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BOLETIM DA NÚMERO DATA FOLHA

SEDEC/CBMERJ 096 26/05/2017 3598

GRADUAÇÃO NOME RG REQUERIMENTO


Sgt BM Q11/94 CRISTINA DOS SANTOS RIBEIRO 18.533 CBMERJ/HCAP Nº00228/2017

C - ALTERAÇÕES DE CIVIS

Sem alteração.

II - ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS

1. DOERJ DO PODER EXECUTIVO Nº 096, DE 26 DE MAIO DE 2017 -


TRANSCRIÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA E PLANEJAMENTO – PÁGINAS 25, 26 E 27
ATO DO SECRETÁRIO
Encontra-se publicado no DOERJ em epígrafe a RESOLUÇÃO SEFAZ Nº
66, DE 25 DE MAIO DE 2017, onde atualiza os valores estabelecidos na Resolução SEFAZ nº 19,
de 22 de fevereiro de 2017, e dá outras providências.

SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA CIVIL – PÁGINA 35


ATO DO SECRETÁRIO
RESOLUÇÃO SEDEC N° 94, DE 09 DE FEVEREIRO DE 2017.

APROVAR AS INSTRUÇÕES REGULADORAS DOS


DOCUMENTOS SANITÁRIOS DE ORIGEM DO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE DEFESA CIVIL, no uso de suas


atribuições legais conferidas pelo inciso II, do art. 3º, do Decreto nº 31.896, de 20 de setembro de
2002, e tendo em vista o que consta no Processo Administrativo nº E-27/028/13/2016,
RESOLVE:
Art.1º - Aprovar, na forma do Anexo Único, as Instruções Reguladoras dos
Documentos Sanitários de Origem do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro.
Art.2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário, em especial a Resolução SSP nº 375, de 23 de junho
de1980.
Rio de Janeiro, 09 de fevereiro de 2017.

RONALDO JORGE BRITO DE ALCÂNTARA - Cel BM


Secretário de Estado de Defesa Civil

ANEXO ÚNICO À RESOLUÇÃO SEDEC Nº 94, DE 09 DE FEVEREIRO DE 2017

INSTRUÇÕES REGULADORAS DOS DOCUMENTOS SANITÁRIOS DE ORIGEM DO CORPO DE


BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CAPÍTULO I
DO ATESTADO DE ORIGEM

Seção I
Da Finalidade
Art. 1º - Atestado de Origem (AO) é um documento administrativo de
Bombeiro-Militar (BM) destinado à comprovação de acidentes ocorridos em consequência de ato de
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serviço, que por sua natureza, possam dar origem à incapacidade física, temporária ou definitiva,
dos BM do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).
§ 1º- O Atestado de Origem (AO) pode ser confeccionado por qualquer
Bombeiro Militar (BM) que testemunhe o acidente ocorrido em consequência de ato de serviço, mas
este preenchimento deve ser determinado, supervisionado e conferido pelo Oficial-de-Dia ou Chefe
imediato do BM acidentado.

Seção II
Acidente em Serviço
Art. 2º - São considerados acidentes em serviço, aqueles ocorridos com o
bombeiro militar:
I - no exercício de suas atribuições funcionais, durante o expediente normal,
ou quando determinado por autoridade competente, em sua prorrogação ou antecipação;
II - no decurso de viagens com o objeto de serviço, previstas em
regulamento, programas de cursos ou autorizadas por autoridades competentes;
III - no cumprimento de ordem emanada de autoridade competente;
IV - no decurso de viagens impostas por motivo de movimentação efetuada
no interesse do serviço ou a pedido;
V - no deslocamento entre a sua residência e a organização de bombeiro
militar onde serve, ou local de trabalho, ou naquele em que sua missão deva ter início ou
prosseguimento, e vice- versa;
VI - em extinção de incêndio ou serviço de busca e salvamento, e na defesa
e manutenção da ordem pública, mesmo sem determinação explícita; e
VII - no exercício dos deveres previstos em leis, regulamentos ou instruções
emanadas por autoridade competente.
VIII - em circunstâncias cuja causa determinante advenha de sua condição
de bombeiro militar apurada em IPM, Sindicância ou Averiguação.
§ 1º- Aplica-se o disposto ao bombeiro militar da reserva remunerada,
quando convocado para o serviço ativo.
§ 2º - São considerados, também, acidente em serviço, para os fins
estabelecidos na legislação vigente, os ocorridos nas situações deste artigo, ainda quando não
sejam eles a causa única e exclusiva da morte ou da perda ou redução da capacidade do bombeiro
militar, desde que, entre o acidente e a morte ou incapacidade para o serviço de bombeiro militar,
haja relação de causa e efeito.
Art. 3º - Não será considerado acidente de serviço, quando o mesmo resultar
de crime, transgressão disciplinar, imprudência ou desídia do bombeiro militar acidentado ou de
subordinado seu, com sua aquiescência, devendo, entretanto, a ocorrência ser publicada em
Boletim Interno, registrada no Hospital Central Aristarcho Pessoa (HCAP) e nas folhas de alterações
do BM, declarando-se o motivo que deixou de ser lavrado o documento.

Seção III
Da Constituição e da Lavratura do Atestado de Origem

Art. 4º - O Atestado Sanitário de Origem é o documento hábil à comprovação


de acidente em serviço e seus danos à saúde, e somente nos casos especiais, definidos no art. 14
desta instruções reguladoras, será admitida a instauração de Inquérito Sanitário de Origem para o
mesmo fim.
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Parágrafo Único – Em todos os processos em que seja solicitado amparo do


Estado, sob qualquer forma, por motivo de incapacidade física temporária ou definitiva, com
invalidez, ou não resultante de acidente em serviço, deverá ser feita a anexação da 2ª via ou de uma
cópia autêntica do ASO, que constitui a peça fundamental como documento de prova, observado o
art. 27.
Art. 5º - O ASO (modelo anexo A) será constituído por 5 (cinco) partes
essenciais:
I – prova testemunhal;
II – prova técnica;
III – prova de autenticidade;
IV – Inspeção de Saúde de controle; e
V – Exame de Sanidade de Acidentado em ato de serviço

Art. 6º - O Comandante, Chefe ou Diretor, ao tomar conhecimento da


existência de um acidente com seu subordinado, deverá adotar as seguintes providencias:
I – Instaurar, paralelamente ao ASO, procedimento apuratório, sindicância ou
Inquérito Policial Militar (IPM) quando houver dúvidas se o acidente ocorreu dentro das
circunstâncias previstas no artigo 2º destas instruções reguladoras;
II – Publicar em boletim ostensivo a lavratura, ou não, do ASO.
§ 1º- Quando o acidente resultar de transgressão disciplinar, imprudência,
imperícia, desídia ou crime por parte do militar acidentado, não será lavrado o ASO, publicando-se
em boletim ostensivo, o motivo pelo qual se deixou de ser lavrado o referido documento.
§ 2º- Os acidentes em serviço em que as lesões resultantes sejam mínimas,
não se justificando, de acordo com parecer do Oficial Médico de serviço, a lavratura do ASO,
deverão ser registrados nos assentamos do militar descrevendo-se as lesões sofridas, sendo
também publicados em boletim ostensivo.
§ 3º - Quando na OBM a que pertencer o militar acidentado não dispuser de
médico, deverá o Comandante, Chefe ou Diretor socilitar ao médico de dia ao HCAP a emissão do
parecer descrito no parágrafo anterior. No caso das OBM do interior do Estado tal solicitação poderá
ser feita à Coordenação Regional de Saúde correspondente.
§ 4º - O ASO terá as suas 3 (três) primeiras partes preenchidas até 10 (dez)
dias a contar da data do acidente, prorrogável por igual período, por até 2 (duas) vezes, pelo
Comandante, Chefe ou Diretor, quando as circunstâncias assim o exigirem, sendo tal prorrogação e
sua respectiva justificativa publicada em boletim ostensivo.

Seção IV
Da Prova Testemunhal

Art. 7º - A prova testemunhal será preenchida e assinada por três (3)


testemunhas, que deverão relatar com exatidão os fatos presenciados e as circunstâncias que
cercam o acidente, indicando hora e o dia em que se deu o fato e a natureza do serviço que o BM
desempenhava no momento do acidente, sem necessidade de indicarem as perturbações mórbidas
resultantes.
§ 1º – Na situação em que não exista prova testemunhal direta ou em que o
número de testemunhas seja inferior ao estipulado no caput deste artigo, valorizar-se-á a prova
testemunhal indireta ou referida constante do procedimento apuratório mencionado no inciso I, do
art.6º, que será anexado ao ASO.
§ 2º - Sempre que houver indicação para confecção de AO e que este não
seja providenciado pelos BM que testemunharem o fato, caberá ao Oficial de Dia à OBM ou seu
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Comandante, Chefe ou Diretor, determinar sua abertura tão logo tome conhecimento do fato, na
própria OBM, remetendo-o imediatamente ao Oficial Médico que prestou o primeiro atendimento,
observando o prazo de 48 horas do acontecido.
§ 3º - Os casos de queixa por parte de BM quanto a fatos decorridos há mais
de 48 horas deverão motivar abertura de Inquérito Sanitário de Origem (ISO), instaurado por
determinação do Diretor Geral de Saúde, provocado por documento do Comandante, Chefe ou
Diretor da OBM onde o BM presta serviço.

Seção V
Da Prova Técnica

Art. 8º - A Prova Técnica (Parecer Médico) será preenchido por médico


militar que prestar os primeiros socorros e constará de uma descrição objetiva e detalhada das
lesões ou perturbações mórbidas resultantes do acidente.
§ 1º - Se o acidentado for socorrido por médico civil, estando internado em
Organização Civil de Saúde (OCS) ou em tratamento domiciliar, deverá o Comandante, chefe ou
diretor do bombeiro militar acidentado, solicitar ao Diretor do CPMSO que designe um oficial médico
para realizar o procedimento.
§ 2º - Quando a OBM a que pertencer o acidentado não dispuser de médico,
o seu Comandante, Chefe ou Diretor deverá solicitar ao Diretor do Centro de Perícias Médicas e
Saúde Ocupacional, por intermédio do canal de comando, a designação de um médico militar para
que sejam cumpridas as exigências previstas neste artigo.
§ 3º - Na situação excepcional em que um Oficial Médico socorrer um BM
acidentado sem que este traga um AO iniciado, e que o Oficial Médico não tenha testemunhado o
fato causador, este Oficial poderá iniciar a confecção do AO pela Prova Técnica, fornecendo o
documento parcialmente preenchido ao BM ou seu acompanhante, para que este obtenha a Prova
Testemunhal e a Prova de Autenticidade.

Seção VI
Da Prova de Autenticidade

Art. 9º - A Prova de Autenticidade é preenchida e assinada pelo


Subcomandante, Subchefe ou Subdiretor da OBM a que pertencer o BM acidentado, que deverá:
I – reconhecer como autênticas as firmas das testemunhas e do médico.
II – declarar a natureza do serviço de que o BM se incumbia no momento do
acidente, o que souber sobre os fatos constantes da prova testemunhal e que não houve, por parte
do BM acidentando, imprudência, desídia, imperícia, prática de transgressão disciplinar ou crime.
Parágrafo Único – Nos casos previstos pelos parágrafos do art. 8º, a firma
do médico será reconhecida pela autoridade a que estiver subordinada (ou por tabelião)

Seção VII
Do Visto do Comandante

Art. 10 – O ASO, depois de preenchidas as 3 (três) primeiras partes (incisos


I, II e III do art. 5º), deverá receber o visto do Comandante de Bombeiros de Área (CBA), quando se
tratar de Unidade Operacional, ou do Subchefe Administrativo do EMG nos demais casos.
§ 1º - O visto importa necessariamente, por sua parte, de que o acidente se
deu em ato de serviço e de não contesta a Prova Testemunhal.
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§ 2º - Após o Visto, o Comandante de CBA ou Subchefe Administrativo do


EMG, terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para enviar as 2 (duas) vias do ASO para o Centro
de Perícias Médicas e Saúde Ocupacional (CPMSO).

Seção VIII
Da Inspeção de Saúde de Controle e do Exame de Sanidade do Acidentado em Ato de Serviço

Art. 11 – Todos os BM vítimas de acidente em serviço que justifique a


lavratura de AO serão submetidos à inspeção de saúde de controle, na vigência do tratamento, e a
exame de sanidade, no momento da alta, sendo os laudos dessas perícias transcritos no ASO, em
local para esse fim destinado e conforme normas constantes do modelo anexo A, às presentes
instruções.
§ 1º- Nas inspeções de saúde destinadas ao controle sistemático e
obrigatório dos AO, a Junta Ordinária de Saúde (JOS) indicará o diagnóstico e estabelecerá em seu
parecer a relação que possa existir entre as lesões encontradas e as constantes da prova técnica
desse atestado.

§ 2º - O Oficial BM médico habilitado a fazer o exame de sanidade deverá


descrever minuciosamente o que tiver averiguado e feito, declarando se o paciente saiu curado
completamente ou não, e se a lesão ou perturbação mórbida resultante do acidente pode trazer
complicações futuras.

§ 3º - Se o tratamento se fizer no Hospital Central Aristarco Pessoa , a


inspeção de saúde será procedida pela JOS e o exame de sanidade pelo oficial BM médico que
conceder a alta.

§ 4º - Se o tratamento se fizer em estabelecimento civil ou em domicílio, a


inspeção de controle será feita pelo JOS, que comparecerá, se o BM estiver impossibilitado de
locomover-se, ao local onde estiver recolhido, e o exame de sanidade será efetuado pelo oficial BM
médico da OBM ou designado pela JOS no mesmo dia da alta ou no máximo no dia imediato.

Seção IX
Do Falecimento em Acidente de Serviço

Art. 12 - Se ocorrer o falecimento do BM antes da realização de inspeção de


controle e do exame de sanidade, estas perícias serão substituídas pelo exame de corpo de delito e
pelo laudo de necropsia.
Seção X
Do Destino do ASO

Art. 13 – O ASO será lavrado em 2 (duas) vias, após o seu preenchimento


completo, sendo então a primeira via enviada para o arquivamento permanente do Centro de Perícia
Médica e Saúde Ocupacional (CPMSO) e a segunda via entregue ao BM interessado, mediante
recibo.
§ 1º- O arquivamento da primeira via será publicado em boletim ostensivo e
transcrito nas alterações do BM acidentado.
§ 2º- Cópia autêntica da primeira via poderá substituir a entregue ao BM
acidentado, em caso de extravio, mediante requerimento do interessado ou a pedido de autoridade
competente.
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CAPÍTULO II
DO INQUÉRITO SANITÁRIO DE ORIGEM

Seção I
Da Finalidade
Art. 14 – O Inquérito Sanitário de Origem (ISO) é a perícia médica-
administrativa realizada para comprovar se a incapacidade física, temporária ou definitiva, assim
como invalidez do militar, resulta de:
1 - doença aguda ou crônica que tenha sido contraída no acidente em
serviço, conforme definido no art. 2º destas Instruções Reguladoras;
2 - doença Endêmica;
3 - para comprovação de piora de patologia existente antes da passagem
para a Reserva Remunerada.
§ 1º - A doença alegada pelo interessado como decorrente de acidente em
serviço, só poderá ser comprovada mediante instauração de Inquérito Sanitário de Origem, caso não
exista ASO para a mesma doença ou lesão.
§ 2º - Considera-se doença contraída em ato de serviço a que apresente
relação de causa e efeito com as condições inerentes ao serviço.
Art. 15 – O Inquérito Sanitário de Origem poderá ser instaurado caso não
tenha sido lavrado Atestado de Origem ou exista irregularidade insanável neste.

Seção II
Dos Documentos Básicos
Art. 16 - São documentos básicos, essenciais e obrigatórios para instauração
de Inquérito Sanitário de Origem:
I – requerimento do interessado ou determinação da autoridade competente;
II – cópia da ata de inspeção de saúde expedida pelo Centro de Pericias
Médicas e Saúde Ocupacional (CPMSO), em que houver sido declarada a incapacidade física
temporária ou definitiva;
III – cópia das fichas médica e odontológica;
IV - cópia da documentação médica referente aos atendimentos
ambulatoriais e baixas hospitalares, relacionadas com a doença ou lesão alegada (se for o caso);
V – cópia do boletim interno que publicou o acidente em serviço ou o ato de
serviço do qual alegadamente depende ou resulta a doença ou lesão que motivou a incapacidade
(se for o caso); e
VI – cópia do Atestado de Origem, caso este apresente irregularidades
insanáveis.
Parágrafo Único - Não sendo encontrado o registro do acidente em serviço
e havendo indícios da sua ocorrência, a critério do comandante, chefe ou diretor em que o
interessado sirva ou tenha servido, será instaurada uma sindicância que concluirá pela ocorrência
ou não de acidente em serviço. Uma cópia da sindicância será anexada ao processo de instauração
do ISO.
Seção III
Da Instauração do Inquérito Sanitário de Origem
Art. 17 - O Inquérito Sanitário de Origem terá como encarregado um oficial
médico do CBMERJ, designado pelo Diretor-Geral de Saúde.
§ 1º - O Inquérito Sanitário de Origem poderá ser instaurado:
a) A pedido, mediante requerimento do interessado ao Comandante da OBM
pertencente.
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b) "ex officio" por determinação do Comandante-Geral, do Subcomandante-


Geral ou do Chefe do Estado-Maior Geral.
§ 2º - No caso da alínea a do parágrafo anterior, o requerimento deverá ser
remetido pelo Comandante, Chefe ou Diretor do militar à Diretoria Geral de Saúde. O Diretor-Geral
de Saúde, após o deferimento para instauração do ISO, nomeará um oficial médico encarregado,
publicando a nomeação em boletim da Corporação.
§ 3º - No caso da alínea “b” do parágrafo anterior, o Diretor-Geral de Saúde,
ao tomar conhecimento da determinação daquelas autoridades, deverá providenciar a instauração
do ISO, bem como, nomeará um oficial médico encarregado, publicando a nomeação em boletim
ostensivo.
Art. 18 - O Inquérito Sanitário de Origem será iniciado após a entrega do
processo ao encarregado, mediante recibo.
Parágrafo único - O ISO, entregue ao encarregado, deverá conter, além dos
documentos previstos no art. 16, cópia da folha do boletim que publicou a nomeação do
encarregado.
Seção IV
Dos Prazos
Art. 19 - O Inquérito Sanitário de Origem deverá ser concluído no prazo
máximo de quarenta dias, a contar da data de entrega do processo ao encarregado do inquérito.
Parágrafo Único - Quando o inquérito não puder ser concluído no prazo
estipulado, o encarregado deverá solicitar prorrogação à autoridade que o nomeou, a qual poderá
concedê-la, por uma única vez, pelo prazo máximo de vinte dias.

Seção V
Das Providências do Encarregado do Inquérito Sanitário de Origem
Art. 20 - O encarregado do Inquérito Sanitário de Origem deve esclarecer as
circunstâncias do ato em serviço que, supostamente, causou a incapacidade, bem como a influência
que tenham exercido as obrigações e deveres militares cumpridos, na origem da enfermidade que
motivou a incapacidade, de modo a confirmar ou negar sua relação de causa e efeito com o ato ou
acidente de serviço.
Art. 21 - Além dos documentos anexados ao Inquérito, o bombeiro militar
deverá prestar declarações elucidativas, que serão tomadas a termo, assim como as declarações
das testemunhas, indicadas pelo próprio interessado ou convocadas pelo encarregado do inquérito.
§ 1º - Em suas declarações, o requerente deverá relatar como e quando
ocorreu o fato, informar em que estabelecimento hospitalar esteve em tratamento da doença que
motivou a incapacidade e o médico que o assistiu, assim como as demais informações elucidativas.
§ 2º - As testemunhas indicadas pelo interessado, ou outras julgadas
necessárias pelo oficial médico encarregado do inquérito, serão arroladas e prestarão depoimento
diretamente ou por carta precatória.
§ 3º - Quaisquer documentos ou informações julgados necessários à
elucidação de doença incapacitante poderão ser solicitados pelo encarregado à autoridade
competente, por meio de ofício e anexados ao ISO.
§ 4º - O encarregado do ISO poderá solicitar a oitiva de profissionais
especializados que julgar conveniente para o esclarecimento do nexo causal.
§ 5º - A todos os inquéritos sanitários de origem serão apensos os
documentos apresentados pelos requerentes, que se refiram ao ato de serviço alegado como tendo
originado as causas de incapacidade física temporária ou definitiva, assim como todos os que forem
solicitados pelo encarregado para fins elucidativos.
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Seção VI
Do Relatório e das Conclusões Finais

Art. 22 - Concluídas todas as inquirições, pesquisas e diligências julgadas


necessárias, o encarregado do inquérito fará um relatório sucinto de tudo o que houver sido apurado
e redigirá as conclusões finais.
§ 1º- O relatório compreende obrigatoriamente uma exposição e uma
conclusão. Na exposição o encarregado do ISO descreve as circunstâncias que deram início ao
desenvolvimento do mal invocado, as influências que exerceram as obrigações funcionais sobre a
eclosão da doença e as causas concausas que motivaram a incapacidade física, temporária ou
definitiva.
§ 2º - A conclusão constará do parecer definitivo, no qual o encarregado
declara, de modo seguro e preciso, se há relação de causa e efeito, isto é, se o diagnóstico que
justifica a incapacidade do paciente resultou do ato de serviço ou do acidente em serviço, conforme
ficou apurado no inquérito e como consta do relatório.
§ 3º - O encarregado do inquérito não deve considerar a doença atual
apresentada pelo requerente, quando esta não estiver relacionada ao ato de serviço ou acidente em
serviço.
§ 4º - Ao encarregado do inquérito não cabe afirmar a existência ou não de
acidente em serviço ou de ato de serviço, que serão comprovados por meio da documentação
exigida no art. 16, destas Instruções Reguladoras.

Seção VII
Da Formatação

Art. 23 - O Inquérito Sanitário de Origem será digitado e todas as folhas do


processo datadas, numeradas e rubricadas pelo oficial médico encarregado.
§ 1º - As declarações elucidativas prestadas pelo paciente serão por este
assinadas ou a rogo, devendo o encarregado do inquérito apor sua assinatura imediatamente
abaixo.
§ 2º - As declarações das testemunhas serão também assinadas por quem
as fizer, ou a rogo, apondo o encarregado do inquérito a sua assinatura imediatamente abaixo.

Seção VIII
Da Inspeção de Saúde de Controle

Art. 24 - Concluído o inquérito, o encarregado o encaminhará à autoridade


que determinou a instauração do mesmo, que tomará providências no sentido de que o interessado
seja submetido à Inspeção de Saúde de Controle.
§ 1º - O diagnóstico e parecer da Inspeção de Saúde, será transcrito no
Inquérito Sanitário de Origem, após as "Conclusões Finais", sob o título "Inspeção de Saúde de
Controle".
§ 2º - As juntas que procederem à Inspeção de Saúde deverão registrar o(s)
diagnóstico(s) por extenso, como também estabelecer em seus pareceres a relação de causa e
efeito que possa existir entre as condições mórbidas encontradas e a doença adquirida em ato de
serviço ou consequente à acidente em serviço, observando-se as conclusões do encarregado do
ISO.
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Seção IX
Do Destino do ISO
Art. 25 - O Inquérito Sanitário de Origem terá sua solução publicada em
boletim da corporação pela Diretoria Geral de Saúde que determinará a realização de inspeção de
saúde de controle.
§ 1º - O resultado da inspeção de saúde de controle deverá ser encaminhado
pelo Centro de Pericias Médicas e Saúde Ocupacional (CPMSO) para publicação em boletim da
corporação
§ 2º - O ISO ficará permanentemente arquivado no prontuário do militar no
CPMSO.
§ 3º- Do Inquérito Sanitário de Origem será extraída uma cópia, devidamente
autenticada, que será entregue ao interessado, mediante recibo.

Seção X
Da Doença Endêmica e Epidêmica
Art. 26 - Caso a doença incapacitante alegada como adquirida em ato de
serviço seja uma doença endêmica ou epidêmica, as prescrições destas Instruções Reguladoras
deverão ser combinadas com as constantes dos parágrafos que se seguem.
§ 1º - A doença endêmica ou epidêmica de que trata o caput do artigo é toda
aquela que se verifica em consequência de acidente em serviço realizado em região
comprovadamente atingida pela doença alegada, conforme previsto no Art. 2º destas Instruções
Reguladoras e quando, por parte do paciente, não ocorrer desobediência aos preceitos e às
medidas de profilaxia preconizadas pelas autoridades sanitárias.
§ 2º - Se a epidemia ocorreu no próprio quartel em que o paciente serve ou
servia, a sua doença será considerada como adquirida em ato de serviço, desde que um inquérito
epidemiológico comprove que o foco original da doença ou a fonte de infecção encontrava-se na
OM.
§ 3º - Quando uma doença endêmica ou epidêmica for alegada como
adquirida do acidente em serviço e causadora de incapacidade física temporária ou definitiva, torna-
se necessário, para a abertura do Inquérito Sanitário de Origem, que ao requerimento do
interessado seja anexado um atestado, passado por autoridade sanitária militar ou civil que
comprove o estado endêmico ou epidêmico da doença alegada, e sua ocorrência na época e na
localidade em que servia o paciente.
§ 4º - Em todos os casos de Inquérito Sanitário de Origem por doença
endêmica ou epidêmica, o encarregado do inquérito deverá pesquisar:
I - o período de exposição do militar em serviço na zona endêmica ou
epidêmica, que venha resultar em acidente;
II – data de início da doença; e
III – se, durante a doença, houve alguma associação mórbida ou
complicação.

CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 27 – Todo documento sanitário de origem deverá ser controlado por
inspeção de saúde, sistemática e obrigatoriamente, sob pena de nulidade deste documento.
§ 1º - Nos casos de ASO, a inspeção de saúde será realizada na vigência do
tratamento.
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§ 2º - Nos casos de ISO, a inspeção de saúde será realizada após a


conclusão da perícia.
Art. 28 – Os Documentos Sanitários de Origem (DSO), quando apresentados
para obtenção de benefício do Estado, não terá nenhum valor sem o controle por inspeção de
saúde, obrigatório na ocasião de cada pedido e destinado a verificar a existência de relação de
causa e efeito entre o acidente sofrido e o mal adquirido e as condições mórbidas apresentadas na
data do exame, sendo a respectiva cópia de ata anexada ao processo.

§ 1º - Quando não houver relação de causa e efeito com as condições


mórbidas encontradas na ocasião da inspeção, deverá o CPMSO declarar em seu parecer se há ou
não vestígios anatômico ou funcional da doença ou acidente ocorrido em serviço.

§ 2º - Declarada a incapacidade definitiva, o CPMSO deverá esclarecer se o


bombeiro militar inspecionado pode ou não prover os meios de subsistência e, no último caso, se a
impossibilidade decorre de diagnóstico, ou diagnósticos, relacionados com o acidente ou a doença
de origem invocados.
Art. 29 – O CPMSO quando examinar os pacientes portadores de DSO
deverá verificar a autenticidade de tais documentos e o preenchimento de todas as formalidades
exigidas por estas instruções e consignar no campo de “observações”, qualquer irregularidade
existente.
§ 1º - Da inspeção de saúde será extraída uma cópia autêntica com o
“confere” dos membros da junta, a qual será remetida à Diretoria Geral de Saúde para publicação
em Boletim, e ser transcrita nas folhas de alterações do interessado.

§ 2º - No DSO apresentado será registrado o resultado da inspeção, sob a


assinatura do presidente da junta, transcrevendo-se o diagnóstico por extenso.

§ 3º - Quando um DSO for declarado pela junta não preencher as


formalidades exigidas e sua irregularidade for suscetível de correção, deverá ser substituído por
outro, sanada a irregularidade apontada e voltando o novo documento à junta para ser consignado o
resultado da inspeção realizada.

Art. 30 – Os Comandantes, Chefe ou Diretores de OBM deverão remeter ao


Diretor do CPMSO os ASOs lavrados, a fim de serem cumpridos os dispositivos do § 1º, do art. 26 e
o art. 11, destas normas reguladoras.

Art. 31 – Os DSO, devidamente controlados pelas inspeções de saúde,


servirão essencialmente de base a requerimentos de qualquer benefício do Estado relacionados
com acidentes ou doenças adquiridas em consequência de serviço.

Art. 32 – Todos os processos que se apoiem em DSO ou invoquem danos


físicos adquiridos em ato de serviço deverão ser estudados e informados pelo CPMSO, antes de
deliberar-se sobre os pedidos de benefícios.

Art. 33 – Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral do


CBMERJ, ouvido o Diretor-Geral de Saúde.
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