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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUÍZ (A) DA XX VARA DO TRABALHO DE XXXXX

(espaço 10 a 15 linhas)

Processo nº. XXXXX


EMPRESA LTDA., já qualificada nos autos da Reclamató ria Trabalhista em epígrafe, a qual
lhe é movida por XXXXX vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por seu
procurador abaixo firmado, apresentar:
CONTESTAÇÃO
conforme os fatos e fundamentos que passa a expor:
I - DA SÍNTESE DA PETIÇÃO INICIAL
A Reclamante ajuíza açã o trabalhista suscitando, em suma, ter laborado para a Reclamada
na funçã o de XXXX, no período de XXXX.
Seu horá rio de labor se iniciava à s XXXX horas e terminada à s ____ horas, ocorrendo de
segundas à s sextas.
O contrato de trabalho se encerrou no dia XX/XXXX/XXXX, sendo realizado por dispensa
sem justo motivo.
Diz o Reclamante que (Descrever Breve síntese da Inicial).
A reclamante foi admitida como estoquista em XX/XX/20XX.
Seu labor era de 44 horas semanais, das 08h à s 18h, com duas horas de intervalos e aos
sá bados, das 08h à s 12h.
Todas as alegaçõ es descritas na narrativa inicial do Reclamante ficarã o claramente
comprovadas que inexistiram e que se trata de uma criaçã o fantasiosa da Reclamante, que
nã o passam de meros desconfortos do dia a dia e rotina de trabalho.
Ficará claro que a inicial é totalmente improcedente, pelos fatos e razõ es expostos abaixo.
II – PRELIMINAR
1 - DA INÉPCIA DA INICIAL
Inicialmente, vem o Reclamante, anteriormente a discussã o do mérito, requerer que seja
julgado improcedente o pedido autoral, nos termos precisos do artigo 330, inciso I, do CPC,
“in verbis”:
“Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
[...]
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:

I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido


genérico;

III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.”


Como disposto no artigo supracitado, é exigido que o pedido seja claro, coerente, certo e
determinado, nã o se admitindo pedido implícito, ou seja, aquele reputado formulado,
mesmo sem ter sido feito expressamente.
Na peça inicial do Reclamante, nã o ficou claro sobre o tema duraçã o de trabalho, uma vez
que informa que realizava horas extraordiná ria, porém nã o foi capaz de indicar quais
seriam as horas extraordiná rias realizadas.
Em relaçã o ao tema remuneraçã o, também foi declarado que o Reclamante recebia valores
alegados como "por fora", porém o Reclamante nã o foi capaz de definir de forma certa e
objetivo quais foram estes valores.
Pelo exposto, resta claro, a toda evidência, que o pedido deduzido na inicial nã o é certo.
Assim, diante da evidente inépcia da inicial, impõ em-se a extinçã o do feito sem julgamento
do mérito, como preconiza o artigo 485, inciso I, c/c artigo 330, inciso I e § 1º, inciso II,
ambos do CPC, c/c artigo 769, CLT.
III - DO MÉRITO

1 - DO ALEGADO DANO MORAL/ASSÉDIO MORAL


A Reclamante alega em sua peça inicial, que durante seu contrato de trabalho com a
Reclamada, foi perseguida por seus superiores diretos, razã o que nã o passa de inverdades
e que nã o deve prosperar.
Relata ainda que passou por situaçõ es vexató rias durante o seu labor, inclusive informando
que colegas de trabalho lhe passaram informaçõ es de que o seu superior falava mal da
Reclamante na ausência desta.
Ainda relata que sofreu todas humilhaçã o desde o início do seu labor para a Reclamada.
A Reclamante ainda sinaliza que desenvolveu depressã o por conta do ambiente “hostil” de
trabalho, nas palavras da Reclamante.
Excelência, resta totalmente infundada a narrativa da Reclamada.
Excelência, as palavras de humilhaçã o que a Reclamante alega ter sofrido por parte de
superiores da Reclamada, nã o passam de meros boatos, conversas de “corredor” em que a
Reclamada nã o pode ter controle, ademais, a Reclamante em momento algum citou as
palavras que sofreu, assim, como quais superiores fizeram tal alegaçã o.
A Reclamante alega ter entrado em depressã o por conta das humilhaçõ es e situaçõ es
vexató rias passadas, porém nã o informa e nã o passaria de forma clara a data dos fatos ou
que tipo de humilhaçã o ou situaçã o vexató ria teria passado.
Nã o tem como comprovar a Reclamante que a depressã o desenvolvida teria sido em
virtude do ambiente de trabalho, pois poderia ter se desenvolvido por situaçõ e da vida
pessoal da Reclamante.
Com o intuito de esclarecer os fatos e trazer a verdade aos autos, requer a Reclamada sejam
oficiados por esse Juízo os postos de saú de da rede SUS, constantes nos atestados e
prescriçõ es médicas apresentados pela Reclamada, para verificar se houveram lapsos de
crises depressivas em outros momentos da vida.
Por fim, a Reclamante nã o apresentou nenhum documento ou prova documental que
demonstrasse o assédio moral ou situaçõ es vexató rias passados pela Reclamante.
Assim, deve ser julgados improcedentes os pedidos iniciais narrados pela Reclamante, pois
resta claro que nã o existiu qualquer tipo de dano moral ou situaçã o humilhadora ou
vexató ria no ambiente de trabalho da Reclamada.
2 - DA REMUNERAÇÃO
O Reclamante mais uma vez falta com a verdade com relaçã o aos dizeres do valor da sua
remuneraçã o, beirando a má -fé em relaçã o aos valores expostos.
Como juntado nos autos de forma clara e evidente, o salá rio do Reclamante era de R$ ____,
inclusive com todas as assinatura do Reclamante nos anexos, deixando claro que o
Reclamante conhecia e sabia dos valores recebidos.
Ou seja, nã o há nenhuma prova que sustente o valor de R$ ___ informado pelo Reclamante.
Assim, requer que o valor da remuneraçã o a ser eventualmente utilizado como base de
cá lculo na presente açã o seja de R$ ______.

3 - DA JORNADA DE TRABALHO / INEXISTÊNCIA DE HORAS EXTRAS NÃO


REMUNERADAS E REFLEXOS
Aduz o Reclamante que, laborava habitualmente em jornada extraordiná ria e informa que
nã o recebeu corretamente pelas horas laboradas, alegaçõ es estas que nã o podem ser
aceitas por V. Exa., senã o vejamos:
Diferente das informaçõ es narradas na inicial, o Reclamante trabalhava de ___ à s ___ de
segunda à sexta-feira, e aos sá bados no horá rio de ___ à s ____, conforme comprovam cartõ es
de pontos junto aos autos.
Vale ainda ressaltar, que as atividades da Reclamada se encerram no sá bado à s 12:00h,
logo nã o há de se falar em horá rio extraordiná rio aos sá bados.
Cabe também esclarecer, que a Reclamada nã o tem obrigatoriedade de manter a
implantaçã o de cartõ es de pontos, visto que possui menos de 10 funcioná rios, porém, com
o intuito de deixar claro o registro dos funcioná rios ela habilitou-se para este recurso.
Diante disso, nã o há de se falar em pagamento de horas extras, uma vez que nã o há
irregularidades na jornada laboral do Reclamante, conforme exaustivamente comprovado.
Ante o exposto, o pedido de pagamento das horas extras merece ser julgado totalmente
improcedente, bem como, as integraçõ es e reflexos nas demais verbas, visto que nã o
havendo o pagamento do principal, nã o há de se falar no pagamento do acessó rio.
No demais, o ô nus da prova é do Reclamante quanto ao fato constitutivo de seu direito,
conforme preconiza o artigo 818, inciso I, da CLT. Assim, nã o se desincumbindo o
reclamante do ô nus da prova, é de ser julgado improcedente o pleito.
Na remota hipó tese de serem deferidas horas extras, requer a Reclamada seja observada a
efetiva reclamaçã o do Reclamante, bem como, os respectivos adicionais de 50% de acordo
com a Constituiçã o Federal de 1988, observando ainda a compensaçã o das horas extras
quitadas.
4 - DAS VERBAS RESCISÓRIAS PLEITEADAS
4.1 - AVISO PRÉVIO

Indevido, visto que a dispensa do Reclamante se deu por (pedido de demissã o), inclusive o
mesmo nã o cumpriu o aviso e por isso ocorreu o desconto do valor em suas verbas
rescisó rias, conforme TRCT acostado aos autos.
Tal valor nos cá lculos da Reclamada estã o lançados no anexo TRCT providenciado, posto
que, é lícito a parte Reclamada o desconto do respectivo valor, considerando que apó s o
abandono do emprego a Reclamante nã o trabalhou o período do aviso prévio, portanto
indevido tal pedido.
4.2 - PAGAMENTO DE FÉRIAS EM DOBRO E FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 DO ABONO
As férias do Reclamante foram devidamente pagas e gozadas conforme recibos anexo,
portanto nã o há de se falar em pagamento de férias.
4.3 - DO FGTS + MULTA DE 40%
A Reclamante requer os pagamentos dos depó sito do FGTS, sob alegaçã o de que a
Reclamada nã o efetuou o recolhimento.
Cabe ressaltar, que em momento algum o Reclamante indicou o mês ou meses que os
referidos depó sitos nã o foram recolhidos, ô nus esse que lhe incumbia.
Porém, a Reclamada preza pela verdade e pela boa fé, sendo assim, assume nã o ter feito o
devido depó sito e irá providenciar o pagamento das guias.
Quanto ao depó sito de multa de 40% este é indevido, visto que ocorre somente nos casos
de demissã o sem justa causa, no caso em tela, houve o pedido de demissã o por parte do
Reclamante.
5 - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Improcede quaisquer das pretensõ es postuladas pelo Reclamante, requerendo o
Reclamado, desde já , seja o Reclamante condenado ao pagamento da sucumbência
recíproca, consoante artigo 791-A, caput e § 3º, da CLT.
Assim, levando-se em consideraçã o os dispositivos legais que regulam a matérias, em caso
de deferimento de honorá rios advocatícios que seja aplicada à regra da sucumbência
recíproca e sejam fixados honorá rios advocatícios ao reclamado relativos a parte
improcedente da açã o, tendo o reclamado direito ao recebimento de honorá rios de
sucumbência.
6 - DA COMPENSAÇÃO DE VALORES
Requer a reclamada no caso de eventual condenaçã o, a observâ ncia da compensaçã o de
valores já pagos, a título de verbas salariais, rescisó rias, dentre outras, em conformidade
com os documentos anexo, conforme previsto no artigo 767, CLT c/c Sú mula 48, do TST.
IV – DOS PEDIDOS
Diante do Exposto, Requer:
a) Primeiramente declara sob a forma do artigo 830, da CLT, que todos os documentos
constantes nos autos sã o có pias fiéis das vias originais, colocando-as à disposiçã o do juízo
caso requeira.
b) Seja acolhida a preliminar de inépcia da inicial, nos termos do artigo 330, inciso I, CPC e
consequentemente decretada a extinçã o do processo sem resoluçã o do mérito com base no
artigo 430, § 3º, da CLT.
c) Seja acolhida a preliminar, para declarar prescritos os créditos anteriores à __/__/__;
d) Seja julgado totalmente improcedente o pleito referente à indenizaçã o de danos morais,
pelos fundamentos já explanados nesta contestató ria;
e) Seja julgado improcedentes os pedidos relativos a horas extras, aviso prévio, férias
acrescidas do terço constitucional e décimo terceiro, assim como multa de 40% sob o valor
do FGTS, conforme razõ es e fundamentos explanados acima.
f) Protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento
pessoal da Reclamante, sob pena de confissã o quanto à matéria de fato (Sú mula 74, do
TST), perícia técnica, caso necessá rio, inquiriçã o de testemunhas e juntada de novos
documentos;
f) A deduçã o/retençã o e/ou compensaçã o dos valores eventualmente já alcançados à parte
autora com a mesma rubrica ou a mesmo título, na forma do artigo 767, da CLT e da
Sú mula, nº 48, do TST;
g) A condenaçã o da Reclamante ao pagamento das custas, honorá rios periciais e
advocatícios, na forma legal;
h) Tendo contestado todos os pedidos da inicial, nã o cabe a aplicaçã o da multa prevista no
artigo 467, da CLT, uma vez que somente seria aplicado em caso de verbas incontroversas
que nã o é o caso.
i) Nã o tendo pagado as verbas rescisó rias correta e tempestivamente por culpa exclusiva
do reclamante que resolveu nã o comparecer, dessa forma, nã o havendo no que falar em
aplicaçã o da multa prevista no artigo 477, da CLT.
Termos em que,
Pede Deferimento
(Município - UF ) - __ / __ / 20__
ADVOGADO
OAB

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