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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

Número do Processo 10265.238608/2020-18


Tipo do Contribuinte PJ
NI do Contribuinte 00.394.460/0216-53
Nome do Contribuinte MINISTERIO DA ECONOMIA
Data de Protocolo 08/09/2020

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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 1
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Ministério da Fazenda

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O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento


nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2,
de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012.

Documento juntado ao processo decorrente de ato do servidor habilitado e reconhecido via certificado digital.
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Histórico de ações sobre o documento:

Esta cópia / impressão foi realizada por LUCIA MIKIE FUJIKAWA em 26/10/2020.

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da Receita Federal do Brasil.

Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha2:
5367C6F4182600D7ADC7E196DEEB061524A2DFFD464406C37C00E5F280BC4760

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10265.238608/2020-18. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
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referente à igualdade entre as imagens digitalizadas e os respectivos documentos ORIGINAIS.

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da Receita Federal do Brasil.

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0E8C553CCE28298A699BA3E33B07A6556E877C1421758DB774F8B06770D404F0

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DF GABINETE RFB Fl. 34

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB

PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10265.238608/2020-18
INTERESSADO: MINISTERIO DA ECONOMIA

DESTINO: ASESP-RFB-DF - Receber Processo - Triagem

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO

De ordem, analisar e emitir parecer.

DATA DE EMISSÃO : 08/09/2020

Verificar Procedimentos /
MIRIAN TAKADA
CHEFE DE GABINETE
GABINETE-RFB
DF GABINETE RFB

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EP26.1020.16421.I9FO

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4CFEC4EF46A2AD2E7D99FDEAA2B456C456AC0E3047AB99BA3B347EF1ACC5088D

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DF ASESP RFB Fl. 35

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB

PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10265.238608/2020-18
INTERESSADO: MINISTERIO DA ECONOMIA

DESTINO: TRIAG-COGER-RFB-DF - Receber Processo / Dossiê -


Sigiloso

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO

De ordem do senhor Secretário Especial da Receita Federal do


Brasil, à Coger para manifestação sobre o documento de fls. 2 a 33,
quanto aos aspectos envolvendo a área de atuação da Coger, e
posterior retorno do e-Processo ao Gabin/RFB. Cumpre registrar
que foi aberto outro e-Processo (nº 13035.102105/2020-07) para
tratar do documento de fls. 2 a 33, especificamente no que diz
respeito ao pedido de acesso à informação de que cuida a Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011.

DATA DE EMISSÃO : 20/10/2020

Receber Processo - Triagem /


AYLTON DUTRA LEAL
ASESP-RFB-DF
DF ASESP RFB

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EP26.1020.16429.7Z7W

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F4F3F8E41A0B71C296C4875EEC7B724E1CF3276A8414C08C761D2D3010357991

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DF COGER RFB Fl. 36

MINISTÉRIO DA FAZENDA

PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10265.238608/2020-18
INTERESSADO: MINISTERIO DA ECONOMIA

DESTINO: TRIAG-GNP-COGER-RFB-DF - Receber Processo /


Dossiê - Sigiloso

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO

Ao GNP, para análise e parecer.

DATA DE EMISSÃO : 21/10/2020

Receber Processo / Dossiê - Sigiloso /


JOSE PEREIRA DE BARROS NETO
TRIAG-COGER-RFB-DF
DF COGER RFB

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Ministério da Fazenda

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de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012.

Documento juntado ao processo decorrente de ato do servidor habilitado e reconhecido via certificado digital.
Corresponde à fé pública do servidor.

Histórico de ações sobre o documento:

Esta cópia / impressão foi realizada por LUCIA MIKIE FUJIKAWA em 26/10/2020.

Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet:

1) Acesse o endereço:
https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx

2) Entre no menu "Legislação e Processo".

3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais".

4) Digite o código abaixo:

EP26.1020.16422.T8ZA

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da Receita Federal do Brasil.

Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha2:
59B4E42D553987843D27995D3F2C83034BD3D6D647C019DD5BC51968B3015220

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verificar os aspectos disciplinares dos feitos fiscais e outros procedimentos


administrativos, bem assim realizar auditoria interna.
Parágrafo único. A lotação e atribuições da Corregedoria-Geral da Secretaria da
Receita Federal serão definidas pelo Ministro de Estado da Fazenda.
2. O natural processo de aprimoramento interno levou à reserva da matéria ética e das
atividades de auditoria para outros foros exclusivamente especializados e competentes,
concentrando a atuação do sistema correcional nas atividades de investigação disciplinar e de
correição.
3. O Decreto nº 8.029, de 20 de junho de 2013, criou a Corregedoria-Geral do MF
(Coger-MF) e ratificou as competências da Coger, na qualidade de unidade seccional de
correição no âmbito da RFB. Tais comandos se preservam na atual estruturação regimental do
Ministério da Economia, dada pelo Decreto nº 9.745, de 2019, do qual se destaca de imediato
o caput do seu art. 65, Anexo I.
Decreto nº 9.745, de 2019 - Anexo I - Art. 65. A Corregedoria da Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil exercerá as competências de unidade
seccional do Sistema de Correição do Poder Executivo federal no âmbito da
Secretaria da Especial Receita Federal do Brasil, observado, no que couber, o
disposto no art. 12.

4. A atual estrutura sistêmica de controle interno lato sensu e de atuação


anticorrupção no âmbito do Poder Executivo Federal teve seu embrião na criação da então
Corregedoria-Geral da União, por força da Medida Provisória (MP) nº 2.143-31, de 2 de abril
de 2001, que alterou a Lei nº 9.649, de 27 de junho de 1988, a qual, por sua vez, àquela época,
dispunha sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios. Aquele novo
órgão foi criado como integrante da Presidência da República e tinha como titular o
Corregedor-Geral da União (com status de Ministério e de Ministro de Estado), com
competência para assistir imediata e diretamente ao Presidente da República nos assuntos
atinentes à defesa do patrimônio público.
5. Acrescente-se que o Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005, em seu art. 2º,
estabeleceu o Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (SisCor-PEF), com o objetivo
de serem coordenadas e harmonizadas as atividades de prevenção e de apuração de
irregularidades, desenvolvidas por meio da instauração e da condução dos procedimentos
correcionais em âmbito federal.
6. Em resumo, cabe destacar que a Corregedoria da RFB foi criada em 1º de outubro
de 1997, enquanto a Corregedoria-Geral da União em 2 de abril de 2001, o Siscor-PEF em 30
de junho de 2005 e a Corregedoria-Geral do antigo Ministério da Fazenda (atual Ministério da
Economia) em 20 de junho de 2013, o que demonstra a preocupação e atuação vanguardista

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da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil no combate à corrupção interna e


apuração de outros ilícitos funcionais.
7. Como não poderia deixar de ser, em função da própria atividade ter aparentemente
o foco único na punição, todo órgão de controle gera medo e apreensão no corpo funcional.
Contudo, dados gerenciais concretos da atuação da Corregedoria da RFB demonstram outro
patamar de atuação.
8. Observa-se que a instauração de processos administrativos disciplinares resulta em
uma média aproximada de 25% das denúncias e representações recebidas ao longo dos anos.

9. Desse processos administrativos disciplinares instaurados tem-se as penalidades


aplicadas conforme quadro abaixo:

10. Em 2019, tem-se o quadro abaixo, que demonstra as penalidades aplicadas e que
seriam similares a casos de corrupção com enquadramento no âmbito administrativo.

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13. Por fim, o dado mais interessante e que sustenta a qualidade do trabalho da
Corregedoria da RFB é a grande aprovação do Poder Judiciário em relação aos procedimentos
conduzidos e às penalidades aplicadas. Em 2019, foi reintegrado definitivamente, em
decorrência de processo judicial, apenas 1 (um) servidor, o que representa menos que 2% do
total das 54 penalidades expulsórias aplicadas, e treze servidores foram reintegrados
precariamente, visto que as respectivas ações judiciais ainda tramitavam em grau de recurso.

11. É facilmente perceptível que o exercício da atividade correcional em uma carreira


tão visada como a de Auditoria Tributária e Aduaneira da União não é fácil, pode gerar
inimizades e desconfianças mesmo entre os pares, e, muitas vezes, traz como consequência
ataques totalmente injustificados, como os feitos pelo SINDIFISCO à atuação do Escor07 e
de seus servidores. Não é realmente de se esperar que aqueles que se veem investigados por
uma Corregedoria tão atuante desistam facilmente de seus objetivos. Na verdade, não
deveríamos jamais nos impressionar com a quantidade de ataques sofridos pela Coger, o que
só demonstra sua correta atuação, mas sim avaliar se os diversos órgãos externos de controle,
como o Ministério Público Federal, a CGU, ou mesmo o Judiciário, têm chancelado essas
acusações. Como demonstraremos a seguir, a resposta é não. Todavia, isso não é o bastante,
pois, para agravar a situação com que se deparam cotidianamente os abnegados servidores da
Coger, observamos aqui mesmo, nesse requerimento de acesso à informação, como acusações
antigas e reconhecidas como equivocadas pelo próprio órgão sindical que as fez podem
ressuscitar a qualquer momento, exigindo da Coger explicá-las mais uma vez. Vê-se como é

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fácil lançar acusações, e como é penoso a um órgão sério e competente como a Coger ter que
responder repetidas vezes a mesma acusação inverídica. Não nos furtaremos, contudo, de
mais uma vez espancar as dúvidas que possam ter sido lançadas sobre a atuação dessa
Corregedoria, em especial de seu Escritório de Corregedoria na 7ª Região Fiscal.
12. Muito embora a Lei de Acesso à Informação dispense a apresentação dos motivos
do pedido, o requerente, certamente de boa-fé, e possivelmente impressionado por uma
história da qual não conhece todos os capítulos, acredita que essas fantasiosas "ilegalidades"
praticadas pelo Escor07 teriam alguma relação com um relatório de inteligência do extinto
COAF "que gerou a investigação de diversos Deputados Estaduais do Rio de Janeiro". Com
a devida vênia dos subscritores do requerimento, mas ainda que imaginássemos
hipoteticamente que estivesse provado que o Escor07 realiza "perseguição a funcionários que
não concordam com os métodos utilizados por aquele escritório", seria de suma relevância
que se explicasse como foi realizado o salto lógico que levou à conclusão de que esse
Escritório de Corregedoria em particular teria qualquer interesse ou participação em um
relatório do extinto COAF envolvendo pessoas que não eram servidores da Receita Federal do
Brasil. As antigas e requentadas acusações de servidores investigados e do SINDIFISCO são
velhas conhecidas, mas essa imputação é certamente nova e surpreendente, sobretudo porque
a única prova apresentada é a de que o requerente vê "semelhanças e características próprias
da atuação do Escor07". Trata-se, portanto, de mera impressão pessoal, da qual é impossível
se defender, pois nem ao menos são explicitamente expostas essas hipotéticas semelhanças ou
características próprias.
13. Ora, se uma dessas semelhanças é investigar servidores com base em informações
disponíveis internamente no órgão, devemos dizer que isso não é característica do Escor07,
mas de qualquer corregedoria que se preze, não sendo por outro motivo que o regimento
interno da RFB traga sistematicamente a afirmação de que compete à Coger "verificar, no
interesse de suas atividades, dados, informações e registros contidos nos sistemas da RFB e
em quaisquer documentos constantes dos seus arquivos" (Art. 16, III do Regimento Interno
aprovado pela Portaria ME nº 284, de 2020). Na verdade, se toda a RFB, e em especial
qualquer um dos dez Escritórios de Corregedoria, detêm esse poder de acesso aos dados
internos do órgão, por que somente "os membros do Escor07 têm o domínio absoluto da
informação sensível no país"? Sem o esclarecimento e, sobretudo, sem a devida
fundamentação dessas conclusões precipitadas, qualquer defesa torna-se impossível. Não há
como defender-se de uma impressão.
14. O importante a se reter até aqui é que mesmo que fosse verdade essa tese absurda
de que o Escor07 investiga os servidores subordinados a seu poder correcional utilizando-se
de alguma irregularidade, nada, absolutamente nada, permitira a extrapolação, mais descabida
ainda, de que isso seria prova de sua interferência no COAF, órgão externo, autônomo, sobre
cujas atividades não temos conhecimento. O absurdo da afirmação de que um simples

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Escritório de Corregedoria deteria o "domínio absoluto" sobre a informação sensível no país


fala por si.
15. Se o Escor07 fosse realmente detentor desses poderes absolutos, interferindo
inclusive em investigações de outros órgãos, e se perpetrasse perseguições e ilegalidades em
relação aos servidores da RFB, seria de se esperar que já houvesse decisões judiciais
reconhecendo tão flagrantes ilicitudes. Observemos que o requerente mesmo afirma que
haveria "um número cada vez mais frequente de pedidos de Apuração Especial do SERPRO
que trazem à luz os acessos por meio das 'senhas invisíveis'". Seria, portanto, de se esperar
que a Justiça pusesse um ponto final nesses supostos abusos; salvo se, ao contrário, não sejam
abusos, mas o simples exercício de um poder-dever de investigar, do qual encontramos um
exemplo no art. 7º do Decreto nº 5.483, de 2005:
Art. 7º A Controladoria-Geral da União, no âmbito do Poder Executivo Federal,
poderá analisar, sempre que julgar necessário, a evolução patrimonial do agente
público, a fim de verificar a compatibilidade desta com os recursos e disponibilidades
que compõem o seu patrimônio, na forma prevista na Lei nº 8.429, de 1992,
observadas as disposições especiais da Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993.

16. Logo, o Escor07, e de resto toda Coger, têm o dever de investigar e, para tanto, o
Regimento Interno lhes faculta amplo acesso aos sistemas internos. Não por outra razão os
questionamentos judiciais a esse poder-dever têm sido infrutíferos, como podemos ver em
decisão explícita do TRF2, já em 2015, quando eventos dessa natureza começaram a ser
levantados contra o Escor07 (processo nº 0004434-15.2015.4.02.0000 - TRF2
2015.00.00.004434-4, grifos nossos)1:
4. O simples fato de ter havido consultas a dados do demandante no sistema
interno da Receita Federal não significa, por si só, que o servidor (auditor da
Receita Federal) estava sofrendo perseguições, tampouco é suficiente para
atribuir ao servidor que realizou a consulta a autoria da denúncia anônima que
deflagrou a investigação

17. Podemos ver aqui quão antigas e já em descrédito são essas tentativas de atribuir
ao Escor07 consultas injustificadas a sistemas internos, assim como a elaboração fantasiosa de
denúncias anônimas. Basta ver que quem tem o poder-dever de investigar sempre que julgar
necessário não precisa inventar denúncias anônimas. Contudo, nada disso impediu o
SINDIFISCO de cometer grave equívoco, juntando-se inicialmente à defesa de servidores
investigados pelo Escor07. Como a história é longa, sintetizaremos a seguir seus capítulos.

1 Disponível para consulta pública em https://www10.trf2.jus.br/consultas/?


q=&site=v2_jurisprudencia&client=v2_index&proxystylesheet=v2_index&filter=0&getfields=*&lr=lang_pt&oe=UTF-8&ie=UTF-
8&output=xml_no_dtd&requiredfields=%28%28NumProcessoPublico%3A201500000044344%29%7C%28numero_cnj_judici
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TRF&entsp=a&wc=200&wc_mc=0&ud=1

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Em todos esses órgãos as denúncias injuriosas e frágeis foram rechaçadas.


(…)

(…)

Contudo, paradoxalmente, esse sindicato resolveu, substituindo-se aos órgãos


públicos encarregados de apurar eventuais ilegalidades, investigar ele mesmo a
conduta funcional de seus filiados, muito embora não encontremos previsão
regimental para tanto. (...) Na verdade, mais do que uma surpresa, é uma
incongruência, pois o Sindifisco oferece a todos os sindicalizados “assistência
jurídica nos processos administrativos ou judiciais instaurados contra filiados
em razão do exercício de suas atribuições funcionais” (grifamos). Logo, se a
Lei n. 8.112, de 1990, em seu art. 121, afirma que “o servidor responde civil,
penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições”, não
haveria nenhuma razão para o Sindifisco querer agravar ainda mais esse
estatuto, prevendo também uma hipótese de responsabilização sindical, como
agora faz em relação aos quatro filiados ameaçados de exclusão do quadro
sindical. Portanto, só nos resta reiterar a surpresa em ver um sindicato de
Auditores-Fiscais cogitando de infligir a pena de exclusão a seus associados
por atos regularmente praticados no exercício do cargo de Auditor-Fiscal,
ignorando que os denunciantes, investigados pela Corregedoria, podem ter
interesse pessoal no processo.

(...) A perplexidade causada por esta instauração torna-se ainda maior quando
verificamos que não há notícias de que supostas ilegalidades praticadas por
Auditores-Fiscais no exercício de seu cargo tenham sido matéria de apuração
sindical. (...) Não consta que esse sindicato instaure procedimentos de
desfiliação diante das ocasionais e amplamente divulgadas notícias jornalísticas
envolvendo atos ilícitos praticados por Auditores-Fiscais. Ao contrário, o
estatuto do Sindifisco, em uma louvável atitude de zelo e prudência, aguarda o
trânsito em julgado definitivo de qualquer condenação judicial para, só então,
excluir de seus quadros um filiado (art. 5º, § 3º). (...)

(...)

Portanto, eventual constrangimento de Auditores-Fiscais com grave


ameaça, como o é a desfiliação, a revelarem informações correcionais
sigilosas afeta diretamente o interesse da Corregedoria da Receita Federal
do Brasil, pelo que lhe enviamos o presente ofício, confiando em seu
discernimento para dar ao caso a melhor solução. Negrito aposto.

4. Seguiu anexo ao supracitado expediente a promoção de arquivamento efetivada


pelo Ministério Público Federal em 10 de maio de 2019 (fls. 9 a 13) de

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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 50
DF COGER RFB Fl. 49

(...)
35. Mas no âmbito do SINDIFISCO esta representação alcançaria um destino
extraordinário e supreendentemente diverso!
36. A partir de sua admissibilidade, como em um passe de mágica, o SINDIFISCO,
outrora representante, transfigura-se em entidade processante e julgadora sobre os
mesmos fatos, agora infligindo a ameaça de desfiliação de seus quadros dos
servidores da Corregedoria por conta do regular exercício de suas atribuições
funcionais no combate inflexível à corrupção.
37. O processo de apuração de responsabilidade que se seguiu no âmbito do
SINDIFISCO contra os servidores do Escor07 – ou melhor, contra a Corregedoria, foi
claramente tendencioso e se prestava unicamente a coagir, não só os representados,
mas todos os servidores do sistema correcional – transformados em meros
instrumentos de ataque à atuação da Corregedoria da Receita Federal.
38. Pela sua didática, repisa-se trecho da REPRESENTAÇÃO do Corregedor-Geral
da SRFB endereçada à Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro por
meio do Ofício nº 065/2019-RFB/Coger, de 26 de agosto de 2019 (fl. 41 a 76):
Se todos os mecanismos anteriores de pressão por parte do SINDIFISCO eram
legítimos, a ameaça de punição sindical pelo desempenho de atividades
funcionais, que nada se relacionavam à vida sindical, sob o frágil sustentáculo
de acusações levianas e pueris, senão mentirosas, como adiante demonstraremos,
levava os membros do sindicato ao limiar de uma ilegalidade. A utilização
indevida de uma punição sindical a Auditores-Fiscais com o claro intuito de
conseguir, por vias tortas, a paralisação de sindicâncias patrimoniais
conduzidas pela COGER configuraria uma forma ilegal de coação e
constrangimento. É evidente que, a se permitir que tenha azo tal medida
criminosa, não só os servidores denunciados ao SINDIFISCO, mas os demais,
desde que filiados àquele sindicato, como o são quase todos, sentir-se-ão
pressionados a não prosseguirem com as sindicâncias patrimoniais. Terá então o
sindicato conseguido o que queria, como expressamente manifestou em seus
seminários e na representação feita por seu presidente. E a paralisação, ainda que
não se possa declará-la formalmente, será obtida pela intimidação, e
abrangerá não só o Escor07, mas toda a Receita Federal do Brasil. Negritei.

(...)
45. Dessa forma, é clarividente que os presentes e específicos atos do
SINDIFISCO, ao constrangerem, coagirem e intimidarem servidores do órgão
correcional, dificulta sim a atividade de investigação da Corregedoria da Receita
Federal do Brasil e intervem em sua atuação no que toca à realização de

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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 54
DF COGER RFB Fl. 56

previamente, em averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível


ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com o
objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a
promover, então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio
criminis” (RO em HC 117988/RS, julgado em 06/12/2014).
Não se pode ignorar, por fim, que a autora sequer questionou as conclusões
relativas à materialidade e autoria dos fatos apurados naquele PAD, razão pela qual,
também por esse motivo, devem prevalecer as conclusões da autoridade
administrativa, diante da ausência de prejuízo.
Não merece, pois, acolhimento a pretensão autoral.
Diante de todo o exposto, julgo IMPROCEDENTE O PEDIDO.

31. Não se pode ignorar o fato de que a chefia do Escor07 recebe de diversas formas
denúncias e suspeitas lançadas contra Auditores-Fiscais, e, se fosse acusada de parcialidade
cada vez que as investigasse, mesmo preliminar e cautelosamente, como por meio de um
pedido de levantamentos feito a um subordinado, por exemplo, o combate ao enriquecimento
ilícito e a outras irregularidades seria letra morta. Isso nos leva a citar outras decisões
judiciais, agora do TRF da 2ª Região, a reforçarem o poder-dever atribuído aos órgãos de
correição para investigar a evolução patrimonial dos servidores públicos. Sobre essas
investigações patrimoniais, manifestou-se assim o Desembargador Federal Guilherme Couto
de Castro em seu voto no julgamento da apelação n° CNJ 0005297-33.2011.4.02.5101 (grifos
nossos):

Esse procedimento, à luz da Lei nº 8.429/92, até mais rígido e abrangente, deve ser
realizado para todos os agentes públicos, e isso nada tem a ver com quebra de
sigilo. Leiam-se dispositivos da Lei nº 8.429/92:
(…)
Foram expedidos ofícios e investigados fatos, sobre automóveis, imóvel, valor do
condomínio. Tudo isto mostra que querer trancar o procedimento administrativo, sem
fazer alusão a tais fatos, é tocar música para o descumprimento da lei.
(…)
Portanto, mostra-se infundada a tese da ausência de motivação administrativa,
autorizando a aferição de dados do auditor. Basta ler o conceito legal de ato motivado
(art. 2º, parág. único, d, da Lei nº 4.717/65).

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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 61
DF COGER RFB Fl. 57

O procedimento é padrão, e pode aleatoriamente investigar os agentes (o ideal, se


possível, nos termos da Lei nº 8.249/92, é que toda a evolução patrimonial, de todos,
fosse aferida, e aferida a incompatibilidade, o agente deve justificá-la).
(…)
Assim, o procedimento administrativo disciplinar tem amparo legal e jurisprudencial.
Tem a administração o dever de colher informações, de forma a viabilizar a
verificação da ocorrência, ou não, de sonegação, o controle do recolhimento dos
tributos e enriquecimento ilícito de servidor público.

32. Portanto, consultas a sistema interno da Receita Federal do Brasil ou a utilização


de quaisquer outros meios lícitos de investigação que tenham por fim averiguar a correção da
evolução patrimonial de servidores, ou outras irregularidades, são plenamente motivados,
sendo antes um dever de ofício do Chefe do Escor07 colocá-los em prática, ou determinar que
seus subordinados o façam. Também não se pode distorcer a Informação Coger/GNP nº
030/2020 como se estivesse sendo ali reconhecida a existência de qualquer irregularidade na
fase anterior à instauração do PAD, sobretudo porque ali se mostrou que uma data
interpretada pela investigada como sendo de consulta a seus dados nada mais era do que a
data da versão do sistema pesquisado. E quando se afirmou que irregularidades eventualmente
havidas na fase anterior ao PAD ficavam superadas com sua instauração, não se estava
emitindo opinião pessoal, mas sim remansosa jurisprudência do STJ que assim afirma
categoricamente.
33. O citado manto de invisibilidade que impediria auditorias de acessos realizados
por servidores lotados na Coger não procede. O que existe é um perfil de acesso ao sistema
Portal IRPF para que os servidores da Coger que estão habilitados (Perfil: AUDITORIA1)
não sejam identificados por outros servidores com acesso aos mesmos sistemas. Em outras
palavras, para que servidores de outros setores (Perfil: AUDITORIA2 ou Perfil:
AUDITORIA3) não tenham conhecimento dos acessos realizados pela Corregedoria em
decorrência de investigações internas. A motivação é simples: preservar a investigação!
Contudo, o registro de acesso permanece no sistema, bastando um perfil específico (Perfil:
AUDITORIA1) para verificar esses tipos de acessos, conforme estabelece a PORTARIA
CORAT Nº 112, DE 27 DE AGOSTO DE 2020.
34. Esperamos, ao cabo, ter demonstrado que as repetidas e já gastas acusações contra
o Escor07 não se sustentam. Contudo, ainda que se sustentassem, e aqui o imaginamos apenas
por hipótese, é evidente que diriam respeito tão somente a investigações de servidores da
Receita Federal do Brasil. Não se vislumbra como poderiam significar a interferência em
outros órgãos, como o extinto COAF, muito menos que o Escor07 fosse capaz de interferir no
MPF ou na AGU. Parece-nos que o requerente foi influenciado por uma história da qual só
conhece parte.

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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 62
DF COGER RFB Fl. 58

35. Por fim, não se pode deixar de notar que se trata de um pedido de acesso à
informação amparado na Lei de Acesso à Informação (LAI - Lei nº 12.527, de 2011).
Observamos, contudo, que pedidos de apurações especiais a serem realizadas pelo SERPRO
com base na LAI têm sido negados pela Receita Federal do Brasil (RFB), com fulcro no art.
15, III, da Portaria MF nº 233, de 26 de junho de 2012, como decidiu-se, por exemplo, no
processo 16853.008633/2016-311. Em recurso interposto pelo requerente à Controladoria-
Geral da União, aquele órgão asseverou que:
17. Entendeu-se, ademais, que o deferimento indiscriminado de pedidos de acesso à
informação que exigissem trabalhos adicionais demasiadamente onerosos à
administração poderia consumir recursos públicos de maneira considerável, de forma
que prejudicasse, inclusive, a manutenção das atividades-fim do órgão. Esse é o caso
das “apurações especiais”, uma vez que a sua consecução depende de uma série de
procedimentos administrativos, elencados em contrato de prestação de serviço firmado
com o SERPRO, que seguem uma ordem previamente estabelecidas pela
Administração, com base em suas necessidades próprias. Ademais, o alto custo
financeiro dessas demandas, conforme demonstrado, caso adotado o deferimento de
pedidos para todos e quaisquer cidadãos, poderia causar sério impacto orçamentário.

36. De toda sorte, entendemos que a análise final quanto ao deferimento desse pedido
cabe ao Sr. Secretário Especial da Receita Federal do Brasil.
37. À consideração do Coordenador do Grupo Nacional de Pareceristas.

Assinado digitalmente
Márcia Cristina Krüger Möller
Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil

De acordo. À consideração superior.


Assinado digitalmente
Naylor Sardinha de Melo
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador do Grupo Nacional de Pareceristas
Portaria Coger nº 171, de 17/06/2019

De acordo.
Assinado digitalmente
José Pereira de Barros Neto
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Corregedor da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil

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E261D988643E8B42A51F53BC702049965C0B447B6D3A2C3A05DB5DA4E3AEE315

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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 64
DF COGER RFB Fl. 59

MINISTÉRIO DA FAZENDA

PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10265.238608/2020-18
INTERESSADO: MINISTERIO DA ECONOMIA

DESTINO: ASESP-RFB-DF - Receber Retorno de Processo

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO

Manifestação realizada à fls 37 a 58.Retorne-se à Asesp, para


prosseguimento.

DATA DE EMISSÃO : 22/10/2020

Apreciar e Assinar Documento /


JOSE PEREIRA DE BARROS NETO
GABIN-COGER-RFB-DF
DF COGER RFB

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83D9589CD71DA444EB8B6FA05616307017E737F64D405BA9995319092837114E

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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 66
DF ASESP RFB Fl. 60

Ministério da
Economia

Informação no 18/2020 – Assessoria Especial


Interessado: F.N.B.
e-Processo: 10265.238608/2020-18

Assunto: Pedido de acesso à Informação, de que trata a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de


2011, em que há alegações e questionamentos relativos a circunstâncias e fatos que
dizem respeito à área de atuação de corregedoria.

1. Veio à Assessoria Especial (Asesp) da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil


(RFB), o e-Processo RFB nº 10265.238608/2020-18, que contém a petição de fls. 2 a 33, dirigida ao
Secretário Especial da Receita Federal do Brasil, em que o requerente, por meio de seus advogados,
solicita, com fulcro na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), seja
determinado ao Serpro que realize apuração especial para informar o nome, o CPF, a qualificação e a
unidade de exercício/lotação dos servidores que acessaram bases de dados e sistemas da Receita
Federal, que indica, para consultar ou imprimir informações acerca dele, de sua esposa e de empresas a
eles relacionadas.

2. Em exame preliminar da petição, constatou-se que além do pedido de informação de que


trata a Lei nº 12.527, de 2011, há, na fundamentação do pedido, alegações e questionamentos relativos
a circunstâncias e fatos que dizem respeito à área de atuação de corregedoria.

3. Por essa razão, tendo em vista a existência de canal próprio para tramitação de cada
assunto, separadamente, definiu-se que este e-Processo cuida da matéria ligada à área de atuação de

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DF ASESP RFB Fl. 61

o
(Fl. 2 da Informação n 18/2020 - Assessoria Especial)

corregedoria, ao passo que o pedido de acesso à informação é tratado no e-Processo RFB nº


13035.102105/2020-07, decorrente NUP 03005.132259/2020-19 formalizado no Serviço de Informação
ao Cidadão do Ministério da Economia (SIC-ME).

4. Dando sequência ao encaminhamento do tema ligado à área de corregedoria, o e-


Processo nº 10265.238608/2020-18 foi transmitido à Corregedoria da Receita Federal do Brasil
(Coger/RFB) para manifestação sobre o documento de fls. 2 a 33, quanto aos aspectos envolvendo a
área de atuação da referida Unidade (fls. 35), tendo de lá retornado com a Informação Coger/GNP nº
072/2020, de 22 de outubro de 2020 (fls. 37 a 58), em que esclarece pontos e questões pertinentes a
atos e procedimentos do âmbito correicional.

5. Examinado o documento de fls. 2 a 33, verifica-se que nele há referência expressa ao


titular da Coger/RFB, tal como nas fls. 16 e 18, atribuindo-se ao Corregedor, inclusive, a pecha de
omissão em pretensa apuração de denúncias, que o requerente imagina deveria ocorrer.

6. Para fins disciplinares, o Corregedor da Receita Federal do Brasil está vinculado à


Corregedoria-Geral do Ministério da Economia, conforme estabelece a Portaria MF nº 492, de 23 de
setembro de 2013, em seu art. 7º, inciso II:

“Art. 7º Compete à Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda:

.......................................................................................................

II - a instauração de sindicância disciplinar ou processo administrativo disciplinar, bem como a


decisão de arquivamento em sede de juízo de admissibilidade, quando, nas unidades dotadas de
corregedoria própria, o acusado ou investigado, à época dos fatos ou à época da instauração, for
ocupante de cargo de Corregedor, Corregedor-Adjunto, ou ocupante de cargo de direção ou
assessoramento superior ao do Corregedor;

......................................................................................................”

Documento de 3 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP26.1020.16422.0FLJ. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
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Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 68
DF ASESP RFB Fl. 62

o
(Fl. 3 da Informação n 18/2020 - Assessoria Especial)

7. Diante do exposto, propõe-se que o presente e-Processo seja submetido à apreciação da


Corregedoria-Geral do Ministério da Economia.

À consideração do senhor Secretário Especial da Receita Federal do Brasil.

Assinatura digital
Aylton Dutra Leal
Chefe da Assessoria Especial

1. Aprovo.

2. Encaminhe-se, conforme proposto, à Corregedoria-Geral do Ministério da Economia.

Assinatura digital
JOSÉ BARROSO TOSTES NETO
Secretário Especial da Receita Federal do Brasil

Documento de 3 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP26.1020.16422.0FLJ. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
Documento nato-digital
Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 69
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Ministério da Fazenda

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nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2,
de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012.

Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para
todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001.

Histórico de ações sobre o documento:

Documento juntado por AYLTON DUTRA LEAL em 26/10/2020 15:13:00.

Documento autenticado digitalmente por AYLTON DUTRA LEAL em 26/10/2020.

Documento assinado digitalmente por: JOSE BARROSO TOSTES NETO em 26/10/2020 e AYLTON DUTRA LEAL em
26/10/2020.

Esta cópia / impressão foi realizada por LUCIA MIKIE FUJIKAWA em 26/10/2020.

Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet:

1) Acesse o endereço:
https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx

2) Entre no menu "Legislação e Processo".

3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais".

4) Digite o código abaixo:

EP26.1020.16422.0FLJ

5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores


da Receita Federal do Brasil.

Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha2:
22584685212BCBBD905C076AB632E7B80CC230D99E69DC2F88773EAE73E16BC5

Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº
10265.238608/2020-18. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
Denúncia (11407431) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 70
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria Executiva
Corregedoria do Ministério da Economia

OFÍCIO SEI Nº 274410/2020/ME

Brasília, 29 de outubro de 2020.

Ao Senhor
GILBERTO WALLER JÚNIOR
Corregedor-Geral da União
Corregedoria-Geral da União da Controladoria-Geral da União
Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 2º andar, sala 203, Gabinete
CEP 70.050-904 - Brasília /DF
E-mail: crg@cgu.gov.br

Assunto: Encaminho Cópia do Processo nº 17316.101367/2020-41.

Senhor Corregedor-Geral,

Cumprimentando-o, cordialmente, refiro-me ao processo nº 17316.101367/2020-41,


instaurado nesta Corregedoria do Ministério da Economia que trata-se de uma admissibilidade de
investigação sumária.
Diante do exposto, encaminho cópia do presente processo, por meio do Sistema SEI, para
conhecimento e acompanhamento.
Ressalto que o teor desta comunicação trata de informações pessoais, amparadas pelo disposto
no art. 31 da lei nº 12.527/2011, sem prejuízo de outros graus de sigilo acaso existentes.
Na oportunidade, renovo protestos de apreço e distinta consideração, e coloco-me a disposição
para informações e esclarecimentos adicionais.

Atenciosamente,

Documento assinado eletronicamente


FABIANA VIEIRA LIMA
Corregedora do Ministério da Economia

Ofício 274410 (11470711) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 72


Documento assinado eletronicamente por Fabiana Vieira Lima, Corregedor(a), em 29/10/2020, às
17:13, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8
de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 11470711 e
o código CRC 5F9CB8B8.

Esplanada dos Ministérios, Bloco 'K", Sobreloja,


CEP 70048-900 - Brasília/DF
61 2020-4202 - e-mail coger.df.gmf@economia.gov.br - www.economia.gov.br
Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 11470711

Ofício 274410 (11470711) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 73


Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil? Caso positivo, é registrado documentalmente os
pedidos de alteração nos sistemas?
g) Houve pedido da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil para alterar algum
sistema visando implantar senha de acesso máster ou senha de acesso a usuário que não registrasse
log? Caso positivo, detalhar o que foi pedido.
h) Em havendo necessidade de acesso de log como é realizada essa apuração, se pela
própria Receita Federal ou é necessário que seja feita pelo SERPRO?

Atenciosamente,

Documento assinado eletronicamente


LUZIA FONSECA AZEVEDO
Procuradora da Fazenda Nacional

Documento assinado eletronicamente por Luzia Fonseca Azevedo, Procurador(a) da Fazenda


Nacional, em 02/12/2020, às 10:34, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, §
1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 12081983 e
o código CRC DAEA7160.

SAUN, QUADRA 5 LOTE C - CNC TORRE "D" 13º ANDAR., SALA 1304, SALA 1304 - Bairro ASA NORTE
CEP 70.040-250 - Brasília/DF
(61) 2025-5204 - e-mail apoio.cojed.pgfn@pgfn.gov.br - www.economia.gov.br
Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 12081983

Ofício 301294 (12081983) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 77


MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
Procuradoria-Geral Adjunta de Consultoria de Contratos e Disciplina
Coordenação-Geral de Disciplina

OFÍCIO SEI Nº 1093/2021/ME

Brasília, 04 de janeiro de 2021.

Ao Senhor

JOSÉ PEREIRA DE BARROS NETO

Corregedor

Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil

Setor de Autarquias Sul, Quadra 6, Bloco O, 4º andar, Edifício Órgão Centrais

Brasília/DF

CEP: 70.070-917

Assunto: Informações SERPRO. OFÍCIO SEI Nº 301294/2020/ME. Ofício SUNEF - 024422/2020.

Referência: Ao responder este Ofício, favor indicar expressamente o Processo nº 17316.101384/2020-88.

Senhor Corregedor,
Cumprimentando-o, com o intuito de instruir o Processo SEI nº 17316.101367/2020-41, em
trâmite perante a Corregedoria do Ministério da Economia, e diante da resposta do SERPRO, conforme
Ofício SUNEF - 024422/2020, de 3 de dezembro de 2020, sobre a impossibilidade de
prestar esclarecimentos sobre sistemas da Receita Federal, solicita-se os préstimos desta Corregedoria para
obtenção junto ao SERPRO dos seguintes questionamentos:

a) há medidas de segurança de acesso para os sistemas da Secretaria Especial da


Receita Federal do Brasil? Caso exista, detalhar a forma de acesso;
b) existem perfis de acesso diferenciados aos sistemas da Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil? Caso positivo, no âmbito da Corregedoria da Receita existe algum específico para
esse órgão?
c) todos os perfis de acesso são logados?

Ofício 1093 (12828239) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 78


d) em 2015, os perfis de acesso aos sistemas IRPF, IRPJ, DOSSIE INTEGRADO,
BASES NOTA FISCAL ELETRÔNICA, DECRED, BASE DETRAN, SIEF, DW-ELEL, GRAFO de
RELACIONAMENTO e DIMOB já possuíam log? Caso negativo, a partir de quando tais sistemas
passaram a ter log?
e) qual é o prazo de guarda de log que o SERPRO está contratualmente obrigado a
cumprir?
f) os pedidos de alteração, evolução, upgrade de sistema necessitam de demanda da
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil? Caso positivo, é registrado documentalmente os
pedidos de alteração nos sistemas?
g) houve pedido da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil para alterar algum
sistema visando implantar senha de acesso máster ou senha de acesso a usuário que não registrasse
log? Caso positivo, detalhar o que foi pedido.
h) em havendo necessidade de acesso de log como é realizada essa apuração, se pela
própria Receita Federal ou é necessário que seja feita pelo SERPRO?

Anexo:
I - OFÍCIO SEI Nº 301294/2020/ME, de 2020
II - Ofício SUNEF - 024422/2020, de 2020

Atenciosamente,

Documento assinado eletronicamente


LUZIA FONSECA AZEVEDO
Procuradora da Fazenda Nacional

Documento assinado eletronicamente por Luzia Fonseca Azevedo, Procurador(a) da Fazenda


Nacional, em 04/01/2021, às 18:22, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, §
1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 12828239 e
o código CRC 39E44792.

SAUN, QUADRA 5 LOTE C - CNC TORRE "D" 13º ANDAR., SALA 1304, SALA 1304 - Bairro ASA NORTE
CEP 70.040-250 - Brasília/DF
(61) 2025-5204 - e-mail apoio.cojed.pgfn@pgfn.gov.br - www.economia.gov.br
Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 12828239

Ofício 1093 (12828239) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 79


Ofício nº 002/2021-RFB/Coger

Brasília, 18 de janeiro de 2021.

À Senhora
Luzia Fonseca Azevedo
Procuradora da Fazenda Nacional
Coordenação- Geral de Disciplina
Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional

Assunto: Ofício SEI Nº 1093/2021/ME


REF. Processo nº 17316.101384/2020-88
ASSUNTOS: Informações SERPRO. OFÍCIO SEI Nº 301294/2020/ME. Ofício SUNEF -
024422/2020.

Senhora Procurada da Fazenda Nacional,

Em atenção ao Ofício SEI Nº 1093/2021/ME, de 04 de janeiro de 2021, visando à


instrução do Processo SEI nº 17316.101367/2020-41, encaminho o Despacho nº
0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB.

Atenciosamente,

Assinatura Digital

JOSÉ PEREIRA DE BARROS NETO


Corregedor

Diaco: jta

Corregedoria-Geral da Receita Federal


Documento de 1 do Brasil – assinado
pagina(s) SAS Quadra 6, Bloco “O”,
digitalmente. 4º Andar,
Pode CEP 70.070-060
ser consultado – Brasília-DF.
pelo codigo de localizacao
AP19.0121.11303.8182 no endereco http://sadd.receita.fazenda.gov.br/sadd-internet/pages/validadocumento.xhtml
consulte a pagina de autenticacao no final deste documento.
Ofício Ofício nº 002/2021-RFB/Coger (13156928) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 82
PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO

A Secretaria da Receita Federal do Brasil garante a integridade e a autenticidade


deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24
de agosto de 2001

Histórico de atividades sobre o documento:

Documento assinado digitalmente por:


JOSE PEREIRA DE BARROS NETO em 19/01/2021.
Confira o documento original pelo Smartphone conectado à Internet:

Dúvida? Acesse
http://sadd.receita.fazenda.gov.br/sadd-internet/pages/qrcode.xhtml

Confira o documento original pela Internet:


a) Acesse o endereço:
http://sadd.receita.fazenda.gov.br/sadd-internet/pages/validadocumento.xhtml
b) Digite o código abaixo:

AP19.0121.11303.8182
Código Hash obtido atraves do algoritmo SHA-256:

Eld3I9oPZfbyApv3ghQSvF6TO9NNgaoAcVVwYqjO2SA=

Ofício Ofício nº 002/2021-RFB/Coger (13156928) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 83


DF COTEC RFB Fl. 9

Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB.

Interessado: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Assunto: POLÍTICA DE REGISTRO DE EVENTO (LOGs).

e-Processo nº 10265.003662/2021-17

Brasília/DF, 8 de janeiro de 2021.

Trata-se de análise de Ofício SEI Nº 1093/2021/ME, de 04 de janeiro de 2021,


encaminhado à Corregedoria (Coger) da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) pela
Coordenação-Geral de Disciplina da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O Expediente
em questão foi despachado para análise da Coordenação-Geral de Tecnologia e Segurança da
Informação (Cotec), a qual apresentará os esclarecimentos que seguem.

2. O Ofício SEI Nº 1093/2021/ME apresenta questionamentos relacionados à política


de segurança da informação e controle de acesso da RFB, bem como os registros de eventos de log
e procedimentos para alteração de sistemas informatizados. Os questionamentos serão
analisados, em genérico, sob a ótica de procedimento padrão, sem deixar de mencionar que pode
haver alguma exceção, em caso concreto. Segue o primeiro questionamento:

a) há medidas de segurança de acesso para os sistemas da Secretaria


Especial da Receita Federal do Brasil? Caso exista, detalhar a forma
de acesso;

3. Em relação a este questionamento, esclarece-se que a RFB definiu a sua política de


segurança da informação1 de forma que: (i) o acesso à informação deveria motivado e restrito a
pessoas autorizadas e que as permissões de acesso deveriam ser graduadas conforme as
atribuições dos servidores2; e (ii) o acesso à informação, por meio de sistemas, teria o registro dos

1
Portaria SRF nº 450, de 28 de abril de 2004.
2
Portaria SRF nº 450, de 28 de abril de 2004

Art. 7º O acesso aos ativos de informação e ao ambiente informatizado da SRF deve ser sempre motivado por
necessidade de serviço, devendo ser controlado e restrito às pessoas autorizadas.

Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP19.0121.17474.ZC50. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
Documento nato-digital
Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 84
DF COTEC RFB Fl. 10
(Fl. 2 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)

eventos3 (logs). Para dar cumprimento, a regulamentação interna determinou que o acesso aos
sistemas deveria ocorrer mediante uso de certificado digital4, e que a habilitação nos sistemas
informatizados deveria ocorrer mediante solicitação formal5 de perfis definidos em cada portaria
de sistemas.6

b) existem perfis de acesso diferenciados aos sistemas da Secretaria


Especial da Receita Federal do Brasil? Caso positivo, no âmbito da
Corregedoria da Receita existe algum específico para esse órgão?

4. Sobre este item, conforme esclarecido acima, cada sistema informatizado da RFB
possui regras específicas de perfis de acesso para cada pessoa do corpo funcional. Em genérico, há
perfis que só podem ser acessados, por exemplo, por Auditores-Fiscais em exercício na
Corregedoria. O detalhamento pode ser obtido consultando cada uma das portarias de sistemas e
perfis publicadas no sistema e-fau.

§ 1º As permissões de acesso são de uso exclusivo e intransferível, não podendo a pessoa autorizada deixar qualquer
ativo de informação em condições de ser utilizado com suas permissões de acesso por terceiros.
§ 2º As permissões de acesso devem ser graduadas de acordo com as atribuições dos servidores.
3
Portaria SRF nº 450, de 28 de abril de 2004

Art. 9º O ambiente informatizado da SRF, com a finalidade de garantir os princípios de confidencialidade, integridade
e disponibilidade, deve possuir:
X - registro de informações (log) com prazos de retenção e formas de acesso definidas, com vistas a permitir a
recuperação do sistema em caso de falha;
XI - registro de informações (trilha de auditoria) com prazos de retenção e formas de acesso definidas, com vistas a
permitir auditoria, identificação de situações de violação e contabilização individual do uso dos sistemas;
4
Portaria RFB/Sucor/Cotec nº 73, de 08 de dezembro de 2014.
Art. 34. O acesso lógico aos recursos, serviços e sistemas do ambiente informatizado da RFB por usuário interno dar-
se-á mediante o uso de certificado digital e-CPF.
§ 1º O controle de acesso ao recurso, serviço ou sistema do ambiente informatizado da RFB deverá ser capaz de
bloquear o acesso mediante o uso do par nome de conta e senha.
§ 2º Será admitido o acesso mediante o uso do par nome de conta e senha:
I - em situação de contingência, devido à impossibilidade temporária de uso do certificado digital e-CPF; e
II - por aqueles usuários que forem definidos em norma específica da Cotec.
§ 3º Cabe à Cotec estabelecer as regras de contingência a serem utilizadas na impossibilidade temporária de uso do
certificado digital e-CPF.
Art. 35. O acesso lógico aos recursos, serviços e sistemas do ambiente informatizado da RFB por usuário externo dar-
se-á, sempre que possível, mediante o uso de certificado digital e-CPF.
5
Art. 45. São competentes para solicitar cadastramento, atualização, exclusão, habilitação, desabilitação, bloqueio,
desbloqueio e troca de senha dos usuários internos sob sua supervisão:
I - chefe imediato e seus superiores;

(...)
6
Portaria RFB/Sucor/Cotec nº 73, de 08 de dezembro de 2014.
Art. 44. A habilitação do usuário em perfis de sistemas ou perfis funcionais far-se-á de acordo com as regras
estabelecidas nas respectivas portarias.

Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP19.0121.17474.ZC50. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
Documento nato-digital
Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 85
DF COTEC RFB Fl. 11
(Fl. 3 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)

c) todos os perfis de acesso são logados?

5. Sobre este questionamento, a política de registro de eventos (logs) foi definida7


pela RFB e estabeleceu a necessidade de catalogar, no mínimo, quem acessou; quando acessou; e
o que acessou. Em algumas situações especificas, devidamente justificadas, pode não haver o
registro de determinado evento (log)8.

d) em 2015, os perfis de acesso aos sistemas IRPF, IRPJ, DOSSIE


INTEGRADO, BASES NOTA FISCAL ELETRÔNICA, DECRED, BASE
DETRAN, SIEF, DW-ELEL, GRAFO de RELACIONAMENTO e DIMOB já
possuíam log? Caso negativo, a partir de quando tais sistemas
passaram a ter log?

6. Sobre este questionamento, os sistemas da RFB são construídos para possuírem log
desde o início de sua operação. Dessa maneira, em 2015 já havia logs para os sistemas apontados,
nos termos da Portaria RFB nº 693, de 2014. Cabe destacar que o sistema "Base Detran" não é um
sistema da RFB, razão pela qual não há como esta Cotec exarar opinião sobre ele. Ademais, cabe
informar que "Grafo de Relacionamento" não é um sistema propriamente dito, mas sim uma
funcionalidade de outros sistemas que, por sua vez, possuem log.

7
PORTARIA RFB Nº 693, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014
Art. 11. Os registros de eventos conterão, no mínimo:
I - identificação pessoal do usuário ou identificação da conta de serviço;
II - identificação do computador ou qualquer equipamento-fonte da ocorrência do evento, em especial o endereço de
rede e o endereço físico da placa de rede;
III- data e hora de realização do evento, considerando as informações de um servidor de tempo sincronizado
nacionalmente;
IV - identificação do tipo de evento realizado;
V – identificação da funcionalidade de sistema utilizada;
VI – para os eventos de inclusão, cópia dos dados inseridos;
VII – para os eventos de exclusão, cópia dos dados excluídos;
VIII – para os eventos de alteração de dados existentes, cópia dos dados alterados em seus estados anterior e
posterior; e
IX – para os eventos de consulta, os respectivos critérios utilizados.

8
PORTARIA RFB Nº 693, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014

Art. 6º Compete a Unidade Gestora classificar a informação e elaborar o LEL com as definições dos registros de
eventos (log) e/ou com as justificativas.

Parágrafo único. Quando o sistema envolver informações não protegidas pelo sigilo fiscal e/ou bancário, a Unidade
Gestora deverá definir os registros dos eventos (log) de inclusão, alteração, exclusão e consulta, bem como as
respectivas informações de autenticação (logon/logoff) quando houver registro de evento (log), ou elaborar as
justificativas pelo não registro.

Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP19.0121.17474.ZC50. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
Documento nato-digital
Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 86
DF COTEC RFB Fl. 12
(Fl. 4 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)

e) qual é o prazo de guarda de log que o SERPRO está


contratualmente obrigado a cumprir?

7. Sobre este questionamento, consta do contrato RFB/Copol nº 19/2018 o seguinte:


“Retenção de logs de bancos de dados por no mínimo 16 (dezesseis) anos, conforme documento
“Informação Coger/Codis/Diedi nº 073/2008” ou de acordo com o artefato Levantamento de
Eventos de Log – LEL preenchido pela RFB e validado pela Coordenação-Geral de Auditoria Interna
(Audit) e Corregedoria-Geral (Coger), para os dados armazenados desde janeiro de 2009, ou a ato
que vier a substituí-lo.”

f) os pedidos de alteração, evolução, upgrade de sistema necessitam


de demanda da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil? Caso
positivo, é registrado documentalmente os pedidos de alteração nos
sistemas?

8. Sobre este questionamento, os pedidos de alteração em sistemas da RFB


necessitam de formalização junto à Cotec mediante a abertura de demanda em sistema
específico9.

g) houve pedido da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil


para alterar algum sistema visando implantar senha de acesso
máster ou senha de acesso a usuário que não registrasse log? Caso
positivo, detalhar o que foi pedido.

9. Sobre este questionamento e conforme mencionado no item anterior, as


solicitações de alteração são formalizadas em sistema de controle de demanda. Tendo em vista
que a pergunta não informa um quantum temporal para resposta, não há como atestar que em
nenhum momento do tempo tal pedido não tenha sido realizado. Entretanto, pode-se afirmar que
no melhor do conhecimento dos signatários não se tem registro de tal pedido, inclusive por ser
desconforme frente as Políticas de Segurança da Informação da RFB, notadamente os incisos X e XI
do art. 9º da Portaria SRF nº 450, de 2004, e art. 7º da Portaria RFB 693, de 2014.

h) em havendo necessidade de acesso de log como é realizada essa


apuração, se pela própria Receita Federal ou é necessário que seja
feita pelo SERPRO?

9
Portaria RFB/Sucor/Cotec nº 58, de 08 de julho de 2015.

Art. 2º A solicitação de serviços de TI será formalizada junto à Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação


(Cotec) pela abertura de demanda no SCD.

§ 1º Os serviços de TI, objeto desta Portaria, compreendem sistemas de informação, soluções de infraestrutura, redes
de comunicação e demais serviços de TI.

Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP19.0121.17474.ZC50. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
Documento nato-digital
Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 87
DF COTEC RFB Fl. 13
(Fl. 5 do Despacho nº 0002/2021 Cotec/Sucor/RFB, de 8 de janeiro de 2021.)

10. A política de registro de eventos (logs) definida pela RFB estabeleceu que o acesso
aos registros de eventos (logs) seria restrito à área de Tecnologia da Informação (Cotec); área de
Auditoria Interna (Audit); Corregedoria (Coger); aos usuários dos sistemas, quando relacionados às
suas atividades para produzirem provas em seu favor em processos administrativos; e a outros
usuários, quando autorizados pelo Coordenador-Geral de Tecnologia e Segurança Informação.

11. Os registros de eventos (logs) ficam armazenados de diversas maneiras. Eles podem
ser acessados diretamente no sistema, por exemplo, e-processo. Os registros de eventos podem
estar copiados para o sistema DW-LEL, com a consulta específica para cada perfil da RFB, ou
podem estar gravados diretamente nos sistemas acessados, sem acesso direto da RFB, casos em
que será necessária a abertura de demanda de apuração especial junto ao Serpro.

12. Em se tratando de demanda Correcional, havendo necessidade de acesso a registro


de eventos (log), o pedido pode ser encaminhado à Corregedoria da RFB para avaliar o caso
concreto e, se for o caso, extrair as informações dos sistemas informatizados ou solicitar a
apuração especial junto ao Serpro, o que pode ter custos, eventualmente.

13. Prestados os esclarecimentos solicitados, sugere-se o retorno do presente processo


à Corregedoria da-RFB para seguimento.

Assinatura digital
GLEYSON NORONHA DE SOUSA
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil

1. Encaminhe-se à Coger.

Assinatura digital
JULIANO BRITO DA JUSTA NEVES
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador-Geral de Tecnologia e Segurança da Informação

Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo
código de localização EP19.0121.17474.ZC50. Consulte a página de autenticação no final deste documento.
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Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 88
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Ministério da Fazenda

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O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento


nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2,
de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012.

Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para
todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001.

Histórico de ações sobre o documento:

Documento juntado por GLEYSON NORONHA DE SOUSA em 08/01/2021 10:42:00.

Documento autenticado digitalmente por GLEYSON NORONHA DE SOUSA em 08/01/2021.

Documento assinado digitalmente por: JULIANO BRITO DA JUSTA NEVES em 08/01/2021 e GLEYSON NORONHA DE
SOUSA em 08/01/2021.

Esta cópia / impressão foi realizada por CELSO ANTONIO COSTA JUNIOR em 19/01/2021.

Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet:

1) Acesse o endereço:
https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx

2) Entre no menu "Legislação e Processo".

3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais".

4) Digite o código abaixo:

EP19.0121.17474.ZC50

5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores


da Receita Federal do Brasil.

Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha2:
564A2761961A9E8C4C061593AB06E60C7F8B2E88F6C353D98D4A1BB976EEA876

Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº
10265.003662/2021-17. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
Despacho Despacho nº 0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (13156993) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 89
A medida antecipatória foi indeferida em decisão id. 145844386 fls. 46/47.

Da decisão que indeferiu a tutela antecipada, o autor apresentou embargos de


declaração, os quais foram rejeitados em decisão id. 145844386 fl. 55.

O autor veio comunicar a interposição de recurso de agravo de instrumento.

A ré foi devidamente citada e ofereceu contestação, na qual alegou serem


descabidas as alegações de impedimento, vez que não comprovado os fatos alegados. Aduziu,
ainda, não ser excessivo o prazo de quatro meses existente entre a denúncia e a instauração de
investigação, dada a burocracia eminente ao serviço público.

Houve réplica, na qual a parte autora também requereu a produção de provas,


consistente em determinar ao Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO, que
informe ao juízo quem e quando teve acesso aos dados de declaração de imposto de renda do
autor e de sua esposa, prova a qual foi deferida.

Os autos foram encaminhados ao MPF, o qual entendeu pela desnecessidade de


oferecimento de parecer.

O autor apresentou razões finais.

Decisão id. 209724944 determinou a intimação da União e do MPF acerca da prova


produzida.

A União Federal apresentou razões finais.

O MPF manifestou-se pela ausência de nulidade em relação à acessos de servidor


da Corregedoria da Receita Federal a dados de Auditores, sendo um poder-dever da
Administração a regular fiscalização de seus servidores.

Vieram-me os autos conclusos.

É o relatório. Decido.

II - Fundamentação

A questão cinge-se, de acordo com o que se depreende da leitura da petição inicial,


à nulidade da Portaria ESCORO7 nº. 75, de 22/02/2017, em razão de suposto impedimento da
autoridade que a editou.

Importante ressaltar que não se discute, nestes autos, a regularidade ou nulidade


dos procedimentos adotados no PAD nº 16331.720005/2017-05, mas, sim, a sua instauração.

O autor afirma que o telefonema recebido pelo Sr. Christiano "não é nem uma
denúncia anônima. É um nada, uma fofoca”.

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Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 92
Nos termos da ementa transcrita pela própria autora (fl. 5 - Mandado de Segurança
nº 24.369 - STF), verifica-se que é obrigação do Poder Público apurar comportamentos que
possam consubstanciar, ainda que em tese, a ilicitude e, eventualmente, atos lesivos ao
interesse público.

No caso dos autos, o simples fato de ter recebido o telefonema não torna impedido
o servidor competente para apurar os fatos, tampouco se extrai da apuração que se seguiu
qualquer fato capaz de autorizar a conclusão pela existência de alguma perseguição pessoal
contra a parte autora.

Pelo contrário, o procedimento só foi instaurado após a devida averiguação, a fim de


que a autoridade administrativa pudesse ter um mínimo de materialidade para apurar as suposta
infrações cometidas pelos servidores. Tal conduta amolda-se precisamente à jurisprudência do
STF, no sentido de que “Nada impede que o Poder Público, provocado por delação anônima
(“disque-denúncia”, p. ex.), adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em
averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de
ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela
denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio
criminis” (RO em HC 117988/RS, julgado em 06/12/2014).

Não se pode ignorar, por fim, que a parte autora sequer questionou as conclusões
relativas à materialidade e autoria dos fatos apurados naquele PAD, razão pela qual, também por
esse motivo, devem prevalecer as conclusões da autoridade administrativa.

Nesse sentido:

ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AGRAVO INTERNO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ABERTURA DE INQUÉRITO CIVIL
FUNDAMENTADO EM DENÚNCIA ANÔNIMA. POSSIBILIDADE. CONFIGURAÇÃO
DO ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DOLO EVIDENCIADO. REVISÃO
DE PENALIDADES. IMPOSSIBILIDADE. 1. Esta Corte já se manifestou no sentido
de que a denúncia anônima não é óbice à instauração de inquérito civil por parte do
Ministério Público, a quem compete a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Com efeito, a
existência de documento apócrifo não impede a respectiva investigação acerca de
sua veracidade, porquanto o anonimato não pode servir de escudo para eventuais
práticas ilícitas. Precedentes: AgInt no REsp 1.281.019/RJ, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 30/05/2017; REsp 1.447.157/SE.
Rcl. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJc 20/11/2015. 2. A
jurisprudência do STJ considera indispensável, para a caracterização de
improbidade, que a atuação do agente seja dolosa, para a tipificação das condutas
descritas nos artigos 9º e 11 da Lei 8.429/1992, ou pelo menos eivada de culpa
grave, nas do artigo 10 (EREsp 479.812/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,
Primeira Seção, julgado em 25.8.2010, DJe 27.9.2010). 3. Segundo o arcabouço
fático delineado no acórdão, restaram claramente demonstrados o enriquecimento
ilícito e o dolo na conduta consistente em utilizar veículo oficial em benefício privado.
Tal circunstância é suficiente para configurar o ato de improbidade capitulado no art.
9º da Lei nº 8.429/92. 4. A penalidade fixada pelo Tribunal de origem denota
irrestrita correspondência com os atos ímprobos praticados. Assim, diante a
inexistência de circunstância excepcional na qual se vislumbra desproporcionalidade

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Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 93
entre o ato praticado e as sanções aplicadas, não há que se falar na revisão das
penalidades aplicadas na presente ação de improbidade administrativa. 5. Agravo
interno improvido. (AINTARESP - AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL - 1007010 2016.02.83871-4, SÉRGIO KUKINA, STJ - PRIMEIRA
TURMA, DJE DATA:17/09/2018)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA


INDIVIDUAL. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AGENTE DE PORTARIA DO
QUADRO DE PESSOAL DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDUSTRIA
E COMÉRCIO EXTERIOR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA
DE CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA. ART. 132, VI, DA LEI 8.112/1990 C/C ART.
9°, VII E 11, CAPUT, DA LEI 8.429/1992. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
VARIAÇÃO PATRIMONIAL A DESCOBERTO. DENÚNCIA ANÔNIMA.
INOCORRÊNCIA. IDENTIFICAÇÃO DO SUBSCRITOR. POSSIBILIDADE DE
DENÚNCIA ANÔNIMA DAR ENSEJO A INSTAURAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO
PRELIMINAR. INTELIGÊNCIA DO ART. 143 DA LEI 8.112/1990. PRECEDENTES.
ALEGADA AUSÊNCIA DE CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE AO
RECONHECIMENTO DA VARIAÇÃO A DESCOBERTO E DA COMPROVADA
LICITUDE DOS RECURSOS. AUSÊNCIA DE PROVAS PRÉ-CONSTITUÍDAS.
NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.
PRECEDENTES. COMPETÊNCIA DA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
PARA INSTAURAR SINDICÂNCIA PATRIMONIAL A FIM DE APURAR VARIAÇÃO
PATRIMONIAL A DESCOBERTO DE SERVIDORES PÚBLICOS. DECRETO
5.483/2005. PENA DE CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA.
CONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES DO STF E DO STJ. AFRONTA AO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO TEOR
DO RELATÓRIO FINAL DO PAD. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO
LEGAL. PRECEDENTES. SEGURANÇA DENEGADA. 1. Pretende o impetrante, ex-
agente de Portaria do Quadro de Pessoal do Ministério do Desenvolvimento,
Industria e Comércio Exterior, a concessão da segurança para anular a Portaria 452,
de 10 de março de 2014, do Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da
União, que lhe impôs pena de cassação de aposentadoria, pelo enquadramento na
infração disciplinar prevista no art. 132, IV, da Lei 8.112/1990 c/c arts. 9°, VII e 11,
caput, da Lei 8.429/1992, sob o pretexto da nulidade do PAD tendo em vista
decorrer de denúncia anônima, da inexistência de provas inequívocas dos das
irregularidades e da vontade livre e consciente de praticar o ilícito, da incompetência
da Comissão processante para apurar ilícitos tributários, a inconstitucionalidade da
pena de cassação de aposentadoria frente à EC 20/1998 e da inobservância ao
contraditório e à ampla defesa, por não ter sido notificado acerca do relatório
conclusivo do PAD. 2. Do exame dos autos verifica-se que foram diversas as
denúncias, com a devida identificação do denunciante, apresentadas à
Controladoria-Geral da União e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior relatando prática de infrações funcionais por parte de servidores
públicos lotados na Junta Comercial do Distrito Federal, inclusive contra o ora
impetrante, que estariam opondo resistência injustificada ao andamento de processo
ou documento no bojo daquele órgão federal, valendo-se do cargo para lograr
proveito pessoal, mediante o recebimento de propina, comissão, presente ou
qualquer vantagem em razão de suas atribuições. Observância do disposto no art.
144 da Lei 8.112/1990. 3. O STJ vem decidindo que não há nulidade na instauração
de Processo Administrativo Disciplinar instaurado após a realização de investigação
preliminar para averiguar o conteúdo de denúncia anônima, na medida em que, na
forma do art. 143 da Lei 8.112/1990, a autoridade que tiver ciência de irregularidade

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Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 94
no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, como ocorreu o
presente casu. Precedente: MS 18.664/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Primeira Seção do STJ, julgado em 23/04/2014, DJe 30/04/2014. 4. Em matéria de
enriquecimento ilícito, cabe à Administração comprovar o incremento patrimonial
significativo e incompatível com as fontes de renda do servidor, competindo, a este,
por outro lado, o ônus da prova no sentido de demonstrar a licitude da evolução
patrimonial constatada pela Administração, sob pena de configuração de
improbidade administrativa por enriquecimento ilícito. Precedentes. 5. A prática do
Ato de Improbidade Administrativa previsto nos arts. 9°, VII, e 11, da Lei 8.429/1992,
dispensa a prova do dolo específico, bastando o dolo genérico, que, nos casos de
variação patrimonial a descoberto resta evidenciado pela manifesta vontade do
agente em realizar conduta contrária ao dever de legalidade, consubstanciada na
falta de transparência da evolução patrimonial e da movimentação financeira, bem
como que a conduta do servidor tida por ímproba não precisa estar, necessária e
diretamente, vinculada com o exercício do cargo público. Precedentes: MS
12.660/DF, Rel. Ministra Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ/SE),
Terceira Seção do STJ, julgado em 13/08/2014, DJe 22/08/2014; AgRg no AREsp
768.394/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma do STJ,
julgado em 05/11/2015, DJe 13/11/2015; AgRg no REsp 1400571/PR, Rel. Ministro
Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Primeira Turma do
STJ, julgado em 06/10/2015, DJe 13/10/2015. 6. In casu, tendo a Comissão
Processante concluído pela existência de variação patrimonial a descoberto,
considerando as elevadas movimentações financeiras na conta-corrente do
impetrante entre os anos de 2006 a 2010, decorrentes de diversos depósitos
bancários não identificados, totalizando R$ 17.713,00 (dezessete mil, setecentos e
treze reais) no ano de 2006, R$ 20.709,05 (vinte mil, setecentos e nove reais e cinco
centavos) no ano de 2007, R$ 23.901,36 (vinte e três mil, novecentos e um reais e
trinta e seis centavos) no ano de 2008, R$ 34.903,00 (trinta e quatro mil, novecentos
e três reais) no ano de 2009 e R$ 21.115,00 (vinte e um mil, cento e quinze reais) no
ano de 2010, perfazendo um montante global de R$ 118.000,00 (cento e dezoito mil
reais), o que corresponderia a 42% das entradas em sua conta-corrente, revelando
movimentações financeiras muito superiores aos rendimentos mensais por ele
auferidos no exercício de suas atividades funcionais, em torno de R$ 3.400,00 (três
mil e quatrocentos reais) bruto, sem que fosse possível identificar a fonte de
recursos, e que o impetrante não teria logrado demonstrar a origem lícita dos
recursos questionados decorreriam de atividades como corretor de imóveis ou da
venda parcelada de um veículo automotor, a revisão de tais conclusões, a fim de
reconhecer a possível licitude dos recursos e a inexistência de variação patrimonial
a descoberto, exigem provas pré-constituídas em tal sentido, o que não restou
observado nos autos, deixando o impetrante a trazer a baila provas documentais
nesse sentido, limitando-se, em verdade, a reiterar as alegações de que os
depósitos não identificados decorreriam de suas atividades como corretor de
imóveis, sem, contudo, sequer identificar os respectivos depositantes ou comprovar
o efetivo exercício da referida profissão, de modo que patente é a necessidade de
dilação probatória, o que não é possível na via estreita do mandado de segurança.
7. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar Investigação Patrimonial para
fins de apurar eventuais variações patrimoniais praticadas por servidores públicos e
incompatíveis com a renda licitamente auferida, nos termos do disposto no Decreto
5.483/2005. 8. O Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal no julgamento do MS
23.299/SP, da relatoria do Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 06/03/2002, e do
AgRg no MS 23.219/RS, da relatoria do Min. Eros Grau, julgado em 30/6/2005,
reconheceu a constitucionalidade da pena de cassação de aposentadoria prevista

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Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 95
no art. 127, IV e 134 da Lei 8.112/1990. 9. No mesmo sentido vem decidindo o STJ:
MS 20.936/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
12/08/2015, DJe 14/09/2015; MS 17.537/DF, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima,
Rel. p/ Acórdão Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
11/03/2015, DJe 09/06/2015; MS 13.074/DF, Rel. Ministro Rogério Schietti Cruz,
Terceira Seção, julgado em 27/05/2015, DJe 02/06/2015. 10. É firme o entendimento
jurisprudencial no âmbito do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que "não
ocorre a nulidade do processo administrativo disciplinar que resultou na imposição
de pena de demissão a policial civil na hipótese de falta de intimação do acusado
acerca do relatório final da comissão processante, tendo em vista que o rito
procedimental previsto pela Lei 8.112/1990 não traz qualquer determinação de
intimação do acusado após a apresentação do relatório final pela comissão, nem a
possibilidade de impugnação de seus termos, devendo o processo ser
imediatamente remetido à autoridade competente para julgamento" (RMS
32.641/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ Acórdão Ministro
Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 08/11/2011, DJe 11/11/2011). 11.
Segurança denegada, ressalvada a via ordinária para o exame da alegada
inexistência de variação patrimonial a descoberto. (MS - MANDADO DE
SEGURANÇA - 21084 2014.01.51592-7, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ -
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:01/12/2016)

Além disso, conforme prova produzida pelo SERPRO, o Sr. Christiano não realizou
qualquer tipo de acesso aos dados da parte autora, não merecendo guarida a alegação de que
esse seria tanto o denunciante, quanto a autoridade instauradora da investigação.

Também não logrou êxito a parte autora em demonstrar qualquer outro tipo de
irregularidade, não merecendo, portanto, acolhimento a pretensão autoral.

III. Dispositivo

Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO e EXTINGO O PROCESSO


COM EXAME DO MÉRITO, com fulcro no art. 487, I do CPC.

Custas pela parte autora.

Condeno também a parte autora ao pagamento de honorários advocatícios no


menor patamar legal, com fulcro no art. 85, §3, do CPC.

Interposta apelação e eventuais contrarrazões, encaminhem-se os autos


imediatamente ao Tribunal Regional da Primeira Região, independentemente de juízo de
admissibilidade (artigo 1.010, §3º, do CPC), cabendo à Secretaria desta Vara abrir vista à parte
contrária caso em contrarrazões sejam suscitadas as matérias referidas no §1º, do art 1.009, nos
termos do §2º, do mesmo dispositivo.

Não havendo recurso, arquivem-se.

Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 6
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20082118472280000000295634173
Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 96
Intime-se. Cumpra-se.

Brasília-DF

(assinado eletronicamente)

IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA

Juíza Federal Titular da 22ª Vara/SJDF

Assinado eletronicamente por: IOLETE MARIA FIALHO DE OLIVEIRA - 21/08/2020 18:47:22 Num. 300129859 - Pág. 7
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Número do documento:
Sentença 20082118472280000000295634173
Sentença 0018334-09.2017.4.01.3400 (13256580) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 97
manifestando-se contrariamente ao atendimento do pedido de acesso amparado na Lei de Acesso à
Informação.

11. Submetida a Informação Coger/GNP nº 72/2020 à apreciação do Secretário Especial da RFB, foi
exarada a Informação nº 18/2020 – Assessoria Especial, a qual cindiu a formalização inicial,
especificando que o tema ligado à solicitação de acesso à informação deveria ser, doravante, tratado no
corpo do e-Processo nº 13035.102105/2020-07.

12. A mesma Informação nº 18/2020 enfatizou que, em razão da existência de referência expressa ao
titular da Coger/RFB, e, considerando-se que, na estrutura do sistema Correcional do então Ministério
da Fazenda, por determinação legal, o Corregedor da Receita Federal do Brasil está vinculado à
Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda, hoje Corregedoria do Ministério da Economia, a análise
deve ser realizada neste âmbito.

13. Dessa forma, a Corregedora do Ministério da Economia determinou a admissibilidade de investigação


sumária, por meio do Despacho Nº 111/2020/DIAAD/COGER/ME (SEI 11457920).

II) DA ANÁLISE

14. A esta Comissão de Admissibilidade incumbiu verificar a existência de suposta conduta irregular por
parte do Corregedor-Geral da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, JOSÉ PEREIRA DE
BARROS NETO ao, segundo o requerente, não dar andamento às denúncias apresentadas pelo
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (SINDIFISCO) com o fim de proteger servidores lotados no
Escritório de Corregedoria na 7ª Região Fiscal – Rio de Janeiro/RJ.

15. De acordo com a denúncia, a despeito de terem sido comunicadas àquela autoridade as diversas
práticas ilícitas por parte de integrantes do Escor07, não houve qualquer investigação, tendo o
Corregedor-Geral ignorado a competência estatutária do Conselho de Árbitros do SINDIFISCO e
determinado que os denunciados não respondessem ao Sindicato.

16. Antes de expor as ponderações da presente equipe, no entanto, importante trazer a lume as
informações prestadas pelo Corregedor da RFB:

II.a DA INFORMAÇÃO PRESTADA PELA COGER RFB

17. Instado em 20/10/2020 a se manifestar sobre o conteúdo da denúncia, o Corregedor da RFB trouxe, na
Informação Coger/GNP nº 072/2020, importantes dados a respeito do trabalho da Corregedoria da
RFB e, em especial, alongou-se sobre os casos específicos mencionados pelo denunciante, os quais se
tratavam, frise-se, de investigações em andamento a respeito de SERVIDORES DA RFB, matéria de
competência precípua daquela Corregedoria.

18. Pela relevância, reproduz-se a seguir alguns dos parágrafos da Informação Coger/GNP nº 072/2020,
com destaques nossos:

12. Muito embora a Lei de Acesso à Informação dispense a apresentação dos motivos
do pedido, o requerente, certamente de boa-fé, e possivelmente impressionado por uma
história da qual não conhece todos os capítulos, acredita que essas fantasiosas
“ilegalidades” praticadas pelo Escor07 teriam alguma relação com um relatório de
inteligência do extinto COAF “que gerou a investigação de diversos deputados Estaduais
do Rio de Janeiro”. Com a devida vênia dos subscritores do requerimento, mas ainda
que imaginássemos hipoteticamente que estivesse provado que o Escor07 realiza
“perseguição a funcionários que não concordam com os métodos utilizados por aquele
escritório”, seria de suma relevância que se explicasse como foi realizado o salto
lógico que levou à conclusão de que esse Escritório de Corregedoria em particular
teria qualquer interesse ou participação em um relatório do extinto COAF envolvendo
pessoas que não eram servidores da Receita Federal do Brasil. As antigas e
requentadas acusações de servidores investigados e do SINDIFISCO são velhas
conhecidas, mas essa imputação é certamente nova e surpreendente, sobretudo porque
a única prova apresentada é a de que o requerente vê “semelhanças e características

Nota Técnica 2988 (13201344) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 100


das previsões existentes no âmbito da legislação brasileira, quanto das Convenções internacionais das
quais o Brasil é parte, como a de Palermo e de Mérida. Por fim, ao final da mencionada ação diante da
apuração de que poucas instituições faziam o efetivo acompanhamento patrimonial de seus
servidores, foi recomendado aos órgãos públicos, de todas as esferas, darem efetividade ao disposto no
artigo 13 da Lei nº 8.429, de 1992, com a implementação de sistema eletrônico.
36. Nesse contexto, ao que parece a conduta dos servidores do ESCOR07, narradas pelo denunciante
como supostamente irregulares, se deu no estrito cumprimento do dever legal de realizar
acompanhamento patrimonial dos servidores da região fiscal, tendo em alguns casos, diante de indícios
de irregularidade, instaurado processos disciplinares que, em algumas ocasiões, redundaram em
aplicação da sanção disciplinar.

37. Nessa toada, não se vislumbrou, no relato, qualquer indício de irregularidade que pudesse justificar a
existência de interesse correcional na conduta do Corregedor da Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil, José Pereira de Barros Neto.

III) DOS OUTROS TEMAS NÃO RELACIONADOS À ESFERA CORRECIONAL

38. A despeito de não ser o escopo da presente análise, esta comissão viu por bem abordar brevemente
dois aspectos relevantes para a conclusão que exporá ao final: a) a senha de pesquisa (Serpro); e, b) o
trâmite dos RIF a partir do COAF.

III.a SERPRO/SENHA

39. Na busca por aclarar os fatos relativos à suposta existência de “manto de invisibilidade” utilizados em
determinadas pesquisas por parte de servidores da RFB, esta equipe enviou ao Serpro o Ofício SEI nº
301294/2020/ME (SEI 12081983).

40. No documento, foram encaminhados quesitos a respeito de senhas e perfis para acesso a sistemas por
parte de servidores da RFB. Os quesitos foram os seguintes:

a) Há medidas de segurança de acesso para os sistemas da Secretaria Especial da Receita


Federal do Brasil? Caso exista, detalhar a forma de acesso;
b) Existem perfis de acesso diferenciados aos sistemas da Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil? Caso positivo, no âmbito da Corregedoria da Receita existe algum específico
para esse órgão?
c) Todos os perfis de acesso são logados?
d) Em 2015, os perfis de acesso aos sistemas IRPF, IRPJ, DOSSIE INTEGRADO, BASES
NOTA FISCAL ELETRÔNICA, DECRED, BASE DETRAN, SIEF, DW-ELEL, GRAFO de
RELACIONAMENTO e DIMOB já possuíam log? Caso negativo, a partir de quando tais
sistemas passaram a ter log?
e) Qual é o prazo de guarda de log que o SERPRO está contratualmente obrigado a cumprir?
f) Os pedidos de alteração, evolução, upgrade de sistema necessitam de demanda da Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil? Caso positivo, é registrado documentalmente os pedidos
de alteração nos sistemas?
g) Houve pedido da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil para alterar algum sistema
visando implantar senha de acesso máster ou senha de acesso a usuário que não registrasse log?
Caso positivo, detalhar o que foi pedido.
h) Em havendo necessidade de acesso de log como é realizada essa apuração, se pela própria
Receita Federal ou é necessário que seja feita pelo SERPRO?

35. Em resposta, o SERPRO enviou o Ofício SUNEF 024422 (SEI 12828325), por meio do qual
esclareceu que as informações requeridas são de propriedade da Secretaria Especial da RFB, estando
protegidas por sigilo, recomendando, ao final, que os dados fossem buscados junto à Coordenação-
Geral de Tecnologia e Segurança da Informação – COTEC. As questões foram, assim, em 04 de
janeiro de 2021, encaminhadas à COTEC.

36. Em 18 de janeiro de 2021, a Corregedoria da Secretaria Especial da RFB encaminhou o Ofício nº

Nota Técnica 2988 (13201344) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 104


002/2021 (SEI 13156928), o qual, por sua vez, encaminhou o Despacho nº
0.002/2021/Cotec/Sucor/RFB (SEI 13156993), a respeito da Política de Registro de Eventos no âmbito
daquela Secretaria.

37. O mencionado despacho respondeu aos questionamentos (letra “a” até “h”) sobre política de
segurança, controle e registro de acesso aos sistemas da RFB, inicialmente enviados ao Serpro pela
comissão, e, em síntese, enfatizou diversos critérios adotados pela RFB para a manutenção dos
controles e da segurança dos dados.

38. Sobre a existência de medidas de segurança, no documento foi esclarecido que todos os acessos devem
ser precedidos de motivação, bem como que as habilitações são restritas às atribuições dos servidores.
Pontuou a existência de algumas autorizações restritas a Auditores-Fiscais em exercício nos escritórios
da Corregedoria, conforme previsto na normatização do órgão, além de que todos os acessos são
registrados:

5. Sobre esse questionamento, a política de registro de eventos (logs) foi definida pela RFB e
estabeleceu a necessidade de catalogar, no mínimo, quem acessou; quando acessou; e o que
acessou. Em algumas situações específicas, devidamente justificadas, pode não haver o
registro de determinado evento (log)

35. No Despacho, prosseguiu-se elucidando os dados solicitados no Ofício da Comissão, em especial,


assegurando a principal questão levantada na denúncia: o fato de que todos os acessos a dados de
contribuintes realizados por servidores são devidamente documentados e armazenados para eventual
consulta, inexistindo registro de senha especial que permitisse acesso sem registro.

III.b SOBRE O COAF - RIF

36. A Unidade de Inteligência Financeira do Brasil – denominado COAF (Conselho de Controle de


Atividades Financeiras), é o órgão encarregado proteger a economia contra os crimes de lavagem de
dinheiro e o financiamento ao terrorismo, função que exerce examinando as operações financeiras
suspeitas e informando às autoridades competentes.

37. O COAF foi criado pela Lei nº 9.613, de 1998, e toda a sua atividade está disposta no texto legal, não
tendo o órgão subordinação com a Secretaria Especial da RFB. Como regra, as comunicações de
atividade financeira realizada pelos setores obrigados (assim definidos no art. 9º da própria Lei nº
9.613), são recebidas pelo SisCoaf, Sistema com regras de inteligência predefinidas, o qual, de forma
impessoal, distribui as comunicações que deverão receber tratamento pelos analistas. Todas essas
informações, após tratadas, são classificadas de acordo com determinada ordem de prioridade, apenas
após o que será emitido o Relatório de Inteligência Financeira – RIF, documento este encaminhado aos
entes responsáveis pelo prosseguimento da investigação.

38. Dessa forma, não é de se considerar plausível a tese levantada pela denúncia a respeito de que o
trâmite da informação tenha sido invertido no caso do denunciante. Acatar tal teoria seria
desconsiderar a isenção de órgãos de Estado efetuando seu trabalho dentro dos limites da legalidade.

39. Por fim, ressalte-se haver nos autos a informação a respeito de já ter sido solicitada a apuração especial
por parte do SERPRO, a fim de verificar supostos acessos não motivados aos dados fiscais do
denunciante. No entanto, supostos acessos aos dados fiscais do denunciante, mesmo se efetuados
desacobertados de justificativa, não teriam, no entendimento da presente comissão, o condão de
invalidar o trabalho de inteligência e levantamento de ilícitos tão competentemente realizado pelo
COAF, em conjunto com os demais envolvidos.

IV) DA CONCLUSÃO

35. Após ponderar os fatos e analisar o conjunto de elementos constantes nos autos, a comissão concluiu
pela INEXISTÊNCIA DE INFRAÇÃO DISCIPLINAR a ser apurada, motivo pelo qual propõe o
ARQUIVAMENTO da denúncia.

Nota Técnica 2988 (13201344) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 105


À consideração superior.

Documento assinado
eletronicamente
MARCIO VINÍCIUS DIAS
Documento assinado
Documento assinado FREITAS
eletronicamente
eletronicamente
Coordenador de Admissibilidade
ROSSANA VELTRINI AMUD
LUZIA FONSECA AZEVEDO Correcional
Analista Tributária da Receita
Procuradora da Fazenda Nacional Coordenação de Admissibilidade
Federal do Brasil
Correcional
Corregedoria do Ministério da
Economia

Documento assinado eletronicamente por Rossana Veltrini Amud, Membro da Comissão, em


26/01/2021, às 15:09, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por Luzia Fonseca Azevedo, Procurador(a) da Fazenda


Nacional, em 26/01/2021, às 15:31, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, §
1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por Márcio Vinícius Dias Freitas, Coordenador(a), em


26/01/2021, às 15:57, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 13201344 e
o código CRC 7173813A.

Referência: Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 13201344

Nota Técnica 2988 (13201344) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 106


MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Gabinete do Ministro da Fazenda
Corregedoria do Ministério da Economia
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar
Processo nº 17316.101367/2020-41

TERMO DE RENUMERAÇÃO DE PARÁGRAFO


Aos 26 dias de janeiro de 2021, a Comissão de Admissibilidade responsável pela elaboração
da Nota Técnica 2988 (SEI 13201344) registra, por meio do presente Termo, a falha ocorrida na numeração
dos parágrafos da mencionada Nota.
Verificou-se que, a partir do parágrafo nº 40, ocorreu o retorno da numeração automática de
parágrafos para o nº 35.
Dessa forma, onde se lê: 40, 35, 36, 37, 38, 35, 36, 37, 38, 39, 35;
Leia-se: 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50.

Documento assinado eletronicamente


ROSSANA VELTRINI AMUD
Analista Tributária da Receita Federal do Brasil

Documento assinado eletronicamente por Rossana Veltrini Amud, Membro da Comissão, em


26/01/2021, às 18:16, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 13278259 e
o código CRC 584B330D.

Referência: Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 13278259

Termo - COGER 13278259 SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 107


MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Corregedoria do Ministério da Economia

DESPACHO DECISÓRIO Nº 378/2021/ME

Processo nº 17316.101367/2020-41

Vistos e examinados os presentes autos.


Considerando a Nota Técnica SEI nº 2988/2021/ME (SEI 13201344), que APROVO pelos
seus fundamentos e passa a fazer parte desta decisão, bem como o que dispõe o art. 12, IV, Anexo I, do
Decreto nº 9745, de 8 de abril de 2019, e em consonância com o art. 144 da Lei nº 8.112/90, sem prejuízo de
nova análise diante de fatos que assim a justifiquem, DETERMINO:
a) o arquivamento do processo nos termos do art. 10 da IN CGU nº 14, de 14 de novembro
de 2018, ressaltando que se trata de informação pessoal, fundamentada no art. 31 da Lei n.
12.527, de 2011, sem embargo de outros graus de sigilo caso existentes;
b) o envio de cópia dos autos, junto com esta decisão, para a Corregedoria-Geral da União,
em função da competência prevista nas alíneas b) e c) do inciso VIII do art. 4º do Decreto nº
5.480, de 30 de junho de 2005, para conhecimento da conclusão do processo e eventuais
providências que entender cabíveis; e
c) a atualização no sistema ePAD, nos termos da Portaria CGU nº 2.463, de 19 de outubro de
2020.

Brasília, data da assinatura eletrônica.

Brasília, 03 de fevereiro de 2021.

Documento assinado eletronicamente


MARCOS PIRES DE CAMPOS
Corregedor do Ministério da Economia substituto

Documento assinado eletronicamente por Marcos Pires de Campos, Corregedor(a) Substituto(a), em


03/02/2021, às 16:56, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 13467542 e
o código CRC 38E590A6.

Referência: Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 13467542

Despacho Decisório 378 (13467542) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 109


MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Corregedoria do Ministério da Economia
Divisão de Arquivo e Administração

OFÍCIO SEI Nº 27129/2021/ME

Brasília, 03 de fevereiro de 2021.

Ao Senhor
GILBERTO WALLER JÚNIOR
Corregedor-Geral da União
Controladoria-Geral da União
Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 2º andar, Sala 203, Gabinete
CEP.: 70050-904 - Brasília/DF
crg@cgu.gov.br

Assunto: Encaminhamento de cópia do processo nº 17316.101367/2020-41. Possível competência da


CGU em função do inciso VIII do art. 4º do Decreto nº 5.480.

Senhor Corregedor-Geral da União,

Cumprimentando-o, cordialmente, refiro-me ao processo nº 17316.1011367/2020-41,


referente a Comissão de Admissibilidade incumbida da investigação sumária instituída no âmbito do extinto
Ministério da Economia.
O processo foi instruído a partir de denúncia encaminhada pela Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil em 27/10/2020, com análise concluída desta Corregedoria do Ministério da Economia em
03/02/2021.
Por se tratar de matéria que possivelmente se enquadre nas competências desse órgão central
dispostas nas alíneas b) e c) do inciso VIII do art. 4º do Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005,
encaminho cópia do presente processo, para ciência da conclusão do processo e eventuais providências que
entender cabíveis.
Ressalto que o teor desta comunicação trata de informações pessoais, amparadas pelo disposto
no art. 31 da lei nº 12.527/2011, sem prejuízo de outros graus de sigilo acaso existentes.
Na oportunidade, renovo protestos de apreço e distinta consideração, e coloco-me a disposição
para informações e esclarecimentos adicionais.

Documento assinado eletronicamente

Ofício 27129 (13470380) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 110


MARCOS PIRES DE CAMPOS
Corregedor do Ministério da Economia Substituto

Documento assinado eletronicamente por Marcos Pires de Campos, Corregedor(a) Substituto(a), em


03/02/2021, às 18:21, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 13470380 e
o código CRC D832AEB4.

Esplanada dos Ministérios, Bloco K, Sobreloja - Bairro Zona Cívico-Administrativo


CEP 70040-906 - Brasília/DF
(61) 2020-4201 - e-mail coger.df.gmf@economia.gov.br - www.economia.gov.br
Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 13470380

Ofício 27129 (13470380) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 111


MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria Executiva
Corregedoria do Ministério da Economia

DESPACHO Nº 2754/2021/ARQUIV/COGER-ME

Processo SEI nº 17316.101367/2020-41

Tendo em vista que foram cumpridas as medidas exaradas no Despacho nº


378/2021/COGER-ME (SEI 13467542) que eram de competência desta Divisão de Arquivo e Administração –
DIAAD, conclua-se o presente processo.
Encaminhe-se para a unidade - COGER-ARQUIVO desta Corregedoria do Ministério da
Economia.

Brasília, data da assinatura eletrônica.

Documento assinado eletronicamente


DRIELLY TENÓRIO ROCHA MEIRA
Chefe Substituta de Divisão de Arquivo e Administração

Documento assinado eletronicamente por Drielly Tenório Rocha Meira, Chefe de Divisão
Substituto(a), em 30/12/2021, às 14:36, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no § 3º
do art. 4º do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 21367775 e
o código CRC 3B2EDDA2.

Referência: Processo nº 17316.101367/2020-41. SEI nº 21367775

Despacho Numerado 2754 (21367775) SEI 17316.101367/2020-41 / pg. 117

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