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a) Fontes Materiais:
De outro lado, o seu art. 24, IX, ordena que é concorrente a competência
da União com os Estados e o Distrito Federal para legislar a respeito de
procedimentos em matéria de procedimentos processuais, aqui
encontram-se, por exemplo, as normas de organização judiciária estadual.
Significa dizer, em breves palavras, que sempre que determinado fato não
se enquadrar em nenhuma hipótese legalmente prevista, o juiz está
autorizado a aplicar norma relativa a um caso semelhante.
Não poderá haver punição sem lei anterior que preveja o fato punível e um
processo que o apure. Tampouco pode haver um processo penal senão para
apurar um fato aparentemente delituoso e aplicar a pena correspondente.
Nesse sentido, soa ilógico que o processo penal, numa verdadeira afronta à
própria existência harmônica do “sistema penal”, possa admitir instituto não
permitido pelo Direito Penal (e vice-versa).
Em caráter exemplificativo, impende mencionar a problemática da sucessão
processual prevista no art. 31 do CPP, que dispõe:
Ocorre, porém, que tal dispositivo legal não se encontra em total harmonia
com o disposto no §3º do art. 226 da CF/88, uma vez que não faz nenhuma
menção à união-estável e, consequentemente, à figura do (a) companheiro
(a).
Nessa ótica, estaria o (a) companheiro (a) incluído (a) no rol de sucessores
processuais trazido pelo art. 31 do CPP? Boa parte da doutrina parece
sustentar em sentido afirmativo. Contudo, mais uma vez, não me parece ser
esse o melhor caminho.
NO ESPAÇO: