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COMANDO-GERAL

RESOLUÇÃO Nº 1099, DE 04 DE JANEIRO DE 2023.

Dispõe sobre o Atestado de Origem no âmbito do Corpo de Bombeiros


Militar de Minas Gerais.

O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE


MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o art. 6º da Lei Complementar
nº 54, de 13 de dezembro de 1999, RESOLVE:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Resolução tem por finalidade dispor sobre o Atestado de


Origem (AO) no âmbito do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).

Art. 2º - O AO é o procedimento administrativo destinado a apurar as


causas e circunstâncias de morte, lesão, perturbação funcional, contaminação ou
enfermidade em militar, provenientes de acidente de serviço ou de moléstia
profissional, determinando o nexo de causalidade, com o objetivo de salvaguardar os
direitos do acidentado e resguardar os interesses do Estado.
§ 1º - O AO, procedimento indispensável para amparar o militar que for
acometido por acidente de serviço ou de moléstia profissional que resulte em
incapacidade, invalidez ou morte, deverá conter os elementos de convicção e provas
relativas ao fato ocorrido, assim como suas circunstâncias.
§ 2º - Da apuração em AO deverá resultar a solução pelo amparo ou
desamparo ao acidentado ou ao acometido por moléstia profissional.
§ 3º - Uma cópia do AO instruirá o processo de reforma quando
decorrente de acidente de serviço ou moléstia profissional.

Art. 3º - Para os efeitos desta Resolução, adotam-se as seguintes


conceituações:
I - acidentado: designação genérica, empregada para caracterizar o
militar que se tornar vítima de acidente, em serviço ou fora deste, ou de moléstia
profissional;
II - acidente de serviço: é o evento que ocorre pelo exercício do serviço
bombeiro militar, ou decorrente deste, e que provoque lesão, perturbação funcional,

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contaminação ou enfermidade que determine a perda total ou parcial, definitiva ou
temporária, da sua capacidade para o trabalho ou a sua morte;
III - moléstia profissional: é a enfermidade adquirida pelo militar em razão
de constante e prolongada exposição a agente agressor à sua saúde, existente no
ambiente de trabalho ou na natureza do trabalho desempenhado rotineiramente na
Corporação;
IV - lesão grave: é a que resulta em licença para tratamento de saúde do
acidentado por mais de 30 dias, risco de morte ou de debilidade permanente de
membro, sentido ou função ou aceleração de parto;
V - lesão gravíssima: é a que resulta em incapacidade permanente do
acidentado para todos os serviços e atividades de natureza bombeiro militar, invalidez
ou enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro, sentido ou função ou
deformidade permanente, aborto ou morte;
VI - serviço de natureza bombeiro militar: compreende a execução de
atividades decorrentes da função bombeiro militar, previstas nas Constituições
Federal e Estadual, na Lei Complementar nº 54, de 13 de dezembro de 1999, que
dispõe sobre a organização básica do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais,
bem como as atividades previstas em outras normas específicas;
VII - comandante: designação genérica que abrange o Comandante, o
Chefe ou o Diretor das Unidades de Direção Geral, Unidades de Direção Intermediária
ou Unidades de Execução,
VIII - encarregado do AO: denominação que se dá ao militar designado
pelo Comandante para formalizar o procedimento do AO;
IX - nexo de causalidade: vínculo fático que liga o efeito à causa, ou seja,
é a comprovação de que o acidente de serviço ou moléstia profissional constituiu a
causa determinante da incapacidade para o trabalho ou morte;
X - amparo em AO: reconhecimento que a Administração Pública confere
ao acidentado, como tendo sido vítima de acidente de serviço ou de moléstia
profissional, para os fins de direito que lhe sejam decorrentes;
XI - imperícia: ato de agir sem a aptidão teórica e prática necessária para
a realização de determinada atividade;
XII - imprudência: ato de agir sem a devida cautela e sensatez, colocando
em risco ou perigo outras pessoas ou a si próprio;
XIII - negligência: ato de agir com falta de cuidado ou de aplicação em
uma determinada situação por motivo de desatenção, preguiça, indiferença ou
desleixo, quando se deveria e poderia agir com a devida cautela; deixar de fazer algo
que sabidamente deveria ter feito;
XIV - tele JCS: serviço de perícia médica e outras atividades previstas em
normas específicas desenvolvidas pela Junta Central de Saúde (JCS), prestado de
maneira “virtual”, com o uso da Telemedicina, propiciando a interação do colegiado
de peritos da JCS, como interconsultor, com o perito ou peritos da Junta Regional de
Saúde (JRS).

§ 1º - O nexo de causalidade, previsto no inciso IX do caput deste artigo,


determinar-se-á:
I - de forma médico pericial, através do Laudo Descritivo da Lesão (LDL),
após Comunicação de Acidente (CAc), do exame médico pericial, e do procedimento
de apuração do AO, quando necessário;
II - de forma técnico-administrativa, conforme o que for apurado pelo

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encarregado do AO e solucionado pela autoridade competente.

§ 2º - Na avaliação do nexo de causalidade devem ser considerados


diferentes e sucessivos nexos parciais:
I - nexo entre a atividade desempenhada e a exposição ao risco, o qual
exige que se demonstre que determinada atividade expõe o militar a determinado
risco;
II - nexo entre o risco e a morte, lesão, perturbação funcional,
contaminação ou enfermidade em militar, onde se deve demonstrar que determinado
risco causa ou conduz a um desses resultados;
III - nexo entre a lesão, perturbação funcional, contaminação ou
enfermidade em militar ou a sua morte com o acidente de serviço ou moléstia
profissional, onde deve ser analisada a compatibilidade específica entre este(a) e o
dano resultante à saúde do acidentado.

§ 3º - Na avaliação dos nexos sucessivos, a que se refere o § 2º deste


artigo, será considerada também a compatibilidade entre a jornada de trabalho do
militar, o seu desempenho profissional e a possibilidade de que as causas e/ou
concausas de riscos, a que se referem os §§ 4º e 5º deste artigo, e que conduziram
ao acidente ou moléstia profissional, tenham origem em atividades extrainstitucionais.

§ 4º - O risco a que se referem os incisos I e II do § 2º deste artigo, pode


decorrer de causas:
I - físicas: choques elétricos e mecânicos, ruídos, vibrações, radiações
ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade e outros;
II - químicas: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores,
substâncias, compostos ou produtos químicos em geral;
III - biológicas: vírus, bactérias, protozoários, fungos e outros seres
vivos;
IV - ergonômicas: levantamento e transporte manual de peso, exigência
de postura inadequada, imposição de ritmos excessivos, monotonia e repetitividade.

§ 5º - O risco pode também ter como causas ou concausas:


I - arranjo físico inadequado;
II - máquinas e equipamentos sem proteção;
III - ferramentas inadequadas ou defeituosas;
IV - iluminação inadequada;
V - rede elétrica defeituosa ou danificada;
VI - ocorrência de incêndios, desabamentos e explosões;
VII - manuseio, transporte e/ou armazenamento inadequados;
VIII - animais perigosos e/ou peçonhentos;
IX - equipamento de proteção individual (EPI) impróprio à atividade
desenvolvida ou o seu uso inadequado;
X - casos fortuitos;
XI - ação própria ou de terceiros, praticada de forma intencional ou por

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imprudência, negligência ou imperícia, ou por privação do uso da razão.

Art. 4º - O militar estará em serviço de natureza bombeiro militar


quando se encontrar:
I - no local em que deva prestar serviço, conforme escala ou em
decorrência de sua atuação em razão da função militar;
II - atendendo a ocorrência bombeiro militar, por solicitação ou de
iniciativa, mesmo de férias ou de folga e em trajes civis, se não tiver dado causa, por
dolo ou culpa, ao fato que motivar a própria ocorrência;
III - em diligência do serviço público;
IV - no deslocamento habitual (direto) de sua residência para o local de
trabalho e vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção;
V - em atividades físicas ou práticas desportivas realizadas durante as
instruções oficiais, que são realizadas no interior das Unidades ou em local definido
pelo Comandante da Unidade;
VI - em competições desportivas de caráter oficial.
Parágrafo único - Não serão objeto de amparo em AO os acidentes
decorrentes da prática de atividade física não normatizada pela Unidade e sem a
prévia autorização do respectivo Comando.

CAPÍTULO II
DA INSTAURAÇÃO E DO PROCEDIMENTO DO ATESTADO DE ORIGEM

Art. 5º - Compete ao Comandante ou substituto legal instaurar o AO,


designando como encarregado do procedimento um Oficial, Subtenente ou Sargento,
podendo o encarregado ser do mesmo posto ou graduação que o acidentado, desde
que mais antigo.
§ 1º - Será designado um Oficial como encarregado do AO quando se
tratar de acidente com morte ou acidente coletivo, a que se refere o § 4º do art. 10
desta Resolução.
§ 2º - Quando o acidentado for Coronel, o AO será realizado por Coronel
BM do serviço ativo, a ser designado pelo Chefe do Estado-Maior, após o
encaminhamento pela Unidade do militar, da CAc e do LDL preenchidos.

Art. 6º - O acidentado, em serviço ou não, comunicará o fato ao seu


Comandante de Fração ou Chefe Direto, preenchendo a CAc, conforme o Anexo I,
protocolando-a em até 10 dias úteis, a contar da data do evento ou da identificação
diagnóstica da lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade.
§ 1º - O Comandante da Fração ou Chefe Direto encaminhará o
acidentado à Unidade de Atenção Primária de Saúde (UAPS), que agendará a
avaliação pericial de imediato ou em até 10 dias úteis com o Oficial médico ou
cirurgião dentista, conforme o caso concreto para o preenchimento do item 3 da CAc
e remessa ao Comandante.
§ 2º - Na impossibilidade de o acidentado apresentar a CAc, por razões
alheias à sua vontade, o seu Comandante de Fração ou Chefe Direto, tomando
conhecimento do fato, fará um relatório circunstanciado sobre o acidente, constando
diligências que comprovem o acidente em serviço, remetendo-o ao Oficial médico ou

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cirurgião dentista das UAPS, dependendo do caso concreto, no mesmo prazo do
caput deste artigo, o qual adotará as providências constantes dos §§ 3º ao 7º deste
artigo.
§ 3º - O Oficial médico ou cirurgião dentista, dentro de sua respectiva
área de atuação, analisará o relatório do Chefe direto e inspecionará o acidentado e
os documentos pertinentes, tais como seu prontuário e relatórios médicos, visando
esclarecer, objetivamente, sobre a necessidade ou não do AO, preenchendo e
assinando o item 3 da CAc, de modo a explicitar o grau da lesão diagnosticada e
fazendo constar tais informações, inclusive no prontuário médico odontológico das
UAPS, de maneira clara, detalhada e legível, com sua assinatura e carimbo de
identificação profissional, o qual, após o preenchimento do item 3 da CAc pelo Oficial
QOS, deverá ser encaminhado para despacho do comandante no item 4.
§ 4º - O esclarecimento de que trata o § 3º será prestado de imediato, se
presente o acidentado, ou em até 30 dias, se houver necessidade de diligência
médica/odontológica ou acompanhamento da evolução do quadro clínico resultante
do acidente.
§ 5º - Estando o militar impossibilitado de se submeter à inspeção de
saúde junto às UAPS, essa inspeção poderá ser substituída por análise de relatórios
ou laudos emitidos por médico ou cirurgião dentista assistente, dentro de sua área
de atuação, em que conste o diagnóstico e o quadro clínico do acidentado.
§ 6º - O Oficial médico ou cirurgião dentista, dentro de sua área de
atuação, se necessário, poderá solicitar parecer de médico especialista,
encaminhando-lhe o acidentado.
§ 7º - Em caso de moléstia profissional, o acidentado deverá ser avaliado
pela JCS ou pela JRS, com consultoria da Tele JCS, observando-se o disposto no art.
20 desta Resolução.
§ 8º - O acidentado, no preenchimento da CAc, deverá indicar
testemunhas e/ou apontar provas que julgar necessárias à elucidação do acidente de
que foi vítima ou da moléstia profissional manifestada.
§ 9º - Não tendo sido adotadas as providências previstas no caput ou no
§ 2º deste artigo, o Oficial médico ou cirurgião dentista das UAPS poderá, a qualquer
tempo, após inspeção de saúde no acidentado, proceder a CAc, desde que o
preenchimento intempestivo da CAc seja justificado e o acidente esteja bem
caracterizado através de Boletim de Ocorrência (BO), registro da enfermidade no
prontuário médico/odontológico das UAPS na época do acidente ou relatório
circunstanciado do Comandante de Fração ou Chefe Direto.
§ 10 - Não será instaurado AO fora dos prazos previstos nesta
Resolução, bem como em desacordo com o previsto no parágrafo anterior deste
artigo.

Art. 7º - Não será objeto de instauração de AO:


I - o acidente que não ocorrer em serviço ou não for decorrente deste,
quando declarada esta circunstância na CAc pelo próprio acidentado ou, não sendo
possível ao mesmo apresentá-la, pelas razões previstas no § 2º do art. 6º desta
Resolução, quando aquela circunstância ficar caracterizada através de BO, relatório
do Comandante de Fração ou Chefe Direto, em Inquérito Policial Militar (IPM) ou
Sindicância;
II - o acidente em que ficar caracterizada, após análise do caso, a
ausência de nexo de causalidade do ponto de vista médico-odontológico-pericial;
III - o acidente do qual não resultar lesão grave ou gravíssima,

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constatada esta condição em inspeção de saúde e registrada na CAc;
IV - a morte natural, em qualquer local ou circunstância em que ocorra;
V - a manifestação clínica de moléstia não profissional, tais como doenças
degenerativas, doenças com componente genético constitucional, doenças inerentes
ao grupo etário e doença endêmica adquirida em região em que ela se desenvolva,
salvo quando houver comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinados pela natureza da atividade desempenhada;
VI - a CAc intempestiva, por decurso de prazo por culpa exclusiva do
acidentado, ressalvada a situação prevista nos §§ 2º e 9º do art. 6º desta Resolução;
VII - o acidente decorrente de atividade física não normatizada ou não
autorizada pelo Comandante;
VIII - o acidente decorrente da direção de veículo com duas ou mais
rodas, com ou sem motorização, sem a observação das normas de trânsito;
IX - o acidente envolvendo semoventes, quando não são observadas as
normas de segurança;
X - o acidente ocorrido em decorrência de execução de atividade da qual
estiver dispensado por motivo de saúde, contrariando o parecer emitido pelo Oficial
médico das UAPS, JRS ou JCS.

§ 1º - Se pelas razões deste artigo não for instaurado o AO, o motivo


será circunstanciado na CAc ou em ato administrativo do Comandante, com
publicação em Boletim Interno (BI) da Unidade e registro no prontuário
médico/odontológico das UAPS, sendo, este caso, a CAc arquivada na pasta
funcional do acidentado e no prontuário médico/odontológico das UAPS.
§ 2º - Não sendo instaurado o AO pelas razões do inciso III deste artigo e
havendo agravamento do quadro clínico do militar em razão da lesão sofrida, poderá
ser instaurado o AO, mediante petição do acidentado ou seu representante legal, em
caso de impedimento, ou por manifestação do Oficial médico ou cirurgião dentista
das UAPS, observado o disposto no art. 19 desta Resolução.

Art. 8º - Verificada a necessidade de instauração de AO, o Oficial médico


ou cirurgião dentista preencherá o LDL, conforme Anexo II, e o remeterá ao
Comandante da Unidade, junto com a CAc.
§ 1º - Se no prontuário médico/odontológico do acidentado das UAPS
existir registro de lesão anterior, no mesmo local da lesão atual, essa será transcrita
no LDL e observar-se-á o disposto no art. 19 desta Resolução.
§ 2º - É vedado o preenchimento do LDL com expressões evasivas do
tipo "desconhecido)", "prejudicado", ou outras que não representem informações
objetivas aos quesitos formulados.
§ 3º - Em caso de acidente de natureza odontológica, o LDL deverá ser
preenchido pelo Oficial cirurgião dentista das UAPS, devendo se ressaltar que se do
acidente resultar também lesão em outra parte do corpo do acidentado, o LDL será
preenchido pelo Oficial cirurgião dentista e pelo Oficial médico, no que lhes couberem.
§ 4º - Verificado o disposto no § 7º do art. 6º desta Resolução, o LDL
será preenchido pelo Oficial médico perito da JCS.

Art. 9º - Não havendo Oficial médico ou cirurgião dentista nas UAPS, os


procedimentos que lhes competem serão adotados por Oficial da mesma categoria,

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das UAPS, apoiadora ou de referência.
§ 1º - O procedimento praticado por médico ou cirurgião dentista civil
contratado das UAPS somente será aceito se acolhido por Oficial médico ou cirurgião
dentista da mesma categoria das UAPS, apoiador ou de referência, para a adoção
dos procedimentos competentes, observado o disposto no § 4º do art. 6º desta
Resolução.
§ 2º - No caso do § 1º deste artigo, havendo dúvidas quanto ao
diagnóstico proferido, o Oficial médico ou cirurgião dentista, seja das UAPS, apoiador
ou de referência, inspecionará o acidentado, quando do preenchimento do item 3 da
CAc, citado no § 1º do art. 6º, ou do LDL, previsto no caput do art. 8º, ambos
dispositivos desta Resolução.

Art. 10 - O Comandante, em até 10 dias úteis após o recebimento da


CAc, deverá:
I - adotar a medida prevista no § 1º do art. 7º desta Resolução, se for o
caso;
II - instaurar o procedimento administrativo, designando o encarregado
do AO, através de portaria numerada, conforme Anexo III desta Resolução.
§ 1º - Caso o Comandante discorde do parecer do Oficial médico ou
cirurgião dentista das UAPS, lançado na CAc, acerca da necessidade ou não de ser
instaurado o AO, encaminhará toda a documentação pertinente à JCS para dirimir
tecnicamente a discordância.
§ 2º - Na ocorrência de registro de lesão preexistente, conforme o
previsto no § 1º do art. 8º, a instauração do AO fica condicionada à avaliação do caso
pela JCS ou pela JRS, com consultoria por TeleJCS, para se determinar a relação
causa-efeito médico pericial, conceituada no inciso IX do art. 3º, ambos dispositivos
desta Resolução.
§ 3º - Durante o período em que se decorre a solicitação de avaliação
prevista no parágrafo anterior e a manifestação JCS ou da JRS, com consultoria por
TeleJCS, quanto à existência ou não de nexo de causalidade entre a lesão e o
acidente, o procedimento de AO permanecerá sobrestado.
§ 4º - Tendo sido instaurado IPM ou Processo Administrativo para apurar
fato do qual tenha resultado em morte, lesão, perturbação funcional, contaminação
ou enfermidade em militar, o AO somente será instaurado após ter sido solucionado,
na esfera administrativa, o processo apuratório.
§ 5º - Em caso de acidente coletivo, será instaurado um AO para cada
acidentado, podendo-se aproveitar para os demais os documentos produzidos em
um desses AO, quando pertinentes e o bastante para a elucidação da verdade do
que se busca apurar, podendo também ser designado um único encarregado do AO,
respeitadas as disposições dos §§ 1º e 3º do art. 5º desta Resolução.

Art. 11 - O encarregado de AO deverá:


I - proceder à autuação da portaria e documentos juntados, conforme
Anexo IV desta Resolução;
II - ouvir separadamente o acidentado e as testemunhas, reduzindo a
termo as oitivas;
III - relatar o que houver apurado, de forma sucinta e objetiva,
esclarecendo a relação causa- efeito técnico-administrativa em que firmar as suas
convicções e sugerir o amparo ou desamparo do acidentado preenchendo o

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relatório, conforme Anexo V desta Resolução.

§ 1º - Não havendo registro de lesão preexistente no LDL, o encarregado


do AO deverá questionar o acidentado sobre já ter sofrido lesão anterior no mesmo
local da lesão atual e se confirmada esta situação, deverá ser observado o disposto
no art. 19 desta Resolução.
§ 2º - O AO deverá ser concluído em até 15 dias, prorrogáveis por mais
10 dias, a critério do Comandante, mediante solicitação formal do encarregado do
AO.
§ 3º - O procedimento poderá ser sobrestado pelo tempo necessário à
obtenção de laudos, exames e outros documentos externos, mediante solicitação
formal do encarregado do AO, que diligenciará para que esse prazo não exceda 60
dias.
§ 4º - O AO poderá ser instruído com a juntada de cópia autenticada de
peças de IPM, Auto de Prisão em Flagrante (APF), Sindicância Administrativa
Disciplinar (SAD) ou outro processo/procedimento administrativo e, ainda, croquis,
laudos e outros documentos referentes ao acidente ou moléstia profissional, quando
forem suficientes à elucidação de situações ou fatos, dispensando a produção de
novas peças e as oitivas repetitivas.

Art. 12 - Após receber do encarregado os autos do AO devidamente


concluídos, o Comandante poderá, caso seja necessário, determinar diligências
complementares ou solucionará o procedimento, amparando ou desamparando o
militar, nos termos do § 2º do art. 2º desta Resolução, em até 10 dias.
§ 1º - O ato de solução do Comandante deverá ser motivado e conter o
enquadramento legal pertinente, com base nos fatos constantes dos autos do AO.
§ 2º - O prazo para as novas diligências complementares será de até 20
dias.
§ 3º - Quando retornar os autos do AO ao encarregado para fins de
diligências complementares, o Comandante deverá estabelecer os quesitos a serem
respondidos ou relacionar os pontos conflitantes a serem esclarecidos.
§ 4º - O Comandante, se necessário, recorrerá ao auxílio do Oficial
médico ou cirurgião dentista das UAPS, na formulação de quesitos ou
estabelecimento de pontos conflitantes, de natureza médica-odontológica-pericial.
§ 5º - Caso o militar seja transferido de Unidade após a instauração do
procedimento do AO, o Comandante que instaurou o procedimento ficará
responsável pela sua condução e solução.

Art. 13 - Não será amparado em AO o acidentado que der causa ao


acidente ou moléstia profissional por negligência, imprudência, imperícia ou na prática
de transgressão disciplinar de natureza grave ou ato ilícito, consideradas as causas
de justificação e as excludentes de ilicitude ou de culpabilidade, bem como a
inobservância do prazo regulamentar previsto no art. 6° desta Resolução.
§ 1º - Ressalvada a prática de ato ilícito, não será levado em
consideração, para efeito de amparo em AO, o cometimento da transgressão
disciplinar, bem como a prática de ato negligente, imprudente ou imperito que não
influenciar diretamente na ocorrência do acidente ou moléstia profissional,
comprovada esta situação nos autos do AO.
§ 2º - Não será amparado em AO, o militar vítima de acidente com veículo

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motorizado ou não, que não estava em uso do EPI específico, ou em desrespeito às
normas do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), por tal conduta caracterizar
negligência.

Art. 14 - O ato de solução do AO será publicado em BI da Unidade,


procedendo-se o registro no Sistema Informatizado de Recursos Humanos (SIRH) e
no Prontuário Médico das UAPS.
§ 1º - O registro de que trata o caput constará de:
I - portaria, constando número, Unidade e data;
II - data em que ocorreu o acidente;
III - dano causado à saúde do acidentado [diagnóstico médico e/ou
odontológico com a Classificação Internacional de Doenças (CID)];
IV - ato de solução publicado, com as informações constantes do § 1º do
art. 12 desta Resolução;
V - a data e número do BI que publicar o ato de solução.
§ 2º - É vedada a publicação de diagnóstico, sob qualquer de suas
formas (descrição ou CID).

Art. 15 - O AO será lavrado em uma via, a ser arquivada na pasta


funcional do acidentado.
§ 1º - Cópia do relatório do AO e de seu ato de solução, após publicado,
serão remetidos à JCS para avaliação e arquivo, sendo que idêntico procedimento
deverá ser adotado quando ocorrer a situação prevista no § 1º do art. 7º desta
Resolução.
§ 2º - A avaliação citada no parágrafo anterior será feita quanto ao mérito
médico pericial e, se constatada impropriedade de interpretação quanto ao nexo de
causalidade, o Presidente da JCS poderá solicitar o procedimento de AO e demais
documentações que porventura sejam necessárias para melhor análise e/ou propor
ao Comandante a mudança da sua decisão.
§ 3º - O Comandante da Unidade, se não acatar a proposta do Presidente
da JCS, conforme o § 2º deste artigo, deverá expor as razões de fato e de direito de
sua decisão e recorrer ao Assessor de Assistência à Saúde, a quem caberá a revisão
do AO, decidindo pelo amparo ou desamparo do acidentado.

Art. 16 - Quando a JCS, em inspeção de saúde que resultar em parecer


pela reforma de militar amparado em AO, tiver dúvida quanto a vinculação do
diagnóstico de origem com o quadro de saúde atual do inspecionado, deverá solicitar
o procedimento de AO existente na pasta funcional do militar, para análise da citada
vinculação.
Parágrafo único - Constatada a ausência de relação causa-efeito entre o
diagnóstico que houver motivado o amparo em AO e o que determinar a reforma do
militar, este fato será descrito de forma detalhada no laudo médico pericial, com
vistas aos efeitos legais decorrentes.

CAPÍTULO III
DA CONCLUSÃO E SOLUÇÃO DO ATESTADO DE ORIGEM

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Art. 17 - Da decisão pela não instauração do processo de AO ou pelo
desamparo, ressalvada a situação prevista no inciso I do artigo 7º desta Resolução,
caberá recurso.
§ 1º - O recurso será interposto pelo acidentado ou seu representante
legal, em até 30 dias corridos, a contar da publicação do ato e dirigido, em primeira
instância, ao Comandante/Diretor da Unidade de Direção Intermediária e em segunda
instância, por igual período, ao Comandante-Geral.
§ 2º - Será indeferido o recurso que não contiver razões de fato e de
direito que justifiquem a sua interposição.
§ 3º - Quando as razões recursais fundarem em discordância fática do
diagnóstico médico/odontológico constante dos autos do AO, o acidentado deverá
instruir o seu pedido com um mínimo de dois relatórios médicos/odontológicos,
contendo pareceres que contraponham aquele diagnóstico.
§ 4º - O ato de solução de recurso, em primeira instância, será publicado
em BI da Unidade e, em segunda instância, em Boletim Geral, procedendo-se no que
couber, o registro previsto no art. 14 desta Resolução.
§ 5º - Quando o recurso contiver as razões de fato previstas no § 3º
deste artigo, a autoridade recorrida, antes de encaminhar os autos para a autoridade
superior para julgamento do recurso, remeterá os autos juntamente com os
relatórios apresentados à JCS, que analisará o caso e emitirá parecer técnico
conclusivo.

Art. 18 - Ao militar da reserva aplicam-se os dispositivos desta


Resolução, com as seguintes peculiaridades:
I - o acidentado preencherá a CAc, ou na sua total impossibilidade o seu
representante legal fará uma comunicação formal, encaminhando-a ao Comandante
da Unidade de área do seu domicílio, ou do local do acidente, se fora do domicílio;
II - o Comandante instaurará o AO e o submeterá ao Diretor de Recursos
Humanos, que deverá solucioná-lo, decidindo pelo amparo ou desamparo do
acidentado;
III - a solução do AO será publicada em Boletim Geral e transcrita no BI
da Unidade de área do domicílio do acidentado ou do local do acidente;
IV - os prazos serão contados em dobro, salvo para a apresentação de
recurso e para inspeção de saúde;
V - em caso de recurso, este será dirigido ao Diretor de Recursos
Humanos em primeira instância e ao Comandante-Geral em segunda instância.
§ 1º - Na total impossibilidade do militar inativo fazer a CAc e não sendo
esta providência adotada por seu representante legal, o Diretor de Recursos
Humanos, tomando conhecimento do fato, noticiará o acidente à autoridade prevista
no inciso I, que adotará as medidas previstas no inciso II.
§ 2º - A autoridade prevista no inciso I, independente de receber a CAc,
poderá, por iniciativa, instaurar o AO, tão logo tome conhecimento do acidente de
que foi vítima o militar inativo, dando conhecimento desta medida, de imediato, ao
Diretor de Recursos Humanos.

Art. 19 - A justificativa de agravamento de moléstia preexistente ou


latente somente será aceita em casos excepcionais, depois de realizada avaliação pela
JCS ou JRS, com consultoria por Tele JCS, e constatada a relação causa-efeito médico
pericial.

CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 10


§ 1º - Considera-se agravamento de moléstia preexistente ou latente:
I - a agudização de lesão anterior, existente no mesmo local da lesão
atual, provocada pelo último acidente;
II - os casos em que houver agravamento do quadro clínico do militar,
decorrente de lesão não considerada grave ou gravíssima, perturbação funcional ou
de contaminação, proveniente do acidente de serviço ou de moléstia profissional.
§ 2º - Considerar-se-á justificada a agudização de lesão preexistente
quando se enquadrar em uma das seguintes situações:
I - a lesão anterior houver sido decorrente de acidente de serviço ou
moléstia profissional, objeto de amparo em AO;
II - independente da lesão anterior, a lesão atual, por si só, já ser o
bastante para motivar a instauração de AO;
III - a lesão atual, embora ocorrente no mesmo local da lesão anterior,
comprometer função, órgão, tecido ou parte anatômica, diferente daquela lesionada
anteriormente ou do distúrbio diagnosticado àquela época.
§ 3º - Considerar-se-á justificado o agravamento do quadro clínico do
militar decorrente de lesão não considerada grave ou gravíssima, perturbação
funcional ou de contaminação, quando se enquadrar em todas as situações a seguir:
I - a lesão, perturbação funcional ou contaminação houver sido
decorrente de acidente de serviço ou moléstia profissional e houver sido dispensado
o procedimento de AO, observado o disposto no § 1º do art. 7º desta Resolução;
II - a lesão, perturbação funcional ou contaminação houver deixado
sequelas permanentes, impedindo e/ou dificultando, ainda que parcialmente, o
exercício regular das atividades habituais do acidentado;
III - resultar em tratamento contínuo ou intermitente, em decorrência da
lesão, perturbação funcional ou contaminação sofrida.

Art. 20 - O encaminhamento do acidentado à JCS, nas situações


previstas nesta Resolução, deverá ser procedido pelo Comandante do militar, com
relatório circunstanciado do Oficial Médico ou cirurgião dentista das UAPS, conforme
Anexo VI desta Resolução, dentro das competências de atuação.
§ 1º - O relatório que trata o caput deste artigo deverá ser acompanhado
de cópia do prontuário médico/odontológico das UAPS, CAc e LDL.
§ 2º - Na situação prevista no § 4º do art. 8º desta Resolução, o relatório
que trata o caput deste artigo deverá ser acompanhado de cópia do prontuário
médico e/ou odontológico das UAPS e CAc, com exceção do LDL que será
preenchido pela JCS.
§ 3º - A JCS expedirá parecer sobre as avaliações periciais que proceder
em decorrência das disposições desta Resolução, que deverá compor os autos do
AO.

Art. 21 - Aplicam-se, subsidiariamente, a esta Resolução, no que


couber, as normas do Manual de Processos e Procedimentos Administrativos das
Instituições Militares do Estado de Minas Gerais (MAPPA), inclusive a dispensa do
procedimento e a publicação em BI de prorrogação e/ou sobrestamento do AO.

Art. 22 - Para os efeitos legais decorrentes, o amparo em AO retroage à


data do acidente que causou a lesão grave ou gravíssima ou à data em que foi
CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 11
identificado o diagnóstico da moléstia profissional.

Art. 23 - Os procedimentos de assistência à saúde, para o militar


amparado em AO, serão enquadrados nas normas previstas no Plano de Assistência
à Saúde da PMMG/CBMMG/IPSM e outras normas específicas.
Parágrafo único - Quando não houver sido instaurado o AO pelas razões
previstas, no inciso III, do art. 7º e sendo observado o disposto no § 1º do mesmo
dispositivo, aplicar-se-á ao acidentado o previsto no caput deste artigo, combinado
com o disposto no art. 22, ambos dispositivos desta Resolução.

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 24 - Para efeito do inciso VI do art. 160 da Lei nº 5.301/1969, os


dias de licença-saúde, decorrentes de acidente de serviço ou moléstia profissional,
com amparo em AO, serão computados na sua totalidade.
Parágrafo único - As informações relacionadas às licenças provenientes
de acidente ou moléstia que motivaram o amparo do militar em procedimento de AO
para efeito de contagem de tempo de serviço, inclusive com revisão dos lançamentos
e retroação do benefício, se indicadas, devem ser lançadas no SIRH pela Unidade
onde o militar estiver lotado.

Art. 25 - O Assessor de Assistência à Saúde poderá editar instrução


específica ou relatórios necessários à coordenação e controle de procedimentos de
AO para:
I - fins estatísticos de saúde ou para a prestação de assistência à saúde
dos militares, observado o disposto no art. 23 desta Resolução;
II - desenvolvimento de estudos epidemiológicos das causas dos
acidentes de serviço ou moléstias profissionais, visando propor ou estabelecer
estratégias de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

Art. 26 - O AO poderá ser revisto pela administração militar a qualquer


tempo e ser modificado, por autoridade competente, quando eivado de vício
decorrente de razões médico-odontológico-periciais que o tornem nulo ou anulável,
com o assessoramento do Assessor de Assistência a Saúde, mediante parecer
emitido pela JCS.

Art. 27 - O disposto nesta Resolução aplica-se aos acidentes e moléstias


profissionais ocorridos antes de sua vigência, não apurados ou em apuração,
ressalvados os procedimentos de AO já remetidos à JCS.

Art. 28 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral.

Art. 29 - Revoga-se a Resolução nº 190, de 15 de fevereiro de 2006.

Art. 30 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,

CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 12


retroagindo seus efeitos à data de 07 de Julho de 2022.

Comando-Geral em Belo Horizonte, 04 de janeiro de 2023.

Edgard Estevo da Silva, Coronel BM


Comandante-Geral

ANEX O I
(a que se refere o art. 6º da Resolução n.1099/2023)

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE/MOLÉSTIA PROFISSIONAL

1. IDENTIFICAÇÃO DO MILITAR:

Nome:__________________________________________________________________________
N.___________-___P/G:______________ Unid/Fração:___________________________________
Idade:_____________ Sexo:____________ Função:______________________________________

2. DADOS DO ACIDENTE / MOLÉSTIA PROFISSIONAL:

Local: __________________________________________________________________________
Data/hora: ______________________________________________________________________
Causa: _________________________________________________________________________

EM SERVIÇO OU DECORRENTE DESTE? _ SIM _ NÃO Testemunhas e provas indicadas no verso


(se houver).

** Declaro que as informações por mim prestadas são verdadeiras, responsabilizando-me pelas
consequências legais por declarações falsas ou omissões nos dados acima.

Local: ________________ Data: ___/___/___


______________________________
(Assinatura do acidentado)

Obs.: 1) Protocolar em até 10 dias úteis.


2) Usar o verso para indicar testemunhas ou apontar provas.

3. EXAME MÉDICO / PARECER:

CAc no prazo regulamentar ( ) SIM ( ) NÃO.


Em caso de CAc intempestiva justificar:

_______________________________________________________________________________

DESCRIÇÃO DETALHADA DA LESÃO / PERTURBAÇÃO FUNCIONAL / CONTAMINAÇÃO /


ENFERMIDADE (com CID):

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_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

Proveniente de: ___ acidente de serviço ___ moléstia profissional.

1) Grau da: ___ Lesão ___Pert. Func. ___Contaminação ___Enfermidade.


DATA:__/__/__.
___Não grave ___Grave ___Gravíssima ___Indefinida ___Reavaliar (em até 30 dias - §5º
Art 6º, da Resolução n.1099/2023).
2) Grau após reavaliação: ___Não grave ___Grave ___Gravíssima DATA:___/___/____.
3) Afastamento: ___Dispensa-saúde ___Licença-saúde. Número de Dias:_____________.
4) Necessidade de AO: ___ Sim (Art. 7º - Preencher o LDL) ___ Não

RESULTADOS DE EXAMES (com as respectivas datas e CID)

Data: ____/___/____.

_____________________________________
Oficial QOS da UAPS (Assinatura e carimbo)
Obs.: 1) Se necessário, usar o verso da folha.
2) Registrar no Prontuário Médico.

4. DESPACHO DO COMANDANTE:

Providencie-se: ( ) Portaria de AO. ( ) Publicação da presente CAc.

( ) Ato de dispensa de AO (Quando decorrente de relatório de Comandante Fração/Chefe Direto).

( ) Encaminhe-se o acidentado à JCS (Moléstia profissional/lesão preexistente/§ 1º, Art. 10, da


Resolução n.1099/2023 - discordância da manifestação do Oficial Médico pelo AO).

( ) Aguardar resultado de IPM/Sindicância/Outros.

Encarregado do AO:_______________________________________________________________
Justificativa de dispensa do AO: _____________________________________________________

Local/data:_______________/___/___/___.
____________________________________________
(Identificação / Assinatura do Comandante)

Obs.: Se necessário, usar o verso.

ANEX O II
(a que se refere o § 1º do art. 3º da Resolução n.1099/2023)

LAUDO DESCRITIVO DA LESÃO

CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 14


IDENTIFICAÇÃO DO MILITAR:

N.:___________ - ___ P/G:___________


Nome:___________________________________________________Idade:_____Sexo:________
Função:___________________________Unidade/Fração:
________________________________
Data Acidente/Moléstia profissional: ____/____/_____.

1) Há ferimento(s) ou ofensa à integridade corporal ou à saúde do militar?


(Fornecer a descrição detalhada da lesão / perturbação funcional / contaminação /
enfermidade (após a definição do diagnóstico).
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Proveniente de: ___ acidente de serviço ___ moléstia profissional.
2) Qual o estágio evolutivo atual da lesão/perturbação funcional/contaminação ou
enfermidade?
_______________________________________________________________________________
3) Qual o instrumento ou meio que a ocasionou?
_______________________________________________________________________________
4) Resultou em licença-saúde do militar por mais de 30 (trinta) dias para serviço(s)
de natureza bombeiro militar? Se afirmativo, para qual(is) serviço(s) e/ou
atividade(s), e por quanto tempo? (Ver Resolução sobre perícia, licença e dispensa
saúde).
_______________________________________________________________________________
5) Resultou em aborto ou aceleração de parto? (Justifique detalhadamente a
resposta).
_______________________________________________________________________________
6) Resultou debilidade permanente de membro, sentido ou função? (Justifique
detalhadamente a resposta).
_______________________________________________________________________________
7) Resultou incapacidade permanente, total ou parcial, para serviço(s) e/ou
atividade(s) de natureza bombeiro militar? Se afirmativo, qual(is)? (Justifique
detalhadamente a resposta).
_______________________________________________________________________________
8) Resultou em enfermidade incurável? (Justifique detalhadamente a resposta).
Observar art. 6º, § 7º c/c o Art. 8º, § 4º, da Resolução n.1099/2023).
_______________________________________________________________________________
9º) Resultou em perda ou inutilização de membro, sentido ou função? (Justifique
detalhadamente a resposta).
_______________________________________________________________________________
10º) Resultou em deformidade permanente? (Justifique detalhadamente a
resposta).
_______________________________________________________________________________
11º) Resultou em risco de morte? (Justifique detalhadamente a resposta).
_______________________________________________________________________________
12º) Há necessidade de reavaliação médica e/ou odontológica complementar? Se
afirmativo, em quanto tempo?
_______________________________________________________________________________
13º) Há exame complementar que comprove o diagnóstico da lesão/perturbação
funcional/contaminação ou enfermidade? Se afirmativo, especificar e transcrever o
resultado.
_______________________________________________________________________________
14º) Estão comprovados o diagnóstico e a relação causa-efeito médico-
odontológico-pericial?
( ) Sim ( ) Não. (Justifique detalhadamente a resposta).
_______________________________________________________________________________

CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 15


15º) Há registro no Prontuário Médico (Odontológico) do NAIS de lesão
preexistente no mesmo local da lesão atual? (Art. 8º, § 1º - Transcrever e observar
o disposto no art. 19, da Resolução n.1099/2023).
_______________________________________________________________________________
Obs.: 1) Em caso de moléstia profissional e registro de lesão preexistente,
submeter o militar a avaliação na JCS.
2) Use o espaço abaixo para quaisquer outras informações julgadas
oportunas, inclusive esclarecimento de quesitos já respondidos, se for o caso.
(Pode também ser usado o verso da página, se necessário).
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

_____________________________
Oficial médico ou cirurgião dentista
(Assinatura e carimbo)

ANEX O II
APÊNDICE "A"

CROQUI DE LESÃO CORPORAL

Obs.: Assinale com um “X” a(s) região(ões) anatômica(s) acometida(s) pela lesão,

CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 16


perturbação funcional, contaminação ou enfermidade.

_____________________________
Oficial médico ou cirurgião dentista
(Assinatura e carimbo)

ANEX O II
APÊNDICE "B"

ANEX O III
CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 17
(a que se refere o inciso II do art. 10 da Resolução n.1099/2023)

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

___________________________________________
UNIDADE

PORTARIA N. _____/_____.
ATESTADO DE ORIGEM
___________________, _____ de _____________ de _______.

Ao N.____________-____ ,

Anexo (s):

Tendo chegado ao meu conhecimento que no dia ____/____/____, às ________horas, o


N.___________-__, __________________________________, foi vítima de acidente (ou
apresentou moléstia) durante
________________________________________________________

determino que seja, com a possível urgência, instaurado o procedimento de Atestado de


Origem, nos termos da Resolução n.1099/2023, delegando-lhe, para este fim, as atribuições
que me competem.

Publique-se e registre-se.

__________________________________
(Identificação / Assinatura do Comandante)

ANEX O IV
(a que se refere o inciso I do art. 11 da Resolução n.1099/2023)

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

___________________________________________
UNIDADE

ATESTADO DE ORIGEM

Encarregado: ______________________________________________________

Acidentado: _______________________________________________________

AUTUAÇÃO

CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 18


Aos _____ dias do mês de _______________ do ano de ________, nesta cidade de
_____________________________, Estado de Minas Gerais, no Quartel do
(a)___________________________, autuo a Portaria N. ____/___-___BBM e demais
documentos que a este junto, do que, para constar, lavro este termo.

Eu, __________________________, encarregado do AO, o digitei (ou mandei digitar) e


assino.

________________________________
(Identificação / Assinatura do encarregado do AO)

ANEX O V
(a que se refere o inciso III do art. 11 da Resolução n.1099/2023)

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

___________________________________________
UNIDADE

RELATÓRIO DO ATESTADO DE ORIGEM

1) DADOS:

1.1) Portaria N. _____/____-___BBM, de _____/____/________.


1.2) Encarregado do AO: N.___________-___, P/G ________
Nome: ______________________________________________________________
1.3) Militar: N. ___________-___, P/G __________
Nome:_______________________________________________________________
1.4) Local do acidente/identificação da moléstia: _____________________________
1.5) Data e hora do acidente/aparecimento da moléstia: _______________________

2) DAS DECLARAÇÕES DO MILITAR ACIDENTADO OU ACOMETIDO POR MOLÉSTIA


PROFISSIONAL E DAS TESTEMUNHAS:

3) QUESITOS:

3.1) O acidente/moléstia ocorreu em serviço? Como?


_____________________________________
_________________________________________________________________________________
3.2) Decorrente do serviço? Especificar.
________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.3) Por ordem de quem?
____________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.4) Foram constatados os nexos a que se refere o Art. 3º, § 2º e 3º, da
Resolução n.1099/2023? Especificar.
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________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.5) Houve negligência, imprudência ou imperícia, que tenha contribuído
diretamente para a ocorrência do acidente? Especificar.
___________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.6) Praticou transgressão disciplinar de natureza grave ou gravíssima ou ato
ilícito, que tenha concorrido diretamente para a ocorrência do acidente?
Especificar. __________________________
_________________________________________________________________________________
3.7) Enquadra-se em alguma das situações do Art. 7º, da Resolução n.1099/2023
que justificam o não amparo em AO? Especificar.
_________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.7.1) Causa do acidente/moléstia. Especificar. (Observar o Art. 3º, §§ 4º e 5º, da
Resolução n.1099/2023________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.8) Há registro de lesão preexistente ou de moléstia profissional? __ Sim __ Não.

Obs.: Se há registro de lesão preexistente ou de moléstia profissional e o


acidentado não foi submetido à JCS, o AO não poderá ser solucionado.

3.9) Diagnósticos médico/odontológico - transcrever (Descrição e CID):

4) PARECER:

Local e data: ________________________________________, _____/_____/________.

________________________________
(Identificação / Assinatura do encarregado do AO)

5) SOLUÇÃO:

5.1) Providencie, o encarregado do AO, as seguintes diligências:


no prazo de: _________dias.
5.2) Sugiro que o militar seja: ___ AMPARADO. ___ DESAMPARADO.
5.2.1) Justificativa:
_________________________________________________________________________________
5.2.2) Enquadramento legal:
_________________________________________________________________________________
5.3) Publique-se, registre-se e remeta-se cópia deste Relatório/parecer à JCS.

Local e data:_______________________________, ____/____/________.

_______________________________________
(Identificação / assinatura do Comandante)

ANEX O VI
(a que se refere o art. 10 da Resolução n.1099/2023)

CBMMG - Resolução 1099/2023 (58278442) SEI 1400.01.0074508/2022-48 / pg. 20


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

___________________________________________
UNIDADE

RELATÓRIO MÉDICO DE ENCAMINHAMENTO


DE MILITAR À JCS

1) MILITAR:
1.1) N. ____________-___ P/G _________________
Nome:____________________________________________________________
1.2) Idade:________Sexo:_________Cor: ___________Estado civil:___________ Data Nasc:
___/___/____ Data/local de Inclusão: ___/___/______.
1.3) Unidade/Fração: ______________________________
1.4) Data da última movimentação/origem/BI: ___/___/____

2) MOTIVO DE ENCAMINHAMENTO:
2.1) ( ) Registro, em Prontuário Médico do NAIS, de lesão preexistente no mesmo local da
lesão atual.
( ) Moléstia profissional.
( ) Recurso do Comandante, conforme o previsto no § 1º do Art. 10º, da Resolução
n.1099/2023(Deve acompanhar a CAc e o LDL).
( ) Identificação de lesão preexistente pelo encarregado do AO, conforme o § 1º
do Art. 11 Resolução n.1099/2023 (Deve acompanhar a CAc e o LDL)

3) DADOS SOBRE O ACIDENTE/MOLÉSTIA PROFISSIONAL:

3.1) O acidente/moléstia se deu em serviço?Especificar.


_______________________________________________________________________________
3.2) Causa do acidente/moléstia:
_______________________________________________________________________________
3.3) Outros dados julgados pertinentes:
_______________________________________________________________________________

4) DADOS SOBRE A LESÃO PREEXISTENTE:

4.1) Transcrever os registros médicos/odontológicos, constantes do Prontuário Médico ou odontológico


do NAIS (Diagnósticos com descrição e CID).

4.2) Foi realizado AO? ___ Sim ___ Não.


Qual foi a solução? ___ Amparado ___ Desamparado.

5) DIAGNÓSTICO DA LESÃO, PERTURBAÇÃO FUNCIONAL, CONTAMINAÇÃO OU


ENFERMIDADE DECORRENTE DO ACIDENTE/MOLÉSTIA ATUAL/ AGRAVAMENTO DE
QUADRO CLÍNICO:

5.1) Diagnóstico principal: (Descrição e CID)


_______________________________________________________________________________
5.2) Diagnóstico(s) secundário(s): (Descrição e CID)
_______________________________________________________________________________
5.3) Quadro clínico e evolução:
_______________________________________________________________________________
5.4) Resultado de exame(s) (especificação / data):

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_______________________________________________________________________________
5.5) Tratamento(s) realizado(s):
_______________________________________________________________________________
5.6) Cirurgia(s) (tipo/data):
_______________________________________________________________________________
5.7) Internação(ões) (período e diagnóstico):
_______________________________________________________________________________
5.8) Acompanhamento(s) por especialista(s) - especificar e anexar cópia de relatório:
_______________________________________________________________________________
5.9) Sequela(s): __________________________________________________________________
5.10) Uso de medicamento(s), com posologia:
_______________________________________________________________________________
5.11) Presença de alcoolismo? ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo?
Grau (DSM IV):
5.12) Função atual (avaliação do desempenho – esclarecer):
______________________________________________________________________________
5.13 Tratando-se de moléstia profissional, descrever todas as funções exercidas pelo acidentado
desde o seu ingresso na Corporação, bem como atividades externas regulares ou eventualmente
exercidas.
_______________________________________________________________________________
5.14) Uso de prótese/órtese: ( ) Não ( ) Sim Especificar:
_______________________________________________________________________________
5.15) Registro de patologias anteriores (Tratando-se de moléstia profissional):
_______________________________________________________________________________
5.16) História pregressa psiquiátrica/psicológica/teste(s):
_______________________________________________________________________________
5.17) Outras observações julgadas pertinentes:
_______________________________________________________________________________
6) ÚLTIMA LICENÇA-SAÚDE / DISPENSA-SAÚDE: ( ) NAIS ( ) JCS: Síntese de parecer/Ata:

Local/Data:________________________________, _____/_____/_______

________________________________________________
(Assinatura e carimbo do Oficial Médico ou cirurgião dentista da UAPS)

Documento assinado eletronicamente por Edgard Estevo da Silva,


Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas
Gerais, em 04/01/2023, às 12:36, conforme horário oficial de Brasília, com
fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de 2017.

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acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código
verificador 58278442 e o código CRC 256C16A5.

Referência: Processo nº 1400.01.0074508/2022-48 SEI nº 58278442

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