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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA__DO TRABALHO DE

DIADEMA/SP

KETLIN DIAS DE ARAÚJO , brasileira, solteira, atendente


desempregada inscrita no CPF/MF488.500.658-92, portador da cédula de identidade
n°59.044.495-5, residente e domiciliada na Avenida Joaquim Lourenço Toledo Bueno, 40
casa 2 cep: 04475-260, Vila Guacuri – São Paulo – SP, vem à presença de Vossa Excelência
por meio de sue advogado infaassinado , JOÃO VITOR ATHAYDE DOS SANTOS, brasileiro,
divorciado, ADVOGADO, inscrito na OAB/SP número 466964, com endereço eletrônico
drjv_athayde@adv.oabsp.org.br com endereço na estrada das Lágrimas , 1279, sala 1,
Cep; 04232-000, Sacomã – São Paulo - SP ,vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos
artigos,840 da CLT, propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face de empresa FRANCISCO ALEX SANDRO DE ASSIS, pessoa jurídica de direito privado
inscrita no CNPJ 30.420.151/0001-60,localizada na rua Viena, 308, CEP: 09921-400,bairro
Taboão – Diadema- SP, e-mail alexvida27@gmail.com Telefone11 49137393, foi fundada
em 10/05/2018 e está com a situação cadastral Ativa na Receita Federal. Este CNPJ é de uma
Matriz do tipo 2135 - Empresário (Individual), de porte Micro Empresa que está localizada
em DIADEMA - SP. A sua principal atividade econômica é 5612100 - Serviços ambulantes de
alimentação

DAS PRELIMINARES
DA JUSTIÇA GRATUITA

(CLT, art. 790, § 4º, da CLT)


A Reclamante, máxime alicerçado nos documentos ora
carreados, comprova sua insuficiência financeira evidencia de sua CTPS.

Diante disso, abrigado no que rege o § 4º, do art. 790, da CLT,


requer o benefício da justiça gratuita. Ressalva, ainda, para isso, que seu patrono detém essa
prerrogativa, a qual se encontra inserta no instrumento procuratório acostado. (CPC, art. 99,
§ 4º c/c 105, in fine).

1.2 - Da não limitação da condenação aos valores dos pedidos iniciais

A Lei n. 13.467/17 exige que o pedido deve “ser certo,


determinado e com indicação de seu valor”.

Entretanto, não houve uma alteração substancial, já que o valor


do pedido não passa de uma indicação e difere do valor apurado em uma liquidação, pois

essa só decorre da condenação.

Nota-se que o art. 791-A da CLT corrobora que o valor da


liquidação não está delimitado pelo valor do pedido e que a definição do valor efetivamente

devido será feita com a liquidação da sentença, ou seja, tal artigo estabelece que os
honorários advocatícios devidos ao advogado do reclamante serão calculados sobre

“o valor que resultar da liquidação da sentença”.

Diante disso, o valor da causa apresentado representa mera


estimativa, conforme entende o respeitável TRT-2:

LIMITAÇÃO AOS VALORES DA INICIAL. A novel legislação foi elaborada com o escopo de dar mais efetividade
ao princípio da celeridade e da economicidade, no entanto, não pode constituir um entrave às partes, na
medida em que o inciso I do artigo 852 - B da CLT não exige a liquidação precisa dos pedidos, mas a mera
estimativa de valores, sob pena de afronta à garantia constitucional de acesso à justiça, previsto no inciso XXXV
do art. 5o da CF/88. (TRT-2 10012385720195020077 SP, Relator: ANNETHKONESUKE, 17a Turma - Cadeira 2,
Data de Publicação: 11/02/2021) (grifo nosso).

No mesmo sentido, reconhece o colendo TST ao afastar a


alegação de violação do princípio da congruência ou adstrição ao pedido, que o valor do
pedido representa um cálculo aproximado, com a finalidade de fixação da alçada:

"VALOR DO RESPECTIVO PEDIDO ATRIBUÍDO NA PETIÇÃO INICIAL. 1.

O princípio da simplicidade, que informa o Processo do Trabalho, mais do que afastar os formalismos
exacerbados que vigoraram no Processo Civil Comum, busca dar efetividade ao processo, enaltecendo sua
natureza de instrumento para a persecução e efetivação do bem da vida deduzido em Juízo. Assim, o Processo
do Trabalho não pode ser considerado um fim em si mesmo, mas apenas o meio pelo qual se efetivam direitos
sociais e fundamentais mínimos, consagrados na Constituição da República e na CLT.

2. Diante da complexidade que envolve os cálculos trabalhistas, além das inúmeras discussões doutrinárias e
jurídicas acerca da incidência de reflexos, seria desarrazoado atribuir, ao valor do pedido lançado na petição
inicial, a certeza de um mesmo valor que se fixa, por exemplo, no caso de uma execução de um título
extrajudicial. Não se exige, no Processo do Trabalho, a mesma indicação" precisa "a que referia o CPC de 1939,
nem tampouco o refinamento na individualização do valor da causa, disciplinado nos artigos 42 a 49 do CPC de
1939. 3. O valor atribuído pelo reclamante, no caso dos autos, representou mera estimativa, simplesmente
para a fixação de alçada (artigo 852-B, I, da CLT), não servindo como limite do valor efetivamente auferido,
após regular procedimento de liquidação de sentença. 4. Ao deixar de limitar a condenação aos respectivos
valores indicados na reclamação trabalhista, o juiz de primeiro grau não violou o princípio da congruência,
como reconhecido pelo Tribunal Regional, razão pela qual, impõem-se a reforma do julgado, a fim de se
restabelecer o critério de liquidação indicado na sentença. 5. Recurso de Revista conhecido e provido."
(Processo: RR - 11064-23.2014.5.03.0029 Data de Julgamento:

21/06/2017, Relator Desembargador Convocado: Marcelo Lamego Pertence,1a Turma, Data de Publicação:
DEJT 23/06/2017) (grifo nosso).

Por causa disso, os valores cabidos ao Reclamante deverão ser


apurados, em liquidação de sentença, por cálculos que não devem se limitar aos valores
lançados na petição inicial.

II-DO CONTRATO DE TRABALHO

A reclamante iniciou seu vínculo empregatício junto a


reclamada em 05 de abril de 2022, com o término em 01 de fevereiro de 2024.A obreira
exercia a função de atendente, em barraca ambulante de pastéis nas feiras livres da Cidade
de Diadema, percebia salário mensal de R$ 2000.00(dois mil reais mensais), pagamentos
fracionários todos os dias 30 e dia 15 do todo mês.

Ocorre que durante todo o tempo em que perdurou a relação


de emprego, não houve por parte da reclamada a devida anotação na CTPS do reclamante.
Ainda, alega o reclamante ter laborado todos os feriados durante o tempo em que durou o
contrato de trabalho sema percepção de nenhuma contraprestação.

Portanto, ao tomar ciência que a obreira estava gestante, a


reclamada decidiu dar por fim final ao vínculo empregatício, a reclamante não percebeu
nenhuma verba a título de indenização o que ensejou a presente ação reclamatória.

Aduz a reclamante que durante a jornada de trabalho não havia


intervalo intrajornada, sendo determinado pelo o empregador o seu retorno imediato ao
trabalho logo após se alimentar. O horário de trabalho da reclamante se dava das 6h às 15h,
as quartas, sextas, sábados e domingos e das 15h às 22h.

As feiras livres onde ocorria o laboro da reclamante para com a


reclamada eram: quarta na Vila Nogueira, quinta, feira livre noturna na pça da Moça, sexta
no Jardim Campanário, sábado Piraporinha e domingo no Bairro de Serraria.

2.1-DO RECINHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

Conforme preconiza o artigo 3° da CLT, considera-se


empregado todo aquele que presta serviços de modo contínuo, habitual de forma onerosa,
com subordinação e de modo pessoal. No contrato de trabalho discutido nesta exordial, o
reclamante laborava cinco dias por semana com horário das 6h às 15h e um as quintas feiras
das 15h 22h. Neste prisma não há de ignorarmos que a reclamante preenche todos os
requisitos para investidura de empregado.
Desta feita, os relatos da reclamante se juntam com previsão
dos artigos 2º e 3° da CLT, dispõe sobre empregador e empregado respectivamente, sendo o
Reclamado o empregador que, contratou, assalariou e dirigiu o Reclamante lhe delegando
tarefas configurando assim a subordinação. Enquanto o Reclamante, prestava serviço
pessoalmente e com habitualidade, pois de acordo com este; laborava cinco dias por
semana oito horas de jornada de trabalho.

A Reclamante que executava as tarefas sem a existência de


outro substituto o sendo esta; pessoa física, assim permanece. Já o serviço era prestado,
com onerosidade conforme as provas anexas aos autos como os comprovantes de depósitos
na conta do então namorado da reclamante realizados pelo reclamado entre os mais
variados dias de cada mês, constando assim a evidente subjunção entre o fato e a norma
ensejando ao Reclamante todos os benefícios contidos na relação de emprego aqui
discutida.

2.2- Da anotação da CTPS

Conforme disposição do artigo 29 1 da CLT da Lei após o início


da relação de emprego entre o reclamante e o reclamado, o que resta comprovado que não
ocorreu conforme provas anexas estando até o presente momento o reclamante,
desamparado legalmente, devido a omissão do Reclamado em formalizar legalmente a
relação de emprego em tela. A presente omissão por parte do (Empregador) acaba por
suprimir os direitos do Reclamante, que se encontra até o presente momento em estado de
vulnerabilidade, vivendo na informalidade até o presente momento. Portanto, é cediço
conforme as provas existentes nos autos, que a relação de emprego aqui narrada existiu,
fazendo o Reclamante jus acerca das anotações em sua CTPS.

1
Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores
que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de
sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da
Economia. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
2.3- DO RECOLHIMENTO DO FGTS

Conforme disposição do art.7º, III2 da Constituição Federal, é


assegurado aos trabalhadores urbanos e rurais, o FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE
SERVIÇO, a ser depositado em conta vinculada em nome do trabalhador, de acordo com as
provas dos autos e aproveitando-se da situação de vulnerabilidade do reclamante, o
reclamado omitindo-se das responsabilidades do empregador para com o empregado. Uma
dessas responsabilidades não cumpridas pelo reclamado para com o reclamante, foi o não
recolhimento das verbas do FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO, que deveria
ter ocorrido todo o dia vinte de cada mês, conforme redação do artigo 15 da lei 8036/903.

A lei supramencionada neste tópico , também traz a definição


de empregado e empregador em §§ 1° e 2° 4. Assim sendo, não há como não porsperar o

2
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

3
Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o vigésimo
dia de cada mês, em conta vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os
arts. 457 e 458 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, e a Gratificação de Natal de que trata a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962. (Redação dada pela Lei
nº 14.438, de 2022) Produção de efeitos

4
§ 1º Entende-se por empregador a pessoa física ou a pessoa jurídica de direito privado ou de direito público,
da administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes, da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, que admitir trabalhadores a seu serviço, bem assim aquele que, regido por
legislação especial, encontrar-se nessa condição ou figurar como fornecedor ou tomador de mão-de-obra,
independente da responsabilidade solidária e/ou subsidiária a que eventualmente venha obrigar-se.

§ 2º Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar serviços a empregador, a locador ou tomador de
mão-de-obra, excluídos os eventuais, os autônomos e os servidores públicos civis e militares sujeitos a regime
jurídico próprio.
pleito acerca do reconhecimento do vínculo empregatício, bem como o depósito acerca das
verbas a título de FGTS que apuradas dão na quantia dê: R$ 3.731,20( três mil, setecentos
e trinta e um reais e vinte centavos ) valores corrigidos, conforma planílha anéxa.

2.3.1 – Da multa dos 40% sobre o saldo do FGTS em caso de demissão sem justa causa

Conforme redação expressa, no artigo, 18 § 1°5 da Lei


8036/90. A dispensa sem justa causa é fato gerador para multa de 40% sobre o saldo do
FGTS depositado na conta vinculada do empregado (Reclamante), haja vista que estão
presentes os requisitos para que se reconheça a rescisão indireta aqui dirimida. Faz jus a
Reclamante ao valor da multa sobre o saldo que deveria constar em sua conta vinculada
que é de: R$ 4283,93(quatro mil duzentos e oitenta e três reais e noventa e três centavos).

3- DAS FÉRIAS período aquisitivo 5 de abril de 2022 a 5 de abril 2023

Tratando-se de um direito constiutucional previsto no artigo


7°,XVII, durante o período em que perdurou o contrato de trabalho entre reclamante e
reclamada, não houve por parte do obreiro percpção do direito das férias acrescidas do
terço constitucional.
Portanto, estando certos do reconhecimento do vínculo
empregatício entre as partes , ao trabalhador carece a percepção dos valores pecuniários
em relação ao período aquisitivo das férias que apuradas se dão na quantia dê: R$ 2660.00(
dois mil e seiscentos e sessenta reais ).
Deste modo , há uma grave afronta por parte da reclamada
em desfavor do reclamante , haja vista que jamais foram conceiddas férias conforme

5
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a
depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da
rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações
legais. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
previsão constitucional e legislativa prevista no artigo 134 da CLT6.

3.1- Das Férias proporcionais perído aquisitivo 05 de abril de 2023 até abril de 2024
10/12 avos de férias.

A dispensa da reclamante deu-se no dia 08 de fevereiro de


2024, período em que a mesma, alcançou mais um período aquisitivo de férias, conforme
redação do artigo 146 parágrafo único da CLT. Portanto, merece receber nas verbas
rescisórias a importância de R$2216.66(mil e seiscentos reais), ressaltando aqui a dispensa
sem justa causa do empregador (Reclamado) para com o empregado (Reclamante) já
acrescidos o terço constitucional.

4- DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

Conforme acompanhamos nessa exordial reclamatória, foram


suprimidos por parte da reclamada diversos direitos inerentes a reclamante por conta da
falta de anotação da CTPS. Portanto, mais um dos direitos os quais não foram usufruídos
pela obreira, foram os décimos terceiros salários, previsto em texto constitucional em seu
artigo 7°, VIII7 da CFRB/1988.

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Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. (Redação dada pelo Decreto-lei
nº 1.535, de 13.4.1977)

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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
Deste modo, à reclamante é devido pela reclamada a
R$1500(mil e quinhentos reais a título de decimo terceiro salário proporcional referente ao
ano de 2022, e R$ 2000,00(dois mil reais) referentes ao ano de 2023 onde jamais foram
percebidos pela obreira.

5- DO AVISO PRÉVIO

5.1 – Das verbas rescisórias

Conforme redação expressa no artigo 7°, XXI, da Constituição


Federal e artigo 487 da CLT, e lei 12.506, o empregado que tiver sua dispensa sem justo
motivo, deverá perceber a título de indenização o saldo de salário, mais três dias acrescidos
por ano de serviço prestado. Cediço que o Reclamante prestou serviços ao Reclamando no
período de um ano e oito meses, a este; carece a percepção da respectiva verba pecuniária,
que apurada se dá na quantia dê:

a) R$ 666,66(seiscentos e sessenta e seis reais e sessenta e seis centavos), saldo de salário


10 dias;

b) R$ 2200,00(dois mil duzentos reais). Aviso prévio indenizado 33 dias;

c) R$ 166,66 (cento e sessenta e seis reais e sessenta e seis centavos) 1/12 avos de 13°
salário; c.1- R$ 166,66 (cento e sessenta e seis reais e sessenta e seis centavos) R$ 1/12
avos 13° salário indenizado

d) R$ 2660.00(dois mil e seiscentos e sessenta reais) de férias vencidas; d.1- R$2216.66(mil


e seiscentos reais) férias proporcionais; d.2 – R$ 222,22(duzentos e vinte e dois reais e
vinte e dois centavos)1/12 avos de férias indenizadas;

e) R$ 1942,48 mil novecentos e quarenta e dois reais e quarenta e oito centavos) referente
a multa sob o saldo do FGTS.
Portanto, ao reclamante deverá ser percebida a quantia dê: R$
10.241,34(dez mil duzentos e quarenta e um reais e trinta e quatro centavos) a título de
verbas rescisórias.

5.2- Da multa pelo atraso do pagamento das verbas rescisórias

Conforme resta presente nos autos, em prova anexa , dado


o término da relação de emprego, o pagamento das verbas rescisórias, deveria ocorrer no
prazo de dez dias a contar a data da dispensa dos serviços do reclamante, fato mais que
comprovado que não ocorreu, ensejando ao reclamante o pagamento da multa de um
salário conforme redação expressa no artigo, 477, § 8° 8da CLT, valor conforme consta nas
cópias dos extratos bancários do Reclamante, a importância de R$ 2000,00( dois mil
reais.)Corrobora com a presente tese a súmula,4629 do TRIBUNAL SUPERIOR DO

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Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de
Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das
verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos


órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de
quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. (Redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador,
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente
corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à
mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

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Súmulas do TST - Súmula TST 462 - Verbas rescisórias. Multa da CLT, art. 477, § 8º. Incidência.
Reconhecimento judicial da relação de emprego. CLT, art. 3º

A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida apenas em juízo não tem o condão de afastar a
incidência da multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT. A referida multa não será devida apenas quando,
comprovadamente, o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias. Res. 209, de
TRABALHO, pois não restam dúvidas acerca do reconhecimento do vínculo empregatício
entre as partes.

6- DO RECOLHIMENTO DAS GUIAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

É cediço diante das provas acostadas nestes autos, a existência


do vínculo empregatício aqui pleiteado, o que vem a gerar perante o empregador a
responsabilidade acerca da seguridade social do empregado.

Portanto, assim restando comprovado o presente vínculo


empregatício, esta responsabilidade de recolhimento das Guias da Previdência Social, é de
cargo do Reclamado, conforme os termos do artigo,195 da Constituição Federal, I, a, b e
c10 e artigo 10 e 11 parágrafo único da lei 8212/90, estando inadimplente junto ao Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS), o Reclamante, pois o recolhimento não se deu por

30/05/2016 (Acrescenta a súmula. DJ 01/06/2016, 02/06/2016 e 03/06/2016).

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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)


omissão do Reclamado, acerca das responsabilidades do empregador junto ao empregado
na relação de emprego em tela.

7- DAS GUIAS DO SEGURO DESEMPREGO

Conforme comprovado nos autos que a relação de emprego


aqui dirimida, se desconfigurou de forma involuntária por parte do Reclamante, o que
enseja a este; o benefício do seguro-desemprego conforme os termos do artigo 3°, I e
alíneas da lei 7998/90, pois o reclamante, até o presente momento, não se encontra
trabalhando no mercado formal, tampouco preenche os requisitos expressos nos incisos III,
IV e V dos incisos do artigo supracitado.

Utilizando como referência a tabela vigente no ano de 2023,


ano este que se encerrou a relação de emprego, o reclamante faz jus a concessão do
benefício em epígrafe, utilizando como base para cálculo, os últimos salários percebidos pelo
reclamante, os valores a serem percebidos por este; se dão em quatro parcelas de R$
1600,00( mil e seiscentos reais ) que somadas perfazem a quantia de R$ 6400,00(seis mil
quatrocentos reais).

8- DO INTERVALO INTRAJORNADA

Aduz a reclamante que durante a jornada de trabalho, não


gozava do intervalo de uma hora para refeição e descanso.Portanto, o intervalo consistia em
apenas realizar a refição e logo após voltar ao trabalho.
Deste modo, ao obreiro, são devidas as verbas a título
indeniozatório conforme disposição do artigo 71§ 4° da CLT, onde nos ensina que o período
suprimido deverá ser percebido pelo obreiro a título indenizatório com acréscimo de 50%
sobre o valor da hora trabalhada.
Destarte, o valor da hora trabalhada com acréscimo de 50% do
obreiro,está apurada em R$ 13,74( treze reais e setenta e quatro centavos) este é o valor
suprimido de descanso da obreira que não usufruia de intervalo pra descanso, fazia a
refeição e logo voltava para atender os clientes.
Portanto, ao longo do contrato de trabalho entre reclamante e
reclamado, foram 500(quinhentos) dias trabalhados, onde se multiplicando pelo valor dos
minutos suprimido dentro do intervalo intrajornado da obreira, faz juz este; a percepção da
quantia a título indenizatório conforme os termos do artigo supracitado neste tótpico dê: R$
6870,00( seis mil oitocentos e setenta reais).

9- DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Conforme relata exaustivamente a reclamante, seu horário de


labor se dava das 06h às 15h, laborava como atendente de uma barraca de pasteis em feiras
livrres e era exposta durante todo laboro a contato com cilindro de GLP, utilizado como
energia para o preparo dos pasteis.
Asseimsendo, não há dúvidas acerca da exposição a agente
perigoso que sofrerá a reclamante durante o período laboral.
Ainda a CLT em seu artigo 193, nos lesiona acerca do direito ao
adicional de periculosidade elencando seus elementos.
Desta feita, não restam dúvidas que a reclamante laborou
exposta ao perigo durante o tempo o qual prestou serviços a reclamada.Abaixo traza=emos
um entendimento jurisprudencial.

"ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Constatou o perito de confiança do Juízo que o autor até dezembro de 2015 não mantinha contato
habitual/frequente com inflamáveis, embora operasse veículo do tio empilhadeira movida a GLP, conduzia de
01 02 vezes por semana por 40 minutos, chegando a realizar abastecimentos sempre de forma
esporádica/eventual, em frequências inferiores a 01 vez por mês, mas que a partir de dezembro de 2015 teria o
autor passado a dirigir veículo do tipo Sprinter, transportando materiais, peças e produtos químicos
inflamáveis, tais como tintas em galões de 3,6 e 20 litros e thinner em galões de 20 litros, efetuando a busca
pelos menos 03 vezes por semana, de tintas e diluentes no almoxarifado do prédio 92, bem como efetuava o
abastecimento do veículo 02 vezes por semana com 7- litros de óleo diesel no posto interno de combustíveis da
reclamada, fato que expos o reclamante, a partir de dezembro de 2015 de forma habitual e intermitente a
inflamáveis durante a atividade de abastecimento de óleo diesel no veículo sprinter e acesso ao almoxarifado
de inflamáveis para a busca de tintas e diluentes.Ante a constatação realizada "in loco" pelo Sr. perito, concluiu
que: "Este laudo foi baseado na Portaria 3.214/78, mais especificamente na Norma Regulamentadora nº 16,
intitulada "Atividades e Operações Perigosas". Após inspeção, análise e avaliação, verificou-se que as
atividades realizadas pelo Reclamante são caracterizadas como:- PERIGOSAS (30%) - Por exposição a
inflamáveis, com relação às atividades desenvolvidas a partir de dezembro de 2015." (ID. 3b34c91 - Pág. 14)A
conclusão foi mantida em sede de esclarecimentos Esteve o reclamante, portanto, exposto a agentes perigosos
e, por isso, faz jus ao correspondente adicional.Em que pesem as impugnações lançadas nos autos e demais
provas produzidas pela reclamada, seu inconformismo não tem o condão de afastar, invalidar ou alterar o
resultado do laudo do perito do juízo, pois emerge, do debate travado nos autos, que o autor ativou-se em local
perigoso.Frise-se que para o adicional ser devido basta a exposição eventual já que o infortúnio não tem hora
para ocorrer.Assim, acolhem-se as informações prestadas pelo Expert.Como já decidido nos autos do processo
TRT/SP 01866200246202006, RO-Ac. 2ª. T 20050721890, Rel. Juíza Maria Aparecida Pelegrina, DOE-
25.10.2005:"Cabe à reclamada a apresentação de elementos firmes e tecnicamente convincentes em
contraprova ao laudo pericial, respaldado na legislação específica (...) A impugnação deve evidenciar
impropriedades técnicas e científicas no trabalho do perito do juízo a autorizar o seu desacolhimento.
Inteligência dos artigos 433, parágrafo único e 436 do CPC" Portanto, procede o pedido, devido o adicional de
30% sobre o salário básico (Súmula 191 do C. TST), observada a sua evolução salarial, a partir de dezembro de
2015.Face à habitualidade, são devidos os reflexos do adicional de periculosidade em férias + 1/3, 13º salários,
FGTS com 40%, aviso prévio. Não integram em horas extras e adicional noturno, conforme fundamentação
supra (Súmula 191 C.TST).

(TRT da 2ª Região; Processo: 1001085-07.2017.5.02.0461; Data: 08-02-2024; Órgão Julgador: 12ª Turma -
Cadeira 4 - 12ª Turma; Relator(a): PLINIO ANTONIO PUBLIO ALBREGARD)

Destarte, não há como não reconhecer que durante o


pacto laboral entre as partes a reclamante laboral exposta ao perigo, sendo que o
cilindro de GLP permaneceu integralmente aberto desde o início até o final de cada
jornada, haja vista que este; serve como fonte de energia junto ao preparo dos
alimentos.

Deste modo, as verbas que não foram percebidas junto a


reclamante a título de adicional de periculosidade se dão montante de:

a) R$13.200,00 (treze mil e duzentos reais) referente aos vinte e dois meses laborados;

b) R$450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) 13° proporcional ano de 2022 9/12 avos;

c) R$ 600,00(seiscentos reais) décimo terceiro salário de 2023;

d) R$ 1056,00(mil e cinquenta e seis reais); referente a FGTS e ser depositado na conta


vinculante da reclamante; d.1- R$ 422,20(quatrocentos e vinte e dois reais e vinte
centavos);

e) R$ 600,00(seiscentos reais) a título de aviso prévio;


Portanto, a reclamante faz jus a percepção a título de
adicional de periculosidade no total de R$16.238,20(dezesseis mil duzentos e trinta e
oito reais e vinte centavos), de adicional de periculosidade mais reflexos.

10- DAS HORAS EXTRAS

Conforma aqui elencado, o reclamante realizava junto a


reclamada uma jornada de trabalho de oito horas diárias, seis vezes na semana. Ocorre que
a CFRB/1988 em seu artigo 7°, XIII, nos ensina que a carga horária semanal não pode ser
superior a 44h semanais porém, o obreiro na sua carga horária aqui mencionada,
ultrapassava o limite em 1h 20 (uma hora e vinte minutos semanais) que apurados o valor da
cada hora R$ 16,36(dezesseis reais e trinta e seis centavos).

Deste modo, realizando a dedução semanal de 20 minutos de


intervalo intrajornada por dia, e os outros 40 minutos suprimido já citados em tópico
anterior, o limite de horas se mostrou excedente do limite previsto por lei é o atual
entendimento jurisprudencial deste Egrégio Tribunal como podemos observar abaixo:

Horas extras e reflexos

A r. sentença condenou a reclamada no pagamento de horas extras "excedentes a jornada diária de 08h00 ou
44ª semanal" (ID. 3622034), e o autor pretende a reforma para que seja deferido o pagamento de horas extras
tanto das horas trabalhadas que ultrapassem o limite diário de 08 horas quanto o limite semanal de 44 horas,
conforme previsto no inciso XIII do art. 7º da CF, asseverando assim que a condenação deveria considerar como
horas extras as excedentes a 8ª diária e44ª semanal.

Consoante inciso XIII, do art. 7º da CF, "a duração do trabalho normal não será superior a 8 horas diárias e 44
semanais".

Para fins de apuração das extraordinárias, entretanto, as horas extras são àquelas trabalhadas além 8ª diária
ou 44ª semanal, adotando-se o mais benéfico ao trabalhador, ou seja, não se computando na apuração do
módulo semanal as horas extras já computadas na apuração pelo módulo diário, a fim de se evitar o
pagamento dobrado.

Nestes termos, transcrevo as seguintes decisões do C.TST:

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA
LEI Nº 13.015/14 - HORAS EXTRAS. CRITÉRIO DE APURAÇÃO. Constatada a divergência jurisprudencial, impõe-
se o provimento do agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. Agravo de
instrumento conhecido e provido. II - RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. CRITÉRIO DE APURAÇÃO. O
pagamento das horas extras que ultrapassam a 8ª diária e a 44ª semanal de forma cumulativa configura bis in
idem. Julgados. Recurso de revista conhecido e provido" (RR-11047-13.2014.5.01.0006, 8ª Turma, Relator
Ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, DEJT 09/08/2019).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EFEITO MODIFICATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.


Reconhece-se a omissão do acórdão embargado, que não analisou explicitamente os argumentos do agravo de
instrumento. Se tais argumentos conseguem infirmar o único fundamento da decisão agravada, o provimento
do agravo de instrumento é medida que se impõe. Embargos declaratórios providos, com efeito modificativo,
para prover o agravo de instrumento. RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. CRITÉRIO DE APURAÇÃO. A fim de
evitar-se qualquer interpretação que possa implicar bis in idem, devem ser consideradas como extras as horas
de trabalho que ultrapassaram a 8.ª (oitava) diária e, se não computadas nesse critério, as que excederam a
44.ª (quadragésima quarta) semanal. Essa é a melhor interpretação do conectivo "e" constante do inciso XIII do
art. 7.º da CF/88. Recurso de revista conhecido e provido. (RR - 118440-11.2008.5.02.0028, Relator Ministro:
Augusto César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 20/10/2010, 6ª Turma, Data de Publicação: 28/10/2010)

Conclui-se que os critérios para apuração são progressivos e não cumulativos. Assim, apura-se o excedente à 8ª
diária e, se não computadas nesse critério, calcula-se aquelas que excederem a 44 horas semanais, a fim de se
evitar o bis in idem.

A discussão travada pelo recorrente é de pura semântica, haja vista que lhe foi deferido o pagamento como
jornada extraordinária tanto das horas excedentes a 8 horas diárias de trabalho como das excedentes à 44ª
hora semanal, a serem apuradas, evidentemente, não de forma cumulativa.

Acolho parcialmente as razões recursais do autor apenas para determinar que, para fins de apuração das horas
extras deferidas seja considerado o excedente à 8ª diária e, se não computadas nesse critério, calcula-se
aquelas que excederem a 44 horas semanais, a fim de se evitar o "bis in idem".

<br/><br/> (TRT da 2ª Região; Processo: 1000159-78.2023.5.02.0602; Data: 27-10-2023; Órgão Julgador: 1ª


Turma - Cadeira 2 - 1ª Turma; Relator(a): MARIA JOSE BIGHETTI ORDONO)
Deste modo, é uníssono o entendimento deste Egrégio
Tribunal, no tocante a legitimidade acerca do pagamento de horas extraordinárias quando
ultrapassadas as 44 h semanais.

Portanto ao obreiro, deverá ser pago pela reclamada a título de


indenização por horas extras a quantia dê:

a) R$ 1390,60 (mil trezentos e noventa reais e sessenta centavos);

b) R$ 249,26 (duzentos e quarenta e nove reais e vinte e seis centavos) de DSR;

c) R$ 183,59 (cento e oitenta três reais e cinquenta e nove centavos) a título de FGTS já
apurada a multa dos 40%;

d) R$ 65,44 (sessenta e cinco reais e quarenta e quatro centavos); a título de décimo


terceiro ano 2022 e R$ 32,71 (trinta a dois reais e setenta e um centavos), 6/12 avos
décimo terceiro proporcional;

e) R$ 87,03 (oitenta e sete reais e três centavos), a título de férias mais acrescidos o
terço constitucional; período aquisitivo setembro de 2021 a setembro 2022, R$57,91
(cinquenta e sete reais e noventa e um centavos), proporcionais 8/12 avos de férias
proporcionais, acrescidos o terço.

Portando, ao reclamante deverá ser pago a título de horas


extras com demais reflexos a quantia dê: R$ 2.053,94(dois mil cinquenta e três reais e
noventa e quatro centavos).

11- DA CORREÇÃO MONETÁRIA

Em 18/12/2020 foi concluído pelo Plenário do Excelso Supremo


Tribunal Federal o julgamento conjunto das ADIs no 5867 e no 6021 e das ADCs no 58 e no
59, a respeito da atualização monetária na legislação trabalhista (art. 879, §7° e art. 899, §4°,
da CLT, com a redação dada ela Lei no 13.467/2017, e do art. 39, caput § 1º, da Lei no
8.177/1991).

Já em Embargos de Declaração, publicado em 25/10/2021, foi


sanado erro material, estabelecendo a incidência da correção monetária:

O Tribunal, por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração opostos pelos amicus
curiae, rejeitou os embargos de declaração opostos pela ANAMATRA, mas acolheu,
parcialmente, os embargos de declaração opostos pela AGU, tão somente para sanar o erro
material constante da decisão de julgamento e do resumo do acórdão, de modo a estabelecer
“a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir do ajuizamento da ação, a incidência da
taxa SELIC (art. 406 do Código Civil)”, sem conferir efeitos infringentes, nos termos do voto do
Relator. Impedido o Ministro Luiz Fux (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 15.10.2021 a
22.10.2021 (grifo nosso).

Nesse contexto, requer o Reclamante que seu crédito


trabalhista seja atualizado monetariamente conforme o entendimento do Supremo Tribunal
Federal.

11.1-DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

O artigo 133 da Constituição Federal, norma cogente, de


interesse público, das partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à
administração da Justiça.

Em que pese existir, no âmbito da Justiça Laboral, o princípio do


Jus Postulandi, sabe-se que, caso um reclamante comece um litígio sem o auxílio de um
Advogado, este poderá ser seriamente prejudicado, em virtude de geralmente não possuir o
conhecimento técnico adequado para litigar em juízo.

Além disso, é sabido que as empresas Reclamadas, por serem


detentoras de poder econômico avantajado, certamente estarão sempre acompanhadas por
operadores do direito altamente qualificados, o que, somado ao Jus Postulandi do
Empregado, tornaria o trabalhador ainda mais hipossuficiente na busca por seus próprios
direitos.

Dessa forma, na busca de uma igualdade material dentro de


uma demanda, se faz necessária, sim, a presença do Advogado em Juízo, acompanhando a
Reclamante.

Nada mais justo e coerente, portanto, do que o deferimento de


honorários advocatícios, inclusive ao advogado particular, por força do princípio da
sucumbência (artigos 769 da CLT e 85, parágrafo 14 do novo CPC).

12- DOS PEDIDOS

a) A concessão da justiça gratuita em favor do reclamante;

b) O acolhimento em caso de condenação da reclamada, da preliminar de não limitação


dos valores dos pedidos iniciais;

c) A citação da reclamada para que dentro da temporalidade processual venha


apresentar contestação, não apresentando que se opere a revelia nos termos do
artigo 844 da CLT;

d) A condenação da reclamada reconhecendo o vínculo empregatício aqui pleiteado,


haja vista a presença dos requisitos elencados no artigo 2° da CLT;
e) O recolhimento do FGTS na quantia dê: R$ 2.974,26(dois mil novecentos e setenta e
quatro reais e vinte e seis centavos); e.1-O pagamento da multa de 40% sobre o
saldo no valor dê: R$ 1189,70(mil cento e oitenta e nove reais e setenta centavos);

f) A condenação da reclamada ao pagamento das férias não gozadas pelo reclamante


no período aquisitivo 30 setembro 2021 a 29 de setembro de 2022 e proporcionais
8/12 avos na quantia dê: R$ 4.000,00 (quatro mil reais);

g) A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias; g.1)


décimo terceiro referente ao ano de 2022 na quantia dê: R$ 1800,00( mil e
oitocentos reais),g.2)R$ 1320,00(mil trezentos e vinte reais), saldo de salário 22
dias;g.3)R$ 1980,00(mil novecentos e oitenta reais). Aviso prévio indenizado 33 dias;
g.4)R$ 900,00 setecentos e cinquenta reais) 6/12 avos de 13° salário;g.5R$
150,00(cento e cinquenta reais)1/12 avos 13° salário indenizado;g.5)R$
200,00(duzentos reais) 1/12 avos de férias indenizadas; somadas as verbas perfazem
a quantia dê: R$6350,00( seis mil trezentos e cinquenta reais);

h) A condenação da reclamada ao pagamento a multa do artigo 477§ 8° pelo atraso no


adimplemento das verbas rescisória no valor de um salário convencionado no
contrato de trabalho R$ 1800.00(mil e oitocentos reais);

i) A condenação da reclamada ao recolhimento previdenciário junto ao reclamante;

j) A liberação das guias de seguro desemprego quatro parcelas de R$ 1379,89 (mil


trezentos e setenta e nove reais e oitenta e nove centavos) que somadas perfazem a
quantia de R$ 5519,56(cinco mil quinhentos e dezenove reais e cinquenta e seis
centavos);
k) A condenação da reclamada ao pagamento das horas do intervalo intrajornada na
quantia dê: dê: R$ 4.171,88(quatro mil cento e setenta e um reais e oitenta e oito
centavos);

l) A condenação da reclamada ao pagamento de adicional noturno e reflexos na


quantia dê: :R$ 2110,99(dois mil cento e dez reais e noventa e nove centavos);

m) A condenação da reclamada ao pagamento dos feriados e reflexos já apurados e


deduzidos os intervalos intrajornada junto ao reclamante, haja vista que não houve
contraprestação de folga na semana subsequente no valor dê: R$ 3022,30(três mil e
vinte e dois reais e trinta centavos);

n) A condenação da reclamada ao pagamento de horas extras e reflexos junto ao


reclamante no valor dê: R$ R$ 2.053,94(dois mil cinquenta e três reais e noventa e
quatro centavos);

o) A aplicação de juros e correção monetária até o efetivo pagamento das verbas


requeridas, conforme novo entendimento do Supremo Tribunal Federal;

p) Condenação da reclamada ao pagamento de verbas de sucumbência fixados a 15%


do valor líquido da sentença, conforme dispõe o art.791-A da CLT;

q) A condenação da reclamada ao pagamento das custas previdenciárias em


decorrência das verbas requeridas;
r) Que todas as publicações e notificações referentes ao processo em epígrafe sejam
realizadas em nome de JOÃO VITOR ATHAYDE DOS SANTOS,
email:drjv_athayde@adv.oabsp.org.br, e j2vitor@hotmail.com, sob pena de nulidade
conforme artigo 275 do CPC11;

s) A procedência total dos pedidos pleiteados nesta exordial;

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas


admitidas no Direito, sendo imprescindível a oitiva das testemunhas e depoimento pessoal
do reclamante, bem como a declaração do patrono do reclamante acerca da autenticidade
das provas documentais reunidas nestes autos, conforme preceito do artigo 830 da CLT.

DO VALOR DA CAUSA

Conforme disposição legal do artigo 292VIII§§ 1°,2° e 3° do


Código de Processo Civil12 , bem como o artigo 769 da CLT 13, dá-se a esta causa o valor R$

11
Lei 10406/2002
Art. 275. A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio eletrônico ou pelo
correio.

12
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:

§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.

§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.

13
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do
trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
33.192,63trinta e nove mil cento e setenta reais e quarenta centavos), exclusivamente para
fins fiscais e procedimental a ser adotado , sendo certo que os valores deverão ser arbitrado
após transito em julgado, não se limitando o Douto Juízo aos valores pleiteados nesta
exordial.

Nesses termos.
Pede e espera deferimento.

São Paulo, 31 de outubro de 2023

JOÃO VITOR ATHAYDE DOS SANTOS


OAB/SP 466.964

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