Você está na página 1de 6

Mapa conceitual

(Direito Civil - Obrigações)

Universidade: Univali Campus Itajaí


Curso: Direito - 3º período
Professor: Natan Ben-Hur Braga
Aluno: Arthur Renato Schmidt Dias
Teoria da Causalidade: “é a relação de causa e efeito entre a conduta do agente e o
dano experimentado pela vítima” (PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil,
15ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 95).

Relação jurídica: “relação entre sujeitos jurídicos, quer dizer, entre o sujeito de um dever
jurídico e o sujeito do correspondente direito ou - o que não é o mesmo - como relação entre
um dever jurídico e o correspondente direito” (KELSEN, Hans, 1881-1973. Teoria pura do
direito / Hans Kelsen; [tradução João Baptista Machado]. 6ª ed. - São Paulo: Martins Fontes,
1998. – Ensino Superior, p. 114).

Negócio Jurídico: “consiste nas declarações de vontade concordantes de dois ou vários


indivíduos, as quais vão dirigidas a uma determinada conduta destes” (KELSEN, Hans, 1881-
1973. Teoria pura do direito / Hans Kelsen; [tradução João Baptista Machado]. 6ª ed. - São
Paulo: Martins Fontes, 1998. – Ensino Superior, p. 180).

Obrigação: "um vínculo jurídico que confere ao credor o direito de exigir do devedor o
cumprimento de uma prestação" (GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo.
Curso de Direito Civil - Obrigações, vol. 2. São Paulo: Saraiva, 2020, p. 21).

Dever jurídico: “A conduta de um indivíduo prescrita por uma ordem social é aquela a
que este indivíduo está obrigado.” (KELSEN, Hans, 1881-1973. Teoria pura do direito / Hans
Kelsen; [tradução João Baptista Machado]. 6ª ed. - São Paulo: Martins Fontes, 1998. –
Ensino Superior, p. 81).

Ônus jurídico: "é o dever de quem alega um fato em juízo ou quer obter a produção de
prova sobre ele, de demonstrar sua veracidade" (DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito
Processual Civil - Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento, vol. 1. Salvador:
JusPodivm, 2019, p. 373).

Sujeição Jurídica: "é a posição passiva que determinada pessoa ocupa em relação a
outra, em virtude de um vínculo jurídico" (GONÇALVES, Carlos Roberto. Curso de Direito
Civil - Parte Geral, vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2019, p. 174).

Vínculo Jurídico: "é a relação de direito que une duas ou mais pessoas, em virtude da
qual uma delas pode exigir da outra a prestação de algo ou a abstenção de alguma conduta"
(GOMES, Orlando. Teoria Geral do Direito Civil, vol. 1. Rio de Janeiro: Forense, 2019, p.
204).

Boa-Fé Subjetiva: "é a convicção íntima que a pessoa tem acerca da correção de sua
conduta, tendo em vista as informações que lhe foram transmitidas ou que, de alguma forma,
estavam disponíveis para ela no momento da celebração do negócio jurídico" (GAGLIANO,
Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Curso de Direito Civil Brasileiro, vol. 1. São
Paulo: Saraiva, 2018, p. 551).

Boa-Fé Objetiva: "é o dever de agir lealmente, de forma honesta e correta, observando os
interesses do outro, numa conduta ética e socialmente adequada" (GONÇALVES, Carlos
Roberto. Curso de Direito Civil, vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2019, p. 173).
Justiça contratual: "A justiça contratual consiste na obtenção do equilíbrio justo entre as
partes, de modo que o contrato seja a expressão da vontade comum que visa à satisfação de
interesses legítimos, garantindo que as cláusulas pactuadas sejam adequadas às circunstâncias
específicas da relação jurídica estabelecida" (GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA
FILHO, Rodolfo. Teoria Geral dos Contratos: Teoria Geral dos Contratos em Espécie, 16ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2021, p. 67).

Dano: “O dano é o prejuízo suportado por uma pessoa em razão de um evento danoso
praticado por outra, consistente na lesão ou ameaça de lesão a um bem jurídico tutelado pelo
ordenamento jurídico. O dano pode ser patrimonial ou extrapatrimonial, mas em ambos os
casos deve ser reparado, de forma a restabelecer a situação anterior à ocorrência do evento
danoso, ou, se isso não for possível, a compensar a vítima pela perda sofrida" (CAVALIERI
FILHO, Sergio. Programa de Responsabilidade Civil, 16ª ed. São Paulo: Atlas, 2019, p. 26).

Ética para o direito: "A ética para o direito é fundamental porque permeia todos os
valores e princípios que norteiam a atividade jurídica. Ela está relacionada com a conduta
moralmente aceitável que se espera do profissional do direito, envolvendo desde a postura
diante dos clientes, até a forma como se deve conduzir o processo. A ética para o direito é
uma questão de honra, pois envolve o respeito aos princípios e valores éticos, bem como o
dever de atuar de forma íntegra e honesta em todas as situações" (BULOS, Uadi Lammêgo.
Curso de Direito Constitucional, 10ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018, p. 330).

Moral para o Direito: "A moral para o direito é um conjunto de princípios e valores que
orientam a conduta humana, e que devem ser levados em conta na aplicação das normas
jurídicas. A moralidade é um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, pois busca
assegurar que as leis sejam aplicadas de forma justa e equitativa. Assim, a moral para o
direito não é apenas uma questão de ética profissional, mas um dever de todos os operadores
do Direito, que devem pautar sua atuação por valores como a justiça, a equidade e a
dignidade da pessoa humana" (MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito
Administrativo, 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2019, p. 39).

Personalismo Ético de Emmanuel Kant: "Para Kant, a pessoa humana é um fim em


si mesma e não pode ser usada como meio para atingir outros fins. Nesse sentido, o
personalismo ético kantiano é uma filosofia que reconhece a dignidade da pessoa humana
como valor supremo da ética e do direito. A ética kantiana é baseada no respeito pela
autonomia da vontade humana, na capacidade racional de escolher o que é certo e justo, e no
dever de agir de acordo com a razão, independentemente das consequências práticas de
nossas ações. Assim, para Kant, a moralidade não é uma questão de conveniência ou
interesse pessoal, mas um dever que deve ser cumprido por todos os seres racionais"
(ROHDEN, Valério. Ética e direito em Kant. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010, p. 56).

Teoria da Causalidade Imediata: "A Teoria da Causalidade Imediata tem origem na


obra de Savigny e estabelece que apenas a causa imediata, e não a causa remota, é relevante
para a caracterização do nexo causal. Segundo essa teoria, apenas os efeitos imediatos são
considerados para atribuir a responsabilidade pelo dano, desconsiderando-se as causas
anteriores que concorreram para a produção do resultado. Trata-se de uma teoria criticada por
diversos autores, que defendem a importância da análise das causas remotas para a adequada
compreensão do nexo causal e da responsabilidade civil" (GONÇALVES, Carlos Roberto.
Direito civil brasileiro, volume 4: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva Educação, 2021,
p. 487).

Teoria da Causalidade Adequada: deve ser considerado causa do dano a condição


que se mostra, abstratamente, adequada a produzi-lo. Essa adequação é mensurada em termos
de probabilidade, segundo as circunstâncias da vida prática; assim, pela observação do que
comumente acontece, é possível dizer-se que se posto o antecedente X se dá provavelmente o
consequente y, haverá relação causal entre eles (1. Responsabilidade civil – Brasil 2. Direito
civil – Brasil I. Guerra, Alexandre Dartanhan de Mello II. Benacchio, Marcelo, p. 217).

Concausa– Preexistente, Concomitante, Superveniente: "A concausa é um fato


ou uma circunstância que, juntamente com a causa principal, concorre para a produção do
resultado danoso. Ela pode ser preexistente, concomitante ou superveniente à causa principal.
Na concausa preexistente, a causa já existia antes do evento danoso e concorreu para o seu
resultado. Na concausa concomitante, a causa ocorre simultaneamente com a causa principal,
também concorrendo para o resultado danoso. Já na concausa superveniente, a causa ocorre
após a causa principal, mas ainda assim contribui para o resultado. A análise da concausa é
fundamental para a apuração da responsabilidade civil, sendo que, em alguns casos, pode
afastar ou mitigar a responsabilidade do agente" (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito
civil brasileiro, volume 4: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva Educação, 2021, p. 490).

Concausa absolutamente independente: "A concausa absolutamente independente é


um fato que não guarda nenhuma relação de causalidade com a causa principal, ou seja, é um
fato que não tem nenhuma relação com o evento danoso que se pretende imputar ao agente.
Por isso, a concausa absolutamente independente exclui a responsabilidade do agente, uma
vez que não há relação de causalidade entre o evento danoso e a conduta do agente. É
importante ressaltar que a concausa absolutamente independente não se confunde com a
concausa concomitante, que é um fato que, juntamente com a causa principal, concorre para a
produção do resultado danoso" (GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo.
Novo curso de direito civil: responsabilidade civil. 17. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2021, p.276).

Concausa relativamente independente: "Concausa relativamente independente é


aquela que se une a uma causa preexistente, para produzir o resultado. Difere da concausa
absolutamente independente, que não guarda nenhuma relação de causalidade com a causa
preexistente" (Referência bibliográfica: VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil:
responsabilidade civil. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2021, p. 527).

Teoria do risco: "A teoria do risco consiste em impor ao agente do dano a


responsabilidade pelo prejuízo causado, independentemente de culpa, por entender que quem
explora determinada atividade deve assumir os riscos dela decorrentes" (GONÇALVES,
Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume IV: responsabilidade civil. 14. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2021, p. 1114).

Risco Criado: "A teoria do risco criado decorre do princípio da reparação integral do
dano, e tem por base a ideia de que, ao criar um risco, ainda que lícito, o agente assume a
responsabilidade pelos prejuízos que dele decorram, independentemente de culpa" (DINIZ,
Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 7: responsabilidade civil. 32. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020, p. 1003).

Risco proveito: "Na teoria do risco-proveito, o agente que obtém lucro ou benefício de
uma atividade econômica é responsável pelos danos que ela cause a terceiros,
independentemente de culpa, já que deve suportar os ônus decorrentes da sua
atividade"(GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume IV:
responsabilidade civil. 18. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021, p. 513).

Risco da atividade: "Risco da atividade é a expressão utilizada para definir os riscos


inerentes a certas atividades, que são capazes de provocar prejuízos ou danos a terceiros,
independentemente da existência de culpa ou dolo do agente. É o caso, por exemplo, das
atividades que envolvem transporte, energia elétrica, construção civil, atividades nucleares,
entre outras, nas quais o risco é inerente à própria atividade desenvolvida" (VENOSA, Sílvio
de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil. 16ª ed. São Paulo: Atlas, 2016, p. 308)

Risco administrativo: "O risco administrativo, também conhecido como risco público, é
aquele assumido pelo Estado no exercício de suas funções institucionais, tais como a
segurança pública, a saúde pública, a educação, entre outras. Trata-se de uma modalidade de
risco que é inerente à própria atividade estatal, não podendo, portanto, ser atribuída a
qualquer outra pessoa ou entidade" (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo
Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2018, p. 746)

Risco integral: “A teoria do risco integral, acolhida no § 6º do art. 37 da CF/88 para as


atividades nucleares, é a mais rigorosa de todas as teorias. Seu critério de imputação é
objetivo e não permite a excludente de culpa, que só seria possível com a prova de culpa da
vítima, fato exclusivo de terceiro ou força maior" (NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa
Maria Andrade. Código Civil Comentado. 14. ed. São Paulo: RT, 2016, p. 5601)

Risco Exacerbado: "está presente quando a atividade é, em si mesma, perigosa, ou ainda


quando, por circunstâncias específicas do caso concreto, a atividade que normalmente não é
perigosa, torna-se potencialmente danosa" (TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil:
volume único. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2021, p. 385)

Dano moral: "O dano moral é lesão que afeta os bens ideais da pessoa, como a honra, a
liberdade, a dignidade, a intimidade, a privacidade, entre outros, causando sofrimento, dor,
tristeza, humilhação ou qualquer outra forma de abalo emocional que ultrapasse o mero
dissabor ou aborrecimento cotidiano" (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil
Brasileiro, volume 4: Responsabilidade Civil. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. p. 383.)

Honra subjetiva: "A honra é um valor fundamental do ser humano, pois constitui-se em
seu patrimônio moral, o qual não pode ser objeto de disposição, pois é inalienável e
imprescritível. O dano à honra subjetiva é um ataque à imagem pessoal, ou seja, ao conceito
que a própria pessoa tem de si, de sua autoestima, de sua reputação, de seus sentimentos e
emoções, causando-lhe dor, sofrimento, humilhação e constrangimento." (VENOSA, Sílvio
de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2021, p. 491)

Honra objetiva: "A honra objetiva é composta pelos valores que envolvem a dignidade da
pessoa humana, a reputação e a boa fama, reputando-se atingida quando o comportamento
imputado ao ofendido é apto a gerar desonra, menosprezo ou descrédito perante a opinião
pública" (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 4:
responsabilidade civil. 14. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021, p. 377)

Você também pode gostar