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Noções de Criminologia

TESTES DE NOÇÕES CRIMINOLOGIA

1. (Investigadorr de Polícia Civil 2008) 5. (Investigador de Polícia Civil 2008)


A obra clássica de Cesare Bonesana tem o se- Dentre as ideias defendidas pelo Marquês de
guinte título: Beccaria, relativamente aos delitos e às penas,
a pena deveria:
a) Utopia.
a) ser prontamente imposta para que o castigo
b) A origem das espécies. pudesse relacionar-se com o crime.
c) O homem delinquente. b) ser imposta somente após um período de
d) O Estado das prisões. prisão do deliquente para que este pudesse re-
e) Dos delitos e das penas. fletir sobre seus atos.
c) sempre ser imposta de forma a configurar
um confisco de bens do delinquente.
2. (Investigador de Polícia Civil 2008) d) ser imposta de forma a corresponder a uma
Considera-se cifra negra a criminalidade: ação ofensiva igual àquela praticada pelo
a) registrada, mas não investigada pela polícia. ofensor.
e) imposta somente pelo Santo Ofício da In-
b) registrada, investigada pela polícia, mas quisição.
não elucidada.
c) registrada, investigada pela polícia, elucida-
da, mas não punida pelo Judiciário. 6. (Investigador de Polícia Civil 2008)
“L’uomo delinquente” ou “O homem delin-
d) não registrada pela polícia, desconhecida, quente” é uma obra clássica da criminologia,
não elucidada, nem punida. de autoria de:
e) não registrada pela polícia, porém conheci- a) Marquês de Beccaria.
da e denunciada diretamente pelo Ministério b) Césare Lombroso.
Público. c) Francesco Carrara.
d) Pellegrino Rossi.
3. (Investigador de Polícia Civil 2008) Ra- e) Enrico Pessina.
fael Garófolo, um dos precursores da ciência
da Criminologia, tem como sua principal obra 7. (Investigador de Polícia Civil 2008) O
o livro intitulado: indivíduo incapaz de cuidar-se e bastar-se a si
a) Criminologia. mesmo, com “QI” abaixo de 20 e idade mental
abaixo de 3 anos, tem seu estado mental ca-
b) A criminologia como ciência. racterizado como:
c) Política criminal. a) hipofrênico.
d) A ciência da criminologia. b) débil mental.
e) O homem delinquente. c) imbecil.
d) idiota.
4. (Investigador de Polícia Civil 2008) A e) hiperfrênico.
criminologia é uma ciência que dispõe de leis:
a) imutáveis e evolutivas. 8. (Investigador de Polícia Civil 2008) O
indivíduo abúlico é aquele cuja personalidade
b) inflexíveis e evolutivas.
psicopática se caracteriza:
c) permanentes e flexíveis.
a) pela falta de vontade, sendo uma pessoa su-
d) flexíveis e restritivas. gestionável e vulnerável aos fatores criminó-
e) evolutivas e flexíveis. genos e que age por indução.
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b) por ser uma pessoa arrojada, intrépida, d) Lombroso, no seu livro “L’uomo delinquen-
combativa, destemida e decidida. te” (1876), considerava o delito como um ente
c) por ser destituído de confiança ou de espe- natural, “um fenômeno necessário, como o
rança, propenso a tremores e que se preocupa nascimento, a morte, a concepção”, determi-
e sofre exageradamente com o menor revés. nado por causas biológicas de natureza, sobre-
d) por aparentar placidez e felicidade, porém tudo hereditária.
pode explodir subitamente em fúria.
e) por ser vaidoso e ter mania de grandeza, 12. (Gestor governamental – psicologia/cri-
aparentando ser mais do que é. minologia) A teoria estrutural-funcionalista
da anomia e da criminalidade, “Criminologia
Crítica e a Crítica do Direito Penal” (1999),
9. (Investigador de Polícia Civil 2008) afirma que:
A anormalidade psicossexual consistente na
exaltação ou impulsividade sexual sem freio, a) o desvio é um fenômeno normal de toda es-
verificada no indivíduo do sexo masculino, é trutura social.
conhecida por b) o comportamento desviante é inútil para o
a) ninfomania. equilíbrio e o desenvolvimento sociocultural.
b) anerotismo. c) o fenômeno do desvio é sempre negativo
para a existência e o desenvolvimento da es-
c) erotismo. trutura social.
d) masoquismo. d) as causas do desvio devem ser pesquisadas
e) satiríase. em fatores bioantropológicos e naturais, bem
como em uma situação patológica da estrutu-
10. (Gestor governamental – psicologia/cri- ra social.
minologia) Alessandro Baratta analisa, em
“Criminologia Crítica e a Crítica do Direito 13. (Gestor governamental – psicologia/cri-
Penal” (1999), as diversas escolas e teorias cri- minologia) Beccaria, “Dos delitos e das penas”
minológicas. Qual das escolas e teorias abaixo (2002), discorda da afirmação:
ele não analisou em seu livro?
a) As penas estabelecidas contra os infratores
a) A teoria das “subculturas criminais”. das leis são esses motivos sensíveis.
b) A teoria ecológica da escola de Chicago. b) Toda liberdade dos homens foi entregue ao
c) O paradigma criminológico do “Labeling soberano da nação, para poderem viver com
Approach”. segurança e tranquilidade na sociedade.
d) A sociologia do conflito e sua aplicação cri- c) Fizeram-se necessários motivos sensíveis
minológica. para dissuadir o espírito despótico de cada ho-
mem de novamente mergulhar as leis da socie-
dade no antigo caos.
11. (Gestor governamental – psicologia/cri-
minologia) De acordo com Alessandro Barat- d) As leis são condições sob as quais homens
ta, “Criminologia Crítica e a Crítica do Direito independentes e isolados se uniram em socie-
Penal” (1999), é correto afirmar: dade, cansados de viver em contínuo estado de
guerra e de gozar de uma liberdade inútil pela
a) O delito é, para a Escola Clássica, um ente incerteza de sua conservação.
socialmente qualificado, possuidor de uma
complexa significação social.
b) A Escola Positiva se detinha principalmen- 14. (Gestor governamental – psicologia/cri-
te sobre o delito, entendido como conceito ju- minologia) Rusche e Kirchheimer, “Punição e
rídico, isto é, como violação do direito e, tam- Estrutura Social” (2004), afirmam que:
bém, daquele pacto social que estaria na base a) A política penal, do ponto de vista funcional,
do Estado e do direito; é independente de uma dada ordem social.
c) A Escola Liberal Clássica partia da hipótese b) O sistema penal de uma dada sociedade é um
de um rígido determinismo e sobre esta base a fenômeno isolado sujeito às suas leis especiais.
ciência teria por tarefa realizar uma pesquisa c) A revisão da política penal, graças ao pro-
etiológica sobre a criminalidade. gresso do conhecimento humano que tornou o
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problema do tratamento penal mais compre- 17. (Gestor governamental – psicologia/cri-


ensível, parece estar hoje mais perto de sua minologia) Em “Vigiar e Punir” (2002), os ins-
realização. trumentos abaixo garantem sucesso ao poder
d) A taxa de criminalidade pode de fato ser in- disciplinar, exceto:
fluenciada somente se a sociedade está numa a) O processo sócio-educativo.
posição de oferecer aos seus membros certo b) A sanção normalizadora.
grau de segurança e de garantir um nível de c) O olhar hierárquico.
vida razoável. d) O exame.

15. (Gestor governamental – psicologia/cri- 18. (Gestor governamental – psicologia/cri-


minologia) Rusche e Kirchheimer, “Punição minologia) Segundo Foucault (2002), é correto
e Estrutura Social” (2004), Discordam da se- afirmar sobre a técnica do exame:
guinte afirmação: a) O exame, quando bem realizado, não preci-
a) A natureza perversa do homem pode ser con- sa registrar em arquivos, documentos e anota-
tida através da degradação do nível das prisões ções escritas os resultados de sua observação.
abaixo dos das classes subalternas livres. b) O exame estabelece sobre os indivíduos uma
visibilidade através do qual eles são diferen-
b) A repressão possibilita a ilusão de seguran- ciados e premiados individualmente.
ça encobrindo os sintomas da doença social
c) O exame combina as técnicas da hierarquia
com um sistema legal e julgamentos de valor que vigia e as da sanção que normaliza.
moral.
d) O exame é um método educativo, uma pro-
c) A passagem de uma política penal repres- va que permite qualificar o indivíduo para sua
siva para um programa progressista de refor- reinserção social.
mas pode transcender o mero humanitarismo
para tornar-se uma atividade social verdadei-
19. (Gestor governamental – psicologia/cri-
ramente construtiva. minologia) Qual grupo de objetivos não foi
d) A futilidade da punição severa e o tratamen- destacado por Jeremy Benthan, “O Panópti-
to cruel podem ser testados mais de mil vezes, co” (2000), como uma utilidade de sua Casa de
mas enquanto a sociedade não estiver apta a Inspeção?
resolver seus problemas sociais, a repressão, o a) Punir o incorrigível, encerrar o insano ou
caminho aparentemente mais fácil, será sem- confinar o suspeito.
pre bem aceita. b) Reformar o viciado, curar o doente ou ins-
truir os que estejam dispostos em qualquer
16. (Gestor governamental – psicologia/cri- ramo da indústria.
minologia) “Em suma, a arte de punir, no c) Sediar o governo, abrigar a força policial do
regime disciplinar, não visa nem a expiação, Estado ou inspecionar as operações do poder
nem mesmo exatamente a repressão. [...] Em legislativo.
uma palavra, ela normaliza.” (Foucault, Vi- d) Empregar o desocupado, manter o desassis-
giar e Punir, 2002. p. 152, 153). Segundo este tido ou treinar a raça em ascensão no caminho
da educação.
autor, qual conjunto de operações põe em
funcionamento a arte de punir no regime dis-
ciplinar? 20. (Gestor governamental – psicologia/cri-
minologia) Todas as características abaixo
a) Reeducar, tratar, diferenciar, observar, rein- estão presentes no “Plano para uma casa de
serir. inspeção penitenciária” contido no Panóptico
b) Educar; diferenciar; tratar; homogeneizar; de Bentham, exceto:
excluir. a) O edifício é circular.
c) Comparar, hierarquizar, reeducar, tratar, b) Um sino, destinado exclusivamente aos pro-
reinserir. pósitos do alarme.
d) Comparar; diferenciar; hierarquizar; homo- c) Luz plena para que cada prisioneiro veja os
geneizar; excluir. outros e o inspetor veja todos eles.
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d) Os apartamentos dos prisioneiros ocupam seja reconhecida e preservada a dignidade da


a circunferência e o apartamento do inspetor pessoa humana.
ocupa do centro. d) Praticar tortura contra uma pessoa é uma
forma covarde de cometer violência física, psí-
21. (Gestor governamental – psicologia/cri- quica e moral, fazendo sofrer a vítima, degra-
minologia) Cristina Rauter, “Criminologia e dando o próprio torturador e agredindo valo-
Subjetividade no Brasil” (2003), ao falar sobre res que são de toda a humanidade.
o nascimento da criminologia no Brasil, con-
firma qual das afirmações abaixo?
24. (Gestor governamental – psicologia/cri-
a) Em 1868, há notícia de um médico dirigin- minologia) Segundo Ronald Dworkin em sua
do uma prisão no Rio de Janeiro. obra “Levando os direitos a sério” (2002), as
b) A partir do séc. XX, perde força a tendência afirmativas abaixo estão corretas, exceto:
médica no interior do discurso criminológico.
a) A parte principal do direito – a parte que
c) Com o Código Penal de 1890, o código da define e executa as políticas sociais, econômi-
República, a real viabilidade da aplicação das cas e externas – deve ser neutra.
ideias liberais foi muito comemorada pelos ju-
ristas. b) A instituição dos direitos é crucial, pois repre-
senta a promessa da maioria às minorias de que
d) A vinda da família real portuguesa para
sua dignidade e igualdade serão respeitadas.
o Brasil impediu que as grandes transforma-
ções liberais influenciassem o Código Penal de c) A instituição dos direitos requer um ato de
1830. fé por parte das minorias, porque o alcance de
seus direitos será controverso sempre que fo-
rem direitos importantes.
22. (Gestor governamental – psicologia/cri-
minologia) De acordo com a obra de Cristi- d) A instituição dos direitos requer um ato de fé
na Rauter, “Criminologia e Subjetividade no por parte das minorias, porque os representantes
Brasil” (2003), é incorreto afirmar: da maioria agirão de acordo com suas próprias
noções do que realmente são estes direitos.
a) A principal produção do discurso da crimi-
nologia é a figura do criminoso anormal.
b) A criminologia, como a mais utilitária das 25. (Gestor governamental – psicologia/cri-
ciências humanas, apresenta um discurso ra- minologia) Na apresentação do livro “Fou-
ramente comprometido com a repressão. cault, Estratégia, Poder-Saber” (2003), Mano-
c) O discurso da criminologia tem a função de el Barros Motta, sobre o nascimento da prisão,
dotar o judiciário de uma racionalidade cienti- não concorda com a seguinte afirmação:
fica, de transformar uma função repressiva em a) A violência física como meio de punição,
função técnica. segundo os reformadores, deveria ser substitu-
d) A criminologia não pode propor o ‘trata- ída pelo sistema de contínua vigilância sobre
mento’ do delinquente sem enfatizar a necessi- o preso.
dade da ‘vigilância’. b) O nascimento da prisão coincide com o mo-
mento em que se percebeu, segundo a economia
23. (Gestor governamental – psicologia/cri- do poder, ser mais rentável vigiar do que punir.
minologia) No prefácio do livro “Observações c) O jornal O homem e a América, n.° 10
sobre a tortura” (2000), Dalmo Dallari afirma: (1831), publicou que o novo modelo penal
a) Na história humana, quando a prática da teria por fim reprimir a mendicidade, acos-
violência se torna rotina, não é raro que a for- tumar os vadios ao trabalho e corrigi-los dos
ça seja vencida pela autoridade e pela razão. seus vícios.
b) Nunca aconteceu de governos e até mesmo d) A instalação de uma Casa de Correção no
as leis permitirem a tortura, em nome da defe- Brasil, no séc. XIX, não deveria seguir o mo-
sa da liberdade ou da proteção da sociedade. delo do Panóptico de Bentham, que estava
c) A prevalência da razão sobre a barbárie é sendo severamente criticado pelos reforma-
uma opção nem sempre necessária para que dores.
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26. (Gestor governamental – psicologia/cri- b) Tráfico de drogas ilícitas e contrabando de


minologia) Na entrevista de C. Angeli com armas são, entre outros, exemplos marcantes
M. Foucault, em 18 de março de 1971, nome- da atuação do crime organizado global.
ada “Inquirição sobre as prisões: Quebremos c) Há evidente relação entre aumento da de-
a barreira do silêncio”, Foucault não disse a manda (consumo) e ampliação do tráfico de
seguinte frase: drogas ilícitas.
a) A justiça envia um homem à prisão, e esse d) Por ser área periférica, sem maior peso eco-
homem não pode defender seus direitos peran- nômico, político e estratégico no mundo con-
te ela. Ele está totalmente desarmado. temporâneo, a América Latina fica praticamen-
b) No final da inquirição, foi possível destacar te à margem do crime organizado global.
que muitos detentos disseram que as condições
materiais na prisão são os piores. 28. (Cespe – Polícia Civil Invest. Pará
c) Quando ele escreve ao procurador para quei- 2006) Levando-se em conta os motivos da
xar-se, sua carta pode ser interceptada [...]. Às aproximação entre crianças e adolescentes e
vezes, ele pode ser mandado para a solitária a o crime organizado, relacionados no texto, é
fim de que cesse de se queixar. possível concluir que uma forma correta de se
d) Os Juízes sabem muito bem que a adminis- enfrentar o problema seria:
tração penitenciária serve de anteparo entre
a) reconhecer que tão-somente o dinheiro im-
eles e os detentos. Esta é uma das funções da
pele esse público a buscar apoio junto às orga-
prisão muito apreciada pelos Juízes.
nizações criminosas.
Texto para as questões de 27 a 29. b) adotar políticas públicas preventivas e in-
Após observar grupos armados de crian- tegradas, eficientes para a inclusão social, a
ças e adolescentes da Colômbia, El Salvador, exemplo de uma escola que forme, ensine e dê
Equador, Jamaica, Nigéria, Irlanda do Norte, prazer.
Estados Unidos da América (EUA), Filipinas, c) elaborar uma legislação que classifique como
África do Sul e Brasil (Rio), pesquisadores da crime hediondo o uso de drogas ilícitas.
ONG Crianças e Jovens em Violência Armada d) instituir a pena de prisão perpétua para tra-
Organizada (Coav) encontraram várias seme- ficantes e usuários de drogas ilícitas, como pri-
lhanças. A idade média de entrada nos grupos, meiro passo na direção da pena de morte.
13 anos e 6 meses, se repete, assim como a ma-
neira gradual como se adere ao crime, ainda
na infância. 29. (Cespe – Polícia Civil Invest. Pará
2006) Em tempos de tanta violência urbana,
Segundo um pesquisador, “trata-se de uma
razão primordial para o sentimento coletivo
coisa do dia a dia. O tráfico não precisa recru-
de insegurança, algumas notáveis vitórias es-
tar. Já tem um monte esperando para entrar”.
tão sendo obtidas. Regiões marcadas pela vio-
Para ele, o tráfico é uma maneira de crianças e
adolescentes responderem a fatores de risco de lência extrema estão conseguindo reverter esse
seu cotidiano, como a pobreza, a falta de alter- quadro terrível, como é o caso famoso do Jar-
nativas realçada por baixa formação educacio- dim Ângela, na periferia de São Paulo. Entre
nal e alto nível de desemprego, o preconceito, as medidas tomadas, que se mostraram muito
o racismo e a baixa auto-estima, a violência de positivas, assinale a opção incorreta.
agentes do Estado e de grupos rivais, os pro- a) Policiamento comunitário, com policiais
blemas em casa e com a família, além da falta atuando na região em que residem.
de lazer. b) Abertura das escolas em horários diversos
O Estado de S. Paulo, 10/7/2005, p. C5 (com adaptações). aos das aulas, inclusive nos fins de semana,
atraindo a comunidade para delas fazerem uso.
c) Oferecimento de alternativas de formação
27. (Cespe – Polícia Civil Invest. Pará profissional e de possibilidades de lazer, entre-
2006) Considerando as informações contidas gando à comunidade a responsabilidade pela
no texto acima, assinale a opção incorreta. guarda dos equipamentos públicos.
a) Tal como a economia, o crime também se d) Proibição total de funcionamento de bares
globaliza, atuando em várias frentes e nas ou de locais onde bebidas alcoólicas possam
mais diversas áreas do planeta. ser vendidas.
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30. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP regular e irregular” (Antonio García-Pablos


2008) Representam fatores somáticos condi- de Molina) reporta-se à(s) Teoria(s):
cionantes da personalidade, próprios do perío- a) da Anomia.
do pré-delitivo: b) Subculturais.
a) mimetismo, enfermidade, miséria. c) Ecológicas.
b) idade, sexo, ritmo cerebral. d) da Desorganização Social.
c) religião, ego fraco, desejo de lucro imediato. e) do Controle Social.
d) necessidade de status, escolaridade, promis-
cuidade. 35. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP
e) carência afetiva, herança, cor. 2008) É correto afirmar que a Criminologia
moderna:
31. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP a) ocupa-se precipuamente do estudo do ho-
2008) A escola criminológica que se caracte- mem delinquente.
rizou por privilegiar a defesa social em detri- b) ocupa-se do estudo do delito sob a mesma
mento dos direitos do indivíduo foi a: perspectiva utilizada pelo Direito Penal.
a) Positiva. c) diverge em uma série de pontos da crimino-
b) Clássica. logia tradicional, menos, entretanto, quanto à
definição de delito.
c) da Lei e da Ordem.
d) vem gradativamente perdendo interesse nos
d) Cartográfica. estudos referente à vítima, preferindo cada
e) Penitenciária. vez mais dedicar-se ao exame dos elementos
jurídicos de crime.
32. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP e) focaliza o delito como um problema social e
2008) Trata-se do autor da teoria do “delin- comunitário, e não somente como comporta-
quente nato”, formulada após a realização de mento individual.
centenas de autópsias em delinquentes mortos
e milhares de exames em delinquentes presos: 36. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP
a) Pinel. 2008) A denominada Teoria Clássica, fulcrada
b) Ferri. nas ideias e nos ideais iluministas, extraiu seus
postulados
c) Lombroso.
a) do jusnaturalismo.
d) Garófalo.
b) do positivismo jurídico.
e) Bentham.
c) da estatística.
d) da psicologia analítica.
33. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP e) da sociologia criminal.
2008) Trata-se da cidade que primeiro serviu
como fonte de inspiração, de estudo, de experi-
mento, de comprovação e de aplicação da teoria 37. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP 2008)
sociológica do crime denominada “ecológica”: “As sociedades têm os criminosos que merecem”.
“O micróbio é o criminoso, um ser que perma-
a) Frankfut, na Alemanha. nece sem importância até o dia em que encon-
b) Londres, na Inglaterra. tra o caldo de cultivo que lhe permite brotar”.
c) Paris, na França. Por meio dessas frases, Lacassagne procurou
d) Chicago, nos Estados Unidos da América. evidenciar que, sobre a gênese da delinquência,
e) Nova Orleans, nos Estados Unidos da Amé- exerce(m) transcendental importância:
rica. a) os fatores hereditários.
b) o meio social.
34. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP c) os componentes biológicos da conduta hu-
2008) O pensamento criminológico que pro- mana.
fessava, dentre seus postulados, a “semelhança d) a estrutura moral do ser humano.
estrutural, em sua gênese, do comportamento e) as psicopatologias.
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Noções de Criminologia

38. (Acadepol – Polícia Civil Invest. SP 42. Consideram-se, respectivamente, os íco-


2008) A vertente do pensamento criminológi- nes do Positivismo Antropológico e do Positi-
co cujo interesse e consequente objeto de inves- vismo Sociológico:
tigação fixam-se nos processos de criminaliza- a) Cesare Lombroso e Enrico Ferri;
ção, em detrimento da pessoa do delinquente e b) Cesare Lombroso e Rafael Garófalo;
do seu meio, reporta-se à(s) Teoria(s): c) Cesare Beccaria e Émille Durkheim;
a) da contenção. d) Feuerbach e Francesco Carrara;
b) da aprendizagem social (social learning). e) Carnelutti e Francesco Carrara.
c) do etiquetamento (labelling approach).
d) do controle social. 43. A Moderna Criminologia atua através
de método:
e) da conformidade diferencial.
a) normativo-dedutivo e interdisciplinar;
b) normativo-dogmático;
39. Não é postulado da Criminologia Clás- c) dogmático e interdisciplinar;
sica: d) empírico-indutivo e interdisciplinar.
a) considerar o crime como abstração jurídica,
ou seja, como mera violação da lei penal; 44. Não é função da Moderna Criminologia:
b) considerar o livre arbítrio do agente como a) explicar a origem multifatorial do crime;
origem da prática criminosa;
b) fornecer programas de prevenção ao delito;
c) considerar a pena como castigo do delinquen- c) intervir na pessoa do delinquente e estudar
te, ou seja, como reação à prática delituosa; a vítima;
d) estudar a etiologia social do delito, conside- d) explicar a etiologia do crime;
rando sua origem multifatorial. e) desenvolver estudos sobre a norma penal e
respectivos métodos de interpretação.
40. Considera-se o início do Classicismo:
45. Considera-se prevenção terciária:
a) a obra Dos Delitos e das Penas de autoria de
Cesare Beccaria, publicada em 1764; a) aquela exercida através de programas e es-
tratégias de política social, cultural, educacio-
b) a obra Tratado Antropológico e Experi- nal, econômica que atuem na origem do deli-
mental do Homem Delinquente de autoria de to visando neutralizar suas causas através de
Cesare Lombroso, publicada em 1876; prestações comunitárias positivas;
c) a primeira edição da Revista da Scuola Posi- b) aquela atuante quando e onde da prática
tiva fundada por Enrico Ferri em 1886; delitiva, direcionando-se a seletivamente a ca-
d) a obra Criminologia Clássica de autoria de sos concretos e, portanto, aos grupos sociais
com maior probabilidade de comportamento
Francesco Carrara publicada em 1840.
delituoso;
c) aquela destinada à reparação do dano da
41. Considera-se a origem da Criminologia vítima, através de meios de conciliação entre
Científica: as partes e que, consequentemente, pacifica as
relações sociais;
a) a obra Dos Delitos e das Penas de autoria de
d) aquela voltada à população carcerária que,
Cesare Beccaria, publicada em 1764; com claro viés punitivo-ressocializador, busca
b) a obra Tratado Antropológico e Experi- evitar a reincidência.
mental do Homem Delinquente de autoria de
Cesare Lombroso, publicada em 1876; 46. No que tange à reação ao delito consi-
c) a primeira edição da Revista da Scuola Posi- dera-se sistema integrador:
tiva fundada por Enrico Ferri em 1886; a) aquele destinado à ressocialização do delin-
d) a obra The New Criminology de autoria quente buscando a sua reinserção social;
conjunta de Ian Taylor, Paul Walton e Jock b) aquele que, com claro viés intimidatório,
Young, publicada em 1973. destina-se à evitação da criminalidade;
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c) aquele destinado à reparação do dano da causada pela seletividade do sistema oficial de


vítima, através de meios de conciliação entre controle do delito;
as partes e que, consequentemente, pacifica as c) desenvolve estudo da criminalidade juvenil
relações sociais; tendo por base o fato de que a mesma se ori-
d) aquele atuante quando e onde da prática gina da Teoria da aprendizagem desenvolvida
delitiva, direcionando-se a seletivamente a ca- pelo mimetismo;
sos concretos e, portanto, aos grupos sociais d) desenvolve estudo da criminalidade econô-
com maior probabilidade de comportamento mica ou de colarinho branco tendo por base o
delituoso. fato de que a mesma se origina da Teoria da
Associação Diferencial desenvolvida pelo mé-
todo da aprendizagem;
47. É exemplo do sistema dissuasório na
reação ao delito:
a) a organização, dentro do sistema penitenciá- 50. A Teoria da Associação Diferencial de-
rio, de programas de ressocialização do delin- senvolveu principalmente estudo sobre:
quente buscandoa sua reinserção social; a) delinquência juvenil;
b) a organização de programas de reestrutura- b) criminalidade de colarinho branco;
ção urbanística e arquitetônica na prevenção c) criminalidade secundária produzida pela in-
do delito; tervenção seletiva e estigmatizante do sistema
c) operações policiais que visam diluir a práti- oficial de controle do crime;
ca delitiva como as rondas ostensivas; d) a reestruturação urbanística e arquitetôni-
d) a pacificação das relações sociais através da ca como instrumento de prevenção da crimi-
reparação do dano e da conciliação das partes. nalidade.

48. Para a Teoria Anômica de Émille


Durkheim, considera-se anomia:
a) o volume constante e regular da criminali-
dade na sociedade, ou seja, a repetição anual
dos delitos, também conhecida por magnitude
estável;
b) “a expressão do vazio ou sintoma que se
produz quando os meios sócioestruturais exis-
tentes não servem para satisfazer as expecta-
tivas culturais de uma sociedade”;
c) “a crise ou perda da efetividade das normas
e valores como consequência do rápido desen-
volvimento econômico da sociedade e de suas
alterações sociais que debilitam a consciência
coletiva gerando um rápido aumento ou dimi-
nuição nas taxas médias da criminalidade”;
d) “a tensão entre a estrutura cultural e a estru-
tura social que força o indivíduo a optar, dentre Gabarito
as vias existentes, por um das cinco condutas 1. e 2. d 3. a 4. e 5. a
arroladas: conformidade, inovação, ritualismo, 6. b 7. d 8. a 9. e 10. d
fuga do mundo ou rebelião”.
11. b 12. b 13. c 14. a 15. b
16. d 17. b 18. a 19. a 20. d
49. Assinale a correta quanto à Teoria In- 21. a 22. a 23. d 24. c 25. b
teracionaista ou Labelling Approach: 26. d 27. d 28. b 29. d 30. a
a) desenvolve estudo sobre a origem multifato- 31. a 32. c 33. d 34. b 35. e
rial da criminalidade primária; 36. a 37. b 38. c 39. d 40. a
b) desenvolve estudo sobre a origem da cri- 41. b 42. a 43. d 44. e 45. d
minalidade secundária, tendo por base o fato
46. c 47. c 48. c 49. b 50. b
de que a mesma se origina da estigmatização
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