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RESUMO PARA PROVA (TE)

Criminologia Radical: relação entre crime e a formação econômica; preocupa-se com o poder
econômico e político e sua influência para com a criminalidade;

Criminologia Organizacional: formação das leis e normas (e a violação de tais regras) como
objeto de estudo;

Criminologia Clínica: busca a compreensão do crime e suas circunstâncias (autor, vítima e


controle social); busca orientar a Política Criminal, visando a prevenção (geral), inclusive sobre
comportamentos não-criminais que merecem reprovação.

1) Escola Clássica
a) Método: Dedutivo / Lógico-formal
b) Influências: Jusnaturalismo, Liberalismo, Humanismo, Contratualismo, Utilitarismo,
Positivismo;
c) Autores: Cesare Beccaria (1764), Francesco Carrara (1859);
d) Fases: filosófica (Cesare Beccaria) e jurídica (Francesco Carrara)
e) Estudo do crime como fato individual junto às leis (que asseguram os seus direitos) e aos
seus direitos naturais;
f) Crime: praticado para satisfazer o desejo de prazer do homem;
g) Ser humano é detentor do livre arbítrio e, portanto, deve ser responsabilizado penalmente:
“o homem é um ser livre e racional, podendo tomar decisões e arcar com as consequências”.
h) Beccaria: contra a tortura e a pena de morte; criticava a duração dos processos; prisão como
caráter essencial para o controle e aplicação das leis; devido processo legal; clareza da lei e
linguagem acessível;
i) Carrara: delito como um ente jurídico, constituído por duas forças (a física e a moral); os
homens deveriam ser responsáveis diante da moral.
j) “O crime não é um ente de fato, mas entidade jurídica; não é uma ação, mas infração. É a
violação de um direito”.

2) Escola Positivista
a) Método: Indutivo / Experimental (Biologia, Antropologia e Ciências Naturais)
b) Influências: Fisiocratas, Iluminismo;
c) Interdisciplinaridade: Psiquiatria, Psicologia, Antropologia, Sociologia e o auxílio da
Estatística;
d) Princípios básicos: método positivo, responsabilidade social, o crime como fenômeno
natural e social; e a pena como meio social.
e) Autores: Cesare Lombroso (1876), Enrico Ferri (1877) e Rafael Garofalo (1885)
f) Fases: Antropológica (Lombroso), Sociológica (Ferri) e Jurídica (Garófalo)
g) Delito: Fatores individuais e sociais. É uma livre opção, porém um dos fatores que
influenciam é o meio em que vive o seu autor.
h) Pena: Defesa social e função preventiva.
i) Criminoso: estado de anormalidade (ainda que temporária), pois a pessoa normal é aquela
que está apta à vida em sociedade.
j) Cesare Lombroso (médico penitenciário): estudava a pessoa do delinquente e não o delito;
admitia a influência social sobre o delinquente (o qual considerava uma subespécie
humana), porém dava mais importância para fatores biológicos e antropológicos como
influências nas condutas ilícitas;
k) Enrico Ferri: Ausência de livre arbítrio, defesa social da pena e intimidação geral;
apresentou fatores criminógenos definidos como antropológicos físicos e sociais; classificou
em 4 tipos os delinquentes:
i) Delinquente Nato: falta de senso moral;
ii) Delinquente Louco: atrofia do senso moral + doença. O “Criminoso louco” é
levado ao crime não apenas por sua enfermidade mental (idiota, imbecil,
paranóia etc.), mas também por outro “desajuste” que Enrico Ferri, discípulo de
Cesare Lombroso, define como “atrofia do senso moral”, a qual, podendo ser
tanto permanente como transitória, é condição decisiva na gênese da delinquência.
A psicopatia também pode resultar da junção da condição nevropática com
distúrbios psíquicos na esfera do sentimento, inteligência ou vontade. Ferri sustenta
uma teoria sociológica com fulcro em fatores criminógenos (antropológicos físicos
e sociais);
iii) Delinquente Habitual: (por tendência congênita ao cometimento de) crimes de
sangue e de violência ou contra a propriedade; delitos leves (repugnância ao
trabalho); hábito adquirido (na infância); profissional (indústria do crime, crime
organizado etc);
iv) Delinquente Ocasional: não é atrofia moral, e sim irreflexão e imprevidência
com fraqueza de vontade; deve ser punido com penas alternativas para educação
social; e
v) Delinquente Passional: mais complexo; há paixões úteis e prejudiciais: paixões
sociais e antissociais; a repressão deve ser dosimetrada.
l) Rafael Garófalo: Princípios da Periculosidade como fundamento da responsabilidade do
criminoso; prevenção especial; Defesa da sociedade; ceticismo na regeneração. Seu objeto
de estudo era o crime, e não o criminoso. Classificou o delinquente em 4 tipos: o ladrão, o
assassino, o criminoso e o violento. A pena deve estar em função das características
concretas de cada delinquente. Descartou as ideias de proporção como medida da pena, de
responsabilidade moral e de liberdade humana como fundamento daquela.

3) Escola Moderna Alemã


a) Método: Lógico Abstrato (Direito) e Indutivo-Experimental (demais Ciências Criminais)
b) Eclética ou Mista
c) Criminologia (causas do delito) é diferente de Penalogia (causas e efeitos da pena)
d) Autores: Franz Von Liszt
e) Prevenção especial
f) Estudo do crime compreendendo aspectos antropológicos e sociológicos
g) Distinção entre imputáveis e inimputáveis fundada na normalidade de determinação do
indivíduo (dirigibilidade dos atos do homem): penas aos imputáveis e medida de segurança
aos inimputáveis;
h) Pena: função finalística, devendo se ajusta a natureza do delinquente. Deve ter o caráter
retributivo (priorizando o caráter de prevenção especial);
i) Propugna por penas alternativas à prisão, defendendo penas privativas de liberdade de curta
duração;

4) Escola Científica
a) Interdisciplinaridade: Biologia, Psicologia e Sociologia;
b) Teorias biológicas buscavam encontrar no organismo do delinquente um motivo que lhe
diferenciasse dos demais seres humanos (um motivo/motivação para a prática de delitos):
estudos sobre endocrinologia, anatomia, genética, morfologia e patologia, pois se acreditava ser
o criminoso um ser dotado de anomalias;
c) Psicologia Criminal: estudo mental gerador da conduta delitiva, como também a gênese,
desenvolvimento e variáveis da mesma; maiores precursores: Wundt, Kohlbert, Piaget, Levin
etc.
d) Psiquiatria: análise das enfermidades do homem para verificar a relação daquelas com os atos
criminosos; Principal precursor: Freud. Tratam de crimes e criminosos, procurando dar uma
interpretação para o comportamento criminoso, fixando conceitos relativos à terapia.
Consideram o delito um fenômeno social e seletivo, estando ligado a certas circunstâncias da
vida em sociedade.

5) Terza Scuola
a) Autores: Manuel Carnevale (1891)
b) Responsabilidade moral, distinguindo imputáveis e inimputáveis;
c) Não adota o livre-arbítrio, pois sim o determinismo psicológico.
d) O homem é levado a agir pelo motivo mais forte: a imputabilidade que resulta na
dirigibilidade dos atos do homem.
e) Crime: fenômeno social e individual.
f) Pena: função de defesa social, tendo natureza distinta da medida de segurança.

6) Escola Crítica
a) Influências: Marxismo;
b) Teorias políticas e econômicas p/ análise das causas sociais e institucionais causadoras do
delito;
c) Autores: Alessandro Barata, Becker, Schur, Granfiel, Goffman, Erickson etc.
d) Bases de defesa: Teorias do Labelling Aproach (etiquetamento social) e da Reação Social;
e) Labelling Aproach (etiquetamento social): condutas tuteladas pela lei penal não são lógicas
(sociologia crítica); para o saber dogmático, furtar é crime, porém, se o furto for praticado
por uma pessoa rica que poderia comprar o produto furtado, seria considerado distração
(animus jocandi); entende que o criminoso é selecionado pelas características do meio ao
qual está inserido, e não pela conduta criminosa: sistema punitivo não combate a
criminalidade, mas atribui rótulos através de uma convenção discursiva; o criminoso nada
mais é do que um indesejado selecionado e etiquetado pelos dominantes do sistema, que
além de serem responsáveis pelo controle político e legislativo, também acabam sendo
responsáveis pelos meios de investigação, comunicação etc., controlando a opinião da
maioria, que também contribui para o processo de criminalização, tornando o direito penal
uma ferramenta de controle social; compreende que o conceito de criminoso pode variar de
acordo com o sistema de produção no qual se insere o sistema punitivo;
f) Pena: tem por fim a defesa social;
g) Reforma social como imperativo do Estado na luta contra a criminalidade;
h) Rechaça o tipo criminal antropológico, sustentando a causalidade e a não fatalidade do
delito;
i) Ignora qualquer hipótese de ressocialização do agressor, devendo a pena servir apenas para
afastar o criminoso do meio social;

7) Enfoques sociológicos sobre o delito


a) Teorias sociológicas: explicações que se apoiam em um modelo teórico dos acontecimentos
sociais e da sociedade, posicionando o fenômeno criminal em relação a eles;
b) Primeira direção (macrossociológica): a causa social da criminalidade: determinantes
políticos, culturais, econômicos e contextos sociais mais amplos e sua influência sobre os
indivíduos que cometem crimes; valoriza-se as variáveis processuais, estruturais e
institucionais, os elementos macrossociais que recaem sobre determinada pessoa e a fazem
ser inserida no mundo do crime;
c) Segunda direção (dimensão microssociológica): as características individuais (elementos
biopsicológicos, a estrutura cerebral, os traços da personalidade e temperamento, os
backgrounds cognitivos) e as motivações dos sujeitos (elementos de decisão racional do
indivíduo) que realizam os delitos que o encaminham para o mundo do crime;
d) Teorias ecológicas ou ambientalistas: voltada à criminalidade urbana e sua distribuição
espacial: condições de vida dos habitantes dos centros urbanos e no modo em que as
circunstâncias favoreciam fenômenos de desvio e desorganização social; desenvolvida entre
as décadas de 1920 e 1940 (retomado nos EUA na década de 1980) em Chicago, buscando
interpretar os processos de desorganização social reinantes em alguns de seus bairros ou de
suas zonas, em épocas turbulentas, de grande violência delitiva e estendida corrupção
institucional; Robert Park e Ernest Burgess desenvolveram a sociologia dos grandes centros
urbanos (sociologia urbana ou ecologia social ou Escola Ecológica de Chicago), sobre as
causas da desorganização urbana; principal hipótese: habitantes das áreas conflitivas tinham
mais possibilidades de delinquir que os residentes em áreas tidas como ordenadas; atenção
aos habitantes pobres ou com pouca interação social; Estudou as gangues juvenis, grupos
recém assentados, grupos ligados à prostituição e ao jogo, guetos raciais, famílias pobres e
imigrantes de diversas procedências;
e) Teoria da Anomia: Uma sociedade terá maior ou menor coesão social na medida em que,
compartilhando um mito fundacional comum, constituir um imaginário apto a projetar
“aspirações comuns” para os seus membros coletivamente considerados. Por outro lado,
uma sociedade viverá o estado de “anomia social” quando houver a desintegração de seu
tecido social, dificultando o compartilhamento de um projeto social comum pelos seus
membros, o que para Durkheim ocorre em razão da divisão social do trabalho adotada pelas
sociedades industrializadas após o século XIX. Assim, a “anomia social” seria a quebra da
estrutura sociocultural em razão da assimetria entre as normas e as “aspirações sociais”,
produzindo-se em certos grupos uma tendência de desrespeito às normas sociais, em face de
sua falta de legitimidade decorrente da ausência de coesão social pela sociedade
considerada. Por seu turno, Robert Merton enxergará nesta condição a causa das “condutas
desviantes” das pessoas.
f) Teoria da Anomia: é o estado de desintegração social que dificultava a comunicação direta
entre membros de um projeto social comum. O conceito, desenvolvido por Durkheim, foi
retomado superficialmente por P. Sorokin e T. Parsons, cujo discípulo, Robert Merton,
publicou um ensaio que consagrou o conceito, daí derivando a “hipótese de Marton”,
segundo a qual a sociedade atua obstaculizando ou fomentando as expectativas dos
indivíduos e, se as estruturas culturais e sociais estão mal integradas, produz-se em certos
grupos, uma tendência ao abandono de normas, à carência de respeito para com elas,
desatando a tendência que eles “busquem suas metas por fora do estabelecido”, sendo a
anomia a quebra da estrutura cultural que se produz pela assimetria entre as normas e os
objetivos culturais e as capacidades das pessoas para atuar de acordo com essas e alcançar
seus propósitos; nesta conduta está a causa das “condutas desviantes” das pessoas.
g) Edwin Sutherland e a associação diferencial: desenvolvimento empírico da teoria da
associação diferencial aplicada ao delito de colarinho branco. Parte da base que o
comportamento e os valores se aprendem curso da vida social e que tal aprendizagem se põe
logo de manifesto na atividade profissional. Sutherland rechaçava que razões biológicas ou
de pobreza eram o fator que causava a delinquência, sustentando que, na maioria dos casos,
as razões de pobreza ou marginalização estavam dadas sem que gerassem condutas
delitivas, o que o levou ao questionamento se existia delinquência nas classes abastadas, em
qual proporção e por quais motivos. Investigou o comportamento das 70 maiores
corporações dos EUA nos 50 anos precedentes a partir de diversos registros oficiais. Para
Sutherland, o delito de colarinho branco é aquele “cometido por uma pessoa de
respeitabilidade e status social alto no curso de sua ocupação”. Até este momento a
Sociologia americana insistia que o delito se gerava ou predispunha se o meio tinha uma
problemática social negativa, i. e., os pobres estariam mais expostos a delinquir que os
“integrados”, o que não se conseguiu demonstrar. Assim, os delitos de colarinho branco
eram condutas de grande magnitude econômica e afetavam uma quantidade indeterminada
de pessoas, potencialmente numerosa, apesar de não surgirem na superfície nem parecerem
causar comoção social: seu tratamento tinha lugar em foros e procedimentos especiais que
permitiam resolver conflitos sem juízo, mediante acordos com a promotoria, sem deixar
antecedentes registrados, enfim, uma série de particularidades que não se visualizava em
procedimentos ordinários de ritos comuns.
h) Teorias subculturais: subculturas são um sistema social com valores próprios, que se
expressam com normas e símbolos originais. Uma subcultura criminal é de caráter grupal e
coletiva. Albert K. Choen foi o representante mais notório, estudando diversas gangues de
delinquentes juvenis, cujos integrantes se mantinham coesos por valores e crenças próprios,
que se geravam com o trato entre jovens situados em circunstâncias similares. Tais grupos
geravam seus próprios valores, apartando-se dos hegemônicos, outorgando-se um status
próprio e concebendo seu desvio como meritório, ainda que contrário aos valores
dominantes, que para Cohen, sempre eram os da classe média. Assim, os jovens das classes
mais baixas, sentindo-se inferiorizados em relação às classes médias, relacionavam-se
apartando-se dos padrões de seu comportamento social, buscando adaptar-se de outra
maneira à vida em comum. Em suma, alguns jovens associavam-se com quem estivesse
mais próximo da violação de normas, afastando-se daqueles propensos a seu cumprimento
(associação diferencial).
i) Teoria do Etiquetamento (1960-70): corrente interacionista, cujo principal referente foi
Howard S. Becker. Interesse em dois processos sociais até então ignorados: 1) o processo de
criação de normas e 2) o processo de desvio pessoal. Becker sustentou que quem detém
poder econômico para estabelecer as normas criminaliza aqueles que não possuem. Interesse
sociológico naqueles que fazem e aplicam as normas e no modo em que isto incide no
comportamento dos afetados. A criminalidade é criada pela sociedade, mediante a
imposição de “etiquetas criminais” a certos indivíduos, o que ocorre por meio da
criminalização primária, com o estabelecimento de normas (estabelecer uma definição com
uma lei vigente que estipule as condições que deve reunir uma conduta para ser delito) e de
forma secundária com a imposição dessas normas ao sujeito responsável, etiquetando-o
(atribuição a um sujeito de caráter delinquente). Em seguida, intervêm agentes que
interagem com o sujeito e etiquetam-no como criminoso, mesmo antes que uma sentença lhe
seja imposta oficialmente. Exemplo: Um menino com mais antecedentes escolares, que logo
é internado em um reformatório e mais tarde é detido por ter cometido um delito, teria caído
nesta situação como consequência do processo de etiquetamento que o predispunha e
conduzia a alcançar o papel delitivo que lhe era atribuído fatalmente. Por isso, para Becker,
o desvio não é uma qualidade do ato executado por uma pessoa, mas sim, uma consequência
da aplicação de normas e sanções a um chamado “delinquente” por parte de outros. O
desviado é uma pessoa a quem o etiquetamento foi aplicado com êxito; em consequência, o
comportamento desviado é o que se etiqueta como tal.

8) Controle Social na Pós-Modernidade


a) Ao longo do século XX, concepção contratualista e teorias da defesa social: sociedade como
integrada por uma maioria da população normal que tinha direito a ser protegida de uma
minoria agressiva e patológica.
b) Proteção tanto da sociedade como do próprio delinquente, mediante o recolhimento e
posterior tratamento do segundo, para recuperar ou reinserir os desviados do conjunto
social.
c) No século XXI, há movimentos ora pelo retorno a um direito penal liberal, buscando uma
reetização do direito penal; como também pelo ativismo repressivo (como o de “tolerância
zero”).

9) Código Penal brasileiro de 1940


a) Legislação eclética: concilia o Positivismo de Lyra com o Classismo de Hungria;
b) Princípios próprios da Escola Positiva (tônica individualizadora, porte defensivista, avanços
na responsabilidade legal principalmente no tocante à periculosidade, com flexões do
arbítrio judicial sobre visões biossociológicas): crime em função do autor, análise de
personalidade do delinquente para o reconhecimento de sua periculosidade e para os
motivos determinantes do crime;
c) Art. 59: o réu terá apreciado o aspecto subjetivo de sua personalidade quando da aplicação
da pena;
d) Análise das circunstâncias do crime: objetivas (elemento político ligado ao alarme social
causado pelo delito, próprio da Escola Clássica) e subjetivas (análise da periculosidade do
criminoso, próprio da Escola Positivista).
e) Escola Clássica: defesa do homem frente ao arbítrio do Estado (iluminismo);
f) Escola Positivista: ótica sociológica ao crime e investigação biopsicológica ao criminoso,
negando o livre-arbítrio, adotando o determinismo.
g) Escola Moderna Alemã: leva em conta as duas correntes, fazendo uma moderação entre
elas.
h) Todas as escolas citadas, de alguma forma, influenciaram a legislação criminal pátria.

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