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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 1
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Ministério da Fazenda
PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 35
DF GABINETE RFB Fl. 34
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB
PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10265.238608/2020-18
INTERESSADO: MINISTERIO DA ECONOMIA
DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO
Verificar Procedimentos /
MIRIAN TAKADA
CHEFE DE GABINETE
GABINETE-RFB
DF GABINETE RFB
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 36
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Ministério da Fazenda
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 37
DF ASESP RFB Fl. 35
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB
PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10265.238608/2020-18
INTERESSADO: MINISTERIO DA ECONOMIA
DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 38
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Ministério da Fazenda
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 39
DF COGER RFB Fl. 36
MINISTÉRIO DA FAZENDA
PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10265.238608/2020-18
INTERESSADO: MINISTERIO DA ECONOMIA
DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 40
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 41
DF COGER RFB Fl. 38
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 43
DF COGER RFB Fl. 39
10. Em 2019, tem-se o quadro abaixo, que demonstra as penalidades aplicadas e que
seriam similares a casos de corrupção com enquadramento no âmbito administrativo.
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 44
DF COGER RFB Fl. 40
13. Por fim, o dado mais interessante e que sustenta a qualidade do trabalho da
Corregedoria da RFB é a grande aprovação do Poder Judiciário em relação aos procedimentos
conduzidos e às penalidades aplicadas. Em 2019, foi reintegrado definitivamente, em
decorrência de processo judicial, apenas 1 (um) servidor, o que representa menos que 2% do
total das 54 penalidades expulsórias aplicadas, e treze servidores foram reintegrados
precariamente, visto que as respectivas ações judiciais ainda tramitavam em grau de recurso.
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 45
DF COGER RFB Fl. 41
fácil lançar acusações, e como é penoso a um órgão sério e competente como a Coger ter que
responder repetidas vezes a mesma acusação inverídica. Não nos furtaremos, contudo, de
mais uma vez espancar as dúvidas que possam ter sido lançadas sobre a atuação dessa
Corregedoria, em especial de seu Escritório de Corregedoria na 7ª Região Fiscal.
12. Muito embora a Lei de Acesso à Informação dispense a apresentação dos motivos
do pedido, o requerente, certamente de boa-fé, e possivelmente impressionado por uma
história da qual não conhece todos os capítulos, acredita que essas fantasiosas "ilegalidades"
praticadas pelo Escor07 teriam alguma relação com um relatório de inteligência do extinto
COAF "que gerou a investigação de diversos Deputados Estaduais do Rio de Janeiro". Com
a devida vênia dos subscritores do requerimento, mas ainda que imaginássemos
hipoteticamente que estivesse provado que o Escor07 realiza "perseguição a funcionários que
não concordam com os métodos utilizados por aquele escritório", seria de suma relevância
que se explicasse como foi realizado o salto lógico que levou à conclusão de que esse
Escritório de Corregedoria em particular teria qualquer interesse ou participação em um
relatório do extinto COAF envolvendo pessoas que não eram servidores da Receita Federal do
Brasil. As antigas e requentadas acusações de servidores investigados e do SINDIFISCO são
velhas conhecidas, mas essa imputação é certamente nova e surpreendente, sobretudo porque
a única prova apresentada é a de que o requerente vê "semelhanças e características próprias
da atuação do Escor07". Trata-se, portanto, de mera impressão pessoal, da qual é impossível
se defender, pois nem ao menos são explicitamente expostas essas hipotéticas semelhanças ou
características próprias.
13. Ora, se uma dessas semelhanças é investigar servidores com base em informações
disponíveis internamente no órgão, devemos dizer que isso não é característica do Escor07,
mas de qualquer corregedoria que se preze, não sendo por outro motivo que o regimento
interno da RFB traga sistematicamente a afirmação de que compete à Coger "verificar, no
interesse de suas atividades, dados, informações e registros contidos nos sistemas da RFB e
em quaisquer documentos constantes dos seus arquivos" (Art. 16, III do Regimento Interno
aprovado pela Portaria ME nº 284, de 2020). Na verdade, se toda a RFB, e em especial
qualquer um dos dez Escritórios de Corregedoria, detêm esse poder de acesso aos dados
internos do órgão, por que somente "os membros do Escor07 têm o domínio absoluto da
informação sensível no país"? Sem o esclarecimento e, sobretudo, sem a devida
fundamentação dessas conclusões precipitadas, qualquer defesa torna-se impossível. Não há
como defender-se de uma impressão.
14. O importante a se reter até aqui é que mesmo que fosse verdade essa tese absurda
de que o Escor07 investiga os servidores subordinados a seu poder correcional utilizando-se
de alguma irregularidade, nada, absolutamente nada, permitira a extrapolação, mais descabida
ainda, de que isso seria prova de sua interferência no COAF, órgão externo, autônomo, sobre
cujas atividades não temos conhecimento. O absurdo da afirmação de que um simples
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 46
DF COGER RFB Fl. 42
16. Logo, o Escor07, e de resto toda Coger, têm o dever de investigar e, para tanto, o
Regimento Interno lhes faculta amplo acesso aos sistemas internos. Não por outra razão os
questionamentos judiciais a esse poder-dever têm sido infrutíferos, como podemos ver em
decisão explícita do TRF2, já em 2015, quando eventos dessa natureza começaram a ser
levantados contra o Escor07 (processo nº 0004434-15.2015.4.02.0000 - TRF2
2015.00.00.004434-4, grifos nossos)1:
4. O simples fato de ter havido consultas a dados do demandante no sistema
interno da Receita Federal não significa, por si só, que o servidor (auditor da
Receita Federal) estava sofrendo perseguições, tampouco é suficiente para
atribuir ao servidor que realizou a consulta a autoria da denúncia anônima que
deflagrou a investigação
17. Podemos ver aqui quão antigas e já em descrédito são essas tentativas de atribuir
ao Escor07 consultas injustificadas a sistemas internos, assim como a elaboração fantasiosa de
denúncias anônimas. Basta ver que quem tem o poder-dever de investigar sempre que julgar
necessário não precisa inventar denúncias anônimas. Contudo, nada disso impediu o
SINDIFISCO de cometer grave equívoco, juntando-se inicialmente à defesa de servidores
investigados pelo Escor07. Como a história é longa, sintetizaremos a seguir seus capítulos.
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 47
DF COGER RFB Fl. 45
(…)
(...) A perplexidade causada por esta instauração torna-se ainda maior quando
verificamos que não há notícias de que supostas ilegalidades praticadas por
Auditores-Fiscais no exercício de seu cargo tenham sido matéria de apuração
sindical. (...) Não consta que esse sindicato instaure procedimentos de
desfiliação diante das ocasionais e amplamente divulgadas notícias jornalísticas
envolvendo atos ilícitos praticados por Auditores-Fiscais. Ao contrário, o
estatuto do Sindifisco, em uma louvável atitude de zelo e prudência, aguarda o
trânsito em julgado definitivo de qualquer condenação judicial para, só então,
excluir de seus quadros um filiado (art. 5º, § 3º). (...)
(...)
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 50
DF COGER RFB Fl. 49
(...)
35. Mas no âmbito do SINDIFISCO esta representação alcançaria um destino
extraordinário e supreendentemente diverso!
36. A partir de sua admissibilidade, como em um passe de mágica, o SINDIFISCO,
outrora representante, transfigura-se em entidade processante e julgadora sobre os
mesmos fatos, agora infligindo a ameaça de desfiliação de seus quadros dos
servidores da Corregedoria por conta do regular exercício de suas atribuições
funcionais no combate inflexível à corrupção.
37. O processo de apuração de responsabilidade que se seguiu no âmbito do
SINDIFISCO contra os servidores do Escor07 – ou melhor, contra a Corregedoria, foi
claramente tendencioso e se prestava unicamente a coagir, não só os representados,
mas todos os servidores do sistema correcional – transformados em meros
instrumentos de ataque à atuação da Corregedoria da Receita Federal.
38. Pela sua didática, repisa-se trecho da REPRESENTAÇÃO do Corregedor-Geral
da SRFB endereçada à Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro por
meio do Ofício nº 065/2019-RFB/Coger, de 26 de agosto de 2019 (fl. 41 a 76):
Se todos os mecanismos anteriores de pressão por parte do SINDIFISCO eram
legítimos, a ameaça de punição sindical pelo desempenho de atividades
funcionais, que nada se relacionavam à vida sindical, sob o frágil sustentáculo
de acusações levianas e pueris, senão mentirosas, como adiante demonstraremos,
levava os membros do sindicato ao limiar de uma ilegalidade. A utilização
indevida de uma punição sindical a Auditores-Fiscais com o claro intuito de
conseguir, por vias tortas, a paralisação de sindicâncias patrimoniais
conduzidas pela COGER configuraria uma forma ilegal de coação e
constrangimento. É evidente que, a se permitir que tenha azo tal medida
criminosa, não só os servidores denunciados ao SINDIFISCO, mas os demais,
desde que filiados àquele sindicato, como o são quase todos, sentir-se-ão
pressionados a não prosseguirem com as sindicâncias patrimoniais. Terá então o
sindicato conseguido o que queria, como expressamente manifestou em seus
seminários e na representação feita por seu presidente. E a paralisação, ainda que
não se possa declará-la formalmente, será obtida pela intimidação, e
abrangerá não só o Escor07, mas toda a Receita Federal do Brasil. Negritei.
(...)
45. Dessa forma, é clarividente que os presentes e específicos atos do
SINDIFISCO, ao constrangerem, coagirem e intimidarem servidores do órgão
correcional, dificulta sim a atividade de investigação da Corregedoria da Receita
Federal do Brasil e intervem em sua atuação no que toca à realização de
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 54
DF COGER RFB Fl. 56
31. Não se pode ignorar o fato de que a chefia do Escor07 recebe de diversas formas
denúncias e suspeitas lançadas contra Auditores-Fiscais, e, se fosse acusada de parcialidade
cada vez que as investigasse, mesmo preliminar e cautelosamente, como por meio de um
pedido de levantamentos feito a um subordinado, por exemplo, o combate ao enriquecimento
ilícito e a outras irregularidades seria letra morta. Isso nos leva a citar outras decisões
judiciais, agora do TRF da 2ª Região, a reforçarem o poder-dever atribuído aos órgãos de
correição para investigar a evolução patrimonial dos servidores públicos. Sobre essas
investigações patrimoniais, manifestou-se assim o Desembargador Federal Guilherme Couto
de Castro em seu voto no julgamento da apelação n° CNJ 0005297-33.2011.4.02.5101 (grifos
nossos):
Esse procedimento, à luz da Lei nº 8.429/92, até mais rígido e abrangente, deve ser
realizado para todos os agentes públicos, e isso nada tem a ver com quebra de
sigilo. Leiam-se dispositivos da Lei nº 8.429/92:
(…)
Foram expedidos ofícios e investigados fatos, sobre automóveis, imóvel, valor do
condomínio. Tudo isto mostra que querer trancar o procedimento administrativo, sem
fazer alusão a tais fatos, é tocar música para o descumprimento da lei.
(…)
Portanto, mostra-se infundada a tese da ausência de motivação administrativa,
autorizando a aferição de dados do auditor. Basta ler o conceito legal de ato motivado
(art. 2º, parág. único, d, da Lei nº 4.717/65).
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DF COGER RFB Fl. 57
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DF COGER RFB Fl. 58
35. Por fim, não se pode deixar de notar que se trata de um pedido de acesso à
informação amparado na Lei de Acesso à Informação (LAI - Lei nº 12.527, de 2011).
Observamos, contudo, que pedidos de apurações especiais a serem realizadas pelo SERPRO
com base na LAI têm sido negados pela Receita Federal do Brasil (RFB), com fulcro no art.
15, III, da Portaria MF nº 233, de 26 de junho de 2012, como decidiu-se, por exemplo, no
processo 16853.008633/2016-311. Em recurso interposto pelo requerente à Controladoria-
Geral da União, aquele órgão asseverou que:
17. Entendeu-se, ademais, que o deferimento indiscriminado de pedidos de acesso à
informação que exigissem trabalhos adicionais demasiadamente onerosos à
administração poderia consumir recursos públicos de maneira considerável, de forma
que prejudicasse, inclusive, a manutenção das atividades-fim do órgão. Esse é o caso
das “apurações especiais”, uma vez que a sua consecução depende de uma série de
procedimentos administrativos, elencados em contrato de prestação de serviço firmado
com o SERPRO, que seguem uma ordem previamente estabelecidas pela
Administração, com base em suas necessidades próprias. Ademais, o alto custo
financeiro dessas demandas, conforme demonstrado, caso adotado o deferimento de
pedidos para todos e quaisquer cidadãos, poderia causar sério impacto orçamentário.
36. De toda sorte, entendemos que a análise final quanto ao deferimento desse pedido
cabe ao Sr. Secretário Especial da Receita Federal do Brasil.
37. À consideração do Coordenador do Grupo Nacional de Pareceristas.
Assinado digitalmente
Márcia Cristina Krüger Möller
Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil
De acordo.
Assinado digitalmente
José Pereira de Barros Neto
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Corregedor da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
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todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001.
Documento assinado digitalmente por: JOSE PEREIRA DE BARROS NETO em 22/10/2020, NAYLOR SARDINHA DE
MELO em 22/10/2020 e MARCIA CRISTINA KRUGER MOLLER em 22/10/2020.
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DF ASESP RFB Fl. 60
Ministério da
Economia
3. Por essa razão, tendo em vista a existência de canal próprio para tramitação de cada
assunto, separadamente, definiu-se que este e-Processo cuida da matéria ligada à área de atuação de
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 67
DF ASESP RFB Fl. 61
o
(Fl. 2 da Informação n 18/2020 - Assessoria Especial)
.......................................................................................................
......................................................................................................”
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Documento nato-digital
Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 68
DF ASESP RFB Fl. 62
o
(Fl. 3 da Informação n 18/2020 - Assessoria Especial)
Assinatura digital
Aylton Dutra Leal
Chefe da Assessoria Especial
1. Aprovo.
Assinatura digital
JOSÉ BARROSO TOSTES NETO
Secretário Especial da Receita Federal do Brasil
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 69
página 1 de 1
Ministério da Fazenda
PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO
Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para
todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001.
Documento assinado digitalmente por: JOSE BARROSO TOSTES NETO em 26/10/2020 e AYLTON DUTRA LEAL em
26/10/2020.
Esta cópia / impressão foi realizada por LUCIA MIKIE FUJIKAWA em 26/10/2020.
1) Acesse o endereço:
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EP26.1020.16422.0FLJ
Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha2:
22584685212BCBBD905C076AB632E7B80CC230D99E69DC2F88773EAE73E16BC5
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10265.238608/2020-18. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 70
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria Executiva
Corregedoria do Ministério da Economia
Ao Senhor
GILBERTO WALLER JÚNIOR
Corregedor-Geral da União
Corregedoria-Geral da União da Controladoria-Geral da União
Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 2º andar, sala 203, Gabinete
CEP 70.050-904 - Brasília /DF
E-mail: crg@cgu.gov.br
Senhor Corregedor-Geral,
Atenciosamente,
Atenciosamente,
SAUN, QUADRA 5 LOTE C - CNC TORRE "D" 13º ANDAR., SALA 1304, SALA 1304 - Bairro ASA NORTE
CEP 70.040-250 - Brasília/DF
(61) 2025-5204 - e-mail apoio.cojed.pgfn@pgfn.gov.br - www.economia.gov.br
Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 12081983
Ao Senhor
Corregedor
Brasília/DF
CEP: 70.070-917
Senhor Corregedor,
Cumprimentando-o, com o intuito de instruir o Processo SEI nº 17316.101367/2020-41, em
trâmite perante a Corregedoria do Ministério da Economia, e diante da resposta do SERPRO, conforme
Ofício SUNEF - 024422/2020, de 3 de dezembro de 2020, sobre a impossibilidade de
prestar esclarecimentos sobre sistemas da Receita Federal, solicita-se os préstimos desta Corregedoria para
obtenção junto ao SERPRO dos seguintes questionamentos:
Anexo:
I - OFÍCIO SEI Nº 301294/2020/ME, de 2020
II - Ofício SUNEF - 024422/2020, de 2020
Atenciosamente,
SAUN, QUADRA 5 LOTE C - CNC TORRE "D" 13º ANDAR., SALA 1304, SALA 1304 - Bairro ASA NORTE
CEP 70.040-250 - Brasília/DF
(61) 2025-5204 - e-mail apoio.cojed.pgfn@pgfn.gov.br - www.economia.gov.br
Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 12828239
À Senhora
Luzia Fonseca Azevedo
Procuradora da Fazenda Nacional
Coordenação- Geral de Disciplina
Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional
Atenciosamente,
Assinatura Digital
Diaco: jta
Dúvida? Acesse
http://sadd.receita.fazenda.gov.br/sadd-internet/pages/qrcode.xhtml
AP19.0121.11303.8182
Código Hash obtido atraves do algoritmo SHA-256:
Eld3I9oPZfbyApv3ghQSvF6TO9NNgaoAcVVwYqjO2SA=
Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB.
e-Processo nº 10265.003662/2021-17
1
Portaria SRF nº 450, de 28 de abril de 2004.
2
Portaria SRF nº 450, de 28 de abril de 2004
Art. 7º O acesso aos ativos de informação e ao ambiente informatizado da SRF deve ser sempre motivado por
necessidade de serviço, devendo ser controlado e restrito às pessoas autorizadas.
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Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 84
DF COTEC RFB Fl. 10
(Fl. 2 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)
eventos3 (logs). Para dar cumprimento, a regulamentação interna determinou que o acesso aos
sistemas deveria ocorrer mediante uso de certificado digital4, e que a habilitação nos sistemas
informatizados deveria ocorrer mediante solicitação formal5 de perfis definidos em cada portaria
de sistemas.6
4. Sobre este item, conforme esclarecido acima, cada sistema informatizado da RFB
possui regras específicas de perfis de acesso para cada pessoa do corpo funcional. Em genérico, há
perfis que só podem ser acessados, por exemplo, por Auditores-Fiscais em exercício na
Corregedoria. O detalhamento pode ser obtido consultando cada uma das portarias de sistemas e
perfis publicadas no sistema e-fau.
§ 1º As permissões de acesso são de uso exclusivo e intransferível, não podendo a pessoa autorizada deixar qualquer
ativo de informação em condições de ser utilizado com suas permissões de acesso por terceiros.
§ 2º As permissões de acesso devem ser graduadas de acordo com as atribuições dos servidores.
3
Portaria SRF nº 450, de 28 de abril de 2004
Art. 9º O ambiente informatizado da SRF, com a finalidade de garantir os princípios de confidencialidade, integridade
e disponibilidade, deve possuir:
X - registro de informações (log) com prazos de retenção e formas de acesso definidas, com vistas a permitir a
recuperação do sistema em caso de falha;
XI - registro de informações (trilha de auditoria) com prazos de retenção e formas de acesso definidas, com vistas a
permitir auditoria, identificação de situações de violação e contabilização individual do uso dos sistemas;
4
Portaria RFB/Sucor/Cotec nº 73, de 08 de dezembro de 2014.
Art. 34. O acesso lógico aos recursos, serviços e sistemas do ambiente informatizado da RFB por usuário interno dar-
se-á mediante o uso de certificado digital e-CPF.
§ 1º O controle de acesso ao recurso, serviço ou sistema do ambiente informatizado da RFB deverá ser capaz de
bloquear o acesso mediante o uso do par nome de conta e senha.
§ 2º Será admitido o acesso mediante o uso do par nome de conta e senha:
I - em situação de contingência, devido à impossibilidade temporária de uso do certificado digital e-CPF; e
II - por aqueles usuários que forem definidos em norma específica da Cotec.
§ 3º Cabe à Cotec estabelecer as regras de contingência a serem utilizadas na impossibilidade temporária de uso do
certificado digital e-CPF.
Art. 35. O acesso lógico aos recursos, serviços e sistemas do ambiente informatizado da RFB por usuário externo dar-
se-á, sempre que possível, mediante o uso de certificado digital e-CPF.
5
Art. 45. São competentes para solicitar cadastramento, atualização, exclusão, habilitação, desabilitação, bloqueio,
desbloqueio e troca de senha dos usuários internos sob sua supervisão:
I - chefe imediato e seus superiores;
(...)
6
Portaria RFB/Sucor/Cotec nº 73, de 08 de dezembro de 2014.
Art. 44. A habilitação do usuário em perfis de sistemas ou perfis funcionais far-se-á de acordo com as regras
estabelecidas nas respectivas portarias.
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Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 85
DF COTEC RFB Fl. 11
(Fl. 3 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)
6. Sobre este questionamento, os sistemas da RFB são construídos para possuírem log
desde o início de sua operação. Dessa maneira, em 2015 já havia logs para os sistemas apontados,
nos termos da Portaria RFB nº 693, de 2014. Cabe destacar que o sistema "Base Detran" não é um
sistema da RFB, razão pela qual não há como esta Cotec exarar opinião sobre ele. Ademais, cabe
informar que "Grafo de Relacionamento" não é um sistema propriamente dito, mas sim uma
funcionalidade de outros sistemas que, por sua vez, possuem log.
7
PORTARIA RFB Nº 693, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014
Art. 11. Os registros de eventos conterão, no mínimo:
I - identificação pessoal do usuário ou identificação da conta de serviço;
II - identificação do computador ou qualquer equipamento-fonte da ocorrência do evento, em especial o endereço de
rede e o endereço físico da placa de rede;
III- data e hora de realização do evento, considerando as informações de um servidor de tempo sincronizado
nacionalmente;
IV - identificação do tipo de evento realizado;
V – identificação da funcionalidade de sistema utilizada;
VI – para os eventos de inclusão, cópia dos dados inseridos;
VII – para os eventos de exclusão, cópia dos dados excluídos;
VIII – para os eventos de alteração de dados existentes, cópia dos dados alterados em seus estados anterior e
posterior; e
IX – para os eventos de consulta, os respectivos critérios utilizados.
8
PORTARIA RFB Nº 693, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014
Art. 6º Compete a Unidade Gestora classificar a informação e elaborar o LEL com as definições dos registros de
eventos (log) e/ou com as justificativas.
Parágrafo único. Quando o sistema envolver informações não protegidas pelo sigilo fiscal e/ou bancário, a Unidade
Gestora deverá definir os registros dos eventos (log) de inclusão, alteração, exclusão e consulta, bem como as
respectivas informações de autenticação (logon/logoff) quando houver registro de evento (log), ou elaborar as
justificativas pelo não registro.
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Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 86
DF COTEC RFB Fl. 12
(Fl. 4 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)
9
Portaria RFB/Sucor/Cotec nº 58, de 08 de julho de 2015.
§ 1º Os serviços de TI, objeto desta Portaria, compreendem sistemas de informação, soluções de infraestrutura, redes
de comunicação e demais serviços de TI.
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Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 87
DF COTEC RFB Fl. 13
(Fl. 5 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)
10. A política de registro de eventos (logs) definida pela RFB estabeleceu que o acesso
aos registros de eventos (logs) seria restrito à área de Tecnologia da Informação (Cotec); área de
Auditoria Interna (Audit); Corregedoria (Coger); aos usuários dos sistemas, quando relacionados às
suas atividades para produzirem provas em seu favor em processos administrativos; e a outros
usuários, quando autorizados pelo Coordenador-Geral de Tecnologia e Segurança Informação.
11. Os registros de eventos (logs) ficam armazenados de diversas maneiras. Eles podem
ser acessados diretamente no sistema, por exemplo, e-processo. Os registros de eventos podem
estar copiados para o sistema DW-LEL, com a consulta específica para cada perfil da RFB, ou
podem estar gravados diretamente nos sistemas acessados, sem acesso direto da RFB, casos em
que será necessária a abertura de demanda de apuração especial junto ao Serpro.
Assinatura digital
GLEYSON NORONHA DE SOUSA
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
1. Encaminhe-se à Coger.
Assinatura digital
JULIANO BRITO DA JUSTA NEVES
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador-Geral de Tecnologia e Segurança da Informação
Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP19.0121.17474.ZC50. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
Documento nato-digital
Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 88
página 1 de 1
Ministério da Fazenda
PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO
Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para
todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001.
Documento assinado digitalmente por: JULIANO BRITO DA JUSTA NEVES em 08/01/2021 e GLEYSON NORONHA DE
SOUSA em 08/01/2021.
Esta cópia / impressão foi realizada por CELSO ANTONIO COSTA JUNIOR em 19/01/2021.
1) Acesse o endereço:
https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx
EP19.0121.17474.ZC50
Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha2:
564A2761961A9E8C4C061593AB06E60C7F8B2E88F6C353D98D4A1BB976EEA876
Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº
10265.003662/2021-17. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 89
A medida antecipatória foi indeferida em decisão id. 145844386 fls. 46/47.
É o relatório. Decido.
II - Fundamentação
O autor afirma que o telefonema recebido pelo Sr. Christiano "não é nem uma
denúncia anônima. É um nada, uma fofoca”.
Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 2
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20082118472280000000295634173
Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 92
Nos termos da ementa transcrita pela própria autora (fl. 5 - Mandado de Segurança
nº 24.369 - STF), verifica-se que é obrigação do Poder Público apurar comportamentos que
possam consubstanciar, ainda que em tese, a ilicitude e, eventualmente, atos lesivos ao
interesse público.
No caso dos autos, o simples fato de ter recebido o telefonema não torna impedido
o servidor competente para apurar os fatos, tampouco se extrai da apuração que se seguiu
qualquer fato capaz de autorizar a conclusão pela existência de alguma perseguição pessoal
contra a parte autora.
Não se pode ignorar, por fim, que a parte autora sequer questionou as conclusões
relativas à materialidade e autoria dos fatos apurados naquele PAD, razão pela qual, também por
esse motivo, devem prevalecer as conclusões da autoridade administrativa.
Nesse sentido:
Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 3
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20082118472280000000295634173
Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 93
entre o ato praticado e as sanções aplicadas, não há que se falar na revisão das
penalidades aplicadas na presente ação de improbidade administrativa. 5. Agravo
interno improvido. (AINTARESP - AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL - 1007010 2016.02.83871-4, SÉRGIO KUKINA, STJ - PRIMEIRA
TURMA, DJE DATA:17/09/2018)
Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 4
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20082118472280000000295634173
Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 94
no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, como ocorreu o
presente casu. Precedente: MS 18.664/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Primeira Seção do STJ, julgado em 23/04/2014, DJe 30/04/2014. 4. Em matéria de
enriquecimento ilícito, cabe à Administração comprovar o incremento patrimonial
significativo e incompatível com as fontes de renda do servidor, competindo, a este,
por outro lado, o ônus da prova no sentido de demonstrar a licitude da evolução
patrimonial constatada pela Administração, sob pena de configuração de
improbidade administrativa por enriquecimento ilícito. Precedentes. 5. A prática do
Ato de Improbidade Administrativa previsto nos arts. 9°, VII, e 11, da Lei 8.429/1992,
dispensa a prova do dolo específico, bastando o dolo genérico, que, nos casos de
variação patrimonial a descoberto resta evidenciado pela manifesta vontade do
agente em realizar conduta contrária ao dever de legalidade, consubstanciada na
falta de transparência da evolução patrimonial e da movimentação financeira, bem
como que a conduta do servidor tida por ímproba não precisa estar, necessária e
diretamente, vinculada com o exercício do cargo público. Precedentes: MS
12.660/DF, Rel. Ministra Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ/SE),
Terceira Seção do STJ, julgado em 13/08/2014, DJe 22/08/2014; AgRg no AREsp
768.394/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma do STJ,
julgado em 05/11/2015, DJe 13/11/2015; AgRg no REsp 1400571/PR, Rel. Ministro
Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Primeira Turma do
STJ, julgado em 06/10/2015, DJe 13/10/2015. 6. In casu, tendo a Comissão
Processante concluído pela existência de variação patrimonial a descoberto,
considerando as elevadas movimentações financeiras na conta-corrente do
impetrante entre os anos de 2006 a 2010, decorrentes de diversos depósitos
bancários não identificados, totalizando R$ 17.713,00 (dezessete mil, setecentos e
treze reais) no ano de 2006, R$ 20.709,05 (vinte mil, setecentos e nove reais e cinco
centavos) no ano de 2007, R$ 23.901,36 (vinte e três mil, novecentos e um reais e
trinta e seis centavos) no ano de 2008, R$ 34.903,00 (trinta e quatro mil, novecentos
e três reais) no ano de 2009 e R$ 21.115,00 (vinte e um mil, cento e quinze reais) no
ano de 2010, perfazendo um montante global de R$ 118.000,00 (cento e dezoito mil
reais), o que corresponderia a 42% das entradas em sua conta-corrente, revelando
movimentações financeiras muito superiores aos rendimentos mensais por ele
auferidos no exercício de suas atividades funcionais, em torno de R$ 3.400,00 (três
mil e quatrocentos reais) bruto, sem que fosse possível identificar a fonte de
recursos, e que o impetrante não teria logrado demonstrar a origem lícita dos
recursos questionados decorreriam de atividades como corretor de imóveis ou da
venda parcelada de um veículo automotor, a revisão de tais conclusões, a fim de
reconhecer a possível licitude dos recursos e a inexistência de variação patrimonial
a descoberto, exigem provas pré-constituídas em tal sentido, o que não restou
observado nos autos, deixando o impetrante a trazer a baila provas documentais
nesse sentido, limitando-se, em verdade, a reiterar as alegações de que os
depósitos não identificados decorreriam de suas atividades como corretor de
imóveis, sem, contudo, sequer identificar os respectivos depositantes ou comprovar
o efetivo exercício da referida profissão, de modo que patente é a necessidade de
dilação probatória, o que não é possível na via estreita do mandado de segurança.
7. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar Investigação Patrimonial para
fins de apurar eventuais variações patrimoniais praticadas por servidores públicos e
incompatíveis com a renda licitamente auferida, nos termos do disposto no Decreto
5.483/2005. 8. O Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal no julgamento do MS
23.299/SP, da relatoria do Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 06/03/2002, e do
AgRg no MS 23.219/RS, da relatoria do Min. Eros Grau, julgado em 30/6/2005,
reconheceu a constitucionalidade da pena de cassação de aposentadoria prevista
Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 5
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20082118472280000000295634173
Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 95
no art. 127, IV e 134 da Lei 8.112/1990. 9. No mesmo sentido vem decidindo o STJ:
MS 20.936/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
12/08/2015, DJe 14/09/2015; MS 17.537/DF, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima,
Rel. p/ Acórdão Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
11/03/2015, DJe 09/06/2015; MS 13.074/DF, Rel. Ministro Rogério Schietti Cruz,
Terceira Seção, julgado em 27/05/2015, DJe 02/06/2015. 10. É firme o entendimento
jurisprudencial no âmbito do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que "não
ocorre a nulidade do processo administrativo disciplinar que resultou na imposição
de pena de demissão a policial civil na hipótese de falta de intimação do acusado
acerca do relatório final da comissão processante, tendo em vista que o rito
procedimental previsto pela Lei 8.112/1990 não traz qualquer determinação de
intimação do acusado após a apresentação do relatório final pela comissão, nem a
possibilidade de impugnação de seus termos, devendo o processo ser
imediatamente remetido à autoridade competente para julgamento" (RMS
32.641/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ Acórdão Ministro
Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 08/11/2011, DJe 11/11/2011). 11.
Segurança denegada, ressalvada a via ordinária para o exame da alegada
inexistência de variação patrimonial a descoberto. (MS - MANDADO DE
SEGURANÇA - 21084 2014.01.51592-7, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ -
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:01/12/2016)
Além disso, conforme prova produzida pelo SERPRO, o Sr. Christiano não realizou
qualquer tipo de acesso aos dados da parte autora, não merecendo guarida a alegação de que
esse seria tanto o denunciante, quanto a autoridade instauradora da investigação.
Também não logrou êxito a parte autora em demonstrar qualquer outro tipo de
irregularidade, não merecendo, portanto, acolhimento a pretensão autoral.
III. Dispositivo
Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 6
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20082118472280000000295634173
Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 96
Intime-se. Cumpra-se.
Brasília-DF
(assinado eletronicamente)
Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 7
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20082118472280000000295634173
Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 97
manifestando-se contrariamente ao atendimento do pedido de acesso amparado na Lei de Acesso à
Informação.
11. Submetida a Informação Coger/GNP nº 72/2020 à apreciação do Secretário Especial da RFB, foi
exarada a Informação nº 18/2020 – Assessoria Especial, a qual cindiu a formalização inicial,
especificando que o tema ligado à solicitação de acesso à informação deveria ser, doravante, tratado no
corpo do e-Processo nº 13035.102105/2020-07.
12. A mesma Informação nº 18/2020 enfatizou que, em razão da existência de referência expressa ao
titular da Coger/RFB, e, considerando-se que, na estrutura do sistema Correcional do então Ministério
da Fazenda, por determinação legal, o Corregedor da Receita Federal do Brasil está vinculado à
Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda, hoje Corregedoria do Ministério da Economia, a análise
deve ser realizada neste âmbito.
II) DA ANÁLISE
14. A esta Comissão de Admissibilidade incumbiu verificar a existência de suposta conduta irregular por
parte do Corregedor-Geral da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, JOSÉ PEREIRA DE
BARROS NETO ao, segundo o requerente, não dar andamento às denúncias apresentadas pelo
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (SINDIFISCO) com o fim de proteger servidores lotados no
Escritório de Corregedoria na 7ª Região Fiscal – Rio de Janeiro/RJ.
15. De acordo com a denúncia, a despeito de terem sido comunicadas àquela autoridade as diversas
práticas ilícitas por parte de integrantes do Escor07, não houve qualquer investigação, tendo o
Corregedor-Geral ignorado a competência estatutária do Conselho de Árbitros do SINDIFISCO e
determinado que os denunciados não respondessem ao Sindicato.
16. Antes de expor as ponderações da presente equipe, no entanto, importante trazer a lume as
informações prestadas pelo Corregedor da RFB:
17. Instado em 20/10/2020 a se manifestar sobre o conteúdo da denúncia, o Corregedor da RFB trouxe, na
Informação Coger/GNP nº 072/2020, importantes dados a respeito do trabalho da Corregedoria da
RFB e, em especial, alongou-se sobre os casos específicos mencionados pelo denunciante, os quais se
tratavam, frise-se, de investigações em andamento a respeito de SERVIDORES DA RFB, matéria de
competência precípua daquela Corregedoria.
18. Pela relevância, reproduz-se a seguir alguns dos parágrafos da Informação Coger/GNP nº 072/2020,
com destaques nossos:
12. Muito embora a Lei de Acesso à Informação dispense a apresentação dos motivos
do pedido, o requerente, certamente de boa-fé, e possivelmente impressionado por uma
história da qual não conhece todos os capítulos, acredita que essas fantasiosas
“ilegalidades” praticadas pelo Escor07 teriam alguma relação com um relatório de
inteligência do extinto COAF “que gerou a investigação de diversos deputados Estaduais
do Rio de Janeiro”. Com a devida vênia dos subscritores do requerimento, mas ainda
que imaginássemos hipoteticamente que estivesse provado que o Escor07 realiza
“perseguição a funcionários que não concordam com os métodos utilizados por aquele
escritório”, seria de suma relevância que se explicasse como foi realizado o salto
lógico que levou à conclusão de que esse Escritório de Corregedoria em particular
teria qualquer interesse ou participação em um relatório do extinto COAF envolvendo
pessoas que não eram servidores da Receita Federal do Brasil. As antigas e
requentadas acusações de servidores investigados e do SINDIFISCO são velhas
conhecidas, mas essa imputação é certamente nova e surpreendente, sobretudo porque
a única prova apresentada é a de que o requerente vê “semelhanças e características
37. Nessa toada, não se vislumbrou, no relato, qualquer indício de irregularidade que pudesse justificar a
existência de interesse correcional na conduta do Corregedor da Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil, José Pereira de Barros Neto.
38. A despeito de não ser o escopo da presente análise, esta comissão viu por bem abordar brevemente
dois aspectos relevantes para a conclusão que exporá ao final: a) a senha de pesquisa (Serpro); e, b) o
trâmite dos RIF a partir do COAF.
III.a SERPRO/SENHA
39. Na busca por aclarar os fatos relativos à suposta existência de “manto de invisibilidade” utilizados em
determinadas pesquisas por parte de servidores da RFB, esta equipe enviou ao Serpro o Ofício SEI nº
301294/2020/ME (SEI 12081983).
40. No documento, foram encaminhados quesitos a respeito de senhas e perfis para acesso a sistemas por
parte de servidores da RFB. Os quesitos foram os seguintes:
35. Em resposta, o SERPRO enviou o Ofício SUNEF 024422 (SEI 12828325), por meio do qual
esclareceu que as informações requeridas são de propriedade da Secretaria Especial da RFB, estando
protegidas por sigilo, recomendando, ao final, que os dados fossem buscados junto à Coordenação-
Geral de Tecnologia e Segurança da Informação – COTEC. As questões foram, assim, em 04 de
janeiro de 2021, encaminhadas à COTEC.
37. O mencionado despacho respondeu aos questionamentos (letra “a” até “h”) sobre política de
segurança, controle e registro de acesso aos sistemas da RFB, inicialmente enviados ao Serpro pela
comissão, e, em síntese, enfatizou diversos critérios adotados pela RFB para a manutenção dos
controles e da segurança dos dados.
38. Sobre a existência de medidas de segurança, no documento foi esclarecido que todos os acessos devem
ser precedidos de motivação, bem como que as habilitações são restritas às atribuições dos servidores.
Pontuou a existência de algumas autorizações restritas a Auditores-Fiscais em exercício nos escritórios
da Corregedoria, conforme previsto na normatização do órgão, além de que todos os acessos são
registrados:
5. Sobre esse questionamento, a política de registro de eventos (logs) foi definida pela RFB e
estabeleceu a necessidade de catalogar, no mínimo, quem acessou; quando acessou; e o que
acessou. Em algumas situações específicas, devidamente justificadas, pode não haver o
registro de determinado evento (log)
37. O COAF foi criado pela Lei nº 9.613, de 1998, e toda a sua atividade está disposta no texto legal, não
tendo o órgão subordinação com a Secretaria Especial da RFB. Como regra, as comunicações de
atividade financeira realizada pelos setores obrigados (assim definidos no art. 9º da própria Lei nº
9.613), são recebidas pelo SisCoaf, Sistema com regras de inteligência predefinidas, o qual, de forma
impessoal, distribui as comunicações que deverão receber tratamento pelos analistas. Todas essas
informações, após tratadas, são classificadas de acordo com determinada ordem de prioridade, apenas
após o que será emitido o Relatório de Inteligência Financeira – RIF, documento este encaminhado aos
entes responsáveis pelo prosseguimento da investigação.
38. Dessa forma, não é de se considerar plausível a tese levantada pela denúncia a respeito de que o
trâmite da informação tenha sido invertido no caso do denunciante. Acatar tal teoria seria
desconsiderar a isenção de órgãos de Estado efetuando seu trabalho dentro dos limites da legalidade.
39. Por fim, ressalte-se haver nos autos a informação a respeito de já ter sido solicitada a apuração especial
por parte do SERPRO, a fim de verificar supostos acessos não motivados aos dados fiscais do
denunciante. No entanto, supostos acessos aos dados fiscais do denunciante, mesmo se efetuados
desacobertados de justificativa, não teriam, no entendimento da presente comissão, o condão de
invalidar o trabalho de inteligência e levantamento de ilícitos tão competentemente realizado pelo
COAF, em conjunto com os demais envolvidos.
IV) DA CONCLUSÃO
35. Após ponderar os fatos e analisar o conjunto de elementos constantes nos autos, a comissão concluiu
pela INEXISTÊNCIA DE INFRAÇÃO DISCIPLINAR a ser apurada, motivo pelo qual propõe o
ARQUIVAMENTO da denúncia.
Documento assinado
eletronicamente
MARCIO VINÍCIUS DIAS
Documento assinado
Documento assinado FREITAS
eletronicamente
eletronicamente
Coordenador de Admissibilidade
ROSSANA VELTRINI AMUD
LUZIA FONSECA AZEVEDO Correcional
Analista Tributária da Receita
Procuradora da Fazenda Nacional Coordenação de Admissibilidade
Federal do Brasil
Correcional
Corregedoria do Ministério da
Economia
Processo nº 17316.101367/2020-41
Ao Senhor
GILBERTO WALLER JÚNIOR
Corregedor-Geral da União
Controladoria-Geral da União
Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 2º andar, Sala 203, Gabinete
CEP.: 70050-904 - Brasília/DF
crg@cgu.gov.br
DESPACHO Nº 2754/2021/ARQUIV/COGER-ME
Documento assinado eletronicamente por Drielly Tenório Rocha Meira, Chefe de Divisão
Substituto(a), em 30/12/2021, às 14:36, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no § 3º
do art. 4º do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020.