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Se o direito é o conjunto de normas jurídicas, é necessário saber de onde essas normas vêm.
Quem quer entender direito processual tem que saber de onde o direito processual vem.
1. A CONSTITUIÇÃO
a. – produz direitos fundamentais processuais –
b. devido processo legal (Art. 5º, LIV)
c. contraditório (art. 5º, LV)
d. juiz natural (art. 5º LIII)
e. motivação (art. 93, IX),
f. duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII);
g. também normas sobre competência jurisdicional – justiça estadual, federal,
militar, trabalhista, eleitoral (art. 109, por exemplo);
h. além disso, todas as normas processuais infraconstitucionais devem obedecer
à Constituição, o que faz dela, mais uma vez, fonte de normas processuais;
i. Constituição não prevê só princípios, mas regras processuais também
(vedação à prova ilícita, por exemplo - art. 5º LVI)
2. LEI FEDERAL
a. CPC (lei federal)
b. Código de Processo Penal
c. CLT
d. art. 22, I da Constituição diz que compete à União legislar sobre direito
processual
3. TRATADOS INTERNACIONAIS
a. Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 8º, 1 e 2)
b. Audiência de custódia (Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos - art. 9º
- 31)
1 3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em virtude de infração penal deverá ser conduzida, sem
demora, à presença do juiz ou de outra autoridade habilitada por lei a exercer funções judiciais e terá o
direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade. A prisão preventiva de pessoas
que aguardam julgamento não deverá constituir a regra geral, mas a soltura poderá estar condicionada
a garantias que assegurem o comparecimento da pessoa em questão à audiência, a todos os atos do
processo e, se necessário for, para a execução da sentença.
c. Proibição de prisão de depositário infiel vem de tratado internacional;
d. Lembrando que: Art. 5º, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte.
4. MEDIDAS PROVISÓRIAS
a. Constituição art. 62, §1º CF diz que não é possível MP em matéria processual –
b. Essa proibição surgiu com a EC 32/01. Até 2001 a MP poderia veicular matéria
processual e não perdiam, necessariamente, sua eficácia caso não votadas
dentro do prazo.
c. As medidas provisórias publicadas até agosto de 2001 continuam em vigor até
que o Parlamento se manifeste sobre elas
d. Um exemplo delas é a MP 2180-35 de 2001 regulamenta pedido de suspensão
de segurança;
5. LEIS ESTADUAIS
a. A constituição se refere às leis estaduais em matéria de processo em três
momentos
i. art. 24, X2 diz que as leis estaduais podem regular o processo dos
juizados especiais;
ii. art. 24, XI3 o constituinte diz que a lei estadual pode legislar sobre
procedimento em matéria processual (complementar leis federais
para adequar às suas peculiaridades, como por exemplo a cooperação
judiciária dentro do Estado);
iii. art. 125, §3º da CF, quando cuida dos TJs, diz-se que leis estaduais
regularão o processo de controle de constitucionalidade nos estados
(ADIN nos estados, por exemplo);
6. PRECEDENTES;
a. Precedentes descritos no art, 927, CPC4
7. NEGÓCIOS PROCESSUAIS
5 Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.
6 Art. 3º Ficam autorizados os tribunais, a partir de 15 de junho de 2020, na normatização a ser editada,
a implementarem as seguintes medidas:
[...]
III – suspensão de todos os prazos processuais – em autos físicos e eletrônicos – em caso de imposição
de medidas sanitárias restritivas à livre locomoção de pessoas (lockdown) por parte da autoridade
estadual competente, mesmo quando decretadas em caráter parcial, enquanto perdurarem as
restrições no âmbito da respectiva unidade federativa (Estados e Distrito Federal).
7 Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: [...] IX - a sociedade e a associação
irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a
administração de seus bens;