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Recurso de Ordinário

O Recurso Ordinário é um meio recursal que tem por objetivo rediscutir toda a
matéria de fato e de direito, inclusive podendo anular a sentença recorrida, podendo
ser equiparado ao recurso de apelação. É um instrumento importuníssimo na seara
trabalhista. Tem natureza ordinária e é de livre fundamentação pelas partes. Está
fundamentado no artigo 895, “a”, da CLT e artigo 5º, LV, da CF.
O presente recurso foi apresentado dentro do prazo tempestivo, onde foi
aceito e processado.
Os pedidos foram parcialmente deferidos, os quais o reclamado contesta pelos
fatos e fundamentos jurídicos proposto no presente R.O, onde apresentamos breve
relato:
a). Contestação do enquadramento sindical.
O reclamante, de acordo com a reclamação trabalhista, está filiado junto ao
Sindicato dos trabalhadores rurais onde foi aceito pelo Juízo, porém, a
reclamada alega que o reclamante laborava na fábrica de celulose devendo o
mesmo ser enquadrado junto ao Sindicato dos trabalhadores na indústria de
papel e celulose conforme consta no termo de rescisão de contrato do
reclamante anexo aos autos, pedindo assim que seja aceito o presente recurso
no sentido de modificar a R. sentença e validando o instrumento coletivo do
Sindicato dos trabalhadores na indústria de papel e celulose.
b). Validade do acordo de compensação de horas
A reclamada foi condenada ao pagamento de horas extras devido a nulidade do
acordo de compensação de horas entendo assim o juízo haver horas habituais,
foi considerado horas intrajornada de 20 minutos e ainda integrou as horas in
itinere. A reclamada contestou as horas extras mediante cartões de ponto
anexos, pedindo o reconhecimento do acordo de compensação de horas
firmado com o reclamante mediante clausula integrante do acordo coletivo do
sindicato de classe, pediu ainda, a desconsideração das horas in itinere,
conforme sumula 85 do TST, alegando a mesma ser jornada fictícia de trabalho.
c). Intervalo intrajornada
A reclamada foi condenada ao pagamento de horas referente ao intervalo
intrajornada, fato comprovado por depoimento testemunhal, a reclamada
contestou mediante apresentação dos cartões de ponto do reclamante
conforme anexado, afirmando assim a inexistência das referidas horas devendo
ser reformada a R. Sentença.
d.) Horas in itinere e reflexos
A sentença condenou a reclamada ao pagamento de horas in intinere referente
a 66 minutos pode dia de labor até a data de 10/11/2017 (data da vigência da
lei 13.467/2017). A reclamada alega que a empresa encontra-se em local de
fácil acesso situada as margens da rodovia BR 158, dentro do perímetro urbano
da cidade, não preenchendo assim o requisito da dificuldade de acesso, sendo
ainda a mesma servida de transporte publico através da Viação São Luiz,
portanto pleiteia a reforma da R. sentença, anulando assim o pagamento das
horas in itinere e os referidos reflexos.
c). Diferenças do FGTS/MULTA FUNDIÁRIA
A reclamada foi condenada ao pagamento nas diferenças reflexas de FGTS e
multa fundiária em decorrência das parcelas de natureza salarial, onde
contesta, conforme documentação anexada, pois não há de se falar em
diferenças das verbas rescisórias e/ou trabalhista, pois os referidos depósitos
referentes ao tempo de serviço foram todos depositados, sendo assim, inexiste
depósitos a serem efetuados.
d). Descontos previdenciários e fiscais
O Juizo discriminou a natureza jurídica das verbas deferidas ao reclamante
como salarial, a fim de delimitar a base de cálculo das contribuições
previdenciárias e do imposto de renda. Quanto as verbas previdenciárias a
reclamada se enquadra na Lei. 12.456/2011, onde a sua contribuição
previdenciária é baseada na receita bruta da empresa e não mais de 20% sobre
a folha de pagamento. Quanto ao imposto de renda deve se observar a
orientação 161/2012 da RFB. Por fim, requer assim, provimento ao presente
recurso a isenção nos recolhimentos dos referidos impostos.
e). Da correção pelo índice “TR”
O juiz declarou em sua R. decisão que até a data de 25/03/2015 deverá ser
utilizada a TR como fator para atualização, e ainda determinou que a partir de
26/03/2015 deverá ser utilizado o IPCA-E com fundamento na sumula 23 do
TRT 24. A recorrente discorda da aplicação do IPCA-E por afrontar os princípios
constitucionais da segurança jurídica com base no disposto do artigo 39 da lei
8.177/91, sendo assim que a utilização do índice TR para os efeitos de
atualização.
f). Dos honorários sucumbenciais
O recorrente espera que seja reformada a decisão de primeiro grau, caso seja
mantida requer a reforma quantos aos honorários sucumbenciais em 5%.
g). Por fim, requer o conhecimento do presente recurso, pois preenche os
requisitos de admissibilidade e deseja ser provido o presente recurso e que seja
reformada a sentença recorrida.

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