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RESOLUÇÃO Nº 5.

213, DE 07 DE JULHO DE 2022

Dispõe sobre o Atestado de Origem no âmbito da


Polícia Militar de Minas Gerais.

O CORONEL PM COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS,


no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso III do § 1º do art. 93 da
Constituição do Estado de Minas Gerais, de 21 de setembro de 1989, c/c o art. 28 da
Lei Delegada n. 174, de 26 de janeiro de 2007, em conformidade com os incisos I,
alínea “l”, e XI do art. 6º do R-100, aprovado pelo Decreto Estadual n. 18.445, de 15 de
abril de 1977,

RESOLVE:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º – Esta Resolução tem por finalidade dispor sobre o Atestado de Origem (AO) no
âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.

Art. 2º – O AO é o procedimento administrativo destinado a apurar as causas e


circunstâncias de morte, lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade
em militar, provenientes de acidente de serviço ou de moléstia profissional,
determinando o nexo de causalidade, com o objetivo de salvaguardar os direitos do
acidentado e resguardar os interesses do Estado.
§ 1º – O AO, procedimento indispensável para amparar o militar que for acometido
acidente de serviço ou de moléstia profissional que resulte em incapacidade, invalidez
ou morte, deverá conter os elementos de convicção e provas relativas ao fato ocorrido,
assim como suas circunstâncias.
§ 2º – Da apuração em AO deverá resultar a solução pelo amparo ou desamparo ao
acidentado ou ao acometido por moléstia profissional.
§ 3º – Uma cópia do AO instruirá o processo de reforma quando decorrente de acidente
de serviço ou moléstia profissional.

Art. 3º – Para os efeitos desta Resolução, adotam-se as seguintes conceituações:


I – acidentado: designação genérica, empregada para caracterizar o militar que se
tornar vítima de acidente, em serviço ou fora deste, ou de moléstia profissional;
II – acidente de serviço: é o evento que ocorre pelo exercício do serviço policial militar,
ou decorrente deste, e que provoque, lesão, perturbação funcional, contaminação ou
enfermidade que determine a perda total ou parcial, definitiva ou temporária, da sua
capacidade para o trabalho ou a sua morte;
III – moléstia profissional: é a enfermidade adquirida pelo militar em razão de constante
e prolongada exposição a agente agressor a sua saúde, existente no ambiente de
trabalho ou na natureza do trabalho desempenhado rotineiramente na Corporação;
IV – lesão grave: é a que resulta em licença para tratamento de saúde do acidentado
por mais de 30 dias, risco de morte ou de debilidade permanente de membro, sentido
ou função ou aceleração de parto;
V – lesão gravíssima: é a que resulta em incapacidade permanente do acidentado para
todos os serviços e atividades de natureza policial militar, invalidez ou enfermidade
incurável, perda ou inutilização de membro, sentido ou função ou deformidade
permanente, aborto ou morte;
VI – serviço de natureza policial militar: compreende a execução de atividade
decorrente da função policial militar, prevista nos arts. 14 e 15 da Lei Estadual nº 5.301,
de 16 de outubro de 1969 (Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais -
EMEMG), e no art. 317, caput e parágrafo único, do Regulamento Geral da Polícia
Militar de Minas Gerais, aprovado pelo Decreto nº 11.636, de 29 de janeiro de 1969,
bem como as atividades previstas em outras normas específicas;
VII – comandante: designação genérica que abrange o Comandante, o Chefe ou o
Diretor das Unidades de Direção Geral, Unidades de Direção Intermediária ou Unidades
de Execução, incluindo o Comandante de Companhia PM Independente;
VIII – encarregado do AO: denominação que se dá ao militar designado pelo
Comandante para formalizar o procedimento do AO;
IX – nexo de causalidade: vínculo fático que liga o efeito à causa, ou seja, é a
comprovação de que o acidente de serviço ou moléstia profissional constituiu a causa
determinante da incapacidade para o trabalho ou morte;
X – amparo em AO: reconhecimento que a Administração Pública confere ao
acidentado, como tendo sido vítima de acidente de serviço ou de moléstia profissional,
para os fins de direito que lhe sejam decorrentes;
XI – imperícia: ato de agir sem a aptidão teórica e prática necessária para a realização
de determinada atividade;
XII – imprudência: ato de agir sem a devida cautela e sensatez, colocando em risco ou
perigo outras pessoas ou a si próprio;
XIII – negligência: ato de agir com falta de cuidado ou de aplicação em uma
determinada situação por motivo de desatenção, preguiça, indiferença ou desleixo,
quando se deveria e poderia agir com a devida cautela; deixar de fazer algo que
sabidamente deveria ter feito;
XIV – teleJCS: Serviço de perícia médica e outras atividades previstas em normas
específicas desenvolvidas pela Junta Central de Saúde (JCS), prestado de maneira
“virtual”, com o uso da Telemedicina, propiciando a interação do colegiado de peritos da
JCS, como interconsultor, com o perito ou peritos da Junta Regional de Saúde (JRS).
§ 1º – O nexo de causalidade, previsto no inciso IX do caput deste artigo,
determinar-se-á:
I – de forma médico pericial, através do Laudo Descritivo da Lesão (LDL), após análise
da Comunicação de Acidente (CAc), do exame médico pericial, e do procedimento de
apuração do AO, quando necessário.
II – de forma técnico-administrativa, conforme o que for apurado pelo encarregado do
AO e solucionado pela autoridade competente.
§ 2º – Na avaliação do nexo de causalidade devem ser considerados diferentes e
sucessivos nexos parciais:
I – nexo entre a atividade desempenhada e a exposição ao risco, o qual exige que se
demonstre que determinada atividade expõe o militar a determinado risco;
II – nexo entre o risco e a morte, lesão, perturbação funcional, contaminação ou
enfermidade em militar, onde se deve demonstrar que determinado risco causa ou
conduz a um desses resultados;
III – nexo entre a lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade em militar
ou a sua morte com o acidente de serviço ou moléstia profissional, onde deve ser
analisada a compatibilidade específica entre este(a) e o dano resultante à saúde do
acidentado.
§ 3º – Na avaliação dos nexos sucessivos, a que se refere o § 2º deste artigo, será
considerada também a compatibilidade entre a jornada de trabalho do militar, o seu
desempenho profissional e a possibilidade de que as causas e/ou concausas de riscos,
a que se referem os §§ 4º e 5º deste artigo, e que conduziram ao acidente ou moléstia
profissional, tenham origem em atividades extrainstitucionais.
§ 4º – O risco a que se referem os incisos I e II do § 2º deste artigo, pode decorrer de
causas:
I – físicas: choques elétricos e mecânicos, ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não
ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade e outros;
II – químicas: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias,
compostos ou produtos químicos em geral;
III – biológicas: vírus, bactérias, protozoários, fungos, e outros seres vivos;
IV – ergonômicas: levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura
inadequada, imposição de ritmos excessivos, monotonia e repetitividade.
§ 5º – O risco pode também ter como causas ou concausas:
I – arranjo físico inadequado;
II – máquinas e equipamentos sem proteção;
III – ferramentas inadequadas ou defeituosas;
IV – iluminação inadequada;
V – rede elétrica defeituosa ou danificada;
VI – ocorrência de incêndios, desabamentos e explosões;
VII – manuseio, transporte e/ou armazenamento inadequados;
VIII – animais perigosos e/ou peçonhentos;
IX – equipamento de proteção individual (EPI) impróprio à atividade desenvolvida ou o
seu uso inadequado;
X – casos fortuitos;
XI – ação própria ou de terceiros, praticada de forma intencional ou por imprudência,
negligência ou imperícia, ou por privação do uso da razão.

Art. 4º – O militar estará em serviço de natureza policial militar quando se encontrar:


I – no local em que deva prestar serviço, conforme escala ou em decorrência de sua
atuação em razão da função militar;
II – atendendo a ocorrência policial militar, por solicitação ou de iniciativa, mesmo de
férias ou de folga e em trajes civis, se não tiver dado causa, por dolo ou culpa, ao fato
que motivar a própria ocorrência;
III – em diligência do serviço público;
IV – no deslocamento habitual (direto) de sua residência para o local de trabalho e
vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção;
V – em atividades físicas ou práticas desportivas realizadas durante as instruções
oficiais, que são realizadas no interior das Unidades ou em local definido pelo
Comandante da Unidade;
VI – em competições desportivas de caráter oficial.
Parágrafo único – Não serão objeto de amparo em AO os acidentes decorrentes da
prática de atividade física não normatizada pela Unidade e sem a prévia autorização do
respectivo Comando.
CAPÍTULO II
DA INSTAURAÇÃO E DO PROCEDIMENTO DO ATESTADO DE ORIGEM

Art. 5º – Compete ao Comandante ou substituto legal instaurar o AO, designando como


encarregado do procedimento um Oficial, Subtenente ou Sargento, podendo o
encarregado ser do mesmo posto ou graduação que o acidentado, desde que mais
antigo.
§ 1º – Será designado um Oficial como encarregado do AO, quando se tratar de
acidente com morte ou acidente coletivo, a que se refere o § 4º do art. 10 desta
Resolução.
§ 2º – Quando o acidentado for Coronel, o AO será realizado por Coronel PM do serviço
ativo, a ser designado pelo Chefe do Estado-Maior, após o encaminhamento pela
Unidade do militar, da CAc e do LDL preenchidos.

Art. 6º – O acidentado, em serviço ou não, comunicará o fato ao seu Comandante de


Fração ou Chefe Direto, preenchendo a CAc, conforme o Anexo I, protocolando-a em
até 10 (dez) dias úteis, a contar da data do evento ou da identificação diagnóstica da
lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade.
§ 1º – O Comandante da Fração ou Chefe Direto encaminhará o acidentado às UAPS,
que agendará a avaliação pericial de imediato ou em até 10 dias úteis com o Oficial
médico ou cirurgião dentista, conforme o caso concreto, para o preenchimento do item
3 da CAc e remessa ao Comandante.
§ 2º – Na impossibilidade de o acidentado apresentar a CAc, por razões alheias a sua
vontade, o seu Comandante de Fração ou Chefe Direto, tomando conhecimento do
fato, fará um relatório circunstanciado sobre o acidente, constando diligências que
comprovem o acidente em serviço, remetendo-o ao Oficial médico ou cirurgião dentista
das UAPS, dependendo do caso concreto, no mesmo prazo do caput deste artigo, o
qual adotará as providências constantes dos §§ 3º ao 7º deste artigo.
§ 3º – O Oficial médico ou cirurgião dentista, dentro de sua respectiva área de atuação,
analisará o relatório do Chefe direto e inspecionará o acidentado e os documentos
pertinentes, tais como seu prontuário e relatórios médicos, visando esclarecer,
objetivamente, sobre a necessidade ou não do AO, preenchendo e assinando o item 3
da CAc, de modo a explicitar o grau da lesão diagnosticada e fazendo constar tais
informações, inclusive no prontuário médico odontológico das UAPS, de maneira clara,
detalhada e legível, com sua assinatura e carimbo de identificação profissional, o qual,
após o preenchimento do item 3 da CAc pelo Oficial QOS, deverá ser encaminhada
para despacho do comandante no item 4.
§ 4º – O esclarecimento de que trata o § 3º será prestado de imediato, se presente o
acidentado, ou em até 30 (trinta) dias, se houver necessidade de diligência
médica/odontológica ou acompanhamento da evolução do quadro clínico resultante do
acidente.
§ 5º – Estando o militar impossibilitado de se submeter à inspeção de saúde junto às
UAPS, essa inspeção poderá ser substituída por análise de relatórios ou laudos
emitidos por médico(s) ou cirurgião(ões) dentista(s) assistente(s), dentro de sua área de
atuação, em que conste o diagnóstico e o quadro clínico do acidentado.
§ 6º – O Oficial médico ou cirurgião dentista, dentro de sua área de atuação, se
necessário, poderá solicitar parecer de médico especialista, encaminhando-lhe o
acidentado.
§ 7º – Em caso de moléstia profissional, o acidentado deverá ser avaliado pela JCS ou
pela JRS, com consultoria da TeleJCS, observando-se o disposto no art. 20 desta
Resolução.
§ 8º – O acidentado, no preenchimento da CAc, deverá indicar testemunhas e/ou
apontar provas que julgar necessárias à elucidação do acidente de que foi vítima ou da
moléstia profissional manifestada.
§ 9º – Não tendo sido adotadas as providências previstas no caput ou no § 2º deste
artigo, o Oficial médico ou cirurgião dentista das UAPS poderá, a qualquer tempo, após
inspeção de saúde no acidentado, proceder a CAc, desde que o preenchimento
intempestivo da CAc seja justificado e o acidente esteja bem caracterizado através de
Boletim de Ocorrência (BO), registro da enfermidade no prontuário médico/odontológico
das UAPS na época do acidente ou relatório circunstanciado do Comandante de Fração
ou Chefe Direto.
§ 10 – Não será instaurado AO fora dos prazos previstos nesta Resolução, bem como
em desacordo com o previsto no parágrafo anterior deste artigo.

Art. 7º – Não será objeto de instauração de AO:


I – o acidente que não ocorrer em serviço ou não for decorrente deste, quando
declarada esta circunstância na CAc pelo próprio acidentado ou, não sendo possível ao
mesmo apresentá-la, pelas razões previstas no § 2º do art. 6º desta Resolução, quando
aquela circunstância ficar caracterizada através de BO, relatório do Comandante de
Fração ou Chefe Direto, em Inquérito Policial Militar (IPM) ou Sindicância;
II – o acidente em que ficar caracterizada, após análise do caso, a ausência de nexo de
causalidade do ponto de vista médico-odontológico-pericial;
III – o acidente do qual não resultar lesão grave ou gravíssima, constatada esta
condição em inspeção de saúde e registrada na CAc;
IV – a morte natural, em qualquer local ou circunstância em que ocorra;
V – a manifestação clínica de moléstia não profissional, tais como doenças
degenerativas, doenças com componente genético constitucional, doenças inerentes ao
grupo etário e doença endêmica adquirida em região em que ela se desenvolva, salvo
quando houver comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinados pela natureza da atividade desempenhada;
VI – a CAc intempestiva, por decurso de prazo por culpa exclusiva do acidentado,
ressalvada a situação prevista nos §§ 2º e 9º do art. 6º desta Resolução;
VII – o acidente decorrente de atividade física não normatizada ou não autorizada pelo
Comandante;
VIII – o acidente decorrente da direção de veículo com duas ou mais rodas, com ou
sem motorização, sem a observação das normas de trânsito;
IX – o acidente envolvendo semoventes, quando não são observadas as normas de
segurança;
X – o acidente ocorrido em decorrência de execução de atividade da qual estiver
dispensado por motivo de saúde, contrariando o parecer emitido pelo Oficial médico das
UAPS, JRS ou JCS.
§ 1º – Se pelas razões deste artigo não for instaurado o AO, o motivo será
circunstanciado na CAc ou em ato administrativo do Comandante, com publicação em
Boletim Interno (BI) da Unidade e registro no prontuário médico/odontológico das
UAPS, sendo, este caso, a CAc arquivada na pasta funcional do acidentado e no
prontuário médico/odontológico das UAPS.
§ 2º – Não sendo instaurado o AO pelas razões do inciso III deste artigo e havendo
agravamento do quadro clínico do militar em razão da lesão sofrida, poderá ser
instaurado o AO, mediante petição do acidentado ou seu representante legal, em caso
de impedimento, ou por manifestação do Oficial médico ou cirurgião dentista das UAPS,
observado o disposto no art. 19 desta Resolução.

Art. 8º – Verificada a necessidade de instauração de AO, o Oficial médico ou cirurgião


dentista preencherá o LDL, conforme Anexo II, e o remeterá ao Comandante da
Unidade, junto com a CAc.
§ 1º – Se no prontuário médico/odontológico do acidentado das UAPS existir registro de
lesão anterior, no mesmo local da lesão atual, essa será transcrita no LDL e
observar-se-á o disposto no art. 19 desta Resolução.
§ 2º – É vedado o preenchimento do LDL com expressões evasivas do tipo
"desconhecido(a)", "prejudicado(a)", ou outras que não representem informações
objetivas aos quesitos formulados.
§ 3º – Em caso de acidente de natureza odontológica, o LDL deverá ser preenchido
pelo Oficial cirurgião dentista das UAPS, devendo se ressaltar que se do acidente
resultar também lesão em outra parte do corpo do acidentado, o LDL será preenchido
pelo Oficial cirurgião dentista e pelo Oficial médico, no que lhes couberem.
§ 4º – Verificado o disposto no § 7º do art. 6º desta Resolução, o LDL será preenchido
pelo Oficial médico perito da JCS.
Art. 9º – Não havendo Oficial médico ou cirurgião dentista nas UAPS, os procedimentos
que lhes competem serão adotados por Oficial da mesma categoria, das UAPS,
apoiadora ou de referência.
§ 1º – O procedimento praticado por médico ou cirurgião dentista civil contratado das
UAPS somente será aceito se acolhido por Oficial médico ou cirurgião dentista da
mesma categoria das UAPS, apoiador ou de referência, para a adoção dos
procedimentos competentes, observado o disposto no § 4º do art. 6º desta Resolução.
§ 2º – No caso do § 1º deste artigo, havendo dúvidas quanto ao diagnóstico proferido, o
Oficial médico ou cirurgião dentista, seja das UAPS, apoiador ou de referência,
inspecionará o acidentado, quando do preenchimento do item 3 da CAc, citado no § 1º
do art. 6º, ou do LDL, previsto no caput do art. 8º, ambos dispositivos desta Resolução.

Art. 10 – O Comandante, em até 10 (dez) dias úteis, após o recebimento da CAc,


deverá:
I – adotar a medida prevista no § 1º do art. 7º desta Resolução, se for o caso;
II – instaurar o procedimento administrativo, designando o encarregado do AO, através
de portaria numerada, conforme Anexo III desta Resolução.
§ 1º – Caso o Comandante discorde do parecer do Oficial médico ou cirurgião dentista
das UAPS, lançado na CAc, acerca da necessidade ou não de ser instaurado o AO,
encaminhará toda a documentação pertinente à JCS para dirimir tecnicamente a
discordância.
§ 2º – Na ocorrência de registro de lesão preexistente, conforme o previsto no § 1º do
art. 8º, a instauração do AO fica condicionada à avaliação do caso pela JCS ou pela
JRS, com consultoria por TeleJCS, para se determinar a relação causa-efeito médico
pericial, conceituada no inciso IX do art. 3º, ambos dispositivos desta Resolução.
§ 3º – Durante o período em que se decorre a solicitação de avaliação prevista no
parágrafo anterior e a manifestação JCS ou da JRS, com consultoria por TeleJCS,
quanto à existência ou não de nexo de causalidade entre a lesão e o acidente, o
procedimento de AO permanecerá sobrestado.
§ 4º – Tendo sido instaurado IPM ou Processo Administrativo para apurar fato do qual
tenha resultado em morte, lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade
em militar, o AO somente será instaurado após ter sido solucionado, na esfera
administrativa, o processo apuratório.
§ 5º – Em caso de acidente coletivo, será instaurado um AO para cada acidentado,
podendo-se aproveitar para os demais os documentos produzidos em um desses AO,
quando pertinentes e o bastante para a elucidação da verdade do que se busca apurar,
podendo também ser designado um único encarregado do AO, respeitadas as
disposições dos §§ 1º e 3º do art. 5º desta Resolução.

Art. 11 – O encarregado de AO deverá:


I – proceder à autuação da portaria e documentos juntados, conforme Anexo IV desta
Resolução;
II – ouvir separadamente o acidentado e as testemunhas, reduzindo a termo as oitivas;
III – relatar o que houver apurado, de forma sucinta e objetiva, esclarecendo a relação
causa-efeito técnico-administrativa em que firmar as suas convicções e sugerir o
amparo ou desamparo do acidentado preenchendo o relatório, conforme Anexo V desta
Resolução.
§ 1º – Não havendo registro de lesão preexistente no LDL, o encarregado do AO deverá
questionar o acidentado sobre já ter sofrido lesão anterior no mesmo local da lesão
atual e se confirmada esta situação, deverá ser observado o disposto no art. 19 desta
Resolução.
§ 2º – O AO deverá ser concluído em até 15 (quinze) dias, prorrogáveis por mais 10
(dez) dias, a critério do Comandante, mediante solicitação formal do encarregado do
AO.
§ 3º – O procedimento poderá ser sobrestado pelo tempo necessário à obtenção de
laudos, exames e outros documentos externos, mediante solicitação formal do
encarregado do AO, que dilig
enciará para que esse prazo não exceda 60 (sessenta) dias.
§ 4º – O AO poderá ser instruído com a juntada de cópia autenticada de peças de IPM,
Auto de Prisão em Flagrante (APF), Sindicância Administrativa Disciplinar (SAD) ou
outro processo/procedimento administrativo e, ainda, croquis, laudos e outros
documentos referentes ao acidente ou moléstia profissional, quando forem suficientes à
elucidação de situações ou fatos, dispensando a produção de novas peças e as oitivas
repetitivas.

CAPÍTULO III
DA CONCLUSÃO E SOLUÇÃO DO ATESTADO DE ORIGEM

Art. 12 – Após receber do encarregado os autos do AO devidamente concluídos, o


Comandante poderá, caso seja necessário, determinar diligências complementares ou
solucionará o procedimento, amparando ou desamparando o militar, nos termos do § 2º
do art. 2º desta Resolução, em até 10 (dez) dias.
§ 1º – O ato de solução do Comandante deverá ser motivado e conter o enquadramento
legal pertinente, com base nos fatos constantes dos autos do AO.
§ 2º – O prazo para as novas diligências complementares será de até 20 (vinte) dias.
§ 3º – Quando retornar os autos do AO ao encarregado para fins de diligências
complementares, o Comandante deverá estabelecer os quesitos a serem respondidos
ou relacionar os pontos conflitantes a serem esclarecidos.
§ 4º – O Comandante, se necessário, recorrerá ao auxílio do Oficial médico ou cirurgião
dentista das UAPS, na formulação de quesitos ou estabelecimento de pontos
conflitantes, de natureza médica-odontológica-pericial.
§ 5º – Caso o militar seja transferido de Unidade após a instauração do procedimento
do AO, o Comandante que instaurou o procedimento ficará responsável pela sua
condução e solução.

Art. 13 – Não será amparado em AO o acidentado que der causa ao acidente ou


moléstia profissional por negligência, imprudência, imperícia ou na prática de
transgressão disciplinar de natureza grave ou ato ilícito, consideradas as causas de
justificação e as excludentes de ilicitude ou de culpabilidade, bem como a inobservância
do prazo regulamentar previsto no art. 6° desta Resolução.
§ 1º – Ressalvada a prática de ato ilícito, não será levado em consideração, para efeito
de amparo em AO, o cometimento da transgressão disciplinar, bem como a prática de
ato negligente, imprudente ou imperito que não influenciar diretamente na ocorrência do
acidente ou moléstia profissional, comprovada esta situação nos autos do AO.
§ 2º – Não será amparado em AO, o militar vítima de acidente com veículo motorizado
ou não, que não estava em uso do EPI específico, ou em desrespeito às normas do
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), por tal conduta caracterizar negligência.

Art. 14 – O ato de solução do AO será publicado em BI da Unidade, procedendo-se o


registro no Sistema Informatizado de Recursos Humanos (SIRH) e no Prontuário
Médico das UAPS.
§ 1º – O registro de que trata o caput constará de:
I – portaria, constando número, Unidade e data;
II – data em que ocorreu o acidente;
III – dano causado à saúde do acidentado [diagnóstico(s) médico(s) e/ou
odontológico(s) com a Classificação Internacional de Doenças (CID)];
IV – ato de solução publicado, com as informações constantes do § 1º do art. 12 desta
Resolução;
V – a data e número do BI que publicar o ato de solução.
§ 2º – É vedada a publicação de diagnóstico(s), sob qualquer de suas formas
(descrição ou CID).

Art. 15 – O AO será lavrado em uma via, a ser arquivada na pasta funcional do


acidentado.
§ 1º – Cópia do relatório do AO e de seu ato de solução, após publicado, serão
remetidos à JCS para avaliação e arquivo, sendo que idêntico procedimento deverá ser
adotado quando ocorrer a situação prevista no § 1º do art. 7º desta Resolução.
§ 2º – A avaliação citada no parágrafo anterior será feita quanto ao mérito médico
pericial e, se constatada impropriedade de interpretação quanto ao nexo de
causalidade, o Presidente da JCS poderá solicitar o procedimento de AO e demais
documentações que porventura sejam necessárias para melhor análise e/ou propor ao
Comandante a mudança da sua decisão.
§ 3º - O Comandante da Unidade, se não acatar a proposta do Presidente da JCS,
conforme o § 2º deste artigo, deverá expor as razões de fato e de direito de sua decisão
e recorrer ao Diretor de Saúde, a quem caberá a revisão do AO, decidindo pelo amparo
ou desamparo do acidentado.

Art. 16 – Quando a JCS, em inspeção de saúde que resultar em parecer pela reforma
de militar amparado em AO, tiver dúvida quanto a vinculação do diagnóstico de origem
com o quadro de saúde atual do inspecionado, deverá solicitar o procedimento de AO
existente na pasta funcional do militar, para análise da citada vinculação.
Parágrafo único – Constatada a ausência de relação causa-efeito entre o diagnóstico
que houver motivado o amparo em AO e o que determinar a reforma do militar, este fato
será descrito de forma detalhada no laudo médico pericial, com vistas aos efeitos legais
decorrentes.

Art. 17 – Da decisão pela não instauração do processo de AO ou pelo desamparo,


ressalvada a situação prevista no inciso I do artigo 7º desta Resolução, caberá recurso.
§ 1º – O recurso será interposto pelo acidentado ou seu representante legal, em até 30
(trinta) dias corridos, a contar da publicação do ato e dirigido, em primeira instância, ao
Comandante/Diretor da Unidade de Direção Intermediária e em segunda instância, por
igual período, ao Comandante-Geral.
§ 2º – Será indeferido o recurso que não contiver razões de fato e de direito que
justifiquem a sua interposição.
§ 3º – Quando as razões recursais fundarem em discordância fática do diagnóstico
médico/odontológico constante dos autos do AO, o acidentado deverá instruir o seu
pedido com um mínimo de 02 (dois) relatórios médicos/odontológicos, contendo
pareceres que contraponham aquele diagnóstico.
§ 4º – O ato de solução de recurso, em primeira instância, será publicado em BI da
Unidade e, em segunda instância, em BGPM, procedendo-se no que couber, o registro
previsto no art. 14 desta Resolução.
§ 5º – Quando o recurso contiver as razões de fato previstas no § 3º deste artigo, a
autoridade recorrida, antes de encaminhar os autos para a autoridade superior para
julgamento do recurso, remeterá os autos juntamente com os relatórios apresentados à
JCS, que analisará o caso e emitirá parecer técnico conclusivo.

Art. 18 – Ao militar da reserva aplicam-se os dispositivos desta Resolução, com as


seguintes peculiaridades.
I – o acidentado preencherá a CAc, ou na sua total impossibilidade o seu representante
legal fará uma comunicação formal, encaminhando-a ao Comandante da Unidade de
área do seu domicílio, ou do local do acidente, se fora do domicílio;
II – o Comandante instaurará o AO e o submeterá ao Diretor de Recursos Humanos,
que deverá solucioná-lo, decidindo pelo amparo ou desamparo do acidentado;
III – a solução do AO será publicada em BGPM e transcrita no BI da Unidade de área
do domicílio do acidentado ou do local do acidente;
IV – os prazos serão contados em dobro, salvo para a apresentação de recurso e para
inspeção de saúde;
V – em caso de recurso, este será dirigido ao Diretor de Recursos Humanos em
primeira instância e ao Comandante-Geral em segunda instância.
§ 1º – Na total impossibilidade do militar inativo fazer a CAc e não sendo esta
providência adotada por seu representante legal, o Diretor de Recursos Humanos,
tomando conhecimento do fato, noticiará o acidente à autoridade prevista no inciso I,
que adotará as medidas previstas no inciso II.
§ 2º – A autoridade prevista no inciso I, independente de receber a CAc, poderá, por
iniciativa, instaurar o AO, tão logo tome conhecimento do acidente de que foi vítima o
militar inativo, dando conhecimento desta medida, de imediato, ao Diretor de Recursos
Humanos.

Art. 19 – A justificativa de agravamento de moléstia preexistente ou latente somente


será aceita em casos excepcionais, depois de realizada avaliação pela JCS ou JRS,
com consultoria por TeleJCS, e constatada a relação causa-efeito médico pericial.
§ 1º – Considera-se agravamento de moléstia preexistente ou latente:
I – a agudização de lesão anterior, existente no mesmo local da lesão atual, provocada
pelo último acidente;
II – os casos em que houver agravamento do quadro clínico do militar, decorrente de
lesão não considerada grave ou gravíssima, perturbação funcional ou de contaminação,
proveniente do acidente de serviço ou de moléstia profissional.
§ 2º – Considerar-se-á justificada a agudização de lesão preexistente quando se
enquadrar em uma das seguintes situações:
I – a lesão anterior houver sido decorrente de acidente de serviço ou moléstia
profissional, objeto de amparo em AO;
II – independente da lesão anterior, a lesão atual, por si só, já ser o bastante para
motivar a instauração de AO;
III – a lesão atual, embora ocorrente no mesmo local da lesão anterior, comprometer
função, órgão, tecido ou parte anatômica, diferente daquela lesionada anteriormente ou
do distúrbio diagnosticado àquela época.
§ 3º – Considerar-se-á justificado o agravamento do quadro clínico do militar decorrente
de lesão não considerada grave ou gravíssima, perturbação funcional ou de
contaminação, quando se enquadrar em todas as situações a seguir:
I – a lesão, perturbação funcional ou contaminação houver sido decorrente de acidente
de serviço ou moléstia profissional e houver sido dispensado o procedimento de AO,
observado o disposto no § 1º do art. 7º desta Resolução;
II – a lesão, perturbação funcional ou contaminação houver deixado sequelas
permanentes, impedindo e/ou dificultando, ainda que parcialmente, o exercício regular
das atividades habituais do acidentado;
III – resultar em tratamento contínuo ou intermitente, em decorrência da lesão,
perturbação funcional ou contaminação sofrida.

Art. 20 – O encaminhamento do acidentado à JCS, nas situações previstas nesta


Resolução, deverá ser procedido pelo Comandante do militar, com relatório
circunstanciado do Oficial Médico ou cirurgião dentista das UAPS, conforme Anexo VI
desta Resolução, dentro das competências de atuação.
§ 1º – O relatório que trata o caput deste artigo deverá ser acompanhado de cópia do
prontuário médico/odontológico das UAPS, CAc e LDL.
§ 2º – Na situação prevista no § 4º do art. 8º desta Resolução, o relatório que trata o
caput deste artigo deverá ser acompanhado de cópia do prontuário médico e/ou
odontológico das UAPS e CAc, com exceção do LDL que será preenchido pela JCS.
§ 3º – A JCS expedirá parecer sobre as avaliações periciais que proceder em
decorrência das disposições desta Resolução, que deverá compor os autos do AO.

Art. 21 – Aplicam-se, subsidiariamente, a esta Resolução, no que couber, as normas do


Manual de Processos e Procedimentos Administrativos das Instituições Militares do
Estado de Minas Gerais (MAPPA), inclusive a dispensa do procedimento e a publicação
em BI de prorrogação e/ou sobrestamento do AO.

Art. 22 – Para os efeitos legais decorrentes, o amparo em AO retroage à data do


acidente que causou a lesão grave ou gravíssima ou à data em que foi identificado o
diagnóstico da moléstia profissional.

Art. 23 – Os procedimentos de assistência à saúde, para o militar amparado em AO,


serão enquadrados nas normas previstas no Plano de Assistência à Saúde da
PMMG/CBMMG/IPSM e outras normas específicas.
Parágrafo único – Quando não houver sido instaurado o AO pelas razões previstas no
inciso III do art. 7º e sendo observado o disposto no § 1º do mesmo dispositivo,
aplicar-se-á ao acidentado o previsto no caput deste artigo, combinado com o disposto
no art. 22, ambos dispositivos desta Resolução.

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 24 – Para efeito do inciso VI do art. 160 do EMEMG, os dias de licença-saúde,


decorrentes de acidente de serviço ou moléstia profissional, com amparo em AO, serão
computados na sua totalidade.
Parágrafo único – As informações relacionadas às licenças provenientes de acidente ou
moléstia que motivaram o amparo do militar em procedimento de AO para efeito de
contagem de tempo de serviço, inclusive com revisão dos lançamentos e retroação do
benefício, se indicadas, devem ser lançadas no SIRH pela Unidade onde o militar
estiver lotado.

Art. 25 – O Diretor de Saúde poderá editar instrução específica ou relatórios


necessários à coordenação e controle de procedimentos de AO para:
I – fins estatísticos de saúde ou para a prestação de assistência à saúde dos militares,
observado o disposto no art. 23 desta Resolução;
II – desenvolvimento de estudos epidemiológicos das causas dos acidentes de serviço
ou moléstias profissionais, visando propor ou estabelecer estratégias de prevenção,
diagnóstico, tratamento e reabilitação.

Art. 26 – O AO poderá ser revisto pela administração militar a qualquer tempo e ser
modificado pelo Diretor de Saúde, quando eivado de vício decorrente de razões
médico-odontológico-periciais que o tornem nulo ou anulável, mediante parecer emitido
pela JCS, após avaliação do caso, exceto o AO solucionado pelo Comandante-Geral ou
Chefe do Estado Maior.
Parágrafo único – O Comandante-Geral ou Chefe do Estado Maior poderão rever o ato
de solução do AO que houver decidido, na situação descrita no caput deste artigo,
mediante proposta do Diretor de Saúde, devidamente instruída com o parecer emitido
pela JCS.

Art. 27 – O disposto nesta Resolução aplica-se aos acidentes e moléstias profissionais


ocorridos antes de sua vigência, não apurados ou em apuração, ressalvados os
procedimentos de AO já remetidos à JCS.

Art. 28 – Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral.

Art. 29 – Revoga-se a Resolução nº 3.524, de 12 de janeiro de 2.000.

Art. 30 – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 07 de julho de 2022.

RODRIGO SOUSA RODRIGUES, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL
ANEXO I
(a que se refere o art. 6º da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022)

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE/MOLÉSTIA PROFISSIONAL

1. IDENTIFICAÇÃO DO MILITAR:
Nome:__________________________________________________________
N.___________-___P/G:______________ Unid/Fração:___________________
Idade:_____________ Sexo:____________ Função:______________________

2. DADOS DO ACIDENTE / MOLÉSTIA PROFISSIONAL:


Local: __________________________________________________________
Data/hora: _______________________________________________________
Causa:
EM SERVIÇO OU DECORRENTE DESTE? _ SIM _ NÃO Testemunhas e provas
indicadas no verso (se houver).

** Declaro que as informações por mim prestadas são verdadeiras,


responsabilizando-me pelas consequências legais por declarações falsas ou
omissões nos dados acima.

Local: ________________ Data: ___/___/___

______________________________
(Assinatura do acidentado)

Obs.: 1) Protocolar em até 10 dias úteis.


2) Usar o verso para indicar testemunhas ou apontar provas.

3. EXAME MÉDICO / PARECER:


CAc no prazo regulamentar ( ) SIM ( ) NÃO.
Em caso de CAc intempestiva justificar:
__________________________________________________________________
DESCRIÇÃO DETALHADA DA LESÃO / PERTURBAÇÃO FUNCIONAL /
CONTAMINAÇÃO / ENFERMIDADE (com CID):
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Proveniente de: ___ acidente de serviço ___ moléstia profissional.

1) Grau da: ___ Lesão ___Pert. Func. ___Contaminação ___Enfermidade.


DATA:__/__/__.
___Não grave ___Grave ___Gravíssima ___Indefinida ___Reavaliar (em até 30
dias - §5º Art 6º, da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022).

2) Grau após reavaliação: ___Não grave ___Grave ___Gravíssima


DATA:___/___/____.

3) Afastamento: ___Dispensa-saúde ___Licença-saúde. Número de


Dias:_____________.

4) Necessidade de AO: ___ Sim (Art. 7º - Preencher o LDL) ___ Não

RESULTADOS DE EXAMES (com as respectivas datas e CID)

Data: ____/___/____.

_____________________________________
Oficial QOS da UAPS (Assinatura e carimbo)

Obs.: 1) Se necessário, usar o verso da folha.


2) Registrar no Prontuário Médico.

4. DESPACHO DO COMANDANTE:
Providencie-se: ( ) Portaria de AO. ( ) Publicação da presente CAc.

( ) Ato de dispensa de AO (Quando decorrente de relatório de Comandante Fração/Chefe


Direto).
( ) Encaminhe-se o acidentado à JCS (Moléstia profissional/lesão preexistente/§ 1º, Art. 10,
da Resolução n.5.213, de 07 de julho de 2022 - discordância da manifestação do Oficial Médico
pelo AO).
( ) Aguardar resultado de IPM/Sindicância/Outros.

Encarregado do AO:_________________________________________________
Justificativa de dispensa do AO: _______________________________________

Local/data:_______________/___/___/___.

____________________________________________
(Identificação / Assinatura do Comandante)

Obs.: Se necessário, usar o verso.


ANEXO II
(a que se refere o § 1º do art. 3º da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022)

LAUDO DESCRITIVO DA LESÃO

IDENTIFICAÇÃO DO MILITAR:
N.:___________ - ___ P/G:___________
Nome:______________________________________Idade:_____Sexo:________
Função:________________Unidade/Fração: _____________________________
Data Acidente/Moléstia profissional: ____/____/_____.

1º) Há ferimento(s) ou ofensa à integridade corporal ou à saúde do militar?


(Fornecer a descrição detalhada da lesão / perturbação funcional / contaminação /
enfermidade (após a definição do diagnóstico).
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Proveniente de: ___ acidente de serviço ___ moléstia profissional.

2º) Qual o estágio evolutivo atual da lesão/perturbação funcional/contaminação ou


enfermidade?
__________________________________________________________________

3º) Qual o instrumento ou meio que a ocasionou?


__________________________________________________________________

4º) Resultou em licença-saúde do militar por mais de 30 (trinta) dias para serviço(s)
de natureza policial militar ou bombeiro militar? Se afirmativo, para qual(is)
serviço(s) e/ou atividade(s), e por quanto tempo? (Ver Resolução sobre perícia,
licença e dispensa saúde).
__________________________________________________________________

5º) Resultou em aborto ou aceleração de parto? (Justifique detalhadamente a


resposta).
__________________________________________________________________

6º) Resultou debilidade permanente de membro, sentido ou função? (Justifique


detalhadamente a resposta).
__________________________________________________________________

7º) Resultou incapacidade permanente, total ou parcial, para serviço(s) e/ou


atividade(s) de natureza policial militar ou bombeiro militar? Se afirmativo, qual(is)?
(Justifique detalhadamente a resposta).
__________________________________________________________________
8º) Resultou em enfermidade incurável? (Justifique detalhadamente a resposta).
Observar art. 6º, § 7º c/c o Art. 8º, § 4º, da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de
2022).
__________________________________________________________________

9º) Resultou em perda ou inutilização de membro, sentido ou função? (Justifique


detalhadamente a resposta).
__________________________________________________________________

10º) Resultou em deformidade permanente? (Justifique detalhadamente a


resposta).
__________________________________________________________________

11º) Resultou em risco de morte? (Justifique detalhadamente a resposta).


__________________________________________________________________

12º) Há necessidade de reavaliação médica e/ou odontológica complementar? Se


afirmativo, em quanto tempo?
__________________________________________________________________

13º) Há exame complementar que comprove o diagnóstico da lesão/perturbação


funcional/contaminação ou enfermidade? Se afirmativo, especificar e transcrever o
resultado.
__________________________________________________________________

14º) Estão comprovados o diagnóstico e a relação causa-efeito


médico-odontológico-pericial? ( ) Sim ( ) Não. (Justifique detalhadamente a
resposta).
__________________________________________________________________

15º) Há registro no Prontuário Médico (Odontológico) do NAIS de lesão


preexistente no mesmo local da lesão atual? (Art. 8º, § 1º - Transcrever e observar o
disposto no art. 19, da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022).
__________________________________________________________________

Obs.: 1) Em caso de moléstia profissional e registro de lesão preexistente, submeter o militar a


avaliação na JCS.

2) Use o espaço abaixo para quaisquer outras informações julgadas oportunas, inclusive
esclarecimento de quesitos já respondidos, se for o caso. (Pode também ser usado o verso da
página, se necessário).
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________
Oficial médico ou cirurgião dentista
(Assinatura e carimbo)
ANEXO II
APÊNDICE “A”

CROQUI DE LESÃO CORPORAL

Obs.: Assinale com um “X” a(s) região(ões) anatômica(s) acometida(s) pela lesão, perturbação
funcional, contaminação ou enfermidade.

__________________________________________
Oficial médico ou cirurgião dentista
(Assinatura e carimbo)]
ANEXO II
APÊNDICE “B”

CROQUI DE LESÃO NA FACE E/OU DENTE(S)

ELEMENTOS DENTAIS

REGIÕES ANATÔMICAS DA FACE E CRÂNIO

IDENTIFICAÇÃO DAS REGIÕES ANATÔMICAS

1. frontal 6. zigomática 11. labial 16. carotideana


2. orbitária 7. temporal 12. bucinadora 17. esternocleidomastóidea
3. parietal 8. auricular 13. massetérica 18. nuca
4. nasal 9. mastoideana 14. mentoniana 19. infra-hióidea
5. malar 10. occipital 15.supra-hióidea

Obs.: Assinale com um “X” o(s) elemento(s) dental(ais) ou a(s) região(ões) anatômica(s)
acometida(s) pela lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade.

_____________________________________
Oficial médico ou cirurgião dentista
(Assinatura e Carimbo)
ANEXO III
(a que se refere o inciso II do art. 10 da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022)

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

___________________________________________
UNIDADE

PORTARIA N. _____/_____.

ATESTADO DE ORIGEM

___________________, _____ de _____________ de _______.

Ao N.____________-____ ,

Anexo (s):

Tendo chegado ao meu conhecimento que no dia ____/____/____, às


________horas, o N.___________-__, __________________________________,
foi vítima de acidente (ou apresentou moléstia) durante
_____________________-_____________________________
determino que seja, com a possível urgência, instaurado o procedimento de
Atestado de Origem, nos termos da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022,
delegando-lhe, para este fim, as atribuições que me competem.
Publique-se e registre-se.

__________________________________
(Identificação / Assinatura do Comandante)
ANEXO IV
(a que se refere o inciso I do art. 11 da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022)

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

___________________________________________
UNIDADE

ATESTADO DE ORIGEM

Encarregado: ______________________________________________________
Acidentado: _______________________________________________________

AUTUAÇÃO

Aos _____ dias do mês de _______________ do ano de ________, nesta cidade


de _____________________________, Estado de Minas Gerais, no Quartel do (a)
______________________________, autuou a Portaria N. ____/___-___BPM e
demais documentos que a este junto, do que, para constar, lavro este termo.
Eu, __________________________, encarregado do AO, o digitei (ou mandei

digitar) e assino.

________________________________
(Identificação / Assinatura do encarregado do AO)
ANEXO V
(a que se refere o inciso III do art. 11 da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022)

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

___________________________________________
UNIDADE

RELATÓRIO DO ATESTADO DE ORIGEM

1. DADOS:
1.1 Portaria N. _____/____-___BPM, de _____/____/________.

1.2 Encarregado do AO: N.___________-___, P/G ________


Nome: ___________________________________________________________

1.3 Militar: N. ___________-___, P/G __________


Nome:____________________________________________

1.4 Local do acidente/identificação da moléstia: ___________________________

1.5 Data e hora do acidente/aparecimento da moléstia: ______________________

2. DAS DECLARAÇÕES DO MILITAR ACIDENTADO OU ACOMETIDO POR


MOLÉSTIA PROFISSIONAL E DAS TESTEMUNHAS:
_______________________________________________________________________________

3. QUESITOS:
3.1 O acidente/moléstia ocorreu em serviço? Como? _______________________
_______________________________________________________________________________

3.2 Decorrente do serviço? Especificar.


_______________________________________________________________________________

3.3 Por ordem de quem?


_______________________________________________________________________________

3.4 Foram constatados os nexos a que se refere o Art. 3º, § 2º e 3º, da Resolução
n. 5.213, de 07 de julho de 2022? Especificar.
_______________________________________________________________________________

3.5 Houve negligência, imprudência ou imperícia, que tenha contribuído


diretamente para a ocorrência do acidente? Especificar.
_______________________________________________________________________________

3.6 Praticou transgressão disciplinar de natureza grave ou gravíssima ou ato ilícito,


que tenha concorrido diretamente para a ocorrência do acidente? Especificar.
_______________________________________________________________________________

3.7 Enquadra-se em alguma das situações do Art. 7º, da Resolução n. 5.213, de


07 de julho de 2022 que justificam o não amparo em AO? Especificar.
_______________________________________________________________________________

3.7.1 Causa do acidente/moléstia. Especificar. (Observar o Art. 3º, §§ 4º e 5º, da


Resolução n.5.213, de 07 de julho de 2022)

3.8 Há registro de lesão preexistente ou de moléstia profissional? __ Sim __ Não.

Obs.: Se há registro de lesão preexistente ou de moléstia profissional e o acidentado não foi


submetido à JCS, o AO não poderá ser solucionado.

3.9 Diagnósticos médico/odontológico - transcrever (Descrição e CID):

4. PARECER:

Local e data:_________________________________, ____/____/________.

__________________________________________
(Identificação / assinatura do encarregado do AO)

5. SOLUÇÃO:
5.1 Providencie, o encarregado do AO, as seguintes diligências:

no prazo de: _________dias.

5.2 Sugiro que o militar seja: ___ AMPARADO. ___ DESAMPARADO.

5.2.1 Justificativa:
_______________________________________________________________________________

5.2.2 Enquadramento legal:


_______________________________________________________________________________

5.3 Publique-se, registre-se e remeta-se cópia deste Relatório/parecer à JCS.


Local e data:_______________________________, ____/____/________.
_______________________________________
(Identificação / assinatura do Comandante)
ANEXO VI
(a que se refere o art. 10 da Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022)

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

______________________________
UNIDADE

RELATÓRIO MÉDICO DE ENCAMINHAMENTO


DE MILITAR À JCS

1. MILITAR:
1.1 N. ____________-___ P/G _________________
Nome:____________________________________________________________

1.2 Idade:________Sexo:_________Cor: ___________Estado civil:___________


Data Nasc: ___/___/____ Data/local de Inclusão: ___/___/______.

1.3 Unidade/Fração: ______________________________

1.4 Data da última movimentação/origem/BI: ___/___/____


_______________________________________________________________________________

2. MOTIVO DE ENCAMINHAMENTO:
2.1 ( ) Registro, em Prontuário Médico do NAIS, de lesão preexistente no mesmo
local da lesão atual.
( ) Moléstia profissional.
( ) Recurso do Comandante, conforme o previsto no § 1º do Art. 10º, da
Resolução n.5.213, de 07 de julho de 2022 (Deve acompanhar a CAc e o LDL).
( ) Identificação de lesão preexistente pelo encarregado do AO, conforme o §
1º do Art. 11 Resolução n. 5.213, de 07 de julho de 2022 (Deve acompanhar a
CAc e o LDL)

3. DADOS SOBRE O ACIDENTE/MOLÉSTIA PROFISSIONAL:


3.1 O acidente/moléstia se deu em serviço? Especificar.
_______________________________________________________________________________

3.2 Causa do acidente/moléstia:


_______________________________________________________________________________

3.3 Outros dados julgados pertinentes:


_______________________________________________________________________________
4. DADOS SOBRE A LESÃO PREEXISTENTE:
4.1 Transcrever os registros médicos/odontológicos, constantes do Prontuário
Médico ou odontológico do NAIS (Diagnósticos com descrição e CID).

4.2 Foi realizado AO? ___ Sim ___ Não.


Qual foi a solução? ___ Amparado ___ Desamparado.

5. DIAGNÓSTICO DA LESÃO, PERTURBAÇÃO FUNCIONAL, CONTAMINAÇÃO


OU ENFERMIDADE DECORRENTE DO ACIDENTE/MOLÉSTIA ATUAL/
AGRAVAMENTO DE QUADRO CLÍNICO:

5.1 Diagnóstico principal: (Descrição e CID)


_______________________________________________________________________________

5.2 Diagnóstico(s) secundário(s): (Descrição e CID)


_______________________________________________________________________________

5.3 Quadro clínico e evolução:


_______________________________________________________________________________

5.4 Resultado de exame(s) (especificação / data):


_______________________________________________________________________________

5.5 Tratamento(s) realizado(s):


_______________________________________________________________________________

5.6 Cirurgia(s) (tipo/data):


_______________________________________________________________________________

5.7 Internação(ões) (período e diagnóstico):


_______________________________________________________________________________

5.8 Acompanhamento(s) por especialista(s) - especificar e anexar cópia de


relatório:
_______________________________________________________________________________

5.9 Sequela(s): _____________________________________________________

5.10 Uso de medicamento(s), com posologia:


_______________________________________________________________________________

5.11 Presença de alcoolismo? ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo?


Grau (DSM IV):
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

5.12 Função atual (avaliação do desempenho – esclarecer):


_______________________________________________________________________________

5.13 Tratando-se de moléstia profissional, descrever todas as funções exercidas


pelo acidentado desde o seu ingresso na Corporação, bem como atividades
externas regulares ou eventualmente exercidas.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

5.14 Uso de prótese/órtese: ( ) Não ( ) Sim Especificar:


_______________________________________________________________________________

5.15 Registro de patologias anteriores (Tratando-se de moléstia profissional):


_______________________________________________________________________________

5.16 História pregressa psiquiátrica/psicológica/teste(s):


_______________________________________________________________________________

5.17 Outras observações julgadas pertinentes:


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
__________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

6. ÚLTIMA LICENÇA-SAÚDE / DISPENSA-SAÚDE: ( ) NAIS ( ) JCS:


Síntese de parecer/Ata:

Local/Data:________________________________, _____________________

________________________________________________
(Assinatura e carimbo do Oficial Médico ou cirurgião dentista do NAIS)

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