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1
PISANI, Andrea Proto. Lezioni di diritto processuale civile, 2. ed. Napoli: Jovene Editore, 1996. p. 224.
No original: “In particulare, in quanto frutto di una concezione liberal-individualista della realtà
pressuppone che all’eguaglianza formale delle parti corrisponda l’eguaglianza sostanziale: solo in tal
modo è possibile ritenere che dal libero scontro delle parti derivi sempre la giusta composizione della
controversia....”
sua postura estática e passou a buscar a afirmação de certos valores
fundamentais da pessoa humana, bem como o direcionamento da
organização e funcionamento da máquina estatal tendo em vista a proteção
e efetivação desses valores.
2
No original: En ma t er ia ju rid ica e s p rec i so b u sca r si emp re g a ra n tia s y seg u rid a d es . No
b a sta q u e u n d er ech o se a re co n o cid o y d ecla ra d o ; es n ec esa r io g a ra n t iz a rlo , p o rq u e
lleg a rá n o ca sio n es em q u e se rá d i scu tid o y v io l a d o . In HAURIOU, Maurice. Principios de
derecho público y constitucional. Trad. Carlos Ruiz del Castillo. Madri: Reus. s.d. p. 120.
de validade e eficácia, que só podem ser atingidas através de meca nismos
que possam garantir a sua concreta realização 3.
2. Conceito e necessidade
3
BARACHO, José Alfredo de Oliveira. Processo constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 1984. p. 130
4
No original: il rispetto del contraddittorio assume il valore di uma condizione di legittimità costituzionale
della norma processuale. In LIEBMAN. Manuale di diritto processuale civile. Milão: 1957, v. I. p. 229.
mencionado princípio como a garantia de participação no processo ou
ainda como o direito de efetiva participação na instrução processual.
5
No original: co lo n n a p o r t a n te d e ll’ in t ero ed i fi cio p ro c es su a le . In CRISTIANI, Antônio.
Manuale del nuovo processo penale. Torino: Gippichelli, 1989. p. 49.
6
CRISTIANI, Antônio. op cit. P. 50.
7
No original: nella simmetrica parità delle loro posicione. In FAZZALARI, Elio. Istituzioni di diritto
processuale. op cit. p. 83.
A essência do contraditório importa na participação de pelo
menos dois sujeitos, um interessado e um contra interessado, sendo que
ambos sofrerão as consequências do ato final do processo. 8
8
FAZZALARI, Elio. Istituzioni di diritto processuale. op cit. P. 86
9
FAZZALARI, Elio. Istituzioni di diritto processuale. op cit. p. 85-86.
10
No original: condizione de ugguaglianz e simetria. In FAZZALARI, Elio. Istituzioni di diritto
processuale op cit. p. 51.
11
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da Teoria Geral do Estado. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
p. 259.
12
BARACHO, José Alfredo de Oliveira. Teoria geral do processo constitucional. In Revista de Direito
Comparado. Belo Horizonte: Faculdade de Direito/UFMG. v. 4. p. 57.
contribuir para a instrução processual, apresentando mais elementos de
provas e argumentos terá para si uma situação favorável , propiciando
maiores possibilidades de êxito, em detrimento da outra parte que se
mantiver inerte, deixando de contribuir com a instrução processual.
13
A ressalva foi feita em razão da realidade legiferante brasileira, na qual os legisladores vêm,
indiscriminadamente, inserindo na esfera penal toda espécie de conduta, respondendo de modo falacioso
aos anseios da população por maior segurança.
14
VERGER, Andrea. Le garanzie della persona sottoposta alle indagini. Padova: Cedam, 2001. p. 210.
A este respeito, caso um indivíduo seja condenado em um
processo criminal no qual tenha ocorrido uma nulidade absoluta, esta
decisão poderá ser declarada nula mesmo após o seu trânsito em julgado
através de ação de habeas corpus. Tem-se aí, o direito de defesa
prevalecendo sobre a coisa julgada, cuja estabilidade recebe a proteção
constitucional 15.
15
Art. 5 (...)
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
16
Art. 5 (...)
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
ampla e efetiva de defesa sobre todas as normas incriminadoras,
cerceadoras da liberdade e limitadoras de direitos e bens.
17
DINAMARCO, Cândido Rangel. A instrumentalidade do processo. 11. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.
p. 245.
Assim, sendo, o acusado não pode ser obrigado a praticar
nenhum ato processual. No tocante aos atos atin entes à comprovação das
alegações da acusação, o acusado pode se eximir de participar diante do
direito de não produzir provas contra si - nemo tenetur se detegere .
18
MARQUES, Frederico. Instituições de direito processual civil. 4. ed. Rio de Janeiro. v. II. p. 98
sentido, o princípio da presunção de inocência 19, assegura ao suspeito, ao
indiciado, ao acusado ou ao condenado em sentença condenatória
recorrível o estado de inocência que só cessará após o trânsito em julga do
de sentença condenatória.
4. O objeto do contraditório
19
Art. 5 (...)
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
20
FAZZALARI, Elio. Istituzioni di diritto processuale. op cit p. 88.
questão neste exame individual e pessoal, não levando a questão dessa
forma, para a esfera processual.
21
FAZZALARI, Elio. Istituzioni di diritto processuale. op ci.. p. 89.
22
No original: dire e contraddire. In:FAZZALARI, Elio. Istituzioni di diritto processuale. op cit. p 89.
23
GONÇALVES, Aroldo Plínio. Técnica processual e teoria geral do processo. Rio de Janeiro: Aide,
1992,. p. 127.
Cumpre ressaltar, por fim, que o objeto do contraditório não se
confunde com a essência do referido princípio que é a simétrica igualdade
de possibilidades dos indivíduos que sofrerão os efeitos do provimento.
5. A atividade judicante e o seu papel na efetivação do contraditório
5.1. História
24
TORNAGHI, Helio. Instituições de processo penal. Rio de Janeiro, Forense: 1959, v. II, p. 278.
Desta reestrutu ração processual, surgiu o processo inquisitório,
desaparecendo a frágil relação processual triangular que existia e
nascendo uma relação linear entre o juiz e o réu, tendo, este último, se
tornado um objeto de investigação e passando a sofrer tormentos fí sicos e
psicológicos terríveis, sob o pretexto de se investigar a verdade real dos
fatos.
25
TORNAGHI, Helio. Instituições de processo penal. Rio de Janeiro, Forense: 1959, v. II, p. 281.
Em 1789, a partir das influências dos ideais iluministas, ocorreu
a Revolução Francesa, havendo sido proclamada a Declaração Universal
dos Direitos do Homem e i niciando-se uma busca pela defesa dos direitos
individuais. O julgador deixou de exercer a função de acusador, agora
desempenhada pelo representante do Ministério Público e o acusado, não
mais objeto do processo, conquistou direitos e garantias que, em raz ão da
natureza liberal do Estado, mantiveram -se no plano formal.
26
Art. 10. Os Poderes Politicos reconhecidos pela Constituição do Imperio do Brazil são quatro: o Poder
Legislativo, o Poder Moderador, o Poder Executivo, e o Poder Judicial.
27
Art. 102. O Imperador é o Chefe do Poder Executivo, e o exercita pelos seus Ministros de Estado.
(...)
III. Nomear Magistrados.
28
Art. 153. Os Juizes de Direito serão perpetuos, o que todavia se não entende, que não possam ser mudados
de uns para outros Logares pelo tempo, e maneira, que a Lei determinar.
29
Art. 154. O Imperador poderá suspendel-os por queixas contra elles feitas, precedendo audiencia dos
mesmos Juizes, informação necessaria, e ouvido o Conselho de Estado. Os papeis, que lhes são
concernentes, serão remettidos á Relação do respectivo Districto, para proceder na fórma da Lei.
progressiva autonomia para o exercício da função judicante, a qual
culminou com a promulgação da Carta Constitucional de 1988 que
propiciou uma alteração substancial na natureza do Estado, retirando -se
as vendas postas pelo modelo ditatorial e abr indo os olhos de todos para
um fecundo horizonte de liberdade e participação do povo nas emanações
de poder do Estado.
30
CARNELUTTI, Francesco. As misérias do processo penal. Trad. Luís Fernando Lobão de Morais. São
Paulo: Edicamp, 2001. p. 75.
31
SUANNES, Adauto. Os fundamentos éticos do devido processo penal. 2. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2004. p. 69.
Tem-se um equívoco a afirmação de que o Magistrado não tem
interesse no resultado do processo. A ele não interessa as decorrências
concretas do provimento: a condenação ou a abso lvição do usuário de
drogas que está sendo processado pouco importa para o julgado. No
entanto, ao Juiz importa que o resultado do processo seja a consequência
de um caminho construído pela distribuição equânime das oportunidades
processuais às partes, ou seja, ao Magistrado interessa que haja a justiça
procedimental.
32
No original: “ Les parties sont tenues d’apporter leur concours aux mesures d’instruction sauf au juge à
tirer toute conséquence d’une abstention ou d’un refus.
No que se refere ao papel de elaborar o provimento, a adequada
interpretação do alcance do princípio do contraditório retira o Magistrado
de sua solitária posição, acomodando -lhe junto às partes que lhe auxiliam
na construção da decisão final.
Si une partie détient un élément de preuve, le juge peut, à la requête de l’autre partie, lui enjoindre de le
produire, au besoin à peine d’asteinte. Il peut, à la requête de l’une des parties, demander ou ordonner, au
besoin sous la même peine, la production de tous documents détenus par des tiers s’il n’existe pas
d’empêchement légitime.”