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De acordo com o autor, o Código Civil Brasileiro de 2002 mais atrapalhou do que
ajudou na questão ao conceituar os institutos da teoria geral da Responsabilidade Civil,
principalmente quando incluiu o dano como pressuposto do ato ilícito.
O dano em si não deveria ser um componente do ato ilícito, visto que este pode ser
ocasionado pelo simples resultado de determinada ação. Assim sendo, quando falamos que
determinado ato não resultou em qualquer consequência danosa, o ato não seria suficiente
juridicamente, pois a obrigação de indenizar seria negada, existindo assim, várias outras
maneiras de ilicitude sem dano indenizável.
A causa efetiva do dano não é buscada pela responsabilidade civil objetiva. Este
princípio é caracterizado por ações ilícitas que produzem riscos para os direitos de outrem, no
qual, através de tutelas inibitórias, pode-se interromper estes riscos, devido a quebra do dever
de cuidado.
EMENTAS
(a) Apelação Cível nº 2012.049994-3, de Chapecó. Relator: Des. Eduardo Mattos Gallo
Júnior. APELAÇÃO CÍVEL. DANOS MATERIAIS. CORTE NO CABO QUE CONDUZIA
ENERGIA ELÉTRICA EFETUADO POR PROPRIETÁRIO DE BORRACHARIA, A
QUAL COMPARTILHAVA A CAIXA DE MEDIÇÃO COM POSTO DE COMBUSTÍVEL.
CURTO-CIRCUITO. QUEIMA DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS E DO
REBOBINADO DO MOTOR ELÉTRICO DA MOTO BOMBA DO POSTO. PLEITO PELA
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DESCABIMENTO. INEXISTÊNCIA DO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS AUTORIZATIVOS DA MEDIDA. AUSÊNCIA
DE INTERESSE. RESPONSABILIDADE CIVIL. LAUDO PERICIAL OFICIAL
CONSISTENTE. INEXISTÊNCIA DE MOTIVO PLAUSÍVEL PARA A REALIZAÇÃO DE
NOVA PERÍCIA. ANTIJURIDICIDADE DA CONDUTA. IMPRUDÊNCIA DO
REQUERIDO EVIDENCIADA. DANOS INCONTROVERSOS. NEXO DE
CAUSALIDADE INARREDÁVEL. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DE APELAÇÃO DESPROVIDO.
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