NÃO
EXIGE comprovação técnica e fática da sua ocorrência no caso concreto e
NÃO É COMPATÍVEL com os princípios que regem o direito penal, em
especial a vedação da responsabilidade penal objetiva. (PUC- PR - TJ- MS -
Analista Judiciário).

Questão original: O dolo presumido ou dolo in re ipsa é uma espécie


de dolo que exige comprovação técnica e fática da sua ocorrência no
caso concreto e é perfeitamente compatível com os princípios que
regem o direito penal, em especial a vedação da responsabilidade
penal objetiva.

Observação: O dolo presumido (in re ipsa) é aquele em que não se


exige a sua comprovação no caso em concreto. Esta espécie não é
admitida no Direito Penal em razão da proibição da responsabilidade
penal objetiva, já que o dolo deve ser comprovado.

26. EM TEMA DE RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA,


ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: O dolo identifica- Se com o
conhecimento do risco que a conduta empresarial representa a um bem
jurídico (PGR - PGR - Procurador da República).

27. EM TEMA DE RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA,


ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A culpa é a ausência evitável de
conhecimento do risco gerado pelo desempenho da atividade empresarial.
(PGR - PGR - Procurador da República).

CRIME
CULPOSO

28. Os tipos culposos estão sujeitos ao princípio da tipicidade, somente


podendo ser punidos quando devidamente prevista em lei a punição a título
de culpa. (FGV - TJ- SC - Analista Administrativo).

Observação: Uma pessoa só pode responder por um crime culposo


nas situações em que a própria lei declarar expressamente. Caso
contrário, o agente só poderá ser punido por crime se praticou na forma
dolosa.
29. Os tipos culposos, por não estarem descritos especificamente em cada tipo
penal, constituem NORMAS PENAIS ABERTAS, que dependem de
VALORAÇÃO NORMATIVA. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Os tipos culposos, por não estarem descritos


especificamente em cada tipo penal, constituem normas penais em
branco, que dependem de um complemento por outro ato
normativo.

Observação: Em regra, os crimes culposos constituem tipos penais


abertos, já que a lei não descreve de forma minuciosa o
comportamento culposo. Por isso, sua verificação dependerá de um
juízo de valor no caso em concreto sob análise do juiz.

30. ► Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: há culpa quando o sujeito
ativo, voluntariamente, descumpre um dever de cuidado, provocando
resultado criminoso por ele não desejado. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de
polícia).

31. O dever de cuidado deve ser determinado de acordo com a situação


jurídica e social de cada homem e se trata de um componente normativo do
tipo objetivo culposo. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

32. A doutrina dominante define A CONDUTA CULPOSA como a voluntária


omissão de diligência em calcular as consequências possíveis e previsíveis do
próprio fato. (VUNESP - TJ- SP - Administrador).

Questão original: A doutrina dominante define tipicidade como a


voluntária omissão de diligência em calcular as consequências
possíveis e previsíveis do próprio fato.

33. De acordo com o artigo 18 do Código Penal, diz- Se o crime culposo


quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia. (VUNESP - HCFMUSP - Direito).
34. Considera- Se crime culposo quando: o agente pratica a conduta por
imperícia, imprudência ou negligência. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Escrivão de Polícia Civil).

35. Configura- Se o crime culposo, quando o agente deu causa ao resultado


por imprudência, negligência ou imperícia. (CAIP- IMES - Câmara Municipal
de Atibaia - SP - Advogado).

36. A conduta será culposa quando o agente der causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia e só poderá ser considerada crime se
houver previsão do tipo penal na modalidade culposa. (CESPE - TJ- DFT -
Juiz de Direito).

37. Diz- Se crime CULPOSO quando o agente dá causa ao resultado por


imprudência, negligência ou imperícia. (FCC - Prefeitura de São Luís - MA -
Auditor Tributário).
Questão original: Diz- Se crime tentado quando o agente dá causa ao
resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

Observação: São modalidades da culpa:

a) Imprudência: É a culpa positiva. Verifica- Se na situação em que o


agente atua sem observar as cautelas necessárias (exemplo: dirigir em
excesso de velocidade).

b) Negligência: É a culpa negativa. Verifica- Se na situação em que o


agente se omite em relação à conduta que deveria praticar (exemplo:
filho se apodera de arma de fogo que o pai esqueceu em cima do sofá).

b) Imperícia: É a culpa profissional. Verifica- Se nos erros praticados


no exercício de arte, profissão ou ofício, ou seja, na função
desempenhada pelo agente, que, apesar de ter autorização para a
respectiva atuação, não possui conhecimentos teóricos ou práticos para
tanto.

ATENÇÃO: Não se pode confundir a imperícia com o erro


profissional, já que naquele o agente age de forma imprudente ou
negligente no desempenho de sua função, enquanto neste o erro
advém das próprias regras científicas que se revelam como
imperfeitas, excluindo- Se a culpa do agente.

38. O crime é CULPOSO quando o agente deu causa ao resultado por


imprudência, negligência ou imperícia. (MPE- RS - MPE- RS - Secretário de
Diligências).

Questão original: O crime é doloso quando o agente deu causa ao


resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

39. Crime CULPOSO é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência,
negligência ou imperícia. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área
Administrativa).
Questão original: Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age
com imprudência, negligência ou imperícia.

40. No crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta


POSITIVA, enquanto a negligência, por um comportamento NEGATIVO. (FGV
- MPE- RJ - Analista Ministerial - Área Processual).

Questão original: No crime culposo, a imprudência se caracteriza por


uma conduta negativa, enquanto a negligência, por um comportamento
positivo.

41. A IMPRUDÊNCIA é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida


pelo comportamento do homem médio. (FCC - TCM- GO - Auditor).

Questão original: A imperícia é a prática de conduta arriscada ou


perigosa, aferida pelo comportamento do homem médio.

42. A NEGLIGÊNCIA é a ausência de precaução, a falta de adoção das


cautelas exigíveis por parte do agente. (FCC - TCM- GO - Auditor).

Questão original: A imprudência é a ausência de precaução, a falta


de adoção das cautelas exigíveis por parte do agente.

43. Na conduta do agente identificamos a: culpa inconsciente quando no


tocante a consciência o autor da pratica do ato lesivo não prevê o resultado
(muito embora fosse previsível objetivamente e subjetivamente) e, na esfera
volitiva não o quer, e não o aceita. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André -
SP - Advogado).

44. Na conduta do agente identificamos a: culpa consciente quando no


tocante a consciência o autor da pratica do ato lesivo prevê o resultado e, na
esfera volitiva não o almeja, não assume o risco de praticá- Lo e, acredita
poder evitá- Lo (o resultado). (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP -
Advogado).
Observação: São espécies da culpa:

a) Culpa inconsciente (sem previsão) é aquela em que o agente não


prevê o resultado, embora fosse objetivamente previsível.

b) Culpa consciente (com previsão) é aquela em que o agente prevê


o resultado objetivamente previsível, mas acredita sinceramente que
ele não ocorrerá.

c) Culpa própria é aquela em que o agente não quer o resultado e


não assume o risco de produzi- Lo (é a culpa propriamente dita).

d) Culpa imprópria (culpa por extensão) é aquela em que o agente


prevê o resultado e deseja a sua produção, praticando a conduta por
erro inescusável quanto à ilicitude do fato.

ATENÇÃO: Na verdade, a culpa imprópria é praticada na forma


dolosa, mas por questões de política criminal (em razão do erro), o
agente responde pelo crime em sua forma culposa – Exemplo: “A”,
inimigo e jurado de morte de “B”, ao avistá- Lo na rua e percebendo que
o mesmo estava indo em sua direção e retirava algo do seu bolso,
supondo ser uma arma de fogo, efetua disparos contra “B”, contudo, na
realidade, “B” estava retirando o celular do bolso, e não uma arma.

45. NA CULPA CONSCIENTE o agente prevê a ocorrência do resultado, mas


espera sinceramente que ele não aconteça. (FCC - TCM- GO - Auditor).

Questão original: No dolo eventual o agente prevê a ocorrência do


resultado, mas espera sinceramente que ele não aconteça.

46. Na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com
ele SE IMPORTA (ESPERA SINCERAMENTE QUE ELE NÃO
ACONTEÇA). (FGV - MPE- RJ - Analista Ministerial - Área Processual).

Questão original: Na culpa consciente, o agente prevê o resultado


como possível, mas com ele não se importa.
47. A culpa consciente é aquela em que o agente PREVÊ o resultado
naturalístico e, mesmo assim, realiza a conduta acreditando verdadeiramente
que nada ocorrerá. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: A culpa consciente é aquela em que o agente não


prevê o resultado naturalístico e, mesmo assim, realiza a conduta
acreditando verdadeiramente que nada ocorrerá.

48. O tipo culposo exige a previsibilidade objetiva, mas se houver efetiva


previsão, PODERÁ HAVER CULPA (QUANDO O AGENTE NÃO ASSUMIR O
RISCO). (FGV - TJ- SC - Analista Administrativo).

Questão original: O tipo culposo exige a previsibilidade objetiva, mas


se houver efetiva previsão, haverá dolo, ainda que eventual.

49. “Existe culpa consciente quando o agente prevê o resultado, mas espera,
sinceramente, que não ocorrerá; configura- Se dolo eventual quando a
vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado, pois ele
quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa ocorrer, assume assim
mesmo a possibilidade de sua produção.” (VUNESP - PC- SP - Delegado de
Polícia).

50. Existe algum ponto de semelhança entre as condutas praticadas com


culpa consciente e com dolo eventual? Sim, pois, tanto na culpa consciente
quanto no dolo eventual, o agente prevê o resultado. (UFMT - DPE- MT -
Defensor Público).

51. A teoria da evitabilidade, cognitiva, pressupõe a representação do


resultado como possível, o que bastará para a caracterização do dolo
eventual. Contudo, se o agente busca evitar o resultado através da ativação
de contrafatores, agindo concretamente, existirá culpa consciente. (FUNCAB -
PC- PA - Delegado de Polícia).
52. A culpa inconsciente constitui a modalidade subjetiva de realização de ação
típica de menor intensidade psíquica, e sua influência na graduação da pena
deve ser aferida na PRIMEIRA FASE de aplicação. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).

Questão original: A culpa inconsciente constitui a modalidade subjetiva


de realização de ação típica de menor intensidade psíquica, e sua
influência na graduação da pena deve ser aferida na terceira fase de
aplicação.

53. Em casos de acidente automobilístico sem a morte da vítima, provocado


por ingestão de bebida alcóolica, não se pode presumir o dolo eventual, pois há
casos em que a imputação subjetiva concreta verifica a CULPA CONSCIENTE.
(FCC - DPE- SP - Defensor Público).

Questão original: Em casos de acidente automobilístico sem a morte


da vítima, provocado por ingestão de bebida alcóolica, não se pode
presumir o dolo eventual, pois há casos em que a imputação subjetiva
concreta verifica a tentativa de homicídio culposo.

54. Caracteriza- Se A CULPA CONSCIENTE no caso de um caçador que,


confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um
companheiro que se encontra próximo ao animal que ele desejava abater.
(CESPE - TCE- SC - Auditor de Controle Externo - Direito).

Questão original: Caracteriza- Se o dolo eventual no caso de um


caçador que, confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a
caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao animal
que ele desejava abater.

55. Objetivando produzir danos em veículo de som, estacionado em via


pública, A atira bexiga de água de janela do 10º andar, ciente da possibilidade
de atingir o pedestre B, mas com plena confiança em sua exímia habilidade
para evitar este último resultado: se a bexiga atinge B, produzindo- Lhe lesões
corporais, A não responde por DOLO EVENTUAL, mas por CULPA
CONSCIENTE. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Objetivando produzir danos em veículo de som,


estacionado em via pública, A atira bexiga de água de janela do 10º
andar, ciente da possibilidade de atingir o pedestre B, mas com plena
confiança em sua exímia habilidade para evitar este último resultado: se
a bexiga atinge B, produzindo- Lhe lesões corporais, A não responde
por culpa consciente, mas por dolo eventual.

56. A ocorrência do resultado é indispensável para a caracterização do crime


culposo. (DPE- PE - DPE- PE - Estágio - Direito).

57. A consumação se dá nos crimes culposos, com a PRODUÇÃO DO


RESULTADO NATURALÍSITCO. (FCC - TCM- GO - Procurador).

Questão original: culposos, com a prática da conduta imprudente,


imperita ou negligente.

58. Não se admite tentativa de crime culposo. (FCC - TJ- RR - Juiz de


Direito).

Observação: Em regra, os crimes culposos são materiais, já que


para a sua consumação é indispensável a ocorrência do resultado
naturalístico. Como esse resultado é involuntário, os crimes culposos
não admitem a tentativa. Assim, ou o resultado se concretiza, ou o fato
será atípico.

ATENÇÃO: A única exceção se verifica na culpa imprópria, já que, por


questões de política criminal, o dolo é tratado como culpa, sendo a
única modalidade de crime culposo que se admite a tentativa.

59. Crime culposo não admite tentativa. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO -


Analista Judiciário - Área Judiciária).
60. O tipo culposo próprio, se presentes todos os demais elementos, NÃO
ADMITE a punição na modalidade tentada. (FGV - TJ- SC - Analista
Administrativo).

Questão original: O tipo culposo próprio, se presentes todos os demais


elementos, admite a punição na modalidade tentada.

61. O crime culposo NÃO ADMITE como regra a forma tentada. (FGV - MPE-
RJ - Analista Ministerial - Área Processual).

Questão original: O crime culposo admite como regra a forma tentada.

62. A punição de crime culposo depende de expressa previsão legal. (FCC -


DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: A punição da tentativa de crime culposo depende


de expressa previsão legal.
63. No tipo dos crimes culposos, o desvalor do resultado é definido pelo
resultado de lesão do bem jurídico, como produto específico da violação do
dever de cuidado ou do risco permitido. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

64. Há preponderância do desvalor da ação sobre o desvalor do resultado, o


que faz com que HAJA distinção entre gravidade de condutas dolosas e
culposas. (FCC - TJ- SC- Juiz de Direito).

Questão original: Há preponderância do desvalor da ação sobre o


desvalor do resultado, o que faz com que não haja distinção entre
gravidade de condutas dolosas e culposas.

65. NÃO É POSSÍVEL a compensação de culpas quando ambos os agentes


agiram com imprudência, negligência ou imperícia na prática do ilícito. (FCC -
Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo).

Questão original: É plenamente possível a compensação de culpas


quando ambos os agentes agiram com imprudência, negligência ou
imperícia na prática do ilícito.

66. No direito penal brasileiro, NÃO ADMITE- SE a compensação de culpas no


caso de duas ou mais pessoas concorrerem culposamente para a produção de
um resultado naturalístico, respondendo cada um, nesse caso, na medida de
suas culpabilidades. (CESPE - DPU - Defensor Público).

Questão original: No direito penal brasileiro, admite- Se a


compensação de culpas no caso de duas ou mais pessoas concorrerem
culposamente para a produção de um resultado naturalístico,
respondendo cada um, nesse caso, na medida de suas culpabilidades.

Observação: No Direito Penal não existe a “compensação de


culpas”, visto que a sanção penal incube ao Estado e não ao
particular. Assim, a culpa do agente não pode ser anulada pela culpa da
vítima. Por isso, exemplficadamente, se duas pessoas no trânsito agem
com imprudência, colidindo seus veículos e provocando lesões, ambas
serão autores e vítimas ao mesmo tempo, devendo cada uma
responder pelo crime praticado.

67. NÃO é um elemento do tipo culposo de crime: Conduta involuntária.


(FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Observação: São elementos do crime culposo:

- conduta voluntária;

- resultado naturalístico involuntário;

- nexo causal;

- tipicidade;

- violação do dever objetivo de cuidado;


- previsibilidade objetiva;

- ausência de previsão.

68. NÃO é elemento constitutivo do crime culposo: a imprevisibilidade.


(UFMT - DPE- MT - Defensor Público).

69. É possível dizer que o crime culposo, em regra, possui os seguintes


elementos: CONDUTA VOLUNTÁRIA; violação de um dever de cuidado
objetivo; resultado naturalístico involuntário; nexo causal, tipicidade;
previsibilidade objetiva e ausência de previsão. (PUC- PR - TJ- MS - Analista
Judiciário).

Questão original: É possível dizer que o crime culposo, em regra,


possui os seguintes elementos: conduta involuntária; violação de um
dever de cuidado objetivo; resultado naturalístico involuntário; nexo
causal, tipicidade; previsibilidade objetiva e ausência de previsão.
70. ► Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: é INDISPENSÁVEL a
verificação do nexo de causalidade entre conduta e resultado. (FUNCAB - PC-
PA - Escrivão de polícia).

Questão original: Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: é


dispensável a verificação do nexo de causalidade entre conduta e
resultado.

71. ► Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: sua caracterização


DEPENDE da previsibilidade objetiva do resultado. (FUNCAB - PC- PA -
Escrivão de polícia).

Questão original: Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: sua


caracterização independe da previsibilidade objetiva do resultado.
ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O crime é doloso quando o agente quis o resultado (teoria da vontade) ou


assumiu o risco de produzi- Lo (teoria do assentimento).

2. No dolo eventual o agente prevê o resultado, não deseja, mas mesmo assim
assumi o risco de produzi- Lo. Já na culpa consciente, o agente também prevê o
resultado, não deseja, mas acredita sinceramente ser capaz de evitá- Lo (acredita
sinceramente que o resultado não ocorrerá).

3. O crime é culposo quando o agente provoca o resultado por imprudência (culpa


positiva), negligência (culpa negativa) ou imperícia (culpa profissional).

4. Os crimes culposos não admitem a tentativa, pois como são crimes materiais,
exige- Se a superveniência do resultado naturalístico que ocorre de forma
involuntária. Assim, se o resultado não se concretizar o fato será atípico. A única
exceção se verifica na culpa imprópria (já que o dolo é tratado como culpa),
admitindo- Se, assim, a modalidade tentada.

5. Uma pessoa só pode ser punida por crime culposo nas situações em que a própria
lei prever tal modalidade. Além disso, o direito penal não admite a compensação de
culpas entre os agentes que agiram de forma culposa, já que incube ao Estado a
punição de todos os infratores da lei penal (seja dolosa ou culposamente).

6. Os elementos do crime culposo são: conduta (voluntária), resultado naturalístico


(involuntário), nexo causal, tipicidade, violação do dever objetivo de cuidado,
previsibilidade objetiva e ausência de previsão.

2.9. CRIME PRETERDOLOSO

Agravação pelo resultado

Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o


agente que houver causado ao menos culposamente.

1. Preterdoloso é o crime onde o resultado final é mais grave do que o


pretendido pelo agente. (IESES - TJ- CE - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

2. Conforme a redação do Código Penal, pelo resultado que agrava


especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado
CULPOSAMENTE. (FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).
Questão original: Conforme a redação do Código Penal, pelo resultado
que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado dolosamente.

3. Crime qualificado pelo resultado NEM SEMPRE é o mesmo que crime


preterdoloso. (CESPE - TRE- MT - Analista).

Questão original: Crime qualificado pelo resultado é o mesmo que


crime preterdoloso.

Observação: Nem todo crime qualificado pelo resultado é crime


preterdoloso (preterintencional), já que este representa apenas uma
espécie daquele, que é seu gênero. Com efeito, o crime qualificado
pelo resultado apresenta quatro espécies:

1ª – Dolo na conduta antecedente e culpa no resultado agravador


(crime preterdoloso);

2ª – Dolo na conduta antecedente e dolo no resultado agravador;

3ª – Culpa na conduta antecedente e culpa no resultado agravador;


4ª – Culpa na conduta antecedente e dolo no resultado agravador.

4. No crime preterdoloso, a totalidade do resultado representa um excesso de


fim (isto é, o agente quis um minus e ocorreu um majus), de modo que há uma
conjugação de dolo (no antecedente) e culpa (no subsequente). (UFMT -
DPE- MT - Defensor Público).

5. A aferição de um resultado classificado a título subjetivo de preterdolo exige


a constatação efetiva da previsibilidade OBJETIVA. (CESPE - TCU -
Procurador).

Questão original: A aferição de um resultado classificado a título


subjetivo de preterdolo exige a constatação efetiva da
previsibilidade subjetiva.
Observação: Em relação ao preterdolo, o resultado mais grave
(causado culposamente) exige a constatação efetiva da previsibilidade
objetiva, isto é, o resultado deve ser previsível ao homem médio.

6. Sabe- Se que as atividades desportivas e médicas são fomentadas como


“dever de Estado”, não só pela Constituição Federal como também por outros
diplomas em vigor. É certo, outrossim, que de tais atividades podem acontecer
lesões corporais até mesmo com resultado morte aos envolvidos, em vista dos
riscos inerentes às próprias atividades. Nesse sentido, na esteira da doutrina
de E. R. Zaffaroni e Nilo Batista, é CORRETO afirmar que: Na luta de boxe, por
se tratar de atividade desportiva que contempla ab initio condutas subsumíveis
ao tipo de lesões corporais dolosas, uma vez havendo infração das regras com
causação de morte do adversário, será possível trabalhar o caso no modelo
complexo do: crime preterintencional. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de
Justiça).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O crime preterdoloso se verifica quando o agente pretende praticar um crime


doloso, mas por culpa acaba produzindo um resultado mais gravoso do que aquele
pretendido (dolo no antecedente e culpa no consequente).
2.10. ERRO DE TIPO

Erro sobre os elementos do tipo

Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o


dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.

Erro determinado por terceiro

Art. 20, §2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.

1. A diferença entre erro sobre elementos do tipo e erro sobre a ilicitude do fato
reside na circunstância de que: o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a
culpabilidade. (FCC - TCE- CE - Procurador).
2. NÃO EQUIPARAM- SE, quanto às consequências jurídicas, o erro de tipo e
o erro de proibição. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

Questão original: Equiparam- Se, quanto às consequências jurídicas,


o erro de tipo e o erro de proibição.

Observação: O erro de tipo (essencial) ocorre quando o erro recai


sobre os elementos do tipo penal, ou seja, o agente pratica um crime
sem saber que está cometendo (por falsa percepção da realidade). Já o
erro de proibição (de fato) se verifica quando o erro recai sobre a
ilicitude do fato, ou seja, o agente pratica um fato criminoso
(conhecendo a realidade fática), mas acredita que tal fato não é
proibido pela lei.

- Erro de tipo: sempre exclui o dolo.

- Erro de proibição (inevitável): sempre exclui a culpabilidade.

3. O erro de tipo essencial incide sobre elementar do tipo quando a falsa


percepção de realidade faz com que o agente desconheça a natureza
criminosa do fato. (IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).
4. Sobre o erro de tipo: Erro verificável quando o agente criminoso SE
EQUIVOCA EM RELAÇÃO A ALGUM DOS ELEMENTOS DO TIPO PENAL.
(IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: Sobre o erro de tipo: Erro verificável quando o


agente criminoso supõe que sua conduta recai sobre determinada
coisa e na realidade recai sobre outra.

5. O erro de tipo: Exclui o dolo, tendo em vista que o autor da conduta


desconhece ou se engana em relação a um dos componentes da descrição
legal do crime, seja ele descritivo ou normativo. (MPE- SP - MPE- SP -
Promotor de Justiça).
6. O erro de tipo, no Direito Penal, incide sobre o elemento constitutivo do
tipo e exclui o dolo. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

7. O crime praticado com erro de tipo EXCLUI O DO DOLO. (FEPESE - PC -


SC - Agente de Polícia).

Questão original: O crime praticado com erro de tipo será


desclassificado para a forma tentada.

8. O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal exclui o dolo. (FEPESE


- PC- SC - Agente de Polícia).

9. O erro sobre elemento constitutivo do tipo penal exclui o DOLO. (FCC - TJ-
PE - Juiz de Direito).

Questão original: O erro sobre elemento constitutivo do tipo penal


exclui a culpabilidade.

10. O ato delituoso deverá ser EXCLUÍDO POR FALTA DE DOLO quando
presente o erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal. (FEPESE - PC- SC
- Agente de Polícia).

Questão original: O ato delituoso deverá ser apenado como


contravenção quando presente o erro sobre o elemento constitutivo do
tipo legal.

11. ► O erro de tipo AFASTA o dolo. (IESES - IGP- SC - Perito criminal).

Questão original: O erro de tipo não afasta o dolo.

12. No Direito Penal brasileiro, o erro sobre os elementos do tipo NÃO IMPEDE
a punição do agente, pois exclui a tipicidade subjetiva em RELAÇÃO AO
DOLO. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: No Direito Penal brasileiro, o erro sobre os


elementos do tipo impede a punição do agente, pois exclui a tipicidade
subjetiva em todas as suas formas.

13. Sobre o erro de tipo: Trata- Se de erro sobre elemento constitutivo do


tipo legal, excluindo o elemento subjetivo e permitindo uma condenação por
ato culposo, quando previsto em lei penal. (IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário
- Área Judiciária).

14. O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal,


exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
(FCC - MPE- PB - Promotor de Justiça).

15. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui O DOLO,
mas permite a punição por crime CULPOSO, caso previsto em lei. (CESPE -
TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de


crime exclui a culpa, mas permite a punição por crime doloso, caso
previsto em lei.

16. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime EXCLUI o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (NUCEPE -
SEJUS - PI - Agente Penitenciário - Superior).
Questão original: O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de
crime não exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se
previsto em lei.

17. O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
MAS permite a punição por crime culposo, SE que previsto em lei.
(FUNDATEC - PGE- RS - Procurador do Estado).

Questão original: O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de


crime exclui o dolo e também não permite a punição por crime culposo,
mesmo que previsto em lei.
18. O erro sobre elementos constitutivos do tipo penal ESSENCIAL, em todas
as suas formas, exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se
previsto em lei. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

Questão original: O erro sobre elementos constitutivos do tipo penal,


essencial ou acidental, em todas as suas formas, exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.

19. O erro de tipo é uma modalidade de erro que, quando verificada, EXCLUI o
dolo, cabendo ao julgador verificar a ocorrência de engano durante a execução
do delito PARA EVENTUAL APLICAÇÃO DA MODALIDADE CULPOSA.
(IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: O erro de tipo é uma modalidade de erro que,


quando verificada, não exclui o dolo, cabendo ao julgador verificar a
ocorrência de engano durante a execução do delito e aplicar- Lhe pena
mais branda.

20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal exclui o dolo e a culpa em
ALGUMAS HIPÓTESES. (FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).

Questão original: O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal


exclui o dolo e a culpa, em qualquer hipótese.
21. O erro de tipo essencial, que recai sobre elemento constitutivo do tipo legal,
EXCLUI O DOLO E A CULPA, caso seja inevitável. (MPE- MS - MPE- MS -
Promotor de Justiça).

Questão original: O erro de tipo essencial, que recai sobre elemento


constitutivo do tipo legal, permite a redução da pena, caso seja
inevitável.

Observação: Os efeitos no erro de tipo são:

- Erro de tipo inevitável (desculpável, escusável, invencível): o agente


não atua com culpa – exclui o dolo e a culpa.
- Erro de tipo evitável (indesculpável, inescusável, vencível): o agente
atua com culpa – exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.

22. Um erro de tipo essencial pode ocorrer quando o agente não sabia que
estava cometendo um crime, mesmo que vencível, excluindo- Se assim, o dolo,
MAS NÃO A CULPA. (LEGALLE Concursos - Câmara de Vereadores de
Guaíba - RS - Procurador).

Questão original: Um erro de tipo essencial pode ocorrer quando o


agente não sabia que estava cometendo um crime, mesmo que
vencível, excluindo- Se assim, dolo e culpa.

23. O erro de tipo evitável sobre elementos objetivos do tipo de homicídio


cometido por omissão imprópria exclui o dolo, permitindo punição a título de
culpa. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

24. O erro de tipo exclui o DOLO, mas permite a punição culposa do fato,
quando vencível E PREVISTO EM LEI. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª REGIÃO -
Juiz federal).

Questão original: O erro de tipo exclui a ilicitude, mas permite a


punição culposa do fato, quando vencível.
25. O erro de tipo, no Direito Penal, quando INESCUSÁVEL, permite a punição
por crime culposo. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

Questão original: O erro de tipo, no Direito Penal, quando escusável,


permite a punição por crime culposo.

26. Que o erro, quanto aos pressupostos fáticos, se vencível, permite o


tratamento do crime como culposo. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE-
MG - Promotor de Justiça).

27. De acordo com o Código Penal o erro sobre o elemento constitutivo do


tipo penal permite apenas a punição por crime culposo, se previsto em lei.
(FEPESE - PC- SC - Escrivão de Polícia Civil).
28. O erro sobre elemento constitutivo do tipo penal não exclui a
possibilidade de punição por crime culposo. (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito).

29. O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal, TEM
relevância na punição do agente NOS CRIMES CULPOSOS. (FCC - MPE- PB
- Promotor de Justiça).

Questão original: O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20


do Código Penal, não tem relevância na punição do agente, pois o
desconhecimento da lei é inescusável.

30. O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal, não
isenta o agente de pena NOS CRIMES CULPOSOS. (FCC - MPE- PB -
Promotor de Justiça).

Questão original: O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20


do Código Penal, não isenta o agente de pena, mas esta será
diminuída de um sexto a um terço.
31. O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal,
NEM SEMPRE isenta o agente de pena. (FCC - MPE- PB - Promotor de
Justiça).

Questão original: O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20


do Código Penal, sempre isenta o agente de pena.

32. O erro de tipo, no Direito Penal, é CABÍVEL em crimes hediondos e


equiparados. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

Questão original: O erro de tipo, no Direito Penal, é incabível em


crimes hediondos e equiparados.

33. A prática de crime com erro de tipo é possível NÃO SOMENTE nos crimes
dolosos contra a vida. (FEPESE - PC- SC - Agente de Polícia).
Questão original: A prática de crime com erro de tipo somente é
possível nos crimes dolosos contra a vida.

34. ADMITE- SE o erro de tipo nos crimes contra a administração pública.


(FEPESE - PC- SC - Agente de Polícia).

Questão original: Não se admite o erro de tipo nos crimes contra a


administração pública.

35. No Direito Penal brasileiro, o erro determinado por terceiro faz com que
este responda pelo crime. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

36. RESPONDE pelo crime o terceiro que determina o erro. (NUCEPE -


SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Não responde pelo crime o terceiro que determina o


erro.

37. Maria, a fim de cuidar do machucado de seu filho que acabou de cair da
bicicleta, aplica sobre o ferimento da criança ácido corrosivo, pensando tratar-
Se de uma pomada cicatrizante, vindo a agravar o ferimento. A situação
descrita retrata hipótese tratada no Código Penal como: erro de tipo. (FCC -
TRT - 9ª REGIÃO - PR - Técnico Judiciário - Segurança).

38. Mãe que, a fim de cuidar do machucado de seu filho, aplica sobre o
ferimento ácido, pensando tratar- Se de pomada cicatrizante, age em ERRO
DE TIPO. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: Mãe que, a fim de cuidar do machucado de seu filho,


aplica sobre o ferimento ácido, pensando tratar- Se de pomada
cicatrizante, age em erro de proibição.

39. Se o agente oferece propina a um empregado de uma sociedade de


economia mista, supondo ser funcionário de empresa privada com interesse
exclusivamente particular, incide em erro de tipo. (FCC - DPE- MA - Defensor
Público).

40. Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo,
quando deixava o local, acabou por levar consigo o presente do seu primo
Caio, acreditando ser o seu, tendo em vista que as caixas dos presentes eram
idênticas. Após perceber o sumiço do seu presente e acreditando ter sido
vítima de crime patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar o
ocorrido, ocasião em que foram ouvidas testemunhas presenciais, que
afirmaram ter visto Paulo sair com aquele objeto. Paulo, ao tomar
conhecimento da investigação, compareceu em sede policial e indicou onde o
objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguinte em sua residência.
Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria Pública.
Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o reconhecimento de que:
ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta
seja considerada atípica. (FGV - DPE- RJ - Técnico Superior Jurídico).

41. Zilda, funcionária pública responsável por certame licitatório, admitiu à


licitação empresa declarada inidônea, vindo a praticar conduta prevista como
crime na Lei de Licitações e Contratos. Ao tempo do fato, Zilda não tinha
conhecimento da declaração de inidoneidade da empresa por condições
alheias à sua vontade. Nessa situação hipotética, Zilda: não deverá responder
por crime previsto na Lei de Licitações e Contratos, uma vez que agiu em
erro de tipo, por desconhecimento de elemento constitutivo do tipo penal.
(CESPE - CGE - CE - Auditor de Controle Interno).

42. Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma
noite, eles vão para um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte,
Bernardo é surpreendido pela chegada de policiais militares no hotel, que
realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria tinha apenas 13 anos.
Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer que
acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato
de que era proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave. Diante da
situação narrada, Bernardo agiu em. Diante da situação narrada, Bernardo agiu
em: erro de tipo, tornando a conduta atípica. (FGV -MPE- AL - Analista do
Ministério Público - Área Jurídica).

43. João, caçador, encontrava- Se à noite em uma selva muito densa quando,
de repente, avista um vulto vindo em sua direção, prontamente dispara sua
espingarda em direção ao que na sua suposição seria um animal feroz,
atingindo a sua mira. Todavia, ao verificar que animal teria atingido, constata
que, na verdade, se tratava de um caçador que passava pelo local, tendo- Lhe
lesionado. A conduta do caçador configura: Erro de tipo essencial escusável,
que exclui o dolo e a culpa, não respondendo o caçador pelo delito de
lesão corporal. (INSTITUTO CIDADES - Prefeitura de Itauçu - GO -
Procurador Municipal).

44. Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma
noite, eles vão para um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte,
Bernardo é surpreendido pela chegada de policiais militares no hotel, que
realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria tinha apenas 13 anos.
Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer que
acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato
de que era proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave. Diante da
situação narrada, Bernardo agiu em: erro de tipo, tornando a conduta
atípica. (FGV - MPE- AL - Analista Jurídico).
45. O erro de tipo inevitável sobre os elementos objetivos do homicídio (art.
121, CP) e o erro de tipo evitável sobre elementos objetivos do crime de aborto
provocado pela gestante (art. 124, CP) afastam a possibilidade de
responsabilização criminal de seus autores. (FAURGS - TJ- RS - Assessor
Jurídico).

46. O erro de tipo inevitável sobre elementos objetivos do tipo de peculato


(CP, art. 312, caput) exclui qualquer responsabilidade penal, o erro de tipo
evitável sobre elementos objetivos do tipo de lesões corporais simples (CP,
art. 129, caput) permite punição pela modalidade culposa (CP, art. 129, § 6º) e
o erro de tipo evitável sobre elementos objetivos do tipo de apropriação
indébita (CP, art. 168, caput) exclui qualquer responsabilidade penal. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor).
47. Gleicilene, jovem simples de 20 anos de idade, preocupada com o atraso
de seu ciclo menstrual e receosa por um estado de gestação indesejada,
passou em um laboratório clínico e submeteu- Se a exame sanguíneo a fim de
que pudesse confirmar suas suspeitas, tendo o resultado sido prometido para a
manhã seguinte. Entretanto, impaciente e tensa que estava, Gleicilene foi a
uma farmácia e adquiriu um kit de teste gravídico e, chegando em casa,
submeteu- Se à experiência. Desesperou- Se diante da reação química que,
em princípio, indicava gravidez. Preocupada, procurou um indivíduo de quem
adquiriu medicação abortiva com o escopo de praticar auto- Aborto, tendo
ingerido duas drágeas à noite. No outro dia, logo de manhã, ela deambulou até
o laboratório e apanhou o resultado do exame de sangue que revelou que não
havia nenhuma gravidez. Foi realizada contraprova que ratificou a ausência de
gestação. Do ponto de vista do Direito Penal, pode- Se dizer que Gleicilene
incorreu em: Delito putativo por erro de tipo. (FUNDEP - MPE- MG -
Promotor de Justiça).

Observação: O crime impossível e o crime putativo por erro de tipo


ou por erro de proibição, apesar de parecidos, apresentam diferenças
nítidas:

- O crime impossível ocorre quando o agente, desejando de praticar


um crime, não consegue cometê- Lo em razão do meio utilizado ser
absolutamente ineficaz ou do objeto material ser absolutamente
impróprio. Verifica- Se, portanto, que o erro recai sobre a idoneidade
do meio ou do objeto material.

- O crime putativo (crime imaginário) é aquele que só existe na


mente do agente, ou seja, o sujeito acredita que está praticando um
crime, quando na verdade não está, seja pelo fato de não ser proibido
pela lei (crime putativo por erro de proibição), seja pela inexistência
de elemento do tipo penal (crime putativo por erro de tipo).

48. No crime putativo, a atipicidade é objetiva e subjetiva. No crime


impossível, há atipicidade objetiva e tipicidade subjetiva. Já no erro de tipo,
há tipicidade objetiva e atipicidade subjetiva. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor
de Justiça).

49. Mévio, lenhador, está trabalhando já há mais de 12 horas cortando árvores


com seu afiado machado. Quando passa para a árvore seguinte, sofrendo uma
ilusão de ótica pelo seu cansaço, confunde as pernas de seu amigo Lupércio
com o tronco de uma árvore, desferindo contra ele vigoroso golpe de machado,
lesionando- O. Neste caso, pode- Se dizer que Mévio agiu: Em estado de erro
de tipo psiquicamente condicionado. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

Observação: Neste caso, como o agente praticou um crime sem saber


que estava cometendo (por falsa percepção da realidade) em razão
de uma ilusão ótica, verifica- Se o chamado “erro de tipo
psiquicamente condicionado”. No entanto, se a questão
mencionasse que tal ilusão fosse oriunda de uma doença mental que o
agente tivesse condições de superá- La, o erro de tipo seria
psiquicamente condicionado vencível, todavia, se não houvesse
possibilidade de superar tal doença, o erro de tipo seria psiquicamente
condicionado invencível.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. No erro de tipo (essencial) o erro recai sobre os elementos do tipo penal (o


agente não sabe o que está fazendo), enquanto no erro de proibição (de fato) o erro
recai sobre a ilicitude de fato (o agente sabe o que está fazendo, mas acredita que tal
conduta não é proibida).

2. O erro de tipo sempre afasta o dolo. Sendo tal erro inevitável, exclui- Se dolo e
culpa. Sendo evitável, o dolo é excluído, mas permite a punição por crime culposo, se
previsto em lei.

2.11. DISCRIMINANTES PUTATIVAS


Descriminantes putativas

Art. 20, §1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo.

1. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas


circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima, essa isenção de pena não ocorre se o erro derivar de culpa e o fato
for punível como crime culposo. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA
- Procurador Municipal).

2. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,


supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. NÃO HÁ
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime
culposo. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: É isento de pena quem, por erro plenamente


justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Há isenção de pena quando o erro
deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

3. Entende-se em legítima defesa putativa quem, usando moderadamente dos


meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu OU
DE TERCEIRO, QUE NÃO EXISTE CONCRETAMENTE, MAS APENAS EM
SUA MENTE. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Entende-se em legítima defesa putativa quem,


usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, somente a direito seu.

4. Consoante a TEORIA LIMITADA da culpabilidade, configura- Se erro de tipo


permissivo quando o agente, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Nesta hipótese, admite- Se a punição a título de culpa se o fato for
punível a título culposo. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia).
Questão original: Consoante a teoria extremada da culpabilidade,
configura- Se erro de tipo permissivo quando o agente, por erro
plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que,
se existisse, tornaria a ação legítima. Nesta hipótese, admite- Se a
punição a título de culpa se o fato for punível a título culposo.

Observação: Apesar de não haver consenso entre os doutrinadores, já


que alguns entendem que o erro sobre as discriminantes putativas
excluem a tipicidade (teoria limitada da culpabilidade) e outros a
culpabilidade (teoria normativa extrema da culpabilidade),
considerando- Se que o CP – item 19 da Exposição de Motivos da Nova
Parte Geral – acolheu a teoria limitada da culpabilidade, muitos
concursos inclinam- Se pela posição de que tal erro exclui a tipicidade,
denominando- Se, deste modo, de erro de tipo permissivo
(invencível).

ATENÇÃO: Em relação aos concursos (sobre esse tema em


específico), é importante analisar o perfil da respectiva banca
examinadora.

5. A legítima defesa putativa própria caracteriza- Se por uma intepretação


equivocada do agente em relação às circunstâncias reais de uma determinada
situação fática, fazendo- O acreditar que está sofrendo (ou na iminência de
sofrer) uma agressão injusta, e seu reconhecimento tem como consequência
legal o afastamento da TIPICIDADE, QUANDO tal equívoco interpretativo NÃO
DECORRA de culpa do próprio agente. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

Questão original: A legítima defesa putativa própria caracteriza- Se por


uma intepretação equivocada do agente em relação às circunstâncias
reais de uma determinada situação fática, fazendo- O acreditar que está
sofrendo (ou na iminência de sofrer) uma agressão injusta, e seu
reconhecimento tem como consequência legal o afastamento da
ilicitude da conduta, ainda que tal equívoco interpretativo decorra de
culpa do próprio agente.

6. O estado de necessidade putativo ocorre quando o agente, por erro


plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe encontrar- Se em estado de
necessidade ou quando, conhecendo a situação de fato, supõe por erro
quanto à ilicitude, agir acobertado pela excludente. (VUNESP - TJ- MS - Juiz
de Direito).

7. Na legislação brasileira as consequências do erro evitável sobre os


pressupostos fáticos de uma excludente de ilicitude são as mesmas do
erro de tipo, e não as do erro de proibição. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor
de Justiça).

8. Segundo a teoria limitada da culpabilidade, o estado de necessidade


putativo constitui modalidade de erro de tipo permissivo, que incide sobre os
pressupostos fáticos da causa de justificação e recebe tratamento jurídico
equiparado ao erro de tipo: se inevitável, exclui o dolo e o próprio crime, e se
evitável, admite punição a título de culpa, se prevista em lei. (MPE- PR - MPE-
PR - Promotor de Justiça).

9. Não aceitando o término do casamento, Felinto manteve Isaura por uma


hora e meia sob a mira de um revólver. Durante esse tempo, o Delegado
Moraes negociou a rendição de Felinto. Aos prantos, repetia que liberaria a ex-
Mulher, contudo efetuaria disparo contra a sua cabeça, pondo fim à própria
vida, pois não viveria sem sua amada. Passados mais alguns minutos, decidiu
liberar Isaura. Ainda transtornado e de arma em punho, dirigiu- Se à saída do
local onde estava acuado pelos policiais e, inesperadamente, ao invés de se
entregar, apontou o revólver aos integrantes do grupo tático, gritando que
efetuaria um disparo. Nesse momento, vendo uma ameaça em Felinto, pois
estava prestes a atirar contra os policiais, o Delegado Moraes efetuou disparo
mortal. Em seguida, ao se aproximar do corpo da vítima, verificou que a arma
de Felinto não estava municiada. Visando a evitar qualquer responsabilização
penal, a defesa técnica de Moraes deverá suscitar que ele atuou em contexto
de: erro de tipo permissivo invencível. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de
Polícia).
10. Na madrugada de um sábado, Jorge, cabo da Polícia Militar, retornava para
casa, em um bairro bastante violento da capital. Policial experiente, que já
havia sido ameaçado por algumas lideranças do tráfico na região, ciente das
constantes disputas entre grupos rivais que ocorriam na comunidade, Jorge era
cuidadoso e sempre caminhava pelo bairro em trajes civis. A cerca de 5 metros
da esquina de sua casa, Jorge assustou- Se com dois homens que dobraram a
esquina correndo, os quais, ao vê- Lo, apontaram- Lhe as armas que portavam.
Diante da situação sinistra em que se via, Jorge não titubeou e agiu conforme
seus treinamentos: sacou seu revólver com extrema rapidez e habilidade e,
com disparos certeiros, atingiu letalmente os dois homens que lhe apontavam
as armas. Jorge, então, acionou a Polícia Militar e o serviço de socorro médico
de emergência, que compareceram ao local, tendo os agentes militares
constatado que os homens atingidos eram dois policiais civis que participavam
de uma operação contra o tráfico no bairro e se preparavam para prender
alguns suspeitos em flagrante. Da leitura do enunciado, é correto afirmar:
Apesar de sua conduta típica e ilícita, a Jorge não deve ser aplicada
qualquer pena, sendo- Lhe inexigível conduta diversa diante das
circunstâncias que compunham o contexto em que se viu envolvido, que
o levaram a supor situação de fato que, se existisse, tornaria sua ação
legítima. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).
11. Assustado pelo atual contexto da criminalidade, um pequeno empresário,
no dia do pagamento do salário aos funcionários, estando em mãos com vinte
mil reais, constata o ingresso de dois rapazes no escritório e supõe tratar- Se
de um iminente assalto, reagindo com três letais tiros de revólver em cada um
deles. Comprova- Se, depois, que os rapazes tinham ido ao escritório em
busca de emprego e não para assaltar. Considerando a situação descrita,
assinale a alternativa INCORRETA: (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).

11.1. Para a legislação penal brasileira, o erro sobre a existência de iminente


agressão, no qual o empresário incorreu, excluiria a tipicidade dolosa dos
dois homicídios.
11.2. Para a teoria extremada da culpabilidade, mesmo que o empresário
tivesse errado a mira e atingido mortalmente um dos rapazes e um funcionário,
o tratamento penal adequado seria o do erro de proibição. Assim, os dois
homicídios seriam fatos típicos e antijurídicos. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor
de Justiça).

11.3. Para os setores doutrinários que emprestam dupla função ao dolo no


sistema do delito, o efeito do erro inevitável sobre pressuposto fático de uma
justificativa penal deve ser o de exclusão da culpabilidade dolosa; quando
evitável o erro, por analogia que se justifica pela identidade da natureza
negligente do fato de que decorrem, deve ser equiparado ao efeito do erro de
tipo. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

12. NÃO É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima, QUANDO o erro derive de culpa e o fato seja punível como crime
culposo. (CONSESP - DAE- Bauru - Procurador Jurídico).

Questão original: É isento de pena quem, por erro plenamente


justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima, ainda que o erro derive de culpa e o
fato seja punível como crime culposo.
13. No caso de descriminante putativa, somente NÃO HAVERÁ isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é também punível como crime
culposo. (FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).

Questão original: No caso de descriminante putativa, somente haverá


isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é também
punível como crime culposo.

14. A culpa imprópria ocorre nas hipóteses de descriminantes putativas em


que o agente, em virtude de erro evitável pelas circunstâncias, dá causa
dolosamente a um resultado, mas responde como se tivesse praticado um
delito culposo. (CESPE - TCE- SC - Auditor de Controle Externo - Direito).
Observação: As descriminantes putativas são causas excludentes
da ilicitude que existem apenas na imaginação do autor, mas não no
mundo concreto. A culpa imprópria (culpa por equiparação, por
assimilação ou por extensão) se verifica nas situações de
descriminantes putativas – quando o agente, por erro evitável
(inescusável) quanto à ilicitude do fato, imagina situação de fato que,
se realmente existisse, tornaria a ação legítima (excluiria a ilicitude do
seu comportamento). De outro lado, ressalta- Se que (como já
analisado) sendo o erro inevitável (escusável), o fato será atípico.

ATENÇÃO: Na verdade, na culpa imprópria, a conduta é praticada na


forma dolosa, mas por questões de política criminal (em razão do
erro), o agente responde pelo crime em sua forma culposa. Exemplo:
“A”, inimigo e jurado de morte de “B”, ao avistá- Lo na rua e percebendo
que o mesmo estava indo em sua direção e retirava algo do seu bolso,
supondo ser uma arma de fogo, efetua disparos contra “B”, contudo, na
realidade, “B” estava retirando o celular do bolso, e não uma arma.

15. A CULPA IMPRÓPRIA, também denominada de culpa por extensão ou


equiparação, é aquela em que o sujeito, após prever o resultado, realiza a
conduta por ERRO INESCUSÁVEL quanto à ilicitude do fato. (PUC- PR - TJ-
MS - Analista Judiciário).

Questão original: A culpa própria, também denominada de culpa por


extensão ou equiparação, é aquela em que o sujeito, após prever o
resultado, realiza a conduta por erro escusável quanto à ilicitude do
fato.

16. O elemento subjetivo derivado por extensão ou assimilação decorrente do


erro de tipo evitável nas descriminantes putativas ou do excesso nas
causas de justificação amolda- Se ao conceito de: culpa imprópria. (FCC -
TJ- SC - Juiz de Direito).
17. Augustus, agride e provoca lesão corporal em Cassius, pois este segurava
o pescoço de Maximus. Imaginava Augustus estar protegendo Maximus mas,
por erro decorrente de sua imprudência, não percebeu que tudo se tratava de
uma brincadeira. Neste caso, na responsabilização penal pelo crime de lesão
corporal, Augustus RESPONDERÁ POR LESÃO CORPORAL CULPOSA.
(VUNESPE - TJ- RJ - Juiz de Direito).

Questão original: Augustus, agride e provoca lesão corporal em


Cassius, pois este segurava o pescoço de Maximus. Imaginava
Augustus estar protegendo Maximus mas, por erro decorrente de sua
imprudência, não percebeu que tudo se tratava de uma brincadeira.
Neste caso, na responsabilização penal pelo crime de lesão corporal,
Augustus deverá ter sua pena diminuída de um sexto a um terço.

18. Diz- Se antijurídica e, portanto, punível a título doloso toda conduta


contrária ao direito, QUANDO NÃO praticada na crença sincera de se estar
agindo com amparo em causa excludente de ilicitude. (CESPE - PC- GO -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Diz- Se antijurídica e, portanto, punível a título


doloso toda conduta contrária ao direito, ainda que praticada na crença
sincera de se estar agindo com amparo em causa excludente de
ilicitude.
19. Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou
injustamente Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos.
Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o
consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial
de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos,
armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no
local antes mesmo de ser socorrida. Acerca dessa situação hipotética, julgue o
próximo item. Carlos DEVE RESPONDER PELO CRIME DE
HOMICÍDIO. (CESPE - PC- SE - Delegado de Polícia).
Questão original: Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo
item. Carlos agiu sob o pálio da legítima defesa putativa.

Observação: A legítima defesa putativa se verifica quando o agente


por erro plenamente justificado pelas circunstâncias supõe estar em
legítima defesa, que, na verdade, é apenas fruto de sua imaginação,
já que tal excludente não existe concretamente. No caso acima, o
agente não supôs (erroneamente) estar em legítima defesa, muito pelo
contrário, Carlos retornou ao local quarenta minutos após a agressão
com o propósito de matar Paula sob a influência de emoção extrema.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. As discriminantes putativas são causas excludentes da ilicitude que não


existem concretamente, mas apenas na mente do agente, sendo que haverá isenção
de pena quando, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, o sujeito supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima (excluiria a ilicitude do
fato).

2. Nas discriminantes putativas, se o erro for inevitável (escusável) o fato é atípico.


Contudo, quando o erro deriva de culpa (inescusável), não há isenção de pena se o
fato for punível como crime culposo (culpa imprópria).

2.12. ERRO DE TIPO ACIDENTAL

Erro sobre a pessoa

Art. 20, §3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.

1. Erro sobre o objeto e erro sobre a pessoa são espécies de erro


acidental, aquele que incide sobre dados irrelevantes da figura típica.
(LEGALLE Concursos - Câmara de Vereadores de Guaíba - RS - Procurador).

Observação: O erro de tipo acidental não recai sobre os elementos


do tipo penal, mas sim sobre as circunstâncias (qualificadoras,
agravantes e causas de aumento da pena), não afastando a
responsabilidade penal do agente, já que o crime permanece íntegro.
São espécies do erro acidental:

a) Erro sobre a pessoa (error in persona): o agente confunde a


pessoa desejada, atingindo pessoa diversa (exemplo: o agente quer
matar o pai, mas por confusão acaba matando o seu tio – irmão gêmeo
de seu pai).

b) Erro sobre o objeto: o agente acredita que sua conduta recai sobre
determinado objeto, mas na realidade atinge coisa diversa (exemplo: o
agente acredita estar furtando um relógio de 10 mil reais, contudo, tal
relógio custa apenas 200 reais).

c) Erro quanto às qualificadoras: o agente age com falsa percepção


da realidade em relação a qualificadora do crime (exemplo: o agente
acredita estar furtando um carro com emprego de chave falsa
(qualificadora do crime de furto), quando na realidade a chave que tinha
obtido era a verdadeira).

d) Erro sobre o nexo causal (aberratio causae): o agente se


equivoca em relação à causa do crime (exemplo: o agente empurra
seu desafeto da ponte, pois sabe que morrerá afogado no rio em razão
de não saber nadar. Entretanto, a vítima bate sua cabeça no chão antes
de cair no rio e falece por traumatismo craniano e não por afogamento).
e) Erro na execução (aberratio ictus): o agente erra o seu alvo, e
atinge pessoa diversa (exemplo: o agente atira para matar o seu pai,
mas por erro de pontaria acaba matando o seu tio).

f) Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis): o agente


deseja praticar um crime específico, mas por erro na execução acaba
praticando outro crime (exemplo: o agente joga uma pedra para
quebrar o vidro do vizinho pretendendo cometer o crime de dano, mas,
por erro na execução, acaba acertando uma pessoa que passava na
calçada, praticando um crime distinto, qual seja, lesão corporal).
2. Erro de tipo ACIDENTAL SOBRE A PESSOA OCORRE QUANDO o agente
atinge terceiro achando tratar- Se de pessoa que visava atingir com sua
conduta ilícita. (IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: Erro de tipo é equívoco de representação, ou seja,


o agente atinge terceiro achando tratar- Se de pessoa que visava atingir
com sua conduta ilícita.

3. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado NÃO ISENTA de


pena. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é


praticado isenta de pena.

4. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de


pena, considerando- Se, no entanto, as condições ou qualidades da pessoa
contra quem o agente queria praticar o crime e não as da vítima. (VUNESP -
PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).

5. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de


pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da
vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
(CONSESP - DAE- Bauru - Procurador Jurídico).
6. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de
pena, NÃO CONSIDERANDO- SE as condições ou qualidades da vítima, MAS
SIM as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (FCC - TJ- PE
- Juiz de Direito).

Questão original: O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é


praticado não isenta de pena, considerando- Se as condições ou
qualidades da vítima, e não as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime.

7. O erro relativo à pessoa, sendo acidental, não isenta de pena,


CONSIDERANDO- SE na apreciação do fato concreto as condições da
PESSOA que o agente pretendia atingir, mas NÃO as condições daquela
efetivamente atingida. (FAURGS - TJ- RS - Assessor Jurídico). (FAURGS - TJ-
RS - Assessor Jurídico).

Questão original: O erro relativo à pessoa, sendo acidental, não isenta


de pena, não se considerando na apreciação do fato concreto as
condições da vítima que o agente pretendia atingir, mas sim as
condições daquela efetivamente atingida.

8. No Direito Penal brasileiro, o erro sobre a pessoa NÃO LEVA em


consideração as condições e qualidades da vítima para fins de aplicação da
pena. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: No Direito Penal brasileiro, o erro sobre a pessoa


leva em consideração as condições e qualidades da vítima para fins de
aplicação da pena.

9. O erro sobre a identidade da pessoa contra a qual o crime é praticado NÃO


ISENTA de pena o agente, NÃO IMPORTANDO SE O ERRO É INEVITÁVEL.
(TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: O erro sobre a identidade da pessoa contra a qual o


crime é praticado isenta de pena o agente, se o erro é inevitável.

10. Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de
arma de fogo contra homem que estava na varanda da residência do genitor,
causando a morte deste. Flavio, então, deixa o local satisfeito, por acreditar ter
concluído seu intento delitivo, mas vem a descobrir que matara um amigo de
seu pai, Vitor, de 70 anos, que, de costas, era com ele parecido. A Flavio
poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com erro: sobre a
pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a
causa de aumento em razão da idade da vítima. (FGV - TJ- SC - Analista
Jurídico).
Observação: No erro sobre a pessoa consideram- Se as condições
da vitima que o agente pretendia atingir (vítima virtual), e não as
condições pessoais da vítima que foi realmente atingida (vítima real).
Justamente por isso que o agente responderá como se tivesse matado
o seu pai (ascendente), não incidindo a causa de aumento em razão da
idade da vítima de 70 anos.

Erro na execução (aberratio ictus)


Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o
agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa
diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela,
atendendo- Se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser
também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se aregra
do art. 70 deste Código.

Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis)


Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na
execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente
responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre
também o resultado pretendido, aplica-se aregra do art. 70 deste Código.

11. Quanto ao erro de execução, o ordenamento jurídico brasileiro adotou a


teoria da equivalência, e não a teoria da concretização. (FUNIVERSA - PC -
DF - Delegado de Polícia).

Observação: Tanto no erro de execução (aberratio ictus) como no


erro sobre a pessoa (erro in personan) o CP adotou a teoria da
equivalência, já que o agente deve ser punido como se tivesse atingido
a pessoa pretendida, e não aquela que efetivamente atingiu (teoria da
concretização).

12. O aberratio ictus é modalidade de erro acidental que não exclui a


tipicidade, sopesando ao agente uma responsabilização em âmbito penal.
(IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).

Observação: O erro de tipo acidental recai apenas sobre as


circunstâncias (qualificadoras, agravantes e causas de aumento da
pena), não afastando a responsabilidade penal do agente, já que as
elementares do crime permanecem íntegras.

13. Quando, por erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como
se tivesse praticado o crime contra aquela, considerando- Se as qualidades da
vítima que almejava. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se aregra do concurso formal: estamos diante da
figura conhecida como ABERRATIO ICTUS. (FUMARC - PC- MG - Delegado
de Polícia).

Questão original: Quando, por erro no uso dos meios de execução, o


agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge
pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra
aquela, considerando- Se as qualidades da vítima que almejava. No
caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender,
aplica-se aregra do concurso formal: estamos diante da figura
conhecida como aberratio criminis.

14. Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao
invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa,
responde como se tivesse praticado o crime contra AQUELA. (NUCEPE -
SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de


execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender,
atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime
contra esta.

15. Quando o sujeito ativo, por acidente ou erro no uso dos meios de
execução, atinge pessoa diversa da que pretendia ofender, responde como se
tivesse praticado o crime contra esta, em virtude do erro DE EXECUÇÃO. Mas,
se atingir também a pessoa que pretendia ofender, responderá pelos dois
crimes em CONCURSO FORMAL. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: Quando o sujeito ativo, por acidente ou erro no uso
dos meios de execução, atinge pessoa diversa da que pretendia
ofender, responde como se tivesse praticado o crime contra esta, em
virtude do erro sobre a pessoa. Mas, se atingir também a pessoa que
pretendia ofender, responderá pelos dois crimes em concurso
material.

16. O erro quanto à pessoa e o erro na execução do crime fazem com que o
agente responda pelos resultados típicos alcançados, SENDO levadas em
consideração as condições e características das vítimas que efetivamente
pretendia atingir. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

Questão original: O erro quanto à pessoa e o erro na execução do


crime fazem com que o agente responda pelos resultados típicos
alcançados, não sendo levadas em consideração as condições e
características das vítimas que efetivamente pretendia atingir.

17. Um agente, com a livre intenção de matar desafeto seu, disparou na


direção deste, mas atingiu fatalmente pessoa diversa, que se encontrava
próxima ao seu alvo. Assertiva: Nessa situação, configurou- Se o ERRO DE
EXECUÇÃO e o agente responderá criminalmente como se tivesse atingido a
pessoa visada. (CESPE - EBSERH - Advogado).

Questão original: Nessa situação, configurou- Se o erro sobre a


pessoa e o agente responderá criminalmente como se tivesse atingido
a pessoa visada.

Observação: No erro na execução (aberratio ictus – aberração no


ataque), o agente não confunde à pessoa que desejava atingir, mas por
acidente ou erro no uso dos meios de execução acaba atingindo
pessoa diversa. Já no erro sobre a pessoa (error in persona), o agente
confunde a pessoa que pretendia atingir com pessoa diversa.
18. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? ERRO NA EXECUÇÃO
(ABERRATIO ICTUS) quando o autor, ao tentar matar o inimigo, por erro na
pontaria mata outra pessoa. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Questão original: Erro sobre o objeto quando o autor, ao tentar matar


o inimigo, por erro na pontaria mata outra pessoa.

19. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? ERRO NA EXECUÇÃO
(ABERRATIO ICTUS), quando o autor, ao desejar matar seu filho, causa a
morte de seu funcionário. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Questão original: Resultado diverso do pretendido, quando o autor,


ao desejar matar seu filho, causa a morte de seu funcionário.

20. "A" dispara dois tiros contra "B" que acabara de agredir violentamente seu
marido. Entretanto, diante da imperícia de "A" no manuseio da arma de fogo, o
tiro atinge "C", uma senhora de 80 anos, que vem a falecer. A esse respeito, é
correto afirmar que "A" responderá por: homicídio privilegiado consumado.
(FAURGS - TJ- RS - Analista Judiciário - Ciências Sociais).

Observação: No erro na execução, a consequência jurídica é a


mesma que no erro sobre a pessoa, pois consideram- Se as
condições da vitima que o agente deseja atingir (vítima virtual), e não
as condições pessoais da vítima que foi realmente atingida (vítima real).
Justamente por isso que o agente não responderá pelo homicídio
majorado pela idade da senhora de 80 anos, pois, para o Direito Penal,
ele deve responder pelo crime como se tivesse atingido a vítima
desejada.

21. Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto,
dirige- Se até sua residência onde arma- Se de um revólver. Ato contínuo,
retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto.
Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-
O levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o
crime de: homicídio na forma tentada. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico-
Legista).

22. Júlio foi denunciado em razão de haver disparado tiros de revólver, dentro
da própria casa, contra Laura, sua companheira, porque ela escondera a arma,
adquirida dois meses atrás. Ele não tinha licença expedida por autoridade
competente para possuir tal arma, e a mulher tratou de escondê- La porque viu
Júlio discutindo asperamente com um vizinho e temia que ele pudesse usá- La
contra esse desafeto. Raivoso, Júlio adentrou a casa, procurou em vão o
revólver e, não o achando, ameaçou Laura, constrangendo- A a devolver- Lhe
a arma. Uma vez na sua posse, ele disparou vários tiros contra Laura, ferindo-
A gravemente e também atingindo o filho comum, com nove anos de idade, por
erro de pontaria, matando- O instantaneamente. Laura só sobreviveu em razão
de pronto e eficaz atendimento médico de urgência. Com referência à situação
hipotética descrita no texto anterior, assinale a opção correta de acordo com a
jurisprudência do STJ: A hipótese configura aberractio ictus, devendo Júlio
responder por duplo homicídio doloso, um consumado e outro tentado,
com as penas aplicadas em concurso formal de crimes, sem se levar em
conta as condições pessoais da vítima atingida acidentalmente. (CESPE -
TJ- AM - Juiz de Direito).
23. Vitalina quer matar o marido Aderbal, envenenado. Coloca veneno no café
com leite que acabou de preparar para ele. Enquanto aguardava o marido
chegar na cozinha, para tomar a bebida, distraiu- Se e não percebeu que a filha
Ritinha entrou no local e tomou a bebida, preparada para o pai. Ritinha,
socorrida pela mãe, morre a caminho do hospital. Nessa hipótese,
considerando o Código Penal e a doutrina, assinale a alternativa correta:
Vitalina deverá responder por homicídio doloso, restando configurada
situação denominada de aberratio ictus por acidente. (FUNDATEC - PC-
RS - Delegado de Polícia).

24. Durante discussão acontecida na Câmara Municipal de uma cidadezinha do


interior, o vereador “A” dispara um tiro contra o vereador “B” com a intenção de
matá- Lo, porém causa- Lhe apenas lesão corporal. Ocorre que o mesmo
projétil que atravessou o ombro de “B”, atingiu o tórax do presidente da Câmara
“C”, causando- Lhe a morte, resultado não pretendido por “A”. É correto afirmar
que, nesse caso hipotético houve: aberratio ictus, aplicando- Se a regra do
concurso formal próprio. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

25. Em um erro acidental na execução do crime com unidade simples, o


agente do crime atinge uma vítima efetiva apenas, que não era objetivada por
ele. (LEGALLE Concursos - Câmara de Vereadores de Guaíba - RS -
Procurador).

Observação: O erro na execução contempla duas espécies:

a) Com unidade simples (com resultado único): apenas uma única


pessoa á atingida (a vítima virtual não é atingida).

b) Com unidade complexa (com resultado duplo): além de atingir a


pessoa desejada, ofende também pessoa (s) diversa (s). Neste caso,
aplica-se aregra do art. 70 do CP (concurso formal próprio – o Juiz
aplica a pena do crime mais grave com aumento de 1/6 a 1/2).

ATENÇÃO: Se houver dolo eventual em relação às demais pessoas


atingidas, não há se falar em erro na execução, aplicando- Se a regra
do concurso formal impróprio (somam- Se as penas de todos os
crimes).

26. O aberratio criminis é o desvio na execução do delito e recai sobre o


objeto jurídico do crime, sendo que sua verificação não exclui a tipicidade.
(IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).

27. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? ABERRATIO CRIMINIS no
caso do autor que, ao tentar causar dano, atira uma pedra contra uma loja, e
por erro atinge uma pessoa. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).
Questão original: O erro acidental não afasta o dolo do agente,
podendo ocorrer em algumas situações. Qual das hipóteses está
CORRETA? Erro sobre a pessoa no caso do autor que, ao tentar
causar dano, atira uma pedra contra uma loja, e por erro atinge uma
pessoa.

28. O agente que, objetivando determinado resultado, termina atingindo


resultado diverso do pretendido, responde pelo resultado diverso do pretendido
somente por culpa, se for previsto como delito culposo. Quando o agente
alcançar o resultado almejado e também resultado diverso do pretendido,
responderá pela regra do concurso formal, restando configurada a
ABERRATIO CRIMINIS. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: O agente que, objetivando determinado resultado,


termina atingindo resultado diverso do pretendido, responde pelo
resultado diverso do pretendido somente por culpa, se for previsto como
delito culposo. Quando o agente alcançar o resultado almejado e
também resultado diverso do pretendido, responderá pela regra do
concurso formal, restando configurada a aberratio causae.

29. No denominado erro na execução, quando por acidente sobrevém


resultado diverso do que era pretendido pelo agente, este responde por culpa,
se o fato é previsto como crime culposo. Mas se ocorre também o resultado
pretendido, este, por ser doloso, APLICA-SE AREGRA DO CONCURSO
FORMAL (ART. 70, CP). (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: No denominado erro na execução, quando por


acidente sobrevém resultado diverso do que era pretendido pelo
agente, este responde por culpa, se o fato é previsto como crime
culposo. Mas se ocorre também o resultado pretendido, este, por ser
doloso, absorve o primeiro.

30. Durante discussão acontecida na Câmara Municipal de uma cidadezinha do


interior, o vereador “A” dispara um tiro contra o vereador “B” com a intenção de
matá- Lo, porém causa- Lhe apenas lesão corporal. Ocorre que o mesmo
projétil que atravessou o ombro de “B”, atingiu o tórax do presidente da Câmara
“C”, causando- Lhe a morte, resultado não pretendido por “A”. É correto afirmar
que, nesse caso hipotético, houve: aberratio ictus, aplicando- Se a regra do
concurso formal próprio. (CONSULAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

31. O erro sobre objeto é irrelevante para o Direito Penal, já que o agente,
mesmo quando realiza a conduta que recai sobre coisa alheia, responderá
criminalmente pelo crime cometido nos limites do tipo penal. (IBFC - TJ- PE -
Oficial de Justiça).

32. Erro de tipo acidental é aquele que recai, por exemplo, sobre o objeto do
crime, e assim, não afasta a responsabilidade penal. (NUCEPE - PC- PI -
Engenheiro civil).

33. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? ERRO SOBRE O OBJETO
quando, por exemplo, o autor, ao subtrair uma saca de café, pensa ser uma
saca de açúcar. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Questão original: Erro na execução (aberratio ictus) quando, por


exemplo, o autor, ao subtrair uma saca de café, pensa ser uma saca de
açúcar.
34. O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas
situações. Qual das hipóteses está CORRETA? Erro sobre o curso causal,
quando o autor, ao tentar matar a vítima por afogamento e ao arremessar a
vítima de uma ponte, esta bate na estrutura falecendo de
traumatismo. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

35. Suponha que “A” tenha atirado contra “B” com o propósito de matá- Lo. “A”
acredita ter consumado o crime por meio dos tiros. Em seguida, joga o corpo
de “B” em um rio, com a intenção de ocultar o cadáver. Posteriormente,
descobre- Se que “B” estava vivo quando foi jogado no rio e que morreu por
afogamento. Nesta hipótese, conforme a doutrina majoritária, “A” DEVERÁ
RESPONDER PELO CRIME QUE DESEJAVA PRATICAR INICIALMENTE,
OU SEJA, HOMICÍDIO CONSUMADO. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de
Polícia).

Questão original: Suponha que “A” tenha atirado contra “B” com o
propósito de matá- Lo. “A” acredita ter consumado o crime por meio dos
tiros. Em seguida, joga o corpo de “B” em um rio, com a intenção de
ocultar o cadáver. Posteriormente, descobre- Se que “B” estava vivo
quando foi jogado no rio e que morreu por afogamento. Nesta hipótese,
conforme a doutrina majoritária, “A” poderá responder, a depender do
caso, por homicídio doloso tentado em concurso material com
homicídio culposo ou por homicídio doloso tentado em concurso
material com ocultação de cadáver. Não se admite que “A”
responda por homicídio doloso consumado, porque “A” já não
possuía animus necandi no momento em que arremessou o corpo
de “B” no rio.

DOUTRINA MAJORITÁRIA – Prevalece o entendimento doutrinário de


que o agente que acredita já ter alcançado o resultado pretendido e,
acaba praticando uma nova conduta com outra finalidade, sendo que,
na realidade, esta última que efetivamente produziu o resultado
desejado, o que se leva em conta é o seu propósito, pois o mesmo
queria praticar um resultado e conseguiu alcançar, adotando- Se,
assim, o “dolo geral” (o dolo geral envolve todo o desdobramento da
ação criminosa, desde seu início até a sua consumação).
ATENÇÃO: Não se pode confundir o erro sobre o nexo causal
(aberratio causae) com o dolo geral (por erro sucessivo), pois
enquanto neste há dois atos diferentes – como no exemplo acima
(“atirou na vítima” + “jogou o seu corpo no rio”), naquele há somente
um ato – como no exemplo do tópico do erro sobre o nexo causal
(“empurrou a vítima no rio").

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O erro sobre a pessoa e o erro na execução são espécies de erro acidental, e


se verifica quando o erro do agente recai sobre as circunstâncias do tipo penal (e
não sobre os seus elementos). Por isso, a responsabilidade penal do agente não é
afastada.

2. Enquanto no erro sobre a pessoa (error in persona) o agente confunde a


pessoa que deseja atingir com pessoa diversa, no erro na execução (aberratio
ictus) por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente atinge pessoa
diversa. Nos dois casos, a consequência jurídica é a mesma, já que o agente
responderá como se tivesse atingido a pessoa desejada (consideram- Se as
condições e qualidades da vítima virtual).

3. No aberratio ictus o erro na execução envolve pessoa x pessoa. Já no aberratio


criminis o erro na execução envolve crime x crime, pois o agente queria praticar um
crime específico, mas acaba (por erro) praticando outro crime.

2.13. “ITER CRIMINIS” (CAMINHO DO CRIME)

1. Dado o princípio da alteridade, a atitude meramente interna do agente não


pode ser incriminada, razão pela qual não se pune a cogitação. (CESPE - TCE
- PR - Auditor).

Observação: O “iter criminis” (caminho do crime) diz respeito às


fases percorridas pelo agente para a prática de um crime. A FASE
INTERNA corresponde à cogitação, e a FASE EXTERNA se divide em:
preparação, execução e consumação.

1º - Cogitação: é a ideia de se praticar o crime (nunca é punível).


2º - Preparação: são os atos indispensáveis para alcançar a execução
do crime (em regra não é punível, com exceção dos atos preparatórios
que já foram incriminados de forma autônoma – crimes- Obstáculo).

3º - Execução: é o início da prática do verbo (núcleo) do tipo penal. É


punível (no mínimo pela modalidade tentada – 14, II, CP).

4º - Consumação: é a reunião de todos os elementos do tipo penal (14,


I, CP).

ATENÇÃO: O exaurimento diz respeito aos efeitos lesivos que


ocorrem após a consumação do crime, esgotando- O completamente
(não integra o “iter criminis”).

2. Dada a ampla margem de escolha atribuída ao legislador no que se refere à


tipificação dos crimes e cominações de pena, é- Lhe permitido tipificar crimes
de perigo abstrato, MAS JAMAIS CRIMINALIZAR atitudes internas das
pessoas, como orientações sexuais. (CESPE - TRE- MT - Analista).

Questão original: Dada a ampla margem de escolha atribuída ao


legislador no que se refere à tipificação dos crimes e cominações de
pena, é- Lhe permitido tipificar crimes de perigo abstrato e criminalizar
atitudes internas das pessoas, como orientações sexuais.

3. No direito brasileiro, os atos preparatórios não são puníveis EM REGRA,


COM EXCEÇÃO QUANDO CONSTITUI tipo penal autônomo. (CESPE - TCE -
PR - Auditor).

Questão original: No direito brasileiro, os atos preparatórios não são


puníveis em nenhuma circunstância, nem mesmo como tipo penal
autônomo.

4. Os atos preparatórios NÃO FAZEM (COMO REGRA) parte da execução do


delito, caracterizando FATO ATÍPICO. (DPE- PE - DPE- PE - Estágio - Direito).
Questão original: Os atos preparatórios fazem parte da execução do
delito, caracterizando o crime tentado.

5. Os atos preparatórios do crime SÃO punidos QUANDO caracterize em si


conduta tipificada. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Os atos preparatórios do crime não são punidos,


mesmo que caracterize em si conduta tipificada, em virtude da teoria
finalista da ação que direciona a punição para a finalidade do crime
e não para os meios de sua prática.
6. A criminalização de atos preparatórios como crimes de perigo abstrato
autônomos É ADMITIDA pela jurisprudência do STF, POIS NÃO VIOLA o
princípio da lesividade. (FCC - DPE- SP - Defensor Público).

Questão original: A criminalização de atos preparatórios como crimes


de perigo abstrato autônomos não é admita pela jurisprudência do STF,
por violação do princípio da lesividade.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/ STF – Conforme entendimento pacífico dos


Tribunais Superiores, a criminalização de atos preparatórios como
crimes de perigo abstrato autônomos é perfeitamente admissível,
quando tais atos geram perigo de lesão aos bens jurídicos
protegidos pela lei penal, não havendo, assim, violação ao princípio
da lesividade.

7. O direito penal brasileiro ADMITE a punição de atos meramente


preparatórios anteriores à fase executória de um crime, uma vez que a
criminalização de atos anteriores à execução de delito NÃO É uma violação ao
princípio da lesividade. (CESPE - AGU - Advogado da União).

Questão original: O direito penal brasileiro não admite a punição de


atos meramente preparatórios anteriores à fase executória de um crime,
uma vez que a criminalização de atos anteriores à execução de delito é
uma violação ao princípio da lesividade.
8. No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser utilizada para amarrar a
vítima que se pretende sequestrar é ATO PREPARATÓRIO do crime de
sequestro. (CESPE - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser


utilizada para amarrar a vítima que se pretende sequestrar é ato
executório do crime de sequestro.

9. Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o


emprego de arma de fogo que possui a numeração raspada, não caracterizam
a tentativa, MAS PODEM constituir crime autônomo. (CESPE - PC- CE -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a


ser executado com o emprego de arma de fogo que possui a
numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não podem
constituir crime autônomo.

10. A Lei Antiterrorismo (Lei n° 13.260/2016) prevê a punição de atos


preparatórios de terrorismo quando realizado com o propósito inequívoco de
consumar o delito. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

11. Situação hipotética: Policiais surpreenderam João portando uma chave-


Mestra enquanto circulava próximo a uma loja no interior de um shopping
center em atitude suspeita. Assertiva: Nesse caso, João NÃO PRATICOU
CRIME, pois, INDEPENDENTE DO porte da chave- Mestra, JOÃO NÃO DEU
INÍCIO AOS ATOS EXECUTÓRIOS DO CRIME DE FURTO. (CESPE - PC- CE
- Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Nesse caso, João responderá por tentativa de


furto, pois, devido ao porte da chave- Mestra, os policiais puderam
inferir que ele pretendia furtar um veículo no estacionamento.

12. Riobaldo, ciente da ilicitude da sua conduta, decide por ingressar em uma
agência da Caixa Econômica Federal, na qual avista uma senhora que realiza
operações no caixa automático, com o intuito de subtrair- Lhe os valores
sacados. Riobaldo, ao se aproximar da senhora, sorrateiramente, subtrai para
si o valor de R$ 788,00 (setecentos e oitenta reais) sacados, sem que a vítima
perceba. Levando em consideração o caso acima narrado, assinale a
alternativa CORRETA: Caso Riobaldo tenha ficado por minutos planejando seu
intento criminoso, observando o comportamento da referida senhora e o
movimento na agência bancária, vindo a desistir da conduta criminosa, NÃO
DEVE RESPONDER POR NENHUM CRIME, POIS NÃO DEU INÍCIO AOS
ATOS EXECUTÓRIOS DO CRIME DE FURTO. (PUC- PR - TJ- MS - Analista
Judiciário).
Questão original: Caso Riobaldo tenha ficado por minutos planejando
seu intento criminoso, observando o comportamento da referida
senhora e o movimento na agência bancária, vindo a desistir da
conduta criminosa, ainda assim deve responder pelo crime com a
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois
terços.

13. Três indivíduos que são amigos reúnem- Se para fazer uso de narcóticos.
Porém, em dado momento, os entorpecentes acabam e eles não têm mais
dinheiro para reabastecer o vício. Um deles, chamado Ronaldo, propõe que se
dirijam a um ponto de ônibus para roubar algum transeunte que lá esteja
aguardando a chegada do veículo de lotação. Contudo, ao se aproximarem do
referido ponto de ônibus, uma viatura policial passa por eles, inibindo- Lhes a
vontade de praticar o delito. Se o crime de roubo planejado pelo trio não
chegou pelo menos a ser tentado, qual é a consequência penal para Ronaldo,
aquele que havia sugerido a prática desse delito contra o patrimônio?
Nenhuma, pois tais atos são impuníveis. (INSTITUTO AOCP - TRT - 1ª
REGIÃO- RJ - Técnico Judiciário - Segurança).

14. O ajuste, a determinação ou instigação mesmo sem disposição expressa


em contrário, NÃO SÃO PUNÍVEIS, SE o crime não chegue, PELO MENOS, a
ser tentado. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: O ajuste, a determinação ou instigação mesmo sem


disposição expressa em contrário, são puníveis, ainda que o crime não
chegue a ser tentado.

15. No que diz respeito às fases do iter criminis, o auxílio à prática de crime,
salvo determinação expressa em contrário, não é punível se o crime não
chegar a ser, ao menos, tentado. (FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de
Polícia).

16. O Código Penal brasileiro adota a teoria OBJETIVO- FORMAL na aferição


do início do ato de execução. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).
Questão original: O Código Penal brasileiro adota a teoria subjetiva
pura na aferição do início do ato de execução.

DOUTRINA MAJORITÁRIA – Uma das tarefas mais difíceis do Direito


Penal é justamente distinguir, com precisão, quando um ato
preparatório chega a ser um ato executório. Em sede de doutrina, a
Teoria Objetivo- Formal ainda é a majoritária. Segundo esta teoria, o
ato executório é aquele em que o agente já começa a realizar o verbo
do tipo penal (com base no art. 14, II, CP).

- As principais teorias a respeito da transição dos atos preparatórios


para os atos executórios são:

a) Teoria Subjetiva: para essa teoria, o que importa é a vontade


criminosa do autor (seu plano interno), não diferenciando os atos
preparatórios dos executórios (exemplo: com o objetivo de matar Malu,
Bento esconde uma faca na sua cintura, e vai em direção a casa da
vítima. No meio da rua é abordado pela polícia, que acaba encontrando
a faca com ele. Apesar de estar nos atos preparatórios, para essa
teoria, Bento deverá responder por tentativa de homicídio).

b) Teoria Objetiva: para essa teoria, o agente jamais pode ser punido
apenas pelo seu “querer interno”, já que os atos executórios necessitam
da exteriorização dos atos necessários para a produção do resultado,
isto é, do início da prática do tipo penal. Esta teoria se divide em
outras:

b.1) Teoria objetivo- Formal (lógico- Formal): para essa teoria, o ato
executório ocorre quando o agente inicia a prática do verbo do tipo
penal (exemplo: o ato de apontar a arma de fogo para a vítima
desejando a sua morte, é meramente preparatório, já que o início da
execução do crime de homicídio se iniciará quando o agente começar a
atirar na vítima). Ainda é a Teoria preferida pela doutrina pátria.

b.2) Teoria objetivo- Material: para essa teoria, o ato executório ocorre
quando o agente inicia a prática do verbo do tipo penal e também os
atos imediatamente anteriores ao início da conduta típica, com
base na visão de uma terceira pessoa alheia à conduta criminosa
(exemplo: o ato de apontar a arma de fogo para a vítima, de acordo
com a visão de um terceiro observador, já se iniciou a execução do
crime de homicídio). Essa teoria jamais pode ser adotada, pois
desconsidera o elemento subjetivo do agente, ficando subordinada ao
critério de um terceiro observador.

b.3) Teoria objetivo- Individual (objetivo- Subjetiva): para essa


teoria, o ato executório ocorre quando o agente inicia a prática do
verbo do tipo penal, e também os atos imediatamente anteriores ao
início da conduta típica, com base no plano concreto do próprio
agente. Diferencia- Se da anterior por não se importar com a figura do
terceiro observador, mas tão somente com a prova do plano concreto
do próprio autor do crime (exemplo: o ato de apontar a arma de fogo
para a vítima desejando a sua morte, de acordo com o plano concreto
do próprio autor, já se iniciou a execução do crime de homicídio).

17. De acordo com a teoria subjetiva, aquele que se utilizar de uma arma de
brinquedo para ceifar a vida de outrem mediante disparos, não logrando êxito
em seu desiderato, responderá pelo delito de tentativa de homicídio. (CESPE
- TRE- GO - Analista Judiciário - Área Judiciária).
18. Austregésilo, verbalizando seu animus necandi, aponta uma arma de fogo
municiada para Aristóteles. Este, todavia, consegue entrar em luta corporal
com Austregésilo, apossando- Se da arma de fogo antes do acionamento do
gatilho. Considerando o caso proposto, é correto afirmar que: (IBADE - PC- AC
- Delegado de Polícia).

18.1. Pela teoria subjetiva, só haverá tentativa de homicídio se a ação foi


representada pelo autor como executiva. (IBADE - PC- AC - Delegado de
Polícia).
18.2. Pela teoria objetivo- Subjetiva, a conduta SAIU da esfera dos atos
preparatórios, já que o não acionamento do gatilho NÃO FAZ com que se
pressuponha a inexistência de vontade de realização do tipo.

Questão original: Pela teoria objetivo- Subjetiva, a conduta não saiu


da esfera dos atos preparatórios, já que o não acionamento do gatilho
faz com que se pressuponha a inexistência de vontade de realização do
tipo.

18.3. Pela teoria objetiva individual, há homicídio, na forma tentada,


CONSIDERANDO o plano do autor.

Questão original: Pela teoria objetiva individual, há homicídio, na


forma tentada, independentemente do plano do autor.

18.4. Pela teoria objetiva formal, NÃO HÁ homicídio, na forma tentada.

Questão original: Pela teoria objetiva formal, há homicídio, na forma


tentada.

18.5. Pela teoria objetiva material, a conduta SAIU dos atos preparatórios
concernentes ao homicídio.

Questão original: Pela teoria objetiva material, a conduta não saiu dos
atos preparatórios concernentes ao homicídio.

19. A teoria objetiva individual possui uma dimensão objetiva e uma


dimensão subjetiva, esta última constituída a partir do plano do autor. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

20. Por TEORIA OBJETIVO- INDIVIDUAL (OBJETIVO- SUBJETIVA) entende-


se o ingresso pelo agente nos atos executórios de um crime, quando este se
posta, de acordo com sua idealização, em atividade imediata e diretamente
coligada à realização do tipo. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: Por teoria da ratio essendi entende-se o ingresso


pelo agente nos atos executórios de um crime, quando este se posta,
de acordo com sua idealização, em atividade imediata e diretamente
coligada à realização do tipo.

21. A aferição do início do ato de execução do crime DEPENDE do elemento


subjetivo do tipo. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: A aferição do início do ato de execução do crime


independe do elemento subjetivo do tipo.

Observação: Para aferição de um ato executório é necessário


constatar o elemento subjetivo do tipo, isto é, à esfera anímica do
agente (finalidade específica de agir).

22. Os atos executórios precisam ser idôneos e inequívocos, EXIGINDO- SE


sua simultaneidade. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça).

Questão original: Os atos executórios precisam ser idôneos e


inequívocos, não se exigindo, porém, sua simultaneidade.

Observação: O ato executório deve ser idôneo (capaz de lesionar o


bem jurídico penalmente tutelado) e inequívoco (direcionado ao
ataque do bem jurídico – inequivocadamente ligado a sua
consumação).

23. Situação hipotética: Lino e Vítor, mediante complexa logística, escavaram


por dois meses um túnel de setenta metros entre um imóvel que adquiriram e o
cofre de uma instituição bancária que pretendiam furtar, cessando a
empreitada em decorrência de prisão em flagrante, quando estavam a doze
metros do ponto externo do banco. Assertiva: Nesse contexto, Lino e Vítor
colocaram em risco o bem jurídico tutelado e praticaram atos executórios
do crime de furto qualificado. (CESPE - DPE- RN - Defensor Público).
24. Para que se verifique o exaurimento do crime, é necessário que, depois de
sua consumação, o delito atinja suas últimas consequências. (CESPE - TJ-
PB - Juiz de Direito).

25. EM TODAS AS infrações penais o exaurimento NÃO CONSTITUI etapa do


iter criminis. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça).

Questão original: Em determinadas infrações penais o exaurimento


constitui etapa do iter criminis.

Observação: O exaurimento (crime exaurido ou esgotado) se


manifesta quando, após a consumação do crime, sobrevém o
resultado (efeitos lesivos) descrito na norma penal. Tal situação se
verifica apenas nos crimes formais, apresentando relevância na
dosimetria da pena (art. 59, CP – “consequências do crime”) e não no
caminho do crime que se encerra com a consumação.

ATENÇÃO: Em alguns crimes, o exaurimento pode constituir- Se


como causa de aumento (corrupção passiva – art. 317, §1º, CP) ou
qualificadora (resistência – art. 329, §1º, CP), todavia, jamais constitui
etapa do “iter criminis”.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Atitude interna (cogitação) jamais pode ser criminalizada ou punível.

2. Em regra, os atos preparatórios não são puníveis, exceto quando constitui crime
autônomo (conduta tipificada), não violando o princípio da lesividade.

3. Em relação às fases do iter criminis, o ajuste, a determinação ou instigação e o


auxílio, salvo disposição em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo
menos, a ser tentado.

2.14. CRIME CONSUMADO E TENTADO


Crime consumado

Art. 14 - Diz- Se o crime:


I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal;

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias


alheias à vontade do agente.

Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune- Se a tentativa com a


pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

1. Diz- Se consumado um crime quando nele se reúnem todos os elementos


de sua definição legal. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

2. Configura- Se o crime consumado, quando nele se reúnem todos os


elementos de sua definição legal. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia
- SP - Advogado).

3. O crime somente se consuma quando nele se reúnem todos os elementos


de sua definição legal. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

4. O crime é consumado, quando nele se reúnem TODOS os elementos de sua


definição legal. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: O crime é consumado, quando nele se reúnem dois


dos elementos de sua definição legal.
5. Considera- Se CRIME CONSUMADO quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal. (FUMARC - Câmara de Conceição do Mato
Dentro - Advogado).

Questão original: Considera- Se crime tentado quando nele se


reúnem todos os elementos de sua definição legal.

6. A consumação se dá nos crimes permanentes, ENQUANTO NÃO CESSA A


PERMANÊNCIA. (FCC - TCM- GO - Procurador).
Questão original: permanentes, no momento em que cessa a
permanência.

CRIME
TENTADO

7. Nos termos da legislação penal vigente há: crime tentado quando, iniciada
a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP - Advogado).

8. Diz- Se crime tentado quando ele não se consuma por circunstâncias


alheias à vontade do agente, após iniciada a execução. (FCC - Prefeitura de
São Luís - MA - Auditor Tributário).

9. Classifica- Se como crime tentado quando, iniciada a execução, não se


consuma: por circunstâncias alheias à vontade do agente. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

10. O crime é tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por


circunstâncias ALHEIAS À vontade do agente. (COMPERVE - Câmara de
Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: O crime é tentado, quando, iniciada a execução, não


se consuma por circunstâncias decorrentes da vontade do agente.
11. Define- Se como tentado o crime que, quando INICIADA a execução, não
se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (PUC- PR - TJ-
MS - Analista Judiciário).

Questão original: Define- Se como tentado o crime que, quando ainda


não iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.

12. O agente que, por circunstâncias alheias à própria vontade, não prossegue
na execução do crime, só responderá PELO CRIME TENTADO. (VUNESP -
PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: O agente que, por circunstâncias alheias à própria
vontade, não prossegue na execução do crime, só responderá pelos
atos já praticados.

13. Tentativa OU CONATUS ocorre quando há interrupção do processo


executório em razão de o agente não praticar todos os atos de execução do
crime por circunstâncias alheias à sua vontade. (FUNIVERSA - PC- DF -
Delegado de Polícia).

Questão original: Tentativa abandonada ou qualificada ocorre


quando há interrupção do processo executório em razão de o agente
não praticar todos os atos de execução do crime por circunstâncias
alheias à sua vontade.

Observação: A tentativa também é também chamada de “conatus”,


crime imperfeito, crime incompleto ou crime manco.

14. Na tentativa o sujeito dá início aos atos executórios da conduta, os quais


deixa NÃO VOLUNTARIAMENTE de praticar em virtude de circunstâncias
alheias a sua vontade, recebendo, como consequência, diminuição na pena
final aplicada. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Na tentativa o sujeito dá início aos atos executórios


da conduta, os quais deixa voluntariamente de praticar em virtude de
circunstâncias alheias a sua vontade, recebendo, como consequência,
diminuição na pena final aplicada.

15. São elementos da tentativa: início de execução do tipo penal; falta de


consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo. (FCC -
TCE- CE - Auditor).

Observação: São três os elementos da tentativa:

1º - início da execução do crime;


2º - falta de consumação do crime por circunstâncias alheias à
vontade do agente;

3º - dolo de consumação.

16. Traduzem elementos constitutivos essenciais da tentativa, o princípio da


execução típica, o dolo e a não consumação involuntária. (MPE- BA - MPE-
BA - Promotor de Justiça).

17. Constitui- Se como sendo UM DOS ELEMENTOS constituidor da tentativa


a interrupção da execução por circunstâncias alheias à vontade do agente.
(IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).

Questão original: Constitui- Se como sendo o único elemento


constituidor da tentativa a interrupção da execução por circunstâncias
alheias à vontade do agente.

18. Salvo disposição em contrário, SE pune a tentativa. (Prefeitura de Fortaleza


- CE - Prefeitura de Fortaleza - CE - Advogado).

Questão original: Salvo disposição em contrário, não se pune a


tentativa.

19. A respeito da pena de tentativa, é correto afirmar: Salvo disposição em


contrário, pune- Se a tentativa com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois terços. (UERR - SETRABES - Agente).

20. A tentativa é punida, salvo disposição expressa em contrário, com pena


correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
(COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).

21. Com relação à consumação e tentativa do crime, nos termos previstos no


Código Penal, é correto afirmar que salvo disposição em contrário, pune- Se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um
a dois terços. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).
22. A pena por crimes tentados é a mesma do consumado, mas diminuída DE
UM A DOIS TERÇOS. (IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).

Questão original: A pena por crimes tentados é a mesma do


consumado, mas diminuída em ¼ (um quarto).

23. Conforme a redação do Código Penal, SALVO DISPOSIÇÃO EM


CONTRÁRIO, configurada a tentativa, pela falta de completude do injusto, a
pena sempre deverá ser reduzida de um a dois terços. (FCC - TJ- SC - Juiz de
Direito).

Questão original: Conforme a redação do Código Penal, configurada a


tentativa, pela falta de completude do injusto, a pena sempre deverá
ser reduzida de um a dois terços.

24. O crime tentado é punido com a pena do crime consumado, porém


diminuída, salvo disposição em sentido contrário. (CONSULPLAN - TJ- MG -
Titular de Serviços de Notas e de Registros).

25. Os crimes tentados NÃO PODEM ter a mesma pena dos crimes
consumados, INDEPENDENTEMENTE do grau alcançado no iter criminis.
(FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia).
Questão original: Os crimes tentados podem ter a mesma pena dos
crimes consumados, a depender do grau alcançado no iter criminis.

26. Nos termos do Código Penal, pune- Se o crime tentado com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Para o
Supremo Tribunal Federal, a pena será diminuída: na proporção inversa do
iter criminis percorrido pelo agente. (FCC - MEP- PB - Promotor de Justiça).

JURISPRUDÊNCIA, STF – A tentativa se manifesta como norma de


extensão, sendo causa obrigatória de diminuição de pena, já que se
pune a tentativa com a pena do crime consumado, reduzida de um a
dois terços. Segundo o STF, o critério de diminuição será de acordo
com a distância percorrida do iter criminis pelo agente, isto é, quanto
mais próximo o crime chegou da sua consumação menor será a
redução da pena. De modo inverso, quanto mais longe da sua
consumação, maior será a sua diminuição.

27. O critério para diminuição da pena no crime tentado está relacionado com
a maior ou a menor proximidade da consumação, quer dizer, a distância
percorrida do iter criminis. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

28. A redução de um a dois terços da pena em razão do reconhecimento do


crime tentado deve ser estabelecida de acordo com A DISTÂNCIA
PERCORRIDA DO ITER CRIMINIS. (FCC - TCM- RJ - Procurador).

Questão original: A redução de um a dois terços da pena em razão do


reconhecimento do crime tentado deve ser estabelecida de acordo com
as circunstâncias agravantes ou atenuantes porventura existentes.

29. Com relação à tentativa, o Código Penal adota, como regra, a teoria
objetiva e aplica ao agente a pena correspondente ao crime consumado,
reduzida de um a dois terços, conforme maior ou menor tenha sido a
proximidade do resultado almejado. (FUMARC - PC- MG - Delegado de
Polícia).
30. Crime que tem reprimenda privativa de liberdade cominada de 1 (um) ano a
4 (quatro) anos, após ter reconhecida a modalidade tentada e sem considerar
qualquer outra majorante ou minorante, terá pena fixada entre os patamares
mínimo de: 4 (quatro) meses e máximo de 2 (dois) anos e 8 (oito meses).
(VUNESP - PC- CE - Delegado de Polícia).

31. No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota a


teoria objetiva. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

Observação: No que diz respeito à tentativa, o Código Penal adotou a


teoria objetiva (realística ou dualista), pois a pena da tentativa é a
mesma pena do crime consumado, contudo, diminuída de um a dois
terços. Como o desvalor do resultado do crime tentado é bem menor
em relação ao crime consumado, a pena daquele sempre será menor
do que deste.

De forma excepcional, o CP acolheu a teoria subjetiva (voluntarística


ou monista), em razão da expressão “salvo disposição em
contrário” – art. 14, parágrafo único. Assim, existem alguns crimes em
que a pena do crime tentado é a mesma do crime consumado (sem
qualquer causa de diminuição). São os chamados “crimes de atentado
ou de empreendimento”. Um bom exemplo é o crime de evasão
mediante violência contra pessoa (352, CP).

32. Há preponderância do desvalor do resultado, embora haja relevância do


desvalor da ação, como se vê no caso de cominação da pena para o crime
tentado em relação ao crime consumado. (FCC - TJ- SC- Juiz de Direito).

33. Em relação à tentativa, adota- Se, no Código Penal, a teoria OBJETIVA,


salvo na hipótese de crime de evasão mediante violência contra a pessoa.
(CESPE - DPU - Defensor Público).

Questão original: Em relação à tentativa, adota- Se, no Código Penal,


a teoria subjetiva, salvo na hipótese de crime de evasão mediante
violência contra a pessoa.

34. Se o sujeito fizer tudo o que está ao seu alcance para a consumação do
crime, mas o resultado não ocorrer por circunstâncias alheias a sua vontade,
configura- Se crime falho. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Observação: A tentativa perfeita (acabada ou crime falho) ocorre


quando o agente esgota todos os atos executórios que tinha ao seu
dispor, mas mesmo assim o crime não se consuma por circunstâncias
alheias à sua vontade. De outro lado, a tentativa imperfeita
(inacabada ou tentativa propriamente dita) ocorre quando o agente
inicia a execução do crime, mas não consegue utilizar todos os
meios que tinha ao seu dispor, sendo que o crime não se consuma
por circunstâncias alheias à sua vontade.

35. Configura- Se tentativa PERFEITA ou crime falho se o agente esgota todos


os atos executórios e, por circunstâncias alheias a sua vontade, o crime não se
consuma. (CESPE - TCE - PR - Auditor).

Questão original: Configura- Se tentativa imperfeita ou crime falho se


o agente esgota todos os atos executórios e, por circunstâncias alheias
a sua vontade, o crime não se consuma.

36. Há tentativa PERFEITA quando, apesar de ter o agente realizado toda a


fase de execução, o resultado não ocorre por circunstâncias alheias à sua
vontade. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: Há tentativa imperfeita quando, apesar de ter o


agente realizado toda a fase de execução, o resultado não ocorre por
circunstâncias alheias à sua vontade.

37. O crime falho, também chamado de tentativa PERFEITA, ocorre quando o


agente ESGOTA TODOS OS MEIOS EXECUTÓRIOS QUE TINHA AO SEU
DISPOR, MAS MESMO ASSIM O CRIME NÃO SE CONSUMA POR
CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À SUA VONTADE. (CESPE - TJ- PB - Juiz de
Direito).

Questão original: O crime falho, também chamado de tentativa


imperfeita, ocorre quando o agente voluntariamente desiste de
prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza.

38. O crime falho, também chamado de tentativa ACABADA, é uma espécie de


tentativa na qual o agente ESGOTA TODOS OS MEIOS EXECUTÓRIOS QUE
TINHA AO SEU DISPOR, MAS MESMO ASSIM O CRIME NÃO SE
CONSUMA POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À SUA VONTADE. (PUC- PR
- TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: O crime falho, também chamado de tentativa


inacabada, é uma espécie de tentativa na qual o agente pratica o fato
em erro, ou seja, o agente elabora uma falsa percepção da
realidade ao praticar sua conduta.

39. Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e
sobreviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse
caso, está configurada a tentativa PERFEITA. (CESPE - PC- CE - Escrivão de
Polícia Civil).

Questão original: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi
socorrido e sobreviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José.
Assertiva: Nesse caso, está configurada a tentativa imperfeita.

40. No crime falho ou na tentativa imperfeita, o processo de execução NÃO É


integralmente realizado pelo agente e o resultado NÃO É atingido. (FUMARC -
PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: No crime falho ou na tentativa imperfeita, o processo


de execução é integralmente realizado pelo agente e o resultado é
atingido.
41. Na tentativa IMPERFEITA, o agente inicia a execução sem, contudo,
utilizar todos os meios que detinha ao seu alcance, e o crime não se consuma
por circunstâncias alheias à sua vontade. (PUC- PR - TJ- MS - Analista
Judiciário).

Questão original: Na tentativa perfeita, o agente inicia a execução


sem, contudo, utilizar todos os meios que detinha ao seu alcance, e o
crime não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.

42. Um agente alvejou vítima com disparo e, embora tenha iniciado a execução
do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade lesiva ante a falha da arma de
fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida. Nessa situação
hipotética, a atitude do agente configura: tentativa imperfeita, pois ele não
conseguiu praticar todos os atos executórios necessários à consumação,
por interferência externa. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).
43. Em se tratando de tentativa branca ou incruenta, a vítima não é atingida
e não sofre ferimentos; se tratar- Se de tentativa cruenta, a vítima é atingida
e é lesionada. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Observação: A tentativa branca (incruenta) ocorre quando o objeto


material (pessoa ou coisa) não é atingido pela conduta criminosa. Já a
tentativa vermelha (cruenta) ocorre quando o objeto material (pessoa
ou coisa) é atingido pela conduta criminosa.

44. Tentativa branca é aquela que ocorre quando o agente, embora tendo
empregado os meios ao seu alcance, não consegue atingir a coisa ou a
pessoa. (IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).

45. Configura- Se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir


atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta. (CESPE -
TRE- GO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

46. O STJ tem firmado entendimento de que, na tentativa incruenta de


homicídio qualificado, deve- Se reduzir a pena eventualmente aplicada ao
autor do fato em dois terços. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).
JURISPRUDÊNCIA, STJ – Segundo entendimento do STJ, tendo em
vista que na tentativa (incruenta) de homicídio qualificado a vítima
não é atingida por circunstâncias alheias à vontade do agente, isto é,
fica totalmente ilesa, o iter criminis é percorrido apenas em seu estágio
inicial e, por isso, a pena deve ser reduzida em sua fração máxima de
dois terços (2/3).

47. Ninguém pode ser punido por crime tentado, senão quando o pratica
DOLOSAMENTE. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

Questão original: Ninguém pode ser punido por crime tentado, senão
quando o pratica culposamente.
Observação: As infrações penais que não admitem a tentativa são:

1º - Crimes culposos (exceção: culpa imprópria);

2º - Crimes omissivos (exceção: omissão imprópria);

3º - Crimes unissubsistentes;

4º - Crimes preterdolosos;

5º - Crimes habituais;

6º - Crimes condicionados;

7º - Crimes de atentado ou de empreendimento;

8º - Contravenções penais (a tentativa de contravenção penal não é


punível, conforme o art. 4º do Decreto- Lei 3.688/1941).

48. Nos crimes preterdolosos não se admite a tentativa. (IBFC - TJ- PE -


Oficial de Justiça).

49. Crime culposo não admite tentativa. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO -


Analista Judiciário - Área Judiciária)

50. Os crimes unissubsistentes ante o NÃO FRACIONAMENTO da execução


NÃO ADMITEM a modalidade tentada. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

Questão original: Os crimes unissubsistentes ante o fracionamento


da execução admitem a modalidade tentada.

51. NÃO É admissível a forma tentada no crime unisubsistente. (VUNESP - TJ-


MS - Juiz de Direito).

Questão original: É admissível a forma tentada no crime


unisubsistente.
52. Por razões de política criminal, o ordenamento jurídico brasileiro tornou a
tentativa de CONTRAVENÇÃO impunível. (FCC - DPE- SP - Defensor
Público).

Questão original: Por razões de política criminal, o ordenamento


jurídico brasileiro tornou as tentativas de contravenção e falta
disciplinar na execução penal impuníveis.

53. A prática de contravenção penal é punível apenas na modalidade


consumada, não se punindo a modalidade tentada. (IESES - TJ- SC - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).

54. A tentativa de vias de fato NÃO É PUNÍVEL. (MPDFT - MPDFT - Promotor


de Justiça).

Questão original: A tentativa de vias de fato é punível e, em caso de


condenação, o agente pode ser beneficiado com a suspensão
condicional da pena, por período que pode variar de 1 a 3 anos.

55. Não é possível a tentativa nos crimes culposos, nem nos omissivos
próprios. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

56. A doutrina dominante aponta que, em regra, o crime culposo NÃO ADMITE
tentativa, SALVO quando a culpa é IMPRÓPRIA. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª
REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: A doutrina dominante aponta que, em regra, o crime


culposo admite tentativa, especialmente quando a culpa é própria.

57. Admite- Se a forma tentada no crime impropriamente culposo.


(FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia).

58. O Código Penal (CP) estabelece que o crime é tentado quando, iniciada a
execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. A
partir dessa definição, é correto afirmar que é admitida a tentativa na infração
penal: instantânea, como, por exemplo, no crime de desobediência
cometido na forma comissiva. (FUNIVERSA - Secretaria da Criança- DF -
Direito).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam crimes


que não admitem a tentativa:

a) habitual, como, por exemplo, no crime de submeter criança ou


adolescente à prostituição;

b) culposa própria, como, por exemplo, no crime de homicídio culposo;

c) omissiva própria, como, por exemplo, no crime de deixar a autoridade


competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de
adolescente ao tomar conhecimento da ilegalidade da apreensão;

d) preterdolosa, como, por exemplo, no crime de lesão corporal seguida


de morte.

59. Pune- Se a tentativa no crime de lesão corporal leve dolosa. (CESPE -


PC- MA - Escrivão de Polícia Civil).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam os


crimes que não admitem a tentativa:

a) omissão de socorro;

b) injúria cometida verbalmente;

c) induzimento a suicídio sem resultado lesivo;

e) homicídio culposo.

60. Admite a modalidade tentada o crime de aborto. (CESPE - PC- MA -


Investigador de Polícia Civil).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam os


crimes que não admitem a tentativa:
a) instigação ao suicídio sem resultado lesivo;

c) lesão corporal culposa;

d) omissão de socorro;

e) difamação cometida verbalmente.

61. Admite- Se a tentativa nos crimes complexos. (CESPE - POLÍCIA


CIENTÍFICA- PE - Cargos de Nível Superior).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam os


crimes que não admitem a tentativa:

a) unissubsistentes;
b) culposos;

c) preterdolosos;

e) omissivos próprios.

62. Os crimes materiais e formais comportam a possibilidade de tentativa, E no


que se refere aos crimes de mera conduta, TAMBÉM é possível sua
configuração. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: Os crimes materiais e formais comportam a


possibilidade de tentativa, entretanto, no que se refere aos crimes de
mera conduta, não é possível sua configuração.

Observação: É importante destacar que os crimes materiais, formais e


de mera conduta admitem a possibilidade da modalidade tentada. Os
crimes que não comportam tal modalidade já foram descritos na última
observação.

63. O crime tentado NÃO É considerado contravenção penal. (CONSULPLAN -


TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
Questão original: O crime tentado é considerado contravenção penal.

Observação: É importante relembrar que os crimes e as contravenções


penais são espécies de infração penal. Por isso, o crime (seja tentando
ou consumado) não é contravenção penal, pois são espécies distintas
de infração.

64. O crime tentado NÃO É considerado infração administrativa.


(CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: O crime tentado é considerado infração


administrativa.

65. A resolução do agente, no que diz respeito ao dolo, SÃO coincidentes na


tentativa e na consumação. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça).

Questão original: A resolução do agente, no que diz respeito ao dolo,


não são coincidentes na tentativa e na consumação.

Observação: De fato, tanto no crime consumado como no crime


tentado o dolo (vontade) do agente é o mesmo. A diferença é que no
crime tentado o agente só não alcança seu propósito em razão de
circunstâncias alheias à sua vontade (tendo sua pena reduzida de 1 a
2/3).

66. Fulano, querendo matar Beltrano, efetua um disparo de revólver contra


este, mas erra o alvo, vindo a atingir Sicrano, ferindo este último levemente no
braço. Nessa situação hipotética, conforme legislação aplicável ao caso,
Fulano deverá responder por: homicídio tentado contra Beltrano.
(CONSULPLAN - TJ- MG - Juiz de Direito).

67. Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto,
dirige- Se até sua residência onde arma- Se de um revólver. Ato contínuo,
retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto.
Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-
O levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o
crime de: homicídio na forma tentada. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico-
Legista).

68. Adalberto decidiu matar seu cunhado em face das constantes desavenças,
especialmente financeiras, pois eram sócios em uma empresa e estavam
passando por dificuldades. Preparou seu revólver e se dirigiu até a sala que
dividiam na empresa. Parou de fronte ao inimigo e apontou a arma em sua
direção, mas antes de acionar o gatilho foi impedido pela secretária que, ao ver
a sombra pela porta, decidiu intervir e impedir o disparo. Em face do ocorrido,
pode- Se afirmar que Adalberto poderá responder por: tentativa de homicídio.
(VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).
69. João decide agredir fisicamente Pedro, seu desafeto, provocando- Lhe
vários ferimentos. Porém, durante a luta corporal, João resolve matar Pedro,
realizando um disparo de arma de fogo contra a vítima, sem, contudo,
conseguir atingi- Lo. A polícia é acionada, separando os contendores. Diante
do caso hipotético, João responderá apenas por: tentativa de
homicídio. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).

70. Édipo, irritado com as constantes festas que seu vizinho Laio promove à
noite, atrapalhando seu descanso, resolve procurá- Lo a fim de resolver
definitivamente a situação. Para tanto, arma- Se de uma espingarda e se dirige
à casa de Laio, vindo a encontrá- lo distraído. Ato contínuo, aponta a arma em
sua direção a fim de efetuar um disparo contra sua cabeça. Contudo, Jocasta,
que, por coincidência, havia acabado de chegar ao local, surpreende e
consegue impedir Édipo de seu intento, retirando- Lhe a arma de sua mão,
evitando, assim, o disparo fatal. A conduta de Édipo, para o Direito Penal, pode
ser enquadrada no ordenamento jurídico como: crime tentado. (FCC - TRF -
5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

71. Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de


um veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que
estava em missão em unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes
prenderam o traficante em flagrante, conduziram- No à autoridade policial local
e levaram o colega ferido ao hospital da região. Nessa situação hipotética, se o
policial ferido não falecer em decorrência do tiro disparado pelo traficante,
estar- Se-á diante de homicídio tentado, que, no caso, terá como elementos
caracterizadores: a conduta dolosa do traficante; o ingresso do traficante nos
ATOS EXECUTÓRIOS; e a impossibilidade de se chegar à consumação do
crime por circunstâncias alheias à vontade do traficante. (CESPE - Polícia
Federal - Papiloscopista da Polícia Federal).

Questão original: Nessa situação hipotética, se o policial ferido não


falecer em decorrência do tiro disparado pelo traficante, estar- Se-á
diante de homicídio tentado, que, no caso, terá como elementos
caracterizadores: a conduta dolosa do traficante; o ingresso do
traficante nos atos preparatórios; e a impossibilidade de se chegar à
consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade do
traficante.

72. Riobaldo, ciente da ilicitude da sua conduta, decide por ingressar em uma
agência da Caixa Econômica Federal, na qual avista uma senhora que realiza
operações no caixa automático, com o intuito de subtrair- Lhe os valores
sacados. Riobaldo, ao se aproximar da senhora, sorrateiramente, subtrai para
si o valor de R$ 788,00 (setecentos e oitenta reais) sacados, sem que a vítima
perceba. Levando em consideração o caso acima narrado, assinale a
alternativa CORRETA. Caso Riobaldo, no exato momento da subtração dos
valores, seja surpreendido e impedido de dar continuidade ao seu intento por
um policial militar que ingressou na agência, ele deverá responder pelo referido
delito na sua forma TENTANDA. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: Caso Riobaldo, no exato momento da subtração dos


valores, seja surpreendido e impedido de dar continuidade ao seu
intento por um policial militar que ingressou na agência, ele deverá
responder pelo referido delito na sua forma consumada.

73. No transcorrer da realização de atos executivos do crime de furto em


residência, o autor A percebe a chegada da polícia e, ao considerar a
possibilidade de ser preso em flagrante, abandona o local sem consumar o
furto, o que caracteriza a TENTATIVA DE FURTO. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).

Questão original: No transcorrer da realização de atos executivos do


crime de furto em residência, o autor A percebe a chegada da polícia e,
ao considerar a possibilidade de ser preso em flagrante, abandona o
local sem consumar o furto, o que caracteriza a desistência voluntária.

74. A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs
piratas para posteriormente revendê- Los. Certo dia, enquanto expunha os
produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira,
Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o
conduziram coercitivamente até a delegacia. Com referência a essa situação
hipotética, julgue o item subsequente: Se a conduta de Pedro não se consumar
em razão de circunstâncias alheias à sua vontade, ele responderá: pelo crime
tentado, para o que está prevista a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois terços. (CESPE - Polícia Federal -
Nível Superior).

75. Crime que tem reprimenda privativa de liberdade cominada de 1 (um) ano a
4 (quatro) anos, após ter reconhecida a modalidade tentada e sem considerar
qualquer outra majorante ou minorante, terá pena fixada entre os patamares
mínimo de: 4 (quatro) meses e máximo de 2 (dois) anos e 8 (oito meses).
(VUNESP - PC- CE - Delegado de Polícia).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O crime consumado (crime pleno) se verifica quando nele se reúnem todos os


elementos de sua definição legal.

2. O crime tentado (conatus) se verifica quando o agente inicia a sua execução, mas
não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.

3. O crime tentado (conatus) é punido com a mesma pena do crime consumado,


diminuído de um a dois terços (teoria objetiva), sendo que o critério para a sua
redução será em conformidade com a distância percorrida do iter criminis.

4. Enquanto na tentativa perfeita (crime falho) o agente esgota todos os


atos executórios que tinha ao seu dispor, na tentativa imperfeita (inacabada) o
agente inicia a execução do crime, mas não consegue utilizar todos os meios que
tinha ao seu dispor.

5. Enquanto na tentativa branca (incruenta) o objeto material (pessoa ou coisa) não


é atingido, na tentativa vermelha (cruenta) o objeto material é atingido pela
conduta criminosa.

6. A tentativa é cabível nos crimes dolosos, sejam eles materiais, formais ou de


mera conduta, não sendo admissível nos crimes preterdolosos – como regra –,
culposos (salvo na culpa imprópria) e contravenções penais.

2.15. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO


EFICAZ

Desistência voluntária e Arrependimento Eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução


ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

1. “O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou


impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados". Tal
hipótese refere- Se: a desistência voluntária e arrependimento eficaz. (DPE-
PE - DPE- PE - Estágio - Direito).

2. Nos termos da legislação penal vigente há: desistência voluntária e


arrependimento eficaz quando o agente esgota todos os meios de que
dispõe para consumar a infração penal e se arrepende impedindo que o
resultado ocorra, responde somente pelos atos praticados. (CAIP- IMES -
CRAISA de Santo André - SP - Advogado).

3. Diz- Se DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ


quando o agente desiste, de forma voluntária, de prosseguir na execução ou
impede que o resultado se produza. (FCC - Prefeitura de São Luís - MA -
Auditor Tributário).

Questão original: Diz- Se crime tentado quando o agente, por ato


voluntário, até o recebimento da denúncia ou da queixa, repara o dano
ou restitui a coisa.

4. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou


impede que o resultado se produza, responde SOMENTE PELOS ATOS
PRATICADOS. (FUMARC - Câmara de Conceição do Mato Dentro -
Advogado).

Questão original: O agente que, voluntariamente, desiste de


prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza,
responde nas mesmas penas aplicáveis ao crime consumado.

5. A voluntariedade e a EFICÁCIA da interrupção da execução do crime


são requisitos caracterizadores fundamentais das hipóteses de desistência
voluntária. (CESPE - TCE- PR - Auditor).

Questão original: A voluntariedade e a espontaneidade da


interrupção da execução do crime são requisitos caracterizadores
fundamentais das hipóteses de desistência voluntária.

6. A DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA configura- Se quando a execução do crime


é interrompida pela vontade do agente. (FCC - MPE- PB - Promotor de
Justiça).
Questão original: O arrependimento eficaz configura- Se quando a
execução do crime é interrompida pela vontade do agente.

7. A interrupção da execução do delito por desistência do agente caracteriza A


DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA. (DPE- PE - DPE- PE - Estágio - Direito).

Questão original: A interrupção da execução do delito por desistência


do agente caracteriza o crime tentado.

8. Conforme a redação do Código Penal, a desistência voluntária permite a


interrupção do nexo causal COM a consideração da vontade. (FCC - TJ- SC -
Juiz de Direito).
Questão original: Conforme a redação do Código Penal, a desistência
voluntária permite a interrupção do nexo causal sem a consideração da
vontade.

9. De modo geral, a doutrina indica a aplicação da fórmula de Frank quando o


objetivo for estabelecer a distinção entre desistência voluntária e tentativa.
(CESE - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Observação: De acordo com a clássica fórmula de Frank, configura-


Se a desistência voluntária quando o agente criminoso diz a si mesmo:
“posso prosseguir, mas não quero”. Contudo, ocorrerá a tentativa do
crime quando verificar- Se de modo contrário: “quero prosseguir, mas
não posso”.

10. A diferença entre a tentativa e a tentativa abandonada é que, no


SEGUNDO CASO, o agente diz “eu consigo, mas não quero” e, no PRIMEIRO,
o agente diz “eu quero, mas não consigo”. (CESPE - DPE- PE - Defensor
Público).

Questão original: A diferença entre a tentativa e a tentativa


abandonada é que, no primeiro caso, o agente diz “eu consigo, mas
não quero” e, no segundo, o agente diz “eu quero, mas não consigo”.

11. A desistência voluntária é compatível com a tentativa INACABADA e o


arrependimento eficaz é compatível com a tentativa ACABADA. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: A desistência voluntária é compatível com a tentativa


acabada e o arrependimento eficaz é compatível com a tentativa
inacabada.

12. Em dificuldades financeiras, Ana ingressa, com autorização da proprietária


do imóvel, na residência vizinha àquela em que trabalhava com o objetivo de
subtrair uma quantia de dinheiro em espécie, simulando para tanto que
precisava de uma quantidade de açúcar que estaria em falta. Após ingressar
no imóvel e mexer na gaveta do quarto, vê pela janela aquela que é sua chefe
e pensa na decepção que lhe causaria, razão pela qual decide deixar o local
sem nada subtrair. Ocorre que as câmeras de segurança flagraram o
comportamento de Ana, sendo as imagens encaminhadas para a Delegacia de
Polícia. Nesse caso, a conduta de Ana: não configura crime em razão da
desistência voluntária. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).
13. No dia 03.02.2015, Daniel ingressou na residência da família Silva com a
intenção de praticar um crime de roubo com emprego de arma branca. Já no
interior da residência, com uma faca na mão, mas antes de subtrair qualquer
bem, encontra uma foto de todos os membros da família abraçados. Comovido
com aquela imagem, decide deixar a residência antes mesmo de ser visto por
qualquer pessoa, não levando qualquer bem. Considerando a situação
hipotética narrada, é correto afirmar que Daniel responderá pelos:
atos já praticados, mas não pelo crime de roubo, já que houve desistência
voluntária. (FGV - TJ- RO - Oficial de Justiça).

14. José, pretendendo praticar crime de peculato, ingressa em repartição


pública com a chave que possuía em razão do cargo, na parte da noite, com o
objetivo de subtrair um computador da repartição. Quando estava no interior do
local, todavia, pensa sobre as consequências da sua conduta e que sua família
dependia financeiramente dele, razão pela qual deixa o local sem nada
subtrair. O segurança do local, todavia, informado por notícia anônima sobre a
intenção de José, o aborda na saída da repartição e realiza sua prisão em
flagrante. Considerando as informações narradas, é correto afirmar que a
conduta de José: não configura conduta típica em razão da desistência
voluntária. (FGV - AL- RO - Consultor Legislativo).

15. Configura- Se a desistência voluntária ainda que não tenha partido


espontaneamente do agente a ideia de abandonar o propósito criminoso, com
o resultado de deixar de prosseguir na execução do crime. (CESPE - DEPU -
Defensor Público).

Observação: Tanto a desistência voluntária como o arrependimento


eficaz devem ocorrer de forma voluntária, isto é, o agente deve agir
livre de qualquer coação física ou moral. Contudo, não se exige a
espontaneidade, tendo em vista que a sugestão da desistência ou do
arrependimento pode advir de terceira pessoa ou até mesmo da própria
vítima.

16. Há desistência voluntária quando o agente, embora tenha iniciado a


execução de um delito, desiste de prosseguir na realização típica, atendendo
sugestão de terceiro. (FCC - TCM- RJ - Procurador).

17. EXISTE desistência voluntária no caso de agente que desiste de prosseguir


com os atos de execução por conselho de seu advogado, MESMO QUE
AUSENTE A ESPONTANEIDADE. (FUMARC - PC- MG - Delegado de
Polícia).

Questão original: Não existe desistência voluntária no caso de agente


que desiste de prosseguir com os atos de execução por conselho de
seu advogado, já que ausente a voluntariedade.

18. Caio tem um desafeto a quem sempre faz ameaças de morte. O último
encontro foi num bar. Caio observou que havia um revólver com seis munições
sobre uma mesa e aproveitou para concretizar o desejo de matar seu
oponente. Anunciou que iria matar seu desafeto PEDRO, efetuando um disparo
na sua perna. Neste momento PEDRO suplica por sua vida. Caio, sensível ao
apelo da vítima, desiste de continuar disparando, afirma que não iria mais
matar o rival e deixa a arma em cima da mesa. Em seguida, se retira do local.
Com relação aos fatos descritos: Caio deve responder por lesão corporal.
(NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

19. A desistência voluntária caracteriza verdadeira ponte de ouro ao infrator


que impede a consumação do crime após o término dos atos executórios, NÃO
ISENTANDO- O da responsabilidade pelos danos causados. (FAPEMS - PC-
MS - Delegado de Polícia).
Questão original: A desistência voluntária caracteriza verdadeira ponte
de ouro ao infrator que impede a consumação do crime após o término
dos atos executórios, isentando- O de qualquer responsabilidade pelos
danos causados.

Observação: A desistência voluntária e o arrependimento eficaz


também são chamados de “ponte de ouro”, visto que, após se
enveredar pelo caminho da ilicitude, o direito penal concede ao
criminoso uma “ponte” para estimular o seu retorno ao caminho da
licitude. Apesar disso, não se pode esquecer que (mesmo na melhor
das hipóteses) o agente ainda responderá pelos atos já praticados
(responsabilidade pelos danos já causados).

20. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução do


crime RESPONDE pelos atos já praticados. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª
REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: O agente que, voluntariamente, desiste de


prosseguir na execução do crime não responde pelos atos já
praticados.

21. A desistência voluntária se aplica a crimes cometidos sem violência ou


grave ameaça à pessoa, e o agente não responde pela tentativa. (MPDFT -
MPDFT – Promotor de Justiça).

Questão original: A desistência voluntária só se aplica a crimes


cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, e o agente não
responde pela tentativa.

Observação: Tanto a desistência voluntária como o arrependimento


eficaz aplicam- Se aos crimes em geral (com ou sem violência),
sendo incompatíveis com os crimes culposos, salvo na culpa imprópria.
22. A desistência voluntária e O ARREPENDIMENTO EFICAZ SÃO
CHAMADOS DE TENTATIVA ABANDONADA. (CESPE - DPE- PE - Defensor
Público).

Questão original: A desistência voluntária e a tentativa abandonada


são espécies de arrependimento eficaz.

Observação: A desistência voluntária e o arrependimento eficaz


são denominados também de tentativa abandonada, já que o crime
não se consuma em decorrência da própria vontade do agente
(abandona o seu propósito inicial).

ARREPENDIMENTO
EFICAZ

23. Na DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, o agente interrompe a execução do


crime; no ARREPENDIMENTO EFICAZ, o resultado é impedido após o agente
ter praticado todos os atos. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: No arrependimento eficaz, o agente interrompe a


execução do crime; na desistência voluntária, o resultado é impedido
após o agente ter praticado todos os atos.

24. O arrependimento eficaz é causa DE EXCLUSÃO DA TIPICIDADE. (FCC -


MPE- PB - Promotor de Justiça).

Questão original: O arrependimento eficaz é causa inominada de


exclusão da ilicitude.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF – O entendimento jurisprudencial


dominante é que a desistência voluntária e o arrependimento eficaz
funcionam como causa de exclusão da tipicidade, já que a tipicidade
do crime inicialmente pretendido pelo agente é excluída, restando tão
somente a tipicidade dos atos já praticados.
25. Há arrependimento eficaz, quando o agente, após ter esgotado os meios de
que dispunha para a prática do crime, arrepende- Se e tenta, COM ÊXITO, por
todas as formas, impedir a consumação. (FCC - TCM- RJ - Procurador).

Questão original: Há arrependimento eficaz, quando o agente, após


ter esgotado os meios de que dispunha para a prática do crime,
arrepende- Se e tenta, sem êxito, por todas as formas, impedir a
consumação.

Observação: O arrependimento eficaz e a desistência voluntária


devem ter eficácia, ou seja, é imprescindível que a atuação do agente
evite a produção do resultado (naturalístico), pois, caso contrário, o
agente responderá pelo crime em sua forma consumada.

26. No ARREPENDIMENTO EFICAZ, o agente pratica todos os atos


executórios, e, arrependido, assume nova conduta, visando impedir que
o resultado inicialmente almejado se concretize. (CESPE - TCE- PR - Auditor).

Questão original: No arrependimento posterior, o agente pratica


todos os atos executórios, e, arrependido, assume nova conduta,
visando impedir que o resultado inicialmente almejado se concretize.

27. ARREPENDIMENTO EFICAZ é aquele em que o agente, arrependendo-


Se posteriormente, pratica atos para evitar que o crime venha a se consumar.
(FUNIVERSA - PC- DF - Delegado de Polícia).

Questão original: Tentativa incruenta é aquela em que o agente,


arrependendo- Se posteriormente, pratica atos para evitar que o crime
venha a se consumar.

28. De acordo com o Código Penal Brasileiro, o ARREPENDIMENTO EFICAZ


OCORRE quando, iniciada a execução, o agente impede a realização do
resultado. (VUNESP - CRBio - 1º Região - Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal Brasileiro, o crime é


tentado quando, iniciada a execução, o agente impede a realização do
resultado.

29. O agente NÃO DEIXA de responder pelos atos praticados MESMO QUE
desista voluntariamente de prosseguir na execução ou impeça que o resultado
se produza. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: O agente deixa de responder pelos atos praticados


caso desista voluntariamente de prosseguir na execução ou impeça
que o resultado se produza.

30. O arrependimento eficaz dá- Se após a execução, mas antes da


consumação do crime. (FCC - MPE- PB - Promotor de Justiça).

31. O arrependimento eficaz exige que a manifestação do autor do crime seja


ANTERIOR à consumação do delito. (FCC - MPE- PB - Promotor de Justiça).

Questão original: exige que a manifestação do autor do crime seja


posterior à consumação do delito.

32. Conforme previsto no CP, a consequência penal do arrependimento eficaz


é a mesma da DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA. (CESPE - TCE- PR - Auditor).

Questão original: Conforme previsto no CP, a consequência penal do


arrependimento eficaz é a mesma do arrependimento posterior.

33. De acordo com a doutrina majoritária, a espontaneidade não é requisito


para o reconhecimento da desistência voluntária e do arrependimento
eficaz. (CESPE - TRE- MT - Analista).

34. É admissível a incidência do arrependimento eficaz nos crimes


perpetrados com violência ou grave ameaça. (CESE - TRF - 1ª REGIÃO -
Analista Judiciário - Área Judiciária).
Observação: É importante destacar que a desistência voluntária e o
arrependimento eficaz podem ocorrer em qualquer crime (material),
desde que com eles sejam compatíveis (mesmo que haja violência ou
grave ameaça).

35. O arrependimento eficaz é incompatível com crimes formais ou de mera


conduta. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça).

Observação: O arrependimento eficaz se aplica somente nos crimes


materiais, em face da redação prevista no art. 15 do Código Penal:
“impede que o resultado se produza”. De fato, esse resultado
(naturalístico) é indispensável para a consumação apenas nos delitos
materiais, excluindo- Se, desta forma, os crimes formais, de mera
conduta e os culposos (salvo a culpa imprópria).

36. A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são incompatíveis


com os crimes culposos, sendo, contudo, admitidos na culpa imprópria.
(FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).

37. O arrependimento eficaz somente se configura (é necessário) em relação


à tentativa perfeita. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

Observação: O arrependimento eficaz se verifica apenas em relação


tentativa perfeita (acabada ou crime falho), pois nesta o agente
esgota todos os atos executórios que tinha ao seu dispor, sendo
perfeitamente possível, logo em seguida, impedir que o resultado se
produza.

38. O agente que dispara um tiro contra outrem, mas que, arrependido, leva a
vítima para o hospital, vindo ela a falecer em decorrência de uma infecção
hospitalar, responde por: homicídio consumado. (FUNDEP - MPE- MG -
Promotor de Justiça).

.39 Adamastor, tomado por ciúmes e agindo com animus necandi, desferiu três
disparos de arma de fogo calibre 38 contra Bento, que atualmente namora sua
ex- Companheira Catarina. O primeiro tiro atingiu a região lateral esquerda do
pescoço da vítima, enquanto os demais se alojaram na região inferior de sua
perna esquerda, próximo ao joelho. Logo após os disparos, contudo, o próprio
autor, assustado com o desfecho de sua ação, contatou o SAMU e o Hospital
de Pronto Socorro, a fim de que a vítima fosse socorrida e recebesse
atendimento médico de urgência, o que efetivamente veio a ocorrer em face do
pronto atendimento de uma ambulância. Em que pese não ter corrido risco de
vida, Bento recebeu alta médica após permanecer internado durante 45 dias.
Pelo exposto, é correto: tipificar a conduta de Adamastor como um crime
de lesão corporal grave. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A desistência voluntária (“ponte de ouro”) se configura como causa de exclusão


da tipicidade nas situações em que o agente, voluntariamente (não se exige a
espontaneidade) desiste de prosseguir na execução do crime, respondendo tão
somente pelos atos já praticados (quando o crime não se consuma).

2. O arrependimento eficaz (“ponte de ouro”) se configura como causa de exclusão


da tipicidade nas situações em que o agente, após esgotar todos os meios
executórios que tinha a seu dispor, voluntariamente (não se exige a espontaneidade)
impede que o resultado se produza (somente nos crimes materiais), respondendo tão
somente pelos atos já praticados (quando o crime não se consuma).

2.16. ARREPENDIMENTO POSTERIOR

ARREPENDIMENTO POSTERIOR

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa,


reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

1. Nos termos da legislação penal vigente há: arrependimento posterior


quando os atos cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, por ato
voluntário, o agente repara o dano ou restitui a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP -
Advogado).
2. Quando o agente, em crime cometido sem violência ou grave ameaça à
pessoa, repara voluntariamente o dano até o recebimento da denúncia,
ocorre: arrependimento posterior. (UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

3. Nos crimes previstos no Código Penal que tenham sido cometidos sem
violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até
o RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a
pena poderá ser reduzida de um a dois terços, presente a hipótese do
arrependimento posterior. (FUNDATEC - PGE- RS - Procurador do Estado).

Questão original: Nos crimes previstos no Código Penal que tenham


sido cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída a coisa, até o oferecimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a pena poderá ser reduzida de um
a dois terços, presente a hipótese do arrependimento posterior.

4. Há ARREPENDIMENTO POSTERIOR quando o agente, por ato voluntário,


nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o dano
ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa. (FCC - TJ- RR -
Juiz de Direito).

Questão original: Há arrependimento eficaz quando o agente, por ato


voluntário, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à
pessoa, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia
ou da queixa.

5. “Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa,


reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
terços.” Trata- Se da definição legal: do arrependimentos posterior.
(VUNESP - Câmara de Campo Limpo Paulista - SP - Procurador Jurídico).

6. A PENA SERÁ REDUZIDA DE UM A DOIS TERÇOS PARA o agente que


pratica crime sem violência ou grave ameaça à pessoa, desde que,
voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).

Questão original: É isento de pena o agente que pratica crime sem


violência ou grave ameaça à pessoa, desde que, voluntariamente,
repare o dano ou restitua a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
queixa.

7. A redução da pena em virtude do arrependimento posterior aplica-se atodos


os crimes, excepcionados apenas os cometidos com violência OU GRAVE
AMEAÇA À PESSOA. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A redução da pena em virtude do arrependimento


posterior aplica-se atodos os crimes, excepcionados apenas os
cometidos com violência.

8. O arrependimento posterior NÃO PODE ser aplicado aos crimes cometidos


com violência ou grave ameaça. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: O arrependimento posterior pode ser aplicado aos


crimes cometidos com violência ou grave ameaça.

9. Nos crimes cometidos SEM violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o


dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. É o que o
Código Penal define como “arrependimento posterior”. (IESES - TJ- CE - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Mesmo nos crimes cometidos com violência ou


grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a
pena será reduzida de um a dois terços. É o que o Código Penal define
como “arrependimento posterior”.
Observação: Se a violência for praticada contra a coisa, e não contra
a pessoa, o réu fará jus ao benefício do arrependimento posterior
(exemplo: o sujeito que quebra o vidro do carro para furtar um celular).

10. De acordo com o Código Penal Brasileiro, nos crimes sem violência ou
grave ameaça à pessoa, o arrependimento posterior REDUZ DE UM A DOIS
TERÇOS A PENA do autor do crime, desde que reparado o dano até o
recebimento da denúncia ou queixa. (VUNESP - CRBio - 1º Região -
Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal Brasileiro, nos


crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa, o arrependimento
posterior isenta de pena o autor do crime, desde que reparado o dano
até o recebimento da denúncia ou queixa.

11. O arrependimento posterior tem natureza jurídica de causa OBRIGATÓRIA


DE DIMINUIÇÃO DA PENA, desde que restituída a coisa ou reparado o dano
nos crimes praticados sem violência ou grave ameaça até o recebimento da
denúncia ou queixa. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: O arrependimento posterior tem natureza jurídica de


causa de exclusão da tipicidade, desde que restituída a coisa ou
reparado o dano nos crimes praticados sem violência ou grave ameaça
até o recebimento da denúncia ou queixa.

Observação: A natureza jurídica do arrependimento posterior se


manifesta como causa obrigatória de diminuição da pena (de 1 a
2/3), não alterando em nada na tipicidade do crime.

12. O arrependimento posterior é causa obrigatória de diminuição de pena,


admitindo- Se a reparação do dano ou a restituição da coisa até o
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU DA QUEIXA. (CESPE - DPE- AC -
Defensor Público).
Questão original: O arrependimento posterior é causa obrigatória de
diminuição de pena, admitindo- Se a reparação do dano ou a restituição
da coisa até o trânsito em julgado da ação penal.

13. O autor da infração, ao arrepender- Se, deverá, para que sua pena seja
reduzida, reparar voluntariamente danos ou restituir a coisa subtraída, até o
recebimento da queixa ou da denúncia. (CESPE - DPE- AC - Defensor
Público).

14. Para que sua pena seja reduzida, o agente deverá, VOLUNTARIAMENTE
até o RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU DA QUEIXA, reparar danos.
(CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: Para que sua pena seja reduzida, o agente deverá,
espontaneamente, logo após a consumação do crime, minorar as
consequências dele e, até a data do julgamento, reparar danos.

15. Diz- Se ARREPENDIMENTO POSTERIOR quando o agente, por ato


voluntário, até o recebimento da denúncia ou da queixa, repara o dano ou
restitui a coisa. (FCC - Prefeitura de São Luís - MA - Auditor Tributário).

Questão original: Diz- Se crime tentado quando o agente, por ato


voluntário, até o recebimento da denúncia ou da queixa, repara o dano
ou restitui a coisa.

16. Em se tratando do delito de furto, havendo subsequente arrependimento do


agente e devolução voluntária da res substracta antes do oferecimento da
denúncia, fica caracterizado o ARREPENDIMENTO POSTERIOR, devendo a
pena, nesse caso, ser reduzida de um a dois terços. (CESPE - TJ- DFT -
Analista Judiciário).

Questão original: Em se tratando do delito de furto, havendo


subsequente arrependimento do agente e devolução voluntária da res
substracta antes do oferecimento da denúncia, fica caracterizado o
arrependimento eficaz, devendo a pena, nesse caso, ser reduzida de
um a dois terços.

17. Caso a restituição da coisa ou a reparação do dano se dê até o


recebimento da denúncia, configurar- Se-á o arrependimento posterior.
Caso se dê após o recebimento da denúncia e até a sentença, a restituição ou
reparação será considerada circunstância atenuante. (CESPE - TCE- PR -
Auditor).

Observação: Mesmo que o agente repare o dano após o recebimento


da denúncia ou da queixa, mas antes do julgamento, ainda poderá ter
a pena reduzida. Contudo, tal redução será aplicada por ser
circunstância atenuante (art. 65, III, “b”, parte final, CP), e não
arrependimento posterior (16, CP).

18. A reparação espontânea e integral do dano pelo agente, após o


recebimento da denúncia ou queixa, mas antes do julgamento do processo,
FUNCIONA COMO CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE. (MPDFT - Promotor de
Justiça).

Questão original: A reparação espontânea e integral do dano pelo


agente, após o recebimento da denúncia ou queixa, mas antes do
julgamento do processo, é causa de diminuição de pena.

19. O arrependimento posterior ocorre após o término dos atos executórios E


DA COSUMAÇÃO. Nesse caso, o sujeito responderá pelo crime, mas sua
pena será reduzida se reparados os danos causados ATÉ O RECEBIMENTO
DA DENÚNCIA OU DA QUEIXA. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: O arrependimento posterior ocorre após o término


dos atos executórios, porém antes da consumação. Nesse caso, o
sujeito responderá pelo crime, mas sua pena será reduzida se
reparados os danos causados.
Observação: Enquanto no arrependimento eficaz, o agente inicia os
atos executórios do crime, mas se arrepende e adota medidas no
sentido de impedir a consumação do crime, o arrependimento
posterior verifica- Se após a consumação do crime e funciona como
causa obrigatória de diminuição de pena (1 a 2/3).
20. O arrependimento posterior incide NÃO APENAS nos crimes contra o
patrimônio e impõe a restituição VOLUNTÁRIA e integral da coisa até o
recebimento da denúncia ou da queixa. (CESPE - DPE- AC - Defensor
Público).

Questão original: O arrependimento posterior incide exclusivamente


nos crimes contra o patrimônio e impõe a restituição espontânea e
integral da coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa.

Observação: É importante destacar que o arrependimento posterior


aplica-seem qualquer crime que preencha seus requisitos legais, e não
somente os crimes contra o patrimônio. Além disso, para o seu
reconhecimento não se exige a espontaneidade do agente, mas ao
menos sua voluntariedade, isto é, o agente deve optar pela restituição
sem qualquer tipo de coação física ou moral (ainda que a orientação
pela restituição/reparação tenha advindo de terceira pessoa).

JURISPRUDÊNCIA, STF – O Supremo já admitiu o arrependimento


posterior na situação em que o agente reparou o dano de forma
parcial (e não integral), sendo que o percentual de redução da pena
(de 1 a 2/3) restou condicionado a extensão da reparação (ou do
ressarcimento). Assim, se reparação for total, a pena será reduzida de
2/3, contudo, se parcial, o percentual será menor. Lembre- Se, todavia,
que, de acordo com a redação descrita no art. 16 do CP, a reparação
ou restituição deve ser integral.

21. O arrependimento posterior incide NÃO APENAS nos crimes patrimoniais e


sua caracterização depende da existência de voluntariedade do agente.
(IESES - TJ- CE - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
Questão original: O arrependimento posterior incide apenas nos
crimes patrimoniais e sua caracterização depende da existência de
voluntariedade e espontaneidade do agente.

22. NOS crimes contra o patrimônio PRATICADOS SEM VIOLÊNCIA OU


GRAVE AMEAÇA À PESSOA, o arrependimento posterior consistente na
reparação voluntária e completa do prejuízo causado, implica a redução
obrigatória da pena de um a dois terços. (FCC - TCM- RJ - Procurador).

Questão original: Em todos os crimes contra o patrimônio, o


arrependimento posterior consistente na reparação voluntária e
completa do prejuízo causado, implica a redução obrigatória da pena de
um a dois terços.

23. De acordo com o artigo pertinente do CP, a restituição da coisa, quando


cabível e desde que feita até o recebimento da denúncia, é
condição indispensável para a redução da pena em razão do arrependimento
posterior, mas a recusa do ofendido em receber a coisa de volta NÃO
INVIABILIZARÁ a referida causa de diminuição da pena. (CESPE - TCE- PR -
Auditor).

Questão original: De acordo com o artigo pertinente do CP, a


restituição da coisa, quando cabível e desde que feita até o
recebimento da denúncia, é condição indispensável para a redução da
pena em razão do arrependimento posterior, mas a recusa do ofendido
em receber a coisa de volta inviabilizará a referida causa
de diminuição da pena.

Observação: Independentemente qual seja o motivo da recusa da


vítima, se o agente preencher os requisitos legais (art. 16, CP), fará
jus ao benefício da causa de diminuição da pena pelo seu
arrependimento posterior.

24. Intervenção de terceiros na reparação do dano ou na restituição da coisa,


desde que ocorra ATÉ O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU DA QUEIXA,
não afastará o reconhecimento de arrependimento posterior. (CESPE - DPE-
AC - Defensor Público).

Questão original: Intervenção de terceiros na reparação do dano ou na


restituição da coisa, desde que ocorra antes do julgamento, não
afastará o reconhecimento de arrependimento posterior.
25. Potêncio pratica o furto de diversos bens valiosos que retirou da residência
de Ana. Após dois anos do evento ilícito, no curso das investigações policiais, a
vítima recebe os seus bens de volta com um bilhete pedindo desculpas pelo
evento ilícito ocorrido. De acordo com a parte geral do Código Penal, o
enunciado caracterizaria: o arrependimento posterior. (SELECON - Prefeitura
de Niterói - RJ - Guarda Municipal).

26. João, funcionário público de determinado cartório de Tribunal de Justiça,


após apropriar- Se de objeto que tinha a posse em razão do cargo que
ocupava, é convencido por sua esposa a devolvê- Lo no dia seguinte, o que
vem a fazer, comunicando o fato ao seu superior, que adota as medidas penais
pertinentes. Diante desse quadro, é correto afirmar que: deverá João
responder pelo crime de peculato consumado, com a redução de pena
pelo arrependimento posterior. (FGV - TJ- AL - Técnico Judiciário - Área
Judiciária).

27. Mário, servidor público, subtraiu da administração um bem que estava sob
sua posse e passou a tratá- Lo como sua propriedade por um mês em sua
residência. Convencido por sua esposa, Mário restituiu o bem, intacto, à
administração pública. Considerando- Se que, nessa situação hipotética, a
conduta do servidor consista em peculato- Apropriação e que, até a restituição
da coisa subtraída, não tenha havido indiciamento nem denúncia, é correto
afirmar que Mário: deverá responder pelo crime, estando, porém, sujeito a
redução de pena em razão do arrependimento posterior. (CESPE - CGE -
CE - Auditor de Controle Interno).

28. João, empregado de uma empresa terceirizada que presta serviço de


vigilância a órgão da administração pública direta, subtraiu aparelho celular de
propriedade de José, servidor público que trabalha nesse órgão. A respeito
dessa situação hipotética, julgue o item que se segue: Se devolver
voluntariamente o celular antes do recebimento de eventual denúncia
pelo crime, João poderá ser beneficiado com redução de pena justificada
por arrependimento posterior. (CESPE - AGU - Advogado da União).

29. Riobaldo, ciente da ilicitude da sua conduta, decide por ingressar em uma
agência da Caixa Econômica Federal, na qual avista uma senhora que realiza
operações no caixa automático, com o intuito de subtrair- Lhe os valores
sacados. Riobaldo, ao se aproximar da senhora, sorrateiramente, subtrai para
si o valor de R$ 788,00 (setecentos e oitenta reais) sacados, sem que a vítima
perceba. Levando em consideração o caso acima narrado, assinale a
alternativa CORRETA: (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

29.1. Caso Riobaldo decida por subtrair tais valores utilizando- Se do emprego
de grave ameaça, mediante a simulação de estar portando arma de fogo, NÃO
PODERÁ receber o benefício do arrependimento posterior.

Questão original: Caso Riobaldo decida por subtrair tais valores


utilizando- Se do emprego de grave ameaça, mediante a simulação de
estar portando arma de fogo, poderá receber o benefício do
arrependimento posterior, caso seja condenado a reparar o dano e
devolver a quantia em dinheiro.

29.2. Caso Riobaldo se arrependa do que fez e decida devolver o dinheiro, ele
poderá fazê- Lo até o recebimento da denúncia, tendo, assim, uma redução na
sua pena de um a dois terços.

30. Cristiano, maior e capaz, roubou, mediante emprego de arma de fogo, a


bicicleta de um adolescente, tendo- O ameaçado gravemente. Perseguido,
Cristiano foi preso, confessou o crime e voluntariamente restituiu a coisa
roubada. Nessa situação: a restituição do bem não assegura a Cristiano a
redução de um a dois terços da pena, pois o crime foi cometido com
grave ameaça à pessoa. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia).
31. Situação hipotética: André, que tinha praticado crime de roubo e subtraído,
na ocasião, R$ 1.000 de Bruno, restituiu voluntariamente o referido valor a este
antes do recebimento da denúncia. Assertiva: Nessa situação, a restituição do
dinheiro subtraído 32. NÃO CONFIGURA arrependimento posterior, o que
NÃO INCORRE no reconhecimento de causa de diminuição de pena. (CESPE
- TCE- RN - Assessor Jurídico).

Questão original: Nessa situação, a restituição do dinheiro subtraído


configura arrependimento posterior, o que incorre no reconhecimento
de causa de diminuição de pena.

32. O instituto do arrependimento posterior SE APLICA ao autor de um crime


de lesão corporal culposa. (CESPE - TRE- MT - Analista).

Questão original: O instituto do arrependimento posterior não se aplica


ao autor de um crime de lesão corporal culposa.

Observação: É importante destacar que apenas a violência dolosa


exclui o benefício, pois se o agente praticar a violência culposa
admite- Se o arrependimento posterior, visto que não houve violência
na conduta, mas sim no resultado.

33. No arrependimento posterior, o agente busca atenuar os efeitos da sua


conduta, sendo, portanto, causa geral de diminuição de pena. Sobre esse
instituto, assinale a alternativa correta. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

33.1. A grave ameaça O TIPIFICA.

Questão original: A grave ameaça não o tipifica.

33.2. NÃO PODE ocorrer em crime cometido com violência, MESMO que o
agente se retrate até a sentença.

Questão original: Pode ocorrer em crime cometido com violência,


desde que o agente se retrate até a sentença.
33.3. O dano PRECISA ser reparado quando o crime foi sem violência.

Questão original: O dano não precisa ser reparado quando o crime foi
sem violência.

33.4. Deve operar- Se até o recebimento da denúncia ou queixa.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O arrependimento posterior não exclui o crime, mas apenas funciona como


causa obrigatória de diminuição de pena (de 1 a 2/3) nas situações em que o
agente pratica crime (não apenas contra o patrimônio) sem violência (dolosa) ou
grave ameaça a pessoa (e não a coisa), quando o dano é reparado ou a coisa é
restituída (independente da aceitação da vítima) de forma voluntária (não
necessariamente espontânea), até o recebimento da denúncia ou da queixa (após o
recebimento, mas antes do julgamento, funciona apenas como atenuante).

2.17. CRIME IMPOSSÍVEL

CRIME IMPOSSÍVEL

Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou


por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar- Se o crime.

1. Quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade


do objeto, é impraticável consumar- Se o crime, configura- Se o instituto do
crime impossível. (VUNESP - PC- SP - Investigador de Polícia Civil).

2. Nos termos da legislação penal vigente há: crime impossível quando o


agente objetiva praticar determinado crime não alcança sua meta por
ineficácia absoluta do meio empregado ou impropriedade absoluta do
objeto. (CAIP- IMES - CRAISA de Santo André - SP - Advogado).

3. O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio


empregado, violação, tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado
pelo tipo penal. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa).
4. Configura o crime impossível, quando por ineficácia absoluta do meio ou
por absoluta impropriedade do objeto, a finalização e consumação do ato
típico, antijurídico e culpável é afetada. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de
Atibaia - SP - Advogado).

5. “Quando a ação dirigida à realização de um tipo penal não pode, por razões
objetivo- Reais ou jurídicas, alcançar a consumação, quer devido à
inidoneidade do meio, quer devido à impropriedade do objeto”. Trata- Se
de: Crime impossível. (INAZ do Pará - CORE- PE - Assistente Jurídico).

6. Diz- Se CRIME IMPOSSÍVEL quando impossível de se consumar em razão


da ineficácia absoluta do meio ou da absoluta impropriedade do objeto. (FCC -
Prefeitura de São Luís - MA - Auditor Tributário).

Questão original: Diz- Se crime tentado quando impossível de se


consumar em razão da ineficácia absoluta do meio ou da absoluta
impropriedade do objeto.

7. A ineficácia absoluta do meio empregado e a impropriedade absoluta do


objeto material ensejam a caracterização do crime impossível, que é causa de
exclusão da TIPICIDADE. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: A ineficácia absoluta do meio empregado e a


impropriedade absoluta do objeto material ensejam a caracterização do
crime impossível, que é causa de exclusão da ilicitude.

8. Com relação ao crime impossível, o legislador penal brasileiro adotou a


TEORIA OBJETIVA TEMPERADA OU INTERMEDIÁRIA. (CESPE - TRE- MT
- Analista).

Questão original: Com relação ao crime impossível, o legislador penal


brasileiro adotou a teoria subjetiva.

Observação: Em relação ao crime impossível, o Direito Penal adotou


a teoria objetiva temperada ou intermediária, pois para a sua
incidência, os meios empregados e o objeto do crime devem ser
absolutamente inidôneos (incapazes) de produzir o resultado
pretendido pelo agente, afastando- Se, assim, a modalidade tentada.

9. Há crime impossível quando a consumação não ocorre pela utilização de


meio ABSOLUTAMENTE inidôneo para produzir o resultado. (FCC - TCM- RJ -
Procurador).

Questão original: Há crime impossível quando a consumação não


ocorre pela utilização de meio relativamente inidôneo para produzir o
resultado.

Observação: O meio (de execução) para a configuração do crime


impossível deve ser absolutamente inidôneo, isto é, incapaz de
produzir o resultado. Caso contrário, se a ineficácia do meio não for
absoluta (ineficácia relativa), o agente responderá pelo crime na
forma tentada, visto que o meio empregado pelo agente torna- Se
perfeitamente capaz de produzir o resultado pretendido.

10. A impropriedade relativa do meio leva ao que se denomina CRIME


TENTADO. (CESPE - TCU - Procurador).

Questão original: A impropriedade relativa do meio leva ao que se


denomina crime putativo.

11. O CRIME IMPOSSÍVEL também é conhecido como quase crime ou


tentativa impossível. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: A desistência voluntária também é conhecida


como quase crime ou tentativa impossível.

Observação: O crime impossível é tentativa impunível, pois


segundo a redação do art. 17 do Código Penal “não se pune a
tentativa quando (...)”. Apesar dessa expressão “tentativa impunível”,
é importante ressaltar que não se trata de causa de isenção de pena,
mas sim de causa de exclusão da tipicidade, pois o fato praticado
pelo agente não se enquadra em nenhum tipo penal. O crime
impossível também é chamado pela doutrina de: “quase crime”, “crime
oco”, “tentativa impossível”, “tentativa inadequada”, “tentativa inidônea”,
“tentativa irreal” ou “tentativa supersticiosa”.

12. O crime impossível é tentativa impunível. (FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).

13. A tentativa não é punível quando o crime não se consuma por


ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto.
(TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

14. A tentativa NÃO É PUNIDA quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar- Se o crime.
(FUMARC - Câmara de Conceição do Mato Dentro - Advogado).

Questão original: A tentativa é punida mesmo quando, por ineficácia


absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar- Se o crime.

15. A tentativa NÃO É PUNÍVEL quando, por ineficácia absoluta do meio ou


por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar- Se o
crime. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: A tentativa é punível mesmo quando, por ineficácia


absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar- Se o crime.

16. O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo
agente, eximindo- O de responsabilidade penal pelo crime almejado,
respondendo, todavia, pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.
(FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

17. Jonas descobriu, na mesma semana, que era portador de doença venérea
grave e que sua esposa, Priscila, planejava pedir o divórcio. Inconformado com
a intenção da companheira, Jonas manteve relações sexuais com ela, com o
objetivo de lhe transmitir a doença. Ao descobrir o propósito de Jonas, Priscila
foi à delegacia e relatou o ocorrido. No curso da apuração preliminar,
constatou- Se que ela já estava contaminada da mesma moléstia desde antes
da conduta de Jonas, fato que ela desconhecia. Nessa situação hipotética,
considerando- Se as normas relativas a crimes contra a pessoa, a conduta
perpetrada por Jonas constitui: crime impossível, em razão do contágio
anterior. (CESE - DPE- AL - Defensor Público).

18. O sistema de vigilância por monitoramento eletrônico no interior de


estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível o cometimento do
furto. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

SÚMULA 567, STJ – "Sistema de vigilância realizado por


monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior
de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a
configuração do crime de furto”.

19. Sílvio, maior e capaz, entrou em uma loja que vende aparelhos celulares,
com o propósito de furtar algum aparelho. A loja possui sistema de vigilância
eletrônica que monitora as ações das pessoas, além de diversos agentes de
segurança. Sílvio colocou um aparelho no bolso e, ao tentar sair do local, um
dos seguranças o deteve e chamou a polícia. Nessa situação, NÃO ESTÁ
configurado o crime impossível por ineficácia absoluta do meio, uma vez que
HAVIA chance de Sílvio furtar o objeto sem que fosse notado. (CESPE -
Polícia Federal - Delegado de Polícia).

Questão original: Nessa situação, está configurado o crime impossível


por ineficácia absoluta do meio, uma vez que não havia qualquer
chance de Sílvio furtar o objeto sem que fosse notado.

20. Um homem, maior de idade e capaz, foi preso em flagrante por ter
subtraído duas garrafas de uísque de um supermercado. A observação da
ação delituosa por meio do sistema de vídeo do estabelecimento permitiu aos
seguranças a detenção do homem no estacionamento e a recuperação do
produto furtado. O valor do produto subtraído equivalia a pouco mais de um
terço do valor do salário mínimo vigente à época. Na fase investigatória,
constatou- Se que o agente do delito possuía condenação transitada em
julgado por fato semelhante e que respondia por outras três ações penais em
curso. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores. Em razão da
existência de sistema de monitoramento de vídeo no supermercado, NÃO SE
TRATA de crime impossível por ineficácia absoluta do meio empregado,
SENDO QUE O AGENTE DEVE RESPONDER PELO CRIME DE FURTO.
(CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

Questão original: Em razão da existência de sistema de


monitoramento de vídeo no supermercado, trata- Se de crime
impossível por ineficácia absoluta do meio empregado.

21. Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do


crime, estará caracterizado crime impossível. (CESPE - TCE- RN - Assessor
Jurídico).

SÚMULA 420, STF – "Não há crime, quando a preparação do flagrante


pela polícia torna impossível a sua consumação”.

22. De acordo com a Lei n° 10.826/03 (estatuto do desarmamento), o sujeito


que for preso em via pública portando arma de fogo, que não contém
mecanismo de acionamento, terá sua conduta considerada como atípica em
razão do instituto: do crime impossível. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Escrivão de Polícia Civil).

JURISPRUDÊNCIA, STJ – A Terceira Seção do STJ pacificou o


entendimento de que o delito de posse ou porte ilegal de arma de fogo
cuida- Se de crime de perigo abstrato, isto é, o perigo já é presumido
pela lei com a simples prática da conduta. Nada obstante, na situação
em que o laudo pericial demonstrar a ineficácia da arma de fogo (inapta
a disparar), o fato será considerado atípico em razão da ausência da
afetação do bem jurídico – incolumidade pública –, sob o fundamento
de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O crime impossível (“tentativa impunível”) se manifesta como causa de exclusão


da tipicidade quando o agente tenta praticar um crime que é impossível de se
concretizar pela ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto.

2. Súmula 567, STJ - "Sistema de vigilância realizado por monitoramento


eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial,
por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto”.

3. Súmula 420, STF - "Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível a sua consumação”.

2.18. ILICITUDE (ANTIJURICIDADE)

Exclusão de ilicitude

Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:

I - em estado de necessidade;

II - em legítima defesa;

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Excesso punível

Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,


responderá pelo excesso doloso ou culposo.

1. A ILICITUDE (ANTIJURICIDADE) é definida como a contrariedade entre o


fato típico praticado por alguém e o ordenamento jurídico, capaz de lesionar ou
expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos. (CESPE - PC-
MA - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A imputabilidade é definida como a contrariedade


entre o fato típico praticado por alguém e o ordenamento jurídico, capaz
de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente
protegidos..

2. A ILICITUDE (ANTIJURICIDADE) compreende a oposição entre o


ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por alguém capaz de
lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos.
(CESPE - PC- MA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O princípio da legalidade compreende a oposição


entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por
alguém capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos
penalmente protegidos.

3. A doutrina dominante define ILICITUDE (ANTIJURICIDADE) como um juízo


de valor negativo ou desvalor, indicando que a ação humana foi contrária às
exigências do Direito. (VUNESP - TJ- SP - Administrador).

Questão original: A doutrina dominante define tipicidade como um


juízo de valor negativo ou desvalor, indicando que a ação humana foi
contrária às exigências do Direito.

4. A ilicitude penal projeta- Se para o todo do direito e, assim, não se


restringe ao campo do direito penal. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

Observação: Para constatar se determinado fato é ou não ilícito, deve-


Se levar em conta todo o ordenamento jurídico, e não apenas o
direito penal.

5. Conforme a doutrina pátria, uma causa excludente de antijuridicidade,


também denominada de causa de justificação, exclui o próprio crime.
(CESPE - STJ - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

6. Ensina a doutrina que na relação entre a tipicidade e a ilicitude a existência


do fato típico gera uma presunção relativa de que também é ilícito. Esta
teoria, adotada pelo Código Penal e pela doutrina majoritária brasileira, é
chamada de teoria: Da indiciariedade. (IDECAN - SEJUC- RN - Agente
Penitenciário - Superior).

Observação: Quando o agente pratica um fato típico, presume- Se de


forma relativa que tal fato também é ilícito. Por isso, a expressão
teoria da indiciariedade (“ratio cognoscendi”). Contudo, tal
presunção não pode ser absoluta, pois o fato típico não será ilícito nas
situações em que o agente agir acobertado por alguma causa
excludente da ilicitude. (É a teoria adotada pelo CP).

ATENÇÃO: Para a teoria da absoluta dependência (“ratio essendi”),


a ilicitude é transferida para a tipicidade (tipo total do injusto), ou
seja, a ilicitude é a essência da tipicidade, numa relação absoluta de
dependência entre esses elementos do crime. Assim, se o fato não for
ilícito também não será típico (o fato típico está na ilicitude). Para a
teoria dos elementos negativos do tipo o tipo penal é composto de
dois elementos: elementos positivos (expressos) – elementares do tipo
penal – e elementos negativos (implícitos) – causas excludentes de
ilicitude –. Deste modo, para que o fato seja típico, os elementos
negativos não podem existir (a ilicitude está no fato típico).

7. Por teoria da ratio essendi entende-se a fusão entre dois substratos do


conceito analítico de crime, a saber, a tipicidade e a antijuridicidade, sendo
aquela reconhecida como a razão de ser desta; assim, o crime é composto
pelo fato antijurídico (injusto) e pela culpabilidade. (FUNCAB - PC- PA -
Delegado de Polícia).

8. Para a Teoria dos elementos negativos do tipo, os erros incidentes sobre


causas de justificação são considerados erros de tipo. (MPE- PR - MPE- PR
- Promotor de Justiça).

9. Os efeitos das causas excludentes de antijuridicidade se estendem à


esfera extrapenal. (CESPE - DPE- AL - Defensor Público).
10. São causas excludentes de antijuricidade, exceto: desistência voluntária.
(UERR - SETRABES - Agente).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam as


causas excludentes da ilicitude (causas de justificação/dirimentes):

a) legítima defesa;

c) estrito cumprimento de um dever legal;

d) estado de necessidade;

e) exercício regular de um direito.

11. Há excludente de ilicitude em casos de estado de necessidade, legítima


defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular do
direito. (CESPE - PC- CE - Agente de Polícia).

12. Dentre as causas excludentes de ilicitude, incluem- Se o que consta


APENAS em: estado de necessidade; exercício regular de um direito; legítima
defesa. (FCC - Prefeitura de Teresina - PI - Auditor Fiscal).

13. De acordo com o CP, constituem hipóteses de exclusão da


antijuridicidade o estrito cumprimento do dever legal e o estado de
necessidade. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

14. Conforme as normas penais brasileiras, não há crime quando o agente


pratica o fato: Em estrito cumprimento de dever legal; II. Em legítima defesa; III.
No exercício regular de direito; IV. Em estado de necessidade. (IESES - TJ- RO
- Titular de Serviços de Notas e de Registros).

15. Não há crime quando o agente pratica o fato típico descrito na lei penal em
estado de necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal
e no exercício regular de direito. (FCC - SEGEP- MA - Tecnologia da
Informação).
16. Assim como o estado de necessidade e a legítima defesa, o exercício
regular de direito e o estrito cumprimento do dever legal são causas de
exclusão da ilicitude. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA -
Procurador Municipal).

17. O ROL COMPLETO das hipóteses de excludentes de ilicitudes elencadas


no art. 23 do Código Penal são: a legítima defesa, o estado de necessidade, o
estrito cumprimento do dever legal E O EXERCÍCIO REGULAR DE UM
DIREITO. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: O rol completo das hipóteses de excludentes de


ilicitudes elencadas no art. 23 do Código Penal são: a legítima defesa, o
estado de necessidade e o estrito cumprimento do dever legal.

18. Há excludente de ILICITUDE em casos de estado de necessidade, legítima


defesa, exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal.
(CESPE - PC- CE - Agente de Polícia).

Questão original: Há excludente de tipicidade em casos de estado de


necessidade, legítima defesa, exercício regular do direito e estrito
cumprimento do dever legal.

19. São causas excludentes de ILICITUDE o estado de necessidade, a legítima


defesa e o estrito cumprimento do dever legal. (CESPE - STJ - Técnico
Judiciário - Área Administrativa).

Questão original: São causas excludentes de culpabilidade o estado


de necessidade, a legítima defesa e o estrito cumprimento do dever
legal.

20. São exemplos de excludentes de ilicitude a legítima defesa, o estado de


necessidade e o exercício regular de um direito. (CESPE - PC- GO - Escrivão
de Polícia Civil).

Questão original: São exemplos de excludentes de ilicitude a coação


moral irresistível, a legítima defesa, o estado de necessidade e o
exercício regular de um direito.

21. De acordo com o CP, constitui hipótese de exclusão da antijuridicidade o


estado de necessidade. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: De acordo com o CP, constituem hipóteses de


exclusão da antijuridicidade o estado de necessidade e a coação moral
irresistível.

22. De acordo com o CP, constitui hipótese de exclusão da antijuridicidade o


exercício regular de direito. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: De acordo com o CP, constituem hipóteses de


exclusão da antijuridicidade o exercício regular de direito e a
inexigibilidade de conduta diversa.

23. De acordo com o CP, constitui hipótese de exclusão da antijuridicidade a


LEGÍTIMA DEFESA e o estrito cumprimento do dever legal. (CESPE - TJ- DFT
- Juiz de Direito).

Questão original: De acordo com o CP, constituem hipóteses de


exclusão da antijuridicidade a legítima defesa putativa e o estrito
cumprimento do dever legal.

24. De acordo com o CP, NÃO CONSTITUEM hipóteses de exclusão da


antijuridicidade a insignificância da lesão e a inexigibilidade de conduta diversa.
(CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: De acordo com o CP, constituem hipóteses de


exclusão da antijuridicidade a insignificância da lesão e a inexigibilidade
de conduta diversa.

Observação: Enquanto a insignificância da lesão se manifesta como


causa de exclusão da tipicidade material, a inexigibilidade de
conduta diversa se revela como causa de exclusão da culpabilidade.

25. Astrogildo colocou cacos de vidro, visíveis, em cima do muro de sua casa,
para evitar a ação de ladrões. Certo dia, uma criança neles se lesionou ao
pular o muro da casa de Astrogildo para pegar uma bola que ali havia caído.
Nessa situação, ainda que se tratando da defesa de um perigo incerto e ou
remoto, a conduta de Astrogildo restaria acobertada por: excludente da
ilicitude. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

26. O abate de animal para proteger lavouras, ou pomares e rebanhos, da


ação predatória, desde que autorizado pela autoridade competente,
caracteriza excludente de ilicitude. (FCC - Prefeitura de Campinas - SP -
Procurador).

27. As causas de exclusão de antijuridicidade previstas no CP NÃO SÃO


TAXATIVAS. (CESPE - DPE- AL - Defensor Público).

Questão original: As causas de exclusão de antijuridicidade previstas


no CP são taxativas.

Observação: Prevalece o entendimento na doutrina e jurisprudência


que as causas excludentes da ilicitude previstas no Código Penal não
são taxativas, já que é admissível a incidência de causa supralegal
de exclusão da ilicitude, como no caso de consentimento do
ofendido.

28. O consentimento do ofendido é causa de exclusão de ilicitude NÃO


EXPRESSA NO CP. (CESPE - DPE- AL - Defensor Público).

Questão original: O consentimento do ofendido é causa de exclusão


de ilicitude expressa no CP.

Observação: Prevalece na doutrina e jurisprudência que o


consentimento do ofendido se manifesta como causa supralegal de
exclusão da ilicitude. Contudo, para o seu reconhecimento exige- Se o
preenchimento dos requisitos abaixo:

- A vítima deve ser plenamente capaz, e o seu consentimento deve ser


expresso (ou presumido) e livre de qualquer coação, ameaça, paga ou
promessa de pagamento, devendo ocorrer antes, ou, no máximo,
durante a conduta do agente; não deve contrariar os bons
costumes, e o bem jurídico deve ser disponível.

ATENÇÃO: O consentimento, entretanto, não será válido quando for


prestado pelo representante legal de um menor ou incapaz. Além
disso, nos bens jurídicos coletivos, o consentimento de alguns
titulares não tem qualquer relevância jurídica, visto que os titulares são
indeterminados.

29. O consentimento presumido do titular do bem jurídico lesionado tem


natureza de causa supralegal de justificação da ação típica. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).

30. O consentimento do ofendido é uma excludente de antijuridicidade e


poderá ser manifestado ANTES OU DURANTE a conduta do agente. (CESPE -
TRF - 1ª REGIÃO - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: O consentimento do ofendido é uma excludente de


antijuridicidade e poderá ser manifestado antes, durante ou depois da
conduta do agente.

31. Acerca do consentimento real do ofendido, é correto afirmar que: o


consentimento, para ser válido, pressupõe que o titular do bem jurídico atingido
possua capacidade de entendimento quanto ao caráter e à extensão da
autorização. (IBADE - PC- AC - Delegado de Polícia).

32. Acerca do consentimento real do ofendido, é correto afirmar que: quando


posterior, como no caso de ausência de representação do ofendido no crime de
lesão corporal leve, hipótese em que o crime NÃO DEIXA de existir. (IBADE -
PC- AC - Delegado de Polícia).
Questão original: Acerca do consentimento real do ofendido, é correto
afirmar que: quando posterior, como no caso de ausência de
representação do ofendido no crime de lesão corporal leve, hipótese em
que o crime deixa de existir.

33. Acerca do consentimento real do ofendido, é correto afirmar que: se uma


pessoa autoriza que médico aplique determinado medicamento em seu corpo,
suportando efeitos severamente prejudiciais à saúde inerentes ao uso da
substância, os quais desconhecia, o consentimento real NÃO SE MANTÉM
válido, pois NÃO É a vítima quem deve buscar todas as informações sobre as
consequências de sua autorização. (IBADE - PC- AC - Delegado de Polícia).

Questão original: Acerca do consentimento real do ofendido, é correto


afirmar que: se uma pessoa autoriza que médico aplique determinado
medicamento em seu corpo, suportando efeitos severamente
prejudiciais à saúde inerentes ao uso da substância, os quais
desconhecia, o consentimento real se mantém válido, pois é a vítima
quem deve buscar todas as informações sobre as consequências de
sua autorização.

34. A disponibilidade dos bens jurídicos coletivos é LIMITADA e, por isso, a


atipicidade material do fato NÃO PODERÁ decorrer do consentimento de
alguns de seus titulares. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: A disponibilidade dos bens jurídicos coletivos é


ilimitada e, por isso, a atipicidade material do fato poderá decorrer do
consentimento de alguns de seus titulares.

35. Acerca do consentimento real do ofendido, é correto afirmar que: De acordo


com a doutrina de Claus Roxin o consentimento do ofendido exclui a
TIPICIDADE da conduta praticada, jamais recaindo sobre a esfera da
ANTIJURICIDADE. (IBADE - PC- AC - Delegado de Polícia).
Questão original: Acerca do consentimento real do ofendido, é correto
afirmar que: De acordo com a doutrina de Claus Roxin o consentimento
do ofendido exclui a antijuridicidade da conduta praticada, jamais
recaindo sobre a esfera da tipicidade.

DOUTRINA – Em sede doutrinária, para Claus Roxin (penalista


alemão), o consentimento do ofendido sempre exclui a tipicidade, já
que inexiste a tipicidade material, isto é, havendo consentimento, não
há lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico, logo, não existe o desvalor
da ação. (Esse entendimento é minoritário).

36. Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da
análise das excludentes de ilicitudes será punido se o tiver cometido DOLOSA
OU CULPOSAMENTE. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: Segundo o Código Penal, o agente que tenha


cometido excesso quando da análise das excludentes de ilicitudes será
punido apenas se o tiver cometido dolosamente.

37. O agente, em qualquer das hipóteses de exclusão da ilicitude PODE


responder pelo excesso doloso ou culposo. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente
Penitenciário - Superior).

Questão original: O agente, em qualquer das hipóteses de exclusão


da ilicitude não pode responder pelo excesso doloso ou culposo.

38. São excludentes da ilicitude o estado de necessidade e a legítima defesa,


SENDO punível o excesso, se praticado por culpa. (VUNESP - PC- SP -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: São excludentes da ilicitude o estado de


necessidade e a legítima defesa, não sendo punível o excesso, se
praticado por culpa.
39. Sabe- Se que não há crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de um direito, tratando- Se os mencionados institutos de
excludentes de ilicitude. Sobre essa temática, conforme o código penal, afirma-
Se que está o agente, em qualquer das hipóteses de excludente de ilicitude,
responderá pelo excesso doloso OU CULPOSO. (COMPERVE - Câmara de
Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: Sobre essa temática, conforme o código penal,


afirma- Se que está o agente, em qualquer das hipóteses de excludente
de ilicitude, responderá tão somente pelo excesso doloso.

40. Agindo o sujeito ativo em legítima defesa, havendo excesso em sua


conduta, ele responderá pelo excesso se o praticar de forma dolosa OU
CULPOSA. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador
Municipal).

Questão original: Agindo o sujeito ativo em legítima defesa, havendo


excesso em sua conduta, ele somente responderá pelo excesso se o
praticar de forma dolosa, pois não há previsão de responsabilidade
pelo excesso culposo.

41. SERÁ punível o excesso de legítima defesa se a pessoa usar energia


exagerada para repelir uma agressão atual ou iminente, porque, em tais casos,
SE pode exigir do homem médio agir moderadamente MESMO quando tomado
de violenta emoção. (CESPE - PC- GO - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Não será punível o excesso de legítima defesa se a


pessoa usar energia exagerada para repelir uma agressão atual ou
iminente, porque, em tais casos, não se pode exigir do homem médio
agir moderadamente quando tomado de violenta emoção.

42. O excesso de legítima defesa real pode ser determinado por erro de
representação sobre a intensidade da agressão (excesso intensivo) ou sobre
a atualidade de agressão (excesso extensivo). (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).
43. Determinado policial, ao cumprir um mandado de prisão, teve de usar a
força física para conter o acusado. Após a concretização do ato, o policial
continuou a ser fisicamente agressivo, mesmo não havendo a necessidade.
Nessa situação hipotética: o policial excedeu o estrito cumprimento do
dever legal. (CESPE - PC- MA - Escrivão de Polícia Civil).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Não há crime quando o agente age acobertado por alguma causa excludente da
ilicitude, pois apesar de típico o fato não é ilícito (não é contrário ao Direito).

2. As causas gerais de exclusão da ilicitude são: estado de necessidade, legítima


defesa, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito, sendo que o
agente poderá responder pelo excesso doloso ou culposo.

3. O consentimento do ofendido é considerado como causa supralegal de


exclusão da ilicitude, podendo ser admitido quando ocorrer antes ou
simultaneamente à conduta do agente, mas nunca após.

2.19. ESTADO DE NECESSIDADE

Estado de necessidade
Art. 24 - Considera- Se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir- Se.
§1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
§2º - Embora seja razoável exigir- Se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.

1. No Direito Penal brasileiro, o chamado estado de necessidade é: causa de


exclusão de ilicitude. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia
Civil).

2. ► Não há crime quando o agente pratica o fato em estado de


necessidade. (NUCEPE - PC- PI - Agente de Polícia Civil).
3. Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na excludente de ilicitude
denominada estado de necessidade aquele que pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir- Se. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

4. Considera- Se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar


de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir- Se. (VUNESP - PC- CE - Delegado de Polícia).

5. Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, não comete
crime, pois age amparado pelo estado de necessidade. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).

6. O agente que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, age amparado por
qual causa excludente de ilicitude? Estado de necessidade. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Investigador).

7. Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na excludente de ilicitude


denominada estado de necessidade aquele que pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, NÃO ERA
razoável exigir- Se. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na


excludente de ilicitude denominada estado de necessidade aquele que
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, era razoável exigir- Se.

8. ► Considera- Se em estado de necessidade quem pratica o fato para pratica


o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas
circunstâncias, NÃO ERA RAZOÁVEL EXIGIR O SACRIFÍCIO. (VUNESP -
PC- CE - Delegado de Polícia).

Questão original: Considera- Se em estado de necessidade quem


pratica o fato para pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício.

9. Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, NÃO COMETE
CRIME, POIS ESTÁ amparado por causa excludente DA
ILICITUDE. (VUNESP - PC- SP - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir- Se, comete crime, embora esteja amparado por causa
excludente de culpabilidade.

10. Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se, NÃO COMETE
CRIME, POIS ESTÁ amparado por causa excludente DA
ILICITUDE. (VUNESP - PC- SP - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir- Se, comete crime, embora esteja amparado por causa
excludente de punibilidade.

11. Entende-se em ESTADO DE NECESSIDADE quem pratica o fato para


salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico
Legislativo).

Questão original: Entende-se em legítima defesa quem pratica o fato


para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar.

12. Considera- Se em estado de necessidade quem pratica o fato para pratica


o fato para salvar de perigo ATUAL, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas
circunstâncias NÃO ERA RAZOÁVEL EXIGIR O SACRIFÍCIO. (VUNESP - PC-
CE - Delegado de Polícia).

Questão original: Considera- Se em estado de necessidade quem


pratica o fato para pratica o fato para salvar de perigo iminente ou
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja
exigível sacrifício.

Observação: Pela redação do art. 24 do CP, só existe o estado de


necessidade quando o perigo é atual. No entanto, prevalece o
entendimento de que o perigo iminente (aquele prestes a iniciar) se
equivale ao perigo atual, excluindo, deste modo, o crime.

13. NÃO CARACTERIZA- SE o estado de necessidade mesmo diante de


situação de perigo que não seja atual ou iminente. (COPESE - UFPI -
Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Municipal).

Questão original: Caracteriza- Se o estado de necessidade mesmo


diante de situação de perigo que não seja atual ou iminente.

14. Considera- Se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar


de perigo ATUAL, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir- Se. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário -
Superior).

Questão original: Considera- Se em estado de necessidade quem


pratica o fato para salvar de perigo futuro, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se.

15. São requisitos do estado de necessidade o que se afirma APENAS em:


Não provocação voluntária do perigo; Inexistência do dever legal de enfrentar
o perigo; Conhecimento da situação justificante. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO -
Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Observação: Segundo o art. 24 do CP, os requisitos legais do estado


de necessidade são:

- Perigo atual;

- Perigo não provocado voluntariamente pelo agente;

- Ameaça a direito próprio ou alheio;

- Ausência do dever legal de enfrentar o perigo;

- Inevitabilidade do perigo por outro modo;

- Proporcionalidade.

16. Para a configuração do estado de necessidade, o bem jurídico deve ser


exposto a perigo ATUAL, não provocado voluntariamente pelo agente.
(VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Para a configuração do estado de necessidade, o


bem jurídico deve ser exposto a perigo atual ou iminente, não
provocado voluntariamente pelo agente.
17. Há estado de necessidade, quando a pessoa atua diante de um perigo a
que NÃO DEU CAUSA propositalmente. (COPESE - UFPI - Prefeitura de
Teresina - PI - Guarda Municipal).

Questão original: Há estado de necessidade, quando a pessoa atua


diante de um perigo a que deu causa propositalmente.

Observação: De acordo com o texto do art. 24 do CP, exige- Se que o


agente não provoque a situação de perigo por sua vontade, pois, caso
contrário, não poderá ser resguardado pelo estado de necessidade
quando tenha dado causa ao perigo.

18. Um dos pressupostos do estado de necessidade é a demonstração da


inevitabilidade do comportamento, ou seja, a demonstração de que não havia
outra forma de atuar diante da situação de perigo. (COPESE - UFPI -
Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Municipal).

19. NÃO PODE- SE reconhecer o estado de necessidade se havia outro modo


de evitar o perigo. (COPESE - UFPI - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda
Municipal).

Questão original: Pode- Se reconhecer o estado de necessidade se


havia outro modo de evitar o perigo.

Observação: Para a configuração do estado de necessidade, o fato


deve ser praticado como forma indispensável para evitar o perigo.
Caso contrário, se ficar demonstrado que o perigo poderia ser afastado
por outro meio, revelando que o agente deveria ter optado pelo meio
menos danoso, ele responderá pelo crime.

20. Se A, sem habilitação para dirigir, transporta em veículo o acidentado grave


B ao hospital, em alta velocidade, gerando perigo de dano em via pública, A
não pode ser responsabilizado por prática do crime de dirigir veículo em via
pública, sem habilitação (Código de Trânsito Brasileiro, art. 309), por estar
amparado pelo estado de necessidade. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

21. Diego e Júlio César, que exercem a mesma função, estão trabalhando
dentro de um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um
incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma
pequena porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em
razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um
dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Diego, que estava mais
próximo da porta, vai sair, Júlio César, desesperado por ver que se queimaria
se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de
trabalho e passa à sua frente, deixando o armazém. Diego sofre uma queda,
tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair vivo do local. Em
razão do ocorrido, Diego ficou com debilidade permanente de membro.
Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto
afirmar que a conduta de Júlio César: está amparada pelo instituto do
estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude. (FGV - CODEBA -
Advogado).

22. NÃO É POSSÍVEL a invocação do estado de necessidade para aquele que


tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito
Federal - Técnico Legislativo).

Questão original: É possível a invocação do estado de necessidade


mesmo para aquele que tinha o dever legal de enfrentar o perigo.

23. NÃO PODE alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Pode alegar estado de necessidade quem tinha o


dever legal de enfrentar o perigo.

Observação: Segundo o §1º do art. 24 do CP, o agente não pode


alegar o estado de necessidade quando tinha o dever legal de
enfrentar o perigo. De fato, a lei não autoriza o sacrifício do bem
jurídico de outrem, ainda que seja para salvar outro bem, pois (dentro
da normalidade) o agente deve suportar os riscos decorrentes da sua
função.

24. Segundo o previsto no Código Penal, NÃO INCORRERÁ na excludente de


ilicitude denominada estado de necessidade aquele que pratica o fato tendo o
dever legal de enfrentar o perigo, pratica o fato para salvar de perigo atual, que
não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio
ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável se exigir.
(VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na


excludente de ilicitude denominada estado de necessidade aquele que
pratica o fato tendo o dever legal de enfrentar o perigo, pratica o fato
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável se exigir.

25. Sabe- Se que não há crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de um direito, tratando- Se os mencionados institutos de
excludentes de ilicitude. Sobre essa temática, conforme o código penal, afirma-
Se que NÃO PODE alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: Sobre essa temática, conforme o código penal,


afirma- Se que pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever
legal de enfrentar o perigo.

26. NÃO É CARACTERIZADA como estado de necessidade a conduta


praticada por bombeiro para salvar de perigo atual ou iminente, não provocado
por sua vontade, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias,
não era razoável exigir- Se. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito
Criminal).
Questão original: É caracterizada como estado de necessidade a
conduta praticada por bombeiro para salvar de perigo atual ou iminente,
não provocado por sua vontade, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício,
nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se.

27. Em situação que não extrapole os limites legais do exercício de sua


profissão, NÃO PODE o bombeiro militar deixar de socorrer uma pessoa em
perigo alegando estado de necessidade. (COPESE - UFPI - Prefeitura de
Teresina - PI - Guarda Municipal).

Questão original: Em situação que não extrapole os limites legais do


exercício de sua profissão, pode o bombeiro militar deixar de socorrer
uma pessoa em perigo alegando estado de necessidade.

28. No CP brasileiro, a situação correspondente ao estado de necessidade EM


REGRA exclui a ilicitude do fato, CONDUTO, PODE AFETAR a culpabilidade
da conduta. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

Questão original: No CP brasileiro, a situação correspondente ao


estado de necessidade somente exclui a ilicitude do fato, e por isso
não afeta a culpabilidade da conduta.

Observação: Quando o bem sacrificado tem valor menor ou igual ao


bem preservado, verifica- Se o estado de necessidade justificante
(exclui a ilicitude). Caso contrário, sendo o bem sacrificado de valor
superior ao bem preservado, verifica- Se o estado de necessidade
exculpante (pode excluir a culpabilidade em razão da inexigibilidade de
conduta diversa de acordo com o caso em concreto).

29. O Código Penal brasileiro, em razão da adoção da teoria unitária, prevê o


estado de necessidade justificante, mas não prevê o estado de necessidade
exculpante, que assim pode assumir natureza de causa supralegal de
exclusão da culpabilidade, por inexigibilidade de comportamento diverso.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
30. Possidônio, orgulhoso do novo automóvel que acaba de comprar, dirige- Se
até o Bar Amizade para mostrar sua nova aquisição aos seus amigos. Ocorre
que no local se encontrava, um tanto quanto embriagado, a pessoa de Típico.
Este, tomado de intensa inveja de Possidônio, passa a desferir chutes em seu
automóvel. Possidônio, a fim de fazer parar a ação de Típico, agarra uma das
cadeiras de metal do bar e desfere um violento golpe contra as costas de
Típico, fazendo com que este caia desmaiado no solo, com a clavícula
quebrada. Neste caso é correto afirmar que Possidônio agiu em: Estado de
necessidade exculpante, segundo a teoria diferenciadora, excluindo a
culpabilidade. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

31. O estado de necessidade NÃO CONSTITUI causa de exclusão da ilicitude,


se o perigo para o bem salvo pelo agente for putativo. (MPDFT - MPDFT -
Promotor de Justiça).

Questão original: O estado de necessidade constitui causa de


exclusão da ilicitude, se o perigo para o bem salvo pelo agente for
putativo.

Observação: Se o perigo para o bem salvo pelo agente for putativo, é


porque a situação de necessidade não existe concretamente, mas
apenas na imaginação do autor, podendo configurar- Se a ilicitude do
fato (de acordo com o caso em concreto).

32. Há estado de necessidade DEFENSIVO quando a conduta do sujeito atinge


um interesse de quem causou ou contribuiu para a produção da situação de
perigo. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: Há estado de necessidade agressivo quando a


conduta do sujeito atinge um interesse de quem causou ou contribuiu
para a produção da situação de perigo.

Observação: Enquanto no estado de necessidade agressivo o


agente pratica o ato necessitado contra bem jurídico pertencente a um
terceiro inocente, no estado de necessidade defensivo o agente
pratica o ato necessitado contra bem jurídico pertencente ao próprio
sujeito que provocou o perigo.

33. O estado de necessidade agressivo é aquele em que o agente, para


preservar bem jurídico próprio ou de terceira pessoa, pratica o ato necessitado
contra bem jurídico pertencente a terceiro inocente. (PUC- PR - TJ- MS -
Analista Judiciário).

34. O Artigo 23 do Código Penal é claro quando afirma que não há crime nos
casos em que há exclusão da antijuridicidade, como, por exemplo, nos
crimes praticados por estado de necessidade. São exemplos de crimes por
estado de necessidade, EXCETO: Durante uma guerra, soldado mata um
soldado inimigo, no campo de batalha. (SUGEP - UFRPE - UFRPE - Médico
psiquiatra).

Observação: O soldado que mata um soldado inimigo no campo de


batalha durante a guerra, estará acobertado pela excludente de
ilicitude do estrito cumprimento do dever legal, e não estado de
necessidade.

35. Considera- Se em estado de necessidade, o qual exclui a ilicitude, apenas


quem pratica o fato típico para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- Se. Se, porém, era
razoável exigir- Se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas
e de Registros).

36. Sabe- Se que não há crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de um direito, tratando- Se os mencionados institutos de
excludentes de ilicitude. Sobre essa temática, conforme o código penal, afirma-
Se que: no estado de necessidade, embora seja razoável exigir- Se o
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
terços. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Não há crime quando o agente pratica o fato em estado de necessidade, isto é,


para salvar de perigo atual (e jamais futuro), que não provocou por sua vontade,
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir- Se, manifestando- Se como causa
excludente da ilicitude.

2. O agente que tinha o dever legal de enfrentar o perigo não poderá alegar o
estado de necessidade, tendo em vista o seu dever de suportar os riscos
decorrentes da sua função.

2.20. LEGÍTIMA DEFESA

Legítima defesa

Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos


meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou
de outrem.

Parágrafo único - Observados os requisitos do caput deste artigo,


considera- Se também em legítima defesa o agente de segurança pública
que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém
durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote
Anticrime).

1. Está em legítima defesa aquele que repele injusta agressão, atual ou


iminente, a direito seu ou de outrem, usando moderadamente dos meios
necessários. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador
Municipal).

2. Quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta


agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, age em legítima
defesa. (IBADE - SEPLAG- SE - Guarda de Segurança).
3. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, à sua integridade física
ou de outrem. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Entende-se em legítima defesa apenas quem,


usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, à sua integridade física ou de outrem.

Observação: A legítima defesa não atinge apenas a integridade física,


já que qualquer bem jurídico pode ser defendido e alcançado por essa
justificante, tais como a vida, o patrimônio, a honra, etc.

4. De acordo com o art. 25, do Código Penal, os requisitos da legítima defesa


são: a AGRESSÃO INJUSTA, atual ou iminente e a UTILIZAÇÃO
MODERADA dos meios necessários para repelir esta agressão. (VUNESP -
TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: De acordo com o art. 25, do Código Penal, os


requisitos da legítima defesa são: a agressão atual ou iminente e a
utilização dos meios necessários para repelir esta agressão.

Observação: São requisitos da legítima defesa:

1º - Agressão injusta + atual ou iminente + contra direito próprio ou


alheio;

2º - Uso moderado dos meios necessários.

5. O reconhecimento da legítima defesa pressupõe que seja demonstrado que


o agente agiu contra agressão injusta atual ou iminente nos limites
necessários para fazer cessar tal agressão. (VUNESP - PC- BA - Investigador
de Polícia Civil).

6. A legítima defesa deve ser dirigida somente contra o agressor e não contra
terceiros. (COPESE - UFPI - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Municipal).
7. Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na excludente de ilicitude
denominada LEGÍTIMA DEFESA aquele que pratica o fato usando
moderadamente dos meios necessários, para repelir injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia
Civil).

Questão original: Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na


excludente de ilicitude denominada estado de necessidade aquele que
pratica o fato usando moderadamente dos meios necessários, para
repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

8. Entende-se em legítima defesa quem, USANDO MODERADAMENTE DOS


MEIOS NECESSÁRIOS, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito
seu ou de outrem. (MPE- RS - MPE- RS - Secretário de Diligências).

Questão original: Entende-se em legítima defesa quem repele injusta


agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
9. Na legítima defesa, pode- Se utilizar MODERADAMENTE DOS MEIOS
NECESSÁRIOS à disposição para repelir ataque injusto. (COPESE - UFPI -
Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Municipal).

Questão original: Na legítima defesa, pode- Se utilizar de qualquer


meio à disposição para repelir ataque injusto.

10. Sabe- Se que não há crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de um direito, tratando- Se os mencionados institutos de
excludentes de ilicitude. Sobre essa temática, conforme o código penal, afirma-
Se que está em legítima defesa quem, usando MODERADAMENTE dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu.
(COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: Sobre essa temática, conforme o código penal,


afirma- Se que está em legítima defesa quem, usando
imoderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual
ou iminente, a direito seu.

11. Um dos requisitos para sua caraterização consiste na necessidade que a


injusta agressão seja atual OU iminente. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de
Polícia).

Questão original: Um dos requisitos para sua caraterização consiste


na necessidade que a injusta agressão seja atual e não apenas
iminente.

12. A reação defensiva na legítima defesa não exige que o fato seja previsto
como crime, mas deve ser no mínimo um ato ilícito em sentido amplo. (MPE-
BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: Para que se configure a legítima defesa, a agressão


deve ser injusta, isto é, de natureza ilícita (contrário ao direito).
Dessa forma, a agressão será considerada injusta na situação em que
o ofendido não seja obrigado a suportá- La, independentemente se tal
agressão esteja prevista ou não como crime.

13. No que diz respeito às causas de exclusão da ilicitude, é possível alegar


legítima defesa contra quem pratica conduta acobertada por uma dirimente de
culpabilidade, como, por exemplo, coação moral irresistível. (CESPE - TCU
- Auditor Federal de Controle Externo).

14. Os conceitos de ilicitude e injusto SE DISTINGUEM uma vez que O


INJUSTO não dispensa contrariedade ao ordenamento jurídico. (MPE- BA -
MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: Os conceitos de ilicitude e injusto não se distinguem


uma vez que ambos não dispensam contrariedade ao ordenamento
jurídico.

Observação: De fato, não se pode confundir o conceito de ilícito e


injusto. Enquanto a ilicitude corresponde a contrariedade entre um
fato típico e todo o ordenamento jurídico, o injusto representa a
contrariedade entre o fato típico e a compreensão da sociedade
acerca da justiça.

15. Considera- Se a existência da legítima defesa somente quando se está


diante de uma injusta agressão. (COPESE - UFPI - Prefeitura de Teresina - PI
- Guarda Municipal).

16. O uso moderado dos meios necessários para repelir uma agressão
consiste em um dos requisitos para caracterização da legítima defesa, DESDE
QUE A AGRESSÃO SEJA INJUSTA. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de
Polícia).

Questão original: O uso moderado dos meios necessários para repelir


uma agressão consiste em um dos requisitos para caracterização da
legítima defesa, ainda que essa agressão seja justa.
17. A legítima defesa não resta caracterizada se for praticada contra uma
agressão justa, ainda que observados os demais requisitos para sua
caracterização. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

18. Considera- Se requisito da legítima defesa: defesa de direito próprio


(legítima defesa própria) ou de terceiros (legítima defesa de terceiros).
(COPESE - UFPI - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Municipal).

Observação: Enquanto na legítima defesa própria o sujeito defende


bens jurídicos de sua titularidade, na legítima defesa de terceiro a
defesa se destina a bens jurídicos alheios.

19. Com relação à legítima defesa, segundo o disposto no Código Penal, é


correto afirmar que um dos requisitos para sua caracterização consiste na
exigência de que a repulsa à injusta agressão seja realizada contra direito seu
OU DIREITO ALHEIO. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Com relação à legítima defesa, segundo o disposto


no Código Penal, é correto afirmar que um dos requisitos para sua
caracterização consiste na exigência de que a repulsa à injusta
agressão seja realizada contra direito seu, tendo em vista que se for
praticada contra o direito alheio estar- Se-á diante de estado de
necessidade.

20. Durante o cumprimento de um mandado de prisão a determinado indivíduo,


este atirou em um investigador policial, o qual, revidando, atingiu fatalmente o
agressor. Nessa situação hipotética, a conduta do investigador configura:
legítima defesa própria. (CESPE - PC- MA - Investigador de Polícia Civil).

21. Situação hipotética: Um oficial de justiça detentor de porte de arma de fogo,


ao proceder à citação de um réu em processo criminal, foi por este recebido a
tiros e acabou desferindo um disparo letal contra o seu agressor. Assertiva:
Nessa situação, a conduta do oficial de justiça está abarcada por uma
excludente de ILICITUDE representada pela LEGÍTIMA DEFESA (PRÓPRIA).
(CESPE - STJ - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: Nessa situação, a conduta do oficial de justiça está


abarcada por uma excludente de culpabilidade representada pela
inexigibilidade de conduta diversa.

22. No caso de legítima defesa ou estado de necessidade de terceiros, NÃO É


IMPRESCINDÍVEL a prévia autorização destes para que a conduta do agente
não seja ilícita. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: No caso de legítima defesa ou estado de


necessidade de terceiros, é imprescindível a prévia autorização destes
para que a conduta do agente não seja ilícita.

23. A legítima defesa de outrem EM DETERMINADOS CASOS DEPENDE da


vontade de defesa, expressa ou presumida, do agredido. (MPE- PR - MPE- PR
- Promotor de Justiça).
Questão original: A legítima defesa de outrem independe da vontade
de defesa, expressa ou presumida, do agredido.

Observação: Em regra, no que diz respeito à legítima defesa de


terceiro, não se exige o consentimento da vítima para a proteção de
uma agressão injusta. Contudo, tal afirmação não é absoluta, pois em
se tratando de bem jurídico disponível, é necessário o consentimento
do ofendido (se for possível a sua obtenção) para que o agente possa
atuar em sua defesa.

24. A ação ou a omissão de ação, determinante de agressão injusta, atual ou


iminente, a bem jurídico próprio ou de terceiro, autoriza a legítima defesa, E a
ação imprudente, determinante de igual agressão, TAMBÉM AUTORIZA a
legítima defesa, NÃO PODENDO, eventualmente, autorizar causa de
justificação diversa. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: A ação ou a omissão de ação, determinante de


agressão injusta, atual ou iminente, a bem jurídico próprio ou de
terceiro, autoriza a legítima defesa, mas a ação imprudente,
determinante de igual agressão, não autoriza a legítima defesa,
podendo, eventualmente, autorizar causa de justificação diversa.

Observação: É perfeitamente possível a legítima defesa contra ação


imprudente (ação culposa), pois o importante para a sua configuração
é o caráter injusto da agressão, pouco importando se esta agressão
ocorreu de forma dolosa ou culposa.

25. A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas É


APLICÁVEL AINDA QUE o agente tenha tido a possibilidade de fugir da
agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento. (CESPE -
AGU - Advogado da união).

Questão original: A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da


conduta, mas não é aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade
de fugir da agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu
enfrentamento.

Observação: Se o agente estiver em situação de legítima defesa, a lei


não o obriga a fugir da injusta agressão (mesmo que haja essa
possibilidade), visto que o direito não obriga ninguém a ser covarde.

26. Que NÃO É condição para o reconhecimento da legítima defesa que ao


agente não seja possível furtar- Se à agressão ao seu direito. (FUNDEP -
Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de Justiça).

Questão original: Que é condição para o reconhecimento da legítima


defesa que ao agente não seja possível furtar- Se à agressão ao seu
direito.

27. Não há que se falar em legítima defesa se uma pessoa se defende de um


animal raivoso que a ataca na rua. (COPESE - UFPI - Prefeitura de Teresina -
PI - Guarda Municipal).

Observação: Se o perigo atual for originário da própria natureza ou de


seres irracionais, não há que se falar em legítima defesa, mas sim em
estado de necessidade. Entretanto, se o animal tiver sido provocado
por alguém para atacar outra pessoa, estará caracterizada a legítima
defesa, já que o animal serviu como um “mero instrumento” (pelo
agressor) para a prática do crime.

28. A legítima defesa sucessiva é ADMISSÍVEL como causa excludente de


ilicitude da conduta. (CESPE - TRE- MT - Analista).

Questão original: A legítima defesa sucessiva é inadmissível como


causa excludente de ilicitude da conduta.

Observação: A legítima defesa sucessiva se verifica quando o sujeito


reage contra alguém que, agindo (inicialmente) em legítima defesa,
acaba atuando em excesso. Neste momento, como o excesso
representa uma agressão injusta, a reação do agredido se torna
legítima.

29. É incabível a legítima defesa contra legítima defesa real, estado de


necessidade real, exercício regular de direito ou estrito cumprimento de dever
legal. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Observação: Não é cabível a legítima defesa contra legítima defesa


real (legítima defesa recíproca), pois para configurar- Se a legítima
defesa é necessário que a agressão seja injusta. Assim, se a agressão
de um dos envolvidos é injusta, por óbvio, a reação do outro será justa.
Nesta lógica, por razões idênticas em relação à impossibilidade da
legítima defesa real recíproca, não é admissível a relação de legítima
defesa real com o estado de necessidade real, com o exercício
regular de direito ou estrito cumprimento de dever legal real, visto
que se a outra excludente é real, não há que se falar em agressão
injusta (que é pressuposto da legítima defesa), não autorizando, por
consequência, a legítima defesa.

30. Que o direito penal reconhece a legítima defesa sucessiva, MAS NÃO a
recíproca. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de Justiça).
Questão original: Que o direito penal reconhece a legítima defesa
sucessiva e também a recíproca.

31. Legítima defesa subjetiva é O EXCESSO AOS LIMITES DA LEGÍTIMA


DEFESA. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: Legítima defesa subjetiva é a repulsa contra o


excesso.

Observação: A legítima defesa subjetiva (excessiva ou “excesso


acidental”) se verifica quando o agente acaba se excedendo nos
limites da legítima defesa, por erro de tipo escusável.
32. QUANDO esteja demonstrada a ocorrência de legítima defesa, NÃO É
possível a aplicação da medida de segurança ao agente inimputável, em razão
de O FATO NÃO SER CRIME. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico- Legista).

Questão original: Ainda que esteja demonstrada a ocorrência de


legítima defesa, é possível a aplicação da medida de segurança ao
agente inimputável, em razão de seu elevado grau de periculosidade.

33. Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa


Catarina para realizar intimação de morador do local. Quando chega à rua,
porém, depara- Se com a situação em que um inimputável em razão de doença
mental está atacando com um pedaço de madeira uma jovem de 22 anos que
apenas caminhava pela localidade. Verificando que a vida da jovem estava em
risco e não havendo outra forma de protegê- La, pega um outro pedaço de pau
que estava no chão e desfere golpe no inimputável, causando lesão corporal
de natureza grave. Com base apenas nas informações narradas, é correto
afirmar que, de acordo com a doutrina majoritária, a conduta do Oficial de
Justiça: Não configura crime, em razão da legítima defesa. (FGV - TRT - 12ª
Região (SC) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

34. O policial que, munido de mandado de buscas, reage à injusta agressão e


acaba por matar meliante que não atendeu à sua ordem para entregar a arma
que possuía e apontava em sua direção, inclusive efetuando um disparo para
alvejá- Lo, age em LEGÍTIMA DEFESA. (PUC- PR - TJ- MS - Analista
Judiciário).

Questão original: O policial que, munido de mandado de buscas,


reage à injusta agressão e acaba por matar meliante que não atendeu à
sua ordem para entregar a arma que possuía e apontava em sua
direção, inclusive efetuando um disparo para alvejá- Lo, age em estrito
cumprimento de um dever legal.

Observação: De acordo com a assertiva em apreço, o policial somente


alvejou o bandido em face da injusta agressão sucedida. Por isso, se
não ocorresse flagrante situação de legítima defesa, tal policial jamais
estaria acobertado pelo estrito cumprimento de dever legal, pois não tem
o dever legal de atirar em ninguém, seja meliante ou não.

35. Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou


injustamente Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos.
Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o
consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial
de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos,
armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no
local antes mesmo de ser socorrida. Acerca dessa situação hipotética, julgue o
próximo item: Carlos DEVE RESPONDER PELO CRIME DE
HOMICÍDIO. (CESPE - PC- SE - Delegado de Polícia).

Questão original: Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo


item. Carlos agiu sob o pálio da excludente de legítima defesa
justificante.

Observação: Enquanto as causas excludentes da culpabilidade são


chamadas de exculpantes, as causas que excluem a ilicitude
(antijuricidade) são denominadas de justificantes. Desta forma, a
legítima defesa justificante nada mais é do que a autêntica legítima
defesa (causa excludente da ilicitude). Neste caso, restou demostrado
que o agente não agiu em legítima defesa justificante, muito pelo
contrário, Carlos retornou ao local quarenta minutos após a agressão
com o propósito de matar Paula sob a influência de emoção extrema.

36. A utilização da legítima defesa por B contra agressão injusta e atual


realizada por A, bêbado evidente, com capacidade psicomotora comprometida
pelo consumo do álcool, está condicionada a limitações ético- Sociais, que
definem a permissibilidade de defesa. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

37. O policial A realiza certeiro disparo letal em B, que horas antes praticara
latrocínio em agência bancária, e assim impede que este consiga fugir em
direção à fronteira, com todo o dinheiro subtraído: a ação de homicídio do
policial A não pode ser amparada por qualquer justificante. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Não há crime quando o agente pratica o fato em legítima defesa, isto é, quando o
sujeito se utiliza moderadamente dos meios necessários (se imoderadamente,
responde pelo excesso), repelindo injusta agressão (dolosa ou culposa), atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem, manifestando- Se como causa excludente da
ilicitude.

2.21. ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL E


EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO

1. O estrito cumprimento do dever legal é causa legal de exclusão da


ilicitude. (MPE- RS - MPE- RS - Secretário de Diligências).

2. Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um mandado de condução


coercitiva expedido pela autoridade judiciária competente, submeteu, embora
temporariamente, um cidadão a situação de privação de liberdade. Assertiva:
Nessa circunstância, a conduta do policial está abarcada por uma excludente
de ilicitude representada pelo ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL.
(CESPE - STJ - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: Nessa circunstância, a conduta do policial está


abarcada por uma excludente de ilicitude representada pelo exercício
regular de direito.

3. Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de


fogo, policiais rodoviários federais foram comunicados de que o autor do delito
se evadira por rodovia federal em um veículo cuja placa e características foram
informadas. O veículo foi abordado por policiais rodoviários federais em um
ponto de bloqueio montado cerca de 200 km do local do delito e que os
policiais acreditavam estar na rota de fuga do homicida. Dada voz de prisão ao
condutor do veículo, foi apreendida arma de fogo que estava em sua posse e
que, supostamente, tinha sido utilizada no crime. Considerando essa situação
hipotética, julgue o seguinte item. Quanto ao sujeito ativo da prisão, o flagrante
narrado é classificado como obrigatório, hipótese em que a ação de prender e
as eventuais consequências físicas dela advindas em razão do uso da força se
encontram abrigadas pela excludente de ilicitude denominada ESTRITO
CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL. (CESPE - PRF - Policial Rodoviário
Federal - Superior).

Questão original: Quanto ao sujeito ativo da prisão, o flagrante narrado


é classificado como obrigatório, hipótese em que a ação de prender e
as eventuais consequências físicas dela advindas em razão do uso da
força se encontram abrigadas pela excludente de ilicitude denominada
exercício regular de direito.

4. O oficial de justiça encontra- Se em ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER


LEGAL ao cumprir mandado de reintegração de posse de bem imóvel de
propriedade de banco público, com ordem de arrombamento, desocupação e
imissão de posse. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador).

Questão original: O oficial de justiça encontra- Se em exercício


regular de direito ao cumprir mandado de reintegração de posse de
bem imóvel de propriedade de banco público, com ordem de
arrombamento, desocupação e imissão de posse.

5. Morador não aceita que funcionário público, cumprindo ordem de juiz


competente, adentre em sua residência para realizar busca e apreensão. Se o
funcionário autorizar o arrombamento da porta e a entrada forçada, NÃO
RESPONDERÁ pelo crime de violação de domicílio, POIS AGIU
ACOBERTADO PELO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER
LEGAL. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Morador não aceita que funcionário público,


cumprindo ordem de juiz competente, adentre em sua residência para
realizar busca e apreensão. Se o funcionário autorizar o arrombamento
da porta e a entrada forçada, responderá pelo crime de violação de
domicílio.

6. Policial militar, em patrulhamento de rotina, se depara com “perigoso


assaltante”, seu desafeto, que já havia cumprido pena por diversos roubos.
Imediatamente, o policial dá voz de prisão ao indivíduo que, incontinente, inicia
uma fuga. Nesse instante, o miliciano descarrega sua arma, efetuando disparos
em direção do fugitivo que é atingido pelas costas. Dois dias após o ocorrido, o
“perigoso assaltante” entra em óbito em razão da lesão sofrida. A conduta do
policial caracteriza: homicídio qualificado. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor
de Justiça).

Observação: O policial não tem o dever legal de atirar em qualquer


pessoa, seja bandido ou não. Na verdade, só deve agir assim para
repelir injustas agressões atuais ou iminentes que ocorrem no meio
social. Por isso, se a situação não envolver legítima defesa (própria
ou de terceiro), o policial que atira no bandido não estará acobertado
pelo estrito cumprimento de dever legal, incorrendo em crime.

7. ► Afim de produzir prova em processo penal, o Juiz de Direito de


determinada comarca encaminha requisição à Delegacia de Polícia local,
ordenando que seja realizada busca domiciliar noturna na casa de um réu. O
Delegado de Polícia designa, assim, uma equipe de agentes para o
cumprimento da medida, sendo certo que um dos agentes questiona a
legalidade do ato, dado o horário de seu cumprimento. O Delegado confirma a
ilegalidade. No entanto, sustenta que a diligência deve ser realizada, uma vez
que há imposição judicial para seu cumprimento. Com base apenas nas
informações constantes do enunciado, caso os agentes efetivem a busca
domiciliar noturna: AGIRÃO CRIMINOSAMENTE, UMA VEZ QUE A ORDEM É
MANIFESTAMENTE ILEGAL. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia).

Questão original: Com base apenas nas informações constantes do


enunciado, caso os agentes efetivem a busca domiciliar noturna: não
agirão criminosamente, uma vez que atuam no estrito
cumprimento do dever legal.

8. O estrito cumprimento do dever legal é perfeitamente compatível com os


crimes dolosos, MAS NÃO CULPOSOS. (VUNESP - PC- BA - Investigador de
Polícia Civil).

Questão original: O estrito cumprimento do dever legal é perfeitamente


compatível com os crimes dolosos e culposos.

Observação: De fato, o estrito cumprimento de dever legal não pode


ser compatível com os crimes culposos, já que a lei não obriga
ninguém (particular ou funcionário público) a agir com imprudência,
negligência ou imperícia.

EXERCÍCIO REGULAR DE
DIREITO

9. Não há crime quando o agente pratica o fato no exercício regular de


direito. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo).

10. ► Ângelo Asdrúbal, reconhecido mundialmente como notável lutador de


boxe, já tendo sido campeão brasileiro e vice- Campeão mundial na categoria
de pesos médios ligeiros, em uma luta com Custódio na busca pela indicação
para disputa do cinturão de campeão, obedecendo rigorosamente às regras do
esporte lhe desfere diversos socos, os quais vêm a causar lesões gravíssimas
em seu adversário (Custódio), ocasionando a morte. Analisando o caso
proposto, pode- Se afirmar que Ângelo: não será responsabilizado por ter
agido em exercício regular de direito. (FUNCAB - PC- AC - Perito Criminal).

11. Caio, lutador de boxe, durante uma luta em que seguia as regras
desportivas, atinge região vital de Tício, causando- Lhe a morte. Ante a
gravidade da situação fática, a violência ENCONTRA amparo em causa de
exclusão da ilicitude, NÃO DEVENDO Caio responder pela morte causada,
POIS AGIU NO EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. (FUMARC - PC- MG -
Delegado de Polícia).
Questão original: Caio, lutador de boxe, durante uma luta em que
seguia as regras desportivas, atinge região vital de Tício, causando-
Lhe a morte. Ante a gravidade da situação fática, a violência não
encontra amparo em nenhuma causa de exclusão da ilicitude,
devendo Caio responder pela morte causada.
12. NÃO DEVE responder pelo crime de constrangimento ilegal aquele que não
sendo autoridade policial prender agente em flagrante delito, POIS AGIU
ACOBERTADO PELO EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. (VUNESP - PC-
BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Deve responder pelo crime de constrangimento


ilegal aquele que não sendo autoridade policial prender agente em
flagrante delito.

Observação: Tendo em vista que a lei faculta qualquer pessoa o


direito de prender alguém que esteja em flagrante delito (flagrante
facultativo), o agente não pode responder por crime algum, pois estará
acobertado pelo exercício regular de direito. Ainda, é importante
destacar que as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito (flagrante
obrigatório ou compulsório) e, por consequência, agem em estrito
cumprimento de dever legal.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Não há crime quando o agente pratica o fato em estrito cumprimento de dever


legal ou exercício regular de direito, pois constituem causas excludentes da
ilicitude.

2.22. CULPABILIDADE

1. A CULPABILIDADE é definida como a reprovabilidade ou o juízo de censura


que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do responsável pela
conduta criminosa. (CESPE - PC- MA - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: A imputabilidade é definida como a reprovabilidade
ou o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da
vontade do responsável pela conduta criminosa.

Observação: A culpabilidade nada mais é do que o juízo de


reprovação (censura) que recai sobre a conduta (típica e ilícita)
praticada pelo agente.

2. A CULPABILIDADE compreende o juízo de censura que incide sobre a


formação e a exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e
ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de imposição de pena. (CESPE
- PC- MA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O princípio da legalidade compreende o juízo de


censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do
responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a
necessidade de imposição de pena.

3. A doutrina dominante define CULPABILIDADE como um juízo de


reprovação pessoal que recai sobre o autor do crime, que opta em praticar atos
ou omissões de forma contrária ao Direito. (VUNESP - TJ- SP - Administrador).

Questão original: A doutrina dominante define tipicidade como um


juízo de reprovação pessoal que recai sobre o autor do crime, que opta
em praticar atos ou omissões de forma contrária ao Direito.

4. Em relação à estrutura analítica do crime, o juízo da culpabilidade avalia: a


reprovabilidade da conduta (CESPE - MPE- PI - Promotor de Justiça).

5. A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ao lado da


potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de
conduta diversa. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente
Jurídico).
6. Os elementos imputabilidade, potencial consciência da ilicitude,
EXIGIBILIDADE de conduta diversa são requisitos da culpabilidade penal.
(CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito Criminal).

Questão original: Os elementos imputabilidade, potencial consciência


da ilicitude, inexigibilidade de conduta diversa e punibilidade são
requisitos da culpabilidade penal.

Observação: A culpabilidade é composta por três elementos:


imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de
conduta diversa. Deste modo, as causas que ensejam a exclusão da
culpabilidade (exculpantes/dirimentes) são:

- Inimputabilidade;

- Erro de Proibição (inevitável);

- Inexigibilidade de conduta diversa.

ATENÇÃO: Considerando que a exigibilidade de conduta diversa


representa um princípio geral da culpabilidade, visto que não há
legitimidade para a punição de condutas inevitáveis, a doutrina
menciona causas supralegais que podem ensejar a exclusão da
culpabilidade (a depender do caso em concreto), tais como: a
desobediência civil, a cláusula de consciência, a legítima defesa
provocada, o excesso de legítima defesa exculpante, o estado de
necessidade exculpante e o conflito de interesses.

7. A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade são causas


excludentes DA CULPABILIDADE. (CESPE - PC- CE - Agente de Polícia).

Questão original: A inexigibilidade de conduta diversa e a


inimputabilidade são causas excludentes de tipicidade.
8. São excludentes de culpabilidade: inimputabilidade, coação MORAL
irresistível e obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal.
(CESPE - PC- GO - Agente de Polícia).

Questão original: São excludentes de culpabilidade: inimputabilidade,


coação física irresistível e obediência hierárquica de ordem não
manifestamente ilegal.

9. A desobediência civil e a cláusula de consciência são exemplos de


causas de exclusão de culpabilidade. (CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

10. De acordo com o critério da generalização, as diferenças de capacidade


individual, como inteligência, escolaridade e habilidades, são avaliadas
APENAS na culpabilidade, mas NÃO CONSIDERADAS já no tipo de injusto.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: De acordo com o critério da generalização, as


diferenças de capacidade individual, como inteligência, escolaridade e
habilidades, não são avaliadas na culpabilidade, mas consideradas já
no tipo de injusto.

11. A teoria que aponta e evidencia a parcela de responsabilidade que deve


ser atribuída à sociedade quando da prática de determinadas infrações penais
pelos seus cidadãos é chamada de teoria: Da coculpabilidade. (IDECAN -
SEJUC- RN - Agente Penitenciário - Superior).

12. A capacidade penal e a imputabilidade são pressupostos ou requisitos


fundamentais do juízo de culpabilidade, mas SE distinguem. (MPE- BA - MPE-
BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A capacidade penal e a imputabilidade são


pressupostos ou requisitos fundamentais do juízo de culpabilidade, mas
não se distinguem.
ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A culpabilidade se identifica como um juízo de reprovação (censura) que recai


sobres a conduta (típica e ilícita) praticada pelo agente. Deste modo, são seus
elementos: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de
conduta diversa.

2. São as causas de exclusão da culpabilidade (exculpantes/dirimentes):


inimputabilidade, erro de proibição (inevitável) e inexigibilidade de conduta diversa.

2.23. ERRO DE PROIBIÇÃO

Erro sobre a ilicitude do fato

Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se


inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí- La de um sexto a um terço.

Parágrafo único - Considera- Se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a


consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou
atingir essa consciência.

1. O erro de proibição evitável exclui a culpabilidade. (CESPE - STM -


Analista Judiciário - Área Judiciária).

2. No Direito Penal brasileiro, o erro de proibição exclui a CULPABILIDADE,


tornando a conduta atípica. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: No Direito Penal brasileiro, o erro de proibição exclui


o dolo, tornando a conduta atípica.

3. O erro de proibição é causa excludente DA CULPABILIDADE. (CESPE -


PC- CE - Agente de Polícia).

Questão original: O erro de proibição é causa excludente de ilicitude.

4. Na sistemática brasileira penal, o erro de proibição inevitável afasta a


CULPABILIDAE DO AGENTE. (CESPE - TCU - Procurador).

Questão original: Na sistemática brasileira penal, o erro de proibição


inevitável afasta a ilicitude da conduta.

5. O ERRO DE PROIBIÇÃO exclui a culpabilidade do agente, uma vez que


ausente o conhecimento da antijuridicidade do fato por ele praticado. (MPE-
MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).

Questão original: O erro de tipo exclui a culpabilidade do agente, uma


vez que ausente o conhecimento da antijuridicidade do fato por ele
praticado.

6. O erro sobre a ilicitude do fato exclui a culpabilidade, por POTENCIAL


CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE. (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito).

Questão original: O erro sobre a ilicitude do fato exclui a culpabilidade,


por não exigibilidade de conduta diversa.

7. “O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato,


se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí- La de um sexto a
um terço.” (VUNESP - Prefeitura de Guarulhos - SP - Fiscal de Rendas).

8. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato,


se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí- La de 1/6 (um
sexto) a 1/3 (um terço). (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário -
Superior).

9. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se


INEVITÁVEL, isenta de pena; se EVITÁVEL, poderá diminuí- La de um sexto a
um terço. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).

Questão original: O desconhecimento da lei é inescusável. O erro


sobre a ilicitude do fato, se evitável, isenta de pena; se inevitável,
poderá diminuí- La de um sexto a um terço.

Observação: No erro de proibição o erro recai sobre a ilicitude do


fato, isto é, o agente pratica um fato criminoso (conhecendo a realidade
fática), mas acredita que tal fato não é proibido.

- Erro de proibição inevitável (desculpável, escusável, invencível): o


agente não tinha condições de compreender o caráter ilícito do fato –
exclui a culpabilidade, pois ausente a potencial consciência da
ilicitude.
- Erro de proibição evitável (indesculpável, inescusável, vencível): o
agente tinha condições de compreender o caráter ilícito do fato –
responde pelo crime, com diminuição de pena (de 1/6 a 1/3).

10. O desconhecimento da lei penal é inescusável, MAS PODE ATENUAR a


pena do condenado. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).

Questão original: O desconhecimento da lei penal é inescusável, não


atenuando a pena do condenado.

11. O desconhecimento da lei é INESCUSÁVEL, CONTUDO, PODE


ATENUAR A PENA DO RÉU. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

Questão original: O desconhecimento da lei é escusável, ou seja,


isento de pena.

12. O desconhecimento da lei EVITÁVEL atenua a pena. (CONSUPLAN - TJ-


MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: O desconhecimento da lei, evitável ou inevitável,


atenua a pena.

13. NÃO EQUIPARAM- SE, quanto às consequências jurídicas, o erro que


recai sobre a ilicitude do fato e a confissão espontânea da autoria do crime.
(CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Equiparam- Se, quanto às consequências jurídicas,


o erro que recai sobre a ilicitude do fato e a confissão espontânea da
autoria do crime.

Observação: Enquanto o erro de proibição inevitável exclui a


culpabilidade, e o erro evitável constitui- Se como causa de
diminuição da pena (de 1/6 a 1/3) aplicável na terceira fase da
dosimetria de pena, a confissão espontânea manifesta- Se como
atenuante genérica, incidindo na segunda fase da dosimetria da pena.

14. O erro de proibição não exclui o dolo, mas afasta a culpabilidade do


agente, quando escusável, e reduz a pena de um sexto a um terço, quando
inescusável, atenuando a culpabilidade. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de
Freitas - BA - Procurador Municipal).

15. O erro sobre a ilicitude do fato pode, conforme o caso, isentar o agente
de pena ou levar à aplicação de causa de diminuição de pena. (MPDFT -
MPDFT - Promotor de Justiça).

16. O erro sobre A ILICITUDE DO FATO, previsto no artigo 20 do Código


Penal, se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, poderá diminuir a
pena de um sexto a um terço. (FCC - MPE- PB - Promotor de Justiça).

Questão original: O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo


20 do Código Penal, se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável,
poderá diminuir a pena de um sexto a um terço.

17. A conduta típica será inteiramente desculpável e será excluída a


culpabilidade quando o erro inevitável recair sobre: a ilicitude do fato.
(CESPE - SEFAZ- RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual).

18. De acordo com o Código Penal, o erro sobre a ilicitude do fato, se


inevitável: isenta o agente de pena. (FEPESE - PC- SC - Agente de Polícia).

19. No Direito Penal brasileiro, o erro sobre a ilicitude do fato isenta o agente
de pena quando INEVITÁVEL. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
Questão original: No Direito Penal brasileiro, o erro sobre a ilicitude do
fato isenta o agente de pena quando evitável.

20. Considera- Se inevitável o erro se o agente atua sem a consciência da


ilicitude do fato, quando lhe era impossível, nas circunstâncias, ter ou atingir
essa consciência. (FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).
21. Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na excludente de ilicitude
denominada ERRO DE PROIBIÇÃO INEVITÁVEL aquele que atua ou se omite
sem a consciência da ilicitude do fato, quando não lhe era possível, nas
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (VUNESP - PC- CE - Escrivão
de Polícia Civil).

Questão original: Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na


excludente de ilicitude denominada estado de necessidade aquele que
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando não lhe
era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

22. Tocante ao erro ESCUSÁVEL pode- Se afirmar que nele incide qualquer
homem prudente e de discernimento e, na modalidade inescusável direta o
sujeito conhece o mandamento proibitivo. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

Questão original: Tocante ao erro inescusável pode- Se afirmar que


nele incide qualquer homem prudente e de discernimento e, na
modalidade inescusável direta o sujeito conhece o mandamento
proibitivo.

23. O erro inescusável sobre a ilicitude do fato constitui causa de


diminuição da pena. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

24. O erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, PODERÁ DIMINUÍ- LA DE UM


SEXTO A UM TERÇO. (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito).
Questão original: O erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, isenta de
pena.

25. É considerado erro evitável, capaz de reduzir a pena, aquele em que o


agente atue ou se omita sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era
possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (CESPE -
POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito Criminal).
26. Magnus, policial, adultera, sem autorização legal, sinal identificador de um
veículo automotor a fim de que seja utilizado em investigação criminal, pois
imagina, por erro evitável, que nesta hipótese sua conduta seria lícita. Na
responsabilização penal pelo crime de “adulteração de sinal identificador de
veículo automotor", Magnus deverá ser punido na modalidade DOLOSA do
delito, COM DIMINUIÇÃO DE PENA DE UM SEXTO A UM TERÇO.
(VUNESPE - TJ- RJ - Juiz de Direito).

Questão original: Magnus, policial, adultera, sem autorização legal,


sinal identificador de um veículo automotor a fim de que seja utilizado
em investigação criminal, pois imagina, por erro evitável, que nesta
hipótese sua conduta seria lícita. Na responsabilização penal pelo crime
de “adulteração de sinal identificador de veículo automotor", Magnus
deverá ser punido na modalidade culposa do delito.

27. Magnus, policial, adultera, sem autorização legal, sinal identificador de um


veículo automotor a fim de que seja utilizado em investigação criminal, pois
imagina, por erro evitável, que nesta hipótese sua conduta seria lícita. Na
responsabilização penal pelo crime de “adulteração de sinal identificador de
veículo automotor", Magnus deverá: ter sua pena diminuída de um sexto a
um terço. (VUNESPE - TJ- RJ - Juiz de Direito).

28. Alícia, estrangeira, grávida de três meses e proveniente de país que não
coíbe o aborto, ingeriu substância abortiva acreditando não ser proibido fazê-
Lo no Brasil. Nesse caso hipotético, o fato descrito poderá configurar: erro de
proibição. (FUNIVERSA - Secretaria da Criança - DF - Direito).
29. Sabe- Se que as atividades desportivas e médicas são fomentadas como
“dever de Estado”, não só pela Constituição Federal como também por outros
diplomas em vigor. É certo, outrossim, que de tais atividades podem acontecer
lesões corporais até mesmo com resultado morte aos envolvidos, em vista dos
riscos inerentes às próprias atividades. Nesse sentido, na esteira da doutrina
de E. R. Zaffaroni e Nilo Batista, é CORRETO afirmar que: Nas intervenções
cirúrgicas sem finalidade terapêutica, a falta de consentimento do paciente
torna típica a lesão; o erro sobre a normatividade da ação por parte do médico,
seja por crer que o assentimento lhe fora concedido, seja por supor que
poderia ter atuado sem ele, constitui erro de proibição. (FUNDEP - MPE- MG
- Promotor de Justiça).

30. O Direito Penal brasileiro adotou a teoria limitada da culpabilidade, que


trata o error sobre os pressupostos fáticos de uma justificante como ERRO DE
TIPO PERMISSIVO. (FUNDEP - MPE- MG - Promotor de Justiça).

Questão original: O Direito Penal brasileiro adotou a teoria limitada da


culpabilidade, que trata o error sobre os pressupostos fáticos de uma
justificante como erro de proibição indireto.

Observação: As teorias da culpabilidade que buscam conceituá- La


são:

1º - Teoria psicológica: A culpabilidade é formada pela


imputabilidade + dolo ou culpa (ligada a teoria causalista).

2º - Teoria psicológica normativa: A culpabilidade é formada pela


imputabilidade + dolo ou culpa + exigibilidade de conduta diversa
(ligada a teoria neokantista).

3º - Teoria normativa pura (extrema, estrita): O dolo e a culpa


migram para o fato típico. Assim, a culpabilidade é formada pela
imputabilidade + potencial consciência da ilicitude + exigibilidade
de conduta diversa (ligada a teoria finalista).

4º - Teoria limitada: O dolo e a culpa migram para o fato típico. Assim,


a culpabilidade é formada pela imputabilidade + potencial
consciência da ilicitude + exigibilidade de conduta diversa (ligada a
teoria finalista). É a teoria adotada pelo CP.

5º - Teoria funcional: A culpabilidade não deve representar o juízo de


reprovabilidade, mas sim a real finalidade preventiva da pena, isto é,
uma vez demonstrado a desnecessidade da pena no caso em concreto,
o agente não poderá ser punido.
ATENÇÃO: Como já visto a teoria extrema e a teoria limitada
apresentam os mesmos elementos (imputabilidade + potencial
consciência da ilicitude + exigibilidade de conduta diversa). Nada
obstante, a diferença entre tais teorias se verifica apenas em relação às
discriminantes putativas:

- Teoria normativa pura (extrema): As discriminantes putativas


caracterizam erro de proibição (discriminante putativa por erro de
proibição). Se o erro for inevitável, exclui a culpabilidade. Se o erro for
evitável, responde pelo crime doloso, diminuindo- Se a pena de 1/6 a
1/3.

- Teoria limitada: As discriminantes putativas caracterizam erro de


tipo permissivo (discriminante putativa por erro de tipo). Se o erro for
inevitável, exclui o dolo e a culpa. Se o erro for evitável, exclui o dolo,
mas responde por crime culposo, se previsto em lei (20, §1º, CP).

31. Os partidários da teoria funcionalista da culpabilidade entendem que a


culpabilidade é limitada pela finalidade preventiva da pena; constatada a
desnecessidade da pena, o agente não será punido. (VUNESP - PC- BA -
Delegado de Polícia).

32. O conceito normativo de culpabilidade deslocou os componentes


psicológicos para o tipo de injusto, permanecendo a culpabilidade com os
componentes normativos do juízo de reprovação e do juízo de exculpação.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
33. Segundo a teoria psicológica idealizada por Von Liszt e Beling, a
imputabilidade é pressuposto da culpabilidade, fazendo o dolo e a culpa
parte de sua análise. Por sua vez, as teorias normativas, seja a extremada
seja a limitada, excluem o dolo e a culpa de sua apreciação. (FUMARC - PC-
MG - Delegado de Polícia).

34. São elementos da culpabilidade, tanto para a teoria normativa quanto a


limitada, a imputabilidade, a consciência potencial da ilicitude e a exigibilidade
de conduta diversa. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
35. Para Welzel, a culpabilidade é a reprovabilidade de decisão da vontade,
sendo uma qualidade valorativa negativa da vontade de ação, e não a
vontade em si mesma. O autor aponta a incorreção de doutrinas segundo as
quais a culpabilidade tem caráter subjetivo, porquanto um estado anímico pode
ser portador de uma culpabilidade maior ou menor, mas não pode ser uma
culpabilidade maior ou menor. Essa definição de culpabilidade está
relacionada: à teoria normativa pura, ou finalista. (CESPE - TJ- PR - Juiz de
Direito).

36. A teoria normativa pura, a fim de tipificar uma conduta, desloca a análise
do dolo ou da culpa para o fato típico, transformando a culpabilidade em um
juízo de reprovação social incidente sobre o fato típico e antijurídico e sobre
seu autor. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

37. Exigibilidade de conduta diversa é elemento da culpabilidade criado PELA


TEORIA NORMATIVA (PSICOLÓGICA NORMATIVA). (FUNCAB - PC- PA -
Delegado de Polícia).

Questão original: Exigibilidade de conduta diversa é elemento da


culpabilidade criado pelas teorias funcionalistas.

38. Conforme a teoria limitada da culpabilidade, todo e qualquer erro que recaia
sobre uma causa de justificação NEM SEMPRE É erro de proibição. (CESPE -
TRE- MT - Analista).

Questão original: Conforme a teoria limitada da culpabilidade, todo e


qualquer erro que recaia sobre uma causa de justificação é erro de
proibição.

Observação: O erro sobre as descriminantes putativas se dividem


em três espécies:

- Erro relativo à situação fática de uma causa excludente de ilicitude


(causa justificativa): Configura- Se como discriminante putativa por erro
de proibição (teoria normativa pura, extrema ou estrita), ou
discriminante putativa por erro de tipo (teoria limitada).

- Erro relativo à existência ou aos limites de uma causa excludente de


ilicitude (causa justificativa): Configura- Se sempre como erro de
proibição indireto (erro de permissão) – tanto na teoria normativa
pura (extrema) como na teoria limitada.

DOUTRINA – Parte da doutrina entende que as descriminantes


putativas sobre os “fatos” constituem- Se em erro “sui generis”, isto
é, sendo o erro inevitável, impõe- Se isenção de pena (conforme o erro
de proibição), contudo, se o erro for evitável, o agente responderá por
crime culposo, se previsto em lei (conforme o erro de tipo). Assim, tal
erro é resultante da fusão dos efeitos do erro de tipo e do erro de
proibição.

39. Para a Teoria estrita da culpabilidade a descriminante putativa é


considerada erro de proibição e exclui a culpabilidade se o erro for
ESCUSÁVEL. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Para a Teoria estrita da culpabilidade a


descriminante putativa é considerada erro de proibição e exclui a
culpabilidade se o erro for inescusável.

40. Para a teoria limitada da culpabilidade, o erro de agente que recaia sobre
pressupostos fáticos de uma causa de justificação configura erro de tipo
permissivo. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).
41. A teoria limitada da culpabilidade, adotada pelo ordenamento penal
brasileiro, afirma que o erro sobre os pressupostos fáticos de uma causa de
justificação possui natureza de erro de tipo permissivo, com as mesmas
consequências jurídicas do erro de tipo. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

42. Para a Teoria limitada da culpabilidade o erro que recai sobre os


pressupostos fáticos de uma causa de justificação exclui o dolo. (MPE- PR
- MPE- PR - Promotor de Justiça).

43. Para a Teoria limitada do dolo, o erro quanto à proibição, se evitável,


exclui o dolo, remanescendo apenas a responsabilidade culposa se cabível.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

44. Para a posição doutrinária que consagra uma teoria de culpa que remete
para as consequências jurídicas, o erro sobre pressuposto fático de uma
excludente de ilicitude é um erro sui generis, que não se confunde com o
erro de tipo e o erro de proibição indireto. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).

45. Para a Teoria limitada da culpabilidade o erro que recai sobre a


existência ou os limites legais de uma causa de justificação exclui a
culpabilidade se inevitável. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

46. Segundo a teoria limitada da culpabilidade, o erro de proibição indireto


(ou erro de permissão), se evitável, não isenta de pena, mas pode reduzir a
culpabilidade do agente. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

47. O erro de proibição pode ser INDIRETO — o autor erra sobre a existência
ou os limites da proposição permissiva —, DIRETO — o erro do agente recai
sobre o conteúdo proibitivo de uma norma penal — e mandamental — quando
incide sobre o mandamento referente aos crimes omissivos IMPRÓPRIOS.
(CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: O erro de proibição pode ser direto — o autor erra


sobre a existência ou os limites da proposição permissiva —, indireto
— o erro do agente recai sobre o conteúdo proibitivo de uma norma
penal — e mandamental — quando incide sobre o mandamento
referente aos crimes omissivos, próprios ou impróprios.

Observação: São as espécies do erro de proibição:

- Erro de proibição direto: o erro do agente recai sobre o conteúdo


proibido da lei penal.

- Erro de proibição indireto: o erro do agente recai sobre a existência


ou aos limites de uma causa de exclusão de ilicitude.

- Erro de proibição mandamental: o erro do agente recai sobre o


mandamento referente aos crimes omissivos impróprios.

48. O erro de mandado pode recair sobre o dever jurídico especial de agir,
que fundamenta a omissão imprópria, e, se evitável, não isenta de pena, mas
pode reduzir a culpabilidade do agente. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

49. A teoria limitada da culpabilidade trata como erro de proibição o erro que
recai sobre os limites OU EXISTÊNCIA de uma causa de justificação penal.
(MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

Questão original: A teoria limitada da culpabilidade trata como erro de


proibição somente o erro que recai sobre os limites de uma causa de
justificação penal.

50. Segundo a teoria limitada da culpabilidade, o erro evitável de policial sobre


os limites do estrito cumprimento do dever legal, que produz lesão corporal
grave em cidadão, permite atribuição de responsabilidade penal ao policial, a
título de DOLO, COM PENA DIMINUÍDA DE UM SEXTO Á UM TERÇO. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
Questão original: Segundo a teoria limitada da culpabilidade, o erro
evitável de policial sobre os limites do estrito cumprimento do dever
legal, que produz lesão corporal grave em cidadão, permite atribuição
de responsabilidade penal ao policial, a título de culpa.

51. A teoria LIMITADA da culpabilidade – atualmente predominante –


distingue, em relação à causa de justificação, erro de proibição indireto e erro
de tipo permissivo. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).

Questão original: A teoria extremada da culpabilidade – atualmente


predominante – distingue, em relação à causa de justificação, erro de
proibição indireto e erro de tipo permissivo.

52. De acordo com a teoria adotada pelo CP, a consciência da ilicitude NÃO É
requisito essencial do dolo. (CESPE - TCU - Procurador).

Observação: Nas teorias da culpabilidade – normativa e psicológica


normativa – verifica- Se o dolo normativo, isto é, o dolo que contém
os seguintes elementos: consciência, vontade e consciência da ilicitude
(erro de proibição). Sendo tal erro evitável, a culpabilidade não é
excluída.

ATENÇÃO: Com o surgimento da teoria finalista, o dolo foi deslocado


da culpabilidade para a conduta (fato típico), sendo que, por
consequência, verifica- Se o dolo natural (dolo que contém os
seguintes elementos: consciência e vontade).

53. Segundo a teoria psicológica normativa da culpabilidade, o erro de


proibição, QUANDO evitável, NÃO ISENTA o agente de pena. (MPE- BA -
MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: Segundo a teoria psicológica normativa da


culpabilidade, o erro de proibição, ainda que evitável, isenta o agente
de pena.
54. A tentativa inidônea é impunível, por ineficácia absoluta do meio ou
impropriedade absoluta do objeto, mas o denominado delito de alucinação, que
contempla situações de erro de proibição ao contrário, NÃO ADMITE hipóteses
de punição. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: A tentativa inidônea é impunível, por ineficácia


absoluta do meio ou impropriedade absoluta do objeto, mas o
denominado delito de alucinação, que contempla situações de erro de
proibição ao contrário, admite hipóteses de punição.

Observação: Crime putativo por erro de proibição (delito de


alucinação, crime de loucura) – hipótese de “erro de proibição ao
contrário” – é o delito que só existe na mente do sujeito, isto é, o
agente acredita que está praticando um crime, sendo que o fato é
atípico (exemplo: o pai mantém relações sexuais com sua filha de 15
anos, supondo que está comendo o crime de incesto – fato atípico no
Brasil).

55. Fazendeiro que, para defender sua propriedade, mata posseiro que a
invade, pensando estar nos limites de seu direito, atua em erro de proibição
indireto. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

56. Um cidadão americano residente no Estado da Califórnia, onde o uso


medicinal de Cannabis é permitido, vem ao Brasil para um período de férias em
Santa Catarina e traz em sua bagagem uma certa quantidade da substância,
conforme sua receita médica. Ao ser revistado no aeroporto é preso pelo delito
de tráfico internacional de drogas. Neste caso, considerando- Se que seja
possível a não imputação do crime, seria possível alegar erro de: proibição
indireto. (FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).

57. Ao subtrair frutas de chácara alheia, a criança A sofre lesões corporais


graves por disparo certeiro de arma de fogo realizado por B, proprietário da
chácara, que supõe plenamente justificada a sua ação: trata- Se de modalidade
de erro de proibição INDIRETO (ERRO DE PERMISS ÃO), incidente
sobre a existência da EXCLUDENTE DE ILICITUDE que, se evitável, reduz a
culpabilidade do agente. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Ao subtrair frutas de chácara alheia, a criança A


sofre lesões corporais graves por disparo certeiro de arma de fogo
realizado por B, proprietário da chácara, que supõe plenamente
justificada a sua ação: trata- Se de modalidade de erro de proibição
direto, incidente sobre a existência da lei penal que, se evitável, reduz
a culpabilidade do agente.

58. Daniel, com 18 anos de idade, conhece Rebeca, com 13 anos de idade, em
uma festa e a convida para sair. Os dois começam a namorar e, cerca de 6
meses depois, Rebeca decide perder a virgindade com Daniel. O rapaz,
mesmo sabendo da idade da jovem e da proibição legal de praticar conjunção
carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, ainda que com seu
consentimento, mantém relação sexual com Rebeca, acreditando que o fato de
namorarem seria uma causa de justificação que tornaria a sua conduta
permitida, causa essa que, na verdade, não existe. Ocorre que os pais de
Rebeca, ao descobrirem sobre o relacionamento de sua filha com Daniel,
comunicaram os fatos à polícia. Daniel é denunciado pelo delito de estupro de
vulnerável e a defesa alega que ele agiu em erro. De acordo com a teoria
limitada da culpabilidade, Daniel incorreu em erro: de proibição indireto. (FCC
- DPE- SP - Defensor Público).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. No erro de proibição o erro recai sobre a ilicitude de fato (o agente sabe o que
está fazendo, mas acredita que tal conduta não é proibida). Se o erro for inevitável,
exclui- Se a culpabilidade, pois ausente a potência consciência da ilicitude. Sendo
evitável, o agente responde pelo crime, com diminuição de pena (de 1/6 a 1/3).

2. Sobre as descriminantes putativas, o erro sobre a existência ou limites de causa


excludente de ilicitude (causa justificativa) sempre será erro de proibição (erro de
proibição indireto/erro de permissão), contudo, se o erro recair sobre a própria
situação fática de causa justificativa, será erro de tipo permissivo (para a teoria
limitada) ou erro de proibição (para a teoria normativa pura ou extrema).
2.24. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

Coação irresistível e obediência hierárquica

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a


ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da
coação ou da ordem.

1. Um elemento que integra o conceito de culpabilidade aplicado ao direito


brasileiro é: exigibilidade de conduta diversa. (CESPE - PGE- SE -
Procurador do Estado).
2. A inexigibilidade de conduta diversa constitui causa LEGAL DE EXCLUSÃO
DA CULPABILIDADE. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: A inexigibilidade de conduta diversa constitui causa


supralegal de exclusão da ilicitude

3. A prática de crime em decorrência de coação moral irresistível configura:


inexigibilidade de conduta diversa. (CESPE - PC- MA - Investigador de
Polícia Civil).

4. Coação moral IRRESISTÍVEL é considerada causa LEGAL de


inexigibilidade de conduta diversa. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: Coação moral resistível é considerada causa


supralegal de inexigibilidade de conduta diversa.

5. Coação irresistível MORAL conduz á inexigibilidade de conduta


diversa. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: Coação irresistível, física ou moral, conduz á


inexigibilidade de conduta diversa.

Observação: A coação moral irresistível (“vis compusilva”) constitui


causa legal de exclusão da culpabilidade do coagido em razão da
inexigibilidade de conduta diversa. Não se confunde com a coação
física, já que esta exclui a tipicidade, pois ausente a conduta.

CUIDADO: Sendo a coação moral resistível, subsiste a culpabilidade


do coagido, sendo que tanto o coator como o coagido serão punidos
(em concurso de agentes). Contudo, enquanto o coator terá a pena
agravada (62, II, CP), o coagido será beneficiado por uma atenuante
na segunda fase da dosimetria da pena (65, III, “c”, 1ª parte).

6. A coação moral irresistível exclui completamente a culpabilidade do


agente que pratica a conduta típica, sendo punível apenas o autor da coação,
embora, no caso de coação resistível, seja punível o agente que, coagido,
praticou a conduta, cabendo, nessa segunda hipótese, a aplicação de
atenuante genérica na segunda fase de dosimetria da pena. (IESES - TJ- SC
- Titular de Serviços de Notas e de Registros).

7. A vis compulsiva, EXCLUDENTE da culpabilidade, quando presente em um


caso concreto, tem o condão de excluir a EXIGIBILIDADE DE CONDUTA
DIVERSA do sujeito ativo. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: A vis compulsiva, elemento da culpabilidade,


quando presente em um caso concreto, tem o condão de excluir a
potencial consciência da ilicitude do sujeito ativo.

8. Nos moldes do finalismo penal, pode a inexigibilidade de conduta diversa ser


considerada causa LEGAL DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE. (FUMARC
- PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: Nos moldes do finalismo penal, pode a


inexigibilidade de conduta diversa ser considerada causa supralegal de
exclusão de ilicitude.

9. A COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL constitui excludente de culpabilidade.


(CESPE - TCU - Procurador).
Questão original: A coação física, assim como a coação moral
irresistível, constitui excludente de culpabilidade.

10. Aquele que for MORALMENTE coagido, de forma irresistível, a praticar


uma infração penal cometerá fato típico e ilícito, porém não culpável. (CESPE -
TRE- GO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: Aquele que for fisicamente coagido, de forma


irresistível, a praticar uma infração penal cometerá fato típico e ilícito,
porém não culpável.
11. De acordo com o Código Penal Brasileiro, o crime praticado sob coação
irresistível ou em obediência à ordem de superior hierárquico, desde que não
manifestamente ilegal, NÃO É PUNÍVEL EM RAZÃO DA INEXIGIBILIDADE
DE CONDUTA DIVERSA. (VUNESP - CRBio - 1º Região - Advogado).

Questão original: De acordo com o Código Penal Brasileiro, o crime


praticado sob coação irresistível ou em obediência à ordem de superior
hierárquico, desde que não manifestamente ilegal, é punido de forma
atenuada.

12. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à


ordem, NÃO MANIFESTAMENTE ilegal, de superior hierárquico, só é punível o
autor da coação ou da ordem. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em


estrita obediência à ordem, manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.

13. Quando reconhecido que a conduta delitiva decorre de coação irresistível


ou do cumprimento de ordem de superior hierárquico não manifestamente
ilegal, o agente que a praticou terá INSENÇÃO DE PENA. (FAURGS - TJ- RS -
Juiz de Direito).
Questão original: Quando reconhecido que a conduta delitiva decorre
de coação irresistível ou do cumprimento de ordem de superior
hierárquico não manifestamente ilegal, o agente que a praticou terá sua
pena diminuída de um sexto a um terço.

14. A coação moral irresistível é causa de isenção da pena. (FCC - TRF - 5ª


REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

15. Preenchidos os requisitos legais, a coação irresistível e a obediência


hierárquica são causas excludentes de culpabilidade daquele que recebeu
ordem para cometer o fato, mantendo- Se punível o autor da coação ou da
ordem. (CESPE - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária).

16. Exclusão da culpabilidade pela obediência hierárquica exige ordem não


manifestamente ilegal. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

17. A obediência hierárquica derivada de uma relação de direito público


leva à inexigibilidade de conduta diversa, que é causa de exclusão da
culpabilidade, desde que a ordem não seja manifestamente ilegal. (MPDFT
- MPDFT - Promotor de Justiça).

Observação: A obediência hierárquica constitui causa legal de


exclusão da culpabilidade do subalterno em razão da inexigibilidade
de conduta diversa, sendo que somente o autor da ordem será punido
(autor mediato). O reconhecimento da obediência hierárquica depende
de alguns requisitos:

1º - Ordem não manifestamente ilegal;

2º - Ordem oriunda de autoridade competente;

3º - Relação de Direito Público entre o superior e o subordinado;

4º - Presença de três pessoas (no mínimo);

5º - Cumprimento estrito da ordem.


18. De acordo com o Código Penal, aquele que pratica o fato em estrita
obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico: não é
punido criminalmente. (VUNESP - TJ- RS - Juiz de Direito).

19. Se ordem não manifestamente ilegal for cumprida por subordinado e


resultar em crime, apenas o superior responderá como autor mediato, ficando
o subordinado isento por inexigibilidade de conduta diversa. (CESPE - PC-
GO - Agente de Polícia).

20. O filho de Túlio foi sequestrado e ameaçado de morte por Márcio, que
forçou Túlio a subtrair malotes de um carro forte no intuito de obter o dinheiro
necessário para pagar o resgate. Nesse caso hipotético, a conduta de Túlio
estará acobertada por: inexigibilidade de conduta diversa. (FUNIVERSA -
Secretaria da Criança - DF - Direito).

21. Para roubar um banco, “A” amarra “B” pelos pulsos e pernas, sendo este o
gerente do estabelecimento. Tortura- O para que diga o segredo do cofre. “B”,
vencido pela dor e pelo medo, acaba revelando o número da combinação, o
cofre é aberto, e o roubo é consumado. Houve, no caso, em relação ao
gerente, coação MORAL absoluta excludente da CULPBILIDADE. (MPE- RS -
MPE- RS - Promotor de Justiça).

Questão original: Para roubar um banco, “A” amarra “B” pelos pulsos e
pernas, sendo este o gerente do estabelecimento. Tortura- O para que
diga o segredo do cofre. “B”, vencido pela dor e pelo medo, acaba
revelando o número da combinação, o cofre é aberto, e o roubo é
consumado. Houve, no caso, em relação ao gerente, coação física
absoluta excludente da tipicidade.

22. Arnaldo, gerente de banco, estava dentro de seu veículo juntamente com
familiares quando foi abordado por dois indivíduos fortemente armados, que
ameaçaram os ocupantes do veículo e exigiram de Arnaldo o fornecimento de
determinada senha para a realização de uma operação bancária, o que foi por
ele prontamente atendido. Nessa situação, o uso da senha pelos indivíduos
para eventual prática criminosa: excluirá a culpabilidade de Arnaldo.
(CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia)

23. Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por
ele, de forma reiterada, a levar drogas para dentro do sistema penitenciário,
para distribuição. Carlos a ameaçava dizendo que, se ela não realizasse a
missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos comparsas
soltos. Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi
flagrada carregando a encomenda. Por considerar que estava sob proteção
policial, ela revelou o que a motivava a praticar tal conduta, tendo provado as
ameaças sofridas a partir de gravações por ela realizadas. Em sua defesa,
Carlos alegou que o crime não fora consumado. No que se refere a essa
situação hipotética, julgue o próximo item. Carlos SERÁ punido POR SER
AUTOR DA COAÇÃO, pois, de fato, o crime SE consumou. (CESPE - ABIN -
Oficial Técnico de Inteligência - Área de Direito).

Questão original: Carlos não será punido, pois, de fato, o crime não
se consumou.

24. No dia 25 de dezembro de 2017, Carlos, funcionário público, recebe uma


visita inesperada de João, seu superior hierárquico, em sua residência. João
informa a Carlos que estava sendo investigado pela prática de um delito e
exige que este altere informação em determinado documento público, mediante
falsificação, de modo a garantir que não sejam obtidas provas do crime que
vinha sendo investigado, assegurando que, caso a ordem não fosse cumprida,
sequestraria o filho de Carlos e que a restrição da liberdade perduraria até o
atendimento da exigência. Diante desse comportamento de João, Carlos
falsifica o documento público, mas vem a ser descoberto e denunciado pela
prática do crime previsto no Art. 297 do Código Penal (falsificação de
documento público). Com base apenas nessas informações, o advogado de
Carlos deveria alegar, em busca de sua absolvição, a ocorrência de: coação
moral irresistível, causa de exclusão da culpabilidade. (FGV - Câmara de
Salvador - BA - Advogado).
25. A obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico
caracteriza situação de exculpação legal, que exclui a culpabilidade, por
inexigibilidade de comportamento diverso, e a obediência a ordem ilegal de
superior hierárquico não exclui a culpabilidade, podendo funcionar como
CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE, QUE DIMINUI A PENA DO RÉU. (MPE- PR
- MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: A obediência a ordem não manifestamente ilegal de


superior hierárquico caracteriza situação de exculpação legal, que
exclui a culpabilidade, por inexigibilidade de comportamento diverso, e
a obediência a ordem ilegal de superior hierárquico não exclui a
culpabilidade, podendo funcionar como causa de diminuição de pena,
que reduz a culpabilidade.

Observação: Na obediência a ordem não manifestamente ilegal de


superior hierárquico, a culpabilidade do executor subalterno é
excluída, situação em que somente o autor da ordem será punido.
Conduto, se a obediência decorrer de ordem manifestamente ilegal,
tanto o mandante como o executor serão punidos (em concurso de
agentes). Todavia, ao superior hierárquico será aplicada a agravante
genérica (art. 62, III, 1ª parte, CP). Já em relação ao subalterno, incidirá
a atenuante genérica (art. 65, III, “c”, CP), em razão do cumprimento de
ordem de autoridade superior.

26. ► Afim de produzir prova em processo penal, o Juiz de Direito de


determinada comarca encaminha requisição à Delegacia de Polícia local,
ordenando que seja realizada busca domiciliar noturna na casa de um réu. O
Delegado de Polícia designa, assim, uma equipe de agentes para o
cumprimento da medida, sendo certo que um dos agentes questiona a
legalidade do ato, dado o horário de seu cumprimento. O Delegado confirma a
ilegalidade. No entanto, sustenta que a diligência deve ser realizada, uma vez
que há imposição judicial para seu cumprimento. Com base apenas nas
informações constantes do enunciado, caso os agentes efetivem a busca
domiciliar noturna: AGIRÃO CRIMINOSAMENTE, JÁ QUE A ORDEM É
MANIFESTAMENTE ILEGAL. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia).

Questão original: Com base apenas nas informações constantes do


enunciado, caso os agentes efetivem a busca domiciliar noturna: não
agirão criminosamente, já que há mera obediência hierárquica.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Se o fato é cometido sob coação irresistível (coação moral irresistível) ou em


estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico –
relação de direito público – (obediência hierárquica), só é punível o autor da coação
ou da ordem, em razão da inexigibilidade de conduta diversa (causa legal de
exclusão da culpabilidade). Contudo, se a prática do fato decorrer de coação resistível
ou obediência a ordem manifestamente ilegal, todos serão punidos (em concurso de
agentes), apesar de que, apenas o coagido e o subalterno terão suas penas reduzidas
por tais atenuantes.

2.25. IMPUTABILIDADE PENAL

Imputáveis

Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento.

Redução da pena

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,


em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento.

Menores de 18 anos

Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis,


ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.

Emoção e paixão

Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:


I - a emoção ou a paixão;

Embriaguez

II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos


análogos.

§1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de


caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se
de acordo com esse entendimento.

§2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por


embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento.
1. Para ser culpável, o agente deverá ser imputável. (NUCEPE - PC- PI -
Agente de Polícia Civil).

2. A imputabilidade é definida como a capacidade mental, inerente ao ser


humano, de, ao tempo da ação ou da omissão, entender o caráter ilícito do
fato e de determinar- Se de acordo com esse entendimento. (CESPE - PC-
MA - Escrivão de Polícia Civil).

3. A IMPUTABILIDADE compreende a capacidade mental de entendimento do


caráter ilícito do fato no momento da ação ou da omissão, bem como de
ciência desse entendimento. (CESPE - PC- MA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O princípio da legalidade compreende a


capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no
momento da ação ou da omissão, bem como de ciência desse
entendimento.

4. O conceito de imputabilidade penal compreende a capacidade mental do


indivíduo, considerando- Se NÃO APENAS a sua idade ao tempo do crime.
(VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O conceito de imputabilidade penal compreende a


capacidade mental do indivíduo, considerando- Se apenas a sua idade
ao tempo do crime.
Observação: A imputabilidade é a capacidade mental do ser humano
(ao tempo da conduta) de entender o caráter ilícito do fato (intelectivo)
e de se determinar de acordo com esse entendimento (volitivo). Logo,
se ausente algum desses elementos, o agente será considerado
inimputável, excluindo- Se, por consequência, a culpabilidade do
mesmo.

- Para a identificação da inimputabilidade, o CP adotou, como regra, o


sistema biopiscológico, ou seja, o sujeito é inimputável quando
apresenta problema mental e, em razão desse problema, não possui
capacidade para entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se
de acordo com esse entendimento (26, CP).

ATENÇÃO: Excepcionalmente, o CP adotou o sistema biológico em


relação aos menores de 18 anos (27, CP), e o sistema psicológico
referente à embriaguez completa e involuntária (28, §1º, CP).

5. Considere os sete critérios enumerados abaixo: I - Clamor público e


relevância social; II - Determinação objetiva com previsão legal; III - Residência
fixa e comprovante de registro de trabalho; IV- Contexto social do autor e
antecedentes criminais; V - Critério psicológico; VI - Fator personalíssimo,
psicossocial e natural; VII - Critério biológico. Marque a alternativa correta que
relacione apenas os critérios que devem ser adotados para a avaliação da
inimputabilidade e/ou imputabilidade em esfera penal, para aquele que praticar
uma conduta prevista no Código Penal: II - Determinação objetiva com
previsão legal; V - Critério psicológico; VII - Critério biológico. (Instituto
Acesso - PC- ES - Delegado de Polícia).

6. Para a avaliação da imputabilidade penal, o Código Penal brasileiro adota o


critério biopsicológico. No que se refere à imputabilidade penal, julgue o item
a seguir: A avaliação da imputabilidade é sempre retroativa. (CESPE - TJ-
DFT - Analista Judiciário).
7. De acordo o sistema biopsicológico adotado pelo Código Penal, a
imputabilidade deve ser aferida NO MOMENTO da prática do delito. (MPE- BA
- MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: De acordo o sistema biopsicológico adotado pelo


Código Penal, a imputabilidade deve ser aferida antes da prática do
delito.

Observação: A avaliação da imputabilidade é retroativa, isto é, deve


ser constatada no momento da prática da conduta, em decorrência da
teoria da atividade (adotada pelo CP).
8. A doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado
isentam de pena, se ao tempo da AÇÃO OU OMISSÃO, o agente era ou se
toma inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. (IBFC - TRF - 2ª
REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: A doença mental ou o desenvolvimento mental


incompleto ou retardado isentam de pena, se ao tempo da ação ou da
omissão, ou entre a denúncia e a sentença, o agente era ou se toma
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.

9. São causas de inimputabilidade previstas no Código Penal, além de doença


mental e desenvolvimento mental incompleto ou retardado: idade inferior a 18
anos; embriaguez completa, decorrente de caso fortuito ou força maior.
(FCC - TRT - 9ª REGIÃO - PR - Técnico Judiciário - Segurança).

Observação: São as causas de inimputabilidade:

1º - Doença mental;

2º - Desenvolvimento mental incompleto;

3º - Desenvolvimento mental retardado;

4º - Menoridade;

5º - Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior;


ATENÇÃO: A embriaguez patológica (crônica) é considerada como
doença mental.

10. É muito comum nos dias presentes constatar- Se entre acadêmicos e até
mesmo entre profissionais a confusão entre ‘teoria da imputação objetiva,
responsabilidade objetiva e imputabilidade’. Entretanto, as três expressões
mencionadas são completamente diferentes. Com base na doutrina atual, é
correto afirmar que são temas da imputabilidade penal: menoridade, doença
mental e embriaguez. (NC- UFPR - TJ- PR - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
11. A embriaguez provocada pelo uso do álcool pode excluir a culpabilidade
quando: for patológica. (FGV - TCE- RJ - Auditor).

12. No que se refere à imputabilidade penal, em regra, o direito penal


brasileiro adota o sistema: biopsicológico. (IADES - PC- DF - Perito Criminal -
Ciências Contábeis).

13. A legislação penal brasileira adotou o critério biopsicológico como aquele


de aferição da imputabilidade, CONTUDO, EM RELAÇÃO à idade do infrator
ao tempo do fato, SE MENOR DE 18 ANOS, ADOTOU- SE O CRITÉRIO
BIOLÓGICO. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: A legislação penal brasileira adotou o critério


biopsicológico como aquele de aferição da imputabilidade,
independentemente da idade do infrator ao tempo do fato.

14. O Código Penal Brasileiro adotou o critério biológico em relação à


inimputabilidade em razão da idade e o critério biopsicológico em relação à
inimputabilidade em razão de doença mental. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor
de Justiça).

15. Para definir a maioridade penal, a legislação brasileira seguiu o sistema


biopsicológico, NÃO IGNORANDO, CONTUDO, o desenvolvimento mental do
menor de dezoito anos de idade. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).
Questão original: Para definir a maioridade penal, a legislação
brasileira seguiu o sistema biopsicológico, ignorando o
desenvolvimento mental do menor de dezoito anos de idade.

16. O critério BIOPSICOLÓGICO determina cientificamente sempre a


imputabilidade ou não do agente. Ao passo que o critério biológico etário
adotado hoje pela lei penal, NÃO É passível de superação pelo juiz na
sentença. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: O critério psicológico determina cientificamente


sempre a imputabilidade ou não do agente. Ao passo que o critério
biológico etário adotado hoje pela lei penal, é passível de superação
pelo juiz na sentença, quando razões de política criminal
recomendem.

17. Uma das características que o agente deve apresentar para que seja
responsabilizado e sofra sanção, segundo o critério biopsicológico, é o
desenvolvimento mental completo com alcance da maturidade psíquica.
(IBFC - POLÍCIA CIENTÍFICA- PR - Médico legista).

18. Uma das características que o agente deve apresentar para que seja
responsabilizado e sofra sanção, segundo o critério biopsicológico, é a
ausência de doença ou transtorno mental FAZENDO COM QUE NO TEMPO
DA CONDUTA O AGENTE NÃO POSSUA CAPACIDADE DE ENTENDER O
CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR- SE DE ACORDO COM
ESSE ENTENDIMENTO. (IBFC - POLÍCIA CIENTÍFICA- PR - Médico legista).

Questão original: Uma das características que o agente deve


apresentar para que seja responsabilizado e sofra sanção, segundo o
critério biopsicológico, é a ausência de doença ou transtorno mental.

Observação: Se o agente pudesse ser considerado inimputável


apenas pelo fato de possuir problema mental, o CP deveria ter
acolhido, como regra, o sistema biológico. Contudo, tendo em vista
que o CP adotou (como regra) o sistema biopsicológico para a
constatação da inimputabilidade, não basta apenas apresentar
problema mental, já que tal deficiência deve fazer com que, no tempo
da conduta, o agente não possua capacidade para entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento
(26, CP).

19. Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal é excluída pela


doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, que torna
o autor, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento.
(VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

20. Considere que determinado sujeito, portador de desenvolvimento mental


incompleto, ao tempo da ação tinha plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato, mas era inteiramente incapaz de determinar- Se de acordo
com esse entendimento – o que fora clinicamente atestado nos autos em
perícia oficial. Em consonância com o texto legal do art. 26 do CP, ao proferir
sentença deve o juiz reconhecer sua: inimputabilidade. (VUNESPE - PC- CE -
Delegado de Polícia).

21. A doença mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, por


si só, NÃO AFASTAM a responsabilidade penal do agente. (CESPE - TJ- DFT
- Técnico de Administração).

Questão original: A doença mental e o desenvolvimento mental


incompleto ou retardado, por si só, afastam por completo a
responsabilidade penal do agente.

22. Comprovada a doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou


retardado, o agente AINDA NÃO SERÁ considerado inimputável para os
efeitos legais. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente
Jurídico).

Questão original: Comprovada a doença mental ou o desenvolvimento


mental incompleto ou retardado, o agente será considerado inimputável
para os efeitos legais.

23. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento


mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
Se de acordo com esse entendimento. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN -
Guarda Municipal).
24. É isento de pena o agente que, por doença mental era, ao tempo da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. (CAIP-
IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra - SP - Procurador).

25. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento


mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação, INTEIRAMENTE
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo
com esse entendimento. (MPE- RS - MPE- RS - Secretário de Diligências).

Questão original: É isento de pena o agente que, por doença mental


ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da
ação, relativamente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento.

26. São isentos de pena os agentes que detém determinadas condições


especiais ou que realizam o fato tido como crime em situações extraordinárias.
Sobre o tema, assinale a alternativa que não contempla uma causa excludente
de culpabilidade: Legítima defesa. (IBFC - TJ- PE - Oficial de Justiça).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam causas


que excluem a culpabilidade em razão da inimputabilidade:

b) Doença mental que influencie na compreensão sobre a ilicitude do


fato;

c) Desenvolvimento mental incompleto que influencie na compreensão


sobre a ilicitude do fato;
d) Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior;

e) Retardamento mental que influencie na compreensão sobre a


ilicitude do fato.

27. Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou mais anos de idade,
mesmo que sejam inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da
conduta criminosa ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento,
são penalmente INIMPUTÁVEIS. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área
Administrativa).

Questão original: Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou


mais anos de idade, mesmo que sejam inteiramente incapazes de
entender o caráter ilícito da conduta criminosa ou de determinar- Se de
acordo com esse entendimento, são penalmente imputáveis.

28. Ao infrator considerado inimputável por apresentar transtorno mental


será aplicada medida de segurança. (IBFC - POLÍCIA CIENTÍFICA- PR -
Médico legista).

Questão original: O agente que é considerado inimputável (em razão


de transtorno mental) não pode sofrer aplicação de pena, pois não há
culpabilidade. Deste modo, o Juiz irá absolvê- Lo (absolvição
imprópria) com imediata imposição de medida segurança (386, III,
CPP) em razão de sua periculosidade.

29. O inimputável que comete uma conduta típica e ilícita deve ser absolvido.
(NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

30. Bruna, de vinte e quatro anos de idade, processada e julgada pela prática
do crime de latrocínio, foi absolvida ao final do julgamento, por ter sido
considerada inimputável, apesar de sua periculosidade. Nessa situação,
mesmo tendo Bruna sido absolvida, o juiz pode impor- Lhe: medida de
segurança. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia).
31. “Em 2012, Tício, contando com 20 anos de idade, forneceu cocaína,
gratuitamente, sem autorização, a Caio, que contava com 30 anos de idade.
Tício foi denunciado e, no curso do processo, confessou os fatos. O exame de
insanidade mental revelou que Tício, por doença mental, era, ao tempo do ato,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.” A sentença, proferida
dois anos após os fatos, foi: absolutória, com aplicação de medida de
segurança. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
32. No curso de ação penal onde se imputa a prática de crime de roubo
majorado, durante a oitiva das testemunhas de defesa, ocasião em que se
identifica que a principal tese defensiva é de negativa de autoria, o juiz verifica
que, possivelmente, o réu seria inimputável. Suspenso o processo antes do
interrogatório e de encerrar a prova, realizado laudo pericial, é constatada a
total inimputabilidade do agente na data dos fatos. Diante da constatação,
juntado o laudo, caberá ao juiz: caso constatada a autoria e materialidade
após instrução, absolver impropriamente o réu, aplicando apenas medida
de segurança. (FGV - AL- RO - Consultor Legislativo).

33. Cremílson foi denunciado pelo Ministério Público por ter praticado lesão
corporal de natureza grave. No curso de ação penal, resta comprovado ser ele
portador de enfermidade mental, o que determinou sua absolvição imprópria.
Isso significa que Cremílson: era, ao tempo da ação, inteiramente incapaz
de compreender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo
com este entendimento. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).

34. O Sr. Pedro, 88 anos, diagnosticado com doença de Alzheimer, empurrou


violentamente a cuidadora que dava banho nele. Ela se desequilibrou e, na
queda, bateu com a cabeça no chão, vindo a falecer após uma semana no CTI.
Do ponto de vista penal, o Sr. Pedro é: inimputável em função de sua
demência neurodegenerativa. (FGV - DPE- RO - Analista - Psicologia).

35. Em comprovado surto epilético, “A” desfere violento golpe no ventre de


mulher grávida, matando- A. Do evento, também resulta a interrupção da
gravidez e a morte do feto. NÃO HAVERIA, neste caso, MESMO QUE “A”
SOUBESSE do estado gravídico da vítima, NENHUM CRIME. (MPE- RS -
MPE- RS - Promotor de Justiça).

Questão original: Em comprovado surto epilético, “A” desfere violento


golpe no ventre de mulher grávida, matando- A. Do evento, também
resulta a interrupção da gravidez e a morte do feto. Haveria, neste
caso, se “A” não soubesse do estado gravídico da vítima, apenas
crime de homicídio.

36. NÃO É ISENTO de pena o agente que, em virtude de perturbação de


saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de
acordo com esse entendimento. (PUC- PR - TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: É isento de pena o agente que, em virtude de


perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse
entendimento.

37. O agente que em virtude de perturbação da saúde mental não era, ao


tempo da ação, inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar- Se de acordo com este entendimento, NÃO É ISENTO de
pena. (VUNESP - TJ- SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: O agente que em virtude de perturbação da saúde


mental não era, ao tempo da ação, inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com este
entendimento, é isento de pena.

Questão original: Se o agente for considerado semi- Imputável, isto é,


não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento (em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado), ele não será absolvido, pois apresenta
culpabilidade. Assim, o Juiz irá condená- Lo, aplicando- Lhe pena
com redução de um a dois terços (26, parágrafo único, CP).

ATENÇÃO: O semi- Imputável obrigatoriamente deve ser condenado


com aplicação pena (reduzida de 1/3 a 2/3). Contudo, se o exame
pericial constatar que o réu apresenta periculosidade, recomendando
especial tratamento curativo, o Juiz pode substituir a pena diminuída
por medida de segurança. Por isso, o CP adotou o sistema vicariante
ou unitário, isto é, não há possibilidade de cumular as sanções penais,
já que o semi- Imputável irá cumprir pena reduzida (1/3 a 2/3), ou na
própria sentença tal pena será substituída por medida de segurança
(internação ou tratamento ambulatorial) se o Juiz entender necessário.

38. A aplicação da medida de segurança É POSSÍVEL aos agentes


inimputáveis, BEM COMO aos semi- Imputáveis, QUANDO DOTADOS DE
PERICULOSIDADE. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico- Legista).

Questão original: A aplicação da medida de segurança somente é


possível aos agentes inimputáveis, nunca aos semi- Imputáveis, pois a
estes caberá apenas a aplicação da pena diminuída de 1/3 a 2/3.

39. O CP adota o sistema vicariante, que impede a aplicação cumulada de


pena e medida de segurança ao agente semi- Imputável e exige do juiz a
decisão, no momento de prolatar sua sentença, entre a aplicação de uma pena
com redução de um a dois terços ou a aplicação de medida de segurança, de
acordo com o que for mais adequado ao caso concreto. (CESPE - AGU -
Advogado da União).

40. O semi- Imputável que pratica uma conduta típica, ilícita e culpável deve
ser condenado. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

41. Comprovado que o acusado possui desenvolvimento mental incompleto e


que não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta é
cabível a: condenação com redução de pena. (CESPE - ABIN - Oficial de
Inteligência).

42. Ao agente que, em virtude da perturbação da saúde mental, não for


inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se
de acordo com esse entendimento, poderá ser imposta pena como sanção,
porém com redução de 1 (um) a 2/3 (dois terços). (VUNESP - PC- BA -
Investigador de Polícia Civil).

43. A pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente, em virtude de


perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar- Se de acordo com esse entendimento. (VUNESP - PC- CE -
Escrivão de Polícia Civil).

44. Se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente incapaz
de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar- Se de acordo com
esse entendimento, a hipótese será de CONDENAÇÃO, com imposição
necessária de PENA. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: Se o agente, em virtude de perturbação de saúde


mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não
era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento, a hipótese será de
absolvição imprópria, com imposição necessária de medida de
segurança.

45. A pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente, por doença
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado NÃO ERA, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento.
(VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: A pena pode ser reduzida de um a dois terços se o


agente, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com
esse entendimento.

46. A pena pode ser reduzida de UM TERÇO A DOIS TERÇOS, se o agente,


em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse
entendimento. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: A pena pode ser reduzida de um terço, se o agente,


em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento
mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse
entendimento.

47. Se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente
incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar- Se de
acordo com esse entendimento, a pena será reduzida de um a dois terços,
podendo- Se considerar, na escolha do redutor, o grau de perturbação da
saúde mental. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

48. Se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente incapaz
de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar- Se de acordo com
esse entendimento, a circunstância atuará como CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE
PENA (1/3 A 2/3), a ser considerada na TERCEIRA ETAPA do cálculo da
pena. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: Se o agente, em virtude de perturbação de saúde


mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não
era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento, a circunstância
atuará como atenuante, a ser considerada na segunda etapa do
cálculo da pena.

Observação: A redução da pena imposta ao semi- Imputável se


manifesta como causa de diminuição da pena aplicável na terceira
fase da dosimetria da pena (e não como atenuante), já que o próprio
legislador determinou a quantidade de redução (variável de um a dois
terços) que o juiz deverá se manter para o cálculo. De outro lado,
verifica- Se a atenuante quando o legislador se limita a descrever que a
pena será reduzida, contudo, sem indicar a quantidade de diminuição,
ficando a critério do próprio magistrado.

49. Se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente incapaz
de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar- Se de acordo com
esse entendimento, a pena será reduzida de um a dois terços, ADMITINDO-
SE, porém, a substituição por medida de segurança. (FCC - TJ- RR - Juiz de
Direito).

Questão original: Se o agente, em virtude de perturbação de saúde


mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não
era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento, a pena será
reduzida de um a dois terços, não se admitindo, porém, a substituição
por medida de segurança.

50. No caso de semi- Imputalilidade, pode o magistrado, ao reconhecê- La,


reduzir a pena de um a dois terços ou substitui- La por medida de segurança.
Trata- Se de aplicação do sistema: vicariante. (CONSULPLAN - TRE- RJ -
Analista Judiciário - Área Administrativa).

51. Aos SEMI- IMPUTÁVEIS, comprovada essa condição por perícia médica,
PODERÁ SUBSTITUIR a pena por medida de segurança consistente em
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico. (VUNESP - MPE-
SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).

Questão original: Aos inimputáveis e aos semi- Imputáveis,


comprovada essa condição por perícia médica, será substituída a
pena por medida de segurança consistente em internação em hospital
de custódia e tratamento psiquiátrico.

52. Sendo positivos os elementos que configuram o delito e constatada a semi-


Imputabilidade do acusado, o juiz pode, atendendo aos demais critérios legais:
aplicar- Lhe pena reduzida de 1 a 2/3 ou SUBSTITUÍ- LA POR MEDIDA DE
SEGURANÇA, CONFORME previsão legal. (VUNESP - DPE- RO - Defensor
Público).

Questão original: Sendo positivos os elementos que configuram o


delito e constatada a semi- Imputabilidade do acusado, o juiz pode,
atendendo aos demais critérios legais: aplicar- Lhe pena reduzida de 1
a 2/3 ou absolvê- Lo, pois não há outra previsão legal.

53. Sendo positivos os elementos que configuram o delito e constatada a semi-


Imputabilidade do acusado, o juiz pode, atendendo aos demais critérios
legais: aplicar- Lhe pena reduzida de 1 a 2/3 ou determinar que se submeta a
tratamento ambulatorial ou, ainda, determinar sua internação. (VUNESP -
DPE- RO - Defensor Público).

54. Sendo positivos os elementos que configuram o delito e constatada a semi-


Imputabilidade do acusado, o juiz pode, atendendo aos demais critérios legais:
aplicar- Lhe pena reduzida de 1 a 2/3 ou determinar que se submeta a
tratamento ambulatorial OU INTERNAÇÃO, CONFORME previsão legal.
(VUNESP - DPE- RO - Defensor Público).

Questão original: Sendo positivos os elementos que configuram o


delito e constatada a semi- Imputabilidade do acusado, o juiz pode,
atendendo aos demais critérios legais: aplicar- Lhe pena reduzida de 1
a 2/3 ou determinar que se submeta a tratamento ambulatorial, pois
não há outra previsão legal.

55. Se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente incapaz
de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar- Se de acordo com
esse entendimento, a pena poderá ser substituída por tratamento ambulatorial
OU por internação. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: Se o agente, em virtude de perturbação de saúde


mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não
era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento, a pena poderá ser
substituída por tratamento ambulatorial, mas não por internação.

56. O direito brasileiro NÃO PROÍBE a aplicação de pena privativa de liberdade


a agentes semi- Imputáveis e NÃO RESTRINGE a punição a essas pessoas a
medidas de segurança de tratamento ambulatorial. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO
- Juiz federal).

Questão original: O direito brasileiro proíbe a aplicação de pena


privativa de liberdade a agentes semi- Imputáveis e restringe a punição
a essas pessoas a medidas de segurança de tratamento ambulatorial.

57. O juiz NÃO PODE deixar de aplicar qualquer medida, se o agente, em


virtude de perturbação de saúde mental, não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato. (CAIP- IMES - Prefeitura de Rio Grande da
Serra - SP - Procurador).

Questão original: O juiz pode deixar de aplicar qualquer medida, se o


agente, em virtude de perturbação de saúde mental, não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato.

58. Segundo o Decreto Lei n.º 2.848 de 7 de dezembro de 1940, Código Penal,
começa a imputabilidade penal aos dezoito anos. (UFTM - TJ- MT - Técnico
Judiciário).
59. Considera- Se inimputável aquele que comete crime antes de completar
dezoito anos de idade. (CESPE - TRE- BA - Analista Judiciário - Área
Administrativa).

60. São inimputáveis os menores de dezoito anos de idade, ficando eles, no


entanto, sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e (ou) outras
medidas previstas no ECA. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).
61. Os menores de dezoito anos são INIMPUTÁVEIS, pois estão sujeitos às
normas do Estatuto da Criança e do Adolescente. (VUNESP - TJ- SP - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Os menores de dezoito anos são semi- Imputáveis,


pois estão sujeitos às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente.

62. São inimputáveis os menores DEZOITO ANOS de idade, ficando eles, no


entanto, sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e (ou) outras
medidas previstas no ECA. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).

Questão original: São inimputáveis os menores de vinte e um anos


de idade, ficando eles, no entanto, sujeitos ao cumprimento de medidas
socioeducativas e(ou) outras medidas previstas no ECA

63. Os menores de dezoito anos de idade, por presunção legal, são


considerados inimputáveis SEMPRE. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: Os menores de dezoito anos de idade, por


presunção legal, são considerados inimputáveis somente nos casos
de possuírem plena capacidade de entender a ilicitude do fato.

64. São inimputáveis os menores de 18 (dezoito) anos. (VUNESP - MPE- SP -


Analista Jurídico).

Questão original: São inimputáveis os menores de 18 (dezoito) anos e


os que praticam fatos definidos como crime sob emoção ou
paixão.

65. No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido


em 03 de março de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere
diversos disparos de arma de fogo em seu peito com intenção de matá- Lo.
Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares
de Fernando, que optaram por transferi- Lo de helicóptero para Porto Velho,
onde foi operado. No dia 05 de março de 2014, porém, Fernando não resistiu
aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no hospital de
Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do
Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação
a estes fatos, Felipe será considerado: inimputável, pois o Código Penal
adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o
lugar do crime é definido pela Teoria da Ubiquidade. (FGV - TJ- RO -
Técnico Judiciário).

66. A paixão ou a emoção não excluem a imputabilidade penal. (VUNESP -


TJ- SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

67. Emoção e paixão NÃO SÃO causas excludentes de culpabilidade. (CESPE


- PC- GO - Agente de Polícia).

Questão original: Emoção e paixão são causas excludentes de


culpabilidade.

68. A emoção ou a paixão NÃO EXCLUEM a imputabilidade penal. (IESES -


TJ- CE - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A emoção ou a paixão excluem a imputabilidade


penal.

Observação: A emoção ou a paixão não excluem a imputabilidade


penal (preservando a culpabilidade do agente). Apesar disso, duas
situações podem influenciar na fixação da pena, atuando como:
- Circunstância atenuante: quando o crime for cometido sob a
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima (65,
III, parte final, CP).

- Causa de diminuição da pena: quando o crime for cometido sob o


domínio de violenta emoção, e logo em seguida a injusta provocação
da vítima (121,1º, e 129, §4º, ambos do CP – crimes privilegiados).
69. A emoção e a paixão NÃO SÃO causas excludentes de imputabilidade,
como pode ocorrer nos chamados crimes passionais. (CESPE - PC- PE -
Agente de Polícia).

Questão original: A emoção e a paixão são causas excludentes de


imputabilidade, como pode ocorrer nos chamados crimes passionais.

70. Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal NÃO É excluída pela
emoção. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal


é excluída pela emoção.

71. A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade, mas a violenta


emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, pode privilegiar
determinados crimes ou constituir circunstância atenuante de outros. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

72. A emoção e a paixão, além de não afastarem a imputabilidade penal do


agente, podem ser consideradas como circunstâncias ATENUANTES no
momento da fixação da pena. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria -
Assistente Jurídico).

Questão original: A emoção e a paixão, além de não afastarem a


imputabilidade penal do agente, podem ser consideradas como
circunstâncias agravantes no momento da fixação da pena.
73. O agente que comete o fato, sob o domínio de violenta emoção, logo após
a injusta provocação da vítima, NÃO É isento de pena. (CAIP- IMES -
Prefeitura de Rio Grande da Serra - SP - Procurador).

Questão original: O agente que comete o fato, sob o domínio de


violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima, é isento de
pena.
74. De acordo com o Código Penal brasileiro, a paixão pode NÃO PODE a uma
privação de sentidos, o que NÃO RESULTA no abolimento da faculdade de
apreciar a criminalidade do fato e de determinar- Se de acordo com essa
apreciação. (CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário).

Questão original: De acordo com o Código Penal brasileiro, a paixão


pode levar a uma privação de sentidos, o que resulta no abolimento da
faculdade de apreciar a criminalidade do fato e de determinar- Se de
acordo com essa apreciação.

Observação: Quando o CP menciona a emoção ou a paixão, ele se


refere a situações de normalidade, ou seja, a emoção ou paixão
incapaz de abolir a capacidade do agente de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento. Caso
contrário, em situações de anormalidade, isto é, quando a emoção ou
paixão se manifesta verdadeiramente como estado patológico
(mórbido), o agente poderá ser tratado, a depender do caso, como
inimputável ou semi- Imputável (em razão da doença mental).

75. Situação hipotética: João, namorado de Maria e por ela apaixonado, não
aceitou a proposta dela de romper o compromisso afetivo porque ela iria
estudar fora do país, e resolveu mantê- La em cárcere privado. Assertiva:
Nessa situação, a atitude de João NÃO ENSEJA o reconhecimento da
inimputabilidade, MESMO que o seu estado psíquico foi abalado pela paixão.
(CESPE - PC- PE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Nessa situação, a atitude de João enseja o


reconhecimento da inimputabilidade, já que o seu estado psíquico foi
abalado pela paixão.

76. A embriaguez completa, culposa por imprudência ou negligência —


aquela que resulta na perda da capacidade do agente de entender o caráter
ilícito de sua conduta —, no momento da prática delituosa: não afasta a
culpabilidade. (CESPE - TJ- DFT - Técnico de Administração).
77. Configura- Se a imputabilidade em caso de: embriaguez culposa,
completa ou incompleta. (FUNCAB - Faceli - Procurador).

78. A embriaguez culposa NÃO É causa excludente de culpabilidade. (CESPE


- TCU - Procurador).

Questão original: A embriaguez culposa é causa excludente de


culpabilidade.

Observação: A embriaguez voluntária (intencional) ocorre quando o


sujeito ingere bebida alcóolica com a vontade de ficar apenas
embriagado (mas não quer praticar nenhum crime). De outro lado, a
embriaguez culposa se verifica quando o sujeito deseja beber, mas
não quer ficar embriagado, todavia, por excesso (imprudente) acaba
embriagando- Se. Segundo o CP a embriaguez voluntária ou culposa
(completa ou incompleta), por álcool ou substância de efeitos análogos
não exclui a imputabilidade penal.

ATENÇÃO: A embriaguez preordenada (dolosa) se verifica quando o


sujeito se embriaga voluntariamente para praticar um crime. Por ser a
mais grave, já que o agente se embriaga com o intuito de ficar mais
corajoso para a prática do delito, tal embriaguez constitui- Se como
agravante, incidindo na segunda fase da aplicação da pena (61, II, “l”,
CP).

79. A embriaguez, quando culposa, NÃO É causa excludente de


imputabilidade. (CESPE - PC- PE - Agente de Polícia).
Questão original: A embriaguez, quando culposa, é causa excludente
de imputabilidade.

80. A embriaguez não acidental e culposa NÃO EXCLUI a imputabilidade no


caso de ser completa. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: A embriaguez não acidental e culposa exclui a


imputabilidade no caso de ser completa.

81. A embriaguez completa, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de


feitos análogos, NÃO EXCLUI a imputabilidade penal. (MPE- RS - MPE- RS -
Secretário de Diligências).

Questão original: A embriaguez completa, voluntária ou culposa, pelo


álcool ou substância de feitos análogos, exclui a imputabilidade penal.

82. A embriaguez voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos


análogos, NÃO EXCLUI a imputabilidade penal. (CAIP- IMES - Prefeitura de
Rio Grande da Serra - SP - Procurador).

Questão original: A embriaguez voluntária ou culposa, pelo álcool ou


substância de efeitos análogos, exclui a imputabilidade penal.

83. ► A embriaguez culposa, por álcool ou substância de efeitos análogos,


NÃO EXCLUI a imputabilidade penal. (VUNESP - TJ- SP - Titular de Serviços
de Notas e de Registros).

Questão original: A embriaguez culposa, por álcool ou substância de


efeitos análogos, exclui a imputabilidade penal.

84. A embriaguez, mesmo completa, não exclui a imputabilidade penal, se


voluntária ou mesmo culposa. Se preordenada, enseja ainda a aplicação de
agravante genérica na segunda fase da dosimetria da pena. (IESES - TJ- SC
- Titular de Serviços de Notas e de Registros).
85. O agente que por embriaguez incompleta e voluntária não for, ao tempo da
ação ou da omissão, inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato
NÃO SERÁ isento de pena. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O agente que por embriaguez incompleta e


voluntária não for, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente capaz
de entender o caráter ilícito do fato será isento de pena.

86. O sujeito que no momento da prática do crime não era capaz de se


determinar, completamente, de acordo com o entendimento do caráter ilícito do
fato em razão de embriaguez culposa, NÃO PODERÁ ter a pena reduzida de
um a dois terços. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: O sujeito que no momento da prática do crime não


era capaz de se determinar, completamente, de acordo com o
entendimento do caráter ilícito do fato em razão de embriaguez culposa,
poderá ter a pena reduzida de um a dois terços.

87. Um policial militar, em dia de folga e vestido com traje civil, se embriagou
voluntariamente e saiu à rua armado, decidido a roubar um carro. Empunhando
seu revólver particular, ele abordou um motorista e o ameaçou, obrigando- O a
descer do automóvel. A vítima obedeceu, mas, ao perceber a embriaguez do
assaltante, saiu correndo com as chaves do carro. Deparando- Se adiante com
uma viatura da polícia militar, relatou o ocorrido aos componentes da
guarnição, que foram ao local e prenderam o policial em flagrante. Em
decorrência de tais fatos, o policial foi submetido a processo penal que resultou
na sua condenação em três anos, dez meses e vinte dias de reclusão pela
tentativa de roubo. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção
correta de acordo com a jurisprudência do STJ. O agente RESPONDERIA por
crime doloso INDEPENDENTEMENTE se estava em estado de embriaguez,
MESMO sendo incapaz de entender o caráter criminoso de suas ações, POIS
SE EMBRIAGOU VOLUNTARIAMENTE. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).

Questão original: O agente não responderia por crime doloso porque


estava em estado de embriaguez, sendo incapaz de entender o caráter
criminoso de suas ações.

88. Em seu primeiro evento na faculdade, Rodrigo ingeriu, com a intenção de


comemorar, grande quantidade de bebida alcoólica. Apesar de não ter
intenção, a grande quantidade de álcool fez com que ficasse embriagado e, em
razão desse estado, acabou por iniciar discussão desnecessária e causar lesão
corporal grave em José, ao desferir contra ele dois socos. Todas as
informações acima são confirmadas em procedimento de investigação criminal.
Ao analisar as conclusões do procedimento caberá ao Promotor de Justiça
reconhecer: (FGV - MPE- AL - Analista Jurídico).

88.1. A existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez


foi culposa, não sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-
Ordenada.

88.2. A PRESENÇA de culpabilidade do agente diante da situação de


embriaguez culposa. (FGV - MPE- AL - Analista Jurídico).

Questão original: A ausência de culpabilidade do agente diante da


situação de embriaguez culposa.

88.3. A PRESENÇA de culpabilidade do agente em razão da embriaguez


completa, NÃO PROVENIENTE de caso fortuito, aplicando- Se PENA. (FGV -
MPE- AL - Analista Jurídico).

Questão original: A ausência de culpabilidade do agente em razão da


embriaguez completa, proveniente de caso fortuito, aplicando- Se
medida de segurança.

89. Joana foi para a festa de aniversário de sua melhor amiga em uma boate e,
feliz pela comemoração, passou a ingerir bebida alcoólica em quantidade
exagerada. Ao final da festa, Joana estava completamente alcoolizada, apesar
de ela não ter tido intenção de ficar nesse estado. Saindo da boate, deparou-
Se com sua inimiga Gabriela e, alterada pela bebida, jogou um copo de vidro
na cabeça desta, causando- Lhe lesões graves. Diante dessa situação,
considerando apenas os fatos narrados e que esses foram provados, é correto
afirmar que Joana: deverá ser condenada, pois a embriaguez culposa não
exclui a imputabilidade. (FGV - DPE- RO - Analista Jurídico).
90. Situação hipotética: Em uma festa de aniversário, Elias, no intuito de perder
a inibição e conquistar Maria, se embriagou e, devido ao seu estado,
provocado pela imprudência na ingestão da bebida, agrediu fisicamente o
aniversariante. Assertiva: Nessa situação, Elias SERÁ punido pelo crime de
lesões corporais, MESMO QUE por ausência total de sua capacidade de
entendimento e de autodeterminação. (CESPE - PC- PE - Escrivão de Polícia
Civil).

Questão original: Situação hipotética: Em uma festa de aniversário,


Elias, no intuito de perder a inibição e conquistar Maria, se embriagou e,
devido ao seu estado, provocado pela imprudência na ingestão da
bebida, agrediu fisicamente o aniversariante. Assertiva: Nessa situação,
Elias não será punido pelo crime de lesões corporais por ausência total
de sua capacidade de entendimento e de autodeterminação.

91. João e Maria foram casados por cinco anos e, após o divórcio, continuaram
a residir no mesmo lote, porém em casas diferentes. Certo dia, João, depois de
ingerir bebidas alcoólicas, abordou Maria em um ponto de ônibus e, movido por
ciúmes, iniciou uma discussão e a ameaçou de morte. Maria, ao retornar para
casa à noite depois do trabalho, encontrou o ex- Marido ainda embriagado; ele
novamente a ameaçou de morte, acusando- A de traição. Ela foi à delegacia e
registrou boletim de ocorrência acerca do acontecido, o que ensejou início de
procedimento criminal contra João. Com referência a essa situação hipotética,
assinale a opção correta à luz da jurisprudência dos tribunais superiores. A
embriaguez voluntária de João NÃO PODERÁ ser considerada excludente de
culpabilidade caso ele comprove que estava em estado de plena incapacidade
nos momentos das ameaças. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

Questão original: A embriaguez voluntária de João poderá ser


considerada excludente de culpabilidade caso ele comprove que estava
em estado de plena incapacidade nos momentos das ameaças.

92. Situação hipotética: Cléber, com trinta e quatro anos de idade, pretendia
matar, durante uma festa, seu desafeto, Sérgio, atual namorado de sua ex-
Noiva. Sem coragem para realizar a conduta delituosa, Cléber bebeu grandes
doses de vodca e, embriagado, desferiu várias facadas contra Sérgio, que
faleceu em decorrência dos ferimentos provocados pelas facadas. Assertiva:
Nessa situação, configura- Se: embriaguez voluntária dolosa, o que permite ao
juiz AGRAVAR a pena imputada a Cléber, já que MESMO não tendo plena
capacidade de entender o caráter ilícito de seus atos no momento em que
esfaqueou Sérgio, O MESMO SE EMBRIAGOU COM O INTUITO DE CRIAR
CORAGEM PARA A PRÁTICA DO CRIME. (CESPE - TCU - Auditor Federal
de Controle Externo).

Questão original: Nessa situação, configura- Se embriaguez voluntária


dolosa, o que permite ao juiz reduzir a pena imputada a Cléber, uma
vez que ele não tinha plena capacidade de entender o caráter ilícito de
seus atos no momento em que esfaqueou Sérgio.

93. Situação hipotética: Carlos, indivíduo perfeitamente saudável, se embriagou


voluntariamente em virtude da celebração de seu aniversário e, sob essa
condição, causou lesão grave a Daniel, seu primo. Assertiva: Nessa situação,
se for condenado, Carlos poderá ter a PENA AGRAVADA. (CESPE - TCE- RN
- Assessor Jurídico).

Questão original: Nessa situação, se for condenado, Carlos poderá ter


a pena atenuada ou substituída por tratamento ambulatorial.

94. Tício, decidido a se matar, mas sem coragem, embebeda- Se


completamente, tornando- Se totalmente incapaz de entendimento.
Acreditando que estava na sacada de seu apartamento, no 20° andar, Tício se
joga. Contudo, ele pulou da janela do quarto do sobrado da casa de sua irmã,
onde se encontrava, passando férias. Muito embora não tenha tido êxito no
intento de por fim à própria vida, Tício, por infelicidade, caiu bem em cima da
sobrinha Mévia, de oito meses, que estava no quintal, tomando o banho de sol
matinal. A criança não resistiu aos ferimentos, e morreu. Diante da situação
hipotética, considerando a Parte Geral e Especial do Código Penal, assinale a
alternativa correta: Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não
terá a culpabilidade excluída, mas poderá ter a pena perdoada
judicialmente, pelo homicídio culposo da sobrinha. (VUNESP - MPE- SP -
Analista Jurídico).

95. Se a embriaguez acidental for completa, acarretará a irresponsabilidade


penal. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

96. A embriaguez completa provocada por caso fortuito é causa de


inimputabilidade do agente. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área
Administrativa).

97. Constitui causa que exclui a imputabilidade a embriaguez acidental


completa proveniente da ingestão de álcool. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA
- PE - Cargos de Nível Superior).

98. Embriaguez COMPLETA proveniente de caso fortuito é hipótese de


INIMPUTABILIDADE. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: Embriaguez proveniente de caso fortuito é hipótese


de inexigibilidade de conduta diversa.

Observação: A embriaguez acidental (fortuita) é a embriaguez


involuntária, isto é, o sujeito acaba ficando embriagado em decorrência
de caso fortuito ou força maior. Neste caso, a embriaguez completa
exclui a imputabilidade penal do réu, ficando isento de pena (28, §1º,
CP). Entretanto, sendo a embriaguez incompleta, o réu deve ser
condenado com diminuição de pena de um a dois terços (28, §2º, CP).

ATENÇÃO: Quando a embriaguez acidental (fortuita) é completa,


além de o agente não sofrer imposição pena, não há que se falar em
aplicação de medida de segurança. Isso porque, na realidade, o réu é
sujeito imputável, sendo apenas considerando inimputável no momento
do fato praticado, já que sua embriaguez foi involuntária (proveniente
de caso fortuito ou força maior).
99. Entre as causas de exclusão da imputabilidade, encontra- Se a embriaguez
COMPLETA, mas sempre INVOLUNTÁRIA. (VUNESP - PC- BA - Investigador
de Polícia Civil).

Questão original: Entre as causas de exclusão da imputabilidade,


encontra- Se a embriaguez completa ou incompleta, mas sempre
voluntária.

100. Um dos elementos da culpabilidade, a imputabilidade será excluída no


caso de o agente atuar sob o estado de embriaguez completa
fortuita. (CESPE - TRE- PE - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam a


classificação da embriaguez quanto à origem que não excluem a
imputabilidade:

a) intencional;

c) culposa;

d) preordenada;

e) voluntária.

101. Será isento de pena o agente que, por embriaguez ACIDENTAL


COMPLETA, não for capaz de entender o caráter ilícito do fato. (CESPE -
TRE- RS - Analista Judiciário).

102. É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de


FORÇA MAIOR ou de caso fortuito, ao tempo da ação ou da omissão, era
INTEIRAMENTE incapaz de entender o caráter ilícito desse fato ou de
determinar- Se conforme esse entendimento. (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA -
PE - Perito Criminal).

Questão original: É isento de pena o agente que, por embriaguez


completa, proveniente de culpa ou de caso fortuito, ao tempo da ação
ou da omissão, era parcialmente incapaz de entender o caráter ilícito
desse fato ou de determinar- Se conforme esse entendimento.

103. É isento de pena o agente que, por embriaguez INVOLUNTÁRIA


COMPLETA, pelo álcool ou substância de efeitos análogos, era, ao tempo da
ação ou da omissão, totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar- Se de acordo com esse entendimento. (COMPERVE - Câmara
de Natal - RN - Guarda Municipal).

Questão original: É isento de pena o agente que, por embriaguez,


voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos,
era, ao tempo da ação ou da omissão, totalmente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse
entendimento.

104. Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal é excluída pela


embriaguez completa e INVOLUNTÁRIA que torna o autor, ao tempo da ação
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar- Se de acordo com esse entendimento. (VUNESP - PC- CE -
Inspetor de Polícia).

Questão original: Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal


é excluída pela embriaguez completa e culposa que torna o autor, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse
entendimento.

105. Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal é excluída pela


EMBRIAGUEZ COMPLETA, proveniente de caso fortuito ou força maior, que
privou o autor, ao tempo da ação ou da omissão, da plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse
entendimento. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).

Questão original: Nos termos do Código Penal, a imputabilidade penal


é excluída pela embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força
maior, que privou o autor, ao tempo da ação ou da omissão, da plena
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de
acordo com esse entendimento.

106. A embriaguez EXCLUI a imputabilidade NOS CASOS EM QUE o agente


se embriaga completamente em razão de caso fortuito ou força maior. (CESPE
- PC- PE - Agente de Polícia).

Questão original: A embriaguez não exclui a imputabilidade, mesmo


quando o agente se embriaga completamente em razão de caso
fortuito ou força maior.

107. NÃO É isento de pena o agente que, por embriaguez incompleta, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente capaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento. (PUC- PR -
TJ- MS - Analista Judiciário).

Questão original: É isento de pena o agente que, por embriaguez


incompleta, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente capaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com
esse entendimento.

108. A embriaguez acidental, proveniente de força maior ou caso fortuito, NÃO


EXCLUI a culpabilidade QUANDO o sujeito ativo possua, ao tempo da ação,
parcial capacidade de entender o caráter ilícito do fato que praticou. (CESPE -
STM - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: A embriaguez acidental, proveniente de força maior


ou caso fortuito, exclui a culpabilidade, ainda que o sujeito ativo
possuísse, ao tempo da ação, parcial capacidade de entender o caráter
ilícito do fato que praticou.

109. A pena pode ser reduzida de dois terços, se o agente, por embriaguez
INVOLUNTÁRIA, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo
com esse entendimento. (COMPERVE - Câmara de Natal - RN - Guarda
Municipal).

Questão original: A pena pode ser reduzida de dois terços, se o


agente, por embriaguez voluntária, não possuía, ao tempo da ação ou
da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar- Se de acordo com esse entendimento.

110. O efeito do álcool ou de droga, proveniente de caso fortuito ou de força


maior, se determina a incapacidade de culpabilidade na prática de crime,
não permite a aplicação de qualquer medida de segurança, e se determina a
capacidade relativa de culpabilidade na prática de crime, constitui fator
obrigatório de redução de pena. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

111. Luiz cometeu um crime e, em sua defesa, alegou embriaguez. Após as


investigações e perícias cabíveis, foi reconhecida a hipótese de exclusão da
imputabilidade. Nessa situação hipotética, a exclusão da imputabilidade
deveu- Se ao fato de se tratar de uma embriaguez: acidental ou fortuita
completa. (CESPE - PC- MA - Médico legista).

112. Situação hipotética: Elizeu ingeriu, sem saber, bebida alcoólica, pensando
tratar- Se de medicamento que costumava guardar em uma garrafa, e perdeu
totalmente sua capacidade de entendimento e de autodeterminação. Em
seguida, entrou em uma farmácia e praticou um furto. Assertiva: Nesse caso,
Elizeu será isento de pena, por estar configurada a sua inimputabilidade.
(CESPE - PC- PE - Escrivão de Polícia Civil).

113. Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de


medicação diária. A doença, por si só, não prejudica a capacidade de
compreensão. Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida
alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da
capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em
seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para
desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem
saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico),
pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a
consciência, soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a
morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito da situação, é
correto afirmar que: Tício é inimputável, sendo isento de pena, pois
praticou o crime em estado de completa embriaguez, decorrente de caso
fortuito. (VUNESP - IPSMI - Procurador).

114. Maria é aprovada no vestibular para uma determinada Universidade


Federal. No dia da matrícula, Maria, caloura, é recebida pelos alunos veteranos
da universidade e submetida a um trote acadêmico violento. Além de outras
coisas que foi obrigada a fazer, Maria foi amarrada em uma cadeira de bar e
obrigada a ingerir bebida alcoólica até ficar completamente embriagada e sem
qualquer possibilidade de entender o caráter ilícito de um fato ou de
determinar- Se de acordo com este entendimento. Maria é liberada do trote e
sai do bar, dirigindo- Se até o seu veículo que estava estacionado em via
pública, sem conseguir movimentá- Lo. Abordada por policiais, desacatou- Os.
Neste caso, no que concerne ao crime de desacato: estará isenta de pena.
(FCC - TRE- AP - Analista Judiciário - Área Administrativa).

115. Dois prefeitos de cidades vizinhas, Ricardo e Bruno, encontram- Se em


um bar, após uma reunião cansativa de negócios. Ricardo bebia doses de
whisky e, mesmo não sendo essa sua intenção, acabou ficando embriagado.
Enquanto isso, Bruno bebia apenas refrigerante, mas foi colocado em seu copo
um comprimido de substância psicotrópica por um eleitor de sua cidade, que
também o deixou completamente embriagado. Após, ainda alterados, cada um
volta para a sede de sua prefeitura e apropriam- Se de bens públicos para
proveito próprio. Considerando o fato narrado, é correto afirmar que: Ricardo
deverá responder pelo crime praticado, enquanto Bruno é isento de pena.
(FGV - TCM- SP - Direito).
116. Paulo é estudante de uma determinada faculdade do Estado de Roraima,
cursando o primeiro semestre. No início deste ano de 2015 Paulo é submetido
a um trote acadêmico violento e, amarrado, é obrigado a consumir à força
bebida alcoólica e substância entorpecente. Após o trote, Paulo,
completamente embriagado e incapacitado de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento por conta desta
embriaguez e do uso de droga, desloca- Se até uma Delegacia de Polícia da
cidade de Boa Vista, onde tramita um inquérito contra ele por crime de lesão
corporal dolosa decorrente de uma briga em uma casa noturna, e oferece R$
10.000,00 em dinheiro ao Delegado de Polícia para que este não dê
prosseguimento às investigações. Paulo acaba preso em flagrante pela
Autoridade Policial. No caso hipotético exposto, Paulo: é isento de pena pelo
crime cometido nas dependências da Delegacia de Polícia. (FCC - TRE-
RR - Analista Judiciário - Área Judiciária).

117. Situação hipotética: Paulo foi obrigado a ingerir álcool por coação física e
moral irresistível, o que afetou parcialmente o controle sobre suas ações e o
levou a esfaquear um antigo desafeto. Assertiva: Nesse caso, a retirada parcial
da capacidade de entendimento e de autodeterminação de Paulo ENSEJA a
redução da sua pena no caso de eventual condenação. (CESPE - PC- PE -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Nesse caso, a retirada parcial da capacidade de


entendimento e de autodeterminação de Paulo não enseja a redução
da sua pena no caso de eventual condenação.

118. A actio libera in causa se caracteriza: quando o agente comete o crime em


estado de embriaguez não proveniente de caso fortuito ou força maior.

119. A actio libera in causa NÃO SE CARACTERIZA: quando o agente, em


estado de embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior,
que enseja isenção de pena, pratica fato definido como crime. (MPE- SP -
MPE- SP - Promotor de Justiça).
Questão original: A actio libera in causa se caracteriza: quando o
agente, em estado de embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, que enseja isenção de pena, pratica fato definido
como crime.
Observação: A “actio libera in causa” (ação livre na causa) se
verifica quando o agente se autocoloca voluntariamente em estado
de inimputabilidade, sendo que, posteriormente, pratica um crime em
estado de inconsciência (privado de entender a ilicitude do fato ou de se
autocontrolar). Segundo a teoria “actio libera in causa”, para
constatar- Se a imputabilidade penal do agente nos casos de
embriaguez, o dolo e a culpa devem ser analisados no momento em
que o agente se embriagou (seja a embriaguez preordenada,
voluntária ou culposa), e não quando o crime foi praticado. Assim, a
culpabilidade não será excluída quando o próprio sujeito se coloca em
estado de embriaguez.

ATENÇÃO: Apesar da controvérsia em âmbito doutrinário, há


entendimento de que o direito penal ainda admite a responsabilidade
penal objetiva no que tange a punição daquele que pratica o fato em
estado de embriaguez voluntária ou culposa, resultante da teoria da
“actio libera in causa” (28, II, CP).

120. Segundo a teoria do tipo, que exige coincidência entre capacidade de


culpabilidade e realização dolosa ou culposa do tipo de injusto, em situações
de actio libera in causa, o dolo ou culpa do agente devem ser aferidos na
ação anterior de autocolocação em estado de incapacidade temporária de
culpabilidade. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

121. O Direito Penal trabalha com a necessidade de se apurar a


responsabilidade subjetiva para punir o autor do crime. No que concerne à
responsabilidade objetiva, o Direito Penal: Admite- A excepcionalmente,
quando pune aquele que agiu em estado de completa embriaguez culposa.
(VUNESPE - PC- SP - Delegado de Polícia).
122. O Direito Penal trabalha com a necessidade de se apurar a
responsabilidade subjetiva para punir o autor do crime. No que concerne à
responsabilidade objetiva, o Direito Penal: ADMITE- A EXCEPCIONALMENTE,
QUANDO HÁ PUNIÇÃO DO AGENTE QUE PRATICOU O FATO EM
ESTADO DE EMBRIAGUEZ VOLUNTÁRIA OU CULPOSA. (VUNESPE - PC-
SP - Delegado de Polícia).

Questão original: O Direito Penal trabalha com a necessidade de se


apurar a responsabilidade subjetiva para punir o autor do crime. No que
concerne à responsabilidade objetiva, o Direito Penal: não a admite,
em hipótese alguma.

123. Na situação em que o agente, com o fim precípuo de cometer um roubo,


embriaga- Se para ter coragem suficiente para a execução do ato, SE APLICA
a teoria da actio libera in causa ou da ação livre na causa. (CESPE - PC- PE -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Na situação em que o agente, com o fim precípuo de


cometer um roubo, embriaga- Se para ter coragem suficiente para a
execução do ato, não se aplica a teoria da actio libera in causa ou da
ação livre na causa.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A inimputabilidade é causa de exclusão da culpabilidade. Para a sua


identificação o direito penal adotou, como regra, o sistema biopsicológico. De forma
excepcional, adotou o sistema biológico para os menores de 18 anos e o sistema
psicológico para a embriaguez completa e involuntária.

2. São as causas de inimputabilidade: doença mental, desenvolvimento mental


incompleto, desenvolvimento mental retardado, menoridade e embriaguez proveniente
de caso fortuito ou forma maior. (A embriagues patológica ou crônica é considerada
como doença mental).

3. O agente inimputável, isto é, aquele que por doença mental ou desenvolvimento


mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com
esse entendimento é isento de pena, pois não há culpabilidade. Neste caso, o Juiz
absolve o réu (absolvição imprópria) e aplica medida de segurança.
4. Se o agente for semi- Imputável, isto é, não era inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar- Se de acordo com esse entendimento (em
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado), o Juiz irá condená- Lo, aplicando- Lhe pena com redução de 1/3 a 2/3.
Contudo, se a perícia constatar que o réu apresenta periculosidade, o Juiz poderá
substituir a pena diminuída por medida de segurança (sistema vicariante ou unitário).
5. Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis, no entanto, ficam sujeitos
às normas do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

6. A emoção ou a paixão não excluem a imputabilidade, contudo, pode influenciar


na fixação da pena, funcionando como atenuante ou causa de diminuição da pena
(figura privilegiada).

7. A embriaguez (completa ou incompleta), voluntária ou culposa, pelo álcool ou


substância de efeitos análogos, não exclui a imputabilidade penal.

8. A embriaguez acidental (fortuita) – embriaguez involuntária (decorrente de caso


fortuito ou força maior) quando completa, exclui a imputabilidade, ficando isento de
pena (e medida de segurança). Entretanto, sendo a embriaguez incompleta, o réu
será condenado com diminuição de pena de um a dois terços.

9. Segundo a teoria “actio libera in causa”, para constatar- Se a imputabilidade


penal do agente (nos casos de embriaguez) o dolo e a culpa devem ser analisados no
momento em que ele se embriagou (seja embriaguez preordenada, voluntária ou
culposa), e não quando o crime foi praticado. Assim, não há exclusão da culpabilidade
para o sujeito que se autocoloca voluntariamente em estado de inimputabilidade.

2.26. CONCURSO DE PESSOAS

Concurso de pessoas

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

§1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída


de um sexto a um terço.

§2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
Lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

Circunstâncias incomunicáveis

Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter


pessoal, salvo quando elementares do crime.

Casos de impunibilidade
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado.
1. O Código Penal brasileiro traz diversos crimes que podem ser praticados por
uma única pessoa, mas também prevê algumas hipóteses em que o concurso
de pessoas é necessário. Como regra geral, quando duas ou mais pessoas,
unidas em ações e desígnios, praticam em conjunto um delito, pode- Se falar
em concurso de pessoas. Sobre essa tema, é correto afirmar que o Código
Penal adotou, em regra, a Teoria: Monista, com exceções. (FGV - TJ- RO -
Oficial de Justiça).

2. MESMO tendo o CP adotado a teoria monista, HÁ como punir


diferentemente todos quantos participem direta ou indiretamente para a
produção do resultado danoso. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).

Questão original: Tendo o CP adotado a teoria monista, não há como


punir diferentemente todos quantos participem direta ou indiretamente
para a produção do resultado danoso.

Observação: Como regra, o CP adotou a teoria monista (monística,


unitária), pois todo aquele que concorre para o crime, responde pelo
mesmo crime (art. 29, CP). Contudo, frisa- Se que a sanção penal
incidirá de forma individualizada, não implicando em pena igual aos
réus.

ATENÇÃO: De forma excepcional, o CP acolheu a teoria pluralista


(pluralística), pois em alguns casos os agentes responderão por crimes
diferentes, mesmo desejando e concorrendo para o mesmo resultado.
(Tal situação se verifica em poucos crimes no CP, como por exemplo,
nos crimes de corrupção passiva e corrupção ativa).

3. No que se refere ao concurso de pessoas, configuram exceções à TEORIA


MONISTA a previsão expressa de conduta de cada concorrente em tipo penal
autônomo. (CESPE - TRE- MT - Analista).
Questão original: No que se refere ao concurso de pessoas,
configuram exceções à teoria dualista a previsão expressa de conduta
de cada concorrente em tipo penal autônomo e a cooperação
dolosamente distinta.

4. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Investigador).

5. ► Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua CULPABILIDADE. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime


incide nas penas a este cominadas, na medida de sua personalidade.

6. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua CULPABILIDADE. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).
Questão original: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua voluntariedade.

7. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, HAVENDO distinção em razão da maior ou menor culpabilidade.
(NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime


incide nas penas a este cominadas, não havendo distinção em razão
da maior ou menor culpabilidade.

8. Sobre o concurso de pessoas, é CORRETO afirmar que o Código Penal:


Adotou em relação aos concorrentes a teoria MONISTA, traduzida pela
introdução da cláusula restritiva “na medida de sua culpabilidade”. (FUNDEP -
Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de Justiça).
Questão original: Adotou em relação aos concorrentes a teoria
dualista, traduzida pela introdução da cláusula restritiva “na medida de
sua culpabilidade”.

9. A culpabilidade, entendida como o grau de reprovabilidade do agente


pelo fato criminoso praticado, constitui parâmetro legal para a fixação da pena
de cada concorrente no caso de concurso de pessoas. (FCC - DPE- ES -
Defensor Público).

10. Segundo o Código Penal, o coautor ou partícipe, DE ACORDO COM O


crime para o qual quis concorrer, será punido segundo a pena do crime
efetivamente praticado. (VUNESP - TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Segundo o Código Penal, o coautor ou partícipe,


independentemente do crime para o qual quis concorrer, será punido
segundo a pena do crime efetivamente praticado, pois assumiu o
risco do resultado.

11. Pedro, funcionário público, solicitou a Maria a quantia de R$ 10.000 para


não lavrar auto de infração decorrente de ato ilícito descoberto durante
fiscalização fazendária. Ao perceber que teria que pagar uma multa de mais de
R$ 20.000, Maria prontamente concordou com a proposta e realizou o
pagamento. Nessa situação, Maria NÃO RESPONDERÁ como partícipe do
delito de corrupção passiva, uma vez que, quanto ao concurso de agentes, o
Código Penal NÃO ADOTOU exclusivamente a teoria unitária do crime.
(CESPE - TCE- PA - Auditor de Controle Externo - Direito).

Questão original: Nessa situação, Maria responderá como partícipe


do delito de corrupção passiva, uma vez que, quanto ao concurso de
agentes, o Código Penal adotou exclusivamente a teoria unitária do
crime.

12. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de


um sexto a um terço. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Investigador).
Observação: A participação de menor importância se manifesta
como causa de diminuição da pena, sendo que o partícipe (e não o
coautor) terá sua pena reduzida (de 1/6 a 1/3) em razão de sua
participação ter sido de pouca eficácia em relação ao resultado. Caso
contrário, demonstrado que a participação não contribuiu em nada no
resultado (participação inócua), não há que se falar em concurso de
pessoas.

13. Se a participação for de MENOR importância, a pena pode ser DIMINUÍDA


de um sexto a um terço. (VUNESP - Prefeitura de Porto Ferreira - SP -
Procurador Jurídico).

Questão original: Se a participação for de maior importância, a pena


pode ser majorada de um sexto a um terço.

14. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de


um sexto a UM TERÇO. (IDECAN - SEJUC- RN - Agente Penitenciário -
Superior).
Questão original: Se a participação for de menor importância, a pena
pode ser diminuída de um sexto à metade.

15. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de


1/6 (UM SEXTO) A 1/3 (UM TERÇO). (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente
Penitenciário - Superior).

Questão original: Se a participação for de menor importância, a pena


pode ser diminuída de 1/5 (um quinto) a 1/2 (metade).

16. Se a participação for de menor importância, será aplicada CAUSA DE


DIMINUIÇÃO DE PENAL (UM SEXTO A UM TERÇO). (VUNESP - PC- BA -
Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Se a participação for de menor importância, será


aplicada atenuante genérica.
17. NÃO Aplica-se amesma pena a todos os coautores, AINDA MAIS
QUANDO a participação seja de menor importância. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Aplica-se amesma pena a todos os coautores, ainda


que a participação seja de menor importância.

18. Mévio, pela participação de menor importância na prática de furto à


residência de Tício, poderá ter a pena diminuída. (VUNESP - PC- SP -
Escrivão de Polícia Civil).

19. Tratando- Se de crimes contra a vida, se a participação for de menor


importância, a pena aplicada poderá ser diminuída de um sexto a um terço.
(CESPE - TRE- PI - Analista Judiciário).

20. Quando o partícipe instiga outrem a praticar um crime de homicídio, mas


durante a execução do ataque tenta impedir que o resultado se produza, mas
não consegue, pode- Se dizer que, consequentemente: É reconhecível a
participação de menor importância. (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas -
BA - Procurador Municipal).

21. Roberto, Pedro e Lucas planejaram furtar uma relojoaria. Para a


consecução desse objetivo, eles passaram a vigiar a movimentação da loja
durante algumas noites. Quando perceberam que o lugar era habitado pela
proprietária, uma senhora de setenta anos de idade, que dormia, quase todos
os dias, em um quarto nos fundos do estabelecimento, eles desistiram de seu
plano. Certa noite depois dessa desistência, sem a ajuda de Roberto, quando
passavam pela frente da loja, Pedro e Lucas perceberam que a proprietária
não estava presente e decidiram, naquele momento, realizar o furto. Pedro
ficou apenas vigiando de longe as imediações, e Lucas entrou na relojoaria
com uma sacola, quebrou a máquina registradora, pegou o dinheiro ali
depositado e alguns relógios, saiu em seguida, encontrou- Se com Pedro e
deu- Lhe 10% dos valores que conseguiu subtrair da loja. Na situação
hipotética descrita no texto: Se a atuação de Pedro for tipificada como
participação de menor importância, a pena dele poderá ser diminuída.
(CESPE - PC- CE - Agente de Polícia).

22. Um homem, maior de idade e capaz, conduzia em seu veículo três


comparsas armados com revólveres: eles pretendiam praticar um roubo.
Avistaram um caminhão de cargas estacionado em um posto de gasolina e,
aproveitando- Se da distração do motorista, os três comparsas abordaram- No
com violência e subtraíram parte da carga de computadores e notebooks. Os
quatro foram presos logo em seguida e os bens foram restituídos à vítima. Em
julgamento, o homem que transportava os comparsas confessou a conduta e
informou que o seu papel na empreitada criminosa era somente aguardar os
comparsas e propiciar a fuga. Foi informado nos autos que o réu respondia a
processo por crime de roubo, o que foi considerado como antecedente. Na
sentença, ele foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão. Ao
analisar a dosimetria da pena, o juiz considerou que a culpabilidade estava
comprovada nos autos, tendo afirmado que “a conduta do réu é altamente
reprovável, sua personalidade é voltada para o crime; os motivos e as
circunstâncias do crime não o favoreceram; as consequências do crime
revelaram- Se graves e as vítimas em nada contribuíram para o seu
cometimento”. Como a situação econômica do réu lhe era desfavorável, ele foi
assistido pela defensoria pública. Acerca dos fundamentos da sentença
proferida na situação hipotética apresentada, assinale a opção correta,
considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: A pena imposta ao
réu NÃO DEVE ser reduzida com fundamento na participação de menor
importância, dado que ele TEVE PAPEL FUNDAMENTAL NA EMPREITADA
CRIMINOSA. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

Questão original: A pena imposta ao réu deve ser reduzida com


fundamento na participação de menor importância, dado que ele não
estava armado e não participou diretamente da ação de subtração.

23. Sobre o concurso de pessoas, é CORRETO afirmar que o Código Penal:


Incorporou solução reclamada pela doutrina para o desvio subjetivo, que se
aplica tanto a coautores, como a partícipes. (FUNDEP - Gestão de Concursos
- MPE- MG - Promotor de Justiça).

Observação: A cooperação dolosamente distinta (desvio subjetivo)


ocorre quando algum dos concorrentes quis participar de crime menos
grave, aplicando- Lhe a pena deste crime (menos grave). Não há
concurso de pessoas, visto que inexiste o vínculo subjetivo em relação
ao crime mais grave (em obediência ao princípio da responsabilidade
subjetiva). Conduto, a sua pena será aumentada de 1/2 (metade)
quando o resultado mais grave for previsível, conforme dispõe o art.
29, §2º, CP.

24. O desvio subjetivo de conduta É alcançado pelas disposições do Código


Penal sobre concurso de pessoas. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

Questão original: O desvio subjetivo de conduta não é alcançado


pelas disposições do Código Penal sobre concurso de pessoas.

25. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
Lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (INSTITUTO AOCP -
PC- ES - Investigador).

26. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser- Lhe-
á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até METADE, na hipótese
de ter sido previsível o resultado mais grave. (VUNESP - Prefeitura de Porto
Ferreira - SP - Procurador Jurídico).

Questão original: Se algum dos concorrentes quis participar de crime


menos grave, ser- Lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
aumentada até o dobro, na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave.
27. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser- Lhe-
á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a METADE, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (NUCEPE - SEJUS- PI -
Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Se algum dos concorrentes quis participar de crime


menos grave, ser- Lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
aumentada até a 1/3 (um terço), na hipótese de ter sido previsível o
resultado mais grave.

28. No caso de um dos concorrentes optar por participar de crime menos


grave, a ele será aplicada a pena referente a este crime, que deverá ser
aumentada na hipótese de TER sido previsível o resultado mais grave. (CESPE
- TRE- PI - Analista Judiciário).

Questão original: No caso de um dos concorrentes optar por participar


de crime menos grave, a ele será aplicada a pena referente a este
crime, que deverá ser aumentada mesmo na hipótese de não ter sido
previsível o resultado mais grave.

29. Ao concorrente que quis participar de crime menos grave, NÃO SERÁ
aplicada a mesma pena do concorrente, POIS será aplicada a PENA DESTE
CRIME MENOS GRAVE. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Ao concorrente que quis participar de crime menos


grave, será aplicada a mesma pena do concorrente, diminuída, no
entanto, de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço).

30. Ainda que algum dos concorrentes tenha querido participar de crime menos
grave, ser- Lhe-á, obrigatoriamente, aplicada a pena DESTE, ante a adoção
DA RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA. (FCC - ALESE - Analista
Legislativo - Processo Legislativo).

Questão original: Ainda que algum dos concorrentes tenha querido


participar de crime menos grave, ser- Lhe-á, obrigatoriamente, aplicada
a pena idêntica do crime praticado pelo seu comparsa, ante a
adoção pelo Código Penal da teoria monista.

31. Reconhecida a intenção do coautor de participar de crime menos grave, o


juiz deverá aplicar- Lhe a pena DESTE. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

Questão original: Reconhecida a intenção do coautor de participar de


crime menos grave, o juiz deverá aplicar- Lhe a pena em relação ao
mesmo crime dos demais acusados, diminuindo- A, todavia, de um
sexto até a metade.

32. A cooperação dolosamente distinta PERMITE a aplicação diferenciada de


penas para aqueles que participam do crime. (CESPE - SERES- PE - Agente
Penitenciário - Superior).

Questão original: A cooperação dolosamente distinta não permite a


aplicação diferenciada de penas para aqueles que participam do crime.

33. Mévio, tendo ajustado com Caio apenas a prática de furto à residência de
Tício, NÃO RESPONDERÁ pelos demais crimes eventualmente praticados por
Caio, QUANDO não previsíveis. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Mévio, tendo ajustado com Caio apenas a prática de


furto à residência de Tício, responderá pelos demais crimes
eventualmente praticados por Caio, ainda que não previsíveis.

34. Se “A” determina que “B” aplique uma surra em “C”, e este, ao executar a
ação, excede- Se, causando a morte de “C”, o Código Penal Brasileiro
determina que SOMENTE “B” RESPONDA por homicídio, em decorrência da
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª
REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: Se “A” determina que “B” aplique uma surra em “C”,
e este, ao executar a ação, excede- Se, causando a morte de “C”, o
Código Penal Brasileiro determina que ambos respondam por
homicídio, em decorrência da adoção do sistema monista no concurso
de pessoas.

35. A e B combinam a prática do crime de furto, mas durante a execução A se


excede em relação ao dolo comum e emprega violência contra a vítima,
praticando o crime de roubo: se tal resultado era previsível, B responde pelo
crime de furto qualificado pelo concurso de agentes (CP, art. 155, § 4º, inciso
IV), com causa de aumento de pena. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

36. Pedro e Paulo combinam de furtar uma quitanda. Acertam que, dentro do
estabelecimento, um deles distrairá o dono do estabelecimento, fingindo um
desmaio, enquanto o outro, sem ser visto, aproximar- Se-á da caixa
registradora e subtrairá, sorrateiramente, as cédulas de dinheiro que lá se
encontram. No dia da ação criminosa, sem que Pedro saiba, Paulo carrega
uma arma de fogo consigo. Quando Paulo finge o desmaio o dono da quitanda
percebe que ele portava uma arma de fogo e foge, levando consigo a chave da
caixa registradora. Paulo, então, dispara e mata o dono da quitanda. Em
seguida, Paulo pega a chave, recolhe o dinheiro da caixa registradora e foge,
acompanhado de Pedro. Considere a seguinte situação hipotética e assinale a
alternativa correta: Pedro será punido com a pena do furto qualificado, pois
quis participar de crime menos grave. (VUNESP - TJ- RS - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

37. Mário e Mauro combinam a prática de um crime de furto a uma residência.


Contudo, sem que Mário saiba, Mauro arma- Se de um revólver devidamente
municiado. Ambos, então, ingressam na residência escolhida para subtrair os
bens ali existentes. Enquanto Mário separava os objetos para subtração, Mauro
é surpreendido com a presença de um dos moradores que, ao reagir a ação
criminosa, acaba sendo morto por Mauro. Nesta hipótese Mário responderá
pela prática de furto e Mauro pelo crime de latrocínio. (FCC - PC- AP-
Agente de Polícia).
38. ► Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter
pessoal, salvo quando elementares do crime. (VUNESP - PC- SP -
Investigador de Polícia Civil).

39. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,


SALVO QUANDO elementares do crime. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente
Penitenciário - Superior).

Questão original: Não se comunicam as circunstâncias e as condições


de caráter pessoal, mesmo que elementares do crime.

Questão original: Não se pode confundir as elementares com as


circunstâncias:

- Elementares: são os dados essenciais que integram a conduta


criminosa (exemplo - “matar alguém”).

- Circunstâncias: são os dados acessórios que se agregam ao crime,


com o objetivo de aumentar ou diminuir a pena (exemplo - “motivo
torpe”).

- É importante lembrar que as circunstâncias e as condições pessoais


(subjetivas) não se comunicam entre os agentes, contudo, se tal
situação “de caráter pessoal” for elementar do crime, isto é, integrar a
própria conduta criminosa (tipo fundamental), haverá sua
comunicação entre os agentes.

ATENÇÃO: Em razão da proibição da responsabilidade penal


objetiva, só haverá comunicabilidade de elementares ou
circunstâncias, por óbvio, quando os agentes tiverem o conhecimento
de cada uma delas no caso em concreto.
40. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
SALVO QUANDO elementares do crime. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Investigador).
Questão original: Não se comunicam as circunstâncias e as condições
de caráter pessoal, ainda que elementares do crime.

41. As circunstâncias objetivas se comunicam, DESDE que o partícipe delas


TENHA conhecimento. (CESPE - TRE- PI - Analista Judiciário).

Questão original: As circunstâncias objetivas se comunicam, mesmo


que o partícipe delas não tenha conhecimento.

42. Segundo o Código Penal, as condições de caráter pessoal do autor NÃO


SE ESTENDEM a todos os concorrentes da prática delitiva, SALVO SE
ELEMENTARES DO CRIME. (VUNESP - TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Segundo o Código Penal, as condições de caráter


pessoal do autor estendem- Se a todos os concorrentes da prática
delitiva.

43. ► No concurso de pessoas as circunstâncias e as condições de caráter


pessoal PODEM se comunicar. (IESES - IGP- SC - Perito criminal)

Questão original: No concurso de pessoas as circunstâncias e as


condições de caráter pessoal nunca se comunicam.

44. QUANDO ELEMENTARES DO CRIME se comunicam as circunstâncias e


as condições de caráter pessoal na coautoria. (FCC - ALESE - Analista
Legislativo - Processo Legislativo).

Questão original: Em hipótese alguma se comunicam as


circunstâncias e as condições de caráter pessoal na coautoria.
45. As circunstâncias e as condições de caráter pessoal, QUANDO
elementares do crime, são COMUNICÁVEIS aos coautores. (VUNESP - PC-
BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: As circunstâncias e as condições de caráter pessoal,


mesmo quando elementares do crime, são incomunicáveis aos
coautores.

46. EXISTE, no ordenamento jurídico, a possibilidade de as condições e


circunstâncias de caráter pessoal de um agente se comunicarem com as de
outro agente que seja coautor de um crime. (CESPE - STM - Analista Judiciário
- Área Judiciária).

Questão original: Inexiste, no ordenamento jurídico, a possibilidade de


as condições e circunstâncias de caráter pessoal de um agente se
comunicarem com as de outro agente que seja coautor de um crime.

47. A e B, em decisão comum, praticam o crime de roubo contra C, pai de B: a


relação de parentesco entre B e C, conhecida previamente por A, determina a
responsabilidade de ambos – A e B – por prática do crime de roubo majorado
pelo concurso de agentes (CP, art. 157, § 2º, inciso II), MAS APENAS “B”
SOFRERÁ a agravante de ter sido cometido contra ascendente. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: A e B, em decisão comum, praticam o crime de


roubo contra C, pai de B: a relação de parentesco entre B e C,
conhecida previamente por A, determina a responsabilidade de ambos
– A e B – por prática do crime de roubo majorado pelo concurso de
agentes (CP, art. 157, § 2º, inciso II), com a agravante de ter sido
cometido contra ascendente. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

48. Em se tratando de peculato, crime próprio de funcionário público, É


possível a coautoria de um particular, COMUNICABILIDADE da circunstância
elementar do crime. (CESPE - TRE- PI - Analista Judiciário).
Questão original: Em se tratando de peculato, crime próprio de
funcionário público, não é possível a coautoria de um particular, dada a
absoluta incomunicabilidade da circunstância elementar do crime.
49. Só o servidor público pratica peculato, PODENDO, CONTUDO, responder
pelo crime o partícipe que não tenha a mesma condição pessoal. (CESPE -
SERES- PE - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Só o servidor público pratica peculato, não podendo


responder pelo crime o partícipe que não tenha a mesma condição
pessoal.

50. Caio, empresário, ciente da condição de funcionário público de Mévio,


tendo o auxiliado na prática de peculato- Furto, RESPONDERÁ pelo crime
funcional, já que a condição pessoal de funcionário público de Mévio a ele SE
comunica. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Caio, empresário, ciente da condição de funcionário


público de Mévio, tendo o auxiliado na prática de peculato- Furto, não
responderá pelo crime funcional, já que a condição pessoal de
funcionário público de Mévio a ele não se comunica.

51. Tícia, na qualidade de ordenadora de despesas de órgão público, emitiu


cheques para pagamento de serviços fictícios de empresa particular
pertencente a fraudelina. Atendendo ao prévio ajuste, os valores foram
repartidos entre ambas. Segundo as disposições aplicáveis ao concurso de
pessoas, é correto afirmar: Tícia e Fraudelina responderão por peculato.
(CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

52. ► O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição


expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos,
a ser tentado. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Investigador).

53. O ajuste, a determinação, a instigação e o auxílio ou cooperação material


não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser TENTADO.
(VUNESP - Prefeitura de Porto Ferreira - SP - Procurador Jurídico).
Questão original: O ajuste, a determinação, a sedição ou instigação e
o auxílio ou cooperação material não são puníveis, se o crime não
chega, pelo menos, a ser executado.
54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio NÃO SÃO puníveis
QUANDO o crime não chegue, AO MENOS, a ser tentado. (VUNESP - PC- BA
- Investigador de Polícia Civil).

Questão original: O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio


são puníveis ainda que o crime não chegue a ser tentado.

55. A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio não são puníveis,


SALVO, SE O CRIME NÃO CHEGA, PELO MENOS, A SER TENTADO.
(CESPE - TRE- PI - Analista Judiciário).

Questão original: A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio


não são puníveis.

56. QUANDO o crime sequer seja tentado, o ajuste, a determinação ou a


instigação e o auxílio NÃO são puníveis. (VUNESP - PC- SP - Investigador de
Polícia Civil).

Questão original: Mesmo que o crime sequer seja tentado, o ajuste, a


determinação ou a instigação e o auxílio sempre são puníveis.

57. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são puníveis, QUANDO


o crime VENHA, PELO MENOS, a ser tentado. (FCC - ALESE - Analista
Legislativo - Processo Legislativo).

Questão original: O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio


são sempre puníveis, ainda que o crime não venha a ser tentado.

58. O concurso de pessoas, pelo Código Penal, assume duas formas, coautoria
e participação. Partícipe é aquele que instiga ou induz o autor na perpetração
do crime, sendo os atos de instigação e induzimento puníveis, DESDE QUE o
crime vir a ser tentado ou consumado. (VUNESP - TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: O concurso de pessoas, pelo Código Penal, assume


duas formas, coautoria e participação. Partícipe é aquele que instiga ou
induz o autor na perpetração do crime, sendo os atos de instigação e
induzimento puníveis, independentemente de o crime vir a ser tentado
ou consumado.

59. No concurso de pessoas, o auxílio prestado ao agente, quando não iniciada


a execução do crime, NÃO É passível de punição. (CESPE - TCE- RN -
Administrador).

Questão original: No concurso de pessoas, o auxílio prestado ao


agente, quando não iniciada a execução do crime, é passível de
punição.

60. Mévio e Caio, pelo ajuste da prática de furto à residência de Tício, uma vez
descoberto o plano, serão punidos, DESDE que o crime CHEGUE (AO
MENOS) a ser tentado. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Mévio e Caio, pelo ajuste da prática de furto à


residência de Tício, uma vez descoberto o plano, serão punidos, ainda
que o crime não chegue a ser tentado.

61. Para a configuração do concurso de pessoas, é necessário que DOIS ou


mais agentes se auxiliem mutuamente na prática do ilícito penal. (CESPE - STJ
- Técnico Judiciário - Área Administrativa).

Questão original: Para a configuração do concurso de pessoas, é


necessário que três ou mais agentes se auxiliem mutuamente na
prática do ilícito penal.

Observação: O concurso de pessoas (codelinquência,


cumplicidade) se verifica quando duas ou mais pessoas concorrem
para a prática de um crime.
62. O concurso de agentes na realização de um crime NÃO PRESSUPÕE o
prévio ajuste de vontades na consecução de um resultado danoso desejado
por todos. (CESPE - PC- GO - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O concurso de agentes na realização de um crime


pressupõe sempre o prévio ajuste de vontades na consecução de um
resultado danoso desejado por todos.

Observação: Os requisitos para a configuração do concurso de


agentes são:

1º - Pluralidade de agentes e condutas;

2º - Relevância causal das condutas;

3º - Vínculo subjetivo;

4º - Unidade de crime.

ATENÇÃO: O vinculo subjetivo diz respeito à “ligação de vontades”


em relação à prática do mesmo resultado criminoso. Contudo, não é
necessário o prévio ajuste entre os agentes, isto é, o acordo firmado
entre eles. Na realidade, exige- Se apenas o nexo psicológico (liame
subjetivo) entre os agentes referente ao mesmo resultado.

63. A codelinquência será configurada quando houver reconhecimento da


prática da mesma infração por todos os agentes. (CESPE - DPE- AC -
Defensor Público).

64. ► São elementos caracterizadores do concurso de pessoas (coautoria e


participação em sentido estrito), entre outros: liame subjetivo e relevância
causal das condutas. (IBADE - PC- AC - Escrivão de Polícia Civil).
65. Para que fique caracterizado o concurso de pessoas, NÃO É necessário
que exista o prévio ajuste entre os agentes delitivos para a prática do delito.
(CESPE - PC- SE - Delegado de Polícia).
Questão original: Para que fique caracterizado o concurso de pessoas,
é necessário que exista o prévio ajuste entre os agentes delitivos para a
prática do delito.

66. Assinale a alternativa incorreta. Para que se configure o concurso de


pessoas na esfera penal faz- Se mister: o ajuste prévio entre os agentes.
(CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP - Advogado).

67. Em relação à participação no concurso de pessoas, a legislação penal


brasileira adota a teoria da ACESSORIEDADE LIMITADA. (CESPE - PC- CE -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Em relação à participação no concurso de pessoas,


a legislação penal brasileira adota a teoria da acessoriedade mínima.

DOUTRINA – No que diz respeito à punição do partícipe a doutrina


majoritária inclina- Se pela teoria da acessoriedade limitada, isto é,
para que o partícipe seja punido, basta que o autor pratique um fato
típico e ilícito.

- No entanto, levando- Se em conta que na autoria mediata o agente é


considerado autor “mediato” (pela doutrina), pode- Se dizer que,
excepcionalmente, admite- Se a teoria da acessoriedade máxima
(extrema), isto é, para que o partícipe seja punido, exige- Se a
ocorrência de um fato típico, ilícito praticado por um agente culpável.

ATENÇÃO: Na verdade, o CP não se posicionou expressamente


quanto a sua adoção em relação às teorias sobre a punibilidade do
partícipe, contudo, a teoria da acessoriedade máxima se revela como
a mais adequada e coerente. Nada obstante, as provas ainda se
inclinam (em sua maioria) pela teoria da acessoriedade limitada.
68. Com relação ao concurso de pessoas, na dogmática penal brasileira:
adota- Se a teoria da acessoriedade limitada. (FCC - TJ- SE - Juiz de Direito).
69. Adota- Se, no Brasil, a teoria da acessoriedade LIMITADA. (FUNCAB - PC-
PA - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Adota- Se, no Brasil, a teoria da acessoriedade


máxima.

70. Adota- Se, no ordenamento penal brasileiro, a teoria da ACESSORIEDADE


LIMITADA, exigindo- Se do partícipe ENVOLVIMENTO (OBJETIVO E
SUBJETIVO) EM UM FATO TÍPICO E ILÍCITO. (MPE- MS - MPE- MS -
Promotor de Justiça).

Questão original: Adota- Se, no ordenamento penal brasileiro, a teoria


da participação integrada, exigindo- Se do partícipe apenas
envolvimento objetivo com o resultado ocorrido.

71. Para a punição de um partícipe que colabore com a conduta delituosa, é


preciso que o fato principal seja típico E ilícito. (CESPE - EBSERH -
Advogado).

Questão original: Para a punição de um partícipe que colabore com a


conduta delituosa, é preciso que o fato principal seja típico, ilícito,
culpável e punível.

72. Sobre o concurso de pessoas, é CORRETO afirmar que o Código Penal:


Admitiu, no que se refere à participação, a teoria da ACESSORIEDADE
LIMITADA, como regra, e da ACESSORIEDADE MÁXIMA, como exceção.
(FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de Justiça).

Questão original: Sobre o concurso de pessoas, é CORRETO afirmar


que o Código Penal: Admitiu, no que se refere à participação, a teoria
da hiperacessoriedade, como regra, e da acessoriedade limitada,
como exceção.
73. A teoria segundo a qual se pune a participação se o autor tiver levado a
efeito uma conduta típica e ilícita é chamada de teoria da acessoriedade
limitada. (Consulplan - TRE- RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa).

74. Na esfera da participação criminal no delito de lavagem de capitais,


denomina- Se acessoriedade limitada o grau de dependência segundo o qual
só se pode castigar a conduta do partícipe quando o fato principal for típico e
antijurídico. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

75. NÃO É suficiente para caracterizar a participação em sentido estrito a


exteriorização da vontade do partícipe de cooperar na ação criminosa do autor,
MESMO que este tenha conhecimento dessa intenção e aceite a ajuda
oferecida. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal).

Questão original: É suficiente para caracterizar a participação em


sentido estrito a exteriorização da vontade do partícipe de cooperar na
ação criminosa do autor, desde que este tenha conhecimento dessa
intenção e aceite a ajuda oferecida.

DOUTRINA – Em relação ao conceito de autor, a doutrina majoritária


acolheu a teoria objetivo- Formal (restritiva), isto é, o seu conceito é
restrito, pois somente é autor aquele que realiza o núcleo (verbo) do
tipo penal. De outro lado, o partícipe é aquele que concorre
(colabora) para o crime, sem realizar o seu núcleo. Portanto, para ser
partícipe, não basta apenas exteriorizar sua vontade em querer ajudar o
autor na prática do crime, já que sua colaboração deve ser eficaz
(ainda que mínima). Exemplo: “A” pede emprestado a arma de fogo de
“B” para matar “C”, sendo que “B” ciente do seu desejo homicida
empresa tal arma. Contudo, se no dia dos fatos, “A” resolve matar “C”
com uma faca, não há que se falar em concurso de pessoas
(participação inócua).
76. CASO 1 - Ana combina com Paulo de lhe fornecer um veneno que lhe
provocaria uma morte lenta, mas lhe entrega outro que causa a morte imediata.
CASO 2 - Ana empresta uma arma para Rui cometer suicídio. Uma hora
depois, Rui solicita a Aldo que lhe mate. Com apenas um disparo no coração,
Aldo contempla a vontade de Rui. A partir da narrativa dos casos a seguir,
assinale a alternativa correta. Ana deverá responder por homicídio simples
apenas no primeiro caso. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

77. Na sentença condenatória, o juiz NÃO DEVE OBRIGATORIAMENTE


aplicar penas iguais para o autor, o coautor e o partícipe. (CESPE - SERES-
PE - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Na sentença condenatória, o juiz deve sempre


aplicar penas iguais para o autor, o coautor e o partícipe.

Observação: Para o direito penal pátrio (segundo a teoria restritiva):

- Autor: é aquele que realiza o verbo do crime;

- Coautores: são dois ou mais agentes que realizam o verbo do crime;

- Partícipe: é aquele que concorre para o crime, sem realizar o verbo


do crime. A participação (em sentido estrito) pode ser moral (induzir ou
instigar) ou material (auxiliar), isto é, contribuir materialmente.

ATENÇÃO: A diferença entre autor e partícipe tem relevância apenas


para fins didáticos, considerando que, na prática, todo aquele que está
envolvido em determinado crime irá responder, em regra, pelo mesmo
crime (29, CP). Além disso, destaca- Se que a pena do partícipe não
será obrigatoriamente inferior a pena do autor, pois a pena é aplicada
de forma individualizada.

78. Assume a condição de AUTOR aquele que executa o crime, salvo quando
adotada a teoria subjetiva. (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Assume a condição de participe aquele que executa


o crime, salvo quando adotada a teoria subjetiva.

79. Além das modalidades instigação e induzimento, a participação também


se dá pelo auxílio. Nesta modalidade, a fim de se diferenciar o coautor do
partícipe, deve- Se recorrer à regra da essencialidade da cooperação.
(VUNESP - TJM- SP - Juiz de Direito).

80. O auxílio material é ato de participação em sentido estrito, ao passo em que


a instigação é conduta de PARTÍCIPE (TAMBÉM É PARTICIPAÇÃO EM
SENTIDO ESTRITO). (FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O auxílio material é ato de participação em sentido


estrito, ao passo em que a instigação é conduta de autor.

81. Partícipe é o agente que concorre para cometer o ato criminoso sem,
contudo, praticar o núcleo do tipo penal, SENDO QUE a sua participação NÃO
SERÁ OBRIGATORIAMENTE de menor importância e, por essa razão, sua
pena NEM SEMPRE SERÁ DIMINUÍDA. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário -
Área Administrativa).

Questão original: Partícipe é o agente que concorre para cometer o


ato criminoso sem, contudo, praticar o núcleo do tipo penal, ou seja, a
sua participação é de menor importância e, por essa razão, sua pena
pode ser diminuída.

82. O Código Penal NÃO ESTABELECE TAXATIVAMENTE que as penas dos


autores e partícipes devem ser diferenciadas, punindo NEM SEMPRE de forma
diminuída quem apenas instiga, induz ou auxilia na prática delitiva. (VUNESP -
TJM- SP - Juiz de Direito).

Questão original: O Código Penal taxativamente estabelece que as


penas dos autores e partícipes devem ser diferenciadas, punindo
sempre de forma diminuída quem apenas instiga, induz ou auxilia na
prática delitiva.
83. Caso ocorra o arrependimento do partícipe que tenha instigado o agente
à prática da infração, o partícipe somente não será responsabilizado se
impedir que o agente realize a conduta criminosa. (MPE- MS - MPE- MS -
Promotor de Justiça).
84. Clara, tendo descoberto uma traição amorosa de seu namorado, comentou
com sua amiga Aline que tinha a intenção de matá- Lo. Aline, então, começou
a instigar Clara a consumar o pretendido. Nessa situação, se Clara cometer o
crime, Aline poderá responder como partícipe do crime. (CESPE - Polícia
Federal - Delegado de Polícia).

85. Roberto, Pedro e Lucas planejaram furtar uma relojoaria. Para a


consecução desse objetivo, eles passaram a vigiar a movimentação da loja
durante algumas noites. Quando perceberam que o lugar era habitado pela
proprietária, uma senhora de setenta anos de idade, que dormia, quase todos
os dias, em um quarto nos fundos do estabelecimento, eles desistiram de seu
plano. Certa noite depois dessa desistência, sem a ajuda de Roberto, quando
passavam pela frente da loja, Pedro e Lucas perceberam que a proprietária
não estava presente e decidiram, naquele momento, realizar o furto. Pedro
ficou apenas vigiando de longe as imediações, e Lucas entrou na relojoaria
com uma sacola, quebrou a máquina registradora, pegou o dinheiro ali
depositado e alguns relógios, saiu em seguida, encontrou- Se com Pedro e
deu- Lhe 10% dos valores que conseguiu subtrair da loja. Na situação
hipotética descrita no texto:

85.1. Pedro e Lucas serão responsabilizados pelo mesmo tipo penal e NÃO
TERÃO necessariamente a mesma pena. (CESPE - PC- CE - Agente de
Polícia).

Questão original: Pedro e Lucas serão responsabilizados pelo mesmo


tipo penal e terão necessariamente a mesma pena.

85.2. O direito penal brasileiro DISTINGUE autor e partícipe. (CESPE - PC- CE


- Agente de Polícia).

Questão original: O direito penal brasileiro não distingue autor e


partícipe.

85.3. Pedro, partícipe, NÃO NECESSARIAMENTE TERÁ pena mais grave que
a de Lucas, autor do crime. (CESPE - PC- CE - Agente de Polícia).
Questão original: Pedro, partícipe, terá pena mais grave que a de
Lucas, autor do crime.

85.4. Roberto NÃO SERÁ considerado partícipe e, por isso, NÃO PODERÁ ser
punido em concurso de pessoas pelo crime praticado. (CESPE - PC- CE -
Agente de Polícia).

Questão original: Roberto será considerado partícipe e, por isso,


poderá ser punido em concurso de pessoas pelo crime praticado.

86. Maria, propositadamente, deixa aberta a porta da casa em que é


empregada doméstica, permitindo que Fausto subtraia bens do imóvel, uma
tela de pintor renomado e joias de família. Romero vê, se aproveita da
situação, e resolve aderir ao intento de Fausto, subtraindo, também, os objetos
da residência, um porta revistas de metal e um conjunto de copos de vidro.
Diante deste caso, é CORRETO afirmar:

86.1. Quando há participação de dois ou mais agentes no cometimento do


mesmo crime, a pena NÃO SERÁ a mesma para todos, IMPORTANDO, o grau
de maior ou menor participação. (NUCEPE - PC- PI - Agente de Polícia Civil)

Questão original: Quando há participação de dois ou mais agentes no


cometimento do mesmo crime, a pena será a mesma para todos, não
importando, o grau de maior ou menor participação.

86.2. Ficou configurado o concurso de pessoas, em razão do reconhecimento


da prática da mesma infração por todos os agentes. (NUCEPE - PC- PI -
Agente de Polícia Civil).
86.3. Caso Romero apenas tivesse estimulado Fausto ao cometimento do
crime, HAVERIA concurso de pessoas, pois HÁ o que se falar em
concorrência, quando AMBOS concorram para o mesmo resultado. (NUCEPE -
PC- PI - Agente de Polícia Civil).
Questão original: Caso Romero apenas tivesse estimulado Fausto ao
cometimento do crime, não haveria concurso de pessoas, pois não há o
que se falar em concorrência, quando uma pessoa comente uma
conduta atípica e a outra, comete conduta típica, embora concorram
para o mesmo resultado.

86.4. Maria PODERÁ responder pelo concurso de pessoas, uma vez que Maria
PROPOSITADAMENTE deixou a porta da casa aberta para Fausto. (NUCEPE
- PC- PI - Agente de Polícia Civil).

Questão original: Maria não poderá responder pelo concurso de


pessoas, uma vez que Maria apenas deixou a porta da casa aberta
para Fausto, e este foi quem subtraiu os bens juntamente com
Romero.

86.5. No caso, HÁ o que se falar em concurso de agentes,


INDEPENDENTEMENTE DO prévio ajuste entre os mesmos, NÃO
IMPORTANDO SE Fausto e Romero nem se conheciam. (NUCEPE - PC- PI -
Agente de Polícia Civil).

Questão original: No caso, não há o que se falar em concurso de


agentes, uma vez que não houve prévio ajuste entre os mesmos.
Afinal, Fausto e Romero nem se conheciam.

87. Mévio, de 20 anos, participando de um jogo de desafio virtual, à meia noite


da sexta- Feira, do dia 13 de março de 2015, invadiu o cemitério e, após violar
o túmulo no qual, pela manhã, o corpo de uma mulher de 50 anos havia sido
sepultado, manteve com o cadáver conjunção carnal e coito anal. Para provar
ter cumprido a tarefa, Mévio filmou todos os atos, tendo enviado o vídeo ao
grupo de whatsapp, criado exclusivamente para o compartilhamento dos
desafios. A mãe de Tício, rapaz de 22 anos, também participante do jogo,
mexendo no celular do filho, assistiu ao vídeo. Apavorada, procurou a
Autoridade Policial, tendo fornecido as imagens, bem como todas as conversas
do grupo, desde o início. Encerrada a investigação, o Ministério Público
denuncia Mévio e Tício pelo crime de vilipêndio a cadáver. Mévio, pelos atos
praticados, e Tício, por restar constatado ter sido ele quem propôs o desafio a
Mévio, tendo- O instigado. A denúncia foi recebida em 15 de junho de 2015 e,
encerrada a instrução, Mévio e Tício, em 20 de junho de 2017, são condenados
pelo crime de vilipêndio a cadáver. Mévio à pena de 02 (dois) anos de reclusão.
Tício à pena de 01 (um) ano de reclusão. A sentença condenatória transitou em
julgado para a acusação. Diante da situação hipotética e, levando em conta o
Código Penal, a alternativa correta é: Em vista da condenação, em concurso de
agentes, a punição de Mévio e Tício NÃO HAVERIA NECESSARIAMENTE de
ser idêntica, INDEPENDENTEMENTE da teoria unitária, adotada pelo Código
Penal. (VUNESP - PC- BA - Delegado de Polícia).

Questão original: Em vista da condenação, em concurso de agentes, a


punição de Mévio e Tício haveria de ser idêntica, em respeito à teoria
unitária, adotada pelo Código Penal

88. No crime de roubo praticado com pluralidade de agentes, se apenas um


deles usar arma de fogo e os demais tiverem ciência desse fato, todos
responderão, em regra, pelo resultado morte, caso este ocorra, pois este se
acha dentro do desdobramento normal da conduta. (CESPE - TJ- AM - Juiz
de Direito).

89. Em um crime de roubo praticado com o emprego de arma de fogo, mesmo


que todos os agentes tenham conhecimento da utilização do artefato bélico,
NÃO SOMENTE o autor do disparo deve responder pelo resultado morte, visto
que SE encontrava dentro do desdobramento causal normal da ação delitiva.
Nesse caso, não há que se falar em coautoria no crime mais gravoso
(latrocínio). (CESPE - DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: Em um crime de roubo praticado com o emprego de


arma de fogo, mesmo que todos os agentes tenham conhecimento da
utilização do artefato bélico, somente o autor do disparo deve
responder pelo resultado morte, visto que não se encontrava dentro do
desdobramento causal normal da ação delitiva. Nesse caso, não há que
se falar em coautoria no crime mais gravoso (latrocínio).

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Conforme entendimento do STJ, quando os


agentes têm a ciência da utilização da arma de fogo no crime de roubo,
não somente o autor do disparo que matou a vítima, bem como os
demais agentes, deverão responder em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) pelo latrocínio, tendo em vista que todos
assumiram o risco de produzir o resultado morte, sendo irrelevante
saber- Se quem efetuou os disparos.

90. Álvaro e Samuel assaltaram um banco utilizando arma de fogo. Sem ter
ferido ninguém, Álvaro conseguiu fugir. Samuel, nervoso por ter ficado para
trás, atirou para cima e acabou atingindo uma cliente, que faleceu. Dias depois,
enquanto caminhava sozinho pela rua, Álvaro encontrou um dos funcionários
do banco e, tendo sido por ele reconhecido como um dos assaltantes, matou-
O e escondeu seu corpo. Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção
correta: Álvaro cometeu o crime de homicídio qualificado e será
responsabilizado pelo resultado morte ocorrido durante o roubo. (CESPE
- PC- GO - Delegado de Polícia).

91. É punível a instigação em cadeia, em razão DE CADA AGENTE


CONCORRER PARA O CRIME. (FMP Concursos - MPE- RO - Promotor de
Justiça).

Questão original: Não é punível a instigação em cadeia, em razão do


princípio da proibição do regresso.

Observação: A participação em cadeia (participação da


participação) ocorre quando o agente induz ou instiga uma pessoa
com a finalidade de que esta induza, instigue ou auxilie outra pessoa
para praticar um determinado crime.
92. O CP tipifica como crime a conivência, que ocorre quando o agente NÃO
TENHA O DEVER DE AGIR PARA IMPEDIR O RESULTADO. (CESPE - TRF
- 5ª REGIÃO - Juiz Federal).

Questão original: O CP tipifica como crime a conivência, que ocorre


quando o agente, mesmo que não tenha o dever de evitar o
resultado, não intervém para fazer cessar a prática de infração
penal de que tomou conhecimento.

Observação: Crime a conivência (participação negativa, crime


silente, concurso absolutamente negativo), verifica- Se quando o
agente não tem o dever de agir para impedir o resultado criminoso,
como exemplo, o sujeito que observa determinado crime acontecendo,
e mesmo assim nada faz. Neste caso, não há participação, pois
ausente o seu dever de agir.

93. O ordenamento jurídico brasileiro NÃO PERMITE a responsabilização


penal da participação negativa nos crimes ambientais, que ocorre quando o
agente, mesmo que não tenha o dever de evitar o resultado, não adota
medidas para fazer cessar a prática de infração penal que tomou
conhecimento. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).

Questão original: O ordenamento jurídico brasileiro permite a


responsabilização penal da participação negativa nos crimes
ambientais, que ocorre quando o agente, mesmo que não tenha o dever
de evitar o resultado, não adota medidas para fazer cessar a prática de
infração penal que tomou conhecimento.

94. A ciência da prática do fato delituoso caracteriza NÃO CARACTERIZA


CONIVÊNCIA e, consequentemente, NÃO HÁ PARTICIPAÇÃO QUANDO
inexistente o dever jurídico de impedir o resultado. (CESPE - DPE- RN -
Defensor Público).
Questão original: A ciência da prática do fato delituoso caracteriza
conivência e, consequentemente, participação, mesmo que
inexistente o dever jurídico de impedir o resultado.

95. Sobre o concurso de pessoas, é CORRETO afirmar que o Código Penal:


Acolheu em relação aos concorrentes, mesmo por omissão, a teoria monista,
sujeitando- Os às sanções penais, MAS NÃO no caso do concurso
absolutamente negativo. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG -
Promotor de Justiça).

Questão original: Acolheu em relação aos concorrentes, mesmo por


omissão, a teoria monista, sujeitando- Os às sanções penais, inclusive
no caso do concurso absolutamente negativo.

96. Situação hipotética: José, gerente de loja, mesmo ciente de que um dos
vendedores subtraía dinheiro do caixa, nada fez para impedir o crime, agindo
sem liame subjetivo e intenção de obter vantagem econômica. Assertiva:
Nessa situação, o gerente NÃO RESPONDERÁ PELO CRIME DE FURTO.
(CESPE - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Nessa situação, o gerente responderá em


coautoria pelo crime de furto, com ação omissiva.

97. ADMITE- SE o concurso de agentes no crime de porte ilegal de arma de


fogo, haja vista que NÃO SOMENTE o agente que efetivamente porta a arma
de fogo incorre nas penas do delito. (CESPE - DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: Não se admite o concurso de agentes no crime de


porte ilegal de arma de fogo, haja vista que somente o agente que
efetivamente porta a arma de fogo incorre nas penas do delito

98. Em se tratando de crimes plurissubjetivos, como, por exemplo, o crime de


rixa, não há que se falar em participação, já que a pluralidade de agentes
integra o tipo penal: todos são autores. (CESPE - PC- CE - Escrivão de
Polícia Civil).
99. O falso testemunho, por ser crime de mão própria, não admite a coautoria,
CONTUDO, ADMITE A PARTICIPAÇÃO do advogado que induz o depoente a
proclamar falsa afirmação. (CESPE - DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: O falso testemunho, por ser crime de mão própria,


não admite a coautoria ou a participação do advogado que induz o
depoente a proclamar falsa afirmação.

Observação: A coautoria se verifica quando dois ou mais agentes


realizam o verbo do crime, sendo possível nos crimes dolosos ou
culposos (comuns ou próprios), mas nunca nos crimes de mão própria,
pois estes só podem ser praticados por pessoa expressamente
descrita no tipo penal, admitindo- Se apenas a participação (exemplo:
falso testemunho).

100. A co- Autoria é impossível nos crimes: De mão própria. (IBEG -


Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador Municipal).

101. Os crimes plurissubjetivos ADMITEM a coautoria e a participação. (FCC -


ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo).

Questão original: Os crimes plurissubjetivos não admitem a coautoria


e a participação.

102. Situação hipotética: O motorista João e sua mulher, Maria, trafegavam por
uma rodovia, quando ambos, deliberadamente, deixaram de prestar socorro a
uma pessoa gravemente ferida, sem que houvesse risco pessoal para qualquer
um deles. João foi instigado por Maria, que estava no banco do carona, a não
parar o veículo, e, por fim, em acordo de vontades com Maria, assim
efetivamente procedeu. Assertiva: Nessa situação, João e Maria
RESPONDERÃO COMO COAUTORES PELO CRIME DE OMISSÃO DE
SOCORRO. (CESPE - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: Nessa situação, João responderá como autor pelo
crime de omissão de socorro e Maria será tida como inimputável.
103. É admissível, segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial, a
possibilidade de concurso de agentes em crime culposo, que ocorre quando
há um vínculo psicológico na cooperação consciente de alguém na conduta
culposa de outrem. O que não se admite nos tipos culposos é a participação.
(CESPE - DPE- RN - Defensor Público).

104. É POSSÍVEL o concurso de pessoas nos crimes culposos. (CESPE -


SERES- PE - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: É absolutamente impossível o concurso de


pessoas nos crimes culposos.

DOUTRINA – Doutrina e jurisprudência admitem o concurso de


pessoas nos crimes culposos em relação à coautoria, mas nunca à
participação. Assim, a participação é refutada nos crimes culposos, bem
como a participação dolosa em crime culposo ou a participação culposa
em crime doloso.

105. NÃO É impossível o concurso de pessoas nos crimes culposos, MESMO


ante a ausência de vínculo subjetivo entre os agentes na produção do
resultado danoso. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).

Questão original: É impossível o concurso de pessoas nos crimes


culposos, ante a ausência de vínculo subjetivo entre os agentes na
produção do resultado danoso.

106. O crime culposo, considerando- Se o seu elemento subjetivo, não


admite a participação, seja dolosa, seja culposa. (CESPE - TCU -
Procurador).

107. ► Não há participação culposa em crime doloso. (FUNCAB - PC- PA -


Escrivão de Polícia Civil).
108. NÃO PODE haver participação dolosa em crime culposo. (CESPE - TJ-
DFT - Técnico de Administração).
Questão original: Pode haver participação dolosa em crime culposo,
não sendo necessário, para a caracterização do concurso de
pessoas, que autor e partícipes tenham atuado com o mesmo
elemento subjetivo- Normativo.

109. Não é possível a participação dolosa em crimes culposos, BEM COMO a


participação culposa em crimes dolosos. (FMP Concursos - MPE- RO -
Promotor de Justiça).

Questão original: Não é possível a participação dolosa em crimes


culposos, mas é cabível a participação culposa em crimes dolosos.

110. NÃO ADMITE- SE a instigação, induzimento ou cumplicidade no fato


culposo de outrem em face de contrariedade às normas que instituem um
dever de cuidado objetivo. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: Admite- Se a instigação, induzimento ou


cumplicidade no fato culposo de outrem em face de contrariedade às
normas que instituem um dever de cuidado objetivo.

111. NÃO HAVERÁ participação culposa em crime doloso na situação em que


um médico, agindo com negligência, fornece ao enfermeiro substância letal
para ser ministrada a um paciente, e o enfermeiro, embora percebendo o
equívoco, decide ministrá- La com a intenção de matar o paciente. (CESPE -
PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Haverá participação culposa em crime doloso na


situação em que um médico, agindo com negligência, fornece ao
enfermeiro substância letal para ser ministrada a um paciente, e o
enfermeiro, embora percebendo o equívoco, decide ministrá- La com a
intenção de matar o paciente.
112. A médica M. deseja matar o paciente P. Para tanto, entrega ao enfermeiro
E. uma ampola contendo substância venenosa, rotulando- A como
medicamento e dizendo a E. que o conteúdo da ampola deve ser ministrado
imediatamente a P. mediante injeção. E. injeta em P. a substância venenosa,
indo P. imediatamente a óbito. Levando em consideração o caso hipotético
acima, assinale a alternativa correta: Apenas M. deve responder por
homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, visto que E.,
apesar de ter causado a morte de P., desconhecia o conteúdo da ampola.
(UFPR - COREN- PR - Advogado).

113. O autor mediato pode utilizar, como instrumento para a prática do crime,
por exemplo, imputável em erro de tipo, imputável em erro de proibição,
imputável em inexigibilidade de comportamento diverso ou inimputável.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Observação: A autoria mediata ocorre quando o agente se vale de


uma pessoa como mero instrumento para a prática do crime. É
considerado autor e não partícipe (pela doutrina). Tal situação se
verifica nos seguintes casos:

1º - Coação moral irresistível (22, CP);

2º - Obediência hierárquica (22, CP);

3º - Erro de tipo escusável, provocado por terceiro (20, §2º, CP);

4º - Erro de proibição escusável, provocado por terceiro (21, CP);

5º - Inimputabilidade penal do executor por menoridade penal,


embriaguez ou doença mental (62, III, CP).

6º - Agente atua sem dolo ou culpa (sonambulismo, hipnose, coação


física).

114. A autoria mediata distingue- Se da participação em sentido estrito em


razão do domínio do fato. Tem- Se, como exemplo da primeira, a utilização de
inimputáveis para a prática de crimes. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz
Federal).

115. Há unanimidade em reconhecer a autoria mediata quando o agente se


utiliza de interposta pessoa que não é imputável, como por exemplo, quando o
autor se vale de um menor de 18 anos de idade. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).

116. Quanto ao concurso de pessoas, o agente é autor mediato caso se utilize


de outra pessoa para cometer o crime mediante coação moral irresistível.
(MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

117. Há autoria mediata quando o agente se utiliza de interposta pessoa que


atua em erro INVENCÍVEL, deixando NESTE CASO a interposta pessoa de
responder pelo fato. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Há autoria mediata quando o agente se utiliza de


interposta pessoa que atua em erro, seja ele vencível ou invencível,
deixando em ambos os casos a interposta pessoa de responder pelo
fato.

118. Não existe a possibilidade de autoria mediata nos delitos de mão própria
e nos crimes próprios. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

DOUTRINA – Em âmbito doutrinário, admite- Se a autoria mediata nos


crimes dolosos (comuns e próprios), mas não nos crimes culposos e
de mão própria. Isso por que nos crimes culposos é impossível que
uma pessoa se utilize de um inculpável para praticar um crime que
sequer é pretendido pelo agente, enquanto nos crimes de mão própria
tal justificativa se dá em razão da conduta só poder ser praticada por
pessoa expressamente descrita no tipo penal.

119. Não se pode falar em autoria mediata em crimes imprudentes, ante a


ausência de uma ação direcionada para um resultado. Ou seja, não há como
conduzir, deliberadamente, um terceiro a obtenção de um resultado que não é
pretendido pelo autor mediato. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

120. O excesso praticado por pessoa utilizada como instrumento para a prática
do crime, não é atribuível ao autor mediato, por ausência de controle deste
sobre o excesso do instrumento. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
121. Clécius Almeida induz o adolescente Carlos Sátiro, de dezessete anos de
idade, a praticar o delito de roubo tendo como vítima a senhora Sandra Costa.
Para convencer Carlos, Clécius lhe disse ser conhecido da vítima, por isto não
poderia participar diretamente do crime, contudo permaneceria por perto, sem
ser visto, e lhe daria cobertura no caso de um eventual problema. Diante disto,
Carlos acaba por roubar o relógio e o dinheiro da senhora Sandra. No caso
proposto, Clécius responde pelo resultado na condição de: autor mediato.
(FUNCAB - PC- AC - Perito criminal).

122. Caracteriza- Se a autoria colateral na hipótese de dois


agentes, imputáveis, cada um deles desconhecendo a conduta do
outro, praticarem atos convergentes para a produção de um delito a que
ambos visem, mas o resultado ocorrer em virtude do comportamento de
apenas um deles. (CESPE - TJ- DFT - Técnico de Administração).

Observação: A autoria colateral (autoria imprópria) se verifica


quando dois ou mais agentes, desconhecendo a conduta do outro,
praticam atos no mesmo sentido buscando o mesmo resultado,
contudo, tal resultado é produzido apenas por um deles. Neste caso,
como não há vínculo subjetivo, inexiste concurso de pessoas,
respondendo cada um pelo ato praticado. Exemplo: duas pessoas
(cada uma desconhecendo a conduta do outro) efetuam disparos de
armas de fogo ao mesmo tempo da janela de seus apartamentos para
matar “A”, contudo, o resultado morte é produzido apenas por um deles.
Neste caso, o agente que efetivamente causou a morte responderá pelo
homicídio, enquanto o outro responderá por tentativa de homicídio.

ATENÇÃO: No exemplo acima, porém, se não fosse possível


determinar qual agente produziu o resultado morte, ambos deveriam
responder por homicídio tentado, em obediência ao princípio “in
dubio pro reo”.

123. Quando dois agentes, embora convergindo suas condutas para a prática
de determinado fato criminoso, não atuam unidos pelo liame subjetivo, tem-
Se autoria colateral. (CONSULPLAN - TRE- RJ - Analista Judiciário - Área
Administrativa).

124. JOSÉ e PEDRO têm o mesmo desafeto, no caso, MEVIO. Mas


desconhecem tal fato. Contratam pistoleiros para matar MEVIO. O pistoleiro,
contratado por PEDRO se armou com um revólver, e o contratado por JOSÉ
com uma pistola. Ocorre que fizeram uma tocaia no mesmo local e momento.
Os dois atiram simultaneamente em MEVIO. O pistoleiro de JOSÉ atinge o
coração de MEVIO e o de PEDRO atinge a perna de forma leve. Há prova de
que o projétil usado pelo contratado por JOSÉ foi o causador da morte da
vítima. PEDRO confessou ter mandado atirar em MEVIO. Com relação ao
caso, JOSÉ responde por homicídio. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de
Polícia).

125. João e Manoel, penalmente imputáveis, decidiram matar Francisco. Sem


que um soubesse da intenção do outro, João e Manoel se posicionaram de
tocaia e, concomitantemente, atiraram na direção da vítima, que veio a falecer
em decorrência de um dos disparos. Não foi possível determinar de qual arma
foi deflagrado o projétil que atingiu fatalmente Francisco. Nessa situação, João
e Manoel responderão pelo crime de homicídio na forma tentada. (CESPE
- MPU - Analista do Ministério Público - Especialidade Direito).

126. João e Pedro, maiores e capazes, livres e conscientemente, aceitaram


convite de Ana, também maior e capaz, para juntos assaltarem loja do
comércio local. Em data e hora combinadas, no período noturno e após o
fechamento, João e Pedro arrombaram a porta dos fundos de uma loja de
decoração, na qual entraram e ficaram vigiando enquanto Ana subtraía objetos
valiosos, que seriam divididos igualmente entre os três. Alertada pela
vizinhança, a polícia chegou ao local durante o assalto, prendeu os três e os
encaminhou para a delegacia de polícia local. (CESPE - PC- SE - Delegado de
Polícia).

126.1. Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.


Como as ações paralelas de João, Pedro e Ana - agentes diversos -
lesionaram o mesmo bem jurídico, NÃO CONSTATA- SE a ocorrência da
autoria colateral, haja vista que o resultado foi previamente planejado em
conjunto.

Questão original: Como as ações paralelas de João, Pedro e Ana —


agentes diversos — lesionaram o mesmo bem jurídico, constata- Se a
ocorrência da autoria colateral, haja vista que o resultado foi
previamente planejado em conjunto.

126.2. Na situação considerada, NÃO CONFIGUROU- SE a autoria imprópria


decorrente do concurso de pessoas.

Questão original: Na situação considerada, configurou- Se a autoria


imprópria decorrente do concurso de pessoas.

2.27. TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO

1. Durante o julgamento da Ação Penal nº 470 (“Mensalão”), a teoria do


domínio do fato foi mencionada diversas vezes. Relativamente a essa teoria,
leia as afirmações abaixo e, ao final, indique a alternativa CORRETA: NÃO FOI
adotada pelo Código Penal brasileiro ao dispor que quem, de qualquer modo,
concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Durante o julgamento da Ação Penal nº 470


(“Mensalão”), a teoria do domínio do fato foi mencionada diversas
vezes. Relativamente a essa teoria, leia as afirmações abaixo e, ao
final, indique a alternativa CORRETA: Foi adotada pelo Código Penal
brasileiro ao dispor que quem, de qualquer modo, concorre para o crime
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Questão original: A teoria do domínio do fato (criada em 1939 por


Hans Welzel) tinha como finalidade alcançar um meio- Termo entre as
teorias objetivo e subjetiva (denominando- Se também de “teoria
objetivo- Subjetiva”). Contudo, apesar de o CP não ter adotado a
teoria do domínio do fato, no famoso caso do “mensalão” (Ação Penal
470), alguns ministros do STF acolheram tal teoria.

2. Na teoria do domínio do fato, AUTOR é a figura central do acontecer típico.


(FUNCAB - PC- PA - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Na teoria do domínio do fato, partícipe é a


figura central do acontecer típico.

Observação: A teoria do domínio do fato amplia o conceito de autor,


uma vez que o autor é aquele que tem o poder do controle final do
fato, ainda que não realize o verbo do crime, já que o fato criminoso
está sob o seu total domínio. Por isso, o autor revela- Se como figura
central do acontecer típico.

3. Aquele que planeja toda a ação criminosa é considerado autor intelectual do


delito, DESDE QUE detenha o controle sobre a consumação do crime. (CESPE
- PC- SE - Delegado de Polícia).

Questão original: Aquele que planeja toda a ação criminosa é


considerado autor intelectual do delito, ainda que não detenha o
controle sobre a consumação do crime.

Observação: Em relação à teoria do domínio do fato o conceito de


autor se manifesta como:

- Autor imediato: é aquele que realiza o verbo do crime. Quando são


vários, chamam- Se coautores.
- Autor mediato: é aquele que se vale de uma pessoa como mero
instrumento para a prática do crime (pessoa inculpável ou que age
sem dolo ou culpa).

- Autor intelectual: é aquele que planeja a empreitada criminosa,


tendo o controle do fato.
- Partícipe: é aquele que colabora na prática do crime, mas não realiza
o verbo do crime bem como não tem o controle final do fato.

4. O critério de imputação denominado “domínio do fato” é utilizado para


atribuir responsabilidade ao autor intelectual que utiliza um inimputável como
instrumento para a realização da conduta, BEM COMO é utilizável para a
definição do autor direto que realiza pessoalmente a conduta. (MPE- SC -
MPE- SC - Promotor de Justiça).

Questão original: O critério de imputação denominado “domínio do


fato” é utilizado para atribuir responsabilidade ao autor intelectual que
utiliza um inimputável como instrumento para a realização da conduta,
mas não é utilizável para a definição do autor direto que realiza
pessoalmente a conduta. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

5. Idealizada por Welzel e Roxin e considerada objetivo- Subjetiva, a teoria do


domínio do fato diferencia autoria de participação em função NÃO SÓ da
prática dos atos executórios do delito, MAS TAMBÉM EM RELAÇÃO AO QUE
DETÉM O CONTROLE FINAL DO FATO. (CESPE - TJ- DFT - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: Idealizada por Welzel e Roxin e considerada


objetivo- Subjetiva, a teoria do domínio do fato diferencia autoria de
participação em função da prática dos atos executórios do delito.

6. Quanto à teoria do domínio do fato, assinale a alternativa correta: NÃO


ACABA com a distinção entre autor e partícipe por instigação e cumplicidade.
(PGR - PGR - Procurador da República).
Questão original: Quanto à teoria do domínio do fato, assinale a
alternativa correta: acaba com a distinção entre autor e partícipe por
instigação e cumplicidade.

7. Quanto à teoria do domínio do fato, assinale a alternativa correta: é


COMPATÍVEL com a hipótese de coautoria. (PGR - PGR - Procurador da
República).
Questão original: Quanto à teoria do domínio do fato, assinale a
alternativa correta: é incompatível com a hipótese de coautoria.

8. Durante o julgamento da Ação Penal nº 470 (“Mensalão”), a teoria do


domínio do fato foi mencionada diversas vezes. Relativamente a essa teoria,
leia as afirmações abaixo e, ao final, indique a alternativa CORRETA: A ideia
reitora dessa teoria é de que autor é quem atua com o domínio do fato; é a
figura central do acontecer típico. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz
federal).

9. Quanto à teoria do domínio do fato, assinale a alternativa correta: permite


considerar autor quem realize uma parte necessária da execução do plano
global, mesmo não constitua um ato típico em sentido estrito. (PGR - PGR -
Procurador da República).

10. Uma das hipóteses de autoria pelo domínio do fato reside no domínio de
um aparato organizado de poder. Como característica marcante, entre outras,
dessa situação de autoria mediata, tem- Se a fungibilidade dos executores, a
quem são emitidas ordens dentro de uma estrutura verticalizada de poder.
(FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

11. A moderna teoria do domínio do fato, também denominada teoria


objetivo- Subjetiva, integra critérios objetivos e subjetivos para definir as
categorias de autor e partícipe do tipo de injusto. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).

12. Para a teoria do domínio do fato, autor é quem executa a ação típica, por
conduta própria ou pela utilização de outro como instrumento de realização;
também quem, mesmo não executando o fato típico em sentido estrito,
participa da resolução criminosa, realizando parte necessária da execução do
plano global. A teoria, partindo do conceito restritivo de autor, segue um
critério objetivo- Subjetivo. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).
13. A teoria do domínio do fato ampliou a punição para alcançar os agentes
que exercem posição de comando dentro da estrutura empresarial, NÃO
HAVENDO uma presunção de domínio do fato em razão da hierarquia. (FMP
Concursos - MPE- RO - Promotor de Justiça).

Questão original: A teoria do domínio do fato ampliou a punição para


alcançar os agentes que exercem posição de comando dentro da
estrutura empresarial, havendo uma presunção de domínio do fato em
razão da hierarquia.

Observação: A teoria do domínio do fato não presume que o agente


tenha o poder do controle do fato apenas por razões de posição ou
hierarquia na estrutura criminosa, já que o dolo de cada agente deve
ser demonstrado de acordo com o caso em concreto, através da
individualização do comportamento de todos os envolvidos na situação
criminosa.

14. A teoria do domínio do fato amplia o conceito de autor. NÃO PERMITE,


CONTUDO, a punição de uma pessoa pelo simples ocupar de uma posição de
poder na estrutura de determinada organização criminosa, caso membros
dessa organização executem o crime. HAVENDO comprovação da ordem
emitida por quem tem poder de mando, infere- Se sua existência. (FUNCAB -
PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: A teoria do domínio do fato amplia o conceito


de autor. Permite, destarte, a punição de uma pessoa pelo simples
ocupar de uma posição de poder na estrutura de determinada
organização criminosa, caso membros dessa organização executem o
crime. Mesmo que não haja comprovação da ordem emitida por quem
tem poder de mando, infere- Se sua existência.

15. Durante o julgamento da Ação Penal nº 470 (“Mensalão”), a teoria do


domínio do fato foi mencionada diversas vezes. Relativamente a essa teoria,
leia as afirmações abaixo e, ao final, indique a alternativa CORRETA: Segundo
essa teoria, domínio do fato é o poder DO CONTROLE do fato. Assim, o chefe
de uma organização criminosa NÃO RESPONDE pela mera posição. (TRF - 3ª
REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Durante o julgamento da Ação Penal nº 470


(“Mensalão”), a teoria do domínio do fato foi mencionada diversas
vezes. Relativamente a essa teoria, leia as afirmações abaixo e, ao
final, indique a alternativa CORRETA: Segundo essa teoria, domínio do
fato é o poder de evitar o fato. Assim, o chefe de uma organização
criminosa responde pela mera posição.

16. Para a teoria do domínio do fato, o autor é a figura central do fato típico.
Dessa forma, inegavelmente há autoria na conduta do executor (autor
imediato), que é, por exemplo, aquele que pratica a subtração em um crime de
furto. NÃO NECESSARIAMENTE é autor o mandante, como no caso da
pessoa que contrata um pistoleiro para matar alguém. (FUNCAB - PC- PA -
Delegado de Polícia).

Questão original: Para a teoria do domínio do fato, o autor é a


figura central do fato típico. Dessa forma, inegavelmente há autoria na
conduta do executor (autor imediato), que é, por exemplo, aquele que
pratica a subtração em um crime de furto. Também é autor o mandante,
como no caso da pessoa que contrata um pistoleiro para matar alguém.

Observação: O fato de um indivíduo ser o mandante do crime, não o


torna automaticamente autor desse crime (conforme a teoria do
domínio do fato), visto que, se o agente não tiver o poder do controle
final do fato, ele atua, em verdade, como mero instigador do crime.
Deste modo, tal análise dependerá das circunstâncias do caso em
concreto.

17. Quanto à teoria do domínio do fato, assinale a alternativa correta: aplica-


seSOMENTE aos crimes dolosos. (PGR - PGR - Procurador da República).
Questão original: Quanto à teoria do domínio do fato, assinale a
alternativa correta: aplica-se acrimes dolosos e culposos.

Observação: A teoria do domínio do fato aplica-seapenas aos


crimes dolosos (materiais, formais ou de mera conduta), mas jamais
aos culposos, já que é impossível que o agente tenha o poder do
controle final de um fato que sequer é desejado por ele.

18. A teoria do domínio do fato se aplica aos crimes DOLOSOS e aos de mão
própria. (FMP Concursos - MPE- RO - Promotor de Justiça).

Questão original: A teoria do domínio do fato se aplica aos crimes


culposos e aos de mão própria.

19. Durante o julgamento da Ação Penal nº 470 (“Mensalão”), a teoria do


domínio do fato foi mencionada diversas vezes. Relativamente a essa teoria,
leia as afirmações abaixo e, ao final, indique a alternativa CORRETA: Foi
retomada e desenvolvida pelo jurista alemão Claus Roxin, na década de 1960,
e tem por função dogmática distinguir entre autor e partícipe. (TRF - 3ª
REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

20. O critério do domínio DA VONTADE é empregado para a responsabilização


do agente que tem o controle sobre a atuação de um aparelho organizado de
poder, como é o caso de uma organização criminosa. (MPE- SC - MPE- SC -
Promotor de Justiça).

Questão original: O critério do domínio funcional do fato é


empregado para a responsabilização do agente que tem o controle
sobre a atuação de um aparelho organizado de poder, como é o caso
de uma organização criminosa.

Observação: No contexto da teoria do domínio do fato, Claus Roxin


desenvolve a teoria do domínio da organização (aparatos
organizado do poder). Nesse sentido, amplia- Se o alcance da autoria
mediata, em razão da forte presença de uma hierarquia e da
fungibilidade de seus membros, com o objetivo de legitimar a
responsabilização criminal do autor direto e de seu mandante em
situação de aparelho organizado de poder. Deste modo, Roxin
desenvolve outra modalidade de autor mediato, referindo- Se aquele
homem de trás que domina uma estrutura organizada de poder ilícito,
demonstrando- Se, assim, uma modalidade específica do domínio da
vontade, ou seja, a teoria do domínio da organização.

- São os requisitos de autoria de acordo com essa teoria: (1) poder de


mando (do homem de trás); (2) fungibilidade do autor mediato; (3)
desvinculação do aparato organizado no ordenamento jurídico; (4)
disponibilidade consideravelmente elevada pelo executor.

21. A moderna teoria do domínio do fato de Claus Roxin procura solucionar


alguns problemas de autoria e, expressamente, já foi adotada em nossos
tribunais. Além das previsões legais sobre autoria mediata, existe a
possibilidade de autoria no âmbito de uma organização. Para que esta seja
configurada devem estar presentes alguns requisitos, EXCETO o prévio
acerto entre o comandante e os demais comandados. (FCC - TJ- SC - Juiz
de Direito).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam os


requisitos de autoria no âmbito de uma organização criminosa:

a) poder efetivo de mando

b) fungibilidade do autor imediato;

c) desvinculação do aparato organizado do ordenamento jurídico;


e) disponibilidade consideravelmente elevada por parte do executor.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. No concurso de pessoas, todo aquele que, de qualquer modo, concorre para o


crime, responde pelo mesmo crime (teoria monista). De forma excepcional, em
alguns casos o legislador criou crimes diferentes para aqueles que concorrem para o
mesmo resultado (teoria pluralista).
2. O réu que tiver participação de menor importância no crime terá sua pena
diminuída de um a dois terços. Caso sua participação seja inócua, não há concurso
de pessoas.

3. Se algum dos agentes quis participar de crime menos grave, será aplicada a pena
deste crime (menos grave). Contudo, se o resultado mais grave for previsível, sua
pena será aumentada de metade.

4. As circunstâncias e as condições de caráter pessoal (subjetivas) não se


comunicam entre os agentes (em regra). Contudo, há uma exceção: se elas forem
elementares do crime, ou seja, integrarem o próprio tipo fundamental, haverá
comunicação entre os agentes.

5. Se o crime não chegar, pelo menos, a ser tentado, o ajuste, a determinação ou


instigação e o auxílio não são puníveis.

6. São os requisitos do concurso de pessoas: pluralidade de agentes e condutas;


relevância causal das condutas; vínculo subjetivo e unidade de crime.

7. Para a configuração do vínculo subjetivo não se exige o prévio ajuste (acordo


firmado) entre os agentes, bastando apenas o nexo psicológico referente ao mesmo
resultado.

8. Em relação à punição do partícipe, a doutrina majoritária inclina- Se pela teoria da


acessoriedade limitada, isto é, para que o partícipe seja punido, basta que o autor
pratique um fato típico e ilícito.

9. Em relação ao conceito de autor, a doutrina majoritária acolheu a teoria objetivo-


Formal (restritiva), já que autor é aquele que realiza o verbo (núcleo) do tipo penal
(se vários, são coautores); e partícipe é aquele que concorre moralmente (induzindo
ou instigando) ou materialmente (auxiliando) para o crime, sem realizar o seu núcleo,
sendo que a pena deste não será necessariamente inferior a pena daquele.

10. Para o STJ, no delito de roubo praticado com pluralidade de agentes, se apenas
um dos agentes se utilizar de arma de fogo e os demais tiverem ciência desse fato,
todos responderão – em regra – pelo resultado morte (se alguém morrer), pois este se
encontra dentro do desdobramento normal da conduta.

11. Crime a conivência (participação negativa, crime silente, concurso


absolutamente negativo), se verifica quando o agente não tem o dever de agir para
impedir o resultado criminoso. Não há concurso de pessoas, pois ausente o seu dever
de agir.

12. A coautoria ocorre quando dois ou mais agentes realizam o verbo do crime,
sendo possível nos crimes dolosos ou culposos (comuns ou próprios), mas nunca
nos crimes de mão própria (pois nestes só é possível a participação).

13. Doutrina e jurisprudência admitem o concurso de pessoas nos crimes culposos


em relação à coautoria, mas nunca a participação (seja a participação em crimes
culposos, doloso em culposo ou culposo em doloso).
14. A autoria mediata se verifica quando o agente se vale de uma pessoa como
mero instrumento para a prática do crime (pessoa inculpável ou sem dolo ou culpa).
A doutrina admite a autoria mediata nos crimes dolosos (comuns ou próprios), mas
não nos crimes culposos e de mão própria.

15. A autoria colateral (autoria imprópria) ocorre quando dois ou mais agentes,
desconhecendo a conduta do outro, praticam atos no mesmo sentido buscando o
mesmo resultado, contudo, tal resultado é produzido apenas por um deles. Não há
concurso de pessoas, pois inexiste o vínculo subjetivo, respondendo cada um pelo
ato praticado.

16. Para a teoria do domínio do fato (teoria objetivo- Subjetiva), criada por Hans
Welzel, autor é aquele que detém o controle sobre o domínio final do fato, mesmo
que não realize o verbo do crime, tendo incidência nos delitos dolosos (materiais,
formais ou de mera conduta), mas jamais culposos.

17. A teoria do domínio do fato não presume que o agente tenha o poder do
controle do fato apenas por razões de posição ou hierarquia na estrutura criminosa, já
que o dolo de todos os envolvidos deve ser demonstrado de forma individualizada no
caso em concreto.

3. TEORIA GERAL DA PENA

3.1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DA PENA


1. O ordenamento jurídico brasileiro adota a TEORIA ECLÉTICA, tendo a pena
o fim de PUNIR e ressocializar o criminoso (RETRIBUIÇÃO E PREVENÇÃO).
(VUNESP - PC- BA - Delegado de Polícia).

Questão original: O ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria


absoluta, tendo a pena apenas o fim de ressocializar o criminoso.

Observação: Em relação às finalidades da pena, o CP adotou a


teoria eclética (mista ou unificadora) – unindo as teorias absoluta e
relativa –, ou seja, a pena apresenta duas finalidades:

1º - Retribuição: punir (castigar) o condenado pelo mal praticado


(Teoria Absoluta);

2º - Prevenção: evitar a prática de novos delitos – tanto ao criminoso


como a sociedade – (Teoria Relativa).

2. O Código Penal estabeleceu no artigo 59 diversos critérios para a fixação da


pena, tais como culpabilidade, antecedentes, motivos, circunstâncias e
consequências do crime. O referido texto legal também deixou claro que
adotou uma posição oficial com relação ao fundamento da pena. Quanto ao
fundamento da pena adotado no Código Penal, adota- Se a teoria: eclética ou
mista. (NC- UFPR - TJ- PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

3. As chamadas soluções mistas ou ecléticas em relação ao fundamento da


pena são as que dominam o debate doutrinário e jurisprudencial na atual
quadra da história, sendo relevante a contribuição de Adolf Merkel ao
sustentar ser fictícia a contraposição entre retribuição e prevenção, dizendo
que a pena naturalmente possui as duas facetas, as quais, na verdade, não
podem ser cindidas. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de Justiça).

4. AS FINALIDADES da pena, para a teoria eclética são: PUNIR e


ressocializar o criminoso. O mérito dessa teoria foi humanizar as penas
impostas, impedindo as cruéis e humilhantes. (VUNESP - PC- BA - Delegado
de Polícia).
Questão original: A finalidade da pena, para a teoria eclética, é
ressocializar o criminoso. O mérito dessa teoria foi humanizar as penas
impostas, impedindo as cruéis e humilhantes.

5. A Escola Clássica ADOTA A TEORIA ABSOLUTA, que entende a pena


APENAS como retribuição ao infrator pelo mal causado. (CESPE - TJ- CE -
Juiz de Direito).

Questão original: A Escola Clássica adotava a teoria mista, que


entende a pena não apenas como retribuição ao infrator pelo mal
causado, mas também como medida com finalidade preventiva.

6. A TEORIA ABSOLUTISTA considera que a pena se esgota na ideia da


retribuição como resposta ao mal causado pelo autor do crime. (CESPE - PC-
MA - Delegado de Polícia).

Questão original: A teoria correcionalista considera que a pena se


esgota na ideia da retribuição como resposta ao mal causado pelo autor
do crime.

7. A teoria absoluta considera que a pena possui caráter RETRIBUTIVO.


(CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

Questão original: A teoria absoluta considera que a pena possui


caráter retributivo, preventivo e ressocializador.

8. A finalidade da pena, na teoria absoluta, é castigar o criminoso, pelo mal


praticado. O mérito dessa teoria foi introduzir, no Direito Penal, o princípio da
proporcionalidade de pena ao delito praticado. (VUNESP - PC- BA -
Delegado de Polícia).

9. As teorias absolutas da pena tiveram aspectos positivos, como no


idealismo alemão, no qual serviram para defender o cidadão da arbitrariedade
do poder do monarca. Mas, mesmo atualmente gozando de baixa reputação,
por não levarem em consideração o homem como um ser social, possuem
previsão legal. (FCC - DPE- AP - Defensor Público).

10. Para Carrara, destaque da Escola Clássica, a pena fundamenta- Se no


restabelecimento da ordem externa da sociedade, quebrada pelo delito.
(FAPEC - MPE- MS - Promotor de Justiça).

11. O filósofo Imannuel Kant foi um dos expoentes da concepção retributiva


da pena, entendendo ser esta uma exigência ética irrenunciável, qualificando-
A como um imperativo categórico, sendo a pena um fim em si mesma, não
lhe correspondendo nada mais que simplesmente realizar a justiça. (FAPEC -
MPE- MS - Promotor de Justiça).

12. Immanuel Kant, em sua obra Metafísica dos Costumes, elaborou estudos
sobre a teoria da pena. Acerca de sua formulação, é correto afirmar que: Kant
funda sua teoria no terreno de moralidade humana, sustentando que a pena
não visa a realizar objetivos sociais ou qualquer outro bem, de modo que deve
ser aplicada simplesmente porque o criminoso cometeu um crime; vislumbrar
finalidades na pena, para o filósofo, seria tratar o homem como um meio, o que
repudia, concedendo ao seu pensamento caráter retributivo. (FUNCAB - PC-
PA - Delegado de Polícia).

13. Para Hegel, também adepto do pensamento retributivo da pena, o Direito


é a expressão da vontade racional e o delito constitui a expressão de uma
contradição à racionalidade, sendo que a pena surge como um papel
restaurador ou retributivo, fundamentando- Se em razões de necessidade
jurídica. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de Justiça).

14. De acordo com a doutrina, a pena tem tríplice finalidade, sendo elas
retributiva, preventiva (geral e especial) e reeducativa. Quanto à aplicação e
finalidades das penas, pode- Se afirmar que: a PREVENÇÃO GERAL (visa a
sociedade) atua antes mesmo da prática de qualquer infração penal. (IBADE -
SEJUDH - MT - Advogado).

Questão original: De acordo com a doutrina, a pena tem tríplice


finalidade, sendo elas retributiva, preventiva (geral e especial) e
reeducativa. Quanto à aplicação e finalidades das penas, pode- Se
afirmar que: a prevenção especial (visa a sociedade) atua antes
mesmo da prática de qualquer infração penal.

15. A finalidade da pena, na teoria relativa, é prevenir o crime. Na vertente


PREVENTIVA GERAL, de acentuado caráter intimatório, o criminoso é punido
para servir de exemplo aos demais cidadãos. (VUNESP - PC- BA - Delegado
de Polícia).

Questão original: A finalidade da pena, na teoria relativa, é prevenir o


crime. Na vertente preventiva especial, de acentuado caráter
intimatório, o criminoso é punido para servir de exemplo aos demais
cidadãos.

Observação: Na teoria relativa, a finalidade da pena é a prevenção,


isto é, busca- Se evitar a prática de novos delitos. A prevenção pode
ser:

a) Prevenção geral: prevenção que visa a sociedade.

- prevenção geral positiva: pretende demonstrar a vigência da lei para


a coletividade.

- prevenção geral negativa: pretende intimidar (inibir) a coletividade


para que seus membros não pratiquem crimes.

b) Prevenção especial: prevenção que visa o condenado.

- prevenção especial positiva: pretende ressocializar o condenado.

- prevenção especial negativa: pretende intimidar (inibir) o condenado


para que ele não volte a reincidir.
16. A teoria PREVENTIVA GERAL considera a pena como um meio para
intimidar os potenciais praticantes de condutas delituosas. (CESPE - PC- MA -
Delegado de Polícia).

Questão original: A teoria preventiva especial considera a pena como


um meio para intimidar os potenciais praticantes de condutas
delituosas.

17. A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de
inibir comportamentos antissociais e moldar comportamentos socialmente
aceitos. (CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

18. A escola finalista introduz o pensamento de prevenção geral positiva, de


que a pena deveria assumir uma missão de proteção de bens jurídicos
REAFIRMANDO os valores ético- Sociais. (FCC - DPE- AP - Defensor
Público).

Questão original: A escola finalista introduz o pensamento de


prevenção geral positiva, de que a pena deveria assumir uma missão
de proteção de bens jurídicos sem observar os valores ético- Sociais,
que pressupõe, entre outros objetivos, a conformação dos valores
morais da comunidade.

19. A finalidade da pena, na teoria relativa, é prevenir o crime. Na vertente


PREVENTIVA- ESPECIAL, o criminoso é punido a fim de impedir que ele volte
a praticar novos crimes. (VUNESP - PC- BA - Delegado de Polícia).

Questão original: A finalidade da pena, na teoria relativa, é prevenir o


crime. Na vertente preventiva- Geral, o criminoso é punido a fim de
impedir que ele volte a praticar novos crimes.

20. A teoria PREVENTIVA ESPECIAL considera a pena como um meio para


prevenir a reincidência do indivíduo. (CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).
Questão original: A teoria preventiva geral considera a pena como
um meio para prevenir a reincidência do indivíduo.
21. A base da TEORIA MISTA OU UNIFICADA (ECLÉTICA) da pena é a de
que o direito penal enfrenta o indivíduo de três maneiras: ameaçando com
penas, impondo- As e executando- As, e que cada uma dessas três esferas de
atividade necessita de justificação em separado, sempre alternando entre
retribuição, prevenção geral e especial. (FCC - DPE- AP - Defensor Público).

Questão original: A base da teoria unificadora dialética da pena é a


de que o direito penal enfrenta o indivíduo de três maneiras:
ameaçando com penas, impondo- As e executando- As, e que cada
uma dessas três esferas de atividade necessita de justificação em
separado, sempre alternando entre retribuição, prevenção geral e
especial.

22. De acordo com a doutrina, a pena tem tríplice finalidade, sendo elas
retributiva, preventiva (geral e especial) e reeducativa. Quanto à aplicação e
finalidades das penas, pode- Se afirmar que: o caráter reeducativo da pena
atua na fase de EXECUÇÃO DA PENA. (IBADE - SEJUDH - MT - Advogado).

Questão original: De acordo com a doutrina, a pena tem tríplice


finalidade, sendo elas retributiva, preventiva (geral e especial) e
reeducativa. Quanto à aplicação e finalidades das penas, pode- Se
afirmar que: o caráter reeducativo da pena atua somente na fase de
imposição.

23. Von Liszt – expoente das teorias relativas da pena – sustentou que a pena
é idealizada como exemplo, voltada a INTIMIDAR O CONDENADO PARA
QUE ELE NÃO VOLTE A REINCIDIR. (FAPEC - MPE- MS - Promotor de
Justiça).

Questão original: Von Liszt – expoente das teorias relativas da pena –


sustentou que a pena é idealizada como exemplo, voltada a dissuadir
pela demonstração de desagrado e pela geração de um prejuízo.
24. Para Liszt, o fundamento da pena é orientado às finalidades de: a)
ressocialização dos delinquentes suscetíveis de socialização; b) intimidação
dos que não têm necessidade de socialização e; c) neutralização dos não
suscetíveis de socialização. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Em relação às finalidades da pena, o CP adotou a teoria mista ou unificadora


(eclética), visto que a pena manifesta- Se como retribuição, isto é, o condenado é
castigado pelo mal praticado (teoria absoluta), mas também apresenta um caráter
preventivo, já que se busca evitar a prática de novos delitos – tanto ao criminoso
como a coletividade – (teoria relativa).

2. No que diz respeito à teoria relativa, a prevenção pode ser geral (visa a
sociedade), positiva (pretende demonstrar a vigência da lei para a coletividade) ou
negativa (pretende intimidar a coletividade para que seus membros não pratiquem
crimes). De outro lado, a prevenção pode ser especial (visa o condenado), positiva
(pretende ressocializar o condenado) ou negativa (pretende intimidar o condenado
para que ele não volte a reincidir).

3.2. APLICAÇÃO DA PENA

Fixação da pena

Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta


social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e
consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima,
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime:

I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;

II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;

III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;

IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie


de pena, se cabível.

Circunstâncias agravantes

Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não


constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência;

II - ter o agente cometido o crime:

a) por motivo fútil ou torpe;

b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou


vantagem de outro crime;

c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que


dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;

d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou


cruel, ou de que podia resultar perigo comum;

e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;

f) com abuso de autoridade ou prevalecendo- Se de relações domésticas, de


coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da
lei específica;

g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício,


ministério ou profissão;

h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;

i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;

j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade


pública, ou de desgraça particular do ofendido;

l) em estado de embriaguez preordenada.

Agravantes no caso de concurso de pessoas

Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:

I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos


demais agentes;

II - coage ou induz outrem à execução material do crime;

III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou


não- Punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;

IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de


recompensa.
Reincidência

Art. 63 - Verifica- Se a reincidência quando o agente comete novo crime,


depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior.

Art. 64 - Para efeito de reincidência:

I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou


extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo
superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação;

II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.

Circunstâncias atenuantes

Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:

I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70


(setenta) anos, na data da sentença;

II - o desconhecimento da lei;

III - ter o agente:

a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o


crime, evitar- Lhe ou minorar- Lhe as conseqüências, ou ter, antes do
julgamento, reparado o dano;

c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de


ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção,
provocada por ato injusto da vítima;

d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o


provocou.

Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância


relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente
em lei.

Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes

Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar- Se


do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo- Se como
tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do
agente e da reincidência.

Cálculo da pena

Art. 68 - A pena- Base será fixada atendendo- Se ao critério do art. 59 deste


Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.

Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição


previstas na parte especial, pode o juiz limitar- Se a um só aumento ou a uma
só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.

1ª FASE DA DOSIMETRIA DA PENA

1. No momento da fixação da pena, deverá o juiz seguir o critério trifásico da


aplicação da pena que é dividido em: pena base, circunstâncias atenuantes e
agravantes e CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO do delito. (VUNESP -
MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).

Questão original: No momento da fixação da pena, deverá o juiz seguir


o critério trifásico da aplicação da pena que é dividido em: pena base,
circunstâncias atenuantes e agravantes e qualificadoras do delito.

Observação: Em relação à dosimetria da pena, o CP adotou o


critério trifásico, visto que o juiz deve passar obrigatoriamente por três
fases para aplicar a pena privativa de liberdade ao réu:

1º Fase - Circunstâncias judiciais (fixação da pena- Base);

2º Fase - Agravantes e atenuantes genéricas (fixação da pena


intermediária);

3º Fase - Causas de aumento e diminuição (fixação da pena


definitiva). Somente nesta fase a pena poderá ser aplicada abaixo ou
acima dos limites mínimo e máximo previstos no tipo penal.
2. Na fixação da pena, o Magistrado após o reconhecimento da existência do
crime e sua autoria tem uma discricionariedade “regrada ou vinculada”.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: A aplicação da pena pelo juiz representa um ato


discricionário juridicamente vinculado (regrado), tendo em vista que
o juiz está limitado aos parâmetros que a lei estabeleceu (vinculação).
Contudo, dentro desses limites, poderá fazer suas escolhas para a
fixação de uma pena justa, levando- Se em conta as particularidades do
caso em concreto e a pessoa do condenado (discricionariedade).

3. Na aplicação da pena, primeiro é aplicada a pena base, depois as


CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES e, por último, são
analisadas as CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO. (FGV - TJ- SC -
Técnico Judiciário).

Questão original: Na aplicação da pena, primeiro é aplicada a pena


base, depois as causas de aumento e de diminuição e, por último,
são analisadas as circunstâncias agravantes e atenuantes.

4. A dosimetria da pena é feita em sistema trifásico, em cujas fases são


analisadas, sucessivamente, as circunstâncias judiciais, as circunstâncias
legais e as causas especiais de aumento e de redução de pena. (UFPR -
COREN- PR - Advogado).

5. A aplicação da pena contempla 5 (cinco) etapas: a dosimetria da pena, a


análise de concurso de crimes, a fixação do regime inicial de cumprimento
de pena, a análise de possibilidade de substituição da pena privativa de
liberdade por penas restritivas de direitos e a análise de cabimento de
suspensão condicional da pena. (UFPR - COREN- PR - Advogado).
6. Na sentença condenatória, a fixação do quantum de pena privativa de
liberdade deve observar o critério trifásico de aplicação da pena, e,
diferentemente, a fixação do número de dias- Multa – caso concretamente
aplicada em cumulação –, NÃO LIMITA- SE à observância das circunstâncias
judiciais do art. 59 do Código Penal e da condição socioeconômica do agente.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Na sentença condenatória, a fixação do quantum de


pena privativa de liberdade deve observar o critério trifásico de
aplicação da pena, e, diferentemente, a fixação do número de dias-
Multa – caso concretamente aplicada em cumulação –, limita- Se à
observância das circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal e
da condição socioeconômica do agente.

Observação: Enquanto para aplicação da pena privativa de liberdade


o CP adotou um critério trifásico, para a pena de multa foi acolhido
um critério bifásico, pois o juiz deve passar obrigatoriamente por duas
fases (fixação do número de dias- Multa + fixação do valor de cada dia-
Multa).

7. Na aplicação da pena, na primeira fase do processo dosimétrico, o julgador


encontra- Se vinculado a CRITÉRIO SUBJETIVO, sendo que, na hipótese de
aferir negativamente circunstância judicial, PODE exasperar a pena- Base do
réu em fração superior a um sexto. (CESPE - DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: Na aplicação da pena, na primeira fase do processo


dosimétrico, o julgador encontra- Se vinculado a critério objetivo,
sendo que, na hipótese de aferir negativamente circunstância judicial,
não pode exasperar a pena- Base do réu em fração superior a um
sexto.

Observação: Na primeira fase da dosimetria da pena o juiz analisará


08 (oito) circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do CP para a
fixação da pena- Base (culpabilidade + antecedentes + conduta social
+ personalidade + motivos do crime + circunstâncias do crime +
consequências do crime + comportamento da vítima). Considerando-
Se que o CP não fixou o quantum de aumento para as circunstâncias
judicias desfavoráveis, a Jurisprudência sugere o aumento de 1/6 e a
doutrina de 1/8 para cada circunstância negativa ao réu.
8. No caso de condenado reincidente em crime doloso, porém com as
circunstâncias do artigo 59 do Código Penal inteiramente favoráveis, a
pena- Base pode ser aplicada no mínimo legal. (FAPEMS - PC- MS - Delegado
de Polícia).

9. Em tema de fixação da pena base, leva- Se em consideração a


culpabilidade, entendida como o grau de reprovabilidade da conduta do
agente. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

10. Os antecedentes criminais constituem circunstância JUDICIAL que incide


NA PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA DA PENA. (FCC - DPE- AM -
Defensor Público).

Questão original: Os antecedentes criminais constituem circunstância


agravante que incide com a regular certidão comprobatória de
condenação anterior.

11. Os antecedentes criminais NÃO PODEM ser considerados negativamente


na aplicação da pena com o registro de atos infracionais, vedando- Se, DE
IGUAL FORMA, para efeitos de reincidência. (FCC - DPE- AM - Defensor
Público).

Questão original: Os antecedentes criminais podem ser considerados


negativamente na aplicação da pena com o registro de atos
infracionais, vedando- Se, contudo, para efeitos de reincidência.

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Segundo o STJ, os atos infracionais não


podem ser considerados para fins de reincidência ou maus
antecedentes, pois tais atos não são crimes. Contudo, ressalta- Se que
a prática desses atos pode servir para justificar a decretação ou
manutenção da prisão preventiva (como garantia da ordem pública).

12. Inquéritos policiais e ações penais em curso NÃO PODEM servir para
agravar a pena- Base do condenado a título de maus antecedentes e de
personalidade desajustada ou voltada para a criminalidade. (CESPE - PGE- PE
- Analista - Superior). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Inquéritos policiais e ações penais em curso podem


servir para agravar a pena- Base do condenado a título de maus
antecedentes e de personalidade desajustada ou voltada para a
criminalidade.

SÚMULA 269, STJ – “É vedada a utilização de inquéritos policiais e


ações penais em curso para agravar a pena- Base”.
JURISPRUDÊNCIA, STJ – Para o STJ, mesmo as condenações
criminais transitadas em julgado e não utilizadas para caracterizar a
reincidência somente podem ser valoradas em relação aos
antecedentes do réu, não se admitindo sua utilização para desvalorar a
personalidade ou a conduta social do agente.

13. Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, apenas


condenações criminais transitadas em julgado podem justificar o
agravamento da pena base. (CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário).

14. Sobre a utilização de inquéritos policiais ou as ações penais em curso


como fundamento para aumentar a pena, é correto afirmar: Não é
reconhecida pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que
editou, inclusive, súmula sobre o tema. (FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).
SÚMULA 269, STJ

15. Sobre a utilização de inquéritos policiais ou as ações penais em curso


como fundamento para aumentar a pena, é correto afirmar: É INCABÍVEL NA
APLICAÇÃO DA PENA PARA AGRAVAR A PENA- BASE, CONFORME
ENTENDIMENTO SUMULADO DO STJ. (FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).
SÚMULA 269, STJ

Questão original: Sobre a utilização de inquéritos policiais ou as ações


penais em curso como fundamento para aumentar a pena, é correto
afirmar: É cabível na segunda fase e terceira fase de
individualização da pena, mas não pode intervir sobre a fixação da
pena- Base.

16. Segundo a orientação jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de


Justiça, processos criminais em andamento não poderão ser valorados como
prova de antecedentes criminais EM NENHUMA HIPÓTESE. (FAURGS - TJ-
RS - Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Segundo a orientação jurisprudencial dominante no


Superior Tribunal de Justiça, processos criminais em andamento não
poderão ser valorados como prova de antecedentes criminais, salvo na
hipótese de já terem sido objeto de sentença condenatória sobre a
qual se aguarda o julgamento de recursos defensivos.

17. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso


para agravar a pena- Base. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
SÚMULA 269, STJ

18. NÃO É possível a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso


para agravar a pena- Base. (VUNESP - Prefeitura de Porto Ferreira - SP -
Procurador Jurídico). SÚMULA 269, STJ

Questão original: É possível a utilização de inquéritos policiais e ações


penais em curso para agravar a pena- Base, desde que haja
fundamentação por parte do magistrado.

19. Na aplicação da pena, é vedada a utilização de inquéritos policiais e


ações penais em curso para agravar a pena- Base, configurando- Se,
porém, a má antecedência se o acusado ostentar condenação por crime
anterior, transitada em julgado após o novo fato. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de
Direito). SÚMULA 269, STJ

20. DA MESMA FORMA QUE É vedada a utilização de inquéritos policiais em


andamento para aumentar a pena- Base, NÃO É possível a utilização de ações
penais em curso para requerer o aumento da referida pena. (CESPE - TJ- DFT
- Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Embora seja vedada a utilização de inquéritos


policiais em andamento para aumentar a pena- Base, é possível a
utilização de ações penais em curso para requerer o aumento da
referida pena.

21. Os antecedentes criminais NÃO PODEM ser verificados a partir da


existência de ações penais em curso E inquéritos policiais na mesma
condição. (FCC - DPE- AM - Defensor Público). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Os antecedentes criminais podem ser verificados a


partir da existência de ações penais em curso, mas não de inquéritos
policiais na mesma condição.

22. A sentença condenatória definitiva pela prática de crime posterior NÃO


PODERÁ configurar maus antecedentes caso o trânsito em julgado ocorra
antes do julgamento do primeiro crime. (FGV - DPE- MT - Analista -
Advocacia). SÚMULA 269, STJ

Questão original: A sentença condenatória definitiva pela prática de


crime posterior poderá configurar maus antecedentes caso o trânsito
em julgado ocorra antes do julgamento do primeiro crime.

23. Os antecedentes criminais NÃO PODEM aumentar a pena- Base acima do


mínimo legal com o registro decorrente da aceitação de transação penal pelo
acusado. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: Os antecedentes criminais podem aumentar a pena-


Base acima do mínimo legal com o registro decorrente da aceitação de
transação penal pelo acusado.
24. Em tema de fixação da pena base, leva- Se em consideração a conduta
social, que se refere ao histórico da vida social do condenado. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).

25. A circunstância judicial da personalidade do agente, MESMO SENDO


própria do direito penal do autor, FOI recepcionada pela Constituição de 1988,
RELATIVAMENTE AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. (FCC
- DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: A circunstância judicial da personalidade do agente,


por ser própria do direito penal do autor, não foi recepcionada pela
Constituição de 1988.

Observação: Ninguém pode ser punido exclusivamente por razões


pessoais (princípio da responsabilidade pelo fato), mas apenas pelo
fato praticado. Contudo, embora a CF adote o direito penal do fato,
nada impede a valoração da personalidade (circunstâncias pessoas do
réu) para a fixação da pena em atendimento ao princípio da
individualização da pena.

26. O direito penal do autor poderá servir de fundamento para a redução da


pena quando existirem circunstâncias pessoais favoráveis ao
acusado. (CESPE - PC- MA - Delegado de Polícia).

27. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e


legais que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a
opção correta: Uma condenação transitada em julgado de fato posterior ao
narrado na denúncia, não serve para fins de reincidência, BEM COMO NÃO
PODE servir para valorar negativamente a personalidade e a conduta social do
agente. (CESPE - TJ- BA - Juiz de Direito).

Questão original: Uma condenação transitada em julgado de fato


posterior ao narrado na denúncia, embora não sirva para fins de
reincidência, pode servir para valorar negativamente a personalidade e
a conduta social do agente.
JURISPRUDÊNCIA, STJ – A condenação transitada em julgado por
fato posterior ao crime em julgamento não pode ser utilizado para
fins de reincidência bem como para valorar negativamente os
antecedentes, a personalidade ou a conduta social do réu. De outro
lado, se a condenação definitiva corresponder a fato anterior ao delito
em julgamento, mas com o trânsito em julgado posterior, pode ser
utilizado para valorar negativamente os antecedentes do réu.

28. Em tema de fixação da pena base, leva- Se em consideração os


antecedentes criminais do agente, que, em razão da aplicação do princípio da
inocência, são considerados apenas as CONDENAÇÕES TRANSITADAS EM
JULGADO por crimes a penas privativas de liberdade, RESTRITIVAS DE
DIREITOS OU MULTA, ANTERIORES ao fato que está sendo julgado. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Em tema de fixação da pena base, leva- Se em


consideração os antecedentes criminais do agente, que, em razão da
aplicação do princípio da inocência, são considerados apenas as
condenações por crimes a penas privativas de liberdade, posteriores
ao fato que está sendo julgado.

29. Valter, maior e capaz, foi preso preventivamente em uma das fases de uma
operação policial. Ele já era réu em outras três ações penais e estava indiciado
em mais dois outros IPs. Nessa situação, as ações penais em curso NÃO
PODEM ser consideradas para eventual agravamento da pena- Base referente
ao crime que resultou na prisão preventiva de Valter, BEM COMO os IPs não
podem ser considerados para essa mesma finalidade. (CESPE - Polícia
Federal - Delegado de Polícia). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Valter, maior e capaz, foi preso preventivamente em


uma das fases de uma operação policial. Ele já era réu em outras três
ações penais e estava indiciado em mais dois outros IPs. Nessa
situação, as ações penais em curso podem ser consideradas para
eventual agravamento da pena- Base referente ao crime que resultou
na prisão preventiva de Valter, mas os IPs não podem ser considerados
para essa mesma finalidade.

30. José da Silva, réu primário e com condenações criminais anteriores, porém
sem trânsito em julgado, confesso, cometeu crime de estelionato contra a
Previdência Social, causando prejuízos significativos à autarquia, sendo
condenado à pena de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão e 13 (treze)
dias- Multa, em regime inicial aberto. Com base nessas informações, é
CORRETO afirmar: INDEPENDENTEMENTE DE SER primário, o juiz NÃO
PODERIA ter aumentado a pena- Base ante as circunstâncias judiciais
FAVORÁVEIS, NÃO PODENDO SOPESAR, para tanto, (CP, art. 59) os
antecedentes criminais e as consequências do delito. (CP, art. 59). (TRF - 3ª
REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Com base nessas informações, é CORRETO


afirmar: Ainda que primário, o juiz poderia ter aumentado a pena- Base
ante as circunstâncias judiciais desfavoráveis, sopesando, para
tanto, (CP, art. 59), os antecedentes criminais e as consequências
do delito.

Observação: As circunstâncias judiciais tem caráter residual


(subsidiário), pois só podem ser valoradas quando tais circunstâncias
não constituírem elementos do próprio tipo penal ou circunstâncias
legais (qualificadoras / atenuantes ou agravantes / causas de aumento
ou diminuição da pena), sob pena de bis in idem.

31. Em tema de fixação da pena base, leva- Se em consideração as


circunstâncias do crime, as quais não podem coincidir com as
circunstâncias agravantes e atenuantes. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor
de Justiça).

32. Em tema de fixação da pena base, leva- Se em consideração as


consequências do crime, sempre excluindo- Se aquelas que são as próprias
de cada delito. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
33. ADMITE- SE o agravamento da pena- Base nos delitos praticados contra a
Administração Pública com fundamento no elevado prejuízo causado aos
cofres públicos, a título de consequências do crime. (FAUEL - Prev São José -
PR - Advogado).

Questão original: Não se admite o agravamento da pena- Base nos


delitos praticados contra a Administração Pública com fundamento no
elevado prejuízo causado aos cofres públicos, a título de
consequências do crime.

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Segundo o STJ, os argumentos genéricos


ou as consequências inerentes ao próprio delito não podem ser
valoradas negativamente para fundamentar a circunstância judicial
“consequências do crime”.

ATENÇÃO: Para o STJ, é perfeitamente admissível o agravamento da


pena- Base em relação às consequências do crime com base no
valor do prejuízo sofrido pela vítima. Além disso, nos crimes praticados
contra a Administração Pública, admite- Se a exasperação da pena-
Base com fundamento no elevado prejuízo causado aos cofres
públicos, a título de consequências do crime.

34. Determinada sentença justificou a dosimetria da pena em um crime de


roubo da forma seguinte: A culpabilidade do réu ficou comprovada, sendo a
sua conduta altamente reprovável; não constam informações detalhadas sobre
seus antecedentes, mas consta que ele foi anteriormente preso em flagrante
acusado de roubo — embora não haja prova do trânsito em julgado da
condenação — e que responde também a dois inquéritos policiais nos quais é
acusado de furtar. A conduta social do réu não é boa e denota personalidade
voltada para o crime; os motivos e as circunstâncias do crime não favorecem o
réu; e as consequências do fato são muito graves, pois as vítimas, que em
nada contribuíram para a deflagração do ato criminoso, tiveram prejuízo
expressivo, já que houve desbordamento do caminho usualmente utilizado para
a consumação do crime. É relevante observar que, sendo o réu pobre,
semianalfabeto, sem profissão e sem emprego, muito provavelmente voltará ao
crime, fato que, por si, justifica o aumento da pena- Base como forma de
prevenção. Tendo em vista os elementos apresentados na justificação
hipotética descrita, assinale a opção correta de acordo com a jurisprudência do
STJ.

34.1. Por ser inerente ao crime de roubo, compondo a fase de criminalização


primária, a perda material, NESTE CASO, PODERIA justificar o aumento da
pena- Base como consequência negativa do crime. (CESPE - TJ- AM - Juiz de
Direito).

Questão original: Por ser inerente ao crime de roubo, compondo a fase


de criminalização primária, a perda material não poderia justificar o
aumento da pena- Base como consequência negativa do crime.

34.2. O juiz NÃO DECIDIU corretamente, pois NÃO APRESENTOU


justificação convincente, baseando- Se EM FUNDAMENTOS GENÉRICOS E
ILEGAIS. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).

Questão original: O juiz decidiu corretamente, pois apresentou


justificação convincente, baseada no princípio do livre
convencimento.

34.3. Considerando que o réu já tinha sido preso em flagrante por roubo e,
mesmo sem o trânsito em julgado da respectiva sentença, ele ainda responde
a dois inquéritos policiais por furtos, NADA OBSTANTE, NÃO JUSTIFICA- SE
a exacerbação da pena- Base. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito). SÚMULA
269, STJ

Questão original: Considerando que o réu já tinha sido preso em


flagrante por roubo e, mesmo sem o trânsito em julgado da respectiva
sentença, ele ainda responde a dois inquéritos policiais por furtos,
justifica- Se a exacerbação da pena- Base.
34.4. O juiz deveria ter levado em conta o fato de as vítimas em nada terem
contribuído para a ocorrência do crime também como motivo para NÃO
EXASPERAR a pena- Base do réu, JÁ QUE O COMPORTAMENTO NEUTRO
DAS VÍTIMAS JAMAIS PODE AGRAVAR A PENA- BASE DO RÉU. (CESPE
- TJ- AM - Juiz de Direito).

Questão original: O juiz deveria ter levado em conta o fato de as


vítimas em nada terem contribuído para a ocorrência do crime também
como motivo para exasperação da pena- Base do réu, a fim de
atender as funções repressivas e preventivas da sanção penal.

34.5. A exasperação da pena- Base por causa da pobreza, ignorância ou


desemprego caracteriza a prática do que a doutrina denomina direito penal
do inimigo. (CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).

35. Um homem, maior de idade e capaz, conduzia em seu veículo três


comparsas armados com revólveres: eles pretendiam praticar um roubo.
Avistaram um caminhão de cargas estacionado em um posto de gasolina e,
aproveitando- Se da distração do motorista, os três comparsas abordaram- No
com violência e subtraíram parte da carga de computadores e notebooks. Os
quatro foram presos logo em seguida e os bens foram restituídos à vítima. Em
julgamento, o homem que transportava os comparsas confessou a conduta e
informou que o seu papel na empreitada criminosa era somente aguardar os
comparsas e propiciar a fuga. Foi informado nos autos que o réu respondia a
processo por crime de roubo, o que foi considerado como antecedente. Na
sentença, ele foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão. Ao
analisar a dosimetria da pena, o juiz considerou que a culpabilidade estava
comprovada nos autos, tendo afirmado que “a conduta do réu é altamente
reprovável, sua personalidade é voltada para o crime; os motivos e as
circunstâncias do crime não o favoreceram; as consequências do crime
revelaram- Se graves e as vítimas em nada contribuíram para o seu
cometimento”. Como a situação econômica do réu lhe era desfavorável, ele foi
assistido pela defensoria pública. Acerca dos fundamentos da sentença
proferida na situação hipotética apresentada, assinale a opção correta,
considerando a jurisprudência dos tribunais superiores. (CESPE - TJ- CE - Juiz
de Direito).

35.1. As razões apresentadas pelo juiz para analisar a dosimetria da pena são
todas inidôneas para fundamentar acréscimos na pena- Base.

35.2. O fato de o réu estar respondendo a processo por crime de roubo NÃO
ENSEJA o agravamento da pena- Base. SÚMULA 269, STJ

Questão original: O fato de o réu estar respondendo a processo por


crime de roubo enseja o agravamento da pena- Base.

2ª FASE DA DOSIMETRIA DA PENA

36. As circunstâncias legais são descritas pela lei penal de maneira prévia,
ou na parte geral, ou na parte especial do Código, ou em leis extravagantes.
(MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: As circunstâncias legais (qualificadoras / atenuantes e


agravantes / causas de aumento e diminuição da pena) estão previstas
na parte geral e especial do CP, bem como em leis extravagantes.

37. A circunstância agravante NÃO INCIDE QUANDO qualifiqua o crime, BEM


COMO QUANDO constitui elementar. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: A circunstância agravante incide ainda que


qualifique o crime, mas não se dele constituir elementar.

Observação: Segundo o CP, as agravantes são circunstâncias legais


que aumentam a pena do réu na segunda fase da dosimetria da pena,
desde que não constituem ou qualificam o crime, sob pena de bis in
idem.

ATENÇÃO: Havendo duas ou mais qualificadoras, o juiz deve utilizar


apenas uma delas para qualificar o crime, e a outra será utilizada como
agravante (quando prevista em lei como agravante). Caso contrário,
não havendo previsão legal, ela irá funcionar como circunstância
judicial desfavorável (1ª fase).

38. Reconhecida a incidência de duas ou mais causas de qualificação,


APENAS UMA será utilizada para qualificar o delito, E A OUTRA SERÁ
UTILIZADA COMO CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE (QUANDO PREVISTA
EM LEI), OU COMO CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL, RESIDUALMENTE. (TRF -
2ª Região - TRF - 2ª Região - Juiz federal).

Questão original: Reconhecida a incidência de duas ou mais causas


de qualificação, ambas serão utilizadas para qualificar o delito,
influenciando a fixação da pena- Base que, nesse caso, será
necessariamente definida acima do mínimo previsto no preceito
secundário do tipo qualificado.

39. AS AGRAVANTES previstas no CP são numerus clausus, ou seja, não é


possível invocar circunstância AGRAVANTE que não tenha sido
expressamente prevista no texto legal. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: As agravantes e as atenuantes previstas no CP são


numerus clausus, ou seja, não é possível invocar circunstância
atenuante ou agravante que não tenha sido expressamente prevista no
texto legal.

Observação: As agravantes estão descritas de forma taxativa no CP,


pois são prejudiciais ao réu. De forma diversa, as atenuantes estão
previstas em rol exemplificativo, admitindo- Se atenuantes não
descritas em lei para beneficiar o réu (atenuantes inominadas).

40. Não ofenderá o princípio da legalidade o juiz que, ao prolatar sentença


condenatória, reconhecer de ofício, em favor do réu, atenuantes que não
estejam previstas em lei nem foram alegadas pelas partes. (CESPE - TRF - 5ª
REGIÃO - Juiz federal).
41. A circunstância agravante pode ser reconhecida pelo juiz, ainda que não
alegada pelo Ministério Público, consoante expressa previsão legal. (FCC -
TJ- AL - Juiz de Direito).

42. As circunstâncias agravantes incidem NÃO APENAS sobre os crimes


dolosos. (CESPE - DPE- AL - Defensor Público).

Questão original: As circunstâncias agravantes incidem apenas sobre


os crimes dolosos.

Observação: Segundo entendimento dominante pela doutrina e


jurisprudência, as agravantes se aplicam apenas aos crimes dolosos
(e preterdolosos). A única exceção é a agravante da reincidência que
se aplica tanto aos delitos dolosos como culposos.

JURISPRUDÊNCIA, STF – O Supremo já admitiu a incidência da


agravante do motivo torpe a crime culposo (no famoso caso do navio
“Bateau Mouche”), onde foi aplicada tal agravante (nos homicídios
culposos), visto que os responsáveis pela embarcação almejavam a
“obtenção de lucro fácil” em detrimento da segurança dos passageiros.

43. Embora prepondere na doutrina o entendimento de que apenas a


agravante genérica da reincidência se aplica aos crimes culposos, já admitiu
o Supremo Tribunal Federal, como tal, em crime culposo, o motivo torpe.
(FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de Justiça).

44. A incidência da circunstância atenuante NÃO PODE conduzir à redução da


pena abaixo do mínimo legal. (FCC - DPE- MA - Defensor Público). SÚMULA
231, STJ
Questão original: A incidência da circunstância atenuante pode
conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.

Observação: A lei não determina o percentual de aumento ou


diminuição referente às agravantes ou atenuantes. Por consequência,
nesta 2ª fase, o juiz não pode ultrapassar o máximo legal ou mesmo
reduzir a pena abaixo do mínimo legal.

SÚMULA 231, STJ – “A incidência da circunstância atenuante não


pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal”.

45. Inexiste, nas agravantes e atenuantes genéricas, previsão legal taxativa


acerca do quantum a ser aplicado, cabendo ao juiz defini- Lo. (CESPE - DPE-
AL - Defensor Público).

46. Na aplicação da pena, a incidência de circunstância atenuante não pode


conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal EM NENHUMA
HIPÓTESE. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito). SÚMULA 231, STJ

Questão original: Na aplicação da pena, a incidência de circunstância


atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo
legal, a não ser que utilizada a confissão para a formação do
convencimento do julgador, hipótese em que o réu fará jus à
diminuição, ainda que aquém do piso.

47. Segundo a orientação jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de


Justiça, quando da aplicação do método trifásico da pena, o juiz poderá
aplicá- La abaixo do mínimo legal apenas no momento de fixação da pena
definitiva, não sendo possível diminuí- La em momento anterior, ainda que
reconhecida alguma circunstância atenuante. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de
Direito). SÚMULA 231, STJ

48. Na segunda fase de aplicação da pena, a pena intermediária NÃO PODE


ser fixada abaixo do mínimo legal. (FGV - DPE- MT - Analista - Advocacia).
SÚMULA 231, STJ

Questão original: Na segunda fase de aplicação da pena, a pena


intermediária pode ser fixada abaixo do mínimo legal.
49. Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, NÃO
DEVE aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver circunstância atenuante.
(CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito). SÚMULA 231, STJ

Questão original: Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao


aplicar a pena, deve aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver
circunstância atenuante.

50. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da


pena abaixo do mínimo legal. (CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 231, STJ

51. No momento de reconhecer a presença de circunstâncias atenuantes e


agravantes, não poderá o magistrado fixar a pena abaixo do mínimo legal ou
acima do máximo cominado ao tipo. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).
SÚMULA 231, STJ

52. A circunstância agravante NÃO PODE elevar a pena acima do máximo


previsto em lei para o crime. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: A circunstância agravante pode elevar a pena acima


do máximo previsto em lei para o crime.

53. Ronaldo, maior e capaz, e outras três pessoas, também maiores e


capazes, furtaram um veículo que estava parado em um estacionamento
público. Depois de terem retirado pertences do veículo, o abandonaram perto
do local do assalto. O grupo foi preso. Constatou- Se que Ronaldo era réu
primário, tinha bons antecedentes e que agira por coação dos outros elementos
do grupo. Nessa situação, se a coação foi resistível, se houver confissão do
crime e se as circunstâncias atenuantes preponderarem sobre as agravantes, a
pena de Ronaldo NÃO PODERÁ ser reduzida para abaixo do mínimo legal.
(CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia). SÚMULA 231, STJ

Questão original: Nessa situação, se a coação foi resistível, se houver


confissão do crime e se as circunstâncias atenuantes preponderarem
sobre as agravantes, a pena de Ronaldo poderá ser reduzida para
abaixo do mínimo legal.

54. Constitui circunstância agravante a prática de crime por motivo fútil ou


torpe. (MPE- RS - MPE- RS - Secretário de Diligências).

55. É circunstância que sempre AGRAVA a pena ter o agente cometido o


crime em estado de embriaguez preordenada. (CONSULPLAN - TRF - 2ª
REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: É circunstância que sempre atenua a pena ter o


agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada.

Observação: As circunstâncias agravantes mais cobradas em provas


são:

a) a reincidência;

b) ter o agente cometido o crime: por motivo fútil ou torpe; contra


ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; contra criança, maior de
60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; em estado de
embriaguez preordenada.

56. Após uma discussão, Carlos desferiu ameaça contra a vida de Luís. Para
ter coragem de executar o que foi dito, Carlos ingeriu bebida alcoólica. Nessa
situação, caso seja condenado, a ingestão de bebida alcoólica será
RELEVANTE na dosimetria da pena. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: Após uma discussão, Carlos desferiu ameaça contra


a vida de Luís. Para ter coragem de executar o que foi dito, Carlos
ingeriu bebida alcoólica. Nessa situação, caso seja condenado, a
ingestão de bebida alcoólica será irrelevante na dosimetria da pena.
57. Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve
agravar a sanção a ser aplicada a quem tiver coagido outrem a praticar o
crime no caso de concurso de pessoas. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

58. Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa


de terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após
analisar detidamente a rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento
oportuno para efetivar seu plano. O Código Penal NÃO DISPÕE o
planejamento prévio à prática do intento criminoso como circunstância de
agravamento genérico da pena. (CESPE - PC- SE - Delegado de Polícia).

Questão original: Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças


decorrentes de disputa de terras, planeja matar seu desafeto Paulo,
também maior e capaz. Após analisar detidamente a rotina de Paulo,
Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. O
Código Penal dispõe o planejamento prévio à prática do intento
criminoso como circunstância de agravamento genérico da pena.

59. A confissão do réu é uma circunstância atenuante que implica a redução da


pena, CONTUDO, NÃO PODE REDUZIR A PENA ABAIXO do mínimo legal
previsto para o caso em tela.

Questão original: A confissão do réu é uma circunstância atenuante


que implica a redução da pena para menos do mínimo legal previsto
para o caso em tela.

Observação: As circunstâncias atenuantes mais cobradas em provas


são:

a) ser o agente menor de 21 (menoridade relativa), na data do fato, ou


maior de 70 anos (senilidade), na data da sentença;

b) o desconhecimento da lei;

c) ter o agente confessado espontaneamente, perante a autoridade, a


autoria do crime;
d) ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social
ou moral.

ATENÇÃO: A pena poderá ser ainda atenuada em razão de


circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não
prevista expressamente em lei (atenuantes inominadas ou atenuantes
de clemência).

60. A confissão judicial do réu implica em REDUÇÃO DA PENA em face da


presença de CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE. (MPE- SP - MPE- SP -
Promotor de Justiça).

Questão original: A confissão judicial do réu implica em redução


máxima da pena em face da presença de causa especial de
diminuição de pena.

61. A confissão judicial do réu implica em diminuição de sua pena


INTERMEDIÁRIA. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

Questão original: A confissão judicial do réu implica em diminuição de


sua pena final.

62. NÃO APENAS à confissão qualificada se impõe a incidência de atenuante


na segunda fase da dosimetria da pena. (CESPE - MPE- RR - Promotor de
Justiça).

Questão original: Apenas à confissão qualificada se impõe a


incidência de atenuante na segunda fase da dosimetria da pena.

Observação: A confissão qualificada é aquela em que o réu


reconhece ter praticado o fato, contudo, alega tese de exclusão da
ilicitude ou da culpabilidade (essa confissão funciona como
circunstância atenuante para o STJ, mas não para o STF).
ATENÇÃO: Não só a confissão qualificada, mas qualquer confissão
(seja parcial ou com retratação posterior) pode funcionar como
circunstância atenuante, desde que utilizada pelo juiz como
fundamento para embasar a condenação.

SÚMULA 545, STJ – “Quando a confissão for utilizada para a


formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante
prevista no artigo 65, III, d, do Código Penal”.

63. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e


legais que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a
opção correta: A confissão espontânea em delegacia de polícia DEVE servir
como circunstância atenuante, AINDA QUE O RÉU SE RETRATE sobre essa
declaração em juízo, DESDE QUE A CONFISSÃO SEJA UTILIZADA PELO
JUIZ COMO FUNDAMENTO PARA EMBASAR CONDENAÇÃO. (CESPE -
TJ- BA - Juiz de Direito). SÚMULA 545, STJ

Questão original: A confissão espontânea em delegacia de polícia


pode servir como circunstância atenuante, desde que o réu não se
retrate sobre essa declaração em juízo.

64. Confissão ocorrida na delegacia de polícia e não confirmada em juízo


PODE ser utilizada como atenuante, QUANDO o juiz a utilize para fundamentar
o seu convencimento. (CESPE - Prefeitura de Belo Horizonte - MG -
Procurador Municipal). SÚMULA 545, STJ

Questão original: Confissão ocorrida na delegacia de polícia e não


confirmada em juízo não pode ser utilizada como atenuante, mesmo
que o juiz a utilize para fundamentar o seu convencimento.

65. A confissão espontânea na delegacia de polícia retratada em juízo deverá


ser considerada atenuante da confissão espontânea, DESDE QUE o
magistrado A utilize para fundamentar a condenação do réu. (CESPE - DPE-
DF - Defensor Público). SÚMULA 545, STJ
Questão original: A confissão espontânea na delegacia de polícia
retratada em juízo deverá ser considerada atenuante da confissão
espontânea, ainda que o magistrado não a utilize para fundamentar a
condenação do réu.

66. A retratação, em juízo, da anterior confissão na fase de investigação, obsta


a aplicação da atenuante da confissão espontânea, a não ser que a
confissão retratada venha a ser considerada na fundamentação da sentença.
(MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça). SÚMULA 545, STJ

67. A confissão do acusado PODERÁ ser levada em consideração na


dosimetria da pena se for alegada alguma causa excludente de antijuridicidade
ou culpabilidade (confissão qualificada). (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO
- Juiz federal). SÚMULA 545, STJ

Questão original: A confissão do acusado não poderá ser levada em


consideração na dosimetria da pena se for alegada alguma causa
excludente de antijuridicidade ou culpabilidade (confissão qualificada).

68. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e


legais que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a
opção correta: A confissão qualificada, na qual o réu alega em seu favor
causa descriminante ou exculpante, não afasta a incidência da atenuante de
confissão espontânea. (CESPE - TJ- BA - Juiz de Direito). SÚMULA 545,
STJ

69. Conforme o STJ, aquele que, ao juiz, admite a autoria de um crime, ainda
que alegue, em seu favor, a existência de causa excludente de ilicitude, pode
se beneficiar da atenuante genérica relativa à confissão espontânea.
(CESPE - TRE- MT - Analista). SÚMULA 545, STJ

70. Em determinado processo por furto qualificado pelo rompimento de


obstáculo, o réu confessou a subtração do bem, porém, negou o
arrombamento. Em caso de condenação, no que pertine à aplicação da pena, a
confissão parcial dos fatos: impõe a incidência da atenuante genérica da
confissão espontânea. (FGV - TJ- PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador).

71. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da


pena: Ser o agente menor de 21 anos NA DATA DO FATO e maior de setenta
anos na DATA DA SENTENÇA. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços
de Notas e de Registros).

Questão original: São circunstâncias atenuantes, a serem


consideradas na aplicação da pena: Ser o agente menor de 21 anos e
maior de setenta anos na data do fato.

72. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ser o agente menor de 21
(vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (SETENTA) ANOS, na data da
sentença. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: São circunstâncias que sempre atenuam a pena ser


o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 60
(sessenta) anos, na data da sentença.

73. No momento da fixação da pena, deverá o juiz considerar a menoridade


relativa do agente na segunda fase do cálculo da pena (circunstâncias
atenuantes e agravantes). (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria -
Assistente Jurídico).

74. A circunstância atenuante referente à senilidade é definida pelo CÓGIDO


PENAL. (CESPE - DPE- AL - Defensor Público).

Questão original: A circunstância atenuante referente à senilidade é


definida pelo Estatuto do Idoso.

75. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ter o agente cometido o
crime por motivo de relevante valor social ou moral. (NUCEPE - SEJUS- PI -
Agente Penitenciário - Superior).
76. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da
pena: O desconhecimento da lei. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

77. O desconhecimento da lei é uma causa atenuante. (CONSULPLAN -


TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

78. O desconhecimento da lei é inescusável, CONTUDO, CONSTITUI


circunstância atenuante da pena. (MPE- RS - MPE- RS - Secretário de
Diligências).

Questão original: O desconhecimento da lei é inescusável, razão pela


qual não constitui circunstância atenuante da pena.

79. Constitui atenuante genérica o DESCONHECIMENTO DA LEI, embora o


desconhecimento da lei seja inescusável. (CESPE - DPE- AL - Defensor
Público).

Questão original: Constitui atenuante genérica o erro sobre a


ilicitude do fato, embora o desconhecimento da lei seja inescusável.

80. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ter o agente cometido o
crime por motivo de relevante valor social ou moral. (NUCEPE - SEJUS- PI -
Agente Penitenciário - Superior).

81. Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou


injustamente Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos.
Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o
consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial
de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos,
armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no
local antes mesmo de ser socorrida. Por ter agido influenciado por emoção
extrema, Carlos poderá ser beneficiado pela incidência de CIRCUNSTÂNCIA
ATENUANTE. (CESPE - PC- SE - Delegado de Polícia).
Questão original: Por ter agido influenciado por emoção extrema,
Carlos poderá ser beneficiado pela incidência de causa de diminuição
de pena.

82. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da


pena: Ter o agente cometido o crime sob a influência de multidão em
tumulto, se não o provocou. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

83. Após regular instrução processual penal na qual o réu Sandro se defendeu
de denúncia ofertada pelo Ministério Público dando- O como incurso no art. 155
§4º, incisos II e III, do Código Penal, comprovou- Se que o acusado, pulando
um muro de três metros de altura e se utilizando de uma chave falsa, acessou
uma residência quando o morador estava viajando e subtraiu de lá um relógio
avaliado em aproximadamente R$ 10.000,00. Descoberta a autoria, por um
vizinho que conhecia o réu e o viu entrando no local, Sandro foi eventualmente
denunciado e, no dia da audiência de instrução, ao ser interrogado, confessou
o crime e, por estar respondendo em liberdade, trouxe o relógio íntegro, para
devolver para a vítima, se dizendo arrependido. Nesse contexto, é correto
afirmar: O réu faz jus ao reconhecimento da atenuante genérica do art. 65,
III, “b”, do Código Penal, por ter, antes do julgamento, reparado o dano.
(IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

84. Na aplicação da pena, o desconhecimento da lei constitui circunstância


atenuante, podendo ainda a pena ser atenuada em razão de fato relevante,
embora não previsto em lei, anterior OU POSTERIOR ao crime. (VUNESP - TJ-
SP - Juiz de Direito).

Questão original: Na aplicação da pena, o desconhecimento da lei


constitui circunstância atenuante, podendo ainda a pena ser atenuada
em razão de fato relevante, embora não previsto em lei, desde que
necessariamente anterior ao crime.
85. A clemência incide em circunstâncias anteriores OU POSTERIORES à
prática do crime, EMBORA NÃO PREVISTAS expressamente no CP. (CESPE
- DPE- AL - Defensor Público).

Questão original: A clemência incide em circunstâncias anteriores OU


POSTERIORES à prática do crime, nas hipóteses previstas
expressamente no CP.

86. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da


pena: Circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não
prevista expressamente em lei. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

87. Que, para a incidência da atenuante da clemência, é PRESCINDÍVEL que


não tenha sido reconhecida a configuração de qualquer outra expressamente
prevista em lei. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de
Justiça).

Questão original: Que, para a incidência da atenuante da clemência, é


imprescindível que não tenha sido reconhecida a configuração de
qualquer outra expressamente prevista em lei.

88. No concurso de AGRAVANTES E ATENUANTES, a pena deve aproximar-


Se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo- Se
como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da
personalidade e da reincidência. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: No concurso de causas de aumento ou de


diminuição, a pena deve aproximar- Se do limite indicado pelas
circunstâncias preponderantes, entendendo- Se como tais as que
resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade e da
reincidência.

Observação: Havendo a presença de agravantes e atenuantes


simultaneamente, a regra geral é pela compensação entre elas
(equivalência das circunstâncias). Excepcionalmente, não haverá a
compensação se houver alguma circunstância preponderante, isto é,
aquele que resulta dos motivos determinantes do crime, da
personalidade do agente e da reincidência.

89. INDEPENDENTEMENTE DE TER SIDO fixada a pena- Base em seu


mínimo legal, NÃO É possível compensar a atenuante da confissão
espontânea e o aumento referente à continuidade delitiva. (TRF - 2ª Região -
TRF - 2ª Região - Juiz federal).

Questão original: Fixada a pena- Base em seu mínimo legal, é


possível compensar a atenuante da confissão espontânea e o aumento
referente à continuidade delitiva.

90. No concurso de circunstâncias legais, a pena deve aproximar- Se do


limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo- Se como
tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade
do agente e da reincidência. (UFPR - COREN- PR - Advogado).

91. Dispõe o Código Penal que, no concurso de agravantes e atenuantes, a


pena deve aproximar- Se do limite indicado pelas circunstâncias
preponderantes, entendendo- Se como tais as que resultam dos motivos
determinantes do crime, da personalidade do agente e da: reincidência. (CS-
UFG - TJ- GO - Juiz Leigo).

92. No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar- Se do


limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo- Se como
tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade
do agente e da reincidência. (CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária).

93. No concurso de agravantes e atenuantes entende-se por circunstâncias


preponderantes as que resultam dos motivos determinantes do crime, da
personalidade do agente e da REINCIDÊNCIA. (FCC - DPE- MA - Defensor
Público).
Questão original: No concurso de agravantes e atenuantes entende-se
por circunstâncias preponderantes as que resultam dos motivos
determinantes do crime, da personalidade do agente e da
primariedade.

94. A circunstância agravante PODE PREPONDERAR sobre circunstância


atenuante. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: A circunstância agravante nunca prepondera sobre


circunstância atenuante.

95. A confissão judicial do réu implica em compensação com eventual


AGRAVANTE. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

Questão original: A confissão judicial do réu implica em compensação


com eventual majorante.

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Admite- Se a compensação entre a


atenuante da confissão espontânea com as seguintes agravantes:
reincidência, promessa de recompensa, ou violência contra a mulher.

JURISPRUDÊNCIA, STF – A agravante da reincidência prepondera


sobre a atenuante da confissão espontânea.

ATENÇÃO: Para o STJ, se o réu for multireincidente não se aplica a


compensação com a confissão espontânea, preponderando a
reincidência (em obediência aos princípios da proporcionalidade e da
individualização da pena).

96. A confissão judicial do réu implica em compensação com eventual


circunstância agravante. (MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

97. ADMITE- SE compensação da atenuante da confissão espontânea com a


agravante da reincidência. (CESPE - MPE- RR - Promotor de Justiça).
Questão original: Não se admite compensação da atenuante da
confissão espontânea com a agravante da reincidência.

98. É possível, na segunda fase da dosimetria da pena, a compensação da


atenuante da confissão espontânea com a agravante da reincidência, não
havendo preponderância. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª Região - Juiz federal).

99. A atenuante da confissão espontânea NÃO É preponderante em relação à


reincidência, POSSIBILITANDO a compensação plena entre uma e outra na
segunda fase da dosimetria. (CESPE - TRE- TO - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

Questão original: A atenuante da confissão espontânea é


preponderante em relação à reincidência, impossibilitando a
compensação plena entre uma e outra na segunda fase da dosimetria.

100. Um homem, maior de idade e capaz, foi preso em flagrante por ter
subtraído duas garrafas de uísque de um supermercado. A observação da
ação delituosa por meio do sistema de vídeo do estabelecimento permitiu aos
seguranças a detenção do homem no estacionamento e a recuperação do
produto furtado. O valor do produto subtraído equivalia a pouco mais de um
terço do valor do salário mínimo vigente à época. Na fase investigatória,
constatou- Se que o agente do delito possuía condenação transitada em
julgado por fato semelhante e que respondia por outras três ações penais em
curso. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: É CABÍVEL ao
caso a compensação integral da atenuante de confissão espontânea e da
agravante de reincidência específica. (CESPE - TJ- CE - Juiz de Direito).

Questão original: Não cabe ao caso a compensação integral da


atenuante de confissão espontânea e da agravante de reincidência
específica.

101. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e


legais que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a
opção correta: A múltipla reincidência AFASTA a necessidade de integral
compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a agravante da
reincidência, haja vista a PREPONDERÂNCIA DA AGRAVANTE DA
REINCIDÊNCIA QUANDO O RÉU FOR MULTIREINCIENTE. (CESPE - TJ- BA
- Juiz de Direito).

Questão original: A múltipla reincidência não afasta a necessidade de


integral compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a
agravante da reincidência, haja vista a igual preponderância entre as
referidas circunstâncias legais.

102. No momento da aplicação da pena, o juiz pode compensar a atenuante


da confissão espontânea com a agravante da promessa de recompensa.
(CESPE - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Procurador Municipal).

103. No caso de concurso entre a atenuante da confissão espontânea e a


agravante de violência contra a mulher, é correto afirmar que: a agravante da
violência contra a mulher e a atenuante da confissão espontânea se
compensam, por serem igualmente preponderantes. (FGV - TJ- PI - Analista
Judiciário).

REINCIDÊNCIA
PENAL

104. Os Tribunais Superiores reconheceram a RECEPÇÃO da reincidência


pela Constituição de 1988, EM CONSIDERAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).
Questão original: Por violar o direito penal do autor e o princípio
do ne bis in idem, os Tribunais Superiores reconheceram a não
recepção da reincidência pela Constituição de 1988.

105. A reincidência NÃO É elemento típico do direito penal do fato e tem


determinação NO AGRAVAMENTO DA PENA (CIRCUNSTÂNCIA
AGRAVANTE). (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
Questão original: A reincidência é elemento típico do direito penal do
fato e tem determinação na adequação típica da conduta criminosa.

Observação: A reincidência é analisada na segunda fase da


dosimetria da pena, funcionando como circunstância agravante ao
réu.

106. No momento da fixação da pena, deverá o juiz considerar a reincidência


do agente na SEGUNDA FASE do cálculo. (VUNESP - MPE- SP - Analista de
Promotoria - Assistente Jurídico).

Questão original: No momento da fixação da pena, deverá o juiz


considerar a reincidência do agente na primeira fase do cálculo, no
momento da análise dos seus antecedentes.

107. Considera- Se reincidente o agente que comete novo crime DEPOIS de


transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior. (MPE- RS - MPE- RS - Secretário de
Diligências).

Questão original: Considera- Se reincidente o agente que comete novo


crime antes de transitar em julgado a sentença que, no País ou no
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.

Observação: São os requisitos para a configuração da reincidência:

1º - prática de um crime (no Brasil ou em outro país);


2º - condenação definitiva por esse crime;

3º - prática de novo crime (após a data da condenação definitiva


do crime anterior).

108. Quanto à aplicação da pena HÁ reincidência quando o agente pratica uma


contravenção depois de transitar em julgado uma sentença que, no Brasil, o
tenha definitivamente condenado por um crime, mas, diversamente, NÃO
VERIFICA- SE, no entanto, a reincidência quando o agente pratica um crime
depois de passar em julgado uma sentença que, no Brasil, o tenha condenado
por uma contravenção. (FCC - DPE- RS - Analista - Processual).

Questão original: Quanto à aplicação da pena não há reincidência


quando o agente pratica uma contravenção depois de transitar em
julgado uma sentença que, no Brasil, o tenha definitivamente
condenado por um crime, mas, diversamente, verifica- Se, no entanto,
a reincidência quando o agente pratica um crime depois de passar em
julgado uma sentença que, no Brasil, o tenha condenado por uma
contravenção.

Observação: São as hipóteses em que se verifica a reincidência:

a) crime + crime: gera reincidência;

b) crime + contravenção penal: gera reincidência;

c) contravenção penal + contravenção penal: gera reincidência;

ATENÇÃO: contravenção penal + crime: não gera reincidência


(por omissão legislativa).

109. A reincidência se verifica quando o agente comete novo crime depois de


condenação criminal definitiva por CRIME. (FCC - DPE- AM - Defensor
Público).

Questão original: A reincidência se verifica quando o agente comete


novo crime depois de condenação criminal definitiva por contravenção
penal.

110. A prática de contravenção, depois de condenação prévia transitada em


julgado por crime, ENSEJA reincidência. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços
de Notas e de Registros).

Questão original: A prática de contravenção, depois de condenação


prévia transitada em julgado por crime, não enseja reincidência.

111. A prática de crime, depois de condenação prévia transitada em julgado


por contravenção penal, não enseja reincidência. (IESES - TJ- SC - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).

112. O agente que pratica contravenção penal, sendo condenado com trânsito
em julgado, e depois pratica crime, sendo novamente condenado com trânsito
em julgado, NÃO É reincidente. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: O agente que pratica contravenção penal, sendo


condenado com trânsito em julgado, e depois pratica crime, sendo
novamente condenado com trânsito em julgado, é reincidente.

113. Condenação anterior por delito de porte de substância entorpecente


para consumo próprio não faz incidir a circunstância agravante relativa à
reincidência, ainda que não tenham decorrido cinco anos entre a condenação
e a infração penal posterior. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Segundo o STJ, a condenação anterior pelo


crime do art. 28 da Lei de Drogas (porte de drogas para consumo
próprio) não é apta a gerar reincidência, sob o fundamento de que se
a própria contravenção penal (que tem pena de prisão simples) não
gera reincidência, mostra- Se totalmente desproporcional a utilização
deste delito (que sequer tem pena de prisão) para fins de reincidência.
114. ► Para efeito de reincidência não prevalece a condenação anterior, se
entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 (CINCO) ANOS, computado o período
de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer
revogação. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Para efeito de reincidência não prevalece a


condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da
pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a
a 2 (dois) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação.

Observação: Em relação aos efeitos da reincidência:

- não prevalece a condenação anterior, se entre a data do


cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o
período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não
ocorrer revogação (período depurador).

- não se consideram os crimes militares próprios e políticos.

115. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera- Se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime:
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior, cujo período entre o cumprimento ou a
extinção da pena não exceda a 5 ANOS em relação ao novo delito.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: Para efeitos de reincidência em conformidade com o
disposto no Código Penal, considera- Se reincidente o sujeito que tenha
cometido novo crime: depois de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior, cujo
período entre o cumprimento ou a extinção da pena não exceda a 3
anos em relação ao novo delito. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Escrivão de Polícia Civil).

116. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera- Se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime:
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior, CUJO PERÍODO entre o cumprimento ou
a extinção da pena em relação ao novo delito NÃO EXCEDA 5 ANOS.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).
Questão original: Para efeitos de reincidência em conformidade com o
disposto no Código Penal, considera- Se reincidente o sujeito que tenha
cometido novo crime: depois de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior,
independentemente do tempo que tenha ocorrido entre o
cumprimento ou a extinção da pena em relação ao novo delito.

117. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera- Se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime:
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior, cujo período entre o cumprimento ou a
extinção da pena não exceda a 5 anos em relação ao novo delito.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

118. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera- Se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime:
DEPOIS de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior, cujo período entre o cumprimento ou a
extinção da pena não exceda a 5 anos em relação ao novo delito. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Para efeitos de reincidência em conformidade com o


disposto no Código Penal, considera- Se reincidente o sujeito que tenha
cometido novo crime: antes de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior, cujo
período entre o cumprimento ou a extinção da pena não exceda a 5
anos em relação ao novo delito.

119. Na aplicação da pena, a reincidência não pode ser considerada como


circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial, não
prevalecendo a condenação anterior, contudo, se entre a data do
CUMPRIMENTO OU EXTINÇÃO DA PENA e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos. (VUNESP - TJ- SP - Juiz
de Direito).
Questão original: Na aplicação da pena, a reincidência não pode ser
considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como
circunstância judicial, não prevalecendo a condenação anterior,
contudo, se entre a data do trânsito em julgado para a acusação da
condenação anterior e a infração posterior tiver decorrido período de
tempo superior a 5 (cinco) anos.

120. Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou


extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo
superior a 5 anos, computado o período de prova do livramento condicional ou
DA SUSPENSÃO, SE NÃO OCORRER REVOGAÇÃO. (FCC - DPE- BA -
Defensor Público).

Questão original: Não prevalece a condenação anterior, se entre a


data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 anos, computado o período de
prova do livramento condicional ou do regime aberto.
121. A reincidência deixa de ser considerada se transcorrer período DE
TEMPO SUPERIOR A 5 anos da data DO CUMPRIMENTO OU EXTINÇÃO
DA PENA. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: A reincidência deixa de ser considerada se


transcorrer período de 5 anos da data em que foi progredido ao
regime aberto e o novo crime praticado.

122. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e


legais que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a
opção correta: A reincidência penal NÃO PODE ser utilizada simultaneamente
como circunstância agravante e como circunstância judicial. (CESPE - TJ- BA -
Juiz de Direito). SÚMULA 241, STJ

Questão original: A reincidência penal pode ser utilizada


simultaneamente como circunstância agravante e como circunstância
judicial.

SÚMULA 241, STJ – “A reincidência penal não pode ser considerada


como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância
judicial”.

123. De acordo com preceito expresso do CP, a reincidência penal não pode
ser considerada, ao mesmo tempo, circunstância agravante e circunstância
judicial, DESDE QUE o sentenciado seja reincidente em mais de um delito.
(CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal). SÚMULA 241, STJ

Questão original: De acordo com preceito expresso do CP, a


reincidência penal não pode ser considerada, ao mesmo tempo,
circunstância agravante e circunstância judicial, ainda que o
sentenciado seja reincidente em mais de um delito.

124. A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância


agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. (FCC - TRF - 5ª
REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 241, STJ
125. Consoante o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça, a
reincidência penal NÃO PODE ser considerada como circunstância agravante
e, simultaneamente, como circunstância judicial. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de
Direito). SÚMULA 241, STJ

Questão original: Consoante o entendimento consolidado do Superior


Tribunal de Justiça, a reincidência penal pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância
judicial.

126. A reincidência penal NÃO PODE ser considerada como circunstância


agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. (FCC - DPE- MA -
Defensor Público). SÚMULA 241, STJ

Questão original: A reincidência penal pode ser considerada como


circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância
judicial.

127. A circunstância agravante da reincidência NÃO PODE ser considerada


simultaneamente como circunstância judicial. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).
SÚMULA 241, STJ

Questão original: A circunstância agravante da reincidência pode ser


considerada simultaneamente como circunstância judicial.

128. Senhor X está preso e denunciado por crime do art. 157, caput, do Código
Penal (roubo simples), cometido em 20/12/2016. Considerando- Se que Senhor
X possui outras três condenações por crimes praticados anteriormente
(Sentença 01, proferida em 07/05/2015 e trânsito em julgado em 21/05/2015,
enquanto a Sentença 02, proferida em 22/12/2016, ainda não transitada em
julgado, e na terceira condenação, Sentença 03, proferida em 20/06/2016, não
transitada em julgado), na data da sentença, em 01/03/2017, será considerado
para fins de aplicação da pena, nos termos do art. 61, I do Código Penal: sem
antecedentes e reincidente. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).
129. A, B, e C se conheceram quando estavam recolhidos na Penitenciária
Nelson Hungria. Posteriormente, estando em meio aberto, eles se
reencontraram e decidiram praticar um crime juntos. Assim, agindo em
comunhão de vontades e unidade desígnios, no dia 18/09/2017, cometeram um
latrocínio com resultado morte, sendo a prisão em flagrante convertida em
medidas cautelares diversas da prisão. Após regular instrução, o Juiz proferiu
sentença, condenando os agentes pela prática do crime do artigo 157, § 3º, in
fine, do Código Penal. Ao passar à fase de aplicação da pena, o magistrado,
analisando as certidões cartorárias de antecedentes de cada um dos réus,
constatou que A possui uma condenação transitada em julgado em 10/08/2012,
com extinção da pena em 15/05/2016. B possui duas condenações: a primeira
transitada em julgado em 05/05/2003, com extinção da pena em 23/07/2016 e
a segunda transitada em julgado em 07/02/2011, cuja execução ainda se
encontra em curso. C possui duas condenações, uma por crime praticado
quando ele era menor de 21 (vinte e um) anos, transitada em julgado em
03/04/2005, cuja extinção da pena se deu 10/10/2014 e outra por fato praticado
em 25/12/2017, com trânsito em julgado em 01/08/2018, cuja execução se
encontra em andamento. Levando- Se em conta as disposições previstas no
Código Penal, analise as afirmativas: (CONSULPLAN - TJ- MG - Juiz de
Direito).

129.1. Em desfavor do réu “A” deve ser reconhecida a agravante da


reincidência, prevista no artigo 61, I, do Código Penal.

129.2. O réu “C” é REINCIDENTE, podendo os dados constantes em sua


certidão de antecedentes criminais serem considerados em seu desfavor.

Questão original: O réu “C” é tecnicamente primário, não podendo


os dados constantes em sua certidão de antecedentes criminais serem
considerados em seu desfavor.

129.3. O réu “B” registra DUAS CONDENAÇÕES caracterizadora da


reincidência.

Questão original: O réu “B” registra uma única condenação


caracterizadora da reincidência.

129.4. O réu “C” é reincidente, MAS NÃO PODERÁ SER CONSIDERADO


COMO portador de maus antecedentes AO MESMO TEMPO, SOB PENA DE
BIS IN IDEM. SÚMULA 241, STJ

Questão original: O réu “C” é reincidente e portador de maus


antecedentes.

130. Vanessa foi denunciada como incursa no delito de furto qualificado,


porque, no dia 05 de abril de 2018, teria subtraído, mediante abuso de
confiança, R$ 1.000,00 da loja onde trabalhava como gerente. Realizada
audiência, a Juíza condenou a ré, nos termos da denúncia. Ao realizar a
dosimetria da pena, a Julgadora fixou a pena base no mínimo legal. Na
segunda fase, aplicou a agravante da reincidência e aumentou a pena em 1/6
(um sexto), sob o fundamento de que a ré possuía uma condenação anterior
transitada em julgado antes da prática desse novo delito. Em relação à
condenação anterior de Vanessa, alegou a Juíza que, embora tenha ela
recebido livramento condicional em 21 de março de 2011 e o direito não tenha
sido revogado, o livramento somente expirou em 21 de março de 2015, sendo
que a decisão que declarou extinta a pena foi proferida em 26 de maio de
2016. Assim, com base tão somente na reincidência da ré, a Magistrada impôs
o regime fechado para início de cumprimento da pena. Considerando a pena e
o regime fixados, a decisão proferida está: errada, porque a condenação
anterior mencionada pela Juíza já foi atingida pelo período depurador,
logo, a ré é primária, podendo ser aplicado o regime inicial aberto, uma
vez que a pena fixada é inferior a quatro anos. (FCC - DPE- SP - Defensor
Público).

131. Ricardo foi preso em flagrante por crime de estelionato em fevereiro de


2005 em Corumbá- MS, sendo definitivamente condenado, dois meses depois,
à pena de reclusão de dois anos. Cumprida a condenação, resolveu ir ao
Paraguai visando a novas oportunidades. Porém, desempregado, voltou a
delinquir em solo estrangeiro, sendo condenado no mês de setembro de 2008
à pena de três anos por crime de roubo. Em janeiro de 2009, enquanto
aguardava em liberdade o julgamento de seu recurso, fugiu para a cidade de
Ponta Porã- MS, fixando residência. Nesta cidade, trabalhou como garçom no
"Bar da Cana" até março de 2012, quando foi preso pela Polícia Militar por
utilizar o local como ponto de venda de drogas. Na sentença pelo crime de
tráfico de drogas (artigo 33, da Lei n° 11.343/2006), o julgador agravou a pena
de Ricardo por considerá- Lo reincidente. Quanto à decisão, assinale a
alternativa correta: O sentenciante agravou corretamente a pena, pois o
prazo de cessação da reincidência ocorre apenas cinco anos após o
cumprimento da pena e, neste caso, sucederia no mês de abril de 2012.
(FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

3ª FASE DA DOSIMETRIA DA PENA


132. Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve
considerar eventuais causas de aumento de pena do condenado na
TERCEIRA FASE da dosimetria. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao


aplicar a pena, deve considerar eventuais causas de aumento de pena
do condenado na segunda fase da dosimetria.

Observação: Na terceira e última fase da dosimetria da pena, o juiz


aplica as causas de aumento e diminuição da pena (majorantes e
minorantes). A pena poderá ser aplicada abaixo ou acima dos limites
mínimo e máximo previstos no tipo penal nesta terceira fase.

133. A individualização da pena, prevista no texto constitucional e reconhecida


pela jurisprudência, tem como fundamento maior a prevenção geral e especial,
BEM COMO o caráter retributivo por expressa definição legal, e permite ao juiz,
APENAS NA TERCEIRA FASE da dosimetria, aumentar ou diminuir a pena
aquém e além dos marcos da pena prevista no tipo. (FCC - DPE- AP -
Defensor Público).

Questão original: A individualização da pena, prevista no texto


constitucional e reconhecida pela jurisprudência, tem como fundamento
maior a prevenção geral e especial, afastado o caráter retributivo por
expressa definição legal, e permite ao juiz, em qualquer fase da
dosimetria, aumentar ou diminuir a pena aquém e além dos marcos da
pena prevista no tipo.

134. É possível a aplicação de pena inferior à mínima na TERCEIRA FASE da


dosimetria da pena. (CESPE - MPE- RR - Promotor de Justiça).

Questão original: É possível a aplicação de pena inferior à mínima na


segunda fase da dosimetria da pena.

135. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que devem ser
calculadas pelas circunstâncias da própria causa de aumento, E NÃO pelas
circunstâncias do crime, se previstas em limites ou quantidades variáveis. (FCC
- DPE- ES - Defensor Público).

Questão original: Quanto às causas de aumento da pena, é correto


afirmar que devem ser calculadas pelas circunstâncias da própria causa
de aumento ou pelas circunstâncias do crime, se previstas em limites
ou quantidades variáveis.

136. É PERFEITAMENTE possível a incidência de uma causa de aumento de


pena sobre a pena resultante da incidência de uma qualificadora. (MPE- SC -
MPE- SC - Promotor de Justiça).

Questão original: Não é possível a incidência de uma causa de


aumento de pena sobre a pena resultante da incidência de uma
qualificadora.

Observação: É perfeitamente possível a incidência de uma causa de


aumento (majorante) sobre a qualificadora de um crime.

- Qualificadoras: São circunstâncias legais que aumentam os limites


(mínimo e máximo) abstratamente cominados ao crime (exemplo:
homicídio simples – 6 a 12 anos de reclusão; homicídio qualificado: 12
a 30 anos de reclusão).

- Majorantes: São circunstâncias legais que aumentam a pena do réu


em quantidade fixa ou variável na 3ª fase da dosimetria da pena
(exemplo: a pena é aumentada de 1/3 quando o homicídio for praticado
contra menor de 14 ou maior de 60 anos).

137. A qualificadora da torpeza no crime de homicídio (CP, artigo 121, § 2°,


inciso I) NÃO DETERMINA a majoração do quantum de pena privativa de
liberdade na terceira fase da dosimetria. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de
Polícia).

Questão original: A qualificadora da torpeza no crime de homicídio


(CP, artigo 121, § 2°, inciso I) determina a majoração do quantum de
pena privativa de liberdade na terceira fase da dosimetria.

138. O aumento de pena decorrente do concurso formal e da continuidade


delitiva constituem CAUSAS GERAIS de aumento que devem incidir na
terceira fase da dosimetria da pena. (UFPR - COREN- PR - Advogado).

Questão original: O aumento de pena decorrente do concurso formal e


da continuidade delitiva constituem causas especiais de aumento que
devem incidir na terceira fase da dosimetria da pena.

139. Bruno, militar da Aeronáutica, em um dia de folga, atirou com sua arma de
fogo na rua onde residia e assustou moradores e transeuntes que passavam
pelo local. Nessa situação, devido ao fato de Bruno ter praticado crime de
disparo com arma de fogo, a causa do aumento de pena, prevista no Estatuto
do Desarmamento, deverá ser aplicada na sentença durante a terceira fase da
dosimetria. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

140. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que o respectivo


acréscimo NÃO pode ser compensado por igual redutor de eventual causa de
diminuição. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).

Questão original: Quanto às causas de aumento da pena, é correto


afirmar que o respectivo acréscimo sempre pode ser integralmente
compensado por igual redutor de eventual causa de diminuição, pois
ausente prejuízo para o réu.

Observação: Diferentemente das agravantes e atenuantes (2ª fase),


não é possível a compensação entre a causa de aumento e a causa
de diminuição, pois prevalece o entendimento de que, em primeiro
lugar, aplica-se acausa de aumento, e depois a causa de diminuição
(por ser mais benéfico ao réu).
141. As majorantes e minorantes, também conhecidas como causas de
aumento e de diminuição de pena, são encontradiças em nosso Código
Penal, tanto na Parte Geral, quanto na Parte Especial, especificando o
quantum do aumento ou da diminuição da pena em frações, dobro ou triplo,
por exemplo. São aplicadas na terceira e última fase da Sentença Penal
Condenatória. As agravantes e atenuantes somente são encontradas em
nosso Código Penal na Parte Geral e não dizem o quantum irão agravar ou
atenuar a pena do autor delituoso, ficando a critério do juiz. Este poderá
reconhecer a existência de atenuantes inominadas. As agravantes e
atenuantes são aplicadas na segunda fase da dosimetria da pena. Já as
qualificadoras somente são encontradas na Parte Especial do Código Penal,
constituindo- Se em um verdadeiro tipo qualificado, que piora a situação do
autor do delito, possuindo um novo mínimo e um novo máximo da pena em
abstrato mais gravoso em relação ao tipo fundamental ou básico. Situa- Se na
primeira fase da dosimetria da pena. (MPE- GO - Promotor de Justiça).

142. Na hipótese de concorrerem causas de aumento ou diminuição de pena


previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz pode fazer um só aumento
ou uma única redução, o que se NÃO SE APLICA à Parte Geral. (FCC - DPE-
MA - Defensor Público).

Questão original: Na hipótese de concorrerem causas de aumento ou


diminuição de pena previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz
pode fazer um só aumento ou uma única redução, o que se aplica à
Parte Geral, igualmente.

Observação: Segundo o CP, no concurso de causas de aumento ou


de diminuição previstas na parte especial, o juiz pode se limitar em
aplicar somente um aumento ou uma diminuição, prevalecendo,
contudo, a causa que mais aumente ou diminua (é uma faculdade do
juiz, e não uma obrigação).

ATENÇÃO: De modo diverso, se o concurso de causas de aumento ou


de diminuição estiver previsto na parte geral, o juiz deverá aplicar todas
elas.

143. No concurso de causas de aumento ou de diminuição, todas devem ser


aplicadas, se previstas na parte geral do Código Penal. (FCC - TJ- RR - Juiz
de Direito).

144. Na hipótese de concorrerem causas de aumento ou diminuição de pena


previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz pode fazer um só
aumento ou uma única redução sendo inaplicável esta regra à Parte Geral.
(FCC - DPE- MA - Defensor Público).

145. No concurso de causas de aumento ou de diminuição, o juiz pode limitar-


Se a um só aumento ou a uma só diminuição, DESDE QUE a causa esteja
prevista na parte ESPECIAL do Código Penal. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: No concurso de causas de aumento ou de


diminuição, o juiz pode limitar- Se a um só aumento ou a uma só
diminuição, independentemente de a causa ser prevista na parte
especial ou geral do Código Penal.

146. No concurso de duas ou mais causas de aumento ou de diminuição,


promoverá o juiz, QUANDO PREVISTAS NA PARTE ESPECIAL, a incidência
de uma só, recaindo a escolha, que é da lei, sobre a que mais aumente ou
mais diminua. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG - Promotor de
Justiça).

Questão original: No concurso de duas ou mais causas de aumento ou


de diminuição, promoverá o juiz, em qualquer caso, a incidência de
uma só, recaindo a escolha, que é da lei, sobre a que mais aumente ou
mais diminua.

147. No concurso de causas de aumento ou de diminuição PREVISTAS NA


PARTE ESPECIAL, o juiz pode limitar- Se a um só aumento ou a uma só
diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que MAIS aumente ou diminua.
(FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).
Questão original: No concurso de causas de aumento ou de
diminuição, o juiz pode limitar- Se a um só aumento ou a uma só
diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que menos aumente ou
diminua.

148. No concurso de causas de aumento e de diminuição previstas na parte


especial, PODE o juiz considerar apenas uma delas, PREVALECENDO,
TODAVIA, A CAUSA QUE MAIS AUMENTE OU DIMINUA. (FGV - TJ- SC -
Técnico Judiciário).

Questão original: No concurso de causas de aumento e de diminuição


previstas na parte especial, não pode o juiz considerar apenas uma
delas, cabendo aplicá- Las em escala.

149. No concurso de causas de aumento ou de diminuição, o juiz pode limitar-


Se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa
que MAIS aumenta e mais diminua. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).
Questão original: No concurso de causas de aumento ou de
diminuição, o juiz pode limitar- Se a um só aumento ou a uma só
diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que menos aumenta e mais
diminua.

150. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que pode o juiz
limitar- Se a um só aumento, se houver concurso de causas previstas na parte
ESPECIAL do Código Penal. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).

Questão original: Quanto às causas de aumento da pena, é correto


afirmar que pode o juiz limitar- Se a um só aumento, se houver
concurso de causas previstas na parte geral do Código Penal.

151. Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de


disputa de terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz.
Após analisar detidamente a rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento
oportuno para efetivar seu plano. A premeditação, que ocorre quando se
verifica que, ainda que pudesse ter desistido do crime, o agente o cometeu,
NÃO É uma causa de aumento de pena. (CESPE - PC- SE - Delegado de
Polícia).

Questão original: Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças


decorrentes de disputa de terras, planeja matar seu desafeto Paulo,
também maior e capaz. Após analisar detidamente a rotina de Paulo,
Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. A
premeditação, que ocorre quando se verifica que, ainda que pudesse
ter desistido do crime, o agente o cometeu, é uma causa de aumento
de pena.

Observação: Toda e qualquer majorante ou minorante deve estar


taxativamente prevista em lei. A premeditação não pode elevar a pena
do réu (na 3ª fase da dosimetria da pena), por ausência de previsão
legal.

152. Quanto à aplicação da pena na condenação pelo tráfico, entende o


Supremo Tribunal Federal que a maior quantidade de drogas pode incrementar
a pena- Base, OU fundamentar o indeferimento do redutor legal específico de
pena disposto para a situação do chamado tráfico privilegiado (artigo 33, § 4°,
da Lei n° 11.343/2006), SENDO POSSÍVEL UTILIZAR TAL FUNDAMENTO
EM APENAS UMA DAS FASES DO CÁLCULO DA PENA, SOB PENA DE
BIS IN IDEM. (FCC - DPE- RS - Analista - Processual).

Questão original: Quanto à aplicação da pena na condenação pelo


tráfico, entende o Supremo Tribunal Federal que a maior quantidade de
drogas pode incrementar a pena- Base, sem prejuízo de adiante
igualmente fundamentar o indeferimento do redutor legal específico de
pena disposto para a situação do chamado tráfico privilegiado (artigo
33, § 4°, da Lei n° 11.343/2006).

JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ – Os tribunais superiores partilham o


entendimento de que as circunstâncias da natureza e quantidade da
droga apreendida devem ser levadas em consideração apenas em uma
das fases do cálculo da pena (1ª ou 3ª fase), sob pena de bis in idem.

153. Natureza e quantidade de droga não podem ser utilizadas,


concomitantemente, na primeira e na terceira fase da dosimetria da pena,
sob pena de bis in idem. (CESPE - MPE- RR - Promotor de Justiça).

154. Que a natureza e quantidade da droga, na fixação da pena do crime de


tráfico, apenas deve ser considerada numa das fases de fixação, CABENDO
ao juiz escolher em qual delas. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG -
Promotor de Justiça).

Questão original: Que a natureza e quantidade da droga, na fixação


da pena do crime de tráfico, apenas deve ser considerada numa das
fases de fixação, não cabendo ao juiz escolher em qual delas.

155. No cálculo da pena, o juiz deverá considerar o arrependimento posterior, a


culpabilidade e a confissão espontânea nas seguintes etapas, respectivamente:
terceira, primeira e segunda. (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito).
156. De acordo com o Código Penal, no critério trifásico de aplicação da pena:
a culpabilidade, os antecedentes do agente e as consequências do crime
devem ser considerados na 1ª fase; a confissão espontânea, a reincidência, A
COAÇÃO MORAL RESISTÍVEL E O ERRO DE PROIBIÇÃO EVITÁVEL
devem ser considerados na 2ª fase; a participação de menor importância E O
ARREPENDIMENTO POSTERIOR devem ser considerados na 3ª fase. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: De acordo com o Código Penal, no critério trifásico


de aplicação da pena: a culpabilidade, os antecedentes do agente e as
consequências do crime devem ser considerados na 1ª fase; a
confissão espontânea, a reincidência e o arrependimento posterior
devem ser considerados na 2ª fase; a participação de menor
importância, a coação moral resistível e o erro de proibição evitável
devem ser considerados na 3ª fase.
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1. No que se refere à dosimetria da pena, o CP adotou o critério trifásico, visto que


o juiz deve passar obrigatoriamente por três fases para aplicar a pena privativa de
liberdade ao réu: 1º Fase: Circunstâncias judiciais (fixação da pena- Base); 2º Fase:
Agravantes e atenuantes genéricas (fixação da pena intermediária); 3º Fase:
Causas de aumento e diminuição (fixação da pena definitiva). Somente nesta fase a
pena poderá ser aplicada abaixo ou acima dos limites mínimo e máximo previstos no
tipo penal.

2. Na primeira fase da dosimetria da pena o juiz deverá passar por 08 (oito)


circunstâncias judiciais (59, CP) para a fixação da pena- Base (culpabilidade +
antecedentes + conduta social + personalidade + motivos do crime + circunstâncias do
crime + consequências do crime + comportamento da vítima). Considerando- Se que o
CP não fixou o quantum de aumento para as circunstâncias judicias desfavoráveis, a
Jurisprudência sugere o aumento de 1/6 e a doutrina de 1/8 para cada circunstância
negativa ao réu.

3. SÚMULA 269, STJ – “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais


em curso para agravar a pena- Base”.

4. As agravantes são circunstâncias legais que aumentam a pena do réu na


segunda fase da dosimetria da pena, desde que não constituem ou qualificam o
crime, sob pena de bis in idem. Na hipótese de existir duas ou mais qualificadoras, o
juiz deve utilizar apenas uma delas para qualificar o crime, e a outra será utilizada
como agravante (quando prevista em lei como agravante). Caso contrário, não
havendo previsão legal, ela irá funcionar como circunstância judicial desfavorável
(1ª fase).
5. As agravantes se aplicam apenas aos crimes dolosos (e preterdolosos). A única
exceção é a agravante da reincidência que se aplica tanto aos delitos dolosos como
culposos (entendimento dominante pela doutrina e jurisprudência).

6. JURISPRUDÊNCIA, STF – O Supremo já admitiu a incidência da agravante do


motivo torpe a crime culposo (no famoso caso do navio “Bateau Mouche”), onde foi
aplicada tal agravante (nos homicídios culposos), visto que os responsáveis pela
embarcação almejavam a “obtenção de lucro fácil” em detrimento da segurança dos
passageiros.

7. SÚMULA 231, STJ – “A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à


redução da pena abaixo do mínimo legal”.

8. São as circunstâncias agravantes mais cobradas em provas são: a reincidência;


ter o agente cometido o crime: por motivo fútil ou torpe; contra ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge; contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo
ou mulher grávida; em estado de embriaguez preordenada.

9. São as circunstâncias atenuantes mais cobradas em provas são: ser o agente


menor de 21 (menoridade relativa), na data do fato, ou maior de 70 anos
(senilidade), na data da sentença; o desconhecimento da lei; ter o agente
confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; ter o
agente cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral.
10. São as atenuantes inominadas (de clemência): A pena poderá ser ainda
atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime,
embora não prevista expressamente em lei.

11. A confissão qualificada é aquela em que o réu reconhece ter praticado o fato,
porém, alega tese de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade (essa confissão
funciona como circunstância atenuante para o STJ, mas não para o STF). Com efeito,
não só a confissão qualificada, mas qualquer confissão (seja parcial ou com
retratação posterior) pode funcionar como circunstância atenuante, desde que
utilizada pelo juiz como fundamento para embasar a condenação.

12. SÚMULA 545, STJ – “Quando a confissão for utilizada para a formação do
convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no artigo 65, III, d, do
Código Penal”.

13. Se houver a presença de agravantes e atenuantes simultaneamente, a regra


geral é pela compensação entre elas (equivalência das circunstâncias).
Excepcionalmente, não haverá a compensação se houver alguma circunstância
preponderante, isto é, aquele que resulta dos motivos determinantes do crime, da
personalidade do agente e da reincidência.

14. JURISPRUDÊNCIA, STJ – Admite- Se a compensação entre a atenuante da


confissão espontânea com as seguintes agravantes: reincidência, promessa de
recompensa, ou violência contra a mulher (se o réu for multireincidente não se aplica
a compensação com a confissão espontânea, preponderando a reincidência (em
obediência aos princípios da proporcionalidade e da individualização da pena).

15. JURISPRUDÊNCIA, STF – A agravante da reincidência prepondera sobre a


atenuante da confissão espontânea.

16. A reincidência se manifesta como circunstância agravante ao réu, devendo ser


analisada na segunda fase da dosimetria da pena. São os requisitos para a sua
configuração: prática de um crime (no Brasil ou em outro país) + condenação
definitiva por esse crime + prática de novo crime (após a condenação definitiva do
crime anterior).

17. A reincidência se verifica nos seguintes casos: crime + crime; crime +


contravenção penal; contravenção penal + contravenção penal. Entretanto, existe uma
hipótese que não gera reincidência (por falha legislativa): contravenção penal +
crime.

18. Relativamente aos efeitos da reincidência: não prevalece a condenação anterior,


se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de
prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação (período
depurador). Além disso, não se consideram os crimes militares próprios e políticos
para fins de reincidência.

19. SÚMULA 241, STJ – “A reincidência penal não pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial”.

20. O juiz só pode aplicar a pena abaixo ou acima dos limites mínimo e máximo
previstos em lei na terceira fase da dosimetria da pena (causas de aumento e
diminuição da pena – majorantes e minorantes).

21. De acordo com o CP, no concurso de causas de aumento ou de diminuição


previstas na parte especial, o juiz pode se limitar em aplicar somente um aumento ou
uma diminuição, prevalecendo, contudo, a causa que mais aumente ou diminua (é
uma faculdade do juiz, e não uma obrigação). De modo diverso, se tais causas
estiverem na parte geral, o juiz deverá aplicar todas elas.

22. JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ – Para os tribunais superiores, as circunstâncias da


natureza e quantidade da droga apreendida devem ser levadas em consideração
apenas em uma das fases do cálculo da pena (1ª ou 3ª fase), sob pena de bis in
idem.

3.3. PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

Art. 32 - As penas são:

I - privativas de liberdade;

II - restritivas de direitos;

III - de multa.

Reclusão e detenção

Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-


Aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi- Aberto, ou aberto, salvo
necessidade de transferência a regime fechado.

§1º - Considera- Se:

a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança


máxima ou média;

b) regime semi- Aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou


estabelecimento similar;

c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou


estabelecimento adequado.

§2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma


progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes
critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri- La
em regime fechado;

b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e


não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri- La em regime semi-
Aberto;

c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro)


anos, poderá, desde o início, cumpri- La em regime aberto.

§3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far- Se-á com


observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.

§4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão


de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que
causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos
legais.

Regras do regime fechado

Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a


exame criminológico de classificação para individualização da execução.

§1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento


durante o repouso noturno.

§2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade


das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis
com a execução da pena.

§3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou


obras públicas.

Regras do regime semi- Aberto

Art. 35 - Aplica-se anorma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que


inicie o cumprimento da pena em regime semi- Aberto.

§1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno,


em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.

§2º - O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos


supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior.

Regras do regime aberto

Art. 36 - O regime aberto baseia- Se na autodisciplina e senso de


responsabilidade do condenado.

§1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância,


trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada,
permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.

§2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido


como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar
a multa cumulativamente aplicada.

Regime especial

Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio,


observando- Se os deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal, bem
como, no que couber, o disposto neste Capítulo.

Direitos do preso

Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da


liberdade, impondo- Se a todas as autoridades o respeito à sua integridade
física e moral.

Trabalho do preso

Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo- Lhe garantidos


os benefícios da Previdência Social.

Legislação especial

Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos arts. 38 e 39


deste Código, bem como especificará os deveres e direitos do preso, os
critérios para revogação e transferência dos regimes e estabelecerá as
infrações disciplinares e correspondentes sanções.

Superveniência de doença mental

Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a


hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro
estabelecimento adequado.

Detração

Art. 42 - Computam- Se, na pena privativa de liberdade e na medida de


segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de
prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos
referidos no artigo anterior.
1. Em relação às espécies de penas aplicadas pelo Direito Penal, tem- Se:
privativa de liberdades; restritivas de direitos e de multa. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

2. Segundo o Código Penal Brasileiro as penas são classificadas em: Penas


privativas de liberdade; Penas restritivas de direitos; Penas de multa.
(IESES - TJ- RO - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

3. As espécies de pena são as privativas de liberdade, restritivas de direito E


MULTA. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

Questão original: As espécies de pena são as privativas de liberdade e


restritivas de direito.

Observação: No direito penal, a sanção penal se divide em duas


espécies:

1º Penas - penas privativas de liberdade, penas restritivas de direitos e


pena de multa.
2º Medidas de segurança – internação e tratamento ambulatorial.

4. A privação ou restrição de liberdade, a perda de bens, a multa, a


prestação social alternativa e a suspensão ou interdição de direitos são
espécies de penas constitucionalmente previstas. (UDESC - UDESC -
Assistente Administrativo).

5. São permitidas no ordenamento jurídico brasileiro as penas: de privação ou


restrição da liberdade. (IBADE - SEPLAG- SE - Guarda de Segurança).

6. São espécies de penas privativas de liberdade a reclusão, a detenção e a


prisão simples. (CESPE - TRE- TO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: São espécies de penas privativas de liberdade a


reclusão, a detenção, a prisão simples e a prisão especial.

Observação: A pena privativa de liberdade se divide em três


espécies, quais sejam: reclusão e detenção (para crimes) e prisão
simples (para contravenções penais):

1º- Reclusão: deve ser cumprida inicialmente em regime fechado,


semiaberto ou aberto;

2º - Detenção: deve ser cumprida inicialmente em regime semiaberto


ou aberto (mas pode regredir para o fechado);

3º - Prisão simples: deve ser cumprida inicialmente em regime


semiaberto ou aberto (não pode regredir para o fechado);

7. As penas privativas de liberdade aplicáveis a indivíduos condenados por


contravenções penais são de PRISÃO SIMPLES, não se admitindo a reclusão.
(CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: As penas privativas de liberdade aplicáveis a


indivíduos condenados por contravenções penais são de detenção,
não se admitindo a reclusão.

8. As contravenções penais não são punidas com reclusão, nem com


detenção. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

9. As penas de RECLUSÃO podem ter cumprimento iniciado no regime aberto,


semiaberto e fechado, conforme o caso. (VUNESP - MPE- SP - Analista de
Promotoria - Assistente Jurídico).

Questão original: As penas de reclusão e detenção podem ter


cumprimento iniciado no regime aberto, semiaberto e fechado,
conforme o caso.

10. Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve


indicar, no caso de condenado a pena de reclusão, que o cumprimento da
sanção NÃO DEVE OBRIGATPRIAMENTE ser iniciado em regime fechado.
(CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).
Questão original: Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao
aplicar a pena, deve indicar, no caso de condenado a pena de reclusão,
que o cumprimento da sanção deve ser iniciado em regime fechado.

Observação: O sujeito que pratica um crime cuja pena seja de


reclusão, deverá iniciar em regime fechado, semiaberto ou aberto (e
não obrigatoriamente no fechado).

11. A pena de reclusão NÃO DEVE ser cumprida exclusivamente em regime


fechado. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: A pena de reclusão deve ser cumprida


exclusivamente em regime fechado.

12. A pena de reclusão será cumprida em regime fechado, semiaberto ou


aberto; a de detenção, por sua vez, será cumprida em regime semiaberto ou
aberto, SALVO NECESSIDADE DE transferência para o regime fechado.
(CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: A pena de reclusão será cumprida em regime


fechado, semiaberto ou aberto; a de detenção, por sua vez,
será cumprida em regime semiaberto ou aberto, vedada a transferência
para o regime fechado.

13. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, SEMIABERTO


OU ABERTO e a de detenção, em regime semiaberto ou aberto. (MPE- RS -
MPE- RS - Secretário de Diligências).

Questão original: A pena de reclusão deve ser cumprida apenas em


regime fechado e a de detenção, em regime semiaberto ou aberto.

14. A pena de detenção deve ser cumprida em regime inicial ABERTO OU


SEMIABERTO, enquanto a de reclusão permite os regimes aberto, semiaberto
e fechado. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).
Questão original: A pena de detenção deve ser cumprida em regime
inicial aberto, enquanto a de reclusão permite os regimes aberto,
semiaberto e fechado.

15. A pena de detenção deve ser cumprida em regime aberto ou semiaberto,


salvo NECESSIDADE DE TRANSFERÊNCIA A REGIME FECHADO. (FCC -
DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: A pena de detenção deve ser cumprida em regime


aberto ou semiaberto, salvo caso de reincidência.

16. Na aplicação do regime inicial de pena nos crimes punidos apenas com
pena de detenção, poderá o magistrado aplicar regime inicial SEMIABERTO
OU ABERTO. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).

Questão original: Na aplicação do regime inicial de pena nos crimes


punidos apenas com pena de detenção, poderá o magistrado aplicar
regime inicial fechado, semiaberto ou aberto.

17. A pena de detenção trata- Se de sanção privativa de liberdade e que só


admite o CUMPRIMENTO INICIAL em regime semiaberto ou aberto, e se
distingue da pena de reclusão ante a MENOR gravidade do crime. (MPE- BA -
MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A pena de detenção trata- Se de sanção privativa de


liberdade e que só admite o cumprimento em regime semiaberto ou
aberto, e se distingue da pena de reclusão ante a maior gravidade do
crime.

18. A pena privativa de liberdade - detenção – NÃO PODERÁ ser iniciada em


regime prisional mais severo, mesmo que inferior a 08 anos, se o julgador
entender sua necessidade à reprovação e à prevenção do crime. (FAPEMS -
PC- MS - Delegado de Polícia).
Questão original: A pena privativa de liberdade - detenção - poderá
ser iniciada em regime prisional mais severo, mesmo que inferior a 08
anos, se o julgador entender sua necessidade à reprovação e à
prevenção do crime.

19. ALGUNS CRIMES contra a honra, por serem punidos com detenção,
impedem a aplicação do regime inicial fechado, mesmo em caso de
reincidência. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: Os crimes contra a honra, por serem punidos com


detenção, impedem a aplicação do regime inicial fechado, mesmo em
caso de reincidência.

20. O condenado por contravenção penal, com pena de prisão simples não
superior a quinze dias, poderá cumpri- La, a depender de reincidência ou não,
em regime SEMIABERTO OU ABERTO, estando, em quaisquer dessas
modalidades, FACULTADO a trabalhar. (CESPE - PC- CE - Delegado de
Polícia).

Questão original: O condenado por contravenção penal, com pena de


prisão simples não superior a quinze dias, poderá cumpri- La, a
depender de reincidência ou não, em regime fechado, semiaberto ou
aberto, estando, em quaisquer dessas modalidades, obrigado a
trabalhar.

Questão original: As contravenções penais têm penas de prisão


simples. Esta prisão deve ser cumprida sem rigor penitenciário, em
estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum em
regime semiaberto ou aberto (o condenado deve ficar separado
daqueles que cumprem penas de reclusão ou detenção). Não admite-
Se o regime fechado em nenhuma hipótese, sendo que o trabalho será
facultativo quando a pena aplicada não exceder a 15 dias.
21. A execução da pena em regime fechado NÃO DEVERÁ ocorrer
exclusivamente em estabelecimento de segurança máxima. (CESPE - DPE- PE
- Defensor Público).

Questão original: A execução da pena em regime fechado deverá


ocorrer exclusivamente em estabelecimento de segurança máxima.

Observação: Em relação a pena privativa de liberdade, os regimes


penitenciários são:

a) Regime fechado: a pena privativa de liberdade é executada em


estabelecimento de segurança máxima ou média (penitenciária).

b) Regime semiaberto: a pena privativa de liberdade é executada em


colônia agrícola, industrial (ou estabelecimento similar).

c) Regime aberto: a pena privativa de liberdade é executada em casa


do albergado (ou estabelecimento adequado).

ATENÇÃO: Não se pode confundir penitenciária com cadeia pública.


Enquanto esta é destinada ao recolhimento de presos provisórios,
aquela se dirige aos presos condenados ao regime fechado.

22. O condenado que cumpre a pena no regime fechado deve ficar isolado
durante o repouso noturno e, durante o dia, FICA SUJEITO A TRABALHO.
(CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: O condenado que cumpre a pena no regime fechado


deve ficar isolado durante o repouso noturno e, durante o dia, deve
trabalhar em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento
similar.

Observação: Segundo o CP o sujeito que foi condenado ao regime:

- Fechado: trabalho (período diurno); trabalho interno (em colônia


agrícola, industrial ou estabelecimento similar); trabalho externo
(serviços ou obras públicas).

- Semiaberto: trabalho (período diurno); trabalho interno (em colônia


agrícola, industrial ou estabelecimento similar); trabalho externo;
cursos supletivos profissionalizantes (de instrução de segundo grau
ou superior).

- Aberto: trabalho (fora do estabelecimento e sem vigilância) ou


frequência a curso (ou outra atividade autorizada); recolhido (período
noturno e dias de folga). Este regime baseia- Se na autodisciplina e
senso de responsabilidade do condenado.

23. O condenado que cumpre pena no regime fechado pode ser autorizado a
realizar trabalho externo em serviços ou obras públicas. (CESPE - DPE- PE
- Defensor Público).

24. ADMITE- SE que o condenado a prisão em regime fechado execute


trabalho externo. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: Não se admite que o condenado a prisão em regime


fechado execute trabalho externo.

25. O trabalho externo é admissível no regime fechado. (CESPE - TRE- BA -


Analista Judiciário - Área Administrativa).

26. Fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia


agrícola, industrial ou estabelecimento similar o condenado à pena: de
reclusão ou detenção, que cumpre pena em regime semi- Aberto. (FCC -
Prefeitura de Teresina - PI - Auditor Fiscal).

27. Por ter praticado um roubo, Ariclenes é condenado ao cumprimento de


pena de seis anos de reclusão, em regime semiaberto. Assim, é correto
afirmar que o condenado deverá iniciar a execução de sua pena em: uma
colônia agrícola, industrial ou similar, podendo o condenado ser alojado em
dependências coletivas, com seleção adequada dos presos. (FUNCAB -
SEGEP- MA - Agente Penitenciário - Médio).
28. Em se tratando de regime aberto, a pena deverá ser cumprida em: casa de
albergado. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

29. De acordo com a jurisprudência recente do Superior Tribunal de Justiça, a


inexistência de casa de albergado na localidade da execução da pena não
gera o reconhecimento de direito ao benefício da prisão domiciliar quando o
apenado estiver cumprindo a reprimenda em local compatível com as regras
do regime aberto. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

30. Segundo o artigo 36 do Código Penal, o regime aberto de cumprimento da


pena baseia- Se na autodisciplina e no senso de responsabilidade do
condenado. São condições do regime aberto: o recolhimento do apenado no
local designado, durante o repouso e nos dias de folga; não se ausentar o
condenado da cidade onde reside, sem autorização judicial; comparecer a
Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado.
(FCC - MPE- PB - Promotor de Justiça).

31. Ao regime aberto NÃO DEVE ser acompanhada de exame criminológico


para aferição do prognóstico de reincidência do condenado. (FCC - DPE- AM -
Defensor Público).

Questão original: Ao regime aberto deve ser acompanhada de exame


criminológico para aferição do prognóstico de reincidência do
condenado.

Observação: De acordo com o CP, a realização do exame


criminológico de classificação (para constatação da periculosidade do
agente) é obrigatória para os regimes fechado e semiaberto. Já no
regime aberto, não há exame criminológico em face da ausência de
previsão legal.

ATENÇÃO: Prevalece o entendimento de que a realização do exame


criminológico de classificação no regime semiaberto é facultativa, em
razão da regra prevista no art. 8º da Lei de Execução Penal.
32. Segundo o artigo 36 do Código Penal, o regime aberto de cumprimento da
pena baseia- Se na autodisciplina e no senso de responsabilidade do
condenado. Não é condição do regime aberto: a existência de exame
criminológico indicando a ausência de periculosidade do condenado. (FCC -
MPE- PB - Promotor de Justiça).

33. Segundo entendimento sumulado dos Tribunais Superiores acerca das


penas privativas de liberdade é admissível o exame criminológico pelas
peculiaridades do caso, DESDE QUE HAJA motivação da determinação. (FCC
- TJ- AL - Juiz de Direito). SÚMULA 439, STJ

Questão original: Segundo entendimento sumulado dos Tribunais


Superiores acerca das penas privativas de liberdade é admissível o
exame criminológico pelas peculiaridades do caso,
independentemente de motivação da determinação.

SÚMULA 439, STJ – “Admite- Se o exame criminológico pelas


peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada” (para a
progressão de regimes).

34. A progressão de regime de cumprimento de pena ao regime aberto NÃO


DEVE OBRIGATORIAMENTE ser acompanhada de exame criminológico para
aferição do prognóstico de reincidência do condenado. (FCC - DPE- AM -
Defensor Público).

Questão original: A progressão de regime de cumprimento de pena ao


regime aberto deve ser acompanhada de exame criminológico para
aferição do prognóstico de reincidência do condenado.

SÚMULA VICULANTE 26, STF – Para efeito de progressão de


regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o
juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n.
8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado
preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício,
podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a
realização de exame criminológico.

35. O juízo da execução penal quanto à progressão de regime PODERÁ


DECIDIR a partir da conclusão do exame criminológico, VISTO QUE TAL
EXAME NÃO DEVE ser obrigatoriamente realizado. (CESPE - DPE- PE -
Defensor Público).

Questão original: O juízo da execução penal decidirá quanto à


progressão de regime a partir da conclusão do exame criminológico,
que deve ser obrigatoriamente realizado.

36. Tício, 40 anos, na condição de funcionário público, foi condenado pela


prática de crime de peculato em razão do desvio de quantia em dinheiro da
Administração Pública, sendo aplicada pena de 06 anos de reclusão. Após ser
apenado em regime inicial semiaberto, preencheu o requisito objetivo e
pretende a progressão para o regime aberto. Considerando apenas as
informações narradas, é correto afirmar que Tício, para obter a progressão
NÃO DEVERÁ se submeter, necessariamente, ao exame criminológico. (FGV -
AL- RO - Advogado).

Questão original: Tício, para obter a progressão deverá se submeter,


necessariamente, ao exame criminológico.
37. NÃO É admissível a fixação de pena substitutiva prevista no art. 44 do CP,
como condição especial ao regime aberto, nos termos da súmula 493. (CESPE
- TJ- DFT - Juiz de Direito). SÚMULA 493, STJ

Questão original: É admissível a fixação de pena substitutiva prevista


no art. 44 do CP, como condição especial ao regime aberto, nos termos
da súmula 493.

SÚMULA 493, STJ – "É inadmissível a fixação de pena substitutiva


(artigo 44 do CP) como condição especial ao regime aberto".
38. O STJ NÃO AUTORIZA a imposição de penas substitutivas como condição
especial do regime aberto. (CESPE - PC- CE - Delegado de Polícia). SÚMULA
493, STJ

Questão original: O STJ autoriza a imposição de penas substitutivas


como condição especial do regime aberto.

39. NÃO É admissível a fixação de pena substitutiva como condição especial


ao regime aberto. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito). SÚMULA 493, STJ

Questão original: É admissível a fixação de pena substitutiva como


condição especial ao regime aberto.

40. Segundo entendimento sumulado dos Tribunais Superiores acerca das


penas privativas de liberdade é inadmissível a fixação de pena substitutiva
como condição especial ao regime aberto. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).
SÚMULA 493, STJ

41. É inadmissível a fixação de pena restritiva de direitos substitutiva da pena


privativa de liberdade como condição judicial especial ao regime aberto.
(CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito). SÚMULA 493, STJ

42. Depois de finalizado o devido processo legal, um indivíduo foi condenado à


pena concreta mínima de um ano de reclusão e de dez dias- Multa por ter
praticado crime de estelionato. De acordo com o Código Penal e com o
entendimento dos tribunais superiores, nesse caso é permitido ao juiz, na
sentença condenatória: Estabelecer prestação de serviços comunitários, MAS
NÃO como condição do regime aberto. (CESPE - TRE- BA - Analista Judiciário
- Área Judiciária). SÚMULA 493, STJ

Questão original: Estabelecer prestação de serviços comunitários


como condição do regime aberto.

43. Tício, 40 anos, na condição de funcionário público, foi condenado pela


prática de crime de peculato em razão do desvio de quantia em dinheiro da
Administração Pública, sendo aplicada pena de 06 anos de reclusão. Após ser
apenado em regime inicial semiaberto, preencheu o requisito objetivo e
pretende a progressão para o regime aberto. Considerando apenas as
informações narradas, é correto afirmar que Tício, para obter a progressão,
deverá: Preencher os requisitos legais, SENDO QUE JAMAIS PODERÁ ser
fixada como condicional especial para a concessão do regime aberto a
prestação de serviços à comunidade. (FGV - AL- RO - Advogado).

Questão original: Preencher os requisitos legais e poderá ser fixada


como condicional especial para a concessão do regime aberto a
prestação de serviços à comunidade.

44. No momento da fixação da pena, NÃO DEVERÁ o juiz relegar a fixação do


regime inicial da pena, depois de fixado o seu quantum, para o juiz da
execução, a quem compete fiscalizá- La. (VUNESP - MPE- SP - Analista de
Promotoria - Assistente Jurídico).

Questão original: No momento da fixação da pena, deverá o juiz


relegar a fixação do regime inicial da pena, depois de fixado o seu
quantum, para o juiz da execução, a quem compete fiscalizá- La.

45. A reincidência possui relevância na progressão de regime, BEM COMO


influencia a determinação do regime inicial de cumprimento de pena. (FCC -
DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).
Questão original: A reincidência possui relevância na progressão de
regime, mas não influencia a determinação do regime inicial de
cumprimento de pena.

Questão original: Para que o juiz escolha o regime inicial de


cumprimento da pena a ser fixado, deve- Se observar 03 fatores
fundamentais:

1º - se o réu é primário ou reincidente;

2º - a quantidade de pena aplicada;


3º - análise das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, CP.

46. Para a determinação do regime inicial de cumprimento, devem ser


considerados os critérios previstos no artigo 59, do Código Penal. (VUNESP -
MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).

47. Em virtude DE EXPRESSA DETERMINAÇÃO LEGAL, a primeira fase de


aplicação da pena PODE influenciar na determinação do regime. (FCC - DPE-
BA - Defensor Público).

Questão original: Em virtude do princípio da individualização da


pena, a primeira fase de aplicação da pena não pode influenciar na
determinação do regime.

48. O Código Penal NÃO IMPEDE a avaliação negativa das circunstâncias


judiciais para aplicação da pena- Base e para agravar o regime inicial de
cumprimento de pena no mesmo caso, NÃO CONFIGURANDO- SE bis in
idem. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

Questão original: O Código Penal impede a avaliação negativa das


circunstâncias judiciais para aplicação da pena- Base e para agravar o
regime inicial de cumprimento de pena no mesmo caso, pois
configuraria bis in idem.

Observação: Segundo o CP, é perfeitamente possível a utilização


negativa das circunstâncias judiciais (art. 59) para a aplicação da
pena- Base bem como para agravar o regime inicial de cumprimento
da pena referente ao mesmo caso, visto que tais circunstâncias
também são decisivas para a escolha do regime prisional (33, §3º), não
configurando- Se bis in idem (esse também é o entendimento do STJ).

49. A culpabilidade, entendida como o grau de reprovabilidade do agente


pelo fato criminoso praticado, constitui parâmetro legal para o a determinação
do regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade. (FCC - DPE-
ES - Defensor Público).
50. A análise judicial das consequências do crime é RELEVANTE para a
determinação do regime inicial de cumprimento de pena, pois é circunstância
que INTERFERE NA FIXAÇÃO DA pena- Base. (FCC - DPE- SC - Defensor
Público).

Questão original: A análise judicial das consequências do crime é


irrelevante para a determinação do regime inicial de cumprimento de
pena, pois é circunstância que já pode aumentar a pena- Base.

51. A hediondez do crime não permite a determinação do regime inicial fechado


para todos os casos, NÃO DEVENDO ser observada na determinação do
regime inicial. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: A hediondez do crime não permite a determinação


do regime inicial fechado para todos os casos, mas deve ser observada
na determinação do regime inicial.

JURISPRUDÊNCIA, STF – A lei dos crimes hediondos (8.072/1990)


determina que o agente que pratica um delito hediondo ou equiparado
deve iniciar a pena em regime fechado. Contudo, o Supremo declarou a
inconstitucionalidade desta regra, por violação aos princípios da
individualização da pena e da proporcionalidade.
ATENÇÃO: Lembre- Se que, mesmo que o réu tenha praticado um
crime extremamente grave, ele não deverá iniciar obrigatoriamente em
regime fechado, pois (como já visto) os fatores decisivos para escolha
do regime prisional são: se o réu é primário ou reincidente; a
quantidade de pena aplicada; e análise das circunstâncias judiciais
previstas no art. 59, CP.

52. Os condenados por crime hediondo, em razão do PRINCÍPIO DA


INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA, iniciarão o cumprimento da pena de acordo
com as disposições do parágrafo 2°, do artigo 33, do Código Penal. (VUNESP -
MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).
Questão original: Os condenados por crime hediondo, em razão do
princípio da igualdade, iniciarão o cumprimento da pena de acordo
com as disposições do parágrafo 2°, do artigo 33, do Código Penal.

53. Determinado deputado está sendo investigado pela prática do crime de


porte/posse de arma de fogo de uso restrito (Art. 16, caput, Lei nº 10.826/03),
que teria sido praticado em maio de 2018, diante da notícia que estaria
guardando uma arma de calibre. 40 em seu local de trabalho, sem autorização
legal. Preocupado com as consequências de tal investigação, solicita
esclarecimentos ao advogado sobre as possíveis consequências da punição
pelo delito imputado. O advogado deverá esclarecer, de acordo com a
jurisprudência majoritária e atual do Supremo Tribunal Federal, que: O regime
inicial de cumprimento de pena, em caso de condenação, NÃO SERÁ
necessariamente o fechado. (FGV - AL- RO - Advogado).

Questão original: O regime inicial de cumprimento de pena, em caso


de condenação, será necessariamente o fechado.

54. O início do cumprimento de pena privativa por condenação pelo crime de


homicídio culposo na direção de veículo automotor (artigo 302 da Lei n°
9.503/1997) NÃO SERÁ OBRIGATORIAMENTE no regime fechado, em razão
DO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZÇÃO DA PENA. (FAPEMS - PC- MS -
Delegado de Polícia).

Questão original: O início do cumprimento de pena privativa por


condenação pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo
automotor (artigo 302 da Lei n° 9.503/1997) sempre será no regime
fechado em razão da gravidade da conduta em relação ao bem
jurídico protegido penalmente.

55. É circunstância que, por si só, não influencia na determinação do regime


inicial de cumprimento de pena: ser o crime cometido com violência ou grave
ameaça contra a pessoa. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
56. Os crimes cometidos com violência contra a pessoa NÃO IMPEDEM a
determinação do regime inicial aberto. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: Os crimes cometidos com violência contra a pessoa


impedem a determinação do regime inicial aberto.

57. MESMO SENDO cometido com violência ou grave ameaça contra a


pessoa, a condenação por roubo consumado NÃO IMPEDE a aplicação do
regime aberto. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: Por ser cometido com violência ou grave ameaça


contra a pessoa, a condenação por roubo consumado impede a
aplicação do regime aberto.

58. O crime de roubo PERMITE o início de cumprimento de pena em regime


aberto MESMO DIANTE DA gravidade do delito. (FCC - DPE- AM - Analista -
Ciências Jurídicas).

Questão original: O crime de roubo não permite o início de


cumprimento de pena em regime aberto em razão da gravidade do
delito.
59. O condenado à pena inferior a quatro anos de reclusão DEVERÁ cumpri-
La, desde o início, em regime aberto, QUANDO O RÉU FOR primário e
favoráveis as circunstâncias judiciais. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito).

Questão original: O condenado à pena inferior a quatro anos de


reclusão não poderá cumpri- La, desde o início, em regime aberto,
ainda que primário e favoráveis as circunstâncias judiciais.

Observação: Segundo o CP, quando o réu é condenado crime cuja


pena seja de reclusão, iniciará o cumprimento de pena em:

- Regime aberto: primário; pena até 04 anos.

- Regime semiaberto: primário; pena superior a 04 até 08 anos.


- Regime fechado: primário; pena superior a 08 anos.

ATENÇÃO: Lembrando que o juiz pode determinar regime prisional


mais gravoso do que a pena aplicada permitir com base nas
circunstâncias judiciais (fundamentado na gravidade do caso em
concreto).

60. Se condenado ao cumprimento de pena maior que 4 anos e menor que 8


anos, tem direito o réu, SE NÃO FOR REINCIDENTE, de iniciá- La no regime
semiaberto. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente
Jurídico).

Questão original: Se condenado ao cumprimento de pena maior que 4


anos e menor que 8 anos, tem direito o réu, em qualquer hipótese, de
iniciá- La no regime semiaberto.

61. O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não
exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri- La em regime semiaberto.
(FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

62. O crime de homicídio qualificado por recurso que dificulte a defesa do


ofendido (CP, art. 121, § 2º, inciso IV – pena: 12 a 30 anos de reclusão), se
praticado na forma privilegiada, NÃO PODE admitir início de cumprimento de
pena privativa de liberdade em regime aberto, AINDA QUE, fixado o quantum
final de pena, se verifique que o autor não é reincidente, e que as
circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal lhe são favoráveis, POIS
TAL PENA AINDA FICARIA ACIMA DOS 04 (QUATRO) ANOS. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: O crime de homicídio qualificado por recurso que


dificulte a defesa do ofendido (CP, art. 121, § 2º, inciso IV – pena: 12 a
30 anos de reclusão), se praticado na forma privilegiada, pode admitir
início de cumprimento de pena privativa de liberdade em regime aberto,
desde que, fixado o quantum final de pena, se verifique que o autor
não é reincidente, e que as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código
Penal lhe são favoráveis.

63. Em regra, o condenado a pena privativa de liberdade superior a quatro


anos iniciará o seu cumprimento no regime SEMIABERTO. (CESPE - DPE- PE
- Defensor Público).

Questão original: Em regra, o condenado a pena privativa de liberdade


superior a quatro anos iniciará o seu cumprimento no regime fechado.

64. A reincidência NEM SEMPRE DETERMINA que o regime inicial de


cumprimento de pena seja obrigatoriamente o fechado. (FCC - DPE- AM -
Defensor Público). SÚMULA 269, STJ

Questão original: A reincidência determina que o regime inicial de


cumprimento de pena seja obrigatoriamente o fechado.

Observação: O réu que é reincidente e pratica um crime cuja pena


seja de reclusão, em regra deve iniciar seu cumprimento em regime
fechado. Contudo, excepcionalmente, o réu reincidente pode iniciar a
pena em regime semiaberto conforme entendimento sumulado do STJ:

SÚMULA 269, STJ – “É admissível a adoção do regime prisional


semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a
quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais”.

65. Segundo o Código Penal, a reincidência NEM SEMPRE IMPÕE regime


inicial fechado para cumprimento de pena. (UEG - PC- GO - Delegado de
Polícia). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Segundo o Código Penal, a reincidência impõe


regime inicial fechado para cumprimento de pena.
66. São efeitos da reincidência: NÃO IMPEDE o início de cumprimento da pena
em regime SEMIABERTO para crimes de qualquer natureza. (CESPE - DPE-
AC - Defensor Público). SÚMULA 269, STJ

Questão original: São efeitos da reincidência: o impedimento do início


de cumprimento da pena em regime aberto ou semiaberto para crimes
de qualquer natureza.

67. A reincidência não obsta a adoção do regime prisional semiaberto, desde


que favoráveis as circunstâncias judiciais e a pena APLICADA NÃO
ULTRAPASSE quatro anos. (FCC - DPE- ES - Defensor Público). SÚMULA
269, STJ

Questão original: A reincidência não obsta a adoção do regime


prisional semiaberto, desde que favoráveis as circunstâncias judiciais e
a pena, necessariamente, seja inferior a quatro anos.

68. O condenado à pena inferior a quatro anos de reclusão NÃO DEVERÁ


OBRIGATORIAMENTE começar a cumpri- La em regime aberto, PODENDO o
Magistrado optar por outro regime, QUANDO elevadas as penas básicas por
conta de circunstâncias judiciais desfavoráveis. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito).
SÚMULA 269, STJ
Questão original: O condenado à pena inferior a quatro anos de
reclusão deverá começar a cumpri- La em regime aberto, não
podendo o Magistrado optar por outro regime, ainda que elevadas as
penas básicas por conta de circunstâncias judiciais desfavoráveis.

69. O condenado à pena inferior a quatro anos de reclusão NÃO DEVERÁ


OBRIGATORIAMENTE começar a cumpri- La em regime fechado, se
reincidente. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ

Questão original: O condenado à pena inferior a quatro anos de


reclusão deverá começar a cumpri- La em regime fechado, se
reincidente.
70. Segundo a jurisprudência dominante do STJ, a reincidência NÃO IMPEDE
o cumprimento de pena em regime semiaberto, QUANDO A PENA APLICADA
NÃO ULTRAPASSAR OS QUATRO ANOS e as circunstâncias judiciais
FOREM FAVORÁVEIS. (FCC - DPE- BA - Defensor Público). SÚMULA 269,
STJ

Questão original: Segundo a jurisprudência dominante do STJ, a


reincidência impede o cumprimento de pena em regime semiaberto,
independentemente da quantidade de pena e das circunstâncias
judiciais.

71. Segundo entendimento sumulado dos Tribunais Superiores acerca das


penas privativas de liberdade é admissível a adoção do regime prisional
semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos,
DESDE QUE FAVORÁVEIS as circunstâncias judiciais. (FCC - TJ- AL - Juiz de
Direito). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Segundo entendimento sumulado dos Tribunais


Superiores acerca das penas privativas de liberdade é admissível a
adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a
pena igual ou inferior a quatro anos, ainda que desfavoráveis as
circunstâncias judiciais.

72. ► É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes


condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judiciais. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça). SÚMULA
269, STJ

73. O condenado à pena inferior a quatro anos de reclusão poderá cumpri-


La, inicialmente, em regime semiaberto, ainda que reincidente, se favoráveis
as circunstâncias judiciais. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ
74. Se as circunstâncias judiciais forem favoráveis, o reincidente
condenado à pena de quatro anos poderá ser submetido ao regime prisional
semiaberto. (CESPE - DPU - Defensor Público). SÚMULA 269, STJ

75. A reincidência não obriga a adoção do regime prisional fechado, se


imposta pena igual ou inferior a quatro anos e favoráveis as circunstâncias
judiciais. (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ

76. É possível que réu primário portador de circunstâncias judiciais


desfavoráveis condenado à pena de quatro anos de reclusão inicie o
cumprimento da reprimenda em regime semiaberto. (CESPE - TRE- GO -
Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 269, STJ

77. Sendo as circunstâncias judiciais favoráveis, admite- Se a fixação do


regime inicial SEMIABERTO para o condenado reincidente, quando a pena
fixada na sentença é igual ou inferior a quatro anos. (FAPEMS - PC- MS -
Delegado de Polícia). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Sendo as circunstâncias judiciais favoráveis, admite-


Se a fixação do regime inicial aberto para o condenado reincidente,
quando a pena fixada na sentença é igual ou inferior a quatro anos.

78. CABE o regime semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou


inferior a quatro anos, QUANDO favoráveis as circunstâncias judiciais. (IBFC -
TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Não cabe o regime semiaberto aos reincidentes


condenados a pena igual ou inferior a quatro anos, mesmo que
favoráveis as circunstâncias judiciais.

79. Que, se for reincidente o condenado a quem se imponha reclusão de até 4


(quatro) anos, o juiz NEM SEMPRE FIXARÁ na sentença o regime fechado
para início do cumprimento da pena. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE-
MG - Promotor de Justiça). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Que, se for reincidente o condenado a quem se


imponha reclusão de até 4 (quatro) anos, o juiz fixará na sentença o
regime fechado para início do cumprimento da pena.

80. Depois de finalizado o devido processo legal, um indivíduo foi condenado à


pena concreta mínima de um ano de reclusão e de dez dias- Multa por ter
praticado crime de estelionato. De acordo com o Código Penal e com o
entendimento dos tribunais superiores, nesse caso é permitido ao juiz, na
sentença condenatória: Aplicar o REGIME SEMIABERTO, ainda que o
condenado seja reincidente. (CESPE - TRE- BA - Analista Judiciário - Área
Judiciária). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Aplicar o regime aberto, ainda que o condenado


seja reincidente.

81. De acordo com o CP, o condenado a pena de seis anos de reclusão poderá
cumpri- La em regime semiaberto, DESDE QUE SEJA PRIMÁRIO. (CESPE -
TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: De acordo com o CP, o condenado a pena de seis


anos de reclusão poderá cumpri- La em regime semiaberto, ainda
que seja reincidente.
82. Em caso de condenação por crime de extorsão mediante sequestro
consumado, é possível a aplicação do regime semiaberto. (FCC - DPE- BA -
Defensor Público).

83. O condenado a pena superior a oito anos DEVE começar a cumpri- La em


regime fechado. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: O condenado a pena superior a oito anos pode


começar a cumpri- La em regime fechado, desde que o juiz
fundamente as razões que ensejam regime inicial diferenciado.

84. O condenado à pena inferior a quatro anos de reclusão PODERÁ cumpri-


La, inicialmente, em regime fechado, QUANDO O RÉU FOR reincidente e
desfavoráveis as circunstâncias judiciais. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito).
Questão original: O condenado à pena inferior a quatro anos de
reclusão não poderá cumpri- La, inicialmente, em regime fechado,
ainda que reincidente e desfavoráveis as circunstâncias judiciais.

85. O agente condenado a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos de


reclusão, reincidente e com circunstância judicial desfavorável somente pode
iniciar o cumprimento da sanção corporal em regime FECHADO. (CESPE -
DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: O agente condenado a pena privativa de liberdade


inferior a quatro anos de reclusão, reincidente e com circunstância
judicial desfavorável somente pode iniciar o cumprimento da sanção
corporal em regime semiaberto.

86. ► É VEDADO o estabelecimento de regime prisional mais gravoso, com


base na gravidade do delito, notoriamente quando atinge bens individuais
indisponíveis e que são cometidos mediante violência ou grave ameaça à
pessoa, nos termos do entendimento sumulado TANTO pelo STJ QUANTO
PELO STF. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça). SÚMULAS 718 e
719 STF
Questão original: É permitido o estabelecimento de regime prisional
mais gravoso, com base na gravidade do delito, notoriamente quando
atinge bens individuais indisponíveis e que são cometidos mediante
violência ou grave ameaça à pessoa, nos termos do entendimento
sumulado pelo STJ e majoritário no STF, embora, neste último caso,
não sumulado.

SÚMULA 719, STF – “A opinião do julgador sobre a gravidade em


abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de
regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada”.

SÚMULA 718, STF – “A imposição do regime de cumprimento mais


severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea”.
SÚMULA 440, STJ – Fixada a pena- Base no mínimo legal, é vedado
o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível
em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata
do delito.

87. ► A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não


constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o
permitido segundo a pena aplicada. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça). SÚMULA 719, STF

88. A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime NÃO


CONSTITUI motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que
o permitido segundo a pena aplicada. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).
SÚMULA, 719 STF

Questão original: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato


do crime constitui motivação idônea para a imposição de regime mais
severo do que o permitido segundo a pena aplicada.

89. ► A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena


aplicada permitir exige motivação idônea. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 718, STF
90. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento
segundo o qual a hediondez ou a gravidade abstrata do delito não obriga, por
si só, o regime prisional mais gravoso, pois o juízo, em atenção aos princípios
constitucionais da individualização da pena e da obrigatoriedade de
fundamentação das decisões judiciais, deve motivar o regime imposto,
observando a singularidade do caso concreto. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de
Direito). SÚMULAS 718 e 719 STF

91. É permitido o estabelecimento de regime prisional mais gravoso, com base


na GRAVIDADE CONCRETA do delito, notoriamente quando atinge bens
individuais indisponíveis e que são cometidos mediante violência ou grave
ameaça à pessoa, nos termos do entendimento sumulado tanto pelo STJ
quanto pelo STF. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça). SÚMULAS 718
e 719 STF; SÚMULA 440, STJ

Questão original: É permitido o estabelecimento de regime prisional


mais gravoso, com base na gravidade do delito, notoriamente quando
atinge bens individuais indisponíveis e que são cometidos mediante
violência ou grave ameaça à pessoa, nos termos do entendimento
sumulado tanto pelo STJ quanto pelo STF.

92. Veda- Se o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o


cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata
do delito, nos termos do entendimento sumulado tanto pelo STJ quanto pelo
STF. (MPE- GO - MPE- GO - Promotor de Justiça). SÚMULAS 718, 719 STF;
SÚMULA 440, STJ

93. Depois de finalizado o devido processo legal, um indivíduo foi condenado à


pena concreta mínima de um ano de reclusão e de dez dias- Multa por ter
praticado crime de estelionato. De acordo com o Código Penal e com o
entendimento dos tribunais superiores, nesse caso é permitido ao juiz, na
sentença condenatória: Estabelecer regime mais severo que o permitido em lei,
DESDE QUE a pena base NÃO TENHA se mantido no mínimo legal (COM
BASE NA GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO). (CESPE - TRE- BA -
Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULAS 718, 719 STF; SÚMULA 440,
STJ

Questão original: Estabelecer regime mais severo que o permitido em


lei, ainda que a pena base tenha se mantido no mínimo legal.

94. ► Fixada a pena- Base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de


regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta,
com base apenas na gravidade abstrata do delito. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça). SÚMULA 440, STJ

95. Segundo o entendimento jurisprudencial dominante, ainda que fixada a


pena base no mínimo legal, a gravidade abstrata do delito NÃO PODE justificar
o estabelecimento de regime prisional mais gravoso que o previsto em lei em
razão da sanção imposta. (CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário). SÚMULA
440, STJ

Questão original: Segundo o entendimento jurisprudencial dominante,


ainda que fixada a pena base no mínimo legal, a gravidade abstrata
do delito pode justificar o estabelecimento de regime prisional mais
gravoso que o previsto em lei em razão da sanção imposta.

96. Fixada a pena- Base no mínimo legal, a decisão, fundamentada na


gravidade abstrata do delito, NÃO PODERÁ estabelecer ao sentenciado
regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta.
(CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito). SÚMULA 440, STJ

Questão original: Fixada a pena- Base no mínimo legal, a decisão,


fundamentada na gravidade abstrata do delito, poderá estabelecer ao
sentenciado regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão
da sanção imposta.

97. A gravidade abstrata do delito NÃO JUSTIFICA o estabelecimento de


regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta,
QUANDO a pena- Base ter sido fixada no mínimo legal. (CESPE - DPU -
Defensor Público). SÚMULA 440, STJ

Questão original: A gravidade abstrata do delito justifica o


estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em
razão da sanção imposta, independentemente de a pena- Base ter
sido fixada no mínimo legal.

98. Fixada a pena em seu mínimo legal, é possível estipular regime prisional
mais gravoso do que o previsto em razão da sanção imposta, desde que
presente a gravidade CONCRETA do delito. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª
Região - Juiz federal). SÚMULA 440, STJ

Questão original: Fixada a pena em seu mínimo legal, é possível


estipular regime prisional mais gravoso do que o previsto em razão da
sanção imposta, desde que presente a gravidade abstrata do delito e a
perturbação causada à ordem pública.

99. Ainda que a pena- Base tenha sido fixada no mínimo legal, é admissível a
fixação de regime prisional mais gravoso que o cabível, em razão da sanção
imposta, com fundamento na gravidade CONCRETA do delito. (CESPE - TJ-
DFT - Juiz de Direito). SÚMULA 440, STJ

Questão original: Ainda que a pena- Base tenha sido fixada no mínimo
legal, é admissível a fixação de regime prisional mais gravoso que o
cabível, em razão da sanção imposta, com fundamento na gravidade
concreta ou abstrata do delito.

100. O lapso temporal para progressão de regime é de: UM SEXTO, em caso


de reincidente em crime doloso (ATÉ O DIA 22.01.2020). (FCC - DPE- AP -
Defensor Público).

Questão original: O lapso temporal para progressão de regime é de:


metade, em caso de reincidente em crime doloso.

PACOTE ANTICRIME – Com o advento da Lei 13.964/19 (pacote


anticrime), além do bom comportamento carcerário, os novos
requisitos para a progressão de regimes são (a partir do dia
23.01.2020):

- Cumprir 16% da pena: se o apenado for primário e o crime tiver sido


cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça.

- Cumprir 20% da pena: se o apenado for reincidente em crime


cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça.

- Cumprir 25% da pena: se o apenado for primário e o crime tiver sido


cometido com violência à pessoa ou grave ameaça.
- Cumprir 30% da pena: se o apenado for reincidente em crime
cometido com violência à pessoa ou grave ameaça.

- Cumprir 40% da pena: se o apenado for condenado pela prática de


crime hediondo ou equiparado, se for primário.

- Cumprir 50% da pena: se o apenado for:

a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com


resultado morte, se for primário, sendo vedado o livramento condicional;

b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de


organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou
equiparado;

c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada.

- Cumprir 60% da pena: se o apenado for reincidente na prática de


crime hediondo ou equiparado.

- Cumprir 70% da pena: se o apenado for reincidente em crime


hediondo ou equiparado com resultado morte, sendo vedado o
livramento condicional.
ATENÇÃO (LEI 13.769/2018): No caso de mulher gestante, mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos
para a progressão de regimes são (cumulativamente):

1º - Cumprir 1/8 da pena (12,5%);

2º - ter bom comportamento carcerário;

3º - ser primária;

4º - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa;

5º - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;

6º - não ter integrado organização criminosa.


101. A Súmula Vinculante 26 do Supremo Tribunal Federal, dispõe que para
efeito de PROGRESSÃO DE REGIME no cumprimento de pena por crime
hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072/90 (Crimes Hediondos), sem
prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e
subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame criminológico. (MPE- SC - MPE- SC -
Promotor de Justiça).

Questão original: A Súmula Vinculante 26 do Supremo Tribunal


Federal, dispõe que para efeito de livramento condicional no
cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da
execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072/90
(Crimes Hediondos), sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche,
ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo
determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame
criminológico.

SÚMULA VINCULANTE 26, STF – “Para efeito de progressão de


regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o
juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei
nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o
condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a
realização de exame criminológico”.

102. Segundo entendimento sumulado dos Tribunais Superiores acerca das


penas privativas de liberdade é INADMISSÍVEL a chamada progressão per
saltum de regime prisional. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito). SÚMULA 491, STJ

Questão original: Segundo entendimento sumulado dos Tribunais


Superiores acerca das penas privativas de liberdade é admissível a
chamada progressão per saltum de regime prisional.
SÚMULA 491, STJ – “É inadmissível a chamada progressão
per saltum de regime prisional”.

ATENÇÃO: Apesar de não ser possível a progressão “por saltos”, isto


é, a passagem direta do regime fechado para o aberto, é perfeitamente
possível a regressão “por saltos”, ou seja, a passagem direta do
regime aberto para o fechado. Além disso, se o crime tiver sido
praticado contra a administração pública o apenado só poderá
progredir de regime (além de cumprir parte da pena e ter bom
comportamento carcerário) se reparar o dano causado ou devolver o
produtor do ilícito praticado, com os acréscimos legais.

103. O juízo da execução penal deverá negar o pedido de progressão do


regime fechado diretamente para o aberto: no ordenamento jurídico pátrio não
se admite salto na progressão. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).
SÚMULA 491, STJ

104. Flávio, maior e capaz, condenado a pena de doze anos pela prática de
homicídio doloso qualificado, iniciou o cumprimento da pena em regime
fechado. Durante a execução da pena, ele apresentou comportamento
excelente e colaborativo, por isso, após o período mínimo para a progressão de
regime, seu advogado requereu ao juiz a passagem de Flávio para o regime
aberto. Nessa situação, o pedido não poderá ser atendido: a progressão do
regime prisional de Flávio deverá ser para o regime semiaberto. (CESPE -
Polícia Federal - Delegado de Polícia).

105. Tício, 40 anos, na condição de funcionário público, foi condenado pela


prática de crime de peculato em razão do desvio de quantia em dinheiro da
Administração Pública, sendo aplicada pena de 06 anos de reclusão. Após ser
apenado em regime inicial semiaberto, preencheu o requisito objetivo e
pretende a progressão para o regime aberto. Considerando apenas as
informações narradas, é correto afirmar que Tício, para obter a progressão,
deverá: Reparar o dano, além de preencher os demais requisitos gerais
legais. (FGV - AL- RO - Advogado).
106. A progressão de regime de cumprimento de pena tem como data- Base
para segunda progressão a data EM QUE O PRESO PREENCHEU OS
REQUISITOS DA LEI, conforme entendimento dos Tribunais Superiores. (FCC
- DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: A progressão de regime de cumprimento de pena


tem como data- Base para segunda progressão a data da decisão
judicial que concedeu a primeira, conforme entendimento dos
Tribunais Superiores.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF – Os Tribunais Superiores entendem que


a progressão de regime de pena tem como data- Base para a segunda
progressão aquela em que o preso preenche os requisitos legais, e
não a data em que o juiz da execução concede esse direito.

107. O réu sentenciado provisoriamente que se encontre em prisão especial


NÃO DEVERÁ aguardar o trânsito em julgado da sentença com a definição da
pena para que seja aplicada a progressão de regime de execução da pena.
(CESPE - STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 717, STF
Questão original: O réu sentenciado provisoriamente que se encontre
em prisão especial deverá aguardar o trânsito em julgado da sentença
com a definição da pena para que seja aplicada a progressão de regime
de execução da pena.

SÚMULA 717, STF – “Não impede a progressão de regime de


execução da pena, fixada em sentença não transitada em julgado, o
fato de o réu se encontrar em prisão especial”.

SÚMULA 716, STF – “Admite- Se a progressão de regime de


cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos
severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória”.
108. Não impede a progressão de regime de execução de pena, fixada em
sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão
especial. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito). SÚMULA 717, STF

109. É ADMISSÍVEL a progressão de regime de cumprimento da pena ou


aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do
trânsito em julgado da sentença condenatória. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).
SÚMULA 716, STF

Questão original: É inadmissível a progressão de regime de


cumprimento da pena ou aplicação imediata de regime menos severo
nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória.

110. A progressão de regime de cumprimento de pena NÃO PODE ficar


condicionada à existência de vaga em regime prisional mais brando. (FCC -
DPE- AM - Defensor Público). SÚMULA VINCULANTE 56, STF
Questão original: A progressão de regime de cumprimento de pena
pode ficar condicionada à existência de vaga em regime prisional mais
brando.

SÚMULA VINCULANTE 56, STF – “A falta de estabelecimento penal


adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso, devendo- Se observar, nesta hipótese, os
parâmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE) 641320”.

111. CONFIGURA constrangimento ilegal o cumprimento de pena em regime


mais gravoso do que o fixado na sentença em virtude da falta de vagas (PELO
EXCESSO DE EXECUÇÃO). (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: Não configura constrangimento ilegal o cumprimento


de pena em regime mais gravoso do que o fixado na sentença em
virtude da falta de vagas, pois se aplica o princípio da reserva do
possível.
112. A falta grave INTERROMPE o prazo para a progressão de regime. (FCC -
TJ- GO - Juiz de Direito). SÚMULA 534, STJ

Questão original: A falta grave não interrompe o prazo para a


progressão de regime.

SÚMULA 534, STJ – “A prática de falta grave interrompe a contagem


do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual
se reinicia a partir do cometimento dessa infração”.

113. A contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de


pena será interrompida pela prática de falta grave e se reiniciará a partir do
cometimento dessa infração. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito). SÚMULA
534, STJ

114. A decisão judicial que reconhece a prática de falta grave tem como
consequência a interrupção do período para fins de progressão de regime.
(MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça). SÚMULA 534, STJ

115. O cometimento de falta grave MOTIVA a interrupção do prazo para a


progressão de regime. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público). SÚMULA 534,
STJ
Questão original: O cometimento de falta grave não motiva a
interrupção do prazo para a progressão de regime.

116. O tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, DEVERÁ ser


computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de
liberdade. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª Região - Juiz federal).~

Questão original: O tempo de prisão provisória, no Brasil ou no


estrangeiro, não deverá ser computado para fins de determinação do
regime inicial de pena privativa de liberdade.
Observação: A pena privativa de liberdade ou a medida de segurança
aplicada pelo juiz na sentença criminal é computada (descontada)
pelo tempo de prisão provisória ou de internação já cumprido pelo
condenado (detração penal).

117. O tempo em que o condenado permaneceu preso preventivamente DEVE


ser computado na execução da pena privativa de liberdade. (CESPE - TJ- PB -
Juiz de Direito).

Questão original: O tempo em que o condenado permaneceu preso


preventivamente não deve ser computado na execução da pena
privativa de liberdade devido à natureza processual da prisão
preventiva.

118. O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de


internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de
determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade.
(CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

119. Computam- Se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança,


o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão
administrativa e o de internação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico. Esse cômputo é denominado pelo Código Penal de:
Detração. (IESES - TJ- PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

120. É possível a aplicação do regime inicial semiaberto para pena superior a


quatro anos no caso de réu reincidente, a depender do tempo de prisão
provisória cumprida por ele até a sentença. (FCC - DPE- SC - Defensor
Público).

121. À luz do disposto no artigo 42 do CP e artigo 111 da Lei de Execução


Penal, somente se admite a detração de prisão processual ordenada em outro
processo em que absolvido o sentenciado ou declarada tenha sido a extinção
da sua punibilidade, quando a data do cometimento do crime de que trata a
execução seja ANTERIOR ao período pleiteado. (CONSULPLAN - TJ- MG -
Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: À luz do disposto no artigo 42 do CP e artigo 111 da


Lei de Execução Penal, somente se admite a detração de prisão
processual ordenada em outro processo em que absolvido o
sentenciado ou declarada tenha sido a extinção da sua punibilidade,
quando a data do cometimento do crime de que trata a execução seja
posterior ao período pleiteado.

JURISPRUDÊNCIA, STJ/STF – Os Tribunais Superiores admitem a


detração por prisão ocorrida em outro processo, desde que o crime
em que o agente foi condenado tenha sido praticado antes do outro
crime em que houve a prisão provisória com posterior absolvição.

122. Admite- Se atualmente, tanto na jurisprudência quanto na doutrina, a


detração por prisão ocorrida em outro processo, desde que o crime pelo qual
o sentenciado cumpre pena tenha sido praticado anteriormente a seu
encarceramento, numa espécie de fungibilidade da prisão. (CONSULPLAN -
TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

123. Computa- Se, igualmente, o tempo indevidamente cumprido, relativo à


condenação por CRIME ANTERIOR, invalidado em decisão judicial recorrível,
em favor do réu, como meio de compensar o período de encarceramento
decorrente de delito pelo qual restou absolvido. (CONSULPLAN - TJ- MG -
Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Computa- Se, igualmente, o tempo indevidamente


cumprido, relativo à condenação por crime posterior, invalidado em
decisão judicial recorrível, em favor do réu, como meio de compensar o
período de encarceramento decorrente de delito pelo qual restou
absolvido.

124. Estabelece a Lei de Execução Penal que, durante a execução da pena,


sobrevindo doença mental no condenado: será internado em Hospital de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico-
Legista).

125. O juiz da execução poderá, com base em perícia médica, determinar o


internamento em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, a
conversão da pena em medida de segurança, acaso sobrevinda a doença
mental ao apenado durante a execução. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

126. Joaquim foi condenado por crime de roubo com emprego de arma de fogo
à pena de 5 anos e 4 meses de reclusão, em regime semiaberto. É reincidente
e responde a outros dois processos por crimes de furto e roubo. Após o
cumprimento de 1/6 da sanção, a defesa de Joaquim requereu a progressão ao
regime aberto de pena, o que foi indeferido pelo juiz, sob argumento de que,
por ser reincidente, deveria resgatar metade da sanção, o que ainda não havia
ocorrido. Diante disso, caso sobreviesse doença mental a Joaquim, este
deveria cumprir medida de segurança, no máximo de tempo QUE RESTASSE
DA PENA. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).

Questão original: Diante disso, caso sobreviesse doença mental a


Joaquim, este deveria cumprir medida de segurança, por no mínimo 2
anos e no máximo o tempo da pena máxima em abstrato cominada
ao delito.
ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. As espécies de pena são: penas privativas de liberdade, penas restritivas de


direitos e pena de multa.

2. As espécies da pena privativa de liberdade são: reclusão e detenção (para


crimes) e prisão simples (para contravenções penais).

3. Enquanto na pena de reclusão o condenado deve iniciar em regime fechado,


semiaberto ou aberto, na pena de detenção o condenado deve iniciar em regime
semiaberto ou aberto, mas jamais no fechado (pode regredir para o fechado).

4. Na pena de prisão simples o condenado deve iniciar em regime semiaberto ou


aberto, mas jamais no fechado (não pode regredir para o fechado).

5. Em relação a pena privativa de liberdade, os regimes penitenciários são:


fechado (estabelecimento de segurança máxima ou média – penitenciária);
semiaberto (colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar); e aberto (casa do
albergado ou estabelecimento adequado).

6. Nada obstante para o CP a realização do exame criminológico seja obrigatória


para os regimes fechado e semiaberto, prevalece o entendimento de que tal exame
é facultativo para o semiaberto (art. 8º, LEP). Em relação ao regime aberto, não há
exame criminológico por ausência de previsão legal.

7. SÚMULA 439, STJ – “Admite- Se o exame criminológico pelas peculiaridades do


caso, desde que em decisão motivada” (para a progressão de regimes).

8. SÚMULA 493, STJ – "É inadmissível a fixação de pena substitutiva (artigo 44 do


CP) como condição especial ao regime aberto".

9. Os 03 fatores determinantes para a fixação do regime inicial de cumprimento de


pena são: se o réu é primário ou reincidente; a quantidade de pena aplicada; e
análise das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, CP.

10. O réu que praticou um crime hediondo ou equiparado não deverá iniciar
obrigatoriamente em regime fechado, em obediência aos princípios da
individualização da pena e da proporcionalidade.

11. Conforme o CP, réu condenado por crime cuja pena seja de reclusão, iniciará o
seu cumprimento de pena em regime aberto (primário/pena até 04 anos); regime
semiaberto (primário/pena superior a 04 até 08 anos); regime fechado
(primário/pena superior a 08 anos). Ressalta- Se que o juiz pode fixar regime prisional
mais gravoso do que a pena aplicada permitir em consideração as circunstâncias
judiciais (com base na gravidade do caso em concreto).

12. Em regra, o réu que é reincidente e pratica um crime cuja pena seja de reclusão
deve iniciar seu cumprimento em regime fechado. Contudo, segundo o STJ, tal regra
admite uma única exceção: SÚMULA 269, STJ – “É admissível a adoção do regime
prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro
anos se favoráveis as circunstâncias judiciais”.

13. SÚMULA 719, STF – “A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do


crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que
o permitido segundo a pena aplicada”.

14. SÚMULA 718, STF – “A imposição do regime de cumprimento mais severo do


que a pena aplicada permitir exige motivação idônea”.

15. SÚMULA 440, STJ – Fixada a pena- Base no mínimo legal, é vedado o
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da
sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.

16. PACOTE ANTICRIME – Com o advento da Lei 13.964/19 (pacote anticrime),


além do bom comportamento carcerário, os novos requisitos para a progressão de
regimes são (a partir do dia 23.01.2020): Cumprir 16% da pena: se o apenado for
primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
Cumprir 20% da pena: se o apenado for reincidente em crime cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça; Cumprir 25% da pena: se o apenado for
primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
Cumprir 30% da pena: se o apenado for reincidente em crime cometido com
violência à pessoa ou grave ameaça; Cumprir 40% da pena: se o apenado for
condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; Cumprir
50% da pena: se o apenado for: a) condenado pela prática de crime hediondo ou
equiparado, com resultado morte, se for primário, sendo vedado o livramento
condicional; b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de
organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado;
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada. Cumprir 60%
da pena: se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado.
Cumprir 70% da pena: se o apenado for reincidente em crime hediondo ou
equiparado com resultado morte, sendo vedado o livramento condicional.

17. No caso de mulher gestante, mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
deficiência, os requisitos para a progressão de regimes são (cumulativamente):
Cumprir 1/8 da pena (12,5%) + ter bom comportamento carcerário + ser primária +
não ter cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa + não ter cometido o
crime contra seu filho ou dependente + não ter integrado organização criminosa.

18. No caso em que o crime tiver sido praticado contra a administração pública o
apenado só poderá progredir de regime (além de cumprir parte da pena e ter bom
comportamento carcerário) se ele reparar o dano causado ou devolver o produtor do
ilícito praticado, com os acréscimos legais.

19. SÚMULA 491, STJ – “É inadmissível a chamada progressão per saltum de


regime prisional”.

20. SÚMULA 717, STF – “Não impede a progressão de regime de execução da


pena, fixada em sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em
prisão especial”.

21. SÚMULA 716, STF – “Admite- Se a progressão de regime de cumprimento da


pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do
trânsito em julgado da sentença condenatória”.

22. SÚMULA 534, STJ – “A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo
para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do
cometimento dessa infração”.

23. A pena privativa de liberdade ou a medida de segurança aplicada pelo juiz na


sentença criminal é computada (descontada) pelo tempo de prisão provisória ou de
internação já cumprido pelo condenado (detração penal). Os Tribunais Superiores
admitem a detração por prisão ocorrida em outro processo, desde que o crime em
que o agente foi condenado tenha sido cometido antes do outro crime em que houve
a prisão provisória com posterior absolvição.

3.4. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS


Penas restritivas de direitos

Art. 43 - As penas restritivas de direitos são:

I - prestação pecuniária;

II - perda de bens e valores;

III - limitação de fim de semana;

IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;

V - interdição temporária de direitos;

VI - limitação de fim de semana.

Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as


privativas de liberdade, quando:

I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime


não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que
seja a pena aplicada, se o crime for culposo;

II - o réu não for reincidente em crime doloso;

III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do


condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente.

§2º - Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita


por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena
privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e
multa ou por duas restritivas de direitos.

§3º - Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição,


desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente
recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do
mesmo crime.

§4º - A pena restritiva de direitos converte- Se em privativa de liberdade


quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No
cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo
cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta
dias de detenção ou reclusão.

§5º - Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o


juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-
La se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.

Conversão das penas restritivas de direitos

Art. 45 - Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder- Se-


á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48.

§1º - A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a


seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de
importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior
a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do
montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes
os beneficiários.

§2º - No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a


prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza.

§3º - A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar- Se-á,


ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e
seu valor terá como teto – o que for maior – o montante do prejuízo causado
ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática
do crime.

Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas

Art. 46 - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é


aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.

§1º - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste


na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.

§2º - A prestação de serviço à comunidade dar- Se-á em entidades


assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos
congêneres, em programas comunitários ou estatais.

§3º - As tarefas a que se refere o §1º serão atribuídas conforme as aptidões


do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia
de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de
trabalho.

§4º - Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado


cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade
da pena privativa de liberdade fixada.

Interdição temporária de direitos

Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são:


I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de
mandato eletivo;

II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de


habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;

III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo.

IV - proibição de frequentar determinados lugares.

V - proibição de inscrever- Se em concurso, avaliação ou exame públicos.

Limitação de fim de semana

Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer,


aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado
ou outro estabelecimento adequado.

Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser ministrados ao


condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.

01. A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) admite as modalidades de


prestação pecuniária, perda de bens e valores, limitação de fim de semana e
prestação de serviço à comunidade ou entidade pública. (VUNESP - TJ- RS -
Juiz de Direito).

Questão original: A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48)


admite exclusivamente as modalidades de prestação pecuniária, perda
de bens e valores, limitação de fim de semana e prestação de serviço à
comunidade ou entidade pública.

02. São espécies de penas restritivas de direitos a prestação de serviços à


comunidade e a interdição temporária de direitos. (CESPE - TRE- TO - Analista
Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: São espécies de penas restritivas de direitos a


prestação de serviços à comunidade, a interdição temporária de direitos
e a obrigação de reparar o dano causado pelo crime.

03. São penas restritivas de direitos: interdição temporária de direitos. (CESPE


- TRE- BA - Analista Judiciário - Área Administrativa).

Questão original: São penas restritivas de direitos: interdição


temporária de direitos e pagamento de multa.

04. Assinale a alternativa que NÃO é considerada pena restritiva de direitos


pelo Código Penal: Interdição definitiva de direitos. (FAURGS - TJ- RS -
Psicólogo Judicial).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam penas


restritivas de direitos:

a) Perda de bens e valores;

b) Prestação pecuniária;

c) Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;

e) Limitação de fim de semana.

05. NÃO é Pena Restritiva de Direito, em conformidade com o Decreto Lei n.º
2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal: Detenção. (UFMT - TJ- MT -
Técnico Judiciário).

06. A pena restritiva de direitos NÃO PODE ser cumulada com medida de
segurança na modalidade de tratamento ambulatorial, pois É VEDADA A
CUMULAÇÃO SIMULTÂNEA DE PENA E MEDIDA DE SEGURANÇA. (FCC -
DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: A pena restritiva de direitos pode ser cumulada com


medida de segurança na modalidade de tratamento ambulatorial, pois
não implica em restrição da liberdade.
Observção: No Direito Penal, a sanção penal se divide em duas
espécies: penas e medidas de segurança. Quaisquer espécies de
penas (penas privativas de liberdade, restritivas de direitos ou multa)
não podem ser aplicadas cumulativamente com medidas de segurança.
Por isso, o réu deve ser condenado por pena ou medida de segurança,
mas jamais pelas duas simultaneamente.

07. No caso de ser reconhecida a presença dos requisitos para substituição da


pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, PRECISARÁ o magistrado
fixar na sentença o regime inicial de cumprimento de pena QUE SERÁ (LOGO
EM SEGUIDA) SUBSTITUÍDA PELA PENA RESTRITIVA. (FGV - TJ- SC -
Técnico Judiciário).

Questão original: No caso de ser reconhecida a presença dos


requisitos para substituição da pena privativa de liberdade por restritiva
de direitos, não precisará o magistrado fixar na sentença o regime
inicial de cumprimento de pena.

08. Nos termos do Código Penal, as penas restritivas de direitos são


autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando aplicada pena
privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena
aplicada, se o crime for: culposo. (CS- UFG - TJ- GO - Juiz Leigo).

09. No que concerne às penas restritivas de direitos, é correto afirmar que: são
autônomas e substituem as privativas de liberdade quando, entre outros
requisitos legais, o réu não for reincidente em crime doloso, a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os
motivos e circunstâncias autorizarem a concessão do benefício. (VUNESP - TJ-
SP - Juiz de Direito).

Questão original: No que concerne às penas restritivas de direitos, é


correto afirmar que: são autônomas e substituem as privativas de
liberdade quando, entre outros requisitos legais, o réu não for
reincidente em crime doloso, a culpabilidade, os antecedentes, a
conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e
circunstâncias autorizarem a concessão do benefício, e não for indicada
ou cabível a suspensão condicional da pena, e não for indicada ou
cabível a suspensão condicional da pena.

Observação: Os requisitos para a substituição da pena privativa de


liberdade por penas restritivas de direitos são:

a) Requisitos objetivos:

(1) o crime doloso não pode ter sido praticado com violência ou grave
ameaça à pessoa; (2) a pena aplicada deve ser até 4 anos (em crime
doloso);

b) Requisitos subjetivos:

(1) não ser o agente reincidente em crime doloso (reincidente


específico); (2) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias
indicarem a suficiência desta substituição.

ATENÇÃO: Nos casos de crimes culposos, é cabível a substituição


ainda que o crime tenha sido cometido com violência contra a pessoa,
não importando a quantidade de pena aplicada (ainda que superior a 4
anos), ou mesmo quando o réu seja reincidente em crime culposo.

10. Os antecedentes criminais podem ser considerados para fins de


cabimento da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
11. Fernando, com trinta anos de idade, capaz, ameaçou de morte sua
companheira Tereza, com vinte e nove anos de idade, capaz. Fernando foi
processado e condenado, definitivamente, pelo referido crime à pena de cinco
meses de detenção. Nessa situação, Fernando NÃO TEM direito à substituição
da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. (CESPE - TJ- DFT
- Juiz de Direito).
Questão original: Fernando, com trinta anos de idade, capaz, ameaçou
de morte sua companheira Tereza, com vinte e nove anos de idade,
capaz. Fernando foi processado e condenado, definitivamente, pelo
referido crime à pena de cinco meses de detenção. Nessa situação,
Fernando tem direito à substituição da pena privativa de liberdade por
pena restritiva de direitos.

12. Marreco, maior e capaz, ameaçou de morte sua companheira, sendo


processado e definitivamente condenado pelo crime de ameaça à pena de seis
meses de detenção. Nesse caso, conforme entendimento sumulado pelo STJ,
NÃO TEM o agente direito à substituição da pena privativa de liberdade por
pena restritiva de direitos. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: Marreco, maior e capaz, ameaçou de morte sua


companheira, sendo processado e definitivamente condenado pelo
crime de ameaça à pena de seis meses de detenção. Nesse caso,
conforme entendimento sumulado pelo STJ, tem o agente direito à
substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de
direitos, desde que não seja a de prestação pecuniária ou a
inominada.

13. Com 74 anos, Jairo foi definitivamente condenado pela prática de roubo
simples (art. 157, caput, do CP). Primário e sendo- Lhe inteiramente favoráveis
as circunstâncias do art. 59 do CP, foi- Lhe aplicada uma pena privativa de
liberdade de 04 anos de reclusão. Nesse caso, considerando a pena aplicada,
NÃO É possível substituir a pena privativa de liberdade por duas penas
restritivas de direitos. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).
Questão original: Nesse caso, considerando a pena aplicada, é
possível substituir a pena privativa de liberdade por duas penas
restritivas de direitos.

14. Pedro, com vinte e oito anos de idade, capaz, primário, de corpo
avantajado, desarmado, faixa preta em judô, trajando quimono, de forma
intimidatória e exalando odor etílico, determinou que Ana, com dezessete anos
de idade, capaz, entregasse a ele seu celular, sem que fosse possível a ela
impor qualquer resistência. Por tais fatos, Pedro foi condenado,
definitivamente, por crime de roubo simples, à pena de quatro anos de
reclusão. Nessa situação: há vedação legal para que a pena de Pedro seja
substituída por pena restritiva de direitos. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de
Direito).

15. Glauber, com trinta e um anos de idade, capaz, primário, foi condenado,
definitivamente, em concurso material, pelo crime de supressão de
correspondência comercial, à pena de detenção de dois anos; e, por
divulgação de informações sigilosas, à pena de detenção de quatro anos e
pena pecuniária. Nessa situação, Glauber NÃO TEM direito à substituição da
pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. (CESPE - TJ- DFT -
Juiz de Direito).

Questão original: Glauber, com trinta e um anos de idade, capaz,


primário, foi condenado, definitivamente, em concurso material, pelo
crime de supressão de correspondência comercial, à pena de detenção
de dois anos; e, por divulgação de informações sigilosas, à pena de
detenção de quatro anos e pena pecuniária. Nessa situação, Glauber
tem direito à substituição da pena privativa de liberdade por pena
restritiva de direitos.

16. Beltrano, maior, capaz e primário, subtraiu um carneiro da fazenda de um


amigo, sendo condenado a dois anos de reclusão. No caso concreto,
possuindo todas as circunstâncias judiciais favoráveis e sendo mais benéfico
ao réu, deve o juiz conceder a Beltrano a SUBSTITUIÇÃO PREVISTA NO
ART. 44 DO CP ao invés da SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA.
(FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: Beltrano, maior, capaz e primário, subtraiu um


carneiro da fazenda de um amigo, sendo condenado a dois anos de
reclusão. No caso concreto, possuindo todas as circunstâncias judiciais
favoráveis e sendo mais benéfico ao réu, deve o juiz conceder a
Beltrano a suspensão condicional da pena ao invés da substituição
prevista no art. 44 do CP.

17. Determinado deputado está sendo investigado pela prática do crime de


porte/posse de arma de fogo de uso restrito (Art. 16, caput, Lei nº 10.826/03),
que teria sido praticado em maio de 2018, diante da notícia que estaria
guardando uma arma de calibre. 40 em seu local de trabalho, sem autorização
legal. Preocupado com as consequências de tal investigação, solicita
esclarecimentos ao advogado sobre as possíveis consequências da punição
pelo delito imputado. O advogado deverá esclarecer, de acordo com a
jurisprudência majoritária e atual do Supremo Tribunal Federal, que: A
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos é
possível, dependendo da pena aplicada e do preenchimento dos demais
requisitos do Código Penal.

18. O crime de resistência (CP, art. 329, caput), com pena privativa de
liberdade, abstratamente cominada, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos de
detenção, NÃO PODE admitir substituição de pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, MESMO QUE, fixado o quantum final de pena, se verifique
que o autor não é reincidente, e que as circunstâncias judiciais do art. 59 do
Código Penal lhe são favoráveis. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: O crime de resistência (CP, art. 329, caput), com


pena privativa de liberdade, abstratamente cominada, de 2 (dois) meses
a 2 (dois) anos de detenção, pode admitir substituição de pena privativa
de liberdade por restritiva de direitos, desde que, fixado o quantum final
de pena, se verifique que o autor não é reincidente, e que as
circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal lhe são favoráveis.

19. Nos crimes de lesão corporal, MESMO concordando a vítima e preenchidos


os demais requisitos do artigo 44, do Código Penal, a pena corporal NÃO
PODERÁ ser substituída por pena restritiva de direitos. (VUNESP - MPE- SP -
Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).
Questão original: Nos crimes de lesão corporal, concordando a vítima
e desde que preenchidos os demais requisitos do artigo 44, do Código
Penal, a pena corporal poderá ser substituída por pena restritiva de
direitos.

20. A pena privativa de liberdade aplicada a crime hediondo praticado SEM


violência ou grave ameaça é suscetível de substituição por restritiva de direito,
se fixada em menos de 04 anos de reclusão. (FAPEMS - PC- MS - Delegado
de Polícia).

Questão original: A pena privativa de liberdade aplicada a crime


hediondo praticado com violência ou grave ameaça é suscetível de
substituição por restritiva de direito, se fixada em menos de 04 anos de
reclusão.

Observação: É perfeitamente possível a substituição da pena privativa


de liberdade por penas restritivas de direitos nos crimes hediondos e
equiparados, desde que obedecidos os requisitos legais previstos no
art. 44 do CP.

21. Quanto à aplicação da pena entendem o Supremo Tribunal Federal e o


Superior Tribunal de Justiça ser POSSÍVEL aplicar a substituição da pena
privativa de liberdade por penas restritivas de direitos em condenações por
tráfico de drogas. (FCC - DPE- RS - Analista - Processual).

Questão original: Quanto à aplicação da pena entendem o Supremo


Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça ser impossível aplicar
a substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de
direitos em condenações por tráfico de drogas.

22. No crime de tráfico de entorpecente, é cabível a substituição da pena


privativa de liberdade por restritiva de direitos, bem como a fixação de
regime aberto, quando preenchidos os requisitos legais. (CESPE - PC- CE -
Delegado de Polícia).
23. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação
pecuniária. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

Observação: Segundo o art. 17 da Lei Maria da Penha (11.340/2006),


“é vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação
pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o
pagamento isolado de multa”. (O STJ, contudo, ampliou tal vedação,
não permitindo a substituição em nenhuma hipótese nos casos da
referida lei, conforme entendimento sumulado):

SÚMULA 588, STJ – "A prática de crime ou contravenção penal


contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico
impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva
de direitos” (apesar do não cabimento da referida substituição, é
perfeitamente admissível o “sursis penal”, se cumpridos os requisitos
legais).

24. As penas restritivas de direito são consideradas penas autônomas de


caráter substitutivo, podendo ser aplicadas para crimes culposos
independente da quantidade de pena privativa de liberdade fixada, se
presentes os demais requisitos legais. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de
Polícia).
25. Tício, capaz e devidamente habilitado, após ingerir substância
entorpecente, assustou- Se ao desviar o veículo que dirigia de um buraco na
pista, perdendo o controle do automóvel e vindo a causar a morte de uma
criança. Pelo resultado praticado, foi condenado por homicídio culposo, com as
penas alteradas pela Lei nº 13.546/17, a seis anos de reclusão. Nessa
situação, Tício: tem direito à substituição da pena privativa de liberdade
por pena restritiva de direitos. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
26. Segundo o Código Penal, a reincidência NEM SEMPRE IMPOSSIBILITA a
substituição das penas privativas de liberdade pelas restritivas de direito. (UEG
- PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: Segundo o Código Penal, a


reincidência impossibilita a substituição das penas privativas de
liberdade pelas restritivas de direito.

Observação: O CP proíbe a substituição da pena privativa de liberdade


por penas restritivas de direitos nos casos em que o réu seja
reincidente em crime doloso (essa é a regra). Contudo, admite- Se
uma exceção: “Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a
substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida
seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha
operado em virtude da prática do mesmo crime” (não pode ser
reincidente específico).

ATENÇÃO: Além disso, é admissível a substituição da pena privativa


de liberdade por penas restritivas de direitos aos reincidentes em
contravenções penais ou crimes culposos.

27. A pena privativa de liberdade PODE SER substituída por pena restritiva de
direitos MESMO SENDO o condenado for reincidente. (MPE- RS - MPE- RS -
Secretário de Diligências).

Questão original: A pena privativa de liberdade nunca será substituída


por pena restritiva de direitos se o condenado for reincidente.

28. A reincidência NEM SEMPRE IMPEDE a substituição da pena privativa de


liberdade por restritivas de direitos. (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito).

Questão original: A reincidência impede a substituição da pena


privativa de liberdade por restritivas de direitos.
29. A reincidência em qualquer crime na modalidade dolosa NEM SEMPRE
IMPEDE a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
(CESPE - PGE- PE - Analista - Superior).

Questão original: A reincidência em qualquer crime na modalidade


dolosa impede a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos.

30. A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) PODE ser aplicada a
condenados primários, REINCIDENTES EM CRIMES CULPOSOS E ATÉ
REINCIDENTES EM CRIME DOLOSOS (QUANDO A MEIDADE SEJA
SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL E A REINCIDÊNCIA NÃO SE TENHA
OPERADO EM VIRTUDE DE PRÁTICA DO MESMO CRIME). (VUNESP - TJ-
RS - Juiz de Direito).

Questão original: A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) só


pode ser aplicada a condenados primários.

31. Ao condenado reincidente, DESDE QUE EM FACE DA CONDENAÇÃO


ANTERIOR, A MEDIDA SEJA SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL E A
REINCIDÊNCIA NÃO SE TENHA OPERADO EM VIRTUDE DA PRÁTICA DO
MESMO CRIME, poderá a pena corporal ser substituída por penas restritivas
de direitos. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente
Jurídico).

Questão original: Ao condenado reincidente, em nenhuma hipótese,


poderá a pena corporal ser substituída por penas restritivas de direitos.

32. A pena de prestação de serviços à comunidade É APLICÁVEL, DESDE


QUE EM FACE DA CONDENAÇÃO ANTERIOR, A MEDIDA SEJA
SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL E A REINCIDÊNCIA NÃO SE TENHA
OPERADO EM VIRTUDE DA PRÁTICA DO MESMO CRIME, caso o
condenado for reincidente. (FCC - DPE- PR - Defensor Público).
Questão original: A pena de prestação de serviços à comunidade não
é aplicável, em nenhuma hipótese, caso o condenado for reincidente.

33. A pena restritiva de direitos pode substituir a privativa de liberdade em caso


de reincidente em crime culposo, MESMO QUE a pena for superior a quatro
anos. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: A pena restritiva de direitos pode substituir a


privativa de liberdade em caso de reincidente em crime culposo, salvo
se a pena for superior a quatro anos.

34. Poderá ser substituída por pena restritiva de direitos a pena privativa de
liberdade aplicada a réu reincidente, anteriormente condenado pela prática do
crime de lesões corporais culposas e sentenciado a pena de cinco anos de
reclusão pela prática de homicídio culposo. (CESPE - TRE- RS - Analista
Judiciário).

35. A reincidência em contravenção dolosa NÃO IMPEDE a substituição da


pena de prisão simples por restritiva de direitos. (FCC - DPE- BA - Defensor
Público).

Questão original: A reincidência em contravenção dolosa impede a


substituição da pena de prisão simples por restritiva de direitos.

36. Sinfrônio, capaz, possui condenação definitiva pela prática do crime de


invasão de dispositivo informático à pena de dois anos de detenção. Decorridos
quatro anos do cumprimento integral da pena anterior, foi ele novamente
condenado pelo mesmo crime à pena de um ano de detenção. Sendo o agente
reincidente PELA PRÁTICA DO MESMO CRIME, MESMO se socialmente
recomendável, conforme previsto no §3º do art. 44 do Código Penal, NÃO
PODE o juiz substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
(FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).
Questão original: Sinfrônio, capaz, possui condenação definitiva pela
prática do crime de invasão de dispositivo informático à pena de dois
anos de detenção. Decorridos quatro anos do cumprimento integral da
pena anterior, foi ele novamente condenado pelo mesmo crime à pena
de um ano de detenção. Mesmo sendo o agente reincidente, se
socialmente recomendável, conforme previsto no §3º do art. 44 do
Código Penal, pode o juiz substituir a pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos.

37. A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) converte- Se em privativa


de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição
imposta. (VUNESP - TJ- RS - Juiz de Direito).

Observação: As penas restritivas de direitos serão obrigatoriamente


reconvertidas em pena privativa de liberdade quando ocorrer o
descumprimento injustificado da restrição imposta (no cálculo da
pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido
da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias
de detenção ou reclusão). Contudo, tal reconversão será facultativa
quando sobrevier condenação a pena privativa de liberdade por outro
crime.

38. Em 2014, por conduta perpetrada em 2011, Ataulfo foi denunciado pela
prática de lesão corporal simples (art. 129, caput, do CP). Em 2016, por
conduta perpetrada em 2015, Ataulfo viu- Se novamente denunciado, dessa
vez pela prática de ameaça. Já em 2017, em razão de conduta praticada em
2016, Ataulfo foi condenado pela prática de furto qualificado pelo emprego de
chave falsa, sendo- Lhe aplicada uma pena privativa de liberdade de 04 anos
de reclusão. Nesse caso: é possível substituir a pena privativa de liberdade
aplicada por uma pena restritiva de direitos e multa. (FCC - DPE- RS -
Defensor Público).

39. Na sentença condenatória por crime de estelionato (CP, artigo 171, caput),
a pena aplicada em um ano de prisão pode ser substituída por UMA pena
restritiva de direito, desde que presentes os requisitos previstos no artigo 44 do
Código Penal. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

Questão original: Na sentença condenatória por crime de estelionato


(CP, artigo 171, caput), a pena aplicada em um ano de prisão pode ser
substituída por duas penas restritivas de direitos, desde que presentes
os requisitos previstos no artigo 44 do Código Penal.

Observação: Na condenação até um ano, a substituição da pena


pode ser feita por uma pena restritiva de direitos ou multa. Entretanto,
se a condenação for superior a um ano, a substituição poderá ser feita
por duas penas restritivas de direitos ou uma pena restritiva de direitos
e multa.

40. Nas condenações superiores a um ano, a pena privativa de liberdade pode


ser substituída por duas penas restritivas de direito, NÃO VEDANDO- SE a
conversão por multa. (VUNESP - MPE- SP - Analista de Promotoria -
Assistente Jurídico).

Questão original: Nas condenações superiores a um ano, a pena


privativa de liberdade pode ser substituída por duas penas restritivas de
direito, vedando- Se a conversão por multa.

41. José da Silva, réu primário e com condenações criminais anteriores, porém
sem trânsito em julgado, confesso, cometeu crime de estelionato contra a
Previdência Social, causando prejuízos significativos à autarquia, sendo
condenado à pena de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão e 13 (treze)
dias- Multa, em regime inicial aberto. Com base nessas informações, é
CORRETO afirmar: Se o juiz entender possível, a substituição da pena
privativa de liberdade aplicada (CP, art. 44) poderá ser feita por uma pena de
multa E uma pena restritiva de direitos, OU POR DUAS RESTRITIVAS DE
DIREITOS. (TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Se o juiz entender possível, a substituição da pena


privativa de liberdade aplicada (CP, art. 44) poderá ser feita por uma
pena de multa ou uma pena restritiva de direitos.

42. A comutação da pena restritiva de direitos ALCANÇA a pena de multa


cumulativamente aplicada. (FCC - DPE- SP - Defensor Público).

Questão original: A comutação da pena restritiva de direitos não


alcança a pena de multa cumulativamente aplicada.

43. Depois de finalizado o devido processo legal, um indivíduo foi condenado à


pena concreta mínima de um ano de reclusão e de dez dias- Multa por ter
praticado crime de estelionato. De acordo com o Código Penal e com o
entendimento dos tribunais superiores, nesse caso é permitido ao juiz, na
sentença condenatória: Converter a pena de reclusão aplicada em UMA pena
restritiva de direito, sendo uma de prestação de serviços comunitários OU outra
de prestação pecuniária. (CESPE - TRE- BA - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

Questão original: Converter a pena de reclusão aplicada em duas


penas restritivas de direitos, sendo uma de prestação de serviços
comunitários e outra de prestação pecuniária.

44. Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, será possível ao


condenado cumpri- Las de forma simultânea, desde que compatíveis entre si.
(VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

45. Lucila cumpria regularmente pena restritiva de direito, consistente em


prestação pecuniária equivalente a dois salários mínimos, quando sobreveio,
aos autos da execução penal, condenação definitiva à pena privativa de
liberdade cujo regime inicial era fechado. Diante disso, o juízo da execução
decidiu pela conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade.
A decisão judicial: (FCC - DPE- PR - Defensor Público).

45.1. Merece reforma porque há compatibilidade de cumprimento simultâneo


das penas restritiva de direitos e privativa de liberdade, sendo inválida a
conversão da pena alternativa.
45.2. NÃO ESTÁ correta, porque há COMPATIBILIDADE de cumprimento
simultâneo das penas restritiva de direitos e privativa de liberdade, NÃO
SENDO válida a conversão da pena alternativa.

Questão original: Está correta, porque há incompatibilidade de


cumprimento simultâneo das penas restritiva de direitos e privativa de
liberdade, sendo válida a conversão da pena alternativa.

45.3. NÃO ESTÁ correta porque a pena privativa de liberdade em regime inicial
fechado NÃO IMPEDE, QUANDO COMPATÍVEL, O CUMPRIMENTO
SIMULTÂNEO COM A pena restritiva de direitos.

Questão original: Está correta porque a pena privativa de liberdade em


regime inicial fechado deve prevalecer sobre a pena restritiva de
direitos.

45.4. NÃO ESTÁ correta porque NEM TODA condenação superveniente torna
obrigatória a conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade.
Questão original: Está correta porque qualquer condenação
superveniente torna obrigatória a conversão da pena restritiva de
direitos em privativa de liberdade.

46. A prestação pecuniária consiste em quantia fixada pelo juiz que é paga à
vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com
destinação social. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

Observação: Não se pode confundir a prestação pecuniária com a


pena de multa. Enquanto a multa (pena pecuniária) é encaminhada ao
fundo penitenciário nacional, a prestação pecuniária é destinada à
vítima, as seus dependentes ou a entidade pública ou privada com
destinação social.

47. A prestação pecuniária pode ser aplicada em substituição à pena privativa


de liberdade, MAS NÃO cumulativamente com ela. (FMP Concursos - DPE- PA
- Defensor Público).
Questão original: A prestação pecuniária pode ser aplicada em
substituição à pena privativa de liberdade ou cumulativamente com ela.

48. A prestação pecuniária somente se aplica em substituição à pena


privativa de liberdade. (FMP Concursos - DPE- PA - Defensor Público).

49. A quantia estipulada a título de prestação pecuniária deve variar entre um


e trezentos e sessenta salários mínimos. (FMP Concursos - DPE- PA -
Defensor Público).

50. A prestação pecuniária consiste no pagamento à vítima, a seus


dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de
importância não inferior a 1 (UM) nem superior a 360 (trezentos e sessenta)
SALÁRIOS MÍNIMOS. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: A prestação pecuniária consiste no pagamento à


vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com
destinação social, de importância não inferior a 10 (dez) nem superior a
360 (trezentos e sessenta) dias- Multa.

51. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à entidade


pública ou privada, com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não
inferior a 01 salário- Mínimo e nem superior a 360 salários- Mínimos, NÃO
VEDANDO- SE, contudo, o pagamento à vítima, QUE DEVERÁ SER
DEDUZIDO DO MONTANTE DE EVENTUAL CONDENAÇÃO EM AÇÃO DE
REPARAÇÃO CIVIL, SE COINCIDENTES OS BENEFICIÁRIOS. (VUNESP -
MPE- SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).
Questão original: A prestação pecuniária consiste no pagamento em
dinheiro à entidade pública ou privada, com destinação social, de
importância fixada pelo juiz, não inferior a 01 salário- Mínimo e nem
superior a 360 salários- Mínimos, vedando- Se, contudo, o pagamento
à vítima, que deverá buscar reparação civil pelos seus prejuízos
acaso suportados.
52. A pena restritiva de direitos de prestação pecuniária NÃO É indisponível e
por isso PODE consistir em prestação de outra natureza DESDE QUE HAJA
concordância da vítima. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: A pena restritiva de direitos de prestação pecuniária


é indisponível e por isso não pode consistir em prestação de outra
natureza mesmo com concordância da vítima.

53. A pena de prestação de serviços à comunidade SUBSTITUI a pena


privativa de liberdade. (FCC - DPE- PR - Defensor Público).

Questão original: A pena de prestação de serviços à comunidade não


substitui a pena privativa de liberdade.

54. A prestação de serviço à comunidade NÃO DAR- SE-Á exclusivamente em


entidades assistenciais estatais. (FAURGS - TJ- RS - Médico psiquiatra).
Questão original: A prestação de serviço à comunidade dar- Se-á
exclusivamente em entidades assistenciais estatais.

55. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na


atribuição, ao condenado, de tarefas que serão GRATUITAS. (FAURGS - TJ-
RS - Médico psiquiatra).

Questão original: A prestação de serviços à comunidade ou a


entidades públicas consiste na atribuição, ao condenado, de tarefas que
serão remuneradas.
56. A pena de prestação de serviços à comunidade deve ser cumprida à razão
de UMA HORA de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não
prejudicar a jornada de trabalho. (FCC - DPE- PR - Defensor Público).

Questão original: A pena de prestação de serviços à comunidade deve


ser cumprida à razão de duas horas de tarefa por dia de condenação,
fixadas de modo a não prejudicar a jornada de trabalho.
57. A conversão da pena corporal em prestação de serviços à comunidade
ou à entidades públicas somente poderá ocorrer nas condenações superiores
a seis meses de privação de liberdade. (VUNESP - MPE- SP - Analista de
Promotoria - Assistente Jurídico).

58. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é


aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
(FAURGS - TJ- RS - Médico psiquiatra).

59. A pena de prestação de serviços à comunidade aplica-seàs


condenações superiores a seis meses de privação de liberdade. (FCC - DPE-
PR - Defensor Público).

60. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável


às condenações: superiores a seis meses de privação da liberdade.
(Fundação La Salle - SUSEPE- RS - Agente Penitenciário - Superior).

61. A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) na modalidade prestação de


serviços, pode ser substitutiva de qualquer pena privativa de liberdade
SUPERIOR A 6 (SEIS) MESES DE CONDENAÇÃO. (VUNESP - TJ- RS - Juiz
de Direito).

Questão original: A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) na


modalidade prestação de serviços, pode ser substitutiva de qualquer
pena privativa de liberdade igual ou inferior a quatro anos.

62. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável


SOMENTE AS CONDENAÇÕES SUPERIORES A 06 (SEIS) MESES DE
privação de liberdade, facultado ao condenado cumprir a pena em menor
tempo, nunca inferior à metade da sanção corporal imposta. (VUNESP - TJ- SP
- Juiz de Direito).

Questão original: A prestação de serviços à comunidade ou a


entidades públicas é aplicável a qualquer condenação a privação de
liberdade, facultado ao condenado cumprir a pena em menor tempo,
nunca inferior à metade da sanção corporal imposta.
63. A pena de prestação de serviços à comunidade PODE ser cumprida em
menor tempo pelo condenado, se a condenação for superior a um ano. (FCC -
DPE- PR - Defensor Público).

Questão original: A pena de prestação de serviços à comunidade não


pode ser cumprida em menor tempo pelo condenado, se a condenação
for superior a um ano.

64. A pena restritiva de direitos de prestação de serviço à comunidade pode


ser cumprida em tempo menor do que a pena privativa de liberdade
substituída, se esta for superior a um ano. (FCC - DPE- AM - Defensor
Público).

65. A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) na modalidade perda de


bens e valores pertencentes ao condenado, dar- Se-á em favor da UNIÃO.
(VUNESP - TJ- RS - Juiz de Direito).
Questão original: A pena restritiva de direitos (CP, arts. 43 a 48) na
modalidade perda de bens e valores pertencentes ao condenado, dar-
Se-á em favor da vítima.

66. A proibição de exercício de cargo, função ou atividade pública pode ter


caráter temporário, com natureza de pena de interdição temporária de
direitos, mas pode também ter caráter permanente, se for efeito da
condenação. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
67. Constitui PENA DE INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS a
proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de
habilitação especial, licença ou autorização do poder público. (CESPE - DPE-
AL - Defensor Público).

Questão original: Constitui efeito extrapenal secundário específico


da condenação a proibição do exercício de profissão, atividade ou
ofício que dependam de habilitação especial, licença ou autorização do
poder público.

68. Constitui PENA DE INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS a


proibição de inscrever- Se em concurso, avaliação ou exame públicos. (CESPE
- DPE- AL - Defensor Público).

Questão original: Constitui efeito extrapenal secundário específico


da condenação a proibição de inscrever- Se em concurso, avaliação
ou exame públicos.

69. A interdição temporária de direitos, nos crimes ambientais, pode


consistir em proibição de participar de licitações, pelo prazo de 5 (cinco)
anos, no caso de crimes dolosos, e de 3 (três) anos, no de crimes culposos.
(VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

70. A limitação de final de semana é uma das penas restritivas de direitos e


consiste em permanecer em casa de albergado por cinco horas aos finais
de semana. (CESPE - TRE- BA - Analista Judiciário - Área Administrativa).

71. A pena restritiva de direitos de limitação de fim de semana NÃO É vedada


para crimes patrimoniais e contra a administração pública. (FCC - DPE- AM -
Defensor Público).

Questão original: A pena restritiva de direitos de limitação de fim de


semana é vedada para crimes patrimoniais e contra a administração
pública.
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1. Os requisitos para a substituição da pena privativa de liberdade por penas


restritivas de direitos são: o crime doloso não pode ter sido praticado com violência
ou grave ameaça à pessoa; a pena aplicada deve ser até 4 anos (em crime doloso);
não ser o agente reincidente em crime doloso (reincidente específico); a
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado,
bem como os motivos e as circunstâncias indicarem a suficiência desta substituição.

2. Nos casos de crimes culposos, é cabível a substituição ainda que o crime tenha
sido cometido com violência contra a pessoa, não importando a quantidade de
pena aplicada (ainda que superior a 4 anos), ou mesmo quando o réu seja
reincidente em crime culposo.
3. A substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos nos
crimes hediondos e equiparados é perfeitamente possível, desde que obedecidos os
requisitos legais previstos no art. 44 do CP.

4. Em regra, o réu reincidente (em crime doloso) não tem direito a substituição da
pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos. Contudo, o CP admite a
substituição para o reincidente em uma única hipótese (exceção): quando a medida
seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude
da prática do mesmo crime (não pode ser reincidente específico).

5. As penas restritivas de direitos serão obrigatoriamente reconvertidas em pena


privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição
imposta. No entanto, a reconversão será facultativa quando sobrevier condenação a
pena privativa de liberdade por outro crime.

6. Se a pena aplicada for até um ano, a substituição da pena pode ser feita por uma
pena restritiva de direitos ou multa. Todavia, se a pena aplicada for superior a um
ano, a substituição pode ser feita por duas penas restritivas de direitos ou uma pena
restritiva de direitos e multa.

7. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus


dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social (não inferior a 1
salário mínimo nem superior a 360 salários mínimos). O valor pago será deduzido do
montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os
beneficiários. Se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode
consistir em prestação de outra natureza.

8. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às


condenações superiores a seis meses de privação da liberdade, consistindo na
atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. As tarefas serão atribuídas conforme
as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa
por dia de condenação. Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao
condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo, nunca inferior à metade da
pena privativa de liberdade fixada.

3.5. PENA E MULTA


Multa

Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da


quantia fixada na sentença e calculada em dias- Multa. Será, no mínimo, de
10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias- Multa.

§1º - O valor do dia- Multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem
superior a 5 (cinco) vezes esse salário.

§2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de


correção monetária.

Pagamento da multa

Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada
em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as
circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas
mensais.

§1º - A cobrança da multa pode efetuar- Se mediante desconto no vencimento


ou salário do condenado quando:

a) aplicada isoladamente;

b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;

c) concedida a suspensão condicional da pena.

§2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao


sustento do condenado e de sua família.

Conversão da Multa e revogação

Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será


executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de
valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública,
inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da
prescrição. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote Anticrime).

Suspensão da execução da multa

Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao


condenado doença mental.

Pena de multa

Art. 58 - A multa, prevista em cada tipo legal de crime, tem os limites fixados
no art. 49 e seus parágrafos deste Código.

Parágrafo único - A multa prevista no parágrafo único do art. 44 e no § 2º do


art. 60 deste Código aplica-seindependentemente de cominação na parte
especial.

Critérios especiais da pena de multa

Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à


situação econômica do réu.

§1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em
virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.

Multa substitutiva

§2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses,


pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III
do art. 44 deste Código.

01. Sobre a pena de multa é correto afirmar: POSSUI caráter estigmatizante,


que NÃO É próprio APENAS da pena privativa de liberdade. (FCC - DPE- SP -
Defensor Público).

Questão original: Sobre a pena de multa é correto afirmar: Não possui


caráter estigmatizante, que é próprio da pena privativa de liberdade.

02. Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à


SITUAÇÃO ECONÔMICA do réu. (IESES - TJ- CE - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

Questão original: Na fixação da pena de multa o juiz deve atender,


principalmente, à situação social do réu.

03. O CP autoriza o juiz a aumentar a pena de multa prevista para o


cometimento de delito em até TRÊS VEZES se concluir que, diante da situação
econômica do réu, mesmo o máximo da multa original será ineficaz. (CESPE -
TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: O CP autoriza o juiz a aumentar a pena de multa
prevista para o cometimento de delito em até dez vezes se concluir
que, diante da situação econômica do réu, mesmo o máximo da multa
original será ineficaz.

Observação: Se o juiz considerar que, em virtude da situação


econômica do réu, a pena de multa, embora aplicada no máximo, é
ineficaz, poderá aumentá- La até o triplo.

04. A pena de multa aplicada de forma isolada, injustificadamente inadimplida


pelo condenado, NÃO PODERÁ ser convertida em pena privativa de liberdade.
(CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: A pena de multa aplicada de forma isolada,


injustificadamente inadimplida pelo condenado, poderá ser convertida
em pena privativa de liberdade.

Observação: Se o condenado não pagar a pena de multa no prazo


legal (em até 10 dias depois do trânsito em julgado da sentença penal
condenatória), a pena pecuniária jamais poderá ser convertida em pena
privativa de liberdade, visto que a multa será considerada como dívida
de valor, aplicando- Lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa
da Fazenda Pública.

SÚMULA 693, STF – “Não cabe habeas corpus contra decisão


condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por
infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada”
(justamente por ser inadmissível a conversão da multa em pena
privativa de liberdade).

05. De acordo com o entendimento do STF a respeito de assuntos afetos ao


direito penal, assinale a opção correta: O inadimplemento da pena de multa
imposta ao sentenciado impede a sua progressão de regime, salvo se ele
comprovar absoluta impossibilidade econômica. (CESPE - MPE- RR -
Promotor de Justiça).
JURISPRUDÊNCIA, STF – Segundo o STF, o inadimplemento da
pena de multa cumulativamente imposta ao sentenciado impede a
progressão de regime prisional. Contudo, se ficar comprovado a
absoluta impossibilidade econômica do apenado em relação ao
respectivo pagamento (ainda que parcelamente), será permitido a
progressão de regime.

06. Quanto à aplicação da pena em condenação por crime cometido com


violência doméstica, NÃO É cabível aplicar a multa isolada. (FCC - DPE- RS -
Analista - Processual).

Questão original: Quanto à aplicação da pena em condenação por


crime cometido com violência doméstica, em princípio é cabível aplicar
a multa isolada quando a pena final for de até seis meses de
detenção e desde que satisfeitos os demais pressupostos e
requisitos legais para a substituição.

Observação: De acordo com o art. 17 da Lei Maria da Penha


(11.340/2006), é vedada a aplicação, aos casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou
outras de prestação pecuniária, bem como a substituição da pena que
implique o pagamento isolado de multa.

07. A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento


imposta em sentença condenatória é exclusiva do Ministério Público. (FCC -
TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

PACOTE ANTICRIME – Com o advento da Lei 13.964/19 (pacote


anticrime), após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória,
a pena de multa será executada (pelo MP) perante o juiz da execução
penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas
à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas
interruptivas e suspensivas da prescrição.
ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A pena de multa deve ser paga no prazo de 10 (dez) dias depois do trânsito em
julgado da sentença penal condenatória. Sua inadimplência jamais poderá ser
revertida em pena privativa de liberdade, visto que a multa será considerada como
dívida de valor, aplicando- Lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública.

2. PACOTE ANTICRIME – Com o trânsito em julgado da sentença condenatória, a


pena de multa será executada (pelo MP) perante o juiz da execução penal e será
considerada dívida de valor.

3.6. CONCURSO DE CRIMES

Concurso material

Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica


dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam- Se cumulativamente as penas
privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa- Se primeiro aquela.

§1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena
privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será
incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.

§2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado


cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e
sucessivamente as demais.

Concurso formal

Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou


mais crimes, idênticos ou não, aplica- Se- Lhe a mais grave das penas
cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer
caso, de um sexto até metade. As penas aplicam- Se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes
resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.

Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra
do art. 69 deste Código.

Crime continuado

Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica


dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar,
maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser
havidos como continuação do primeiro, aplica- Se- Lhe a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer
caso, de um sexto a dois terços.

Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos


com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as
regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.

Multas no concurso de crimes

Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e


integralmente.

01. Trata- Se de CONCURSO MATERIAL quando o agente, mediante mais de


uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-
Se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No
caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa- Se
primeiro aquela. (IESES - TJ- CE - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

Questão original: O concurso de crimes é dividido em três espécies:

- Concurso material (real): duas ou mais condutas + dois ou mais


crimes (sistema do cúmulo material – soma das penas). No caso de
aplicação cumulativa de penas de reclusão ou de detenção, executa-
Se primeiro aquela (de reclusão).

- Concurso formal (ideal): uma conduta + dois ou mais crimes


(sistema da exasperação da pena – pena do crime mais grave
aumentada de determinado percentual).

- Crime continuado: duas ou mais condutas + dois ou mais crimes da


mesma espécie e demais requisitos do art. 71 (sistema da
exasperação da pena – pena do crime mais grave aumentada de
determinado percentual).
02. Ocorre o concurso material, quando o agente, mediante MAIS DE UMA
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam- Se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Ocorre o concurso material, quando o agente,


mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplicam- Se cumulativamente as penas privativas de
liberdade em que haja incorrido.

03. Ocorre o concurso material homogêneo quando os crimes praticados em


concurso são da mesma espécie. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

04. No caso de concurso material de delitos, quando os crimes forem


praticados, mediante mais de uma ação ou omissão, e resultarem na aplicação
cumulativa de penas de reclusão e detenção, o agente deverá cumprir,
primeiramente, a pena de RECLUSÃO. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: No caso de concurso material de delitos, quando os


crimes forem praticados, mediante mais de uma ação ou omissão, e
resultarem na aplicação cumulativa de penas de reclusão e detenção, o
agente deverá cumprir, primeiramente, a pena de detenção.

05. No caso de concurso material, sendo o agente condenado cumulativamente


a pena de reclusão e detenção, executa- Se primeiro a de RECLUSÃO.
(VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: No caso de concurso material, sendo o agente


condenado cumulativamente a pena de reclusão e detenção, executa-
Se primeiro a de detenção.

06. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplicam- Se cumulativamente as penas
privativas de liberdade em que haja incorrido. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de
Polícia Civil).
07. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, APLICAM- SE CUMULATIVAMENTE AS
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE EM QUE HAJA INCORRIDO.
(VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou


omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se
amais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas,
mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade.

08. Na hipótese de concurso material, quando ao agente tiver sido aplicada


pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais
crimes será INCABÍVEL a substituição de pena privativa de liberdade por pena
restritiva de direitos. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Na hipótese de concurso material, quando ao agente


tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um
dos crimes, para os demais crimes será cabível a substituição de pena
privativa de liberdade por pena restritiva de direitos.

09. Antônio, junto com comparsa, abordou dois rapazes que caminhavam na
rua e os ameaçou com um revólver de brinquedo, subtraindo do primeiro R$ 20
e do segundo um isqueiro no valor de R$ 8. Notificados da ocorrência, os
componentes de uma guarnição da Polícia Militar de Pernambuco, ao final de
rápida diligência, os localizaram e prenderam em situação de flagrância, já que
estavam na posse da res furtiva. Durante a lavratura do flagrante, Antônio
identificou- Se com nome fictício, para esconder seus antecedentes criminais,
não tendo exibido documento de identidade. Nessa situação hipotética, Antônio
responderá pela prática de: roubos em concurso formal mais falsa
identidade em concurso material. (CESPE - SERES- PE - Agente
Penitenciário - Superior).
10. “Na Praça da Matriz, por volta das 15h, Tício, apontando um revólver,
subtraiu, para si, o relógio de ouro de Pérsio, o que foi testemunhado pelo
pedestre Caio. No dia seguinte, no mesmo horário e na mesma praça, Tício,
utilizando o mesmo revólver, agrediu Pérsio, mediante coronhadas, causando-
Lhe perda da visão do olho esquerdo.” Tício responderá pelos crimes: em
concurso material. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e
de Registros).

11. Assinale a opção que apresenta assertiva correta de acordo com a


legislação penal e a jurisprudência do STJ: Múcio, mediante grave ameaça
exercida com o emprego de arma de fogo, subtraiu bens pertencentes a Bruna
e, ainda, exigiu dela a entrega de cartão bancário e senha para a realização de
saques. Nessa situação, Múcio praticou, em CONCURSO MATERIAL, os
crimes de roubo circunstanciado e extorsão majorada. (CESPE - DPE- RN -
Defensor Público).

Questão original: Assinale a opção que apresenta assertiva correta de


acordo com a legislação penal e a jurisprudência do STJ: Múcio,
mediante grave ameaça exercida com o emprego de arma de fogo,
subtraiu bens pertencentes a Bruna e, ainda, exigiu dela a entrega de
cartão bancário e senha para a realização de saques. Nessa situação,
Múcio praticou, em concurso formal, os crimes de roubo
circunstanciado e extorsão majorada.

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Para o STJ, na situação em que o agente,


após subtrair os bens da vítima (mediante emprego de violência ou
grave ameaça), a constrange para entregar o cartão bancário e a senha
para a realização de saques, pratica os crimes de roubo e extorsão em
concurso material.

12. Júlio foi denunciado em razão de haver disparado tiros de revólver, dentro
da própria casa, contra Laura, sua companheira, porque ela escondera a arma,
adquirida dois meses atrás. Ele não tinha licença expedida por autoridade
competente para possuir tal arma, e a mulher tratou de escondê- La porque viu
Júlio discutindo asperamente com um vizinho e temia que ele pudesse usá- La
contra esse desafeto. Raivoso, Júlio adentrou a casa, procurou em vão o
revólver e, não o achando, ameaçou Laura, constrangendo- A a devolver- Lhe
a arma. Uma vez na sua posse, ele disparou vários tiros contra Laura, ferindo-
A gravemente e também atingindo o filho comum, com nove anos de idade, por
erro de pontaria, matando- O instantaneamente. Laura só sobreviveu em razão
de pronto e eficaz atendimento médico de urgência. Ainda com referência à
situação hipotética descrita no texto anterior e a aspectos legais a ela
pertinentes, assinale a opção correta com respaldo na jurisprudência do STJ.
(CESPE - TJ- AM - Juiz de Direito).

12.1. Além dos crimes de homicídio, Júlio responderá em concurso material


pelo crime de posse irregular de arma de fogo, uma vez que, ao mantê- La
guardada em sua residência durante mais de dois meses, já havia consumado
esse crime.

12.2. O fato de possuir um revólver guardado em casa e posteriormente utilizá-


Lo para praticar homicídio NÃO PODE caracterizar continuidade delitiva.

Questão original: O fato de possuir um revólver guardado em casa e


posteriormente utilizá- Lo para praticar homicídio pode caracterizar
continuidade delitiva.

13. Determinado sujeito, maior e imputável, adquiriu em sítio da Internet vídeos


com cenas de pornografia que envolviam adolescentes e os armazenou em
seu computador. Posteriormente, transmitiu esses vídeos, por meio de
aplicativo de mensagem instantânea, a dois amigos adolescentes.
Considerando essa situação hipotética, é correto afirmar, de acordo com as
disposições do ECA e com o entendimento do STJ, que o sujeito praticou:
condutas que caracterizam dois crimes em concurso material. (CESPE -
TJ- SC - Juiz de Direito).

14. Um estrangeiro foi preso sob a acusação de compartilhar arquivos


contendo pornografia infantil na chamada deep Web (Internet Profunda), cujo
conteúdo não é de fácil acesso para a maioria dos internautas. Segundo a
polícia, o estrangeiro é acusado da prática reiterada do crime de pedofilia e
estupro de vulnerável. As investigações concluíram que o material pornográfico
foi produzido pelo agente no exterior e divulgado — inicialmente, já que,
posteriormente houve repasse do material por terceiros — somente por uma
troca de email entre o acusado, que residia no Brasil, e um brasileiro também
residente no país. Constatou- Se, ainda, que ele próprio praticava as cenas de
sexo explícito com as vítimas. A respeito dessa situação hipotética, assinale a
opção correta: Verificada a conexão entre o estupro de vulnerável e a
produção e a divulgação do material pornográfico, as penas deverão ser
aplicadas considerando- Se as regras do concurso material de crimes.
(CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal).

15. Assinale a opção que apresenta assertiva correta de acordo com a


legislação penal e a jurisprudência do STJ: Túlio, em um mesmo contexto
fático, praticou, com uma menor impúbere de treze anos de idade, sexo oral
(felação), além de cópula anal e conjunção carnal. Nessa situação, Túlio
perpetrou APENAS o crime de estupro de vulnerável (CRIME ÚNICO).
(CESPE - DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: Assinale a opção que apresenta assertiva correta de


acordo com a legislação penal e a jurisprudência do STJ: Túlio, em um
mesmo contexto fático, praticou, com uma menor impúbere de treze
anos de idade, sexo oral (felação), além de cópula anal e conjunção
carnal. Nessa situação, Túlio perpetrou o crime de estupro de
vulnerável em concurso material.

16. O agente que efetua diversos disparos contra a vítima sinaliza com sua
conduta VÁRIOS ATOS QUE SE RESUMEM EM UMA SÓ AÇÃO,
APLICANDO- SE UMA ÚNICA PENA (CRIME ÚNICO). (MPE- BA - MPE- BA -
Promotor de Justiça).

Questão original: O agente que efetua diversos disparos contra a


vítima sinaliza com sua conduta várias ações identificadoras do
concurso material homogêneo, aplicando- Se cumulativamente as
penas.

Questão original: A unidade de conduta não significa,


obrigatoriamente, em ato único, visto que uma conduta pode ser
fracionada em vários atos (exemplo: diversos disparos contra a vítima).
17. No concurso formal, o agente, mediante uma só ação ou omissão,
DOLOSA OU CULPOSA, pratica dois ou mais crimes. (FCC - TJ- RR - Juiz de
Direito).

Questão original: No concurso formal, o agente, mediante uma só


ação ou omissão, desde que necessariamente dolosa, pratica dois ou
mais crimes.

Questão original: O concurso formal é dividido em duas espécies:

- Concurso formal perfeito (próprio): uma conduta + dois ou mais


crimes, sem agir com designío autônomo (crimes culposos ou crime
doloso + culposo) – sistema da exasperação da pena: pena do crime
mais grave aumentada de 1/6 até 1/2.

- Concurso formal imperfeito (impróprio): uma conduta + dois ou


mais crimes, todos os crimes resultam de designíos autônomos (todos
os crimes são dolosos) – sistema do cúmulo material: soma das
penas.

ATENÇÃO: No caso em concreto, se o sistema da exasperação da


pena (que na maioria dos casos é mais benéfico ao réu) se manifestar
mais prejudicial do que o sistema do cúmulo material, deverá ser
aplicado o cúmulo material (soma das penas). É o chamado concurso
material benéfico.

18. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica- Se- Lhe a mais grave das penas cabíveis ou,
se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade. Trata- Se da definição legal do: concurso formal. (VUNESP
- PC- CE - Delegado de Polícia).
19. No concurso formal, que se caracteriza quando o agente, mediante UMA
SÓ AÇÃO, pratica 2 (dois) ou mais crimes, aplicar- Se-á a mais grave das
penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em
qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até a metade. (VUNESP - PC- SP - Escrivão
de Polícia Civil).

Questão original: No concurso formal, que se caracteriza quando o


agente, mediante duas ou mais ações, pratica 2 (dois) ou mais crimes,
aplicar- Se-á a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até a
metade.

20. No CONCURSO FORMAL, que se caracteriza quando o agente, mediante


uma só ação ou omissão, pratica 2 (dois) ou mais crimes, aplicar- Se-á a mais
grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada,
em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até a metade. (VUNESP - PC- SP -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: No concurso material, que se caracteriza quando o


agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica 2 (dois) ou mais
crimes, aplicar- Se-á a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais,
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um
sexto) até a metade.

21. Há concurso formal, quando o agente, mediante UMA SÓ ação, pratica


dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica- Se- Lhe a mais grave das penas
cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso,
de 1/6 (um sexto) até 1/2 (metade). (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente
Penitenciário - Superior).

Questão original: Há concurso formal, quando o agente, mediante


duas ou mais ações, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplica- Se- Lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até
1/2 (metade).

22. Há concurso formal próprio quando o agente, mediante uma só ação ou


omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicando- Se a mais
grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada,
em qualquer caso, de um sexto a METADE, considerado o número de
infrações cometidas. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Há concurso formal próprio quando o agente,


mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplicando- Se a mais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto a dois terços, considerado o número de infrações cometidas.

23. ► No concurso formal, aplica-se amais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto
até a metade, DESDE QUE os crimes concorrentes NÃO RESULTEM de
desígnios autônomos. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: No concurso formal, aplica-se amais grave das


penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em
qualquer caso, de um sexto até a metade, ainda que os crimes
concorrentes resultem de desígnios autônomos.

24. No caso de pluralidade delitiva, deve- Se adotar, na determinação da pena,


o sistema da exasperação, quando se tratar de casos de concurso formal
PERFEITO. (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: No caso de pluralidade delitiva, deve- Se adotar, na


determinação da pena, o sistema da exasperação, quando se tratar de
casos de concurso formal imperfeito.

25. No concurso formal PRÓPRIO de crimes, o juiz aplica uma só pena, se


idênticas as penas previstas para os crimes, ou a maior pena, quando não
idênticas, aumentadas de um sexto até a metade. (MPDFT - MPDFT -
Promotor de Justiça).

Questão original: No concurso formal impróprio de crimes, o juiz


aplica uma só pena, se idênticas as penas previstas para os crimes, ou
a maior pena, quando não idênticas, aumentadas de um sexto até a
metade.

26. Quando o agente, mediante uma só omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, APLICA- SE- LHE A MAIS GRAVE DAS PENAS CABÍVEIS
OU, SE IGUAIS, SOMENTE UMA DELAS, MAS AUMENTADA, EM
QUALQUER CASO, DE UM SEXTO ATÉ METADE. (VUNESP - PC- CE -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Quando o agente, mediante uma só omissão, pratica


dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam- Se cumulativamente
as penas privativas de liberdade em que haja incorrido.

27. O aumento da pena PRIVATIVA DE LIBERDADE no concurso formal de


crimes, dentro do intervalo de um sexto a um meio previsto no art. 70 do CP,
deve adotar o critério da quantidade de infrações praticadas. Assim, aplica-seo
aumento de um sexto pela prática de duas infrações; um quinto, para três
infrações; um quarto, para quatro infrações; um terço, para cinco infrações; um
meio, para seis infrações ou mais infrações. (CESPE - DPE- RN - Defensor
Público).

Questão original: O aumento da pena de multa no concurso formal de


crimes, dentro do intervalo de um sexto a um meio previsto no art. 70 do
CP, deve adotar o critério da quantidade de infrações praticadas. Assim,
aplica-seo aumento de um sexto pela prática de duas infrações; um
quinto, para três infrações; um quarto, para quatro infrações; um terço,
para cinco infrações; um meio, para seis infrações ou mais infrações.

Questão original: No concurso formal próprio aplica-seo sistema da


exasperação da pena (pena do crime mais grave aumentada de 1/6
até 1/2). O aumento de pena deve ser aplicado de acordo com o
número de crimes praticados: aumento de 1/6: dois crimes; aumento de
1/5: três crimes; aumento de 1/4: quatro crimes; aumento de 1/3: cinco
crimes; aumento de 1/2: seis ou mais crimes.

28. Para a configuração do concurso formal de delitos (art. 70 do CP), e a


aplicação da pena com a causa de aumento correspondente, a conduta
realizada PODE ser praticada na forma de “dolo específico”, sendo portanto
admissível NÃO SOMENTE o “dolo genérico”. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor
de Justiça).

Questão original: Para a configuração do concurso formal de delitos


(art. 70 do CP), e a aplicação da pena com a causa de aumento
correspondente, a conduta realizada não pode ser praticada na forma
de “dolo específico”, sendo portanto admissível somente o “dolo
genérico”.

29. O concurso formal próprio distingue- Se do concurso formal impróprio


pelo elemento subjetivo do agente, ou seja, pela existência ou não de
desígnios autônomos. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

30. Havendo concurso formal de delitos, em que o agente, mediante uma só


ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicar- Se-á a
pena privativa de liberdade mais grave, ou, se as penas forem iguais, aplicar-
Se-á apenas uma delas, majorada, em qualquer caso, de um sexto até
metade, sem prejuízo de eventual cumulação de penas, nas situações em
que a ação ou a omissão for dolosa, e os crimes resultarem de desígnios
autônomos. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

31. A previsão legal do Código Penal acerca do concurso formal de crimes


dispõe que: “Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão pratica dois
ou mais crimes, idênticos ou não, aplica- Se- Lhe a mais grave das penas
cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso,
de um sexto até metade. As penas aplicam- Se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes
resultam de desígnios autônomos”. (VUNESP - PC- CE - Inspetor de Polícia).
32. Se entende por concurso formal IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO aquele em
que o agente pratica mais de uma conduta, mas na presença de desígnios
autônomos, ou seja, a vontade de atingir mais de um resultado. (VUNESP -
PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Se entende por concurso formal próprio ou perfeito


aquele em que o agente pratica mais de uma conduta, mas na
presença de desígnios autônomos, ou seja, a vontade de atingir mais
de um resultado.

33. Há concurso formal impróprio ou imperfeito quando a ação ou omissão,


DOLOSA, resultar de desígnios autônomos, hipótese em que a pena será
aplicada pela regra do concurso material. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Há concurso formal impróprio ou imperfeito quando a


ação ou omissão, dolosa ou culposa, resultar de desígnios autônomos,
hipótese em que a pena será aplicada pela regra do concurso material.

34. No concurso formal, que se caracteriza quando o agente, mediante uma


só ação ou omissão, pratica 2 (dois) ou mais crimes, aplicar- Se-á a pena dos
crimes, cumulativamente, se se tratar de ação ou omissão dolosa e os crimes
concorrentes resultem de desígnios autônomos. (VUNESP - PC- SP -
Escrivão de Polícia Civil).

35. Na hipótese de concurso formal imperfeito ou impróprio, aplica-seo sistema


de CÚMULO MATERIAL da pena, independentemente da quantidade de
condenação. (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia Civil).

Questão original: Na hipótese de concurso formal imperfeito ou


impróprio, aplica-seo sistema de exasperação da pena,
independentemente da quantidade de condenação.
36. No CONCURSO MATERIAL DE CRIMES E NO CONCURSO FORMAL
IMPERFEITO, a dogmática jurídico- Penal adotou, indistintamente, a regra do
cúmulo de penas. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: No concurso material de crimes; no concurso ideal
próprio; no concurso formal imperfeito; e no crime continuado, a
dogmática jurídico- Penal adotou, indistintamente, a regra do cúmulo de
penas, haja vista que, em todos eles, prevalece o entendimento de
que constituem delitos por acumulação.

37. No concurso formal, a pena NÃO PODERÁ exceder a que seria cabível
pela regra do concurso material. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: No concurso formal, a pena poderá exceder a que


seria cabível pela regra do concurso material.

38. Entende-se por concurso material benéfico o cometimento de dois


crimes com uma única ação, cujas penas são somadas em favor do réu.
(MPE- SP - MPE- SP - Promotor de Justiça).

39. Assinale a opção que apresenta assertiva correta de acordo com a


legislação penal e a jurisprudência do STJ: No interior de um ônibus coletivo,
Sérgio subtraiu, com o emprego de grave ameaça, os aparelhos celulares de
cinco passageiros, além do dinheiro que o cobrador portava. Nessa situação,
como houve a violação de patrimônios distintos, Sérgio praticou o crime de
roubo simples em CONCURSO FORMAL. (CESPE - DPE- RN - Defensor
Público).

Questão original: Assinale a opção que apresenta assertiva correta de


acordo com a legislação penal e a jurisprudência do STJ: No interior de
um ônibus coletivo, Sérgio subtraiu, com o emprego de grave ameaça,
os aparelhos celulares de cinco passageiros, além do dinheiro que o
cobrador portava. Nessa situação, como houve a violação de
patrimônios distintos, Sérgio praticou o crime de roubo simples em
concurso material.

40. Considerada a hipótese de reconhecimento probatório de um agente ter


praticado um roubo com emprego de arma de fogo contra duas vítimas que
caminhavam na rua e, posteriormente, passados três meses do crime
anteriormente noticiado, em cidade diversa daquela onde ocorrera o crime
anterior, veio a praticar roubo simples contra vítima diversa da anterior, a
fixação da pena deverá observar o concurso: formal pela primeira conduta e
concurso material entre esta e a segunda. (VUNESP - TJ- AC - Juiz de
Direito).

41. No caso hipotético em que Gioconda, ao dirigir seu automóvel de maneira


imprudente, perde o controle do carro, matando três pessoas e lesionando
gravemente outras cinco, deve ser reconhecido o concurso formal próprio de
crimes pelo qual lhe será aplicada somente uma pena, a mais grave,
aumentada de um sexto até a metade. (FUMARC - PC- MG - Delegado de
Polícia).

42. Inconformado com o fim do casamento que mantinha com Marisa, João
passa a persegui- La todos os dias. Certo dia, sabendo que a ex- Mulher iria a
uma festa na casa de amigos, João invade o local e, ao avistar Marisa, nos
fundos da casa, atira com seu revólver calibre 38. O disparo fere Marisa no
braço esquerdo, de raspão, mas atinge letalmente Leonardo, que estava logo
atrás da mulher no momento do disparo e não havia sido visto pelo atirador.
Nesse caso, é correto afirmar: A ação se amolda ao que a lei prevê como
concurso formal (art. 70 do CP) e João estará sujeito às penas previstas
para o homicídio qualificado como se praticado contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino (art. 121, § 2° , VI, c/c art. 121, § 2° -
A, I, do CP), aumentada de um sexto até metade, nos termos do art. 70 c/c
art. 73 do CP. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).

43. Amâncio planejava matar a companheira Inocência, porque não aceitava a


separação do casal proposta por ela, e acreditava estar sendo traído. No dia do
crime, esperou Inocência na saída do trabalho e, quando essa apareceu na via
pública, fazendo- Se acompanhar por Bravus, seu colega, efetuou um disparo
de arma de fogo contra ela, com intenção de matá- La, atingindo- A fatalmente.
Bravus também acabou sendo atingido, de raspão, pelo disparo, e restou
lesionado levemente, em um dos braços. Nessa situação hipotética, analise as
seguintes assertivas: (FUNDATEC - PC- RS - Delegado de Polícia).
43.1. Em relação à pluralidade de crimes, será reconhecido um concurso
formal próprio heterogêneo.

43.2. Supondo que Amâncio seja condenado por homicídio qualificado e


lesão corporal leve, à pena de 12 anos de reclusão para o homicídio e 3
meses de detenção para a lesão corporal, o juiz somará as penas, aplicando a
regra do cúmulo material benéfico.

44. A prática de furto por adulto com a participação de dois adolescentes


enseja a condenação por dois crimes de corrupção de menores, em concurso
formal com o crime contra o patrimônio. (CESPE - PGE- PE - Procurador do
Estado).

45. Na hipótese de concurso de pessoas instantâneo, entre um adulto e um


adolescente, para a prática de roubo, sem que o adulto esteja animado por
desígnio autônomo para corromper especificamente o adolescente para a
prática do roubo, estabelece- Se entre os delitos de roubo e corrupção de
menores a seguinte modalidade de concurso de crimes: Concurso formal
(FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).

46. Januário, maior e capaz, burlou, juntamente com José e Ricardo, ambos
menores de dezoito anos, todos com unidade de desígnios, a vigilância de uma
loja de departamentos e dela subtraíram, em horário comercial, três aparelhos
de DVD novos. Os três foram presos em flagrante, na residência de José, duas
horas depois de terem cometido o delito. Nessa situação, se ausentes
quaisquer excludentes e comprovados os fatos, Januário deverá ser
condenado por crime de: furto qualificado e dois delitos de corrupção de
menores, todos em concurso formal. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).
47. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, praticando um roubo com
adolescente inimputável desde antes já moralmente corrompido, o agente
poderá ser condenado em concurso de crimes. (FCC - DPE- RS - Analista -
Processual).

48. Valter, 30 anos, foi denunciado pela prática de crime de estupro de


vulnerável (Art. 217- A, §1º do CP – pena: 8 a 15 anos de reclusão) e
corrupção de menores (Art. 244- B, Lei nº 8.069/90 – pena: 1 a 4 anos de
reclusão) em concurso formal de delitos, pois, segundo consta da denúncia, na
companhia de seu sobrinho de 16 anos, teria praticado conjunção carnal com
vítima de 22 anos que possuía deficiência mental e não podia oferecer
resistência. Consta do procedimento a informação de que o adolescente
responderia a outra ação socioeducativa pela suposta prática de ato infracional.
Os fatos são integralmente confirmados durante a instrução, de modo que o
Ministério Público requer a condenação nos termos da denúncia. A defesa,
porém, requer a absolvição do crime de corrupção de menores e aplicação da
pena mínima do estupro. Considerando as informações narradas e que não há
circunstância a justificar a aplicação da pena de qualquer dos crimes, em caso
de condenação, acima do mínimo legal, no momento da sentença: Deverá ser
reconhecida a corrupção de menores e, aplicando- Se a pena mínima do
crime de estupro de vulnerável, diante do concurso formal, deverá, no
caso, ser aplicada a regra da cumulação de penas. (FGV - TJ- AL - Analista
Judiciário - Área Judiciária).

49. “A e B, imputáveis, resolvem cometer um roubo em um estabelecimento


comercial na companhia do menor M, mediante emprego de um revólver eficaz
e completamente municiado. Na ocasião programada, A conduz os demais
comparsas e estaciona em local estratégico próximo ao estabelecimento
comercial para facilitar a fuga e dificultar que testemunhas anotem a placa do
veículo. B e M descem do veículo, entram no estabelecimento comercial perto
do horário do encerramento e anunciam o assalto. A vítima V reage e entra em
luta corporal com os agentes. Para pôr fim à briga, M efetua três disparos de
arma de fogo e foge, em seguida, na companhia de B sem nada subtrair do
estabelecimento comercial. V morre em função dos disparos de arma de fogo
que lhe atingiram. B e M entram rapidamente no veículo conduzido por A, que
empreende rápida fuga do local.” Sobre a punibilidade de A, assinale a
alternativa correta: A responde por latrocínio consumado em concurso
formal com corrupção de menor, sem incidência da causa de diminuição
de pena da participação de menor importância. (CONSUPLAN - TJ- MG -
Juiz de Direito).
50. Caracteriza hipótese de concurso formal, APLICANDO- SE A SOMA DAS
PENAS, quando “A”, com uma única conduta, desdobrada em atos de efetuar
disparos de arma de fogo, em face de desígnios autônomos, mata o vigilante
“B” e a atendente “C” do estabelecimento comercial em que pretende cometer
subtração de bens. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

Questão original: Caracteriza hipótese de concurso formal, com


aplicação da mais grave das penas, quando “A”, com uma única
conduta, desdobrada em atos de efetuar disparos de arma de fogo, em
face de desígnios autônomos, mata o vigilante “B” e a atendente “C” do
estabelecimento comercial em que pretende cometer subtração de
bens.

Questão original: O fato de haver vários disparos não exclui o


concurso formal, já que uma conduta pode ser fracionada em vários
atos.

51. Elton, pretendendo matar dois colegas de trabalho que exerciam suas
atividades em duas salas distintas da dele, inseriu substância tóxica no sistema
de ventilação dessas salas, o que causou o óbito de ambos em poucos
minutos. Nessa situação, Elton responderá por homicídio doloso em: concurso
formal imperfeito. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia).

52. Mara, pretendendo tirar a vida de Ana, ao avistá- La na companhia da irmã,


Sandra, em um restaurante, ainda que consciente da possibilidade de alvejar
Sandra, efetuou um disparo, que alvejou letalmente Ana e feriu gravemente
Sandra. Nessa situação hipotética, assinale a opção correta relativa ao instituto
do erro: Em concurso formal imperfeito, Mara responderá pelo homicídio
de Ana e pela lesão corporal de Sandra. (CESPE - TJ- SC - Juiz de Direito).

53. Plínio praticou um crime de latrocínio (previsto no art. 157, § 3.º, parte final,
do CP) no qual houve uma única subtração patrimonial, com desígnios
autônomos e com dois resultados mortes (vítimas). Nessa situação, Plínio
praticou o crime de latrocínio em concurso formal impróprio, disposto no art.
70, caput, parte final, do CP, no qual se aplica a regra do concurso material, de
forma que as penas devem ser aplicadas cumulativamente. (CESPE - DPE-
RN - Defensor Público).

54. A, em ação única, realiza sabotagem no elevador utilizado por B e C, com


a finalidade de matar ambos, o que efetivamente ocorre em razão de queda
abrupta de grande altura: pela regra prevista no art. 70, caput, última parte, do
Código Penal, a pena a ser aplicada deve seguir o princípio da cumulação
entre os homicídios. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

55. Determinado indivíduo, sabendo que Dorotéia estava grávida, e assumindo


conscientemente qualquer consequência que disso pudesse advir, desferiu
nela golpes de faca na nuca, matando- A, e provocando também a morte do
feto em face do aborto. Nesse caso, conforme jurisprudência consolidada no
STJ é correto afirmar que a hipótese é de: homicídio e aborto provocado por
terceiro, aplicando- Se a pena nos moldes preconizados para o concurso
formal imperfeito. (CONSUPNAL - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

56. A é condenado à pena de 8 (oito) anos de reclusão, por prática do crime de


extorsão mediante sequestro (CP, art. 159), e à pena de 1 (um) ano de
reclusão, por prática do crime de corrupção de menores (Lei nº 8.069/90, art.
244- B) realizados em concurso formal: pela regra prevista no art. 70,
parágrafo único, do Código Penal, deve ser aplicado o princípio da cumulação
entre os crimes, resultando na pena final de 9 (nove) anos de reclusão. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

57. Jorge recebeu mandado de citação em ação penal para cumprimento em


localidade violenta da cidade em que atuava. Temendo por sua integridade
física, compareceu ao local para cumprimento da diligência em seu próprio
carro, levando escondido no porta- Luvas duas armas de fogo diferentes de
uso permitido. Ocorre que Jorge foi abordado por policiais militares, sendo as
armas de fogo encontradas e apreendidas, além de ser verificado que ele não
possuía autorização para portar aquele material bélico. De acordo com a
jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de Jorge:
configura crime único de porte de arma de fogo de uso permitido. (FGV -
TJ- SC - Oficial de Justiça).

58. No caso de pluralidade delitiva, NO CONCURSO FORMAL PRÓPRIO E


CRIME CONTINUADO deve- Se adotar, na determinação da pena, o sistema
da exasperação, que considera o número de crimes (consumados E
TENTADOS) para definição da pena. (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: No caso de pluralidade delitiva, deve- Se adotar, na


determinação da pena, o sistema da exasperação, que considera tão
somente o número de crimes consumados para definição da pena.

59. No caso de pluralidade delitiva, deve- Se adotar, na determinação da pena,


o sistema da exasperação, quando se tratar de concurso FORMAL PRÓPRIO
OU CRIME CONTINUADO. (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: No caso de pluralidade delitiva, deve- Se adotar, na


determinação da pena, o sistema da exasperação, quando se tratar de
concurso material heterogêneo, para evitar que a pena ultrapasse o
limite legal de cumprimento.

60. O direito penal brasileiro encampou a teoria da ficção jurídica para


justificar a natureza do crime continuado (art. 71 do Código Penal). Por força
de uma ficção criada por lei, justificada em virtude de razões de política
criminal, a norma legal permite a atenuação da pena criminal, ao considerar
que as várias ações praticadas pelo sujeito ativo são reunidas e consideradas
fictamente como delito único. (TRF - 4ª REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz
Federal).

Observação: Em relação ao fundamento do crime continuado


(continuidade delitiva), o CP adotou a teoria da ficção jurídica, pois
o crime continuado nada mais é do que uma ficção criada pelo Direito.
Desta forma, os vários crimes (parcelares) praticados pelo réu são
considerados como um único crime para fins de aplicação de pena.
ATENÇÃO: Os vários crimes cometidos pelo réu são considerados
como um único crime apenas para fins de aplicação da pena, visto
que, para os demais efeitos, considera- Se a pluralidade de crimes.

SÚMULA 497, STF – “Quando se tratar de crime continuado, a


prescrição regula- Se pela pena imposta na sentença, não se
computando o acréscimo decorrente da continuação”.

61. Há crime continuado quando o agente, mediante MAIS DE UMA ação ou


omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de
tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica- Se- Lhe a
pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços). (NUCEPE
- SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Há crime continuado quando o agente, mediante


uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e
outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como
continuação do primeiro, aplica- Se- Lhe a pena de um só dos crimes,
se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer
caso, de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços).

Observação: São os requisitos para o reconhecimento do crime


continuado:
1º - duas ou mais condutas;

2º - dois ou mais crimes da mesma espécie (estão no mesmo tipo


penal + ofendem o mesmo bem jurídico);

3º - mesmas condições de tempo (limite máximo de 30 dias entre um


crime e outro);

4º - mesmas condições de lugar (mesma cidade ou cidades limítrofes);


5º - mesma forma de execução e outras semelhantes.

ATENÇÃO: No que diz respeito a “outras semelhantes”, existe


entendimento doutrinário e jurisprudencial que considera que o agente
deve se valer da ocasião proporcionada pelo crime anterior para a
prática do crime subsequente (conexão ocasional) para a configuração
do crime continuado.

62. No crime continuado, que se caracteriza quando o agente, mediante MAIS


DE UMA ação ou omissão, pratica dois ou mais CRIMES DA MESMA
ESPÉCIE (E DEMAIS REQUISITOS), aplicar- Se-á a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer
caso, de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços). (VUNESP - PC- SP - Escrivão de
Polícia Civil).

Questão original: No crime continuado, que se caracteriza quando o


agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, aplicar- Se-á a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a
mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um
sexto) a 2/3 (dois terços).

63. O art. 71 do CP adotou a teoria objetiva na definição do crime continuado.


CONTUDO, a jurisprudência dominante no STF e STJ EXIGE a configuração
de eventuais vínculos subjetivos entre as condutas realizadas pelo agente.
(MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).
Questão original: O art. 71 do CP adotou a teoria objetiva na definição
do crime continuado. Por este motivo, a jurisprudência dominante no
STF e STJ não exige a configuração de eventuais vínculos subjetivos
entre as condutas realizadas pelo agente.

JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ – Embora o CP tenha adotado a teoria


objetiva (pura), para os tribunais superiores, não basta a presença dos
requisitos objetivos para o reconhecimento do crime continuado, visto
que exige- Se um requisito subjetivo, isto é, a unidade de desígnio.
Por isso, os vários crimes praticados pelo agente devem advir de um
plano previamente elaborado (teoria objetivo- Subjetiva ou mista),
justamente para afastar os casos em que o agente faz do crime um
estilo de vida (habitualidade criminosa).

64. ACERCA DO CRIME CONTINUADO, NO DIREITO BRASILEIRO,


ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: Embora adotada a teoria objetiva,
não é de se afastar o exame de aspectos subjetivos da ação típica. (PGR -
PGR - Procurador da República).

65. Admite- Se o crime continuado, desde que presentes os requisitos do art.


71 do Código Penal, DESDE QUE o agente NÃO FAÇA do crime um estilo de
vida (habitualidade criminosa). (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: Admite- Se o crime continuado, desde que presentes


os requisitos do art. 71 do Código Penal, ainda que o agente faça do
crime um estilo de vida (habitualidade criminosa).

66. O crime continuado ocorre quando o agente pratica uma ou mais infrações
penais de MESMA ESPÉCIE (E DEMAIS REQUISITOS DO ART. 71), caso em
que a pena pode ser aumentada DE 1/6 ATÉ 2/3. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO
- Juiz Federal).

Questão original: O crime continuado ocorre quando o agente pratica


uma ou mais infrações penais de mesma espécie ou não, de forma
concomitante, caso em que a pena pode ser aumentada até o dobro.

67. Em matéria de crime continuado, é correto afirmar que: É admissível


apenas se os crimes SEJAM DA MESMA ESPÉCIE, segundo expressa
previsão legal. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: Em matéria de crime continuado, é correto afirmar


que: É admissível apenas se idênticos os crimes, segundo expressa
previsão legal.
68. Para a configuração do crime continuado, prepondera na doutrina e na
jurisprudência o entendimento de que são “crimes da mesma espécie" aqueles
que ofendem o mesmo bem jurídico, EXIGINDO- SE a sua previsão no mesmo
tipo legal. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: Para a configuração do crime continuado,


prepondera na doutrina e na jurisprudência o entendimento de que são
“crimes da mesma espécie" aqueles que ofendem o mesmo bem
jurídico, não se exigindo a sua previsão no mesmo tipo legal.

69. ACERCA DO CRIME CONTINUADO, NO DIREITO BRASILEIRO,


ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: Crimes da mesma espécie NÃO
SÃO APENAS os crimes previstos no mesmo tipo penal. (PGR - PGR -
Procurador da República).
Questão original: Crimes da mesma espécie são apenas os crimes
previstos no mesmo tipo penal.

Observação: Crimes da mesma espécie são aqueles que estão


previstos no mesmo tipo penal, mas não só, pois devem ofender o
mesmo bem jurídico (exemplo: roubo + roubo + roubo).

70. O posicionamento dominante no Supremo Tribunal Federal é pelo não


cabimento da continuidade delitiva entre roubo e latrocínio. (FUNDATEC -
PC- RS - Delegado de Polícia).
71. NÃO ADMITE- SE a continuidade delitiva entre os crimes de roubo e de
latrocínio. (CESPE - PJC- MT - Delegado de Polícia).

Questão original: Admite- Se a continuidade delitiva entre os crimes


de roubo e de latrocínio.

72. A continuidade delitiva pode ser reconhecida quando se tratar de delitos


de mesma espécie ocorridos em comarcas limítrofes ou próximas. (CESPE -
PJC- MT - Delegado de Polícia).
73. De acordo com a jurisprudência do STJ, em se tratando de delitos ocorridos
em comarcas limítrofes ou próximas, SE ADMITE a continuidade delitiva.
(CESPE - TRE- MT - Analista).

Questão original: De acordo com a jurisprudência do STJ, em se


tratando de delitos ocorridos em comarcas limítrofes ou próximas, não
se admite a continuidade delitiva.

74. A continuidade temporal e espacial não é um requisito invariável do delito


continuado, mas pode ser um indício da continuidade. (IESES - TJ- CE - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).

75. ACERCA DO CRIME CONTINUADO, NO DIREITO BRASILEIRO,


ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: De acordo com o STJ, o lapso
temporal máximo para caracterizar a continuidade delitiva nos crimes contra o
patrimônio é de 30 DIAS. (PGR - PGR - Procurador da República).

Questão original: De acordo com o STJ, o lapso temporal máximo


para caracterizar a continuidade delitiva nos crimes contra o patrimônio
é de 90 dias.

76. ACERCA DO CRIME CONTINUADO, NO DIREITO BRASILEIRO,


ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: Nos crimes previdenciários e
tributários, a jurisprudência nacional ACEITA a continuidade delitiva de
sonegações em períodos superiores a um ano. (PGR - PGR - Procurador da
República).

Questão original: Nos crimes previdenciários e tributários, a


jurisprudência nacional não aceita a continuidade delitiva de
sonegações em períodos superiores a um ano.

JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ – Malgrado o CP não tenha se


manifestado quanto ao lapso temporal máximo que seja necessário
entre um crime e o outro subsequente, os tribunais adotaram um critério
objetivo, ou seja, tal hiato não pode ultrapassar 30 dias (essa é a regra
geral). Contudo, no que tange aos crimes previdenciários e
tributários o STF tem admitido um lapso superior a 30 dias, podendo,
em alguns casos, ser superior a um ano.

77. Em determinada noite, Pedro arrombou a porta de um centro comercial e


subtraiu vários itens de vestuário de oito lojas, de diferentes proprietários.
Nessa situação hipotética, se descoberta a conduta de Pedro, ele deverá
responder pelos furtos: como crime continuado. (CESPE - PC- MA -
Investigador de Polícia Civil).

78. João e Maria foram casados por cinco anos e, após o divórcio, continuaram
a residir no mesmo lote, porém em casas diferentes. Certo dia, João, depois de
ingerir bebidas alcoólicas, abordou Maria em um ponto de ônibus e, movido por
ciúmes, iniciou uma discussão e a ameaçou de morte. Maria, ao retornar para
casa à noite depois do trabalho, encontrou o ex- Marido ainda embriagado; ele
novamente a ameaçou de morte, acusando- A de traição. Ela foi à delegacia e
registrou boletim de ocorrência acerca do acontecido, o que ensejou início de
procedimento criminal contra João. Com referência a essa situação hipotética,
assinale a opção correta à luz da jurisprudência dos tribunais superiores. A
conduta de João configura crime continuado, porque ele praticou dois
crimes de ameaça, com idêntica motivação e propósito, em condições
semelhantes de tempo, lugar e modo de agir. (CESPE - TJ- CE - Juiz de
Direito).

79. Segundo o colhido nos autos de Inquérito Policial, o agente, professor de


escola pública, praticou atos libidinosos diversos de conjunção carnal com
cinco alunas da 4ª série. Consoante restou apurado, lecionando para crianças
de até 11 anos, o agente aproveitou- Se do cargo para, em dias distintos na
mesma semana, praticar atos libidinosos com as menores. Em seu
interrogatório declarou com detalhes o modus operandi sendo que, com o
pretexto de corrigir o dever de casa das estudantes, convidava cada qual em
um dia da semana ao fundo da sala e, longe da vista dos demais, praticava os
atos libidinosos para satisfazer sua lascívia. Após as repugnantes práticas, as
menores eram ameaçadas de reprovação caso contassem o ocorrido aos pais.
No relatório final, o Delegado de Polícia opinou pela ocorrência de violação ao
disposto no tipo penal de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A do
Estatuto Penal. Considerando o posicionamento do Superior Tribunal de
Justiça sobre concurso de crimes, é correto afirmar que a exordial deverá
contemplar, especificamente no caso proposto: a prática dos crimes sexuais
em continuidade comum. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia).

80. Assinale a opção que apresenta assertiva correta de acordo com a


legislação penal e a jurisprudência do STJ: Zélio foi condenado pela prática de
crimes de roubo e corrupção de menores em concurso formal, cometidos em
continuidade delitiva. Nessa situação, na dosimetria da pena NÃO SERÁ
APLICADO cumulativamente as regras do concurso formal (art. 70 do CP) e da
continuidade delitiva (art. 71 do CP), SOB PENA DE “BIS IN IDEM”. (CESPE -
DPE- RN - Defensor Público).

Questão original: Assinale a opção que apresenta assertiva correta de


acordo com a legislação penal e a jurisprudência do STJ: Zélio foi
condenado pela prática de crimes de roubo e corrupção de menores em
concurso formal, cometidos em continuidade delitiva. Nessa situação,
na dosimetria da pena aplicar- Se-ão cumulativamente as regras do
concurso formal (art. 70 do CP) e da continuidade delitiva (art. 71 do
CP).

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Segundo o STJ, nas situações em que


houver concorrência entre o concurso formal e o crime continuado,
deve- Se aplicar tão somente um aumento de pena, qual seja, a
majoração relativa à continuidade delitiva, sob pena de “bis in idem”.

81. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que deve


prevalecer o acréscimo pela continuidade, ainda que se verifique concurso
formal entre dois dos crimes integrantes da série continuada, segundo
entendimento doutrinário e jurisprudencial. (FCC - DPE- ES - Defensor
Público).
82. No crime continuado comum, aplica-se apena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um
sexto a dois terços, considerado o número de infrações cometidas,
incidindo a extinção da punibilidade sobre a pena de cada uma,
isoladamente. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Observação: O crime continuado é dividido em duas espécies:


simples e específico.

- crime continuado simples (comum): é aquele em que se aplica a


pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um de 1/6 a 2/3.

- crime continuado específico: é aquele que ocorre nos crimes


dolosos + contra vítimas diferentes + cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa, sendo que aumenta- Se a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo
(considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do agente bem como os motivos e as circunstâncias).

ATENÇÃO: No crime continuado (da mesma forma que no concurso


formal), se o sistema da exasperação da pena se manifestar mais
prejudicial do que o sistema do cúmulo material, deverá ser aplicado
o cúmulo material (soma das penas). É o chamado concurso material
benéfico.
83. No crime continuado, tratando- Se de crimes dolosos, contra vítimas
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, a pena de um
só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, será aumentada, até
o TRIPLO. (VUNESP - PC- SP - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: No crime continuado, tratando- Se de crimes


dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa, a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais
grave, se diversas, será aumentada, até o dobro.
84. Em matéria de crime continuado, é correto afirmar que: A pena pode ser
aumentada até o triplo nos crimes dolosos, contra VÍTIMAS DIFERENTES,
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. (FCC - TJ- AL - Juiz de
Direito).

Questão original: Em matéria de crime continuado, é correto afirmar


que: A pena pode ser aumentada até o triplo nos crimes dolosos, contra
a mesma vítima, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa.

85. Por disposição legal, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a


personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias do crime,
devem servir de parâmetro para o cálculo de: aumento da pena pelo crime
continuado específico. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).

86. A culpabilidade, entendida como o grau de reprovabilidade do agente


pelo fato criminoso praticado, constitui parâmetro legal para o aumento da pena
no crime continuado específico. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).

87. Nos crimes dolosos, cometidos com violência ou grave ameaça contra
VÍTIMAS DIFERENTES, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo. (VUNESP - TJ- SP - Juiz
de Direito).

Questão original: Nos crimes dolosos, cometidos com violência ou


grave ameaça contra a mesma vítima, poderá o juiz, considerando a
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de
um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o
triplo.

88. Nos crimes dolosos contra vítimas diferentes cometidos com violência ou
grave ameaça à pessoa, o aumento da pena pelo crime continuado encontra
fundamento na QUANTIDADE DE CRIMES PRATICADOS E NAS
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DO ART. 59 DO CP. (CESPE - PJC- MT -
Delegado de Polícia).

Questão original: Nos crimes dolosos contra vítimas diferentes


cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, o aumento da
pena pelo crime continuado encontra fundamento na gravidade do
delito.

89. O crime de homicídio qualificado por motivo torpe (CP, art. 121, § 2º,
inciso I), praticado contra vítimas diferentes, em tese admite aplicação da
regra do crime continuado específico (CP, art. 71, parágrafo único), cuja pena
deve ser medida pelo princípio da exasperação. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).

90. Para o Supremo Tribunal Federal, é possível a suspensão condicional do


processo em crime continuado, sendo RELEVANTE o somatório da pena
mínima da infração mais grave com o aumento MÍNIMO DE UM SEXTO,
considerando- Se a pena de cada crime para a suspensão. (IBFC - TRF - 2ª
REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Para o Supremo Tribunal Federal, é possível a


suspensão condicional do processo em crime continuado, sendo
irrelevante o somatório da pena mínima da infração mais grave com o
aumento de um sexto a dois terços, considerando- Se a pena de cada
crime para a suspensão.

91. SE ADMITE a aplicação da suspensão condicional do processo ao crime


continuado. (FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: Não se admite a aplicação da suspensão condicional


do processo ao crime continuado.

SÚMULA 723, STF – “Não se admite a suspensão condicional do


processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da
infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a
um ano”. (Ou seja, se não ultrapassar um ano, é perfeitamente
admissível).

SÚMULA 243, STJ – “O benefício da suspensão do processo não é


aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso
material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena
mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da
majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano”.

92. Em matéria de crime continuado, é correto afirmar que: É admissível a


suspensão condicional do processo, se a soma da pena mínima da infração
mais grave com o aumento mínimo de um sexto NÃO ULTRAPASSE O
LIMITE DE um ano. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: Em matéria de crime continuado, é correto afirmar


que: É admissível a suspensão condicional do processo, se a soma da
pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um
sexto for superior a um ano.

93. Admite- Se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se


a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um
sexto NÃO ULTRAPASSE O LIMITE DE um ano. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de
Direito).

Questão original: Admite- Se a suspensão condicional do processo por


crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave
com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.

94. NÃO ADMITE- SE a suspensão condicional do processo por crime


continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento
mínimo de um sexto for superior a um ano. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de
Direito).

Questão original: Admite- Se a suspensão condicional do processo


por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais
grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.

95. Para o Superior Tribunal de Justiça, não cabe a suspensão condicional do


processo para as infrações penais cometidas em concurso material ou em
concurso formal, quando a pena mínima cominada ultrapassar um ano em
razão do somatório ou da fração incidente. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
federal).

96. No concurso formal, aplicável a suspensão condicional do processo,


segundo entendimento sumulado, quando a pena mínima cominada, seja pelo
somatório, seja pela incidência da majorante, não ultrapassar o limite de 1
(um) ano. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

97. No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e


integralmente. (NUCEPE - SEJUS- PI - Agente Penitenciário - Superior).

98. No concurso de crimes, a aplicação da pena de multa NÃO OBSERVA as


regras pertinentes à modalidade de concurso que incide no caso concreto.
(FUMARC - PC- MG - Delegado de Polícia).

Questão original: No concurso de crimes, a aplicação da pena de


multa observa as regras pertinentes à modalidade de concurso que
incide no caso concreto.
99. No caso de pluralidade delitiva, deve- Se adotar, na determinação da
pena, o sistema do cúmulo material, quando se tratar de pena pecuniária,
independentemente das demais sanções aplicadas, ressalvado o crime
continuado. (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: Para o CP, em relação ao concurso de crimes, as


penas de multa (penas pecuniárias) devem ser aplicadas distinta e
integralmente – isto é, cumulativamente (independentemente se for
concurso material, formal ou crime continuado).

JURISPRUDÊNCIA, STJ – Para o STJ, em relação a pena de multa, a


regra da soma das penas (cúmulo material) deve ser adotada em
relação ao concurso material e formal, mas não ao crime continuado.
Tal fundamento se dá pelo fato de que, se o próprio CP trata o crime
continuado como ficção jurídica, isto é, aos vários crimes cometidos
aplica-se apena única, aumentada de determinado percentual (para fins
de aplicação da pena), pelo mesmo fundamento, a pena pecuniária
também deve ser aplicada em conformidade com o sistema da
exasperação.

100. No concurso formal, a pena de multa NÃO DEVERÁ receber o mesmo


acréscimo imposto à pena privativa de liberdade. (FCC - TJ- RR - Juiz de
Direito).

Questão original: No concurso formal, a pena de multa deverá receber


o mesmo acréscimo imposto à pena privativa de liberdade.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. O concurso de crimes se manifesta em três espécies: Concurso material,


concurso formal e crime continuado.

2. No concurso material, o agente pratica dois ou mais crimes mediante duas ou


mais condutas. (Aplica-seo sistema do cúmulo material – soma das penas). No caso
de aplicação cumulativa de penas de reclusão ou de detenção, executa- Se primeiro
aquela (de reclusão).

3. No concurso formal, o agente pratica dois ou mais crimes mediante apenas uma
conduta. Em relação ao concurso formal perfeito (próprio) o agente atua sem
desígnio autônomo (crimes culposos ou crime doloso + culposo). Adota- Se o
sistema da exasperação da pena, isto é, aplica-se apena do crime mais grave
aumentada de 1/6 até 1/2. Já no concurso formal imperfeito (impróprio) o agente
atua com desígnio autônomo (todos os crimes são dolosos). Adota- Se o sistema
do cúmulo material, isto é, aplica-se asoma das penas.

4. Tanto no concurso formal perfeito (próprio) como no crime continuado, se o


sistema da exasperação da pena (que na maioria dos casos é mais benéfico ao réu)
se manifestar mais prejudicial do que o sistema do cúmulo material, deverá ser
aplicado o cúmulo material (soma das penas). É o chamado concurso material
benéfico.

5. O crime continuado (continuidade delitiva) reclama os seguintes requisitos: (1)


duas ou mais condutas; (2) dois ou mais crimes da mesma espécie (estão no
mesmo tipo penal + ofendem o mesmo bem jurídico); (3) mesmas condições de
tempo (limite máximo de 30 dias entre um crime e outro); (4) mesmas condições de
lugar (mesma cidade ou cidades limítrofes); (5) mesma forma de execução e outras
semelhantes.

6. JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ – Apesar de o CP ter adotado a teoria objetiva


(pura), para os tribunais superiores, não basta a presença dos requisitos objetivos
para o reconhecimento do crime continuado, pois exige- Se um requisito subjetivo,
qual seja, a unidade de desígnio. Por isso, os vários crimes praticados pelo agente
devem advir de um plano previamente elaborado (teoria objetivo- Subjetiva ou
mista), justamente para afastar os casos em que o agente faz do crime um estilo de
vida (habitualidade criminosa).

7. O crime continuado se manifesta em duas espécies: crime continuado simples


(comum) – é aquele em que aplica-se apena de um só dos crimes, se idênticas, ou a
mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um de 1/6 a 2/3. Já o
crime continuado específico se verifica nos crimes dolosos, contra vítimas
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, aumenta- Se a pena
de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo.

8. SÚMULA 723, STF – “Não se admite a suspensão condicional do processo por


crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento
mínimo de um sexto for superior a um ano”. (Ou seja, se não ultrapassar um ano, é
perfeitamente admissível).

9. SÚMULA 243, STJ – “O benefício da suspensão do processo não é aplicável em


relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou
continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja
pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano”.

10. SÚMULA 497, STF – “Quando se tratar de crime continuado, a prescrição


regula- Se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo
decorrente da continuação”.

11. No que diz respeito ao concurso de crimes, para o CP, as penas de multa
(penas pecuniária) devem ser aplicadas distinta e integralmente – isto é,
cumulativamente (independentemente se for concurso material, formal ou crime
continuado). JURISPRUDÊNCIA, STJ – Em relação a pena de multa, para o STJ, a
regra da soma das penas (cúmulo material) deve ser adotada em relação ao concurso
material e formal, mas não ao crime continuado. Isso porque, considerando que o
próprio CP trata o crime continuado como ficção jurídica, isto é, aos vários crimes
aplica-se apena única, aumentada de determinado percentual (para fins de aplicação
da pena), por igual fundamento, a pena pecuniária também deve ser aplicada em
obediência ao sistema da exasperação.

3.7. LIMITE DAS PENAS


Limite das penas

Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode


ser superior a 40 (quarenta) anos. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote
Anticrime).

§1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja


soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para
atender ao limite máximo deste artigo. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote
Anticrime).

2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da


pena, far- Se-á nova unificação, desprezando- Se, para esse fim, o período de
pena já cumprido.

01. A pena unificada para atender ao limite de 30 anos de cumprimento,


determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a
concessão de OUTROS BENEFÍCIOS, COMO o livramento condicional OU
REGIME MAIS FAVORÁVEL DE EXECUÇÃO. (FCC - TJ- GO - Juiz de
Direito). SÚMULA 715, STF

Questão original: A pena unificada para atender ao limite de 30 anos


de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é
considerada unicamente para a concessão de livramento condicional.

SÚMULA 715, STF – “A pena unificada para atender ao limite de trinta


anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é
considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento
condicional ou regime mais favorável de execução”.

PACOTE ANTICRIME – Com o advento da Lei 13.964/19 (pacote


anticrime), o tempo máximo de cumprimento de pena passou 30 para
40 (quarenta) anos (o fundamento da referida súmula deve
permanecer, alterando- Se apenas o maus ante).

02. A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento,


determinado pelo artigo 75 do Código Penal vigente, não é considerada para a
concessão do livramento condicional ou regime mais favorável de
execução. (FAPEMS - PC- MS - Delegado de Polícia). SÚMULA 715, STF
03. A base de cálculo para a progressão de regime dos presos condenados a
mais de trinta anos por diversos crimes fica limitada TOTAL DAS PENAS
IMPOSTAS AO CONDENADO. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: A base de cálculo para a progressão de regime dos


presos condenados a mais de trinta anos por diversos crimes fica
limitada ao tempo máximo de cumprimento de pena disposto na lei
penal, isto é, a trinta anos.

04. “W.D.W.” foi sentenciado pela primeira vez a uma pena de 45 anos de
reclusão por quatro homicídios qualificados (hediondos), praticados em
concurso material no dia 01/01/2018, tendo respondido ao processo em
liberdade e preso tão- Somente após o trânsito em julgado. Expedida a guia de
execução definitiva relativa a essa sentença de 45 anos, após 10 dias de
cumprimento da pena, o magistrado proferiu decisão de unificadas das penas,
nos termos do art. 75, §1º do Código Penal, limitando o cumprimento dessas
penas em 30 anos. Entretanto, cumpridos 20 dias da pena, “W.D.W.” encontrou
no cárcere um desafeto do mundo do crime, e aproveitando- Se de um
momento de distração, durante o banho de sol, matou seu inimigo. Preso em
flagrante pelo fato, foi levado a julgamento perante o Tribunal do Júri, tendo
sido sentenciado a uma pena de 18 anos de reclusão por esse novo homicídio
qualificado (hediondo). Em relação a esse fato, “W.D.W.” permaneceu preso
desde o flagrante. A sentença penal da segunda condenação transitou em
julgado 9 meses e 5 dias após a primeira prisão. Com a juntada à execução
penal da guia de execução definitiva relativa à segunda sentença, o juiz deve
proferir: primeiramente decisão de soma de penas e, em seguida, de
unificação de penas. (FUNDEP - Gestão de Concursos - DPE- MG - Defensor
Público).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. SÚMULA 715, STF – “A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de
cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a
concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais
favorável de execução”.
2. PACOTE ANTICRIME – O tempo máximo de cumprimento de pena passou de 30
para 40 (quarenta) anos.

3.8. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS PENAL)

Requisitos da suspensão da pena

Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois)


anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:

I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do


agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do
benefício;

III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste


Código.

§1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do


benefício.

§2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos,


poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja
maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.

Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à


observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz.

§1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à


comunidade (art. 46) ou submeter- Se à limitação de fim de semana (art. 48).

§2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-


Lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente
favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas
seguintes condições, aplicadas cumulativamente:

a) proibição de frequentar determinados lugares;

b) proibição de ausentar- Se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;

c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar


e justificar suas atividades.

Art. 79 - A sentença poderá especificar outras condições a que fica


subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal
do condenado.

Art. 80 - A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à


multa.

Revogação obrigatória

Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:

I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;

II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem


motivo justificado, a reparação do dano;

III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código.

Revogação facultativa

§1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer


outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo
ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.

Prorrogação do período de prova

§2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou


contravenção, considera- Se prorrogado o prazo da suspensão até o
julgamento definitivo.

§3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá- La,


prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado.

Cumprimento das condições

Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera- Se


extinta a pena privativa de liberdade.
01. O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal — é
cabível nos casos de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
desde que a pena privativa de liberdade aplicada não seja superior a dois
anos. (CESPE - TJ- BA - Juiz de Direito).

Observação: A violência ou grave ameaça (à pessoa) não são


requisitos para a concessão do sursis penal (suspensão condicional
da pena), sendo perfeitamente possível a incidência deste benefício.

ATENÇÃO: De forma diversa, não é cabível a substituição da pena


privativa de liberdade por penas restritivas de direitos nos crimes
dolosos praticados com violência ou grave ameaça à pessoa (44, I,
CP).

02. O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal — pode ser


concedido a condenado a pena privativa de liberdade, desde que esta não seja
superior a 2 ANOS e que aquele não seja reincidente em crime doloso.
(CESPE - TJ- BA - Juiz de Direito).

Questão original: O benefício da suspensão condicional da pena —


sursis penal — pode ser concedido a condenado a pena privativa de
liberdade, desde que esta não seja superior a quatro anos e que
aquele não seja reincidente em crime doloso.

Observação: O sursis penal poderá ser concedido ao réu quando a


pena (privativa de liberdade) aplicada pelo Juiz não ultrapasse 2 (dois)
anos, sendo que tal pena poderá ser suspensa pelo período de 2 (dois)
a 4 (quatro) anos.

ATENÇÃO: Se o condenado for maior de 70 anos (ao tempo da


sentença ou do acórdão) – sursis etário – ou apresentar problemas
de saúde – sursis humanitário –, o benefício poderá ser concedido
desde que a pena (privativa de liberdade) aplicada pelo Juiz não
ultrapasse 4 (quatro) anos, sendo que tal pena poderá ser suspensa
pelo período de 4 (quatro) a 6 (seis) anos.
03. A reincidência aumenta o prazo para o livramento condicional no caso de
condenação por CRIME DOLOSO, MAS NEM SEMPRE impede a concessão
da suspensão condicional da pena. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).

Questão original: A reincidência aumenta o prazo para o livramento


condicional no caso de condenação por crime comum e sempre
impede a concessão da suspensão condicional da pena.

Observação: A reincidência em crime doloso impede a concessão do


sursis penal. No entanto, a reincidência em crime culposo não obsta
tal benefício.

SÚMULA 499, STF – “Não obsta à concessão do sursis condenação


anterior à pena de multa” (somente nessa hipótese é cabível o sursis
penal ao reincidente em crime doloso).

04. Segundo o Código Penal, a reincidência impede a suspensão


condicional da pena, se em crime doloso. (UEG - PC- GO - Delegado de
Polícia).

05. A reincidência em crime doloso impede a concessão da suspensão


condicional da pena. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

06. A reincidência em crime culposo não impede a suspensão condicional


da pena. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

07. A culpabilidade, entendida como o grau de reprovabilidade do agente


pelo fato criminoso praticado, constitui parâmetro legal para a substituição das
condições do sursis simples pelas do especial. (FCC - DPE- ES - Defensor
Público).

08. O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal — NÃO


PODE estender- Se às penas restritivas de direitos e à de multa. (CESPE - TJ-
BA - Juiz de Direito).

Questão original: O benefício da suspensão condicional da pena —


sursis penal — pode estender- Se às penas restritivas de direitos e à
de multa, casos em que se suspenderá, também, a execução
dessas penas.

09. Se, no curso do prazo, o agente cometer novo crime DOLOSO, a


suspensão condicional da pena deverá ser revogada; no entanto, se o
beneficiado for condenado, irrecorrivelmente, por contravenção penal à pena
privativa de liberdade, a revogação será facultativa. (CESPE - TJ- DFT - Juiz
de Direito).
Questão original: Se, no curso do prazo, o agente cometer novo crime
doloso ou culposo, a suspensão condicional da pena deverá ser
revogada; no entanto, se o beneficiado for condenado,
irrecorrivelmente, por contravenção penal à pena privativa de liberdade,
a revogação será facultativa.

Observação: O sursis penal será obrigatoriamente revogado se o


beneficiado for condenado, irrecorrivelmente, por crime doloso.
Contudo, se a condenação irrecorrível resultar de crime culposo ou
contravenção penal, a revogação será facultativa.

10. A suspensão condicional da pena será obrigatoriamente revogada se, no


curso do prazo, o beneficiário É CONDENADO, EM SENTENÇA
IRRECORRÍVEL, POR CRIME DOLOSO. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).
Questão original: A suspensão condicional da pena será
obrigatoriamente revogada se, no curso do prazo, o beneficiário pratica
novo crime doloso.

11. O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal — deverá


ser, obrigatoriamente, revogado no caso da superveniência de sentença
condenatória irrecorrível por CRIME DOLOSO contra o beneficiário. (CESPE -
TJ- BA - Juiz de Direito).

Questão original: O benefício da suspensão condicional da pena —


sursis penal — deverá ser, obrigatoriamente, revogado no caso da
superveniência de sentença condenatória irrecorrível por crime doloso,
culposo ou contravenção contra o beneficiário.

12. Mariano, condenado a pena de detenção de um ano e oito meses, em


virtude da prática de violência doméstica (art. 129, § 9°, CP), foi beneficiado
pela concessão de sursis. Nesse contexto, é correto afirmar que: (FUNCAB -
SEGEP- MA - Agente Penitenciário - Médio).

12.1. A concessão do sursis na sentença condenatória NÃO DISPENSA


motivação pelo juiz. (FUNCAB - SEGEP- MA - Agente Penitenciário - Médio).
Questão original: A concessão do sursis na sentença
condenatória dispensa motivação pelo juiz.

12.2. As condições estabelecidas na sentença LEVARÃO em conta a situação


pessoal do apenado, NÃO ADEQUANDO- SE unicamente ao fato. (FUNCAB -
SEGEP- MA - Agente Penitenciário - Médio).

Questão original: As condições estabelecidas na sentença não levarão


em conta a situação pessoal do apenado, adequando- Se unicamente
ao fato.

12.3. O período de suspensão NÃO DEVERÁ ser equivalente ao da pena


suspensa. (FUNCAB - SEGEP- MA - Agente Penitenciário - Médio).

Questão original: O período de suspensão deverá ser equivalente ao


da pena suspensa.

12.4. As condições estabelecidas na decisão concessiva do sursis poderão


ser modificadas a qualquer tempo, exigindo- Se seja ouvido o condenado.
(FUNCAB - SEGEP- MA - Agente Penitenciário - Médio).

12.5. É POSSÍVEL a prorrogação do período de prova. (FUNCAB - SEGEP-


MA - Agente Penitenciário - Médio).

Questão original: É impossível a prorrogação do período de prova.

13. Com 74 anos, Jairo foi definitivamente condenado pela prática de roubo
simples (art. 157, caput, do CP). Primário e sendo- Lhe inteiramente favoráveis
as circunstâncias do art. 59 do CP, foi- Lhe aplicada uma pena privativa de
liberdade de 04 anos de reclusão. Nesse caso, considerando (FCC - DPE- RS -
Defensor Público).

13.1. A pena aplicada é POSSÍVEL proceder- Se à suspensão condicional da


pena. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).
Questão original: A pena aplicada, é impossível proceder- Se à
suspensão condicional da pena.

13.2. A natureza do crime que ensejou a condenação é POSSÍVEL proceder-


Se à suspensão condicional da pena. (FCC - DPE- RS - Defensor Público).

Questão original: A natureza do crime que ensejou a condenação é


impossível proceder- Se à suspensão condicional da pena.

13.3. A pena aplicada e a idade de Jairo quando da condenação, é possível


suspender a execução da pena pelo período de 04 a 06 anos. (FCC - DPE-
RS - Defensor Público).

14. O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal — impõe


que, após o cumprimento das condições impostas ao beneficiário,
CONSIDERA- SE EXTINTA A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. (CESPE -
TJ- BA - Juiz de Direito).

Questão original: O benefício da suspensão condicional da pena —


sursis penal — impõe que, após o cumprimento das condições
impostas ao beneficiário, seja proferida sentença para declarar a
extinção da punibilidade do agente.

15. Juarez, 72 anos de idade, primário e de bons antecedentes, em situação de


desespero, praticou um crime de roubo simples, não restando o delito
consumado por circunstâncias alheias à vontade do agente. Considerando as
circunstâncias do fato e o iter criminis percorrido, foi aplicada pena de 2 anos e
8 meses de reclusão. Considerando as informações narradas, no momento da
aplicação da pena: Não poderá ser substituída a pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, mas caberá suspensão condicional da
pena. (FGV - TJ- SC - Analista Jurídico). (FGV - TJ- SC - Analista Jurídico).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A suspensão condicional da pena – “sursis penal” poderá ser concedido ao réu


quando a pena (privativa de liberdade) aplicada pelo Juiz não ultrapasse 2 (dois)
anos, sendo que tal pena poderá ser suspensa pelo período de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos. Contudo, se o condenado for maior de 70 anos (ao tempo da sentença ou do
acórdão) – sursis etário – ou apresentar problemas de saúde – sursis humanitário
–, o benefício poderá ser concedido desde que a pena (privativa de liberdade)
aplicada pelo Juiz não ultrapasse 4 (quatro) anos, sendo que tal pena poderá ser
suspensa pelo período de 4 (quatro) a 6 (seis) anos.

2. Ainda que o crime tenha sido cometido com violência ou grave ameaça (à pessoa),
o sursis penal poderá ser concedido ao réu (desde que cumpridos os requisitos
legais).

3. O réu reincidente em crime doloso não tem direito ao sursis penal. A única
exceção se verifica quando a condenação anterior tenha sido exclusivamente a pena
de multa (Súmula 409 do STF). Já em relação ao reincidente em crime culposo, é
perfeitamente possível a concessão do sursis.

4. O sursis penal será obrigatoriamente revogado se o beneficiado for condenado,


irrecorrivelmente, por crime doloso. Entretanto, se a condenação irrecorrível resultar
de crime culposo ou contravenção penal, a revogação será facultativa.

3.9. LIVRAMENTO CONDICIONAL

Requisitos do livramento condicional

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena


privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:

I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em


crime doloso e tiver bons antecedentes;

II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;

III – comprovado:

a) bom comportamento durante a execução da pena;

b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; (Incluído


pela Lei 13.964/19 - Pacote Anticrime).

c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e,

d) aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;

IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê- Lo, o dano causado


pela infração;
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por
crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente
específico em crimes dessa natureza.

Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com


violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará
também subordinada à constatação de condições pessoais que façam
presumir que o liberado não voltará a delinquir.

Soma de penas

Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar- Se


para efeito do livramento.

Especificações das condições

Art. 85 - A sentença especificará as condições a que fica subordinado o


livramento.

Revogação do livramento

Art. 86 - Revoga- Se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena


privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:

I - por crime cometido durante a vigência do benefício;

II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código.

Revogação facultativa

Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de


cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for
irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja
privativa de liberdade.

Efeitos da revogação

Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e,


salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior
àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o
condenado.

Extinção

Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em
julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime
cometido na vigência do livramento.

Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera- Se


extinta a pena privativa de liberdade.

01. O instituto de política criminal, destinado a permitir a redução do tempo de


prisão com a concessão antecipada e provisória da liberdade do condenado,
quando é cumprida pena de liberdade, mediante o preenchimento de
determinados requisitos e aceitação de certas condições é o: livramento
condicional. (IBADE - SEPLAG- SE - Guarda de Segurança).

02. O benefício do livramento condicional é um direito subjetivo do condenado,


a ser concedido pelo juiz DA EXECUÇÃO PENAL, desde que o réu preencha
os requisitos legais subjetivos e objetivos, APÓS O CUMPRIMENTO PARCIAL
DA PENA DURANTE A SUA EFETIVA EXECUÇÃO. (CESPE - PC- PE -
Delegado de Polícia).

Questão original: O benefício do livramento condicional é um direito


subjetivo do condenado, a ser concedido pelo juiz na sentença
condenatória, desde que o réu preencha os requisitos legais subjetivos
e objetivos, no momento da sentença penal condenatória, de modo
a substituir a pena privativa de liberdade e restritiva de direitos por
liberdade vigiada e condicionada.

03. O livramento condicional é direito subjetivo do sentenciado que cumprir


MAIS DE UM TERÇO da pena e apresentar bom comportamento carcerário
(QUANDO NÃO REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO). (FCC - PC- AP -
Delegado de Polícia).

Questão original: O livramento condicional é direito subjetivo do


sentenciado que cumprir um sexto da pena e apresentar bom
comportamento carcerário.

Observação: O livramento condicional poderá ser concedido pelo


Juiz ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2
(dois) anos, desde que (em relação a parcela de pena já cumprida):
- cumprida mais de 1/3 da pena se o condenado não for reincidente
em crime doloso e tiver bons antecedentes;

- cumprida mais da 1/2 se o condenado for reincidente em crime


doloso;

- cumpridos mais de 2/3, nos casos de condenação por crime hediondo,


prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico
de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico
em crimes dessa natureza.

PACOTE ANTICRIME – Com o advento da Lei 13.964/19 (pacote


anticrime), o benefício do livramento condicional é vedado aos
condenados pela prática de crime hediondo ou equiparado, com
resultado morte.

04. A prática de qualquer delito com violência ou grave ameaça à pessoa NÃO
IMPÕE NECESSARIAMENTE o cumprimento de 2/3 da pena para concessão
do livramento condicional. (FGV - AL- RO - Consultor Legislativo).

Questão original: A prática de qualquer delito com violência ou grave


ameaça à pessoa impõe o cumprimento de 2/3 da pena para
concessão do livramento condicional.
05. Para o condenado reincidente em crime doloso será concedido
livramento condicional, desde que cumprida: mais da metade da pena.
(Fundação La Salle - SUSEPE- RS - Agente Penitenciário - Superior).

06. O lapso temporal para o livramento condicional no caso de reincidente (EM


CRIME DOLOSO) DEVE SER MAIS DA METADE da pena. (FCC - DPE- ES -
Defensor Público).

Questão original: O lapso temporal para o livramento condicional no


caso de reincidente é de dois terços da pena.
07. A reincidência exige o cumprimento de MAIS DA METADE da pena para a
concessão do livramento condicional, DESDE QUE NÃO SEJA EM
DECORRÊNCIA DA PRÁTICA DE TORTURA, TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES E DROGAS AFINS, TRÁFICO DE PESSOAS E
TERRORISMO (NÃO SENDO REINCIDENTE EM CRIMES DESSA
NATUREZA). (FCC - TJ- PE - Juiz de Direito).

Questão original: A reincidência exige o cumprimento de 2/3 (dois


terços) da pena para a concessão do livramento condicional,
independentemente da natureza do crime praticado.

08. Segundo o Código Penal, a reincidência NEM SEMPRE IMPEDE a


concessão de livramento condicional. (UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: Segundo o Código Penal, a reincidência impede a


concessão de livramento condicional.

Observação: Em regra, a reincidência não impede a concessão do


livramento condicional. A única exceção se verifica quando o
apenado seja reincidente específico em crimes hediondos ou
equiparados, ou ainda pelo tráfico de pessoas.

09. O reincidente na prática de crimes de furto qualificado FAZ jus ao


livramento condicional. (FGV - AL- RO - Consultor Legislativo).
Questão original: O reincidente na prática de crimes de furto
qualificado não faz jus ao livramento condicional.

10. O livramento condicional depende do cumprimento de MAIS DE DOIS


TERÇOS da pena em caso de crime hediondo ou equiparado. (FCC - DPE- AP
- Defensor Público).

Questão original: O livramento condicional depende do cumprimento


de metade da pena em caso de crime hediondo ou equiparado.
11. Segundo o regime do livramento condicional, é CABÍVEL para pessoas
condenadas por crime hediondo ou cometidos com violência ou grave ameaça
contra a pessoa. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).

Questão original: Segundo o regime do livramento condicional, é


incabível para pessoas condenadas por crime hediondo ou cometidos
com violência ou grave ameaça contra a pessoa.

12. SE ADMITE concessão de livramento condicional aos condenados


primários pela prática de crimes hediondos. (FGV - AL- RO - Consultor
Legislativo).
Questão original: Não se admite concessão de livramento condicional
aos condenados primários pela prática de crimes hediondos.

13. Sobre o livramento condicional, é vedada a concessão de livramento


condicional ao reincidente específico em crime hediondo. (FCC - DPE- ES
- Defensor Público).

14. O livramento condicional NÃO É ADMITIDO para o condenado reincidente


em crime hediondo. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: O livramento condicional exige o cumprimento de


três quintos de pena para o condenado reincidente em crime
hediondo.

15. São efeitos da reincidência: o impedimento da concessão do livramento


condicional em razão da prática de crime TORTURA, TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES E DROGAS AFINS, TRÁFICO DE PESSOAS E
TERRORISMO (DESDE QUE SEJA REINCIDENTE EM CRIMES DESSA
NATUREZA). (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: São efeitos da reincidência: o impedimento da


concessão do livramento condicional em razão da prática de crime de
qualquer natureza.
16. André e Bruno, companheiros de cela em determinada penitenciária, são
assistidos pela Defensoria Pública do Estado de Pernambuco. André cumpre
pena de seis anos por furto qualificado e tem como antecedente criminal uma
condenação de um ano e oito meses por crime culposo, já cumprida. Bruno,
por sua vez, cumpre pena de nove anos por tráfico de drogas e não possui
antecedentes criminais. Considerando essa situação hipotética, assinale a
opção correta a respeito do livramento condicional de André e Bruno. (CESPE -
DPE- PE - Defensor Público).

16.1. A concessão do benefício do livramento condicional a André dependerá


de ele cumprir um terço da pena e a Bruno de ele cumprir dois terços da
pena.

16.2. Bruno FARÁ jus ao livramento condicional, MESMO que foi condenado
por crime equiparado a crime hediondo.

Questão original: Bruno não fará jus ao livramento condicional, uma


vez que foi condenado por crime equiparado a crime hediondo.

16.3. Por ser reincidente, André atenderá ao requisito temporal para o


livramento condicional apenas após ter cumprido MAIS DE UM TERÇO da
pena, POIS A REINCIDÊNCIA NÃO É EM CRIME DOLOSO.

Questão original: Por ser reincidente, André atenderá ao requisito


temporal para o livramento condicional apenas após ter cumprido
metade da pena.

16.4. SENDO hipossuficiente, André será beneficiado com o livramento


condicional MESMO SE NÃO reparar o dano causado em decorrência da
prática do furto qualificado.

Questão original: Apesar de ser hipossuficiente, André será


beneficiado com o livramento condicional somente se reparar o dano
causado em decorrência da prática do furto qualificado.
17. Luan é reincidente na prática do crime do Art. 217- A do Código Penal. Os
fatos que justificaram ambas as condenações ocorreram em 2010 e 2014.
Nesse caso, é correto afirmar que o benefício do livramento condicional: não
poderá ser concedido a Luan. (FGV - DPE- MT - Analista - Advocacia).

18. Os crimes praticados no contexto de violência doméstica e familiar contra


mulher ADMITEM livramento condicional. (FGV - AL- RO - Consultor
Legislativo).

Questão original: Os crimes praticados no contexto de violência


doméstica e familiar contra mulher não admitem livramento condicional.

19. NÃO É vedada a concessão do livramento condicional para o preso que


cumpre pena em regime fechado, NÃO CONSTITUINDO progressão por salto.
(FCC - DPE- ES - Defensor Público).

Questão original: É vedada a concessão do livramento condicional


para o preso que cumpre pena em regime fechado, sob pena de
incorrer em progressão por salto.

20. Entre outros requisitos legais, segundo o CP, em caso de crime doloso
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do
livramento condicional ao condenado ficará também subordinada à
constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não
voltará a delinquir. (CESPE - PC- PE - Delegado de Polícia).

21. O livramento condicional NÃO PODE ser revogado caso se instaure


inquérito policial contra o sentenciado durante o período de prova. (FCC - DPE-
AP - Defensor Público).

Questão original: O livramento condicional pode ser revogado caso se


instaure inquérito policial contra o sentenciado durante o período de
prova.
Observação: O livramento condicional será obrigatoriamente
revogado se o liberado for condenado, irrecorrivelmente, por:

- crime praticado durante a vigência do beneficio (a pena privativa de


liberdade);

- crime anterior, observado o art. 84 do CP.

Entretanto, a revogação será facultativa quando o liberado:

- deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença;

- for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção (a pena


que não seja privativa de liberdade).

22. A notícia da prática de infração penal NÃO IMPLICA imediata revogação


do livramento condicional. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).

Questão original: A notícia da prática de infração penal implica


imediata revogação do livramento condicional.

23. “M.K.T.” encontrava- Se em regime semiaberto quando foi deferido o


livramento condicional. Encerrado o período de prova do livramento, os autos
foram ao Ministério Público que requereu a juntada da Folha e da Certidão de
Antecedentes Criminais. Deferido o pedido ministerial e juntados os
documentos requeridos, com vista dos autos, o parquet verificou que “M.K.T.”
havia sido preso – e logo solto em audiência de custódia – pela prática de
crime ocorrido durante o período de prova do livramento condicional. O
Ministério Público observou ainda que ele havia sido denunciado e condenado
pelo fato, tendo a sentença penal permitido que “M.K.T.” recorresse em
liberdade. Interposto recurso pela defesa, a sentença penal condenatória não
havia transitado em julgado. Diante da informação acerca da condenação
penal, o Ministério Público requereu a revogação do livramento condicional, a
regressão cautelar de regime prisional e a designação de audiência de
justificação. Após a manifestação da defesa, deve o magistrado: declarar
extinta a pena. (FUNDEP - Gestão de Concursos - DPE- MG - Defensor
Público).

24. O livramento condicional será obrigatoriamente revogado se sobrevier nova


condenação criminal, pena PRIVATIVA DE LIBERDADE, durante o período de
prova. (FCC - DPE- AP - Defensor Público).

Questão original: O livramento condicional será obrigatoriamente


revogado se sobrevier nova condenação criminal, pena restritiva de
direitos, durante o período de prova.

25. O livramento condicional pode ser revogado com a prática de crime doloso
no período de prova A PARTIR DO SEU do trânsito em julgado, conforme
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. (FCC - DPE- AM - Defensor
Público).

Questão original: O livramento condicional pode ser revogado com a


prática de crime doloso no período de prova, independentemente do
trânsito em julgado, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça.

26. Caso o liberado condicionalmente seja condenado irrecorrivelmente por


crime praticado durante o gozo do livramento condicional, sendo a nova pena
imposta a privativa de liberdade, haverá a revogação obrigatória do livramento
condicional e o tempo do período de prova NÃO SERÁ considerado para fins
de desconto na pena. (CESPE - PC- PE - Delegado de Polícia).

Questão original: Caso o liberado condicionalmente seja condenado


irrecorrivelmente por crime praticado durante o gozo do livramento
condicional, sendo a nova pena imposta a privativa de liberdade, haverá
a revogação obrigatória do livramento condicional e o tempo do período
de prova será considerado para fins de desconto na pena.

27. Em caso de prática de crime durante o período de prova do livramento


condicional, o juiz PODERÁ prorrogar o benefício, NÃO DEVENDO declarar
extinta a punibilidade quando, ao chegar o fim daquele período fixado, o
beneficiário não for julgado em processo a que responde por crime cometido na
vigência do livramento, DEVENDO- SE AGUARDAR O TRÂNSITO EM
JULGADO DESTA SENTENÇA. (CESPE - PC- PE - Delegado de Polícia).

Questão original: Em caso de prática de crime durante o período de


prova do livramento condicional, o juiz não poderá prorrogar o
benefício, devendo declarar extinta a punibilidade quando, ao chegar o
fim daquele período fixado, o beneficiário não for julgado em processo a
que responde por crime cometido na vigência do livramento.

28. O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em
julgado a sentença, em processo a que responde o liberado, por crime
cometido na vigência do livramento. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de Direito).

29. No caso de revogação do livramento condicional, SALVO QUANDO A


REVOGAÇÃO RESULTA DE CONDENAÇÃO POR OUTRO CRIME
ANTERIOR ÀQUELE BENEFÍCIO, o período em que o liberado esteve solto
não será computado para fins de cálculo da pena cumprida. (FAURGS - TJ- RS
- Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: No caso de revogação do livramento


condicional, independentemente do seu fundamento, o período em
que o liberado esteve solto não será computado para fins de cálculo da
pena cumprida.

30. Considere as seguintes hipóteses. I. O reeducando “Y.K.T” foi condenado a


uma pena de 5 anos de reclusão. Durante o gozo do livramento condicional, foi
preso por uma segunda condenação de mais 5 anos, transitada em julgado,
pela prática de crime doloso ocorrido antes da vigência do livramento. II. O
reeducando “Z.W.J” foi condenado a uma pena de 5 anos de reclusão.
Enquanto cumpria a pena no regime aberto, em prisão domiciliar, praticou novo
crime doloso, tendo sido condenado pela segunda vez a outra pena de mais 5
anos, por sentença transitada em julgado. Sobre o efeito das novas
condenações em relação ao tempo em que os reeducandos “Y.K.T” e “Z.W.J”
estiveram soltos em razão do livramento condicional e da prisão domiciliar, é
correto afirmar que os: reeducandos “Y.K.T” e “Z.W.J” conservarão como
tempo de pena efetivamente cumprida o período em que ficaram soltos,
em livramento condicional e em prisão domiciliar, respectivamente.
(FUNDEP - Gestão de Concursos - DPE- MG - Defensor Público).

31. O livramento condicional PODE ser revogado em razão da prática de crime


anterior à sua vigência. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: O livramento condicional não pode ser revogado em


razão da prática de crime anterior à sua vigência, pois os postulados
do garantismo penal incidem igualmente na execução penal.

32. NÃO É vedada a revogação do livramento condicional por crime cometido


antes do período de prova. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).

Questão original: É vedada a revogação do livramento condicional por


crime cometido antes do período de prova.

33. Enquanto cumpria pena em livramento condicional, Jaqueline vem a ser


condenada, novamente, pela prática de crime, sendo aplicada pena privativa
de liberdade, havendo trânsito em julgado. O crime, porém, que justificou a
segunda condenação era por fato anterior àquele que impôs a condenação da
pena que cumpria em livramento condicional, exatamente por isso não sendo
reconhecida a reincidência. Considerando apenas as informações narradas,
sobre a nova condenação assinale a afirmativa correta. (FGV - MPE- AL -
Analista Jurídico).

33.1. É causa de revogação obrigatória, podendo o período em livramento


condicional ser considerado como pena cumprida.

33.2. É PREVISTA, MESMO SENDO por fato anterior, como causa de


revogação do livramento condicional.
Questão original: Não é prevista, por ser por fato anterior, como causa
de revogação do livramento condicional.

33.3. É causa de revogação OBRIGATÓRIA, podendo o período em livramento


condicional ser considerado como pena cumprida, mesmo em caso de
revogação.

Questão original: É causa de revogação facultativa, podendo o


período em livramento condicional ser considerado como pena
cumprida, mesmo em caso de revogação.

33.4. É causa de revogação obrigatória, SENDO considerado como pena


cumprida o período em livramento condicional.

Questão original: É causa de revogação obrigatória, não sendo


considerado como pena cumprida o período em livramento condicional.

33.5. É causa de revogação OBRIGATÓRIA e, em caso de revogação, o


período em livramento condicional PODERÁ ser considerado como pena
cumprida.

Questão original: É causa de revogação facultativa e, em caso de


revogação, o período em livramento condicional não poderá ser
considerado como pena cumprida.

34. Celso, réu primário, condenado definitivamente por homicídio qualificado,


conseguiu livramento condicional. Durante o cumprimento do livramento
condicional, ele foi condenado novamente pelo crime de roubo, o qual havia
sido praticado antes da vigência do benefício. A respeito dessa situação
hipotética, assinale a opção correta. (CESPE - DPE- AL - Defensor Público).

34.1. As penas de Celso devem somar- Se, para efeito do livramento, quando
ocorrer o trânsito em julgado da sentença condenatória.
34.2. A situação de Celso NÃO ENSEJA prorrogação imediata do período de
prova do livramento condicional, POIS TAL CONDENAÇÃO NÃO TRANSITOU
EM JULGADO.

Questão original: A situação de Celso enseja prorrogação imediata do


período de prova do livramento condicional.

34.3. O livramento condicional PODERÁ ser novamente concedido a Celso, em


razão da reincidência específica NÃO SER DE NATUREZA HEDIONDA.

Questão original: O livramento condicional não poderá ser novamente


concedido a Celso, em razão da reincidência específica em crimes
dolosos.

34.4. O período em que Celso ficou em liberdade SERÁ computado na pena.

Questão original: O período em que Celso ficou em liberdade não será


computado na pena.

34.5. A nova condenação de Celso, A PARTIR DO SEU trânsito em julgado na


sentença, resulta na revogação imediata do benefício de livramento
condicional.

Questão original: A nova condenação de Celso, independentemente


do trânsito em julgado da sentença, resulta na revogação imediata do
benefício de livramento condicional.

35. O livramento condicional pode ser REVOGADO com a notícia de


descumprimento de suas condições, como, por exemplo, o não
comparecimento periódico em juízo. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: O livramento condicional pode ser suspenso


cautelarmente com a notícia de descumprimento de suas condições,
como, por exemplo, o não comparecimento periódico em juízo.
36. A condenação definitiva pela prática de crime anterior punido
exclusivamente com multa é causa de revogação facultativa do benefício do
livramento condicional. (FGV - AL- RO - Consultor Legislativo).

37. O livramento condicional pode ser mantido se a condenação por crime


doloso praticado durante o período de prova resultar em aplicação de pena
restritiva de direitos. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

38. Mauro, que cumpria pena de reclusão de cinco anos, foi beneficiado com
livramento condicional, mas deixou de cumprir algumas das condições
especificadas na sentença e o benefício foi revogado. Nessa situação, novo
livramento condicional NÃO PODERÁ ser concedido. (CESPE - TJ- PB - Juiz
de Direito).

Questão original: Mauro, que cumpria pena de reclusão de cinco anos,


foi beneficiado com livramento condicional, mas deixou de cumprir
algumas das condições especificadas na sentença e o benefício foi
revogado. Nessa situação, novo livramento condicional poderá ser
concedido depois que Mauro cumprir um sexto do restante de sua
pena.

39. Segundo o regime do livramento condicional, será julgada extinta a


pena privativa de liberdade, se expirar o prazo do livramento sem
revogação. (FCC - PC- AP - Delegado de Polícia).

40. O livramento condicional NÃO PODE ser revogado se, após expirado o
período de prova, sobrevier informação de que o sentenciado descumpriu
alguma condição imposta durante seu cumprimento. (FCC - DPE- AP -
Defensor Público). SÚMULA 617, STJ
Questão original: O livramento condicional pode ser revogado se,
após expirado o período de prova, sobrevier informação de que o
sentenciado descumpriu alguma condição imposta durante seu
cumprimento.
SÚMULA 617, STJ – “A ausência de suspensão ou revogação do
livramento condicional antes do término do período de prova enseja
extinção da punibilidade pelo integral cumprimento da pena”.

41. Segundo a jurisprudência majoritária do STJ, o descumprimento das


condições do livramento condicional NÃO PODE ser aferido após o término do
período de prova, QUANDO este não tenha sido prorrogado pelo juízo da
execução. (FCC - DPE- ES - Defensor Público). SÚMULA 617, STJ

Questão original: Segundo a jurisprudência majoritária do STJ, o


descumprimento das condições do livramento condicional pode ser
aferido após o término do período de prova, ainda que este não tenha
sido prorrogado pelo juízo da execução.

42. A prática de falta grave não interrompe os prazos para fins de comutação
de pena nem para a concessão de indulto, MAS INTERROMPE para obtenção
de livramento condicional. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).

Questão original: A prática de falta grave não interrompe os prazos


para fins de comutação de pena nem para a concessão de indulto,
tampouco para obtenção de livramento condicional.

PACOTE ANTICRIME – Com o advento da Lei 13.964/19 (pacote


anticrime), o benefício do livramento condicional só poderá ser
concedido ao condenado (entre outros requisitos) caso ele não tenha
cometido falta grave nos últimos 12 (doze) meses.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Quando a pena (privativa de liberdade) fixada pelo Juiz seja igual ou superior a 2
anos, o livramento condicional poderá ser concedido ao condenado, desde que (em
relação a parcela de pena já cumprida): cumprida mais de 1/3 da pena se o
condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;
cumprida mais da 1/2 se o condenado for reincidente em crime doloso; ou
cumpridos mais de 2/3, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo,
sendo vedado esse benefício ao apenado reincidente específico em crimes dessa
natureza; ou ao condenado por crime hediondo ou equiparado com resultado
morte (essa parte final foi inclusa pelo PACOTE ANTICRIME).

2. Em regra, a reincidência não impede a concessão do livramento condicional. A


única exceção se verifica quando o apenado seja reincidente específico em crimes
hediondos ou equiparados, ou ainda pelo tráfico de pessoas.

3. O livramento condicional será obrigatoriamente revogado se o liberado for


condenado, irrecorrivelmente, por crime praticado durante a vigência do beneficio (a
pena privativa de liberdade), ou por crime anterior, observado o art. 84 do CP.
Entretanto, a revogação será facultativa quando o liberado deixar de cumprir
qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado,
por crime ou contravenção (a pena que não seja privativa de liberdade).

5. SÚMULA 617, STJ – “A ausência de suspensão ou revogação do livramento


condicional antes do término do período de prova enseja extinção da punibilidade
pelo integral cumprimento da pena”.

6. PACOTE ANTICRIME – Com o advento da Lei 13.964/19 (pacote anticrime), o


benefício do livramento condicional só poderá ser concedido ao condenado (entre
outros requisitos) caso ele não tenha cometido falta grave nos últimos 12 (doze)
meses.

3.10. EFEITOS DA CONDENAÇÃO

Efeitos genéricos e específicos

Art. 91 - São efeitos da condenação:

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;

II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de


boa- Fé:

a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico,


alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;

b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito


auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.

§1º - Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao


produto ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando
se localizarem no exterior.

§2º - Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas na


legislação processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do
investigado ou acusado para posterior decretação de perda.
Art. 91- A - Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei
comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser
decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens
correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e
aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito. (Incluído pela
Lei 13.964/19 - Pacote Anticrime).

§1º - Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por
patrimônio do condenado todos os bens:

I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o


benefício direto ou indireto, na data da infração penal ou recebidos
posteriormente; e

II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação


irrisória, a partir do início da atividade criminal.

§2º - O condenado poderá demonstrar a inexistência da


incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio.

§3º - A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente


pelo Ministério Público, quando do oferecimento da denúncia, com
indicação da diferença apurada.

§4º - Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença


apurada e especificar os bens cuja perda for decretada.

§5º - Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por


organizações criminosas e milícias deverão ser declarados perdidos em
favor da União ou do Estado, dependendo da justiça onde tramita a ação
penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das pessoas, a
moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados
para o cometimento de novos crimes.

Art. 92 - São também efeitos da condenação:

I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a


um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração Pública;

b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4


(quatro) anos nos demais casos.

II – a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da


curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos contra
outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro
descendente ou contra tutelado ou curatelado;

III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso.

Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos,
devendo ser motivadamente declarados na sentença.

1. Um dos efeitos da condenação é tornar certa a obrigação de indenizar o


dano causado pelo crime. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

2. A sentença penal condenatória com trânsito em julgado evidencia, quando


possível, o dano causado pelo agente mediante a prática de sua conduta
típica, e gera para a vítima um título executivo judicial. (Quadrix - CRO - PR -
Procurador Jurídico).

3. Os efeitos GENÉRICOS da condenação criminal são automáticos, sendo,


pois, despicienda suas declarações na sentença. (VUNESP - TJ- MS - Juiz de
Direito).

Questão original: Os efeitos genéricos e específicos da condenação


criminal são automáticos, sendo, pois, despicienda suas declarações na
sentença.

Observação: Os efeitos da condenação podem ser principais e


secundários. Os efeitos principais dizem respeito a própria aplicação
da pena ou medida de segurança. Já os efeitos secundários são as
próprias consequências da sentença penal condenatória, podendo ser
penais ou extrapenais.
- Os efeitos extrapenais são aqueles que atingem vários ramos do
direito, podendo ser genéricos ou automáticos.

a) Efeitos genéricos: incidem sobre todos os crimes, sendo


automáticos (obrigação de reparar o dano e confisco).

b) Efeitos específicos: incidem sobre determinados crimes, não sendo


automáticos, pois exige- Se a expressa motivação na sentença (a
perda de cargo, função pública ou mandato eletivo; incapacidade para o
exercício familiar, da cutela ou da curatela; e inabilitação para dirigir
veículo – quando utilizado como meio para a prática de crime doloso).

4. Sobre os efeitos da condenação, a obrigação de indenizar o dano causado


pelo crime é efeito automático da sentença penal condenatória. (FCC - DPE-
BA - Defensor Público).

5. O efeito da condenação de tornar certa a obrigação de indenizar independe


do dano causado pelo crime, NÃO DEPENDENDO de expressa motivação nos
crimes dolosos OU CULPOSOS. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal
- Procurador Legislativo).

Questão original: O efeito da condenação de tornar certa a obrigação


de indenizar independe do dano causado pelo crime, mas depende de
expressa motivação nos crimes dolosos.

6. Além de seus efeitos penais, a sentença proferida em processo criminal


pode gerar outros efeitos, a exemplo de tornar certa a obrigação de reparar o
dano causado pelo crime, ou mesmo fazer com que o condenado venha a
perder eventual função pública. (Quadrix - CRO - PR - Procurador Jurídico).

7. Um dos efeitos da condenação é a perda em favor da União, ressalvado o


direito do lesado ou de terceiro de boa- Fé, do produto do crime ou de
qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a
prática do fato criminoso. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
8. Um dos efeitos da condenação penal é a perda, em favor da União, do
produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito
auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. (Quadrix - CRO - PR -
Procurador Jurídico).

9. O efeito da condenação de perda em favor do Estado da Federação do


produto do crime NÃO DEPENDE de motivação declarada na sentença, pois É
um efeito automático. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Procurador Legislativo).
Questão original: O efeito da condenação de perda em favor do
Estado da Federação do produto do crime depende de motivação
declarada na sentença, pois não é um efeito automático.

10. O efeito da condenação de perda de bens e valores pode ser decretado


mesmo quando o proveito ou produto do crime NÃO FOREM ENCONTRADOS
OU QUANDO SE LOCALIZAREM NO EXTERIOR. (FCC - Câmara Legislativa
do Distrito Federal - Procurador Legislativo).

Questão original: O efeito da condenação de perda de bens e valores


pode ser decretado mesmo quando o proveito ou produto do crime
forem encontrados no Brasil.

11. Sobre os efeitos da condenação, a estigmatização do condenado é um


efeito NÃO DECLARADO da sentença penal condenatória. (FCC - DPE- BA -
Defensor Público).
Questão original: Sobre os efeitos da condenação, a estigmatização
do condenado é um efeito declarado da sentença penal condenatória.

12. A proibição de exercício de cargo, função ou atividade pública pode ter


caráter temporário, com natureza de pena de interdição temporária de direitos,
mas pode também ter caráter permanente, se for efeito da
condenação. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
13. No que toca aos efeitos da condenação, correto afirmar que constitui efeito
ESPECÍFICO E NÃO AUTOMÁTICO a perda de cargo, função ou mandato
eletivo. (FCC - SEGEP- MA - Procurador do Estado).

Questão original: No que toca aos efeitos da condenação, correto


afirmar que constitui efeito genérico e automático a perda de cargo,
função ou mandato eletivo.
14. A perda do cargo público imposta na sentença penal condenatória, como
efeito extrapenal, possui efeitos permanentes, contudo não implica
impossibilidade de investidura em outro cargo público. (CESPE - TRE- RS -
Analista Judiciário).

15. A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como efeito extrapenal de


condenação, NÃO REQUER imprescritibilidade do delito cometido. (FCC -
TCE- CE - Auditor).

Questão original: A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como


efeito extrapenal de condenação, requer imprescritibilidade do delito
cometido.

16. Um dos efeitos da condenação é a perda de cargo, função pública ou


mandato eletivo quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual
ou superior a UM ANO, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação
de dever para com a Administração Pública. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor
de Justiça).

Questão original: Um dos efeitos da condenação é a perda de cargo,


função pública ou mandato eletivo quando aplicada pena privativa de
liberdade por tempo igual ou superior a dois anos, nos crimes
praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública.

17. A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como efeito extrapenal de


condenação, requer condenação igual ou superior a UM ANO nos crimes
praticados com abuso de poder ou na violação do dever para com a
Administração pública e condenação por tempo superior a quatro anos nos
demais casos. (FCC - TCE- CE - Auditor).

Questão original: A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como


efeito extrapenal de condenação, requer condenação igual ou superior
a dois anos nos crimes praticados com abuso de poder ou na violação
do dever para com a Administração pública e condenação por tempo
superior a quatro anos nos demais casos.

18. A perda do cargo ou função pública, como efeito da condenação criminal,


ocorrerá quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo IGUAL OU
SUPERIOR A 1 ANO, nos crimes praticados com violação de dever para com a
Administração pública. (FCC - Prefeitura de Campinas - SP - Procurador).

Questão original: A perda do cargo ou função pública, como efeito da


condenação criminal, ocorrerá quando aplicada pena privativa de
liberdade por tempo superior a seis meses, nos crimes praticados com
violação de dever para com a Administração pública.

19. A perda do cargo ou função pública, como efeito da condenação criminal,


ocorrerá quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo IGUAL OU
SUPERIOR A 1 ANO, nos crimes praticados com abuso de poder, violação de
dever para com a Administração pública ou contra a probidade administrativa.
(FCC - Prefeitura de Campinas - SP - Procurador).

Questão original: A perda do cargo ou função pública, como efeito da


condenação criminal, ocorrerá quando aplicada pena privativa de
liberdade por tempo superior a quatro anos, nos crimes praticados
com abuso de poder, violação de dever para com a Administração
pública ou contra a probidade administrativa.

20. A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como efeito extrapenal de


condenação, requer condenação igual ou superior a um ano NOS CRIMES
PRATICDOS COM ABUSO DE PODER OU VIOLAÇÃO DE DEVER PARA
COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. (FCC - TCE- CE - Auditor).

Questão original: A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como


efeito extrapenal de condenação, requer condenação igual ou superior
a um ano em todos os crimes praticados contra a Administração
pública.
21. Conforme o Código Penal e a legislação aplicável, NÃO CONSTITUI efeito
automático da condenação criminal, POIS DEPENDE de expressa motivação
em sentença: nos casos de crimes praticados com violação de dever para com
a administração pública, a perda de cargo ou função pública, quando aplicada
pena privativa de liberdade igual ou superior a um ano. (CESPE - TJ- SC - Juiz
de Direito).

Questão original: Conforme o Código Penal e a legislação aplicável,


constitui efeito automático da condenação criminal, que independe de
expressa motivação em sentença: nos casos de crimes praticados com
violação de dever para com a administração pública, a perda de cargo
ou função pública, quando aplicada pena privativa de liberdade igual ou
superior a um ano.

22. Constitui efeito extrapenal NÃO AUTOMÁTICO da condenação pela prática


do crime de corrupção passiva a perda do cargo ocupado por servidor, desde
que a pena aplicada ao condenado seja igual ou superior a um ano, DEVENDO
SER MOTIVAMENTE DECLARADO NA SENTENÇA. (CESPE - TRE- RS -
Analista Judiciário).

Questão original: Constitui efeito extrapenal automático da


condenação pela prática do crime de corrupção passiva a perda do
cargo ocupado por servidor, desde que a pena aplicada ao
condenado seja igual ou superior a um ano.

23. A perda do cargo ou função pública, como efeito da condenação criminal,


ocorrerá quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a um
ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração pública ou por tempo superior a quatro anos nos demais
casos. (FCC - Prefeitura de Campinas - SP - Procurador).

24. A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como efeito extrapenal de


condenação, requer condenação igual ou superior a um ano nos crimes
praticados com abuso de poder ou na violação do dever para com a
Administração pública e condenação por tempo superior a quatro anos nos
demais casos. (FCC - TCE- CE - Auditor).

25. A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como efeito extrapenal de


condenação, requer condenação igual ou superior a um ano nos crimes
praticados com abuso de poder ou na violação do dever para com a
Administração pública e condenação por tempo superior a QUATRO ANOS
nos demais casos. (FCC - TCE- CE - Auditor).

Questão original: A perda de cargo, função ou mandato eletivo, como


efeito extrapenal de condenação, requer condenação igual ou superior
a um ano nos crimes praticados com abuso de poder ou na violação do
dever para com a Administração pública e condenação por tempo
superior a cinco anos nos demais casos.

26. O efeito da condenação de perda de cargo público ocorre em qualquer


crime quando aplicada pena privativa de liberdade superior a 4 anos, se
expressamente motivada na sentença. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito
Federal - Procurador Legislativo).

27. A perda do cargo ou função pública, como efeito da condenação criminal,


ocorrerá quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a
QUATRO ANOS na hipótese de crimes dolosos OU CULPOSOS. (FCC -
Prefeitura de Campinas - SP - Procurador).

Questão original: A perda do cargo ou função pública, como efeito da


condenação criminal, ocorrerá quando aplicada pena privativa de
liberdade por tempo superior a cinco anos e somente na hipótese de
crimes dolosos.

28. A perda do cargo ou função pública, como efeito da condenação criminal,


ocorrerá quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a
QUATRO ANOS independentemente da natureza do bem lesado. (FCC -
Prefeitura de Campinas - SP - Procurador).
Questão original: A perda do cargo ou função pública, como efeito da
condenação criminal, ocorrerá quando aplicada pena privativa de
liberdade por tempo superior a três anos independentemente da
natureza do bem lesado.

29. Sobre os efeitos da condenação, quando for aplicada pena privativa de


liberdade por tempo superior a 4 anos NÃO É automática a perda de cargo,
função pública ou mandato eletivo. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: Sobre os efeitos da condenação,quando for aplicada


pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 anos é automática a
perda de cargo, função pública ou mandato eletivo.

30. A perda de cargo público, nos casos em que for aplicada pena privativa de
liberdade por tempo superior a quatro anos, em caso de homicídio, NÃO É um
efeito automático da sentença condenatória, HAVENDO necessidade de
declaração motivada do juiz na sentença. (MPDFT - MPDFT - Promotor de
Justiça).

Questão original: A perda de cargo público, nos casos em que for


aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos,
em caso de homicídio, é um efeito automático da sentença
condenatória, não havendo necessidade de declaração motivada do
juiz na sentença.

31. A condenação de servidor público por quaisquer crimes decorrentes de


preconceito de raça ou de cor NÃO IMPLICA perda automática do cargo
público. (CESPE - TRE- BA - Analista Judiciário - Área Judiciária).
Questão original: A condenação de servidor público por quaisquer
crimes decorrentes de preconceito de raça ou de cor implica perda
automática do cargo público.

Observação: A perda do cargo público pela condenação de servidor


público por quaisquer crimes decorrentes de preconceito de raça ou de
cor não é automática, pois depende de expressa motivação na
sentença.

ATENÇÃO: Nos crimes de tortura e organização criminosa a perda


do cargo é automática, isto é, independe de expressa motivação na
sentença.

32. Conforme o Código Penal e a legislação aplicável, NÃO CONSTITUI efeito


automático da condenação criminal, POIS DEPENDE de expressa motivação
em sentença: nos casos de servidor público condenado pela prática de crime
resultante de discriminação ou preconceito de raça, cor, religião ou
procedência nacional, a perda do cargo ou da função pública. (CESPE - TJ- SC
- Juiz de Direito).

Questão original: Conforme o Código Penal e a legislação aplicável,


constitui efeito automático da condenação criminal, que independe de
expressa motivação em sentença: nos casos de servidor público
condenado pela prática de crime resultante de discriminação ou
preconceito de raça, cor, religião ou procedência nacional, a perda do
cargo ou da função pública.

33. Caso João seja condenado criminalmente, a decretação da perda do seu


cargo público, por ser efeito específico da condenação, deve ser
motivadamente declarada em sentença. (CESPE - PGE- PE - Analista -
Superior).

34. Um policial militar, em dia de folga e vestido com traje civil, se embriagou
voluntariamente e saiu à rua armado, decidido a roubar um carro. Empunhando
seu revólver particular, ele abordou um motorista e o ameaçou, obrigando- O a
descer do automóvel. A vítima obedeceu, mas, ao perceber a embriaguez do
assaltante, saiu correndo com as chaves do carro. Deparando- Se adiante com
uma viatura da polícia militar, relatou o ocorrido aos componentes da
guarnição, que foram ao local e prenderam o policial em flagrante. Em
decorrência de tais fatos, o policial foi submetido a processo penal que resultou
na sua condenação em três anos, dez meses e vinte dias de reclusão pela
tentativa de roubo. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção
correta de acordo com a jurisprudência do STJ. (CESPE - TJ- AM - Juiz de
Direito).

34.1. O policial militar, mesmo fora do exercício da função, violou dever


inerente a ela, porque está vinculado à administração pública no exercício das
atividades cotidianas, sendo cabível a perda do cargo como efeito da
condenação.

34.2. Na hipótese descrita e em casos semelhantes, sendo a pena privativa de


liberdade inferior a quatro anos, a condenação, QUANDO MOTIVADAMENTE
DECLARADA, PODE implicar a perda do cargo público.

Questão original: Na hipótese descrita e em casos semelhantes,


sendo a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos, a
condenação por si só nunca implica a perda do cargo público.

34.3. O policial militar não praticou crime funcional típico porquanto o delito
previsto no art. 157 do CP — Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para
outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa — MAS, APESAR
DISSO, o réu em questão PODERIA ser afastado do cargo.

Questão original: O policial militar não praticou crime funcional típico


porquanto o delito previsto no art. 157 do CP — Subtrair coisa móvel
alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à
pessoa — é comum e, por isso, o réu em questão não poderia ser
afastado do cargo.
35. A perda do cargo público, quando a pena privativa de liberdade for
estabelecida em tempo inferior a quatro anos, apenas pode ser decretada
como efeito da condenação quando o crime for cometido com abuso de poder
ou com violação de dever para com a administração pública. (CESPE - TRT
- 8ª Região - PA e AP - Analista Judiciário - Área Judiciária).
36. Um Julgador Administrativo Tributário do Tesouro Estadual, que praticou
crime sem violação de dever para com a Administração pública e sem abuso
de poder, foi condenado a pena privativa de liberdade em 3 anos. O
Magistrado, como efeito da condenação, determinou a perda do cargo do
funcionário, que ingressou medida para ser reintegrado ao cargo. Neste caso, o
funcionário: poderá ser reintegrado, pois a condenação por crime comum é
inferior a 4 anos. (FCC - SEFAZ- PE - Julgador Administrativo Tributário do
Tesouro Estadual).

37. Analise as seguintes situações hipotéticas de funcionários públicos


processados criminalmente e condenados pela Justiça Pública: I. Xisto,
escrevente do Tribunal de Justiça de Roraima, foi condenado a cumprir pena
de 02 anos de reclusão pelo crime de corrupção passiva, após receber dinheiro
durante o seu trabalho regular para retardar o andamento de um determinado
processo. II. Joaquim, analista judiciário do Tribunal Regional Federal da
Primeira Região, é preso em flagrante quando retornava de uma viagem de
lazer para Miami, ao tentar importar mercadoria proibida, sendo condenado a
cumprir pena de 03 anos de reclusão pelo crime de contrabando. III. Benício,
funcionário da Prefeitura de Boa Vista, foi condenado a cumprir pena de 02
anos de reclusão pelo crime de peculato, após apropriar- Se de dinheiro da
municipalidade, que recebeu em razão do cargo que ocupa. IV. Cassio,
funcionário público da Secretaria de Estado da Saúde de Roraima, é
condenado a cumprir pena de 03 anos de reclusão, após praticar o crime do
artigo 343, do Código Penal, na medida em que ofereceu dinheiro ao perito
judicial nomeado em ação de indenização por danos materiais e morais que
move contra José, responsável pelo acidente de trânsito que lhe causou lesões
corporais gravíssimas, para que o expert elaborasse um laudo favorável.
Estarão sujeitos à perda do cargo público como efeito da condenação criminal,
nos termos preconizados pelo Código Penal, mediante declaração motivada do
Juiz na sentença: Xisto e Benício. (FCC - TRE- RR - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

38. Um dos efeitos da condenação é a incapacidade para o exercício do


poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena
de reclusão cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder
familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou
curatelado. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

39. Constitui efeito extrapenal secundário específico da condenação a


declaração de incapacidade para o exercício do pátrio poder, em caso de
crime doloso sujeito à pena de reclusão cometido contra filho. (CESPE -
DPE- AL - Defensor Público).

40. Conforme o Código Penal e a legislação aplicável, NÃO CONSTITUI efeito


automático da condenação criminal, POIS DEPENDE de expressa motivação
em sentença: nos casos de crime doloso sujeito à pena de reclusão cometido
contra filho, tutelado ou curatelado, a incapacidade para o exercício do poder
familiar, da tutela ou da curatela. (CESPE - TJ- SC - Juiz de Direito).

Questão original: Conforme o Código Penal e a legislação aplicável,


constitui efeito automático da condenação criminal, que independe de
expressa motivação em sentença: nos casos de crime doloso sujeito à
pena de reclusão cometido contra filho, tutelado ou curatelado, a
incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da
curatela.

41. O efeito da condenação de incapacidade para o exercício da tutela ou


curatela ocorre em casos de crimes dolosos punidos com RECLUSÃO quando
praticados contra o tutelado ou curatelado. (FCC - Câmara Legislativa do
Distrito Federal - Procurador Legislativo).

Questão original: O efeito da condenação de incapacidade para o


exercício da tutela ou curatela ocorre em casos de crimes dolosos
punidos com detenção quando praticados contra o tutelado ou
curatelado.

42. Um dos efeitos da condenação é a inabilitação para dirigir veículo,


quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. (MPE- PR - MPE-
PR - Promotor de Justiça).
43. Constitui efeito extrapenal secundário específico da condenação a
INABILITAÇÃO para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática
de crime doloso. (CESPE - DPE- AL - Defensor Público).

Questão original: Constitui efeito extrapenal secundário específico da


condenação a suspensão de autorização ou de habilitação para
dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime
doloso, pelo tempo da pena imposta.

44. Se alguém, dolosamente, utilizar seu automóvel para causar lesão na


vítima, um dos efeitos da condenação penal será a INABILITAÇÃO PARA
DIRIGIR VEÍCULO. (Quadrix - CRO - PR - Procurador Jurídico).

Questão original: Se alguém, dolosamente, utilizar seu automóvel para


causar lesão na vítima, um dos efeitos da condenação penal será a
perda do veículo em favor da União.

45. Conforme o Código Penal e a legislação aplicável, constitui efeito


automático da condenação criminal, que independe de expressa motivação
em sentença: no caso de servidor público condenado pela prática de crime de
tortura, a perda do cargo ou da função pública e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. (CESPE - TJ- SC - Juiz de
Direito).

Observação: Conforme o art. 1º, §5º da Lei de Tortura (Lei 9.455/97):


“A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego
público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena
aplicada”.

46. No que toca aos efeitos da condenação, correto afirmar que para os
crimes de tortura, além da perda do cargo, função ou emprego público,
igualmente prevista a interdição de seu exercício por prazo determinado em
lei. (FCC - SEGEP- MA - Procurador do Estado).
47. No que toca aos efeitos da condenação, correto afirmar que nos crimes de
licitações, AINDA QUE TENTADOS, os autores, quando servidores públicos,
além das sanções penais, estão sujeitos à perda do cargo, emprego, função ou
mandato eletivo. (FCC - SEGEP- MA - Procurador do Estado).

Questão original: No que toca aos efeitos da condenação, correto


afirmar que nos crimes de licitações, desde que consumados, os
autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, estão
sujeitos à perda do cargo, emprego, função ou mandato eletivo.

48. Conforme o Código Penal e a legislação aplicável, NÃO CONSTITUI efeito


automático da condenação criminal, POIS DEPENDE de expressa motivação
em sentença: nos casos de condenação pela prática de crime falimentar, a
inabilitação para o exercício de atividade empresarial, pelo prazo de cinco anos
após a extinção da punibilidade. (CESPE - TJ- SC - Juiz de Direito).

Questão original: Conforme o Código Penal e a legislação aplicável,


constitui efeito automático da condenação criminal, que independe de
expressa motivação em sentença: nos casos de condenação pela
prática de crime falimentar, a inabilitação para o exercício de atividade
empresarial, pelo prazo de cinco anos após a extinção da punibilidade.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. Os efeitos da condenação podem ser principais e secundários, sendo que os


principais dizem respeito a própria aplicação da pena ou medida de segurança, e os
secundários referem- Se as próprias consequências da sentença penal condenatória,
podendo ser penais ou extrapenais.

2. Os efeitos extrapenais são aqueles que atingem vários ramos do direito, podendo
ser genéricos ou automáticos. Enquanto os efeitos genéricos são aqueles que
incidem sobre todos os crimes, sendo automáticos (obrigação de reparar o dano e
confisco), os efeitos específicos são aqueles que incidem sobre determinados crimes,
não sendo automáticos, pois dependem de expressa motivação na sentença (a
perda de cargo, função pública ou mandato eletivo; incapacidade para o exercício
familiar, da cutela ou da curatela; e inabilitação para dirigir veículo – quando utilizado
como meio para a prática de crime doloso).

3. São efeitos da condenação (não automáticos): a perda de cargo, função pública


ou mandato eletivo quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou
superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever
para com a Administração Pública, ou quando for aplicada pena privativa de liberdade
por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. De modo diverso, nos crimes
de tortura e organização criminosa a perda do cargo público é automática, pois
não depende de expressa motivação na sentença.

3.11. REABILITAÇÃO

Reabilitação

Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença


definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu
processo e condenação.

Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da


condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na
situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo.

Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia


em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução,
computando- Se o período de prova da suspensão e o do livramento
condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado:

I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;

II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom


comportamento público e privado;

III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta


impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que
comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.

Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer


tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos
comprobatórios dos requisitos necessários.

Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do


Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por
decisão definitiva, a pena que não seja de multa.

1. O juízo competente para processar a reabilitação é o JUIZ DA AÇÃO


PENAL. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

Questão original: O juízo competente para processar a reabilitação é o


juízo das execuções penais. 2. A
reabilitação pode ser requerida após o decurso de dois anos do dia em que
for extinta de qualquer modo a pena, seja o condenado reincidente ou não.
(MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

3. Acerca da concessão da reabilitação, está correto o que se afirma apenas


em: (FCC - TJ- SC - Juiz de Direito).

3.1. Ter domicílio no país pelo prazo de DOIS ANOS DO DIA EM QUE FOR
EXTINTA DE QUALQUER MODO A PENA.

Questão original: Ter domicílio no país pelo prazo de quatro anos.


3.2.
Condenação a pena APLICADA EM SENTENÇA DEFINITIVA.

Questão original: Condenação a pena superior a dois anos, no caso


de pena privativa de liberdade.

3.3. Ter demonstrado efetiva e constantemente bom comportamento público


e privado.

3.4. Ter ressarcido o dano causado ou demonstrado a impossibilidade


absoluta de fazê- Lo.

3.5. No cômputo do prazo de sursis não ter havido revogação.

4. Na hipótese de não haver renúncia da vítima ou novação da dívida, é


condição para reabilitação a prova de haver ressarcido o dano causado pelo
crime ou demonstrar a impossibilidade de fazê- Lo. (MPE- RS - MPE- RS -
Promotor de Justiça).

5. Uma vez negada à reabilitação não há prazo mínimo para renovação do


pedido. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de Justiça).

6. A revogação de reabilitação pode ser decretada pelo juiz de ofício, ou a


requerimento do Ministério Público. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).
7. A reincidência pode conduzir à revogação, de ofício, da reabilitação. (FCC
- DPE- ES - Defensor Público).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A reabilitação poderá ser requerida, decorridos dois anos do dia em que for
extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução (seja o condenado
reincidente ou não), desde que: tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;
tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom
comportamento público e privado; e tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou
demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba
documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.

2. A reabilitação será revogada (de ofício pelo Juiz ou a requerimento do MP), na


situação em que o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva
(desde que a pena não seja de multa).

3.12. MEDIDAS DE SEGURANÇA

Espécies de medidas de segurança

Art. 96 - As medidas de segurança são:

I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em


outro estabelecimento adequado;

II - sujeição a tratamento ambulatorial.

Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança


nem subsiste a que tenha sido imposta.

Imposição da medida de segurança para inimputável

Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art.


26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá
o juiz submetê- Lo a tratamento ambulatorial.

Prazo

§1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado,


perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a
cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três)
anos.
Perícia médica

§2º - A perícia médica realizar- Se-á ao termo do prazo mínimo fixado e


deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o
juiz da execução.

Desinternação ou liberação condicional

§3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser


restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano,
pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade.

§4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a


internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.

Substituição da pena por medida de segurança para o semi- Imputável

Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e


necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa
de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial,
pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e
respectivos §§ 1º a 4º.

Direitos do internado

Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de


características hospitalares e será submetido a tratamento.

1. A medida de segurança, a exemplo da pena, tem o caráter PREVENTIVO e


sua finalidade principal é promover a recuperação do doente ou perturbado
mental. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A medida de segurança, a exemplo da pena, tem o


caráter retributivo e sua finalidade principal é promover a recuperação
do doente ou perturbado mental.

Observação: As medidas de segurança têm como finalidade a


prevenção de novos crimes (prevenção especial), haja vista que o
agente não apresenta culpabilidade, mas sim periculosidade
(imputáveis e semi- Imputáveis com periculosidade). Por isso, não há
imposição de pena, mas sim tratamento curativo.
2. As medidas de segurança aplicam- Se no caso de prática de
contravenção prevista na Lei nº 3.688/41. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).

3. O internado por medida de segurança deve ser encaminhado para


estabelecimento com características hospitalares, onde deve receber
tratamento. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz federal).

4. Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico são


consideradas medidas de segurança. (IESES - TJ- AM - Titular de Serviços
de Notas e de Registros).

5. As medidas de segurança podem ser detentivas (internação) ou


restritivas (tratamento ambulatorial). E conforme entendimento do STF, a
melhora do quadro psiquiátrico e clínico do paciente autoriza o juízo de
execução ou juiz que sentenciou a determinar procedimento de desinternação
progressiva em regime de semi- Internação. (NUCEPE - PC- PI - Delegado
de Polícia).

6. As medidas de segurança aplicáveis aos inimputáveis são: internação


em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico; na falta deste em
estabelecimento adequado; e sujeição a tratamento ambulatorial. Mas se
estiver extinta a punibilidade, nenhuma dessas medidas deve incidir. (IBFC -
TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).
7. As medidas de segurança, APESAR da natureza e da finalidade, SE
SUBMETEM ao instituto da extinção de punibilidade. (CESPE - DPE- AC -
Defensor Público).

Questão original: As medidas de segurança, em razão da natureza e


da finalidade, não se submetem ao instituto da extinção de punibilidade.

8. Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste


a que tenha sido imposta. (IESES - TJ- AM - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
9. Extinta a punibilidade, o juiz NÃO PODERÁ determinar que o agente seja
submetido a tratamento ambulatorial para garantia da ordem pública, MESMO
se concluir que ele ainda oferece risco para a sociedade. (CESPE - TRF - 1ª
REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Extinta a punibilidade, o juiz poderá determinar que


o agente seja submetido a tratamento ambulatorial para garantia da
ordem pública, se concluir que ele ainda oferece risco para a
sociedade.

10. As medidas de segurança são de internação em hospital de custódia e


tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado e de
sujeição a tratamento ambulatorial. Caso o fato previsto como crime seja
punível com detenção, poderá o juiz submetê- Lo a tratamento
ambulatorial. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

11. Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação. Se, todavia,
o fato previsto como crime for punível com detenção, PODERÁ o juiz submetê-
Lo a tratamento ambulatorial. (IESES - TJ- AM - Titular de Serviços de Notas e
de Registros).

Questão original: Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua


internação. Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com
detenção, deverá o juiz submetê- Lo a tratamento ambulatorial.

Observação: As espécies de medidas de segurança são:

a) internação (em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico) –


quando o fato é punido com reclusão;

b) tratamento ambulatorial – quando o fato é punido com detenção.

JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ – Para os tribunais superiores, em


situações excepcionais, é admissível a substituição da internação por
tratamento ambulatorial nos casos em que o fato seja punível com
reclusão, quando a desnecessidade da internação seja evidente.
12. Se o agente for inimputável, a ele deverá ser imposta medida de segurança
de internação, DESDE QUE o crime seja punido com RECLUSÃO. (CESPE -
TRF - 1ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Se o agente for inimputável, a ele deverá ser imposta


medida de segurança de internação, ainda que o crime seja punido
com detenção.

13. “Em 2012, Tício, contando com 20 anos de idade, teve conjunção carnal
com Malévola, que contava com 13 anos de idade. Tício foi denunciado e, no
curso do processo, confessou os fatos. O auto de corpo de delito comprovou a
conjunção carnal. O exame de insanidade mental revelou que Tício, por
doença mental, era, ao tempo do ato, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato.” A sanção penal, aplicada dois anos após os fatos, foi:
medida de segurança consistente em internação em hospital de custódia
e tratamento psiquiátrico. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

Assertivas: As demais alternativas desta questão estão incorretas:

a) pena de reclusão;

b) pena de detenção;

d) medida de segurança consistente em tratamento ambulatorial.


14. Tratando- Se de Medida de Segurança, a fixação do período de internação
ou tratamento ambulatorial não comportará tempo determinado, perdurando
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de
periculosidade. O prazo mínimo, contudo, deverá ser de 1 (um) a 3 (três)
anos. (IESES - TJ- RO - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

15. O período de reavaliação da medida de segurança é de no mínimo 1 e no


máximo 3 anos. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: O período de reavaliação da medida de segurança é


de no mínimo 2 e no máximo 5 anos.

16. A medida de segurança tem prazo de duração indeterminado, perdurando


enquanto não cessada a periculosidade, PODENDO SER menor que 03 (três)
anos. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: A medida de segurança tem prazo de duração


indeterminado, perdurando enquanto não cessada a periculosidade,
mas não será menor que 03 (três) anos.

17. Ao inimputável, enquanto não cessada a periculosidade, continuará se


impondo medida de segurança, DESDE QUE o fato por ele praticado NÃO
DEIXE de ser criminoso. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: Ao inimputável, enquanto não cessada a


periculosidade, continuará se impondo medida de segurança, ainda
que o fato por ele praticado deixe de ser criminoso.

18. Aos inimputáveis aplicam- Se medida de segurança, mas, uma vez


cessada a condição, o agente NÃO PASSARÁ a cumprir a pena
correspondente ao crime praticado. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: Aos inimputáveis aplicam- Se medida de segurança,


mas, uma vez cessada a condição, o agente passará a cumprir a pena
correspondente ao crime praticado.
19. As medidas de segurança de internação ou tratamento ambulatorial, quanto
aos réus inimputáveis, são aplicáveis por prazo INDETERMINADO, DEVENDO
SER O PRAZO MÍNIMO de 01 a 03 anos. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: As medidas de segurança de internação ou


tratamento ambulatorial, quanto aos réus inimputáveis, são aplicáveis
por prazo determinado de 01 a 03 anos.
20. As internações psiquiátricas, em qualquer uma de suas modalidades, deve
ter prazo INDETERMINADO, e as medidas de segurança devem durar, no
mínimo, de um a três anos. (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

Questão original: As internações psiquiátricas, em qualquer uma de


suas modalidades, deve ter prazo determinado, e as medidas de
segurança devem durar, no mínimo, de um a três anos.

21. A internação, ou tratamento ambulatorial, serão por tempo


INDETERMINADO, fixado entre 1 e 3 anos, NO MÍNIMO. (FCC - POLITEC -
AP - Perito médico- Legista).

Questão original: A internação, ou tratamento ambulatorial, serão por


tempo determinado, fixado entre 1 e 3 anos, no máximo.

22. Tendo em vista as suas especificidades, a medida de segurança NÃO


PODERÁ durar perpetuamente. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de
Polícia Civil).
Questão original: Tendo em vista as suas especificidades, a medida
de segurança poderá durar perpetuamente.

23. Segundo a orientação jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de


Justiça, o tempo de duração da medida de segurança não poderá ser superior
ao tempo máximo de pena abstratamente cominado ao crime praticado pelo
agente. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito). SÚMULA 527, STJ
24. Segundo a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, o
tempo de duração da medida de segurança NÃO PODE ultrapassar o máximo
da pena abstratamente cominada ao delito praticado. (VUNESP - TJ- SP - Juiz
de Direito). SÚMULA 527, STJ

Questão original: Segundo a jurisprudência consolidada do Superior


Tribunal de Justiça, o tempo de duração da medida de segurança pode
ultrapassar o máximo da pena abstratamente cominada ao delito
praticado.
Observação: Nada obstante o CP tenha declarado que o tempo de
medida de segurança (internação ou tratamento ambulatorial) seja por
tempo indeterminado, tanto o STF como o STJ entende que tal medida
não pode durar perpetuamente.

SÚMULA 527, STJ – "O tempo de duração da medida de segurança


não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada
ao delito praticado”.

JURISPRUDÊNCIA, STF – Para o Supremo, o tempo de duração da


medida de segurança não pode ultrapassar 30 anos, pois se a própria
pena privativa de liberdade tem o limite máximo de 30 anos para fins de
cumprimento, as medidas de segurança não poderiam ser diferentes
(com o pacote anticrime, o fundamento desta jurisprudência deve
permanecer, alterando- Se apenas o prazo para 40 anos).

25. Segundo o entendimento pacificado do STJ, a execução de medida de


segurança perdurará enquanto não cessar a periculosidade do inimputável,
sujeitando- Se, ENTRETANTO, AO TEMPO MÁXIMO DA PENA
ABSTRTAMENTE COMINADO AO CRIME PRATICADO PELO AGENTE.
(CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário). SÚMULA 527, STJ

Questão original: Segundo o entendimento pacificado do STJ, a


execução de medida de segurança perdurará enquanto não cessar a
periculosidade do inimputável, sujeitando- Se, independentemente do
delito, ao tempo máximo de duração de trinta anos.

26. De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, o tempo da


internação para o cumprimento de medida de segurança ESTÁ LIMITADO AO
TEMPO MÁXIMO DA PENA ABSTRTAMENTE COMINADO AO CRIME
PRATICADO PELO AGENTE. (CESPE - Prefeitura de Belo Horizonte - MG -
Procurador Municipal). SÚMULA 527, STJ

Questão original: De acordo com o entendimento jurisprudencial do


STJ, o tempo da internação para o cumprimento de medida de
segurança é indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada a
cessação da periculosidade.

27. O tempo de duração da medida de segurança, AINDA QUE NÃO SE


TRATE de pena criminal, NÃO PODE ultrapassar o limite máximo da pena
abstratamente cominada ao delito praticado, de acordo com o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça. (MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça).
SÚMULA 527, STJ

Questão original: O tempo de duração da medida de segurança, por


não se tratar de pena criminal, pode ultrapassar o limite máximo da
pena abstratamente cominada ao delito praticado, de acordo com o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça.

28. A duração da medida de segurança está limitada ao QUANTUM MÁXIMO


de pena privativa de liberdade cominada ao delito praticado. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil). SÚMULA 527, STJ

Questão original: A duração da medida de segurança está limitada


ao quantum mínimo de pena privativa de liberdade cominada ao delito
praticado.

29. Há entendimento do STF no sentido de que a medida de segurança deve


perdurar enquanto não haja cessado a periculosidade do agente, limitada,
contudo, ao período máximo de 30 (trinta) anos. (NUCEPE - PC- PI -
Delegado de Polícia).

30. Em que pese a ausência de limitação legal, o prazo máximo para


cumprimento das medidas de segurança, conforme a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, é de 30 (trinta) anos. (FAURGS - TJ- RS - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).
31. A perícia médica realizar- Se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá
ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da
execução. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico- Legista).

32. O exame de verificação da cessação da periculosidade do agente


submetido a medida de segurança deverá ser realizado em intervalos mínimos
de 1 (UM) ANO. (FAURGS - TJ- RS - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

Questão original: O exame de verificação da cessação da


periculosidade do agente submetido a medida de segurança deverá ser
realizado em intervalos mínimos de 6 (seis) meses.

33. A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser


restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano,
pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. (IESES - TJ- AM
- Titular de Serviços de Notas e de Registros).

34. A desinternação será sempre condicional e se restabelecerá caso o


agente, antes do decurso de 01 (um) ano, praticar fato indicativo de
periculosidade, ainda que não criminoso. (VUNESP - MPE- SP - Analista
Jurídico).

35. No caso de tratamento ambulatorial, o tempo MÍNIMO para sua ocorrência


variará de um a três anos. Terminado o prazo determinado para sua realização,
e constatado por perícia que o inimputável cumpriu o programa ambulatorial,
sua liberação do tratamento será SEMPRE CONDICIONAL. (IBFC - TRF - 2ª
REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: No caso de tratamento ambulatorial, o tempo
limitado para sua ocorrência variará de um a três anos. Terminado o
prazo determinado para sua realização, e constatado por perícia que o
inimputável cumpriu o programa ambulatorial, sua liberação do
tratamento será declarada cumprida em definitivo.
36. Lúcio, inimputável por doença mental, após três anos de internação em
hospital de custódia, foi liberado pelo juiz da execução, em decorrência de
parecer favorável da perícia médica da instituição. Depois de sete meses da
liberação, Lúcio foi detido novamente pela prática de conduta delitiva de
natureza sexual. Nesse caso, o restabelecimento da internação: é cabível,
porque o novo fato delituoso ocorreu antes de completado um ano da
liberação, que é condicional. (CESPE - TJ- PR - Juiz de Direito).

37. Imposta medida de segurança de tratamento ambulatorial ao agente, NÃO


SERÁ vedado ao juiz determinar a internação desse agente mesmo se houver
piora do seu quadro de sanidade mental. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz
federal).

Questão original: Imposta medida de segurança de tratamento


ambulatorial ao agente, será vedado ao juiz determinar a internação
desse agente mesmo se houver piora do seu quadro de sanidade
mental.

38. Uma vez eleito o tratamento ambulatorial, PODERÁ ser determinada a


internação do agente. (FCC - POLITEC - AP - Perito médico- Legista).

Questão original: Uma vez eleito o tratamento ambulatorial, não


poderá ser determinada a internação do agente.

39. Estabelece a Lei de Execução Penal que, durante a execução da pena,


sobrevindo doença mental no condenado: será internado em Hospital de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico. (FCC - PLITEC - AP - Perito médico-
Legista).
40. Havendo recurso apenas por parte da DEFESA, fica vedado ao Tribunal de
Justiça aplicar a Medida de Segurança. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Havendo recurso apenas por parte da acusação,


fica vedado ao Tribunal de Justiça aplicar a Medida de Segurança.
SÚMULA 525, STF – "A medida de segurança não será aplicada em
segunda instância, quando só o réu tenha recorrido”.

41. Havendo recurso apenas por parte da defesa, fica vedado ao Tribunal de
Justiça aplicar a Medida de Segurança. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Escrivão de Polícia Civil).

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. As medidas de segurança podem ser: internação (em hospital de custódia e


tratamento psiquiátrico), quando o fato é punido com reclusão, ou tratamento
ambulatorial, quando o fato é punido com detenção.

2. Para o CP, a medida de segurança será por tempo indeterminado, perdurando


enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade.
O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. De modo diverso, enquanto
para o STJ o tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite
máximo da pena abstratamente cominada pelo legislador (Súmula 527), para o STF a
duração deve obedecer ao limite de 30 anos.

3.13. AÇÃO PENAL

Ação pública e de iniciativa privada

Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara
privativa do ofendido.

§1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o
exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.

§2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de


quem tenha qualidade para representá- Lo.

§3º - A ação de iniciativa privada pode intentar- Se nos crimes de ação pública, se o
Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.

§4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.

A ação penal no crime complexo

Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos
que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde
que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério
Público.
Irretratabilidade da representação

Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.

Decadência do direito de queixa ou de representação

Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de


queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses,
contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do
art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da
denúncia.

Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa

Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou
tacitamente.

Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato


incompatível com a vontade de exercê- Lo; não a implica, todavia, o fato de receber o
ofendido a indenização do dano causado pelo crime.

Perdão do ofendido

Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante
queixa, obsta ao prosseguimento da ação.

Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito:

I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;

II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;

III - se o querelado o recusa, não produz efeito.

§1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de
prosseguir na ação.

§2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença


condenatória.

1. A ação penal pública incondicionada será promovida por denúncia do


Ministério Público. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Perito Criminal -
Econômicas).
2. A ação penal pública incondicionada será promovida por denúncia do
Ministério Público, E NÃO DEPENDERÁ, EM NENHUMA HIPÓTESE, de
requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá- Lo. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Perito
Criminal - Econômicas).
Questão original: A ação penal pública incondicionada será promovida
por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá- Lo.

Observação: Enquanto a ação penal pública é aquela ajuizada pelo


MP (por meio de uma denúncia), a ação penal privada é aquela
proposta pelo ofendido ou por seu representante legal (por meio uma
queixa- Crime).

Tanto na ação penal pública incondicionada como na condicionada a


denúncia é ofertada pelo MP, já que a ação é pública. Contudo, se a
ação penal for pública condicionada, será indispensável a
representação do ofendido ou a requisição do Ministro de Justiça
para que o MP possa oferecer a denúncia.

3. Os crimes previstos no código tributário são: De ação penal pública.


(LEGALLE Concursos - Prefeitura de Portão - RS - Fiscal de Tributos - Médio).

4. De acordo com o disposto na Lei n.º 8.137/1990, os crimes contra a ordem


tributária estarão sujeitos à ação penal pública incondicionada, a qual pode
ser promovida pelo Ministério Público independentemente de representação
fiscal para fins penais. (CESPE - MPE- PI - Promotor de Justiça).

5. Os crimes previstos no Estatuto do Idoso são de ação penal pública


incondicionada. (CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
6. As infrações penais eleitorais são de ação penal pública incondicionada.
(CONSUPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

7. Nos crimes de lesão corporal praticados sob âmbito da violência


doméstica e familiar contra a mulher a ação penal é pública incondicionada.
(IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária).
8. A ação penal pública condicionada DEPENDE DA REPRESENTAÇÃO DO
ofendido e NECESSITA- SE de denúncia do Ministério Público. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Perito Criminal - Econômicas).

Questão original: A ação penal pública condicionada é exercida pelo


ofendido e independe de denúncia do Ministério Público.

9. Em matéria de ação penal, a decadência apresenta diferentes efeitos. Sobre


isso, é correto afirmar que na AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À
REPRESENTAÇÃO, atinge o direito de o ofendido representar, e este não
pode mais agir. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Em matéria de ação penal, a decadência apresenta


diferentes efeitos. Sobre isso, é correto afirmar que na ação privada,
atinge o direito de o ofendido representar, e este não pode mais agir.

Observação: O prazo para a representação (na ação penal pública


condicionada) e queixa- Crime (ação penal privada) é de 06 meses,
contando a partir do dia em que a vítima ou seu representante legal
veio saber quem é o autor do crime. Esgotado o prazo, manifesta- Se a
extinção da punibilidade pela decadência.

ATENÇÃO: A retratação da representação será possível enquanto o


MP não tenha oferecido a denúncia. Já na Lei Maria da Penha
(11.340/2006), tal retratação será cabível mesmo depois que o MP já
tenha oferecido a denúncia, mas antes do recebimento pelo Juiz.
10. Nas ações penais em que a lei exige a representação do ofendido, a
retratação pode ocorrer enquanto NÃO: oferecida a denúncia. (FCC -
SEGEP- MA - Técnico de Arrecadação).

11. A representação será RETRATÁVEL antes de oferecida a denúncia.


(IESES - TJ- CE - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A representação será irretratável antes de oferecida


a denúncia.
12. A representação será irretratável DEPOIS de oferecida a denúncia. (IESES
- TJ- CE - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A representação será irretratável antes de oferecida


a denúncia.

13. A retratação da representação pode ser feita até O OFERECIMENTO DA


DENÚNCIA, cabendo ao magistrado arquivar o feito ante a ausência de
condição específica de procedibilidade. (IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário -
Área Judiciária).

Questão original: A retratação da representação pode ser feita até a


prolação de sentença de mérito, cabendo ao magistrado arquivar o 14.
feito ante a ausência de condição específica de procedibilidade. A
açã
o penal privada é exercida pelo ofendido, mediante QUEIXA- CRIME.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Perito Criminal - Econômicas).

Questão original: A ação penal privada é exercida pelo ofendido,


mediante denúncia do Ministério Público.

15. A ação penal privada é exercida pelo ofendido, mediante QUEIXA- CRIME.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Perito Criminal - Econômicas).

Questão original: A ação penal privada é exercida pelo ofendido,


mediante requisição do Ministro da Justiça.

16. Em matéria de ação penal, a decadência apresenta diferentes efeitos.


Sobre isso, é correto afirmar que sendo ação penal privada, ataca
imediatamente o direito de agir do ofendido, e o Estado perde a pretensão
punitiva. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).
17. Em matéria de ação penal, a decadência apresenta diferentes efeitos.
Sobre isso, é correto afirmar que na AÇÃO PENAL PRIVADA, impede que a
vítima apresente queixa- Crime. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: Em matéria de ação penal, a decadência apresenta


diferentes efeitos. Sobre isso, é correto afirmar que na ação penal
pública condicionada à representação, impede que a vítima
apresente queixa- Crime.

18. A possibilidade de ocorrência da decadência, causa de extinção da


punibilidade com efeito ex tunc, NÃO SUBSISTE após o início da ação penal
condicionada ou da ação penal privada. (CESPE - TJ- DFT - Técnico de
Administração).

Questão original: A possibilidade de ocorrência da decadência, causa


de extinção da punibilidade com efeito ex tunc, subsiste após o início
da ação penal condicionada ou da ação penal privada.

Observação: A decadência é a perda do direito de queixa ou de


representação em razão da inércia do seu titular durante o prazo legal.
Por isso, a decadência só pode ser verificada antes da propositura da
ação penal, manifestando- Se como causa extintiva da punibilidade.

19. Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto afirmar que a


decadência, perda do direito de ação ou de representação do ofendido em face
do decurso de tempo, NÃO TEM prazo sujeito a interrupção ou a suspensão.
(VUNESP - Prefeitura de Rosana - SP - Procurador Municipal).

Questão original: Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto


afirmar que a decadência, perda do direito de ação ou de representação
do ofendido em face do decurso de tempo, tem prazo sujeito a
interrupção ou a suspensão.
20. A decadência é causa de EXTINÇÃO de punibilidade e, no seu cômputo
temporal, deve ser computado o dia inicial e excluído o dia final. (CEFET- BA -
MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A decadência é causa de exclusão de punibilidade


e, no seu cômputo temporal, deve ser computado o dia inicial e excluído
o dia final. (CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

21. O prazo decadencial de seis meses para a propositura de queixa- Crime


por crime para o qual se prevê ação penal privada NÃO TEM início na data em
que ocorrer o fato contra o ofendido, MAS SIM no dia em que tenha tido
conhecimento da identidade do autor do crime. (CESPE - TRE- RS - Analista
Judiciário).

Questão original: O prazo decadencial de seis meses para a


propositura de queixa- Crime por crime para o qual se prevê ação penal
privada tem início na data em que ocorrer o fato contra o
ofendido, independentemente do dia em que tenha tido conhecimento
da identidade do autor do crime.

22. Dispõe o art. 100, § 4° do Código Penal: no caso de morte do ofendido ou


de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa
em sede de ação penal privada passa ao cônjuge, ascendente, descendente
ou irmão. (VUNESP - Prefeitura de Sorocaba - SP - Procurador Municipal).

23. Na hipótese de falecimento da vítima, são legítimos para iniciar ação penal
privada em seu nome o cônjuge, ascendentes, descendentes e irmãos.
(IBFC - TJ- PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária).
24. Ante a inércia do Ministério Público, pode o ofendido dar início à ação
penal, por meio do oferecimento de Queixa- Crime, mesmo nos crimes que
são processados mediante ação penal pública incondicionada. (IBFC - TJ- PE -
Técnico Judiciário - Área Judiciária).

Observação: Se o MP não oferecer a denúncia no prazo legal em


razão da sua inércia, o ofendido ou seu representante legal poderá
oferecer a queixa subsidiária (no prazo de 06 meses), a contar do
término do prazo para o oferecimento da denúncia (ação penal privada
subsidiária da pública).

25. Em relação ao crime de estelionato NÃO HÁ a necessidade de saber o


valor do prejuízo acarretado à vítima para saber se trata- Se de ação penal
pública incondicionada ou condicionada. (VUNESP - Prefeitura de Porto
Ferreira - SP - Procurador Jurídico).

Questão original: Em relação ao crime de estelionato há a


necessidade de saber o valor do prejuízo acarretado à vítima para
saber se trata- Se de ação penal pública incondicionada ou
condicionada.

26. A ação penal privada subsidiária é cabível no crime de furto de coisa


comum (CP, art. 156). (VUNESP - PC- SP - Delegado de Polícia).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam crimes


que somente se procedem mediante queixa (ação penal privada):

a) exercício arbitrário das próprias razões, sem emprego de violência


(CP, art. 345, parágrafo único);

c) esbulho possessório de propriedade particular, sem emprego de


violência (CP, art. 161, II, § 3o);

d) fraude à execução (CP, art. 179);

e) dano (CP, art. 163, caput).


27. Situação hipotética: Um servidor público, no exercício de suas funções, foi
vítima de injúria e difamação. Assertiva: Nessa situação, será concorrente a
legitimidade do servidor ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público,
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal
correspondente. (CESPE - STJ - Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador).
28. Constituem causas de extinção da punibilidade que se relacionam com a
ação penal pública condicionada: a composição homologada dos danos
civis no juizado especial criminal e a decadência. (FCC - TJ- RR - Juiz de
Direito).

Assertivas: As demais alternativas desta questão estão incorretas:

a) a perempção e o perdão do ofendido.

b) a decadência e a perempção.

c) o perdão do ofendido e a composição homologada dos danos civis


no juizado especial criminal.

d) a decadência e o perdão do ofendido.

29. João Carlos, 30 anos, brasileiro, com residência transitória na Argentina,


aproveitando- Se da aquisição de material descartado por uma indústria gráfica
falida, passou a fabricar moeda brasileira em território argentino. Para garantir
a diversidade da moeda falsificada, João imprimia notas de 50 e de 100 reais.
Ao entrar em território brasileiro João foi revistado por policiais que
encontraram as notas falsificadas em meio a sua bagagem. João foi acusado
da prática do crime previsto no artigo 289 do Código Penal. De acordo com as
teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto
dizer que, nesse caso, cabe a aplicação: incondicionada da lei brasileira,
uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública. (Instituto Acesso
- PC- ES - Delegado de Polícia).

30. Durante uma festa, após desentendimentos entre Carlos e Miro, este
proferiu xingamentos racistas contra aquele, o que levou Carlos a empurrar seu
agressor, que caiu em uma mesa de vidro. Com o forte impacto, a mesa se
despedaçou completamente e seus cacos causaram cortes profundos por todo
o corpo de Miro. Os convidados ligaram para a polícia e para o corpo de
bombeiros: Carlos foi preso em flagrante e Miro foi encaminhado ao hospital,
onde ficou internado por cinco dias, com risco de morte; passou por
procedimentos cirúrgicos e, posteriormente, teve de ficar afastado de sua
atividade laboral por trinta e dois dias. O Ministério Público denunciou Carlos
por lesão corporal de natureza grave. Nessa situação hipotética, o crime
praticado por Carlos é de: ação penal pública condicionada à
representação. (CESPE - MPE- PI - Analista Ministerial - Área Processual).

31. Acácio, no dia 19 de fevereiro de 2018 (segunda- Feira), foi vítima do crime
de difamação. O ofensor foi seu vizinho Firmino. Trata- Se de crime de ação
privada, cujo prazo decadencial (penal) para o oferecimento da petição inicial é
de 6 meses a contar do conhecimento da autoria do crime. Sobre a contagem
do prazo, qual seria o último dia para o oferecimento da queixa- Crime? 17 de
agosto de 2018 (sexta- Feira). (VUNESP - PC- BA - Investigador de Polícia
Civil).

32. Lauro foi denunciado pela prática do crime de lesão corporal leve praticada
no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher (art. 129, § 9º, CP
– pena: 3 meses a 3 anos de reclusão). Antes do recebimento da denúncia,
veio a ser denunciado em outra ação penal, dessa vez pelo crime de ameaça,
também praticado no contexto da Lei nº 11.340/06, após a vítima ter
comparecido à Delegacia, narrado o ato e afirmado que desejava ver Lauro
processado, nos termos exigidos pelo Código Penal para responsabilização
criminal, pleiteando medidas de urgência. Após o oferecimento das denúncias,
mas antes do recebimento, a companheira de Lauro, Joana, suposta vítima,
comparece ao cartório do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher, informando não mais ter interesse em ver Lauro responsabilizado
criminalmente pelos fatos. Diante da informação de Joana, o servidor poderá
esclarecer que a vontade da vítima: poderá justificar retratação da
representação em relação ao crime de ameaça, observadas as exigências
legais em audiência especial, mas não do crime de lesão corporal. (FGV -
TJ- SC - Analista Jurídico).

33. Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto afirmar que a


perempção pode ser reconhecida na AÇÃO PRIVA EXCLUSIVA e havendo
dois ou mais querelantes, sua ocorrência alcança somente aquele que lhe deu
causa, prosseguindo quanto aos demais. (VUNESP - Prefeitura de Rosana -
SP - Procurador Municipal).
Questão original: Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto
afirmar que a perempção pode ser reconhecida na ação privada
exclusiva e na ação privada subsidiária da pública e havendo dois ou
mais querelantes, sua ocorrência alcança somente aquele que lhe deu
causa, prosseguindo quanto aos demais.

34. Cinco meses após ser vítima de crime de calúnia majorada, Juliana, 65
anos, apresentou queixa em desfavor de Tereza, suposta autora do fato,
perante Vara Criminal, que era o juízo competente. Recebida a queixa, no
curso da ação, Juliana, solteira, veio a falecer, deixando como único familiar
sua filha Maria, de 30 anos de idade, já que não tinha irmãos e seus pais eram
previamente falecidos. Após a juntada da certidão de óbito, o serventuário
certificou tal fato na ação penal. Diante da certidão e da natureza da ação, é
correto afirmar que: deverá ser reconhecida a perempção caso Maria não
compareça em juízo no prazo legal para dar prosseguimento à ação penal.
(FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).

35. De acordo com o Código Penal, o recebimento de indenização pelo dano


resultante do crime NÃO CARACTERIZA renúncia tácita ao direito de prestar
queixa. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

Questão original: De acordo com o Código Penal, o recebimento de


indenização pelo dano resultante do crime caracteriza renúncia tácita
ao direito de prestar queixa.
36. Extingue- Se a punibilidade: pelo perdão judicial, concedido a critério da
autoridade judicial ou, pelo perdão, DESDE QUE ACEITO, nos crimes de ação
privada nos casos previstos em lei. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia
- SP - Advogado).

Questão original: Extingue- Se a punibilidade: pelo perdão judicial,


concedido a critério da autoridade judicial ou, pelo perdão, ainda que
não aceito, nos crimes de ação privada nos casos previstos em lei.
37. O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante
QUEIXA, obsta ao prosseguimento da ação. (IESES - TJ- CE - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: O perdão do ofendido, nos crimes em que somente


se procede mediante representação, obsta ao prosseguimento da
ação.

Observação: O perdão aceito se verifica após o oferecimento da


queixa- Crime, em razão da desistência da vítima em relação ao
prosseguimento da ação, manifestando- Se como causa extintiva da
punibilidade. O perdão aceito:

- pode ser expresso ou tácito;

- pode ocorrer até o trânsito em julgado da sentença condenatória;

- depende da aceitação do querelado (ato bilateral);

- se concedido a um dos querelados, a todos aproveita;

- se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito das outras


vítimas.

38. O perdão do ofendido exige aceitação do querelado para produzir efeito.


(FCC - TRT - 6ª Região - PE - Juiz do trabalho).
39. O perdão do ofendido PODER SER expresso OU TÁCITO. (FCC - TRT - 6ª
Região - PE - Juiz do trabalho).

Questão original: O perdão do ofendido só é admissível se expresso.

40. Sobre os efeitos da condenação, o perdão tácito do ofendido É admissível


no direito penal brasileiro. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: Sobre os efeitos da condenação, o perdão tácito do


ofendido não é admissível no direito penal brasileiro.
41. O perdão do ofendido NÃO É admissível depois que passa em julgado a
sentença condenatória. (FCC - TRT - 6ª Região - PE - Juiz do trabalho).

Questão original: O perdão do ofendido é admissível mesmo depois


que passa em julgado a sentença condenatória.

42. O perdão do ofendido NÃO PREJUDICA o direito dos outros, se concedido


por um dos ofendidos. (FCC - TRT - 6ª Região - PE - Juiz do trabalho).

Questão original: O perdão do ofendido prejudica o direito dos outros,


se concedido por um dos ofendidos.

43. O perdão do ofendido APROVEITA a todos, se concedido apenas a um dos


querelados. (FCC - TRT - 6ª Região - PE - Juiz do trabalho).

Questão original: O perdão do ofendido não aproveita a todos, se


concedido apenas a um dos querelados.

44. A e B, em concurso de agentes, praticam o crime de difamação (CP, art.


139) contra C e D: o perdão do ofendido, concedido pelos querelantes C e D
em favor de A, aproveita a B, e o perdão do ofendido, concedido somente
pelo querelante C em favor de A e B, não obsta o direito do querelante D de
prosseguir na ação penal privada contra A e B. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).
45. Caio, jovem de 18 anos, não aceitando o namoro da mãe com Mévio, em
coautoria com Tício, seu amigo de infância, no dia 30 de abril de 2015,
munidos de dois megafones, dirigiram- Se ao local onde Mévio trabalhava e lá
passaram a relatar fatos e circunstâncias íntimas do namorado da mãe,
especialmente, que ele havia sido traído pela ex- Mulher, tendo descoberto
recentemente não ser o pai biológico da filha. Mévio, envergonhado com o
episódio, largou o emprego e desmanchou o namoro. Em consideração à ex-
Namorada, Mévio decide perdoar Caio do crime contra a honra praticado.
Contudo, em relação a Tício, deseja que ele seja processado e exemplarmente
punido pela vergonha infligida. A respeito da situação retratada, assinale a
alternativa correta: Tendo Mévio perdoado Caio, não poderá ofertar queixa-
Crime em face de Tício, pois, em se tratando de crime de ação penal
privada, o perdão concedido a um dos ofensores a todos aproveita.
(VUNESP - IPSMI - Procurador).

46. Manoel, munido por sentimento de vingança após um desentendimento,


imputa falsamente a Jorge, Mateus e Ricardo, seus vizinhos, um crime de
roubo ocorrido em sua residência no dia 10 de Setembro de 2015, ciente da
inocência dos mesmos. Os ofendidos, inconformados, pretendem ajuizar ação
penal privada contra Manoel. Contudo, Jorge irá perdoar Manoel e subscrever
uma declaração para tanto. Neste caso, consumado o perdão do ofendido
Jorge: os ofendidos Mateus e Ricardo não terão os seus direitos
prejudicados e poderão ajuizar ação penal privada contra Manoel. (FCC -
TRE- SE - Analista Judiciário - Área Judiciária).

47. Deoclécio foi vítima de furto de um par de tênis, em 15 de janeiro de 2016,


data em que tomou conhecimento que o autor do crime era Hermenegildo. O
Promotor de Justiça teve vista do inquérito policial em 1º de março de 2016,
uma terça- Feira. Tratando- Se de indiciado solto, o prazo para o Promotor de
Justiça manifestar- Se encerrou em 16 de março de 2016, uma quarta- Feira.
Como o Promotor de Justiça permanecia sem manifestar- Se nos autos do
inquérito, em 08 de setembro de 2016, 6 meses e sete dias após o fato,
Deoclécio ajuíza Queixa- Crime (ação penal privada subsidiária da pública)
contra Hermenegildo, imputando- Lhe a prática de furto. No curso da instrução
são indiscutivelmente provadas a materialidade e a autoria do crime que recai
sobre Hermenegildo. Em alegações finais, Deoclécio, por seu advogado
munido de procuração com poderes especiais para tanto, concede perdão ao
querelado, invocando o art. 58 do Código de Processo Penal que diz:
“Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo
tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.”. Também
em alegações finais, Hermenegildo aceita o perdão oferecido. Com base
nesses dados fáticos, assinale a alternativa correta: Não é admissível o
perdão dada a natureza do crime. (MPE- RS - MPE- RS - Promotor de
Justiça).
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1. A ação penal pode ser pública ou privada. Enquanto neste a vítima ou seu
representante legal propõe a queixa- Crime, naquele o MP oferece a denúncia.

2. Diferentemente da ação penal pública incondicionada, na ação penal pública


condicionada o MP só poderá oferecer a denúncia se houver representação do
ofendido ou requisição do Ministro de Justiça.

3. O prazo para a representação (na ação penal pública condicionada) e queixa-


Crime (ação penal privada) é de 06 meses, a contar da ciência de quem é o autor do
crime. Expirado o prazo, está extinta a punibilidade do agente em razão da
decadência.

4. A retratação da representação será possível enquanto o MP não tenha oferecido


a denúncia. Exceção: Na Lei Maria da Penha (11.340/2006), tal retratação será
cabível ainda que o MP já tenha oferecido a denúncia, desde que antes de seu
recebimento pelo Juiz.

5. A ação penal privada subsidiária da pública se verifica quando o ofendido ou


seu representante legal apresenta uma queixa subsidiária na hipótese em que o
MP não oferece a denúncia no prazo legal em razão da sua inércia.

6. O perdão aceito se verifica após o oferecimento da queixa- Crime, em razão da


desistência da vítima em relação ao prosseguimento da ação, manifestando- Se
como causa de extinção da punibilidade. O perdão aceito pode ser expresso ou
tácito; pode ocorrer até o trânsito em julgado da sentença condenatória; depende da
aceitação do querelado (ato bilateral); se concedido a um dos querelados, a todos
aproveita, e se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito das outras
vítimas.

3.14. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Extinção da Punibilidade

Art. 107 - Extingue- Se a punibilidade:

I - pela morte do agente;

II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento


constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes
conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão.

Perdão judicial

Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos
de reincidência.

01. No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as causas extintivas da
punibilidade, trata- Se de rol exemplificativo, já que são admitidas pela
legislação causas ali não contidas, como, por exemplo, o cumprimento da
suspensão condicional do processo. (VUNESP - PC- SP - Delegado de
Polícia).

02. No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as causas extintivas da
punibilidade, trata- Se de ROL EXEMPLIFICATIVO, já que ADMITE
exceção. (VUNESP - PC- SP - Delegado de Polícia).

Questão original: No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as


causas extintivas da punibilidade, trata- Se de rol taxativo, já que não
admite exceção.

Observação: As causas de extinção da punibilidade são


exemplificativas (e não taxativas), já que existem outras causas
extintivas que se encontram fora do art. 107 do CP.

ATENÇÃO: É perfeitamente admissível causa supralegal de extinção


da punibilidade, como se vê, por exemplo, na SÚMULA 554 do STF –
“O pagamento do cheque emitido sem provisão de fundos, após o
recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal”
(ou seja, se o pagamento for antes, estará extinta a punibilidade).
03. NÃO É taxativo o rol das causas de extinção da punibilidade previsto no
artigo 107 do Código Penal. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

Questão original: É taxativo o rol das causas de extinção da


punibilidade previsto no artigo 107 do Código Penal.

04. No tocante aos crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as


relações de consumo, previstos na Lei n° 8.137/90, o pagamento integral do
tributo, a qualquer tempo, determina o encerramento da investigação policial
ou do curso da ação penal em virtude: da extinção da
punibilidade. (INSTITUTO AOCP - PC- ES - Escrivão de Polícia Civil).

05. É causa de extinção da punibilidade a reparação de dano decorrente de


peculato culposo por funcionário público, antes do trânsito em julgado de
sentença condenatória. (FCC - Prefeitura de São Luís - MA - Auditor
Tributário).

06 ►. NÃO EXTINGUE- SE a punibilidade pelo casamento do agente com a


vítima, nos crimes contra a dignidade sexual. (NUCEPE - PC- PI - Agente de
Polícia Civil).

Questão original: Extingue- Se a punibilidade pelo casamento do


agente com a vítima, nos crimes contra a dignidade sexual.

07. A extinção da punibilidade se dá nos crimes de ações privadas NÃO


SOMENTE quando o delito for de menor potencial ofensivo, previsto na Lei
9.099/95. (IESES - TJ- MA - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A extinção da punibilidade somente se dá nos


crimes de ações privadas quando o delito for de menor potencial
ofensivo, previsto na Lei 9.099/95.

08. COMO A punibilidade NÃO É requisito do crime sob o aspecto


formal, MESMO QUE excluída a pretensão punitiva, ESTARÁ caracterizado o
crime (EM REGRA). (CESPE - TJ- DFT - Técnico de Administração).
Questão original: Sendo a punibilidade requisito do crime sob o
aspecto formal, excluída a pretensão punitiva, não estará caracterizado
o crime.

Observação: Tendo em vista que a punibilidade não é elemento do


crime, mas sim sua consequência, eventual causa extintiva não elimina
o crime, mas faz com que o Estado perca seu direito de punir. Contudo,
excepcionalmente, a extinção da punibilidade pode fazer
desaparecer o próprio crime. Verifica- Se tal situação nos casos de
abolitio criminis e anistia (o fato praticado tornou- Se atípico).

09. As causas de extinção de punibilidade NÃO se comunicam aos coautores e


partícipes QUANDO FOREM DE CARÁTER PESSOAL. (FCC - PGE- TO -
Procurador do Estado).

Questão original: As causas de extinção de punibilidade sempre se


comunicam aos coautores e partícipes, em razão de se tratar de
matéria de ordem pública.

10. Assinale a opção que apresenta causa que acarreta a extinção da


punibilidade, extensível aos coautores e partícipes: perempção. (CESPE -
DPE- AL - Defensor Público).

Assertivas: As demais alternativas desta questão representam causas


de extinção da punibilidade que não se comunicam aos coautores e
partícipes:

a) morte do agente;

c) perdão judicial;

d) retratação do querelado na calúnia;

e) prescrição ao agente menor de vinte e um anos.


11. Para que ocorra extinção da punibilidade nas ações penais condicionadas a
representação NÃO É necessária a concordância das partes envolvidas e NÃO
SE EXIGE homologação judicial do perdão. (IESES - TJ- MA - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Para que ocorra extinção da punibilidade nas ações


penais condicionadas a representação é necessária a concordância das
partes envolvidas e a homologação judicial do perdão.

12. As causas de extinção da punibilidade que atingem a pretensão executória


NÃO ELIMINAM os efeitos penais de eventual sentença condenatória,
PODENDO ser pressuposto da reincidência BEM COMO ser usada como título
executivo judicial na área cível. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: As causas de extinção da punibilidade que atingem a


pretensão executória eliminam todos os efeitos penais de
eventual sentença condenatória, não podendo ser pressuposto
da reincidência tampouco ser usada como título executivo judicial na
área cível.

Observação: As causas de extinção da punibilidade podem atingir a


pretensão executória, isto é, momento após o trânsito em julgado da
sentença penal condenatória. Por isso, extingue somente a pena (efeito
principal), preservando todos os efeitos secundários da condenação
(penais e extrapenais), mantendo- Se íntegro os maus antecedentes, a
reincidência e pode ser utilizada como título executivo judicial na
área cível.

13. A extinção da punibilidade no direito penal brasileiro pode ocorrer em


diversas hipóteses, dentre elas: morte do agente, perdão judicial, pela
prescrição, decadência ou perempção e pela renúncia do direito de queixa
nas ações privadas. (IESES - TJ- MA - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).
Observação: As causas de extinção da punibilidade elencadas (no
art. 107 do CP) são:

I - pela morte do agente;

II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos


crimes de ação privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

14. Extingue- Se a punibilidade: pela prescrição, decadência ou


perempção; pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos
crimes de ação privada. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP -
Advogado).

15. Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue- Se a punibilidade:


pela prescrição e decadência, BEM COMO pela perempção. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Investigador).

Questão original: Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-


Se a punibilidade: pela prescrição e decadência, mas não pela
perempção.

16. São causas de extinção da punibilidade: a morte do agente; a prescrição; a


renúncia ao direito de queixa, nos crimes de ação penal privada. (VUNESP -
MPE- SP - Analista Jurídico).
Questão original: São causas de extinção da punibilidade a morte do
agente; a prescrição; a renúncia ao direito de queixa, nos crimes de
ação penal privada e, nos crimes sem violência, o ressarcimento do
dano à vítima.

17. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito,


e depois de ouvido o Ministério Público, declarará a extinção da
punibilidade. (VUNESP - TJ- RS - Juiz de Direito).

18. A morte do agente extingue todos os efeitos penais, INCLUSIVE a


cobrança da pena de multa e da pena alternativa pecuniária, que NÃO
PODERÃO ser cobradas dos herdeiros. (CESPE - DPE- PE - Defensor
Público).

Questão original: A morte do agente extingue todos os efeitos penais,


exceto a cobrança da pena de multa e da pena alternativa pecuniária,
que poderão ser cobradas dos herdeiros.

19. Em caso de morte do agente, extingue- Se a punibilidade, não podendo a


pena alcançar os herdeiros do agente, salvo quanto à obrigação de reparação
de dano, no limite do patrimônio herdado. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO -
Técnico Judiciário - Área Administrativa).

20. Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue- Se a punibilidade:


pela retroatividade de lei que não mais considera o fato criminoso.
(INSTITUTO AOCP - PC- ES - Investigador).
21. Extingue- Se a punibilidade: pela retroatividade de lei que não mais
considera o fato como criminoso. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia -
SP - Advogado).

22. Na AÇÃO PENAL PRIVADA, a perempção determina a extinção da


punibilidade do réu. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: Na ação privada subsidiária da pública, a


perempção determina a extinção da punibilidade do réu.
23. Perempção e renúncia ao direito de queixa são causas de extinção da
punibilidade relacionadas à ação penal privada. (CESPE - STJ - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

24. A renúncia, o perdão e a perempção extinguem a punibilidade na AÇÃO


PENAL PRIVADA. (CESPE - MPE- PI - Analista Ministerial - Área Processual).

Questão original: A renúncia, o perdão e a perempção extinguem a


punibilidade na ação penal privada e na ação pública condicionada a
representação.

25. Conforme o CP, a decadência e a perempção são causas de extinção da


punibilidade. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).
Questão original: Conforme o CP, a decadência, a perempção e o
livramento condicional são causas de extinção da punibilidade.

26. A renúncia ao direito de queixa E a decadência são causas de extinção da


punibilidade. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

Questão original: Ao contrário da renúncia ao direito de queixa, a


decadência é causa de extinção da punibilidade.

27. Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue- Se a punibilidade:


pelo perdão aceito, nos crimes de ação penal PRIVADA. (INSTITUTO AOCP -
PC- ES - Investigador).
Questão original: Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-
Se a punibilidade: pelo perdão aceito, nos crimes de ação penal
pública.

28. Consoante preceitua o Código Penal, em relação à extinção da


punibilidade, assinalar a alternativa CORRETA: Pela renúncia do direito de
queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de AÇÃO PRIVADA. (OBJETIVA -
SAMAE de Jaguariaíva - PR - Advogado).
Questão original: Consoante preceitua o Código Penal, em relação à
extinção da punibilidade, assinalar a alternativa CORRETA: Pela
renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
pública e privada.

29. Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue- Se a punibilidade:


pela retratação do agente, NOS CASOS EM QUE A LEI ADMITE. (INSTITUTO
AOCP - PC- ES - Investigador).

Questão original: Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-


Se a punibilidade: pela retratação do agente, em qualquer delito
contra o patrimônio.

30. Consoante preceitua o Código Penal, em relação à extinção da


punibilidade, assinalar a alternativa CORRETA: Pela retratação do agente,
NOS CASOS EM QUE A LEI A ADMITE. (OBJETIVA - SAMAE de Jaguariaíva
- PR - Advogado).

Questão original: Consoante preceitua o Código Penal, em relação à


extinção da punibilidade, assinalar a alternativa CORRETA: Pela
retratação do agente, em qualquer caso.

31. No Código Penal, a retratação do agente é admissível a crimes de ação


penal privada, como a calúnia (CP, art. 138) e a difamação (CP, art. 139),
SENDO TAMBÉM admissível a crimes de ação penal pública
incondicionada. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: No Código Penal, a retratação do agente é


admissível a crimes de ação penal privada, como a calúnia (CP, art.
138) e a difamação (CP, art. 139), mas não é admissível a crimes de
ação penal pública incondicionada.

Observação: Em regra, a retratação se verifica nas ações penais


privadas ou em ações públicas condicionadas, desde que ocorra
antes do oferecimento da denúncia. Contudo, o CP admite a retratação
em ações penais públicas incondicionadas, como por exemplo, no crime
de falso testemunho (342, §2º, CP).

32. É causa de extinção da punibilidade, expressamente prevista no art. 107


do CP, o perdão judicial. (VUNESP - Prefeitura de São Bernardo do Campo -
SP - Procurador).

33. Extingue- Se a punibilidade do agente pelo perdão judicial, nos casos


previstos em lei. (FCC - Prefeitura de São Luís - MA - Auditor Tributário).

34. O perdão judicial tem natureza jurídica de causa extintiva da


punibilidade. (FCC - TCE- AM - Auditor).

35. O perdão judicial é previsto no Código Penal como causa de EXTINÇÃO


DA PUNIBILIDADE. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).

Questão original: O perdão judicial é previsto no Código Penal como


causa de exclusão da culpabilidade, em que pese haja tipicidade e
ilicitude, gerando absolvição própria.

36. A sentença que reconhece perdão judicial impõe EXTINÇÃO DA


PUNIBILIDADE. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).

Questão original: A sentença que reconhece perdão judicial impõe


absolvição imprópria, gerando aplicação de medida de segurança.
37. O perdão judicial é causa de EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. (FGV - TJ-
SC - Técnico Judiciário).

Questão original: O perdão judicial é causa de exclusão da


tipicidade, gerando absolvição própria.

38. Consoante preceitua o Código Penal, em relação à extinção da


punibilidade, assinalar a alternativa CORRETA: Pelo perdão judicial, NOS
CASOS PREVISTOS EM LEI. (OBJETIVA - SAMAE de Jaguariaíva - PR -
Advogado).
Questão original: Consoante preceitua o Código Penal, em relação à
extinção da punibilidade, assinalar a alternativa CORRETA: Pela
retratação do agente, em qualquer caso.

39. A sentença concessiva do perdão judicial obsta o cumprimento de pena


privativa de liberdade, POIS extingue a punibilidade do réu. (CESPE - TJ- PB -
Juiz de Direito).

Questão original: A sentença concessiva do perdão judicial obsta o


cumprimento de pena privativa de liberdade, mas não extingue a
punibilidade do réu.

40. O perdão judicial DEPENDE de lei, pois é realizado por meio DO PODER
JUDICIÁRIO. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

Questão original: O perdão judicial independe de lei, pois é realizado


por meio de Decreto Presidencial.

41. A concessão do perdão judicial nos casos previstos em lei é causa extintiva
da punibilidade do crime, não subsistindo qualquer efeito condenatório,
INCLUSIVE para fins de reincidência. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).

Questão original: A concessão do perdão judicial nos casos previstos


em lei é causa extintiva da punibilidade do crime, não subsistindo
qualquer efeito condenatório, salvo para fins de reincidência.

SÚMULA 18, STJ – “A sentença concessiva do perdão judicial é


declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito
condenatório” (o réu continua primário e de bons antecedentes).

42. A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da


punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. (MPE- PR -
MPE- PR - Promotor de Justiça).
43. ► A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para
efeitos de reincidência. (FCC - PGE- TO - Procurador do Estado).

44. A sentença que aplica perdão judicial não será considerada para efeitos
de reincidência, em que pese haja reconhecimento da prova da materialidade
e da autoria. (FGV - TJ- SC - Técnico Judiciário).

45. Sobre os efeitos da condenação, o perdão judicial exclui os efeitos da


condenação, INCLUSIVE a reincidência. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: Sobre os efeitos da condenação, o perdão judicial


exclui os efeitos da condenação, salvo a reincidência.

46. A concessão de perdão judicial INTERFERE na possibilidade de


reconhecimento da reincidência. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de Polícia).

Questão original: A concessão de perdão judicial não interfere


na possibilidade de reconhecimento da reincidência.

47. O perdão judicial concedido ao agente impede que, posteriormente, seja


considerado reincidente, caso novo crime seja praticado. (VUNESP - MPE- SP
- Analista Jurídico).
48. Extingue- Se a punibilidade: pela morte do agente; pela anistia, graça ou
indulto. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP - Advogado).

49. A anistia, graça ou indulto SÃO hipóteses de extinção da punibilidade,


POIS ESTÃO EXPRESSAMENTE PREVISTAS EM LEI (107, CP). (FCC -
PGE- TO - Procurador do Estado).

Questão original: A anistia, graça ou indulto não são hipóteses de


extinção da punibilidade, por serem atos concedidos pelo chefe do
Poder Executivo, e não pelo Judiciário.

50. Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue- Se a punibilidade:


pela anistia, BEM COMO pela graça ou indulto. (INSTITUTO AOCP - PC- ES -
Investigador).
Questão original: Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-
Se a punibilidade: pela anistia, mas não pela graça ou indulto.

51. A extinção da punibilidade também poderá ocorrer na anistia,


indulto. (IESES - TJ- MA - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A extinção da punibilidade também poderá ocorrer


na anistia, indulto e no Juízo de retratação promovido pelo juiz da
causa.

52. A punibilidade de VÁRIOS CRIMES pode ser extinta por meio de graça e
indulto. (CESPE - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: A punibilidade de qualquer crime pode ser extinta


por meio de graça e indulto.

53. A ANISTIA gera a extinção dos efeitos penais primários e secundários da


condenação, permanecendo íntegros, apenas, os seus efeitos civis. (FGV - TJ-
AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: A anistia, o indulto e a graça geram a extinção dos


efeitos penais primários e secundários da condenação, permanecendo
íntegros, apenas, os seus efeitos civis.

Observação: A anistia, graça e indulto são causas extintivas da


punibilidade. Contudo, suas diferenças são nítidas:

a) Anistia: é um benefício coletivo; alcança fatos; criação por meio de


lei ordinária (Congresso Nacional); atinge todos os efeitos penais (mas
não os extrapenais); pode ocorrer antes ou após o trânsito em julgado.

b) Graça (indulto individual): é um benefício individual; alcança


pessoa determinada; depende de requerimento expresso ao juiz; ato
privativo e discricionário do Presidente da república (pode delegar ao
ME, PGR e AGU); atinge apenas os efeitos penais primários (mas não
os efeitos penais secundários – gera reincidência – subsistem os efeitos
extrapenais); só pode ocorrer após o trânsito em julgado.

c) Indulto (indulto coletivo): é um benefício coletivo; alcança um


grupo de condenados; pode ser concedido de ofício pelo juiz; ato
privativo e discricionário do Presidente da república (pode delegar ao
ME, PGR e AGU); atinge apenas os efeitos penais primários (mas não
os efeitos penais secundários – gera reincidência – subsistem os efeitos
extrapenais); só pode ocorrer após o trânsito em julgado.

54. A anistia gera a extinção dos efeitos penais primários E secundários,


permanecendo íntegros, APENAS, os efeitos civis da condenação. (FGV - TJ-
AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: A anistia gera a extinção dos efeitos penais


primários, mas não os secundários, permanecendo íntegros, também,
os efeitos civis da condenação.

55. A anistia concedida antes ou depois da condenação extingue todos os


efeitos penais, INCLUSIVE a reincidência, mas subsiste a obrigação de
indenizar. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Questão original: A anistia concedida antes ou depois da condenação


extingue todos os efeitos penais, à exceção da reincidência, mas
subsiste a obrigação de indenizar.

56. Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto afirmar que a anistia


pode ocorrer antes ou depois da sentença, opera efeito EX TUNC e ABRANGE
os efeitos civis da decisão. (VUNESP - Prefeitura de Rosana - SP - Procurador
Municipal).

Questão original: Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto


afirmar que a anistia pode ocorrer antes ou depois da sentença, opera
efeito ex nunc e não abrange os efeitos civis da decisão.
57. Uma lei de anistia NÃO PODE ser revogada por lei posterior, diante de
mudança de opinião do Congresso Nacional a respeito da extinção de
punibilidade concedida. (CESPE - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: Uma lei de anistia pode ser revogada por lei
posterior, diante de mudança de opinião do Congresso Nacional a
respeito da extinção de punibilidade concedida.

58. O instrumento normativo para instrumentalizar o indulto e a GRAÇA é o


decreto presidencial; enquanto a ANISTIA é concedida por lei. (CESPE - DPE-
PE - Defensor Público).
Questão original: O instrumento normativo para instrumentalizar o
indulto e a anistia é o decreto presidencial; enquanto a graça é
concedida por lei.

59. A GRAÇA destina- Se a um indivíduo determinado,


condenado irrecorrivelmente, podendo, assim como o indulto, ser concedida de
forma total ou parcial. (CESPE - TRE- RS - Analista Judiciário).

Questão original: A anistia destina- Se a um indivíduo determinado,


condenado irrecorrivelmente, podendo, assim como o indulto,
ser concedida de forma total ou parcial.

60. O indulto E A GRAÇA são concedidos através de Decreto do Presidente da


República, enquanto a ANISTIA é prevista em lei federal. (FGV - TJ- AL -
Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: O indulto é concedido através de Decreto do


Presidente da República, enquanto a anistia e a graça são previstos em
lei federal.

61. Graça e indulto podem ser concedidos NÃO SOMENTE pelo presidente da
República, uma vez que tais prerrogativas são SUSCETÍVEIS de delegação.
(CESPE - PC- GO - Delegado de Polícia).
Questão original: Graça e indulto somente podem ser concedidos pelo
presidente da República, uma vez que tais prerrogativas são
insuscetíveis de delegação.

62. O indulto coletivo é forma de indulgência concedida espontaneamente pelo


Presidente da República atribuição esta DELEGÁVEL AO AGU, PGR E
MINISTRO DE ESTADO. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: O indulto coletivo é forma de indulgência concedida


espontaneamente pelo Presidente da República atribuição esta
indelegável a qualquer outra autoridade.

63. Na hipótese de indulto individual, o parecer do Conselho Penitenciário NÃO


VINCULA o Presidente da República. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça).

Questão original: Na hipótese de indulto individual, o parecer do


Conselho Penitenciário vincula o Presidente da República.

64. O indulto NÃO DEPENDE de lei ordinária para sua concessão. (FUNCAB -
PC- PA - Delegado de Polícia).
Questão original: O indulto depende de lei ordinária para
sua concessão.

65. O indulto, diante de sua natureza coletiva, INDEPENDE de provocação e


requerimento do beneficiado, POIS a extinção da pena PODE SER
CONCEDIDA de ofício pelo juiz. (FGV - TJ- AL - Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador).

Questão original: O indulto, diante de sua natureza coletiva, depende


de provocação e requerimento do beneficiado, não podendo ser
declarada a extinção da pena de ofício pelo juiz.
66. O indulto individual ou graça pode ser recusado pelo beneficiário, caso
estabelecidas condições para a sua concessão. (MPE- PR - MPE- PR -
Promotor de Justiça).

67. Embora, em rigor, o indulto só devesse ser dado – como causa, que é, de
extinção de punibilidade – depois do trânsito em julgado da sentença
condenatória, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal inclina- Se pelo
cabimento da concessão do indulto antes de a sentença condenatória transitar
em julgado, desde que não mais caiba recurso de apelação. (TRF - 4ª
REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal).

JURISPRUDÊNCIA, STF – O indulto só é cabível após o trânsito em


julgado da sentença penal condenatória. No entanto, o STF tem
entendido que o indulto pode ser concedido antes mesmo do trânsito
em julgado, desde que o recurso de apelação interposto seja exclusivo
da defesa.

68. O indulto gera a extinção dos efeitos penais primários, mas não os
secundários, permanecendo íntegros, também, os efeitos civis da
condenação. (FGV - TJ- AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

69. O indulto extingue a pena, MAS NÃO seus efeitos secundários (penais e
extrapenais). (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
Questão original: O indulto extingue a pena e seus efeitos secundários
(penais e extrapenais).

70. NÃO SE MANTÉM a punibilidade do condenado NO indulto, visto que este


benefício ALCANÇA eventual pena de multa imposta concomitantemente à
pena privativa de liberdade. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

Questão original: Mantém- Se a punibilidade do condenado mesmo


que haja indulto, visto que este benefício não alcança eventual pena de
multa imposta concomitantemente à pena privativa de liberdade.
71. O indulto parcial também conhecido como comutação de pena não
representa a extinção da punibilidade, e serve apenas para a diminuição da
pena a ser cumprida. (MPE- BA - MPE- BA - Promotor de Justiça).

Observação: Tanto a anistia como o induto podem ser total (extinção


da pena aplicada) ou parcial (diminuição ou comutação da pena).

72. NÃO É vedada a concessão de indulto ao condenado pela prática de crime


de tráfico de drogas privilegiado. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: É vedada a concessão de indulto ao condenado pela


prática de crime de tráfico de drogas privilegiado.

Observação: A lei dos crimes hediondos vedou a concessão da


anistia, graça ou induto aos crimes hediondos e equiparados (tortura,
terrorismo e tráfico de drogas). Contudo, visto que o tráfico
privilegiado (33,§4º, da lei de drogas) não é considerado como crime
equiparado a hediondo, admite- Se tais benefícios.

73. Determinado deputado está sendo investigado pela prática do crime de


porte/posse de arma de fogo de uso restrito (Art. 16, caput, Lei nº 10.826/03),
que teria sido praticado em maio de 2018, diante da notícia que estaria
guardando uma arma de calibre. 40 em seu local de trabalho, sem autorização
legal. Preocupado com as consequências de tal investigação, solicita
esclarecimentos ao advogado sobre as possíveis consequências da punição
pelo delito imputado. O advogado deverá esclarecer, de acordo com a
jurisprudência majoritária e atual do Supremo Tribunal Federal, que: O agente
NÃO PODERÁ, em caso de condenação, ser beneficiado pela graça, indulto ou
anistia. (FGV - AL- RO - Advogado).

Questão original: O agente poderá, em caso de condenação, ser


beneficiado pela graça, mas não pelo indulto ou anistia.
74. A prática de falta grave NÃO INTERROMPE o prazo para o fim de
comutação de pena ou indulto. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito). SÚMULA
535, STJ

Questão original: A prática de falta grave interrompe o prazo para o


fim de comutação de pena ou indulto.

SÚMULA 535, STJ – “A prática de falta grave não interrompe


o prazo para fim de comutação de pena ou indulto”.

75. Adriana foi condenada por furto qualificado, em regime inicial aberto,
substituída por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação
pecuniária e prestação de serviços à comunidade, além de multa. Neste caso,
a respeito do direito ao indulto com base no Decreto n° 8.615/2015: (FCC -
DPE- PR - Defensor Público).

75.1. É CABÍVEL o indulto caso a condenação de Adriana tenha transitado em


julgado apenas para o Ministério Público.

Questão original: É incabível o indulto caso a condenação de Adriana


tenha transitado em julgado apenas para o Ministério Público.

75.2. Adriana terá direito a indulto caso tenha ficado determinado tempo em
prisão provisória, até 25/12/2015, decorrente da ação penal que originou a
condenação.
75.3. NÃO HÁ vedação expressa quanto ao indulto aos sentenciados que
cumprem penas substitutivas.

Questão original: Há vedação expressa quanto ao indulto aos


sentenciados que cumprem penas substitutivas.

75.4. O direito de indulto de Adriana SE ESTENDE à multa criminal. (FCC -


DPE- PR - Defensor Público).

Questão original: O direito de indulto de Adriana não se estende à


multa criminal.

75.5. O direito de indulto de Adriana NÃO FICA condicionado ao pagamento da


multa criminal.

Questão original: O direito de indulto de Adriana fica condicionado ao


pagamento da multa criminal.

76. A fração de pena a ser cumprida como requisito objetivo para o indulto
NÃO INCLUI a pena de multa aplicada cumulativamente à pena privativa de
liberdade. (FCC - DPE- SP - Defensor Público).

Questão original: A fração de pena a ser cumprida como requisito


objetivo para o indulto inclui a pena de multa aplicada cumulativamente
à pena privativa de liberdade.

77. A extinção da punibilidade de crime que seja pressuposto, elemento


constitutivo ou circunstância agravante de outro crime não se estende a este
e, tratando- Se de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles
não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
(CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal).

78. A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento


constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos
crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede,
quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. (OBJETIVA -
SAMAE de Jaguariaíva - PR - Advogado).

79. A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento


constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos
crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles NÃO IMPEDE, quanto
aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. (IESES - TJ- RO -
Titular de Serviços de Notas e de Registros).
Questão original: A extinção da punibilidade de crime que é
pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro
não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade
de um deles impede, quanto aos outros, a agravação da pena
resultante da conexão.

Observação: O crime acessório (crime de fusão ou parasitário) é


aquele que depende da prática de um crime anterior (crime principal).
Segundo o CP, a extinção da punibilidade do crime principal não se
estende ao crime acessório. Já o crime conexo é aquele cometido para
assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de
outro crime, sendo que, a extinção de sua punibilidade, não impede,
quanto ao outro crime, a agravação da pena resultante dessa conexão.

80. No caso de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não


impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão,
conforme dispõe o Código Penal. (FAURGS - TJ- RS - Juiz de Direito).

81. ► Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles NÃO


IMPEDE, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. (FCC
- PGE- TO - Procurador do Estado).

Questão original: Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de


um deles impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante
da conexão.
82. A extinção da punibilidade de um dos agentes, nos crimes conexos, NÃO
IMPEDE, quanto aos demais agentes, a agravação da pena resultante da
conexão. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de Direito).

Questão original: A extinção da punibilidade de um dos agentes, nos


crimes conexos, impede, quanto aos demais agentes, a agravação da
pena resultante da conexão.
83. A extinção da punibilidade do crime antecedente por prescrição NÃO
IMPEDE a punição do crime de lavagem de dinheiro. (CESPE - PGE- PE -
Procurador do Estado).

Questão original: A extinção da punibilidade do crime antecedente por


prescrição impede a punição do crime de lavagem de dinheiro.

84. A extinção da punibilidade pela prática do crime de furto NÃO ALCANÇA o


crime de receptação, NÃO IMPORTANDO SE este último só foi possível em
razão do primeiro. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa).

Questão original: A extinção da punibilidade pela prática do crime de


furto alcança o crime de receptação, haja vista que este último só foi
possível em razão do primeiro.

85. Em havendo concurso de agentes, NÃO OBSTANTE a natureza da


acessoriedade da participação, a extinção da punibilidade do autor do crime
NÃO IMPEDE a punição do partícipe. (VUNESP - PC- BA - Delegado de
Polícia).

Questão original: Em havendo concurso de agentes, em respeito à


natureza da acessoriedade da participação, a extinção da punibilidade
do autor do crime impede a punição do partícipe.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. As causas de extinção da punibilidade não são taxativas (mas sim


exemplificativas), já que existem outras causas que se encontram fora do art. 107 do
CP.

2. São as causas extintivas da punibilidade previstas no art. 107 do CP: pela morte
do agente; pela anistia, graça ou indulto; pela retroatividade de lei que não mais
considera o fato como criminoso; pela prescrição, decadência ou perempção; pela
renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

3. SÚMULA 18, STJ – “A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da


extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório” (o réu continua
primário e de bons antecedentes).
4. A anistia é um benefício coletivo; alcança fatos; criação por meio de lei ordinária
(Congresso Nacional); atinge todos os efeitos penais (mas não os extrapenais); pode
ocorrer antes ou após o trânsito em julgado.

5. A graça (indulto individual) é um benefício individual; alcança pessoa


determinada; depende de requerimento expresso ao juiz; ato privativo e discricionário
do Presidente da república (pode delegar ao ME, PGR e AGU); atinge apenas os
efeitos penais primários (mas não os efeitos penais secundários – gera reincidência –
e extrapenais); só pode ocorrer após o trânsito em julgado.

6. O indulto (indulto coletivo) é um benefício coletivo; alcança um grupo de


condenados; pode ser concedido de ofício pelo juiz; ato privativo e discricionário do
Presidente da república (pode delegar ao ME, PGR e AGU); atinge apenas os efeitos
penais primários (mas não os efeitos penais secundários – gera reincidência – e
extrapenais); só pode ocorrer após o trânsito em julgado (ou até antes para o STF,
desde que o recurso de apelação interposto seja exclusivo da defesa).

7. SÚMULA 535, STJ – “A prática de falta grave não interrompe o prazo para
fim de comutação de pena ou indulto”.

8. Segundo o CP, a extinção da punibilidade do crime principal não se estende ao


crime acessório. No que tange ao crime conexo, a extinção de sua punibilidade,
não impede, quanto ao outro crime, a agravação da pena resultante dessa conexão.

3.15. PRESCRIÇÃO

Prescrição antes de transitar em julgado a sentença

Art. 109 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o


disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula- Se pelo máximo da pena
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando- Se:

I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;

II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não


excede a doze;

III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não


excede a oito;

IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a


quatro;

V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo


superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.

Prescrição das penas restritivas de direito

Parágrafo único - Aplicam- Se às penas restritivas de direito os mesmos


prazos previstos para as privativas de liberdade.

Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória

Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória


regula- Se pela pena aplicada e verifica- Se nos prazos fixados no artigo
anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.

§1º - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado


para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula- Se pela pena
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data
anterior à da denúncia ou queixa.

Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final

Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa


a correr:

I - do dia em que o crime se consumou;

II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;

III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência;

IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do


registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido.

V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos


neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18
(dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.

Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível

Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:

I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a


acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento
condicional;

II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da


interrupção deva computar- Se na pena.

Prescrição no caso de evasão do condenado ou de revogação do


livramento condicional

Art. 113 - No caso de evadir- Se o condenado ou de revogar- Se o livramento


condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena.

Prescrição da multa

Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá:

I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada;

II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de


liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
cumulativamente aplicada.

Redução dos prazos de prescrição

Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o


criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data
da sentença, maior de 70 (setenta) anos.

Causas impeditivas da prescrição

Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:

I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o


reconhecimento da existência do crime;

II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Incluído pela Lei 13.964/19


- Pacote Anticrime).

III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos


Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; (Incluído pela Lei 13.964/19 -
Pacote Anticrime).

IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não


persecução penal. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote Anticrime).

Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a


prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por
outro motivo.

Causas interruptivas da prescrição

Art. 117 - O curso da prescrição interrompe- Se:

I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;


II - pela pronúncia;

III - pela decisão confirmatória da pronúncia;

IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;

V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;

VI - pela reincidência.

§1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da


prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos
crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende- Se aos
demais a interrupção relativa a qualquer deles.

§2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo


o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.

Art. 118 - As penas mais leves prescrevem com as mais graves.

Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá


sobre a pena de cada um, isoladamente.

01. O instituto da prescrição atinge a pretensão de punir ou de executar a


pena. (CESPE - PC- GO - Delegado de Polícia).

Observação: A prescrição é a perda da pretensão punitiva ou da


pretensão executória em razão da inércia do Estado durante o prazo
previsto em lei. São as espécies de prescrição:

a) Prescrição da pretensão punitiva: perda do direito de aplicar a


sanção penal (ocorre antes do trânsito em julgado);

b) Prescrição da pretensão executória: perda do direito de executar a


sanção penal (ocorre após o trânsito em julgado);

ATENÇÃO: Enquanto a prescrição da pretensão punitiva extingue


todos os efeitos penais (principais e secundários) e extrapenais, a
prescrição da pretensão executória extingue somente o efeito penal
principal (sanção penal), subsistindo os efeitos penais secundários e
extrapenais. Por isso, o réu permanece com maus antecedentes, sendo
que tal condenação ainda poderá servir como título executivo na seara
civil.

02. O reconhecimento de prescrição da pretensão punitiva pela pena em


concreto não gera reincidência. (FGV - TJ- SC - Oficial de Justiça).

03. O crime de racismo é imprescritível. (IBFC - TJ- PE - Analista Judiciário -


Área Judiciária).

Observação: Em regra, todas as infrações penais (crimes ou


contravenções penais) podem sofrer a prescrição, até mesmo os
delitos hediondos e equiparados. Excepcionalmente, a própria CF
elenca dois grupos de crimes que são imprescritíveis, quais sejam:

- racismo (Lei 7.716/89);

- ação de grupos armados, civis ou militares, contra a Ordem


Constitucional e o Estado Democrático (Lei 7.170/83).

04. Sobre a prescrição, é correto afirmar que o crime de tráfico de drogas por
ser equiparado a hediondo é PRESCRITÍVEL. (FCC - DPE- AM - Defensor
Público).

Questão original: Sobre a prescrição, é correto afirmar que o crime de


tráfico de drogas por ser equiparado a hediondo é imprescritível.

05. TENDO EM VISTA DECISÃO RECENTE DO STF EM MATÉRIA DE


PRESCRIÇÃO, PODEM ser considerados imprescritíveis NÃO SÓ os crimes
assim declarados na Constituição de 1988. (PGR - PGR - Procurador da
República).

Questão original: TENDO EM VISTA DECISÃO RECENTE DO STF


EM MATÉRIA DE PRESCRIÇÃO, só podem ser considerados
imprescritíveis os crimes assim declarados na Constituição de 1988.

JURISPRIDÊNCIA, STF – Apesar de a doutrina majoritária entender


que as hipóteses de imprescritibilidade penal previstas na CF são
taxativas, o STF entende que tal rol é exemplificativo, visto que a
legislação ordinária pode criar outros casos de imprescritibilidade penal,
já que a CF apenas se limitou a declarar as duas situações de exceção
à regra, mas não as esgotou.

06. As medidas socioeducativas SÃO passíveis de prescrição penal, AINDA


QUE o menor inimputável não pratica crimes. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
federal).

Questão original: As medidas socioeducativas não são passíveis de


prescrição penal, pois o menor inimputável não pratica crimes.

SÚMULA 338, STJ – “A prescrição penal é aplicável às medidas


socioeducativas”.

07. O prazo prescricional das contravenções penais NÃO É diminuído da


metade. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: O prazo prescricional das contravenções penais é


diminuído da metade.

Observação: As regras de prescrição previstas no CP são aplicáveis


aos crimes e contravenções penais (o prazo prescricional é o mesmo).
Além disso, aplicam- Se às penas restritivas de direitos os mesmos
prazos prescricionais previstos para as penas privativas de liberdade.

08. Aplicam- Se às penas restritivas de direito os mesmos prazos


prescricionais previstos para as privativas de liberdade. (FCC - TRF - 5ª
REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

09. Prescreve em 16 ANOS a pretensão de processamento de crimes cuja


pena é superior a oito anos E NÃO EXCEDE A 12. (IBFC - TJ- PE - Analista
Judiciário - Área Judiciária).
Questão original: Prescreve em 25 anos a pretensão de
processamento de crimes cuja pena é superior a oito anos.

Observação: O prazo prescricional previsto no CP é calculado com


base na pena máxima (em abstrato) cominada ao crime:

- Inferior a 1 ano: 3 anos

- Igual ou superior a 1 ano, até 2 anos: 4 anos;

- Superior a 2 anos até 4 anos: 8 anos;

- Superior a 4 anos até 8 anos: 12 anos;

- Superior a 8 anos até 12 anos: 16 anos;

- Superior a 12 anos: 20 anos.

ATENÇÃO: O prazo prescricional mínimo de 2 anos aplica-se apena


de multa, bem como ao crime do art. 28 da lei de drogas, e ao Código
Penal Militar (quando a pena máxima for inferior a 1 ano).

10. A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 ANOS quando for a única


aplicada ou cominada. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Procurador Legislativo).

Questão original: A prescrição da pena de multa ocorrerá em 3 anos


quando for a única aplicada ou cominada.

Original: Se a pena de multa for a única cominada ou aplicada, a


prescrição ocorrerá em dois anos. De modo diverso, se a multa tiver
sido alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente
aplicada, a prescrição da multa será no mesmo prazo estabelecido
para a pena privativa de liberdade.
11. No Código Penal brasileiro, verifica- Se que no caso de pena de multa,
ocorrerá em DOIS ANOS, quando a multa for a única cominada ou aplicada.
(UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: No Código Penal brasileiro, verifica- Se que no caso


de pena de multa, ocorrerá em três anos, quando a multa for a única
cominada ou aplicada.

12. A prescrição da execução da pena de multa, após a reforma do Código


Penal, observa o prazo de dois anos, DESDE QUE SEJA A ÚNICA
COMINADA OU APLICADA. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: A prescrição da execução da pena de multa, após a


reforma do Código Penal, observa sempre o prazo de dois anos.

13. A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 anos quando a multa for A


ÚNICA COMINADA OU APLICADA. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 anos


quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
cumulativamente aplicada.

14. Sobre a prescrição, é correto afirmar que o prazo mínimo de prescrição na


legislação penal brasileira é de 2 ANOS. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: Sobre a prescrição, é correto afirmar que o prazo


mínimo de prescrição na legislação penal brasileira é de 3 anos.
15. O menor prazo prescricional do direito brasileiro é de DOIS ANOS. (FCC -
DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: O menor prazo prescricional do direito brasileiro é de


três anos.
16. Sobre a pena de multa é correto afirmar: É possível a extinção da
punibilidade independentemente do pagamento da multa aplicada
cumulativamente à pena privativa de liberdade. (FCC - DPE- SP - Defensor
Público).

17. São reduzidos de metade os prazos prescricionais quando o criminoso era,


ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, NA DATA DA SENTENÇA, MAIOR
DE 70 (SETENTA) ANOS. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: São reduzidos de metade os prazos prescricionais


quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos ou
portador de doença mental comprometedora da capacidade de
entendimento.

18. O prazo de prescrição é reduzido pela metade quando o agente for maior
de setenta anos na data da sentença. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências
Jurídicas).

19. Os prazos prescricionais são reduzidos pela metade quando o criminoso


era menor de 21 anos AO TEMPO DO CRIME ou maior de 70 ANOS NA
DATA DA SENTENÇA. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

Questão original: Os prazos prescricionais são reduzidos pela metade


quando o criminoso era menor de 21 anos ou maior de 65 anos ao
tempo do crime.

Observação: O prazo prescricional será reduzido pela metade


quando o criminoso, ao tempo do crime, era menor de 21 anos, ou, na
data da sentença, é maior de 70 anos.

20. A prescrição tem seu prazo reduzido DE METADE quando o criminoso era
menor de 21 anos na data do fato. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito
Federal - Procurador Legislativo).
Questão original: A prescrição tem seu prazo reduzido em um terço
quando o criminoso era menor de 21 anos na data do fato.

21. É reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de


21 anos na data RELATIVA AO TEMPO DO CRIME. (FCC - DPE- BA -
Defensor Público).

Questão original: É reduzido de metade o prazo de prescrição quando


o agente for menor de 21 anos na data da sentença.

22. O maior de 70 ANOS, NA DATA DA SENTENÇA, terá o prazo


prescricional computado pela metade. (FGV - ALERJ - Procurador).

Questão original: O maior de 60 anos terá o prazo prescricional


computado pela metade.

23. No Código Penal brasileiro, verifica- Se que quando o criminoso era, na


data da sentença, maior de SETENTA ANOS, tem seu prazo reduzido pela
metade. (UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: No Código Penal brasileiro, verifica- Se que quando


o criminoso era, na data da sentença, maior de sessenta anos, tem
seu prazo reduzido pela metade.

24. Antes de transitar em julgado a sentença final, SALVO O DISPOSTO NO


§1º DO ART. 110 DESTE CÓDIGO, a prescrição se regulará pelo máximo
da pena privativa de liberdade cominada ao crime. (VUNESP - MPE- SP -
Analista Jurídico).

Questão original: Antes de transitar em julgado a sentença final, a


prescrição somente se regulará pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime.
Observação: Enquanto a sentença final não transitar em julgado,
(salvo o disposto no §1º do art. 110), a prescrição é regulada pelo
máximo da pena cominada ao crime.

- A prescrição da pretensão punitiva é dividia em três espécies:

a) prescrição propriamente dita: pode ocorrer antes da propositura da


ação penal ou após o seu início ou mesmo depois da prolação da
sentença do juiz de 1º grau (não há trânsito em julgado da condenação
para acusação e defesa). Calcula- Se com base na pena máxima em
abstrato;

b) prescrição superveniente (intercorrente): ocorre após a publicação


da sentença condenatória (com trânsito em julgado apenas para a
acusação). Calcula- Se com base na pena aplicada.

c) prescrição retroativa: ocorre após a publicação da sentença


condenatória ou acórdão condenatório (com trânsito em julgado apenas
para a acusação ou seu recurso tenha sido negado provimento) –
contando da sentença ou acórdão condenatórios para trás. Calcula- Se
com base na pena aplicada.

25. A prescrição da pretensão punitiva NÃO É calculada APENAS sobre o total


da pena, POIS PODERÁ SER CALCULADA COM BASE NA PENA
APLICADA PELO JUIZ. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça).

Questão original: A prescrição da pretensão punitiva é calculada sobre


o total da pena.

26. A chamada prescrição retroativa é regulada PELA PENA APLICADA


PELO JUIZ. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: A chamada prescrição retroativa é regulada pelo


máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
27. A chamada prescrição retroativa não marca os antecedentes do acusado,
nem gera futura reincidência. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

28. A denominada prescrição retroativa AFASTA a reincidência se, depois de


declarada em processo anterior, o acusado vier a ser condenado por crime
posterior. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito).

Questão original: A denominada prescrição retroativa não afasta a


reincidência se, depois de declarada em processo anterior, o acusado
vier a ser condenado por crime posterior.

29. A denominada prescrição retroativa pode ser reconhecida em segunda


instância, caso verificada entre a data de recebimento da denúncia e a de
publicação da sentença condenatória, sem necessidade de apreciação de
apelação interposta pelo Ministério Público, se postulada por este apenas a
alteração do regime prisional imposto. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito).

30. A contagem do prazo prescricional se inicia no dia em que transita em


julgado definitivamente a SENTANÇA CONDENATÓRIA PARA A
ACUSAÇÃO. (CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa).

Questão original: A contagem do prazo prescricional se inicia no dia


em que transita em julgado definitivamente a sentença condenatória.

31. A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado


para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula- Se pela pena
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data
anterior à da denúncia ou queixa. (IESES - TJ- CE - Titular de Serviços de
Notas e de Registros).

32. A prescrição da ação penal regula- Se PELA PENA APLICADA, quando


não há recurso da acusação. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).
Questão original: A prescrição da ação penal regula- Se pelo máximo
da pena cominada, quando não há recurso da acusação.
33. A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula- Se pela pena
aplicada, NÃO PODENDO, EM NENHUMA HIPÓTESE, ter por termo inicial
data anterior à da denúncia ou queixa. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: A prescrição, depois da sentença condenatória com


trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu
recurso, regula- Se pela pena aplicada, podendo, ainda, ter por termo
inicial data anterior à da denúncia ou queixa.

Observação: Após o trânsito em julgado da sentença condenatória


para a acusação ou depois de improvido seu recurso, a prescrição
será calculada com base pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.

ATENÇÃO: Apenas para os crimes praticados antes da Lei


12.234/2010, a prescrição poderá ter por termo inicial data anterior à
da denúncia ou queixa.

34. Para crimes praticados em 2010 (ANTES DO DIA 06.05.2010), a


prescrição retroativa deverá ser regulada pela pena aplicada, tendo- Se por
termo inicial data anterior à da denúncia ou da queixa. (CESPE - PC- CE -
Delegado de Polícia).

Questão original: Para crimes praticados em 2016, a prescrição


retroativa deverá ser regulada pela pena aplicada, tendo- Se por termo
inicial data anterior à da denúncia ou da queixa.

35. A prescrição pela pena aplicada, depois do trânsito em julgado para a


acusação, PODERÁ ter por base período anterior ao recebimento da denúncia,
SOMENTE QUANDO O CRIME FOI PRATICADO ANTES DA LEI
12.234/2010. (FGV - ALERJ - Procurador).

Questão original: A prescrição pela pena aplicada, depois do trânsito


em julgado para a acusação, independentemente da data do crime,
não poderá ter por base período anterior ao recebimento da denúncia.

36. TENDO EM VISTA DECISÃO RECENTE DO STF EM MATÉRIA DE


PRESCRIÇÃO, é constitucional o art. 110, § 1°, do CP na redação dada pela
Lei n. 12.234, de 2010. (PGR - PGR - Procurador da República).

37. Não retroage a lei penal que alterou o prazo prescricional de dois anos
para três anos dos crimes punidos com pena máxima inferior a um ano.
(CESPE - TJ- DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

38. A chamada prescrição retroativa não pode ter por termo inicial data anterior
à DENÚNCIA OU QUEIXA. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: A chamada prescrição retroativa não pode ter por


termo inicial data anterior à publicação da sentença condenatória
recorrível.

39. Após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação ou


após o não provimento de seu recurso, a prescrição regula- Se pela pena
aplicada, NÃO PODENDO o termo inicial ser a data anterior à da denúncia ou
à da queixa. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Após o trânsito em julgado da sentença condenatória


para a acusação ou após o não provimento de seu recurso, a
prescrição regula- Se pela pena aplicada, podendo o termo inicial ser a
data anterior à da denúncia ou à da queixa.

40. TENDO EM VISTA DECISÃO RECENTE DO STF EM MATÉRIA DE


PRESCRIÇÃO, a prescrição, depois da sentença condenatória com transito
em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, e regulada
pela pena aplicada, e não pode ter por termo inicial data anterior a da
denúncia ou queixa. (PGR - PGR - Procurador da República).
41. Depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação
ou depois de improvido seu recurso, a prescrição regula- Se pela pena
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data
anterior à da denúncia ou queixa. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia
Civil).

42. Depois de transitada em julgado a sentença condenatória, a prescrição se


regula pela pena aplicada em concreto, não podendo ter por termo inicial data
anterior à denúncia ou queixa, independentemente da data em que o crime se
consumou. (IESES - TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

43. Depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação


ou depois de improvido seu recurso, a prescrição regula- Se PELA PENA
APLICADA. (VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Depois da sentença condenatória com trânsito em


julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, a
prescrição regula- Se pelo máximo da pena privativa de liberdade
cominada ao crime.

44. A prescrição, depois de transitada em julgado a sentença penal


condenatória para a acusação, regula- Se pela PENA APLICADA. (IBFC - TJ-
PE - Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 146, STF

Questão original: A prescrição, mesmo depois de transitada em


julgado a sentença penal condenatória para a acusação, regula- Se
pela maior pena em abstrato prevista.

SÚMULA 146, STF – “A prescrição da ação penal regula- Se pela


pena concretizada na sentença, quando não há recurso da acusação”.

45. Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, a prescrição regula-


Se pela pena aplicada e, INDEPENDENTEMENTE DO CRIME, os prazos
aumentam em um terço QUANDO o condenado FOR reincidente. (CESPE -
TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal).
Questão original: Após o trânsito em julgado da sentença
condenatória, a prescrição regula- Se pela pena aplicada e, se o crime
for hediondo, os prazos aumentam em um terço, ainda que o
condenado não seja reincidente.

Observação: A prescrição da pretensão executória é aquela que


ocorre após o trânsito em julgado da sentença condenatória, sendo
regulada com base na pena aplicada. Em caso de reincidência, o
prazo prescricional da pretensão executória é aumentado de 1/3. (Este
prazo só é majorado apenas em relação à prescrição da pretensão
executória).

SÚMULA 220, STJ – “A reincidência não influi no prazo da prescrição


da pretensão punitiva”.

46. A prescrição pela pena em concreto NÃO É somente da pretensão punitiva,


MAS TAMBÉM DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. (FCC - TJ- RR - Juiz de
Direito).

Questão original: A prescrição pela pena em concreto é somente da


pretensão punitiva.

47. A reincidência penal NÃO CARACTERIZA causa interruptiva do prazo da


prescrição da pretensão punitiva. (CESPE - PC- CE - Delegado de Polícia).
SÚMULA 220, STJ

Questão original: A reincidência penal caracteriza causa interruptiva


do prazo da prescrição da pretensão punitiva.
48. No tocante à interrupção da prescrição, é correto afirmar que a reincidência
NÃO INTERROMPE a prescrição da pretensão punitiva. (FCC - TJ- AL - Juiz
de Direito). SÚMULA 220, STJ

Questão original: No tocante à interrupção da prescrição, é correto


afirmar que a reincidência interrompe a prescrição da pretensão
punitiva.

49. A prescrição da pretensão punitiva NÃO É interrompida pela reincidência


penal. (MPE- MS - MPE- MS - Promotor de Justiça). SÚMULA 220, STJ

Questão original: A prescrição da pretensão punitiva é interrompida


pela reincidência penal.

50. A reincidência NÃO PODE influir no prazo da prescrição da pretensão


punitiva, mas PODE influir no prazo da prescrição da pretensão executória.
(MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça). SÚMULA 220, STJ

Questão original: A reincidência pode influir no prazo da prescrição da


pretensão punitiva, mas não pode influir no prazo da prescrição da
pretensão executória.

51. A reincidência aumenta o prazo para a progressão de regime no caso de


condenação por crime hediondo, MAS NÃO INTERROMPE o curso da
prescrição da pretensão punitiva. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).
SÚMULA 220, STJ

Questão original: A reincidência aumenta o prazo para a progressão


de regime no caso de condenação por crime hediondo e interrompe o
curso da prescrição da pretensão punitiva.

52. A denominada prescrição retroativa é modalidade de prescrição da


pretensão punitiva e o respectivo prazo NÃO DEVE ser aumentado de 1/3 (um
terço), se o condenado for reincidente. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito).

Questão original: A denominada prescrição retroativa é modalidade de


prescrição da pretensão punitiva e o respectivo prazo deve ser
aumentado de 1/3 (um terço), se o condenado for reincidente.
53. CONSIDERA- SE, para fins de aferição da prescrição executória, a redução
da pena decorrente da concessão de indulto. (CESPE - TRE- PI - Analista
Judiciário).

Questão original: Não se considera, para fins de aferição da


prescrição executória, a redução da pena decorrente da concessão de
indulto.

54. A reincidência interrompe o prazo da prescrição da pretensão


EXECUTÓRIA. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: A reincidência interrompe o prazo da prescrição da


pretensão punitiva.

55. A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva,


mas impõe a majoração do lapso prescricional no que se refere à prescrição
executória. (CESPE - TJ- PB - Juiz de Direito).

56. O prazo da prescrição da pretensão executória regula- Se pela pena


aplicada na sentença, aumentado de um terço, se o condenado for
reincidente. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

57. O prazo de prescrição da pretensão executória é aumentado em um


terço quando o condenado é reincidente. (FUNCAB - PC- PA - Delegado de
Polícia).

58. São efeitos da reincidência: o aumento do prazo da prescrição


executória. (CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

59. O prazo da prescrição da pretensão EXECUTÓRIA aumenta de um terço


em caso de réu reincidente. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

Questão original: O prazo da prescrição da pretensão punitiva


aumenta de um terço em caso de réu reincidente.
60. A chamada PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA acarreta o
acréscimo de um terço no lapso prescricional em se tratando de acusado
reincidente. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).

Questão original: A chamada prescrição retroativa acarreta o


acréscimo de um terço no lapso prescricional em se tratando de
acusado reincidente.

61. Os prazos prescricionais são aumentados DE 1/3 se o réu É reincidente


DURANTE A PRETENSÃO EXECUTÓRIA. (IESES - TJ- SC - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: Os prazos prescricionais são aumentados da


metade se o réu já era reincidente ao tempo do crime.

62. A reincidência do acusado impõe aumento de 1/3 do prazo prescricional


APENAS DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. (FGV - TJ- SC - Oficial de Justiça).

Questão original: A reincidência do acusado impõe aumento de 1/3 do


prazo prescricional da pretensão punitiva e da executória.

63. É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão


punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da
existência ou sorte do processo penal. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça). SÚMULA 438, STJ

64. É INADMISSÍVEL a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão


punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência
ou sorte do processo penal. (FCC - TJ- RR - Juiz de Direito). SÚMULA 438,
STJ
Questão original: É admissível a extinção da punibilidade pela
prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,
independentemente da existência ou sorte do processo penal.

SÚMULA 438, STJ – “É inadmissível a extinção da punibilidade pela


prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,
independentemente da existência ou sorte do processo penal” (é a
chamada prescrição virtual ou antecipada).

65. Segundo a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, é


inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da
existência ou sorte do processo penal. (VUNESP - TJ- SP - Juiz de Direito).
SÚMULA 438, STJ

66. A prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,


independentemente da existência ou sorte do processo penal é: Inadmissível
conforme entendimento sumulado do STJ. (MPE- GO - MPE- GO -
Promotor de Justiça). SÚMULA 438, STJ

67. A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva, com


fundamento em pena hipotética, NÃO É admitida, independentemente da
existência ou do resultado do processo penal. (CESPE - TJ- DFT - Juiz de
Direito). SÚMULA 438, STJ

Questão original: A extinção da punibilidade pela prescrição da


pretensão punitiva, com fundamento em pena hipotética, é admitida,
independentemente da existência ou do resultado do processo penal.

68. É INADMISSÍVEL a extinção da punibilidade em razão da prescrição da


pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética. (CESPE - TJ- PB -
Juiz de Direito). SÚMULA 438, STJ
Questão original: É admissível a extinção da punibilidade em razão
da prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena
hipotética.
69. O Supremo Tribunal Federal entende ser INADMISSÍVEL a extinção da
punibilidade em virtude da prescrição da pretensão punitiva com base na
previsão da pena que hipoteticamente seria aplicada, ou seja, da pena em
perspectiva. (CESPE - TRE- PI - Analista Judiciário).
Questão original: O Supremo Tribunal Federal entende ser admissível
a extinção da punibilidade em virtude da prescrição da pretensão
punitiva com base na previsão da pena que hipoteticamente seria
aplicada, ou seja, da pena em perspectiva.

70. Reconhecendo sua repercussão geral, em matéria penal, afirma o Supremo


Tribunal: que é inadmissível a decretação da extinção da punibilidade pela
pena em perspectiva. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE- MG -
Promotor de Justiça).

71. Antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição começa a


correr ANTES DO OFERECIMENTO da denúncia. (VUNESP - PC- CE -
Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Antes de transitar em julgado a sentença final, a


prescrição começa a correr do oferecimento da denúncia.

Observação: Antes de transitar em julgado a sentença final, a


prescrição começa a correr:

I - do dia em que o crime se consumou;

II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;

III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência;

IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento


do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido;

V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes,


previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a
vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver
sido proposta a ação penal.

72. Sobre as causas extintivas de punibilidade, é correto afirmar que a


prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr, no
caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa e nos casos
dos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência. (VUNESP -
Prefeitura de Rosana - SP - Procurador Municipal).

73. No Código Penal brasileiro, verifica- Se que antes de transitar em julgado a


sentença final, começa a correr, nos crimes permanentes, a partir do dia em
que se CESSOU a permanência. (UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: No Código Penal brasileiro, verifica- Se que antes de


transitar em julgado a sentença final, começa a correr, nos crimes
permanentes, a partir do dia em que se iniciou a permanência.

74. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a


correr, nos crimes de bigamia e nos de falsificação ou alteração de
assentamento do registro civil, da data em que o fato SE TORNOU
CONHECIDO. (IESES - TJ- MA - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A prescrição, antes de transitar em julgado a


sentença final, começa a correr, nos crimes de bigamia e nos de
falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em
que o fato foi registrado no cartório competente.

75. No estupro de vulnerável o termo inicial da prescrição da PUNITIVA


começa a correr da data em que a vítima completar dezoito anos, SALVO SE
A ESSE TEMPO JÁ HOUVER SIDO PROPOSTA AÇÃO PENAL. (FCC - DPE-
SC - Defensor Público).

Questão original: No estupro de vulnerável o termo inicial da


prescrição da executória punitiva começa a correr da data em que a
vítima completar dezoito anos.

76. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a


correr do dia em que: a vítima completar dezoito anos, nos crimes contra a
dignidade sexual de crianças e adolescentes. (FCC - CNMP - Analista -
Direito).
77. No Código Penal brasileiro, verifica- Se que no caso de evadir- Se o
condenado ou de revogar- Se o livramento condicional, é regulada pelo
tempo que resta da pena. (UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

78. No caso de evadir- Se o condenado ou de revogar- Se o livramento


condicional, a prescrição é regulada pelo TEMPO QUE RESTA DA PENA.
(FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

Questão original: No caso de evadir- Se o condenado ou de revogar-


Se o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo máximo da
pena privativa de liberdade cominada ao crime.

Observação: Em relação à prescrição da pretensão executória, se o


condenado evadir- Se ou o livramento condicional for revogado, a
prescrição será regulada pelo tempo que resta da pena.

79. No caso de evadir- Se o condenado ou de revogar- Se o livramento


condicional, a prescrição é regulada pelo tempo RESTANTE da pena.
(VUNESP - PC- CE - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: No caso de evadir- Se o condenado ou de revogar-


Se o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo total
da pena.

80. No caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de


acordo com o TEMPO QUE RESTA DA PENA. (FCC - DPE- BA - Defensor
Público).
Questão original: No caso de fuga ou evasão do condenado a
prescrição é regulada de acordo com o total da pena fixada na
sentença.

81. O prazo prescricional da pretensão executória, no caso de evasão, será


computado pelo RESTANTE de pena aplicada, SENDO descartado o período
de pena cumprido. (FGV - TJ- SC - Oficial de Justiça).
Questão original: O prazo prescricional da pretensão executória, no
caso de evasão, será computado pelo total de pena aplicada, não
sendo descartado o período de pena cumprido.

82. Sobre a prescrição, é correto afirmar que em caso de revogação do


livramento condicional, a prescrição é regulada pelo resto de pena a
cumprir. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

83. Em caso de revogação do livramento condicional, a prescrição da


pretensão executória é regulada pelo TEMPO QUE RESTA DA PENA. (FCC -
DPE- AM - Analista - Ciências Jurídicas).

Questão original: Em caso de revogação do livramento condicional, a


prescrição da pretensão executória é regulada pelo total da pena
imposta.

84. No caso de revogação do livramento condicional, a prescrição deverá ser


regulada pelo RESTANTE da pena aplicada na sentença condenatória,
CONSIDERANDO- SE o tempo de cumprimento parcial da reprimenda antes
do deferimento do livramento. (CESPE - PC- CE - Delegado de Polícia).

Questão original: No caso de revogação do livramento condicional, a


prescrição deverá ser regulada pelo total da pena aplicada na sentença
condenatória, não se considerando o tempo de cumprimento parcial da
reprimenda antes do deferimento do livramento.

85. No tocante à interrupção da prescrição, é correto afirmar que a prescrição


NÃO FICA INTERROMPIDA, MAS SIM IMPEDIDA DE SE INICIAR (OU
SUSPENSA) enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que
dependa o reconhecimento da existência do crime. (FCC - TJ- AL - Juiz de
Direito).

Questão original: No tocante à interrupção da prescrição, é correto


afirmar que a prescrição fica interrompida enquanto não resolvida, em
outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da
existência do crime.

Observação: Em relação à prescrição da pretensão punitiva, isto é,


antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre
(são chamadas “genericamente” de causas impeditivas pelo CP):

- Causa impeditiva (impede o início do curso da prescrição): enquanto


não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o
reconhecimento da existência do crime;

- Causa suspensiva (suspende o curso da prescrição já iniciado):


enquanto o agente cumpre pena no exterior; na pendência de
embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores,
quando inadmissíveis; enquanto não cumprido ou não rescindido o
acordo de não persecução. (Incluído pela Lei 13.964/19 - Pacote
Anticrime).

ATENÇÃO: Existem outras causas impeditivas (impeditivas e


suspensivas) da prescrição da pretensão punitiva que estão fora do
CP, sendo as principais: suspensão condicional do processo (89,§6º,
Lei 9.099/95); réu que é citado por edital, mas não comparece e nem
constitui defensor (366, CPP).

86. São causas interruptivas ou suspensivas da prescrição, EXCETO: A


transação penal, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099/95. (CONSULPLAN - TJ-
MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
Assertivas: As demais alternativas desta questão dizem respeito às
causas suspensivas e interruptivas da prescrição:

a) A suspensão do processo, nos termos do art. 89 da Lei nº 9.099/95.

c) A citação por edital, nos termos do art. 366 do C.P.P.

d) A pronúncia, ainda que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o


crime.

87. O período de suspensão do prazo prescricional, no caso do art. 366 do


CPP, é regulado pelo máximo da pena cominada. (FCC - TJ- RR - Juiz de
Direito).

88. O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo


da pena cominada. (IBFC - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).

89. A prescrição da pretensão punitiva não corre enquanto o agente cumpre


pena no estrangeiro. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Procurador Legislativo).

90. É causa impeditiva da prescrição: o cumprimento da pena, pelo agente,


no estrangeiro. (VUNESP - TJ- SP - Titular de Serviços de Notas e de
Registros).

91. É causa impeditiva da prescrição: depois de passada em julgado a


sentença condenatória, o lapso temporal em que o condenado está preso
por outro motivo. (CAIP- IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP -
Advogado).

92. Transitada em julgado a sentença condenatória, a prescrição NÃO CORRE


também durante o tempo em que o condenado estiver preso por outro motivo,
MESMO se a pena estiver sendo cumprida no estrangeiro. (CESPE - TRF - 5ª
REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Transitada em julgado a sentença condenatória, a


prescrição corre também durante o tempo em que o condenado estiver
preso por outro motivo, salvo se a pena estiver sendo cumprida no
estrangeiro.

Observação: Em relação à prescrição da pretensão executória (depois


de passada em julgado a sentença condenatória), a prescrição não
corre:
- Causa impeditiva (impede o início do curso da prescrição): durante o
tempo em que o condenado está preso por outro motivo.

ATENÇÃO: Já as causas interruptivas da prescrição da pretensão


executória são três:

1º - início da pena;

2º - continuação do cumprimento da pena;

3º - pela reincidência.

93. O cumprimento de pena no estrangeiro é causa IMPEDITIVA de prescrição,


MAS NÃO a reincidência. (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário -
Área Administrativa).

Questão original: O cumprimento de pena no estrangeiro é causa


interruptiva de prescrição, assim como a reincidência.

94. A interrupção da prescrição ocorre com o RECEBIMENTO da denúncia ou


da queixa, e não com o OFERECIMENTO. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).

Questão original: A interrupção da prescrição ocorre com o


oferecimento da denúncia ou da queixa, e não com o recebimento.

Observação: São as causas interruptivas da prescrição da pretensão


punitiva:
1º - o recebimento da denúncia ou da queixa;

2º - a pronúncia;

3º - a decisão confirmatória da pronúncia;

4º - a publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.

ATENÇÃO: Nas causas interruptivas, a partir do momento em que a


prescrição é interrompida, (salvo no caso de início ou continuação do
cumprimento da pena), todo o prazo começa a correr, novamente, do
dia da interrupção.

95. O RECEBIMENTO da denúncia ou queixa é causa interruptiva da


prescrição. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: O oferecimento da denúncia ou queixa é causa


interruptiva da prescrição.

96. O RECEBIMENTO de denúncia ou queixa interrompe a contagem do prazo


prescricional. (IBFC - TJ- PE - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: O oferecimento de denúncia ou queixa interrompe a


contagem do prazo prescricional.

97. A prescrição tem seu curso interrompido pelo RECEBIMENTO da denúncia


ou queixa. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Procurador
Legislativo).

Questão original: A prescrição tem seu curso interrompido pelo


oferecimento da denúncia ou queixa.

98. O RECEBIMENTO da denúncia é causa interruptiva da prescrição. (FGV -


ALERJ - Procurador).

Questão original: O oferecimento da denúncia é causa interruptiva da


prescrição.

99. A interrupção do prazo prescricional ocorrida com o RECEBIMENTO da


denúncia produz efeitos em relação a todos os autores do crime. (FGV - TJ- SC
- Oficial de Justiça).

Questão original: A interrupção do prazo prescricional ocorrida com o


oferecimento da denúncia produz efeitos em relação a todos os
autores do crime.

100. As causas interruptivas da prescrição tem o objetivo de fazer com que o


prazo, a partir delas, seja novamente reiniciado, o curso da prescrição
interrompe- Se, conforme a enumeração contida no Código Penal. Qual destas
situações NÃO é causa interruptiva da prescrição? Pelo recebimento do
inquérito ou da denúncia. (NUCEPE - PC- PI - Delegado de Polícia).

Assertivas: As demais alternativas desta questão dizem respeito às


causas interruptivas da prescrição:

a) Pela pronúncia;

b) Pela decisão confirmatória da pronúncia;

c) Pela publicação da sentença ou acórdão condenatório recorrível;

d) Pelo início ou continuação do cumprimento da pena.

101. O recebimento de denúncia por magistrado absolutamente


incompetente não interrompe a prescrição penal. (CESPE - TRE- PI -
Analista Judiciário).

JURISPRUDÊNCIA DO STJ – De fato, o recebimento da denúncia (ou


queixa) é causa interruptiva da prescrição. Nesse caso, segundo o
STJ, se o recebimento da denúncia (ou queixa) ocorrer por juiz
absolutamente incompetente, o prazo prescricional não será
interrompido, visto que a decisão nula não pode gerar efeitos jurídicos.
De outro lado, se o juiz que recebeu for relativamente incompetente,
tal prazo será interrompido.

102. No tocante à interrupção da prescrição, é correto afirmar que a


PRONÚNCIA constituiu causa interruptiva da prescrição. (FCC - TJ- AL - Juiz
de Direito)
Questão original: No tocante à interrupção da prescrição, é correto
afirmar que a impronúncia constituiu causa interruptiva da prescrição.

103. Caso o tribunal do júri venha a desclassificar o crime para outro que não
seja de sua competência, AINDA SIM a pronúncia DEVERÁ ser considerada
como causa interruptiva da prescrição. (CESPE - PC- CE - Delegado de
Polícia). SÚMULA 191, STJ

Questão original: Caso o tribunal do júri venha a desclassificar o crime


para outro que não seja de sua competência, a pronúncia não deverá
ser considerada como causa interruptiva da prescrição.

SÚMULA 191, STJ – “A pronúncia é causa interruptiva da prescrição,


ainda que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime”.

104. A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do


Júri venha a desclassificar o crime. (MPE- PR - MPE- PR - Promotor de
Justiça). SÚMULA 191, STJ

105. A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do


Júri venha a desclassificar o crime em sessão plenária. (FGV - ALERJ -
Procurador). SÚMULA 191, STJ

106. A pronúncia e o acórdão confirmatório da pronúncia interrompem a


prescrição. (FCC - DPE- SC - Defensor Público).

107. Sobre a prescrição, é correto afirmar que a decisão confirmatória de


pronúncia nos crimes submetidos ao Tribunal do Júri é causa INTERRUPTIVA
da prescrição. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).
Questão original: Sobre a prescrição, é correto afirmar que a decisão
confirmatória de pronúncia nos crimes submetidos ao Tribunal do Júri é
causa suspensiva da prescrição.

108. A denominada prescrição retroativa PODE ser reconhecida entre a


pronúncia e a decisão que a confirmar em grau de recurso. (FCC - TJ- PI - Juiz
de Direito).
Questão original: A denominada prescrição retroativa não pode ser
reconhecida entre a pronúncia e a decisão que a confirmar em grau de
recurso.

109. A decisão de recebimento da denúncia, a publicação de sentença ou


acórdão condenatórios recorríveis e a decisão de pronúncia interrompem o
curso do prazo prescricional, BEM COMO a decisão do Tribunal que, em grau
recursal, apenas confirma a pronúncia proferida em primeira instância. (IESES
- TJ- SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A decisão de recebimento da denúncia, a publicação


de sentença ou acórdão condenatórios recorríveis e a decisão de
pronúncia interrompem o curso do prazo prescricional, não o
interrompendo, porém, a decisão do Tribunal que, em grau recursal,
apenas confirma a pronúncia proferida em primeira instância.

110. A interrupção da prescrição ocorre com a publicação da sentença ou


acórdãos CONDENATÓRIOS recorríveis. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).
Questão original: A interrupção da prescrição ocorre com a publicação
da sentença ou acórdãos absolutórios recorríveis.

111. A prescrição da pretensão punitiva do Estado, em segundo grau de


jurisdição, se interrompe na data da: publicação na sessão de julgamento do
recurso. (FGV - TJ- PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).
112. Interrompe a prescrição a publicação da sentença condenatória, ainda
que reformada parcialmente em grau de apelação para a redução da pena
imposta. (FCC - DPE- ES - Defensor Público).

113. A sentença penal condenatória interrompe a prescrição da pretensão


punitiva, DESDE QUE NÃO anulada integralmente. (MPE- MS - MPE- MS -
Promotor de Justiça).

Questão original: A sentença penal condenatória interrompe a


prescrição da pretensão punitiva, ainda que anulada integralmente.

Observação: A sentença anulada não interrompe a prescrição, já que


uma decisão nula não tem o condão de produzir efeitos jurídicos.

114. Anulada a ação penal após a fixação de pena em segundo grau de


jurisdição, a prescrição regula- Se pela pena concretizada no ACÓRDÃO
VÁLIDO. (CESPE - TRE- PI - Analista Judiciário).

Questão original: Anulada a ação penal após a fixação de pena em


segundo grau de jurisdição, a prescrição regula- Se pela pena
concretizada no título anulado.

JURISPRUDÊNCIA DO STJ – Uma vez que o acórdão anulado não


pode gerar efeitos jurídicos, o prazo prescricional deverá ser
constatado entre o recebimento da denúncia e a prolação do acórdão
válido.

115. Não se se considera como marco para fins de cálculo da prescrição pela
pena em concreto o indeferimento na origem do recurso extraordinário, porque
inadmissível, sendo considerado como marco a DATA DE ESCOAMENTO DO
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMISSÍVEL. (MPE- MS -
MPE- MS - Promotor de Justiça).

Questão original: Não se se considera como marco para fins de


cálculo da prescrição pela pena em concreto o indeferimento na origem
do recurso extraordinário, porque inadmissível, sendo considerado
como marco a decisão do Supremo Tribunal Federal que confirma a
decisão do Tribunal de Justiça.

JURISPRUDÊNCIA DO STJ – Segundo o STJ, a decisão que não


admite o recurso especial ou extraordinário possui natureza jurídica
meramente declaratória e, por isso, o marco inicial para fins de cálculo
da prescrição será a data de escoamento do prazo para interposição
de recurso admissível.
116. O início do cumprimento da pena interrompe o prazo da prescrição da
PRETENSÃO EXECUTÓRIA. (FGV - ALERJ - Procurador).

Questão original: O início do cumprimento da pena interrompe o prazo


da prescrição da pretensão punitiva.

117. Segundo o Código Penal, a reincidência INTERROMPE o curso da


prescrição. (UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: Segundo o Código Penal, a reincidência suspende o


curso da prescrição.

Observação: Quando a reincidência é antecedente, isto é, aquela


que ocorreu antes do trânsito em julgado da condenação, o prazo da
prescrição da pretensão executória é aumentada em 1/3. Contudo, se
a reincidência for subsequente, ou seja, posterior ao trânsito em
julgado da condenação, o prazo prescricional já iniciado será
interrompido.

118. São efeitos da reincidência: a interrupção do curso da prescrição.


(CESPE - DPE- AC - Defensor Público).

119. A reincidência influi no prazo da prescrição da pretensão EXECUTÓRIA.


(FCC - TJ- RR - Juiz de Direito).

Questão original: A reincidência influi no prazo da prescrição da


pretensão punitiva.

120. Em relação às causas interruptivas da prescrição previstas no art. 117 do


Código Penal, o prazo NEM SEMPRE começa a correr, novamente, do dia da
interrupção. (MPE- SC - MPE- SC - Promotor de Justiça).

Questão original: Em relação às causas interruptivas da prescrição


previstas no art. 117 do Código Penal, o prazo sempre começa a
correr, novamente, do dia da interrupção.

Observação: É importante destacar mais uma vez que, em relação às


causas interruptivas da prescrição, a partir do momento em que a
prescrição é interrompida, (salvo no caso de início ou continuação do
cumprimento da pena), todo o prazo começa a correr, novamente, do
dia da interrupção.

121. Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr, novamente, do


dia da interrupção, salvo no caso de INÍCIO OU CONTINUAÇÃO DO
CUMPRIMENTO DA PENA. (VUNESP - MPE- SP - Analista Jurídico).

Questão original: Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a


correr, novamente, do dia da interrupção, salvo no caso da pronúncia.

122. A interrupção da prescrição não leva a que comece a correr novamente


o prazo a partir do dia em que verificada a causa interruptiva, no caso de
continuação do cumprimento da pena. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).

123. No que refere à extinção da punibilidade, de acordo com o Código de


Processo Penal, interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr,
novamente, do dia da interrupção, salvo no caso de: início ou continuação do
cumprimento da pena. (FCC - TRE- PB - Analista Judiciário - Área
Administrativa).
124. No tocante à interrupção da prescrição, é correto afirmar que o tempo
transcorrido antes da causa interruptiva NÃO É contado para o prazo
prescricional, SALVO NO CASO DE INÍCIO OU CONTINUAÇÃO DO
CUMPRIMENTO DA PENA. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Questão original: A No tocante à interrupção da prescrição, é correto


afirmar que o tempo transcorrido antes da causa interruptiva é contado,
em qualquer situação, para o prazo prescricional.
125. No tocante à interrupção da prescrição, é correto afirmar que pode
produzir efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvo exceções.
(FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).

Observação: As causas interruptivas da prescrição se comunicam a


todos os autores do crime, exceto em dois casos: pelo início ou
continuação da pena e pela prescrição (são de caráter pessoal). Além
disso, nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo,
estende- Se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.

126. A interrupção da prescrição NÃO PRODUZ efeitos relativamente a todos


os autores do crime quando do início ou continuação do cumprimento da pena
por algum deles. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).

Questão original: A interrupção da prescrição produz efeitos


relativamente a todos os autores do crime quando do início ou
continuação do cumprimento da pena por algum deles.

127. A interrupção da prescrição é extensível aos crimes conexos, QUE


SEJAM objeto do MESMO PROCESSO, se verificada em relação a qualquer
deles. (FCC - TJ- GO - Juiz de Direito).

Questão original: A interrupção da prescrição é extensível aos crimes


conexos, ainda que objeto de processos distintos, se verificada em
relação a qualquer deles.
128. Os crimes conexos apurados no mesmo processo têm sua prescrição
interrompida a cada provimento jurisdicional. (FGV - TJ- PI - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador).

129. No Código Penal brasileiro, verifica- Se que a prescrição, no caso de


concurso de crimes, incidirá sobre A PENA DE CADA UM, ISOLADAMENTE.
(UEG - PC- GO - Delegado de Polícia).

Questão original: No Código Penal brasileiro, verifica- Se que a


prescrição, no caso de concurso de crimes, incidirá sobre o somatório
das respectivas penas.

Observação: No caso de concurso de crimes, a extinção da


punibilidade (pela prescrição) incidirá sobre a pena de cada um,
isoladamente.

130. No caso de concurso de crimes, o cálculo da prescrição incide sobre a


PENA DE CADA UM, ISOLADAMENTE. (FCC - DPE- AM - Analista - Ciências
Jurídicas).
Questão original: No caso de concurso de crimes, o cálculo da
prescrição incide sobre a somatória das penas.

131. A prescrição no concurso de crimes incide sobre a pena DE CADA UM,


ISOLADAMENTE. (FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Procurador
Legislativo).

Questão original: A prescrição no concurso de crimes incide sobre a


pena somada de todos eles.

132. Para fins de prescrição, tratando- Se de concurso de crimes, a extinção da


punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente, NÃO SENDO
considerada para efeitos de reincidência a sentença que conceder o perdão
judicial. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: Para fins de prescrição, tratando- Se de concurso de


crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um,
isoladamente, sendo considerada para efeitos de reincidência a
sentença que conceder o perdão judicial.

133. A extinção da punibilidade pela prescrição, no concurso de crimes,


considerará a pena DE CADA CRIME PRATICADO, SEM as causas de
aumento, CONSIDERANDO- SE SOMENTE a pena de cada um isoladamente.
(FGV - TJ- SC - Oficial de Justiça).
Questão original: A extinção da punibilidade pela prescrição, no
concurso de crimes, considerará a pena total aplicada, com as causas
de aumento, em detrimento da pena de cada um isoladamente.

134. No concurso de crimes, o cálculo da prescrição da pretensão punitiva


NÃO CONSIDERA o acréscimo decorrente do concurso formal, material ou da
continuidade delitiva. (TRF - 2ª Região - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federal).

Questão original: No concurso de crimes, o cálculo da prescrição da


pretensão punitiva considera o acréscimo decorrente do concurso
formal, material ou da continuidade delitiva.

135. No concurso material de crimes, o cálculo do prazo prescricional se dá


com base na pena referente A CADA DELITO EM PARTICULAR. (MPDFT -
MPDFT - Promotor de Justiça).

Questão original: No concurso material de crimes, o cálculo do prazo


prescricional se dá com base na soma das penas referentes aos
delitos.

136. Sobre a prescrição, é correto afirmar que em caso de concurso material


de crimes, o cálculo prescricional incide sobre a PENA DE CADA UM,
ISOLADAMENTE. (FCC - DPE- AM - Defensor Público).

Questão original: Sobre a prescrição, é correto afirmar que em caso de


concurso material de crimes, o cálculo prescricional incide sobre a
soma das penas.

137. No caso de concurso de crimes, as penas NÃO SE SOMAM para fins de


prescrição, INCIDINDO SOBRE A PENA DE CADA CRIME,
ISOLADAMENTE. (FCC - DPE- BA - Defensor Público).

Questão original: No caso de concurso de crimes, as penas se


somam para fins de prescrição.
138. No concurso de crimes, cuidando- Se de infrações de espécies diversas
cometidos por condutas distintas, ambas com violência física real, dos institutos
legais abaixo em princípio pode- Se postular em favor do imputado: prescrição
isoladamente considerada. (FCC - DPE- RS - Analista - Processual).

139. Em matéria de crime continuado, é correto afirmar que: A prescrição


regula- Se pela pena imposta na sentença, NÃO COMPUTANDO- SE o
acréscimo decorrente da continuação. (FCC - TJ- AL - Juiz de Direito).
SÚMULA 497, STF

Questão original: Em matéria de crime continuado, é correto afirmar


que: A prescrição regula- Se pela pena imposta na sentença,
computando- Se o acréscimo decorrente da continuação.

SÚMULA 497, STF – “Quando se tratar de crime continuado, a


prescrição regula- Se pela pena imposta na sentença, não se
computando o acréscimo decorrente da continuação”.

140. Tratando- Se de crimes continuados, a prescrição é regulada pela pena


imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da
continuação. (CESPE - STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA
497, STF

141. O prazo prescricional da pretensão punitiva será calculado isoladamente


em cada um dos crimes praticados, NÃO COMPUTANDO- SE o acréscimo
decorrente da continuidade, se se tratar de crime continuado. (CESPE - TRE-
PE - Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 497, STF

Questão original: O prazo prescricional da pretensão punitiva será


calculado isoladamente em cada um dos crimes praticados,
computando- Se o acréscimo decorrente da continuidade, se se tratar
de crime continuado.
142. Na hipótese de crime continuado, a prescrição regula- Se pela pena
imposta na sentença, NÃO COMPUTANDO- SE o acréscimo decorrente da
continuação. (CESPE - TRE- PI - Analista Judiciário). SÚMULA 497, STF

Questão original: Na hipótese de crime continuado, a prescrição


regula- Se pela pena imposta na sentença, computando- Se o
acréscimo decorrente da continuação.

143. O prazo prescricional será regulado pela pena imposta na sentença,


EXCLUINDO o acréscimo decorrente da continuidade delitiva. (CESPE - PJC-
MT - Delegado de Polícia). SÚMULA 497, STF

Questão original: O prazo prescricional será regulado pela pena


imposta na sentença, com o acréscimo decorrente da continuidade
delitiva.

144. A denominada prescrição retroativa deve ser calculada com base NA


PENA APLICADA EM CADA CRIME, ISOLADAMENTE, se reconhecida a
continuidade delitiva. (FCC - TJ- PI - Juiz de Direito).

Questão original: A denominada prescrição retroativa deve ser


calculada com base no total da pena, se reconhecida a continuidade
delitiva.

145. O cálculo da prescrição da pretensão punitiva no concurso de crimes é


feito isoladamente para cada um dos crimes praticados, desconsiderando- Se
o acréscimo decorrente do concurso formal ou material ou da continuidade
delitiva. (CESPE - DPE- PE - Defensor Público).

146. Nos casos de concurso formal ou de continuidade delitiva, a extinção


da punibilidade pela prescrição regula- Se pela pena imposta a cada um dos
crimes isoladamente, afastando o acréscimo decorrente dos respectivos
aumentos de pena. (CESPE - DPE- DF - Defensor Público).
147. O prazo prescricional da pretensão punitiva será calculado
isoladamente em cada crime praticado, desconsiderando- Se o acréscimo
decorrente do concurso, se se tratar de concurso formal perfeito. (CESPE -
TRE- PE – Analista Judiciário - Área Judiciária).

148. O prazo prescricional da pretensão punitiva NÃO SERÁ calculado sobre o


total da pena aplicada a todos os crimes praticados após a incidência do
acréscimo, se se tratar de concurso formal imperfeito, POIS O CÁCULO DEVE
INCIDIR SOBRE A PENA DE CADA CRIME, ISOLADAMENTE. (CESPE -
TRE- PE - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: O prazo prescricional da pretensão punitiva será


calculado sobre o total da pena aplicada a todos os crimes praticados
após a incidência do acréscimo, se se tratar de concurso formal
imperfeito.

149. No cálculo do prazo de prescrição, em relação às causas de aumento ou


diminuição variável de pena, devem ser considerados o MAIOR valor de
aumento e o MENOR valor de diminuição, enquanto que, na hipótese de
continuidade delitiva, a prescrição deve ser regulada sem o cômputo do
acréscimo decorrente da continuação. (CEFET- BA - MPE- BA - Promotor de
Justiça).

Questão original: No cálculo do prazo de prescrição, em relação às


causas de aumento ou diminuição variável de pena, devem ser
considerados o menor valor de aumento e o maior valor de diminuição,
enquanto que, na hipótese de continuidade delitiva, a prescrição deve
ser regulada sem o cômputo do acréscimo decorrente da continuação.

Observação: No que se refere ao prazo prescricional, em relação a


cada crime em específico, enquanto nas causas de aumento
(majorantes) deve ser considerado o maior valor de aumento, nas
causas de diminuição (minorantes) deve ser considerado o menor
valor de diminuição.
ATENÇÃO: Já em relação ao concurso de crimes (concurso material,
concurso formal e crime continuado), referente ao prazo prescricional,
não se computa qualquer tipo de acréscimo (soma das penas ou
causas de aumento), pois deve ser considerada tão somente a pena de
cada crime praticado, isoladamente.

150. Júnior, maior e capaz, foi processado e julgado pelo crime de estelionato.
Tendo verificado que Júnior tinha sido condenado pelo mesmo crime havia dois
anos, o juiz aumentou a pena em um terço. Nessa situação, o aumento da
pena INFLUIRÁ no prazo da prescrição da pretensão punitiva. (CESPE -
Polícia Federal - Delegado de Polícia).

Questão original: Júnior, maior e capaz, foi processado e julgado pelo


crime de estelionato. Tendo verificado que Júnior tinha sido condenado
pelo mesmo crime havia dois anos, o juiz aumentou a pena em um
terço. Nessa situação, o aumento da pena não influirá no prazo da
prescrição da pretensão punitiva.

151. A, com 19 anos, pratica o crime de peculato (CP, art. 312, caput – pena:
de 2 a 12 anos de reclusão, e multa), na forma tentada (CP, art. 14, inciso II,
parágrafo único – diminuição de pena: de um a dois terços): a prescrição da
pretensão punitiva pela pena em abstrato ocorre em 6 (SEIS) ANOS. (MPE-
PR - MPE- PR - Promotor de Justiça).
Questão original: A, com 19 anos, pratica o crime de peculato (CP, art.
312, caput – pena: de 2 a 12 anos de reclusão, e multa), na forma
tentada (CP, art. 14, inciso II, parágrafo único – diminuição de pena: de
um a dois terços): a prescrição da pretensão punitiva pela pena em
abstrato ocorre em 8 (oito) anos.

152. João foi condenado por furto simples (CP, art. 155, caput) em sentença já
transitada em julgado para a acusação. Na primeira fase de dosimetria, a pena
foi fixada no mínimo legal. Reconhecidas circunstâncias agravantes, a pena foi
majorada em 1/2 (metade). Por fim, em razão da continuidade delitiva, a pena
foi novamente aumentada em 1/2 (metade). A prescrição da pretensão
executória dar- Se-á em: 4 (quatro) anos. (VUNESP - TJ- RS - Juiz de Direito).

153. O réu foi denunciado por furto simples. Após a citação por edital, o
processo foi suspenso, com fulcro no art. 366 do CPP. Sabendo que o furto
possui pena de 01 (um) a 04 (quatro) anos, e que o prazo prescricional previsto
para pena mínima é de 04 (quatro) anos, enquanto para a máxima é de 08
(oito) anos, o prazo prescricional ficará suspenso por 8 (oito) anos. (FCC -
DPE- SP - Defensor Público).

154. A pena do crime de peculato é de 2 (dois) a 12 (doze) anos de reclusão,


além de multa. De acordo com a previsão de prescrição antes do trânsito em
julgado da sentença, constante no art. 109 do Código Penal, o delito em tela
prescreve em: 16 (dezesseis) anos. (Fundação La Salle - SUSEPE- RS -
Agente Penitenciário – Superior).

155. “Tício foi condenado a cinco anos de reclusão, em regime inicial semi-
Aberto, e a 50 dias- Multa, fixado o dia- Multa no valor mínimo legal, pela
prática de crime de falsificação de documento público. A sentença
condenatória, na qual foi reconhecida a reincidência de Tício, transitou em
julgado.” Segundo o Código Penal, para o reconhecimento da extinção da
punibilidade, o prazo prescricional da pretensão executória da pena é de: 16
anos. (CONSULPLAN - TJ- MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

156. Jorge foi condenado a treze anos de reclusão, cujo prazo prescricional
para execução da pena é de vinte anos. Após cumprir seis anos de pena, ele
fugiu. Nessa situação, o prazo prescricional da execução da pena de Jorge
deverá ser contado com base nos anos que faltavam ser cumpridos. (CESPE
- STJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa).

157. Ana Luci, em virtude da prática de lesão corporal leve (cuja pena
abstratamente cominada é de detenção de três meses a um ano) ocorrida em
02/10/2009, foi absolvida impropriamente. Em 09/10/2012, foi- Lhe aplicada
medida de segurança consistente em tratamento ambulatorial, pelo prazo
mínimo de três anos. O trânsito em julgado da sentença para o Ministério
Público ocorreu em 29/10/2012. Até o presente momento, Ana Luci não foi
localizada para iniciar o tratamento ambulatorial e o Juízo da execução, até o
presente momento, decidiu apenas pela realização de diligências para sua
localização. Também não há notícias de que Ana Luci tenha se envolvido em
nova infração penal. Considerando o caso concreto, bem como o
posicionamento dos tribunais superiores sobre a prescrição das medidas de
segurança, a prescrição da pretensão executória: foi alcançada em
29/10/2016. (FCC - DPE- PR - Defensor Público).

158. Thiago, nascido em 10/10/90, foi denunciado pela prática do crime de


tentativa de homicídio qualificado (Art. 121, §2º, inciso IV c/c Art. 14, inciso II,
ambos do Código Penal) por fato ocorrido em 01/11/10. A denúncia foi recebida
em 05/05/14, tendo o feito regular prosseguimento. Em 12/10/14, foi publicada
decisão do juiz pronunciando o acusado. Inconformada com essa decisão, a
advogada do réu interpôs o recurso cabível, mas a pronúncia foi confirmada em
decisão do Tribunal proferida e publicada em 12/12/14. Considerando apenas
essas informações, é correto afirmar que a prescrição da pretensão punitiva
pela pena em abstrato ocorrerá em: 12 de dezembro de 2024. (FGV - DPE-
MT - Analista - Advocacia).

159. Guilherme, à época com 19 anos de idade, foi denunciado como incurso
no delito de receptação simples (pena de 1 a 4 anos de reclusão) porque, no
dia 30 de setembro de 2010, teria adquirido e estaria conduzindo um veículo,
sabendo se tratar de produto de crime. Recebida a denúncia em 15 de
novembro de 2010, foi determinada a citação do réu. Não tendo o réu sido
localizado e nem constituído advogado, o Juiz proferiu decisão, em 15 de
março de 2011, determinando a suspensão do processo e do prazo
prescricional. Em 10 de julho de 2017, Guilherme foi preso novamente e foi
citado por este feito, tendo sido revogada a suspensão do processo. Realizada
audiência, foi proferida sentença, publicada em 14 de abril de 2019,
condenando Guilherme nos termos da denúncia à pena mínima cominada ao
delito. A sentença transitou em julgado para a acusação, tendo o réu interposto
recurso. De acordo com o posicionamento sumulado do Superior Tribunal de
Justiça, a prescrição da pretensão punitiva retroativa ocorreu em: 15 de
novembro de 2016. (FCC - DPE- SP - Defensor Público).

160. Perivaldo, nascido em 12/05/1992, encaminhou no dia 08/05/2013 um e-


Mail a Cremílson, funcionário público, injuriando- O em razão da função por ele
desempenhada. A mensagem foi lida pelo ofendido em 15/05/2013, ocasião em
que procurou a delegacia de Polícia local, confeccionando o respectivo boletim
de ocorrência e representando contra o autor do fato. Rejeitadas as medidas
despenalizadoras da Lei n° 9.099, o Ministério Público ofereceu denúncia
contra o autor, a qual foi recebida em decisão publicada em 01/10/2013.
Contudo, como o magistrado da Comarca local acumulava funções em outras
duas Varas, até o dia 20/11/2014 ainda não havia sentença prolatada nos
autos. Considerando que a pena máxima no crime de injúria é de seis meses
de detenção e, quando praticada contra funcionário público no exercício de
suas funções, sofre aumento de 1/3, analise a situação proposta, assinalando,
ao final, a resposta correta: Não ocorreu a extinção da punibilidade, pois
não houve o transcurso do prazo prescricional da pretensão punitiva pela
pena em abstrato, fixado em um ano e meio. (FUNCAB - PC- PA - Delegado
de Polícia).

161. Moisés respondeu processo por crime de corrupção ativa cometido no dia
30 de Setembro de 2010, quando tinha 66 anos de idade. A denúncia oferecida
pelo Ministério Público em 16 de Outubro de 2014 é recebida pelo Magistrado
competente no dia 18 de Outubro do mesmo ano de 2014. O processo tramita
regularmente e Moisés é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em
regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 10 dias- Multa por sentença
proferida em 25 de Abril de 2016 e publicada no dia 27 do mesmo mês e ano.
Não houve interposição de recurso pelas partes e é certificado o trânsito em
julgado. No caso hipotético apresentado, a prescrição da pretensão punitiva
estatal regula- Se pela pena aplicada ao réu Moisés e verifica- Se em: 02 anos
e o réu deverá cumprir integralmente a sua pena, não sendo o caso de
extinção da sua punibilidade. (FCC - TRE- SP - Analista Judiciário - Área
Administrativa).
162. Um indivíduo de dezenove anos de idade, livre, consciente e capaz,
dirigiu- Se a uma joalheria com a intenção de praticar furto. Na loja, passou- Se
por cliente e pediu a uma vendedora para ver algumas peças. Enquanto via as
joias, aproveitando- Se de um descuido da vendedora, o indivíduo colocou um
colar de ouro em seu bolso e, em seguida, saiu da loja, sem nada ter
comprado. Trinta minutos depois, ele retornou à loja e devolveu a joia,
incentivado por sua mãe. Apesar disso, o gerente, representando a joalheria,
decidiu registrar boletim de ocorrência sobre o fato em uma delegacia de
polícia, e o homem foi indiciado por furto simples. Após o término do inquérito
policial, o Ministério Público denunciou o acusado por furto simples. A denúncia
foi recebida pelo juízo competente quatro anos e seis meses depois da prática
do delito, com a determinação da citação do acusado. Nesse caso, é possível o
reconhecimento de: prescrição da pretensão punitiva. (CESPE - TRE- BA -
Analista Judiciário - Área Judiciária).

163. Agente, reincidente, com 20 anos à data do fato criminoso ocorrido em 14


de março de 2007, foi denunciado como incurso nas penas do artigo 157,
caput, do Código Penal. A denúncia foi recebida em 10 de dezembro de 2007 e
até 14 de dezembro de 2015 não havia sido prolatada a sentença. Diante
disso, pode- Se afirmar que: ocorreu a prescrição da pretensão punitiva,
considerada a pena abstratamente cominada à infração. (FAURGS - TJ-
RS - Juiz de Direito).

164. Um empresário foi denunciado em 2008 como incurso no crime do art. 2.º,
inciso I, da Lei n. 8.137/1990 (Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária) por
declaração falsa feita à Receita Federal em 1999. A pena máxima cominada
em abstrato para este crime é de 2 (dois) anos. O juiz de primeiro grau recebeu
a denúncia. Todavia, enquadrou os fatos narrados no tipo do art. 1.°, inciso I,
do mesmo diploma legal, cuja pena máxima é de 5 (cinco) anos e que trata da
efetiva omissão de tributos. Sobre a conduta do juiz, pode- Se afirmar que foi:
equivocada, pois deveria ter declarado extinta a punibilidade em virtude
da ocorrência de prescrição ao invés de receber a denúncia. (ESAF -
PGFN - Procurador da Fazenda Nacional).
165. Paulo, de 19 anos de idade, é abordado em uma operação da Polícia
Militar do Estado da Paraíba, na cidade de João Pessoa, deflagrada no dia 10
de dezembro de 2012. Após se recusar a submeter- Se ao teste do bafômetro
e apresentar a documentação solicitada, Paulo ofende moralmente os policiais
que trabalhavam regularmente na ocorrência e é conduzido preso ao Distrito
Policial. Posteriormente Paulo é denunciado pelo Ministério Público por crime
de desacato e a denúncia é recebida pelo Magistrado competente no dia 14 de
abril de 2013, com instauração da ação penal. Por ostentar maus antecedentes
e não fazer jus a qualquer benefício, a ação tramita regularmente até a
prolação da sentença condenatória pelo Magistrado competente no dia 15 de
maio de 2015, que aplicou ao réu Paulo a pena de 1 ano de detenção, em
regime inicial semiaberto. A sentença transitou em julgado. Após o trânsito em
julgado, o advogado de Paulo postulou ao Magistrado a extinção da
punibilidade do seu cliente com base na prescrição. Neste caso, o Magistrado:
deverá declarar extinta a punibilidade do réu pela prescrição, uma vez que
o Código Penal estabelece, neste caso, o prazo prescricional de 2 anos.
(FCC - MPE- PB - Técnico Ministerial).

166. Paulo, quando tinha 20 anos de idade, após ser abordado em uma blitz da
polícia rodoviária federal na Rodovia Presidente Dutra, no dia 1º de Junho de
2010, oferece R$ 1.000,00, em dinheiro, para o policial responsável pela
abordagem para não ser autuado por excesso de velocidade. Paulo é
conduzido ao Distrito Policial, preso em flagrante, e acaba beneficiado pela
Justiça sendo colocado em liberdade após pagamento de fiança. Encerrado o
inquérito Policial, a denúncia em desfavor de Paulo, pelo crime de corrupção
ativa, é recebida no dia 15 de Julho de 2014. O processo tramita regularmente
e Paulo é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial
aberto, por sentença publicada em 14 de Agosto de 2016. A sentença transita
em julgado. Ricardo, advogado de Paulo, postula ao Magistrado competente
para a execução da sentença o reconhecimento da prescrição. Neste caso, de
acordo com o Código Penal, a prescrição da pretensão punitiva estatal ocorre
em: 2 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em
decorrência do decurso do prazo entre a data do recebimento da
denúncia e a publicação da sentença condenatória.(FCC - TRE- SP -
Analista Judiciário - Área Judiciária).

167. Pedro, que contava com 69 anos de idade na época, sócio proprietário de
uma empresa de embalagens, após ser alvo de uma diligência por agentes
fiscais de determinado Estado no dia 11 de Julho de 2013, oferece dinheiro em
espécie aos referidos funcionários públicos para não ter a empresa autuada
pelo Fisco. O fato é noticiado à Autoridade Policial, que determina a
instauração de inquérito policial. Relatado o Inquérito Policial, Pedro é
denunciado por crime de corrupção ativa. A denúncia é recebida em 30 de
Agosto do mesmo ano de 2013 e a ação penal é instaurada, com inquirição das
testemunhas arroladas pelas partes, interrogatório do réu e debates entre
Ministério Público e advogado. No dia 17 de Setembro de 2015 o processo é
sentenciado pelo Magistrado que condena Pedro a cumprir pena de 2 anos de
reclusão em regime inicial semiaberto, substituída por duas penas restritivas de
direito. A sentença transita em julgado e o advogado de Pedro apresenta
requerimento de extinção da punibilidade pela prescrição. Neste caso, o
Magistrado, atentando para a pena fixada: deverá extinguir a punibilidade do
réu pela prescrição, consumada em 2 anos entre a data do recebimento
da denúncia e a sentença. (FCC - TRE- SE - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

168. Mévio, de 20 anos, participando de um jogo de desafio virtual, à meia


noite da sexta- Feira, do dia 13 de março de 2015, invadiu o cemitério e, após
violar o túmulo no qual, pela manhã, o corpo de uma mulher de 50 anos havia
sido sepultado, manteve com o cadáver conjunção carnal e coito anal. Para
provar ter cumprido a tarefa, Mévio filmou todos os atos, tendo enviado o vídeo
ao grupo de whatsapp, criado exclusivamente para o compartilhamento dos
desafios. A mãe de Tício, rapaz de 22 anos, também participante do jogo,
mexendo no celular do filho, assistiu ao vídeo. Apavorada, procurou a
Autoridade Policial, tendo fornecido as imagens, bem como todas as conversas
do grupo, desde o início. Encerrada a investigação, o Ministério Público
denuncia Mévio e Tício pelo crime de vilipêndio a cadáver. Mévio, pelos atos
praticados, e Tício, por restar constatado ter sido ele quem propôs o desafio a
Mévio, tendo- O instigado. A denúncia foi recebida em 15 de junho de 2015 e,
encerrada a instrução, Mévio e Tício, em 20 de junho de 2017, são condenados
pelo crime de vilipêndio a cadáver. Mévio à pena de 02 (dois) anos de reclusão.
Tício à pena de 01 (um) ano de reclusão. A sentença condenatória transitou em
julgado para a acusação. Diante da situação hipotética e, levando em conta o
Código Penal, a alternativa correta é: A punibilidade de Mévio está extinta,
por força da prescrição, já que transcorreu período superior a dois anos
entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença. (VUNESP - PC-
BA - Delegado de Polícia).

169. No dia 11/01/2010, Jean, nascido em 11/01/1992, praticou um crime de


furto simples, razão pela qual foi denunciado como incurso nas sanções do Art.
155, caput, do Código Penal. Em 25/01/2010, foi a inicial acusatória recebida,
não sendo cabível a suspensão condicional do processo. Após o regular
processamento do feito, diante da confissão de Jean, foi o mesmo condenado
à pena mínima de um ano de reclusão, sendo a sentença condenatória
publicada em 01/03/2012 e transitando em julgado. Jean dá início ao
cumprimento da pena em 02/01/2014. Considerando a situação exposta,
assinale a afirmativa correta: Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do
Estado, devendo ser reconhecida a extinção da punibilidade. (FGV -
CODEBA - Advogado).

170. Funcionário público de 30 anos é denunciado pela suposta prática do


crime de falsidade ideológica de documento particular (Art. 299 do CP. Pena: 1
a 3 anos de reclusão e multa) por fatos que teriam ocorrido em 02 de janeiro de
2011. A denúncia foi recebida em 03 de março de 2015, e, após regular
instrução, foi o agente condenado em sentença publicada em 03 de março de
2018, sendo aplicada pena mínima de 01 ano de reclusão e 10 dias- Multa. O
Ministério Público não apresentou recurso, enquanto a defesa buscou, em
recurso, a absolvição. Considerando as informações narradas, no dia 20 de
setembro de 2018, data marcada para sessão de julgamento do recurso, em
caso de não ser dado provimento, o advogado: não poderá buscar o
reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva e nem a prescrição
da pretensão executória. (FGV - AL- RO - Analista Legislativo - Processo
Legislativo).

171. Marco, 40 anos, foi denunciado pela prática do crime de lesão corporal
culposa praticada na direção de veículo automotor, cuja pena privativa de
liberdade prevista é de detenção de 06 meses a 02 anos. Os fatos ocorreram
em 02.02.2011, e, considerando que não houve interesse em aceitar transação
penal, composição dos danos ou suspensão condicional do processo, foi
oferecida denúncia em 27.02.2014 e recebida a inicial acusatória em
11.03.2014. Após a instrução, foi Marco condenado à pena mínima de 06
meses em sentença publicada em 29.02.2016, tendo a mesma transitado em
julgado. Considerando os fatos narrados e a atual previsão do Código Penal, é
correto afirmar que: não deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade
de Marco, pois não ocorreu prescrição. (FGV - MPE- RJ - Analista
Ministerial - Área Processual).

172. José, com 21 anos de idade, cometeu um delito de furto simples (art.
155, caput) em 26 de maio do ano de 2010. A denúncia foi oferecida em 20 de
maio de 2014 e recebida em 26 de maio de 2014. Após a instrução, em
sentença condenatória publicada em 26 de maio de 2016, José foi condenado
a uma pena de dois anos de reclusão. O Ministério Público não recorreu,
enquanto que a Defensoria Pública interpôs recurso de apelação, e, em
acórdão publicado em 26 de maio de 2019, José teve a pena reduzida para um
ano de reclusão. Nesse caso: seja em razão da pena em abstrato, seja pela
pena em concreto, não houve a ocorrência de prescrição em nenhuma
hipótese. (FUNDEP - Gestão de Concursos - DPE- MG - Defensor Público).

173. B, mediante auxílio do adolescente A, pratica o crime de lesões corporais


leves (CP, art. 129, caput), em concurso formal com o crime de corrupção de
menores (Lei nº 8.069/90, art. 244- B): a prescrição da pretensão punitiva pela
pena em abstrato do crime de lesões corporais leves NÃO AFASTA a
possibilidade de imputação, a B, do crime de corrupção de menores. (MPE- PR
- MPE- PR - Promotor de Justiça).

Questão original: B, mediante auxílio do adolescente A, pratica o


crime de lesões corporais leves (CP, art. 129, caput), em concurso
formal com o crime de corrupção de menores (Lei nº 8.069/90, art. 244-
B): a prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato do crime
de lesões corporais leves afasta a possibilidade de imputação, a B, do
crime de corrupção de menores.

ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. A prescrição é a perda da pretensão (punitiva ou executória) em razão da


inércia do Estado durante o prazo previsto em lei. Enquanto na prescrição da
pretensão punitiva, o Estado perde o direito de aplicar a sanção penal (verifica- Se
antes do trânsito em julgado), na prescrição da pretensão executória o Estado perde
o direito de executar a sanção penal (verifica- Se após do trânsito em julgado).

2. O prazo prescricional previsto no CP é aplicável não só aos crimes e


contravenções penais, mas também aos atos infracionais. Além disso, aplicam- Se as
penas restritivas de direitos os mesmos prazos prescricionais previstos para as
penas privativas de liberdade.

3. O prazo prescricional, antes de transitar em julgado a sentença final (salvo o


disposto no § 1o do art. 110 deste Código), é calculado com base na pena máxima
abstratamente cominada ao crime: inferior a 1 ano: 3 anos; igual ou superior a 1 ano,
até 2 anos: 4 anos; superior a 2 anos até 4 anos: 8 anos; superior a 4 anos até 8
anos: 12 anos; superior a 8 anos até 12 anos: 16 anos; superior a 12 anos: 20 anos.

4. Se a pena de multa for a única cominada ou aplicada, a prescrição ocorrerá em


dois anos. De forma diversa, se a multa tiver sido alternativa ou cumulativamente
cominada ou cumulativamente aplicada, a prescrição da multa será no mesmo prazo
estabelecido para a pena privativa de liberdade.

5. Se o réu era menor de 21 anos ao tempo do crime, ou, na data da sentença, maior
de 70 anos, o prazo prescricional será reduzido pela metade.

6. Após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação ou depois


de improvido seu recurso, a prescrição será calculada com base na pena aplicada
pelo juiz, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da
denúncia ou queixa. (Exceção: apenas para os crimes cometidos antes da Lei
12.234/2010, a prescrição poderá ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou
queixa).

7. SÚMULA 146, STF – “A prescrição da ação penal regula- Se pela pena


concretizada na sentença, quando não há recurso da acusação”.

8. A prescrição da pretensão executória é aquela que ocorre após o trânsito em


julgado da sentença condenatória, sendo regulada com base na pena aplicada pelo
juiz. Em caso de reincidência, o prazo prescricional da pretensão executória é
aumentado de 1/3. (Este prazo só é majorado apenas em relação à prescrição da
pretensão executória).
9. SÚMULA 220, STJ – “A reincidência não influi no prazo da prescrição da
pretensão punitiva”.

10. SÚMULA 438, STJ – “É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição


da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da
existência ou sorte do processo penal” (é a chamada prescrição virtual ou antecipada).

11. Antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição começa a correr: do


dia em que o crime se consumou; no caso de tentativa, do dia em que cessou a
atividade criminosa; nos crimes permanentes, do dia em que cessou a
permanência; nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do
registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido; e nos crimes contra a
dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação
especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse
tempo já houver sido proposta a ação penal.

12. No que tange à prescrição da pretensão executória, se o condenado evadir- Se


ou o livramento condicional for revogado, a prescrição será regulada pelo tempo que
resta da pena.

13. No que diz respeito à prescrição da pretensão punitiva, a prescrição não corre:
enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o
reconhecimento da existência do crime; enquanto o agente cumpre pena no exterior;
na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais
Superiores, quando inadmissíveis; enquanto não cumprido ou não rescindido o
acordo de não persecução penal. (Pacote Anticrime).

Já em relação à prescrição da pretensão executória, a prescrição não corre:


durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.

14. São as causas interruptivas da prescrição da pretensão punitiva: o recebimento


da denúncia ou da queixa; a pronúncia; a decisão confirmatória da pronúncia; e a
publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis. Já as causas
interruptivas da prescrição da pretensão executória são: o início da pena; a
continuação do cumprimento da pena; e a reincidência.

15. Nas causas interruptivas, a partir do momento em que a prescrição é


interrompida, (salvo no caso de início ou continuação do cumprimento da pena), todo
o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.

16. SÚMULA 191, STJ – “A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que
o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime”.

17. Em relação ao prazo da prescrição da pretensão executória, se a reincidência


for antecedente, ou seja, aquela que ocorreu antes do trânsito em julgado da
condenação, o prazo será aumentado de aumentada em 1/3. Contudo, se a
reincidência for subsequente, isto é, posterior ao trânsito em julgado da
condenação, o prazo prescricional já iniciado será interrompido.

18. As causas interruptivas da prescrição se comunicam a todos os autores do


crime, exceto em dois casos: pelo início ou continuação da pena e pela prescrição
(pois são de caráter pessoal). Além disso, nos crimes conexos, que sejam objeto do
mesmo processo, estende- Se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.

19. No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade (pela prescrição)


incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.

20. SÚMULA 497, STF – “Quando se tratar de crime continuado, a prescrição


regula- Se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo
decorrente da continuação”.

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