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INFORMAÇÃO A RESPEITO DA INDICAÇÃO PARLAMENTAR Nº 1.

102/2020
Rio de Janeiro, RJ, 25 de outubro de 2021

REF: OFÍCIO Nº 24045/CH GAB MD/GM-MD Brasília, 08/09/2021

Ao Ilmo. Senhor

MARCOS GUILHEN ESTEVES - Subchefe Adjunto de Gestão Pública e Segurança

Palácio do Planalto – 4° andar – Sala 414 - 70150-900 Brasília/DF.

Senhor Subchefe,
Ilustríssimo Senhor Subchefe Adjunto de Gestão Pública e Segurança do Ministério da
Defesa, tomo a liberdade de dirigir-me a V. Srª., a respeito da Indicação Parlamentar nº
1.102/2020, referenciada acima, visto que sob a minha ótica com todo respeito ao
Senhor responsável pela análise da mesma, a citada INC. não foi analisada sob aos
ditames essenciais, ou seja, que a pretensão dos militares inativos em questão é com
base nos artigos 3° , Inciso I, e 34, da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto
de 2001, que vigora até os dias atuais e que garante direitos e prerrogativas, SOCIAIS e
Administrativas, pleiteados nessa Indicação Parlamentar, regulados pelos artigos
nomeados acima, tais como: registro na identidade do posto ou graduação, no
contracheque, no SARAM, etc., sem os quais nos criam muitas dificuldades,
principalmente nas organizações militares, quando tratamos de assuntos de nossos
interesses. Portanto, basicamente, por esses motivos a nossa pretensão e empenho
em ver reconhecido o posto ou a graduação, dessa parcela de militares inativos das
Forças Armadas, SEM QUAISQUER ÔNUS À UNIÃO. Notamos que não foram
analisados os artigos 34 e 3°, inciso I, da MP 2215/2001, que dão amparo legal ao que
fundamenta o pleito em questão. Diante dessas premissas, venho mencionar a seguir:
a) Item 2, do referido oficio, 3ª linha, consta que: “os temas ligados à carreira militar
foram agudamente estudados no âmbito do Poder Executivo e encaminhados ao
Congresso Nacional, onde foram amplamente discutidos quando da tramitação do
Projeto de Lei n° 1.645, de 2019, que deu origem à Lei n° 13.954, de 16 de
dezembro de 2019,..” Senhor Subchefe Adjunto, com todo respeito, afirmo que
não consta nos referidos documentos acima elucidados ou discutidos esses
assuntos de RECONHECIMENTO SOCIAL, aludido a essa parcela de inativos das
Forças Armadas. Senhor Subchefe Adjunto, a questão desses militares inativos das
FFAA, com todo respeito, tem embasamento que é INQUESTIONÁVEL, essencial da
questão, que muito provável, foi o meio legal (Art. 34 e Art. 3°. Inciso I, da MP
2215/2001) em que o nosso Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO, quando de sua
passagem pelo Legislativo, já nos prometia através de seus “informativos”,
( ANEXO de 2005) que iria lutar na Câmara por esse reconhecimento, (promoção)
agora apresentado em forma de Indicação Parlamentar pelo Deputado Federal
Professor Joziel – PSL/RJ, a quem esses inativos são muito gratos. Então, Senhor
Adjunto, o nosso PRESIDENTE com certeza baseava-se nesse amparo da MP
2.215/2001, acima, porém, o “clima” na época não nos era favorável, mas, quis
Deus que ele se tornasse PRESIDENTE da REPÚBLICA e Chefe Supremo das Forças
Armadas, momento em que as prerrogativas exclusivas para realizar o “ sonho “
prometido por ele a essa parcela de militares inativos, onde o autor deste se inclui,
veio as suas mãos. Portanto;
b) Item 3, ao não vislumbrar a necessidade dessa proposta prosperar por entender
que a sugestão proposta na Indicação citada, encontra-se satisfatoriamente
consolidada na Medida Provisória n° 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, vai de
encontro a nossa pretensão, contida nessa mesma indicação Parlamentar, e com
relação que “a matéria é regulada pelo Art. 62, do Estatuto dos Militares, com o
devido respeito, não se sustenta pelos motivos abaixo:
(“interpretação do art. 62”) “Não haverá promoção de militar por ocasião de sua
transferência para a reserva remunerada ou reforma.” Senhor Subchefe Adjunto
MARCOS GUILHEN ESTEVES, com todo respeito, há um equívoco nessa afirmação;
pois, na Indicação Parlamentar n° 1.102//2020, não se REIVINDICA promoção por
esse motivo, (transferência para a reserva remunerada ou reforma) até porque
ESSES MILITARES JÁ SE ENCONTRAM NA RESERVA REMUNERADA HÁ ANOS, sim,
pelo direito adquirido na MP 2.215-10 /2001, no seu Art. 34 e Art. 3º, inciso I, que
resumidamente diz: Art. 34: “ Assegura, o direito à percepção de remuneração
correspondente ao grau hierárquico superior ...” Art. 3°, inciso I: “ SOLDO –
parcela básica mensal da remuneração e dos proventos, INERENTE ao POSTO ou
à GRADUAÇÃO do militar ...” Portanto, a real REIVINDICAÇÃO do posto ou
graduação, é com base nesses artigos acima, que viria a corrigir a seguinte
INCOERÊNCIA com esses militares inativos. Senhor Adjunto, a situação atual
como exemplo; um subtenente (Exército) ou suboficial (Marinha e Aeronáutica),
são reconhecidos no meio militar ou civil, pelo seu documento de identidade
como PRAÇA, quando deveria ser reconhecido, conforme estabelece o Art. 3° ,
inciso I, da MP 2.215-10/2001, como OFICIAL, pois, seus proventos no
contracheque são de 2º TENENTE, o que o deixa constrangido em diversas
situações, isso para citar apenas uma situação, no mínimo constrangedora! Então,
Senhor Adjunto, é vendo isso, que o nosso PRESIDENTE sempre teve a intenção de
corrigir essa situação incômoda dessa parcela de militares inativos das FFAA,
desde a implementação da Medida Provisória n° 2.215-10/2001. Senhor Adjunto,
acreditamos que cabe um pedido de desculpas, provavelmente, por um “lapso de
memória “ ocorrido durante a feitura dessa Indicação Parlamentar, que pode estar
dificultando um melhor entendimento da mesma, pois, não houve como devia o
lançamento na Indicação Parlamentar: “ Serão confirmados na inatividade, no
posto ou graduação, (limitado ao círculo de oficiais superiores) correspondente
aos proventos que recebem, (reserva remunerada ou reformados) ficando-lhes
assegurados todos os direitos e prerrogativas, salvo aqueles que na ativa já
ocupavam os postos de Capitão de Mar e Guerra (Marinha) e Coronel (Exército e
Aeronáutica), limites máximos do respectivo Círculo. Isso, com base no CRITÉRIO
para promoção do Círculo de Oficiais Generais, ser por ESCOLHA, pelo Presidente
da República.” Portanto, peça fundamental não nomeada (digitada) na INC
proposta pelo Deputado Federal Prof. Joziel, PSL/RJ, e que seja “em tempo” levada
em consideração pelo senhor Chefe de Gabinete, General de Brigada, CLUDIO
SENKO PENKAL e o senhor Subchefe Adjunto, MARCOS GUILHEN ESTEVES, com
todas nossas escusas. E quanto ao Art. 62, do Estatuto dos Militares, não há como
associá-lo à matéria reivindicada! Pois, o Art. 62, do Estatuto dos Militares, veio
para revogar uma ou mais das leis contidas no Art. 152, que dava ao militar o
direito a uma ou duas promoções, quando da passagem para a inatividade, e que
foram revogadas. “... e que em virtude do disposto no art. 62 desta Lei não mais
usufruirá as promoções previstas naquelas leis, ...” Portanto, não se confirma “que
a matéria é regulada no art. 62 do Estatuto dos Militares, haja vista, à conexão
estabelecida entre o Art. 62 com o Art. 152, do Estatuto dos Militares;
c) Item 4, ofício de referência, Senhor General de Brigada - CLAUDIO SENKO PENKAL,
Chefe de Gabinete, invocando sua resiliência e senso de justiça, pedimos que
aceite como adendo a Indicação Parlamentar, a parte não lançada na INC., (limites
máximos do respectivo Círculo) descrita na folha anterior, baseada em uma falha
muito provável pelo motivo acima citado, alheio a nossa vontade, sendo assim,
contamos com vossa compreensão para que reveja vossa posição (parecer) em
relação ao nosso pedido, agora com base em NOVOS fatos e evidências reais e
esclarecedoras a respeito da Indicação Parlamentar, que consideramos cruciais na
análise da mesma, assim como, “ o lapso de memória “ acima citado, justificativa
imprescindível na INC 1.102-10/2020, sob a nossa ótica, até porque, não podemos
esquecer que o momento é de nos agregarmos (todos) ao lado e a favor de nosso
PRESIDENTE em sua caminhada... Senhor General, por tudo isso estamos confiante
na aquiescência de V. Exa. ao nosso pedido. Antecipadamente os nossos sinceros
agradecimentos. Senhor Subchefe Adjunto - MARCOS GUILHEN ESTEVES, estarei
com muito prazer à sua disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem
necessários. Assim como, solicitamos a V. Srª que se digne dividir com o Exmo. Sr.
General Chefe de Gabinete a análise do pedido relatado e a reavaliação do parecer
dado a nossa proposta.
Confiantes no ENTENDIMENTO, na SOLIDARIEDADE e no espírito de justiça que
norteia as decisões dos senhores, ficamos no aguardo de uma resposta justa.
Antecipadamente recebam os nossos MUITO OBRIGADO e que Deus os ilumine!
Atenciosamente:
- CLEMIR TAROUQUELA CURVELO - Major R/1 FAB ( * ) ; e,
- JORGE PAIVA - Major R/1 FAB
( * ) Ex-Chefe da Divisão de Pessoal Militar e Civil do Hospital de Força Aérea do
Galeão (HFAG).
Contato: clemircurvelo@gmail.com Telefone: ( 21) 98103- 6196
ÍNDICE/CONSULTAS:
1 - Constituição Federal - artigo n° 61, § 1°, inciso II e alínea f ; (CF/1988);
2 - Estatuto dos Militares - artigos n° 62 e art. 152; (lei n° 6.880 de 09/12/1980.);
3 - Medida Provisória nº 2.215 de 31 de agosto de 2001; artigo 3°, inciso I e art. 34;
4 - Projeto de Lei nº 1.645, de 2019;
5 – Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019; e,
6 - Informativo n° 01/2005 - então Deputado Federal JAIR MESSIAS BOLSONARO:
“10.” Promoção na Inatividade; aos inativos SEM QUAISQUER ÔNUS À UNIÃO.

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