Você está na página 1de 15

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA VARA DO TRABALHO

DA COMARCA DE UBERABA-MG

NATHALIA DA SILVA RODRIGUES, brasileira, solteira,


recepcionista, portadora da cédula de identidade RG nº. MG-20.553.377 e inscrita no CPF (MF) sob
nº. 115.518.696-67, residente e domiciliada à rua Epaminondas Bandeira de Mello nº. 136, apto 01,
Parque das Américas, CEP: 38045-270, na cidade de Uberaba, Estado de Minas Gerais, vem,
respeitosamente, por meio de sua advogada que esta subscreve, propor à presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de UNIMING INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR LTDA., pessoa jurídica, inscrita


no CNPJ sob nº. 16.933.919/0001-78, com em Uberaba, Estado de Minas Gerais, na Avenida Santos
Dumont nº. 1476 – sala 15 e 16, Ed. Monta Líbano, Bairro Santa Maria, CEP: 38050-400, pelos
seguintes fatos a sguir expostos.

I. PRELIMINARMENTE

a) Do arquivamento da Reclamação Trabalhista


A reclamante, precedentemente, promoveu Ação Trabalhista em face
da Primeira Reclamada - UNIMING INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR LTDA. -
Autos n. 0010714-49.2021.503.0042, que tramitou na 2ª Vara do Trabalho desta Comarca. Ação esta
que, em decorrência da sua ausência injustificada da autora em audiência, foi ARQUIVADA, nos
termos do art. 844 da CLT.
A justificava apresentada pela reclamante foi aceita, motivo pelo qual
deixou de ser condenar a ao pagamento das custas processuais (artigo 844, §2º, in fine, da CLT).
A sentença de arquivamento dos Autos n. 0010714-49.2021.503.0042;
a decisão de isenção de custas e a certidão de trânsito em julgado, se encotram anexas na presente
reclamatória (docs. anexos).
b) Da interrupção dos prazos bienal e quinquenal
O ajuizamento de reclamação trabalhista INTERROMPE tanto a
prescrição bienal (o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho dentro do qual o
trabalhador pode ajuizar a reclamação) quanto a qüinqüenal (período de cinco anos, contados
retroativamente a partir do ajuizamento da ação, de garantia dos direitos, após o qual se perde o
direito de reclamá-los judicialmente).
II. DA JUSTIÇA GRATUITA

A Reclamante é pessoa pobre, no sentido legal do termo, não de arcar


com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento. Conforme se
pode verificar em sua CTPS (doc. anexo), a Sra. Nathalia percebe pouco mais de um salário
mpinimo, de modo que requer que V. Exa. se digne a lhe conceder os beneplácitos da Assistência
Judiciária Gratuita, conforme art. 789, § 9º, da CLT, combinado com o art. 4º da Lei 1.060/50 e
artigo 5º LXXIV da Constituição Federal.

III. DOS CONTRATOS DE TRABALHO

Inicialmente, esclarece-se que a Reclamante trabalhou para a empresa


Reclamada em 02 PERÍODOS DISTINTOS, conforme se declina abaixo

a) Primeiro período
A Reclamante iniciou suas atividades laborativas no primeiro contrato
de trabalho com a Reclamada em 13 de outubro de 2016, para exercer a função de recepcionista.
Com carga horária sempre:
• segunda à sexta-feira: das 07h30 às 19h00, com horário de intervalo de 30 min para
descanso e refeição;
• sábados: das 07h30 às 16h00, com horário de intervalo de 30min e
• aos domingos: 02 (dois) ao mês, das 07h30 às 16h00, com horário de intervalo de 30 min
para descanso e refeição a descanso e refeição.

Em 08 de janeiro de 2020 a Reclamante, em decorrência das


desobrigações contratuais havidas pelas Reclamadas, pediu demissão da empresa Reclamada, ou
seja, a rescisão do contrato, embora tenha se dado por iniciativa da Sra. Nathalia, foi motivado pelo
polo passivo desta ação, conforme restará explanado em tópico próprio.
O último salário percebido pela Reclamante foi de R$ 998,00 (nove
mil novecentos e oito reais), conforme cópia da TRCT em anexo.
Ressalta-se que neste referido período a CTPS da obreira foi
devidamente anotada (doc. anexo), assim como foi formalizado Termo de Rescisão de Contrato de
Trabalho.
b) Segundo período
A Reclamante, que encontrava-se passando por necessidades para
manter sua subsistência, se reativou na empresa Reclamada, pela segunda vez, em 27 de julho de
2020, para exercer a mesma função, qual seja, recepcionista, com remuneração de R$ 1.500,00 (um
mil e quinhentos reais).
Com à mesma carga horária laborada no primeiro período.
Em 10 de abril de 2021 a Reclamante, novamente, pediu demissão
da empresa Reclamada, não cumpriu aviso prévio, tampouco percebeu qualquer verba rescisória.
Neste período também houve anotação na CTPS da obreira.
Esta é a breve síntese dos contratos de trabalho, que foram marcados
pela inobservância de inúmeras normas consolidadas na Legislação Trabalhista, bem como da
Constituição Federal, que motivaram a rescisão contratual, como se demonstrará no decorrer da
peça inaugural

IV. DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E DA ANOTAÇÃO DA


CTPS SEGUNDO PERÍODO

Conforme relatado em linhas antecedentes, a Reclamada, durante o


segundo contrato de trabalho acima declinado, jamais procedeu a assinatura na CTPS da
Reclamante, muito embora estivessem presentes todos os requisitos que caracterizam o vínculo de
emprego, quais sejam:

• pessoalidade;
• subordinação;
• onerosidade e
• não eventualidade.

Resta comprovado nas mensagens de whatsApp trocadas entre as


partes (docs. anexos), assim como ficará corroborado no decorrer da instrução processual que a
Reclamante cumpria jornada de trabalho delimitada pelo empregador, além do que trabalhava
diariamente e exclusivamente para empresa Reclamada, sem poder ser substituída, e mediante o
ânimo subjetivo de perceber uma contraprestação mensal, sendo certo que o vínculo existente entre
as partes é inegável.

Dessa forma, requer seja reconhecido o vínculo empregatício, para


que a Reclamada proceda à anotação da CTPS da Reclamante no período de 27 DE JULHO DE
2020 à 10 DE MAIO DE 2021, computando o período do aviso prévio.

V. DO DESVIO DE FUNÇÃO

A Reclamante foi contratada como "RECEPCIONISTA” pela


empresa Reclamada - Uniming Clínica Odontológica, cujo as atribuições eram: agendar consultas e
procedimentos, atender ao telefone, receber pacientes, fazer pagamentos, lidar com fornecedores,
realizar inscrições de alunos que participavam de cursos e eventos promovidos pela clínica.

Acontece que, a Reclamante, HABITUALMENTE, ou melhor,


sempre, desempenhou atividades incompátiveis com o cargo para o qual foi contratada, quais
sejam:
• serviços gerais;
• auxiliar dentista
• operadora de máquina e preparadora/higienizadora de instrumentos
• projetista de Autocad em laboratório (scaneamento de imagens e produçãode pontes,
facetas e etc.

Embora a incompatibilidade das atividades supraelencadas com o seu


cargo, sendo, inclusive, às duas últimas de maior complexidade e responsabilidade, jamais percebeu
qualquer remuneração à maior, isso nos dois períodos laborados para a Reclamada.
As referidas funções exercidas pela Reclamante na Clínica
Reclamada, encontram-se elucidadas nos diálogos entre a Reclamante e o proprietário da clínica,
via aplicativo WhatsApp, que demonstram claramente o desvio de função, inclusive com imagens
que elucidam claramente que a obreira operando equipamentos e maquinários que haviam
necessidade de conhecimentos técnicos, além de fotos da Sra. Nathalia manuseando, literalmente, a
boca dos pacientes do Sr. Mauro (docs. anexos).

Os documentos colacionados na exordial, especificamente, os


diálogos extraídos do aplicatico WhatsApp, que desde já fica disponibilizado para perícia,
evidenciam claramente que a Reclamante exercia função de projetista e assistente de saúde bucal,
mesmo sem especialização para as funções, o que é um absurdo!

A negligência da empresa Reclamada, em atribuir aludidas funções a


Sra. Nathalia, colocaram em risco não apenas a obreira - que não detinha qualificação para operar
aparelhos e realizar manutenção bucal, mas os próprios pacientes, que correram o risco de serem
lesionados, ou, no minímo, não ter eficácia no tratamento, tendo em vista a falta de qualificação
técnica da Reclamante para o desempenho das funções, que, conforme dito, exigia-se capacidade
técnica superior de uma recepcionista.

As funções exercidas como projetista por exemplo, são executasas por


técnicos em prótese dentária, sendo certo que o piso salarial é o dobro de uma recepcionista.

O acúmulo de função ocorre quando o trabalhador, além de exercer a


função para a qual fora contratado, passa a desempenhar outras funções habitualmente. Já o desvio
funcional se verifica quando o trabalhador é contratado para exercer determinada função, com
atribuições específicas e, por imposição patronal, passa a exercer, também de maneira não
excepcional, função distinta daquela, em geral mais qualificada e sem a paga correspondente.

Para ambos o desequilíbrio se apresenta através do não pagamento da


remuneração adequada, seja pelo acréscimo de responsabilidades, ocasião em que se dá o acúmulo,
seja pelo exercício de atividades de um cargo melhor remunerado sem a devida contraprestação,
circunstância que evidencia o desvio.

E à luz dos princípios insculpidos na Constituição Federal de 1988,


que valoriza o trabalho e a dignidade da pessoa humana, o Poder Judiciário não pode deixar de
restabelecer o equilíbrio entre as partes do contrato de trabalho, quando demonstrado, de forma
efetiva, o exercício, pelo empregado, de atribuições diversas da função para a qual fora contratado
visando apenas beneficiar amplamente o empregador, que se aproveita dos préstimos do obreiro
para acrescer tarefas inerentes a determinado cargo.

Nas hipóteses de ocorrência de acúmulo de função, o empregado tem


direito a um “plus salarial” em razão do exercício de outra atividade além daquela para a qual fora
contratado; já o desvio de função gera ao trabalhador o direito de receber diferenças salariais
referentes à função para a qual está sendo desviado.

Assim, postula a Reclamante seja a empresa Reclamada condenada ao


pagamento de diferenças salariais por desvio de função, em percentual não inferior a 30% DE SUA
REMUNERAÇÃO E REFLEXOS.
Valor estimado da condenação: R$ 25.415,72
VI. DA JORNADA DE TRABALHO

Conforme já declinado, a jornada de trabalho labutada pela


Reclamante era à seguinte:

• Segunda à sexta-feira das 07h30 às 19h00, com horário de intervalo de 30 min para
descanso e refeição;
• sábados das 07h30 às 16h00, com horário de intervalo de 30 min e
• domingos 02 (dois) ao mês das 07h30 às 16h00, com horário de intervalo de 30min para
descanso e refeição a descanso e refeição.

a) Horas Extraordinárias:

A Reclamante laborava habitualmente 03 horas extras e 30 minutos


diárias, e 14 horas e 30 minutos semanais, sem contudo perceber qualquer remuneração para tanto.

b) Dos domingos e feriados não remunerados

Trabalhava 02 (dois) domingos ao mês, e nos feriados (exceto Natal e


Ano Novo), no mesmo horário. Destaca-se que, os trabalhos aos domingos e feriados ocorria em
decorrência dos cursos que o proprietário da empresa realizava em sua Clínica.

c) Do Intervalo Intrajornada

A Reclamante não dispunha do intervalo destinado ao repouso e


alimentação, sem, contudo, ter recebido o devido pagamento, conforme preceitua o art. 71 da CLT.
Assim, após a incorporação da diferença salarial do piso salarial, subsistem horas extras com
adicional de 100% (conforme previsto na convenção coletiva anexa, em sua cláusula décima) a
serem pagas a Reclamante: a) das excedentes a 8º hora diária e 44º semanal de 220 horas, nos
termos da convenção coletiva anexa; b) de 60 min. diários dos intervalos intrajornada não gozados,
por força do artigo 71, da CLT; c) horas em dobro, dos feriados e domingos trabalhados, por força
da Lei 605/49 e Enunciado n°. 146 do TST. As horas extras, como habituais, devem ser refletidas
nas verbas de 13° salários, férias com 1/3, aviso prévios, DSR`s, FGTS e etc.

Valor estimado da condenação: R$ 88.547,7


VIII. DA INSALUBRIDADE

Durante todo o contrato de trabalho a Reclamante exerceu


concomitantemente a função de auxiliar de saúde bucal, correndo o risco de se contaminar com
doenças infecciosas, uma vez que ficava exposta permanentemente à agentes biológicos como
saliva, sangue e etc., pois além de higienizar os materiais do consultório a Reclamante auxiliava o
dentista (proprietário da clínica – Sr. Mauro) no atendimento aos pacientes, conforme denota-se nos
“prints” das mensagens colacionadas acima.

A Reclamante além de ter contato direto com agentes biológicos,


ficava exposto a agentes insalubres como vírus e bactérias, afora o constante contato com pacientes,
sem receber qualquer valor a título de adicional de insalubridade para tanto. Frisa-se que a
Reclamante não realizou qualquer curso para auxiliar de saúde bucal, o que é ainda mais grave e
tornava o seu labor mais insalubre.

A exposição a agentes insalubres lhe garante a receber o adicional de


insalubridade na proporção máxima, isto é, 40% de adicional. No entanto, a Reclamante não
recebia tal adicional. Importante ressaltar que, a a empresas Reclamada nunca forneceu EPI’s
adequados para a realização do trabalho exercido pela autora, sendo certo que para o
manuseio não tinha luvas adequadas, não fornecia máscaras, para amenizar o contato direto
com agentes biológicos, que lhe garante receber tal adicional em proporção máxima.

Requer, pois, a designação de Perícia Técnica especializada, a fim de


constatar o grau de adicional de insalubridade devido que, certamente será no importe de 40% sobre
o salário percebido pela reclamante, consoante o dispositivo 7º, XXVI, da Constituição Federal,
ficando-lhe assegurada a concessão do adicional de insalubridade com base no seu piso salarial,
acrescido do adicional legal e reflexos, saldo de salário, férias + 1/3, 13º salário, DSR’s e feriados e
FGTS+ 40%, conforme estabelecido na cláusula 3ª do Dissídio anexo. Pede a condenação da
reclamada no pagamento do adicional de insalubridade no percentual de 40%, sobre o salário da
autora reajustado com o piso salarial, acrescido do adicional legal e reflexos, saldo de salário, férias
+ 1/3, 13º salário, DSR’s e feriados e FGTS+ 40%.

Valor estimado da condenação: R$ 25.914,65

IX. DO DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS PELA RECLAMADA


– RECONHECIMENTO DE RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO

A rescisão, em ambos períodos contratuais, ocorreu por culpa


exclusiva da empresa Reclamada que se recusou em diminuir a carga horária excessiva que à
obreira vinha realizando, o que a impedia de conviver com seus familiares, tornando assim
impossível a continuação do contrato de trabalho.

Além da carga horária excessiva, a Reclamante tinha que exercer


diversas funções que não eram inerentes ao cargo para qual foi contratada, inclusive colocando a
saúde da obreira em risco.
Como se não bastasse, no segundo período em que a Reclamante
trabalhou para Reclamada, a empresa sequer anotou sua CTPS.
Ante o notório descumprimento pela Reclamada do prazo para
pagamento das verbas rescisórias, requer seja condenada no pagamento da multa prevista no
§ 8º, do artigo 477, da CLT Na espécie, resta incontroverso o descumprimento das obrigações
contratuais por parte da empresa Reclamada, tendo em vista o descumprimento ao artigo 483,
alínea “a” e “d” da CLT, é plenamente cabível a extinção do contrato de trabalho por parte da
obreira. Nesse passo, as circunstâncias postas se afiguram suficientemente grave para
declarar-se a rescisão indireta, a qual se requer a procedência desde já.

X. DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Primeiro período

Admissão: 13.10.2016
Rescisão: 08.01.2020

a) Do aviso prévio trabalhado – indenização adcional

Na conformidade do artigo 487 da CLT a Reclamada deve indenizar


correspondente ao salário do prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu
tempo de serviço.
Valor estimado da condenação: R$ 998,00

b) Das férias proporcionais +1/3 CF.

Acrescentando-se o mês do aviso prévio, faz jus as férias


proporcionais da ordem de 04/12, acrescidos do dispositivo constitucional de 1/3 (um terço), com
fulcro nos termos do disposto nos artigos 129 e seguintes da CLT e artigo 7°, inciso VII da CF/88.

Valor estimado da condenação: R$ 665,33


c) Das férias vencidas

A Reclamada não concedeu férias a obreira durante o pacto laboral. As


02 (duas) férias vencidas acrescidas do dispositivo constitucional de 1/3 (um terço), tendo em vista
que as não foram concedidas à obreira em conformidade com a CLT, devem ser pagas em dobro.

Valor estimado da condenação: R$ 5.322,66

d) Da multa do FGTS

Tendo em vista a configuração de despedida indireta pela Reclamada,


faz jus a Reclamante à liberação dos depósitos do FGTS, além da indenização da diferença dos
depósitos sobre o piso salarial da categoria, além da multa compensatória de 40% sobre todos os
depósitos realizados e sobre a diferença devida, com fulcro no art. 18, § 1º da Lei 8.036/90.

Cabe ressaltar que a Reclamante jamais recebeu qualquer extrato de


sua conta vinculada de FGTS, por este motivo deverá o Reclamada depositar e comprovar todos os
depósitos no FGTS, sob pena de não faze-lo, pagar diretamente ao Reclamante todos os valores
eventualmente devidos, acrescidos da multa de 50%, e sem prejuízo da multa prevista no artigo 22,
da lei 8.036 de 11/05/90.
O valor estimado da condenação: R$ 6.080,00
e) Do seguro desemprego

Pela despedida indireta, que corresponde a despedida sem justa causa


do empregado, faz jus a Reclamante a indenização pela Reclamada da verba a que faria jus a título
de seguro-desemprego, nos termos das Leis 7.998/90 e 8.900/94.

Valor estimado: R$ 4.990,00

Segundo período

Admissão: 25.07.2020
Rescisão: 10.04.2021

Ressalta-se que nesse segundo período a empresa Reclamada NÃO


EFETIVOU ANOTAÇÃO NA CTPS DA OBREIRA, tampouco recolheu FGTS e INSS.

a) Salário

Por que não pagos na ocasião própria o Reclamante tem direito a


receber os salário vencido do mês de abril e os demais até o reconhecimento da rescisão indireta.

Valor estimado da condenação: R$ 450,00

b) Do aviso prévio indenizado

Na conformidade do artigo 487, § 4° da CLT a Reclamada deve


indenizar correspondente ao salário do prazo do aviso, bem como a integração desse período no seu
tempo de serviço para todos os efeitos.
Valor estimado da condenação: R$ 1.500,00

c) Das férias proporcionais +1/3 CF.

Acrescentando-se o mês do aviso prévio, faz jus as férias


proporcionais da ordem de 08/12, acrescidos do dispositivo constitucional de 1/3 (um terço), com
fulcro nos termos do disposto nos artigos 129 e seguintes da CLT e artigo 7°, inciso VII da CF/88.

Valor estimado da condenação: R$ 1.333,33

d) 13° salário proporcional

Seguindo-se o mesmo raciocínio anteriormente exposto, a Reclamante


também tem direito ao 13° Salário proporcional de 08/12.

Valor estimado da condenação: R$ 1.000,00

e) Da multa do FGTS

Tendo em vista a configuração de despedida indireta pela Reclamada,


faz jus a Reclamante à liberação dos depósitos do FGTS, além da indenização da diferença dos
depósitos sobre o piso salarial da categoria, além da multa compensatória de 40% sobre todos os
depósitos realizados e sobre a diferença devida, com fulcro no art. 18, § 1º da Lei 8.036/90. Tudo,
com reflexos e integrações em férias, 1/3 constitucional, 13º salários, R.S.R. e aviso prévio,
atualizados na forma da lei. Cabe ressaltar que a Reclamante jamais recebeu qualquer extrato de sua
conta vinculada de FGTS, por este motivo deverá o Reclamada depositar e comprovar todos os
depósitos no FGTS, sob pena de não faze-lo, pagar diretamente ao Reclamante todos os valores
eventualmente devidos, acrescidos da multa de 50%, e sem prejuízo da multa prevista no artigo 22,
da lei 8.036 de 11/05/90.
Valor estimado da condenação: R$ 2.280,00

XI. DANO MORAL – DESCUMPRIMENTO OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS

Inicialmente, cabe ressaltar que os incisos V e X do artigo 5º da


Constituição da República asseguram a todo e qualquer cidadão o direito à reparação de danos
morais porventura sofridos, assim entendidos aqueles respeitantes à esfera de personalidade do
sujeito, mais especificamente os decorrentes à sua honra, imagem e/ou intimidade.

Trata-se de decorrência natural do princípio geral do respeito à


dignidade da pessoa humana, erigido a fundamento do Estado Democrático de Direito Brasileiro
(artigo 1º, inciso III, da CF).

O direito à reparação por dano moral está disciplinado no artigo 186 do


Código Civil de 2002: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Ainda, de acordo com o artigo 927 do Código Civil de 2002: “Aquele


que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

Portanto, por dano moral, entende-se todo sofrimento humano que


atinge os direitos da personalidade, da honra, e imagem, ou seja, aquele sofrimento decorrente de
lesão de direito estranho ao patrimônio.

Quando relacionado ao contrato de trabalho – na esfera do trabalhadoré


aquele que atinge a sua capacidade laborativa, que deriva da reputação conquistada no mercado,
profissionalismo, dedicação, produção, assiduidade, capacidade, considerando-se ato lesivo à sua
moral todo aquele que afete o indivíduo para a vida profissional, decorrente de eventuais abusos
cometidos pelo empregador, por ação ou omissão.

Ao se falar de dano moral, fala-se em atentado a valore


extrapatrimoniais de cunho personalíssimo, quais sejam: lesão à honra do indivíduo, seus valores
íntimos e sua imagem perante a sociedade, e sua reparação dependerá da ocorrência de três fatores:
do ato praticado ou deixado de praticar, do resultado lesivo desse ato em relação à vítima, e da
relação de causa e efeito, que deve acarretar entre ambos, o dito nexo causal.

A questão do dano smoral assume uma temática bastante relevante no


âmbito trabalhista, como nos demais relacionamentos jurídicos. Ainda mais, quanto a Carta Magna
em vigor proclama a “dignidade da pessoa humana” como sendo fundamento do “Estado
Democrático de Direito” (artigo 1°, item III)
Nesta linha de raciocínio, o legislador constituinte preceituou que “são
invioláveis a intimidade, a vida privada, honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (artigo 5°, item X).

Desta sorte, no Direito Laboral a importância sobre o dano moral


ganha vulto, pois é um dos seus fundamentos assegurados da dignidade do trabalhador. Ademais, o
trabalho humano é principio geral da atividade e econômica (CF, artigo 170), bem como base da
ordem social CF, artigo 193. Nesse contexto, o desrespeito aos direitos estabelecidos na CLT, pela
Reclamada deve acarretar uma reparação ao autor.

Vejamos a definição dada por Wilson Mello da Silva: “ Os danos


morais são leões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito, em seu patrimônio ideal”.
(in Dano Moral e Sua Reparação, pág. 11).

Entende-se por patrimônio ideal, em contraposição ao patrimônio


material, o conjunto de tudo aquilo que não suscetível de valor econômico.

Acresça-se, ainda, que nosso ordenamento jurídico impõe a


responsabilidade civil quando configurada a hipótese do artigo 186 do Novo Código Civil, in
verbis:

“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligencia ou imprudência, violar direito
ou causar dano a outrem, fica obrigado a reparar o dano”. Ao descumprir os direitos
trabalhistas básicos (anotação CTPS, inadimplemento verbas rescisórias,
inadimplemento adicional de insalubridade, não pagamento de horas extras e adicionais,
impedir a convivência familiar da Reclamante com sua família), a reclamada impediu
que se cumprisse a função social do labor, que é o principio da progressão social,
mediante meio ilícito. Agindo desta forma, a Reclamada submeteu a obreira a uma
condição social de 2ª classe, ou seja, a Reclamada não cuidou de zelar pela dignidade
humana da mesma, colocando inclusive a saúde da mesma em risco. Nesse sentido
temos o seguinte julgado: “A desobediência a normas de ordem publica, a saber,
anotação do contrato de trabalho inserção do trabalhador no sistema de previdência
social, certamente se constituem em desrespeito a lei que causam danos morais ao
trabalhador, presumíveis, inclusive, porque o obreiro não registrado esta alheio aos
sistemas de proteção já indicados”. (TRT 15ª R – 2ª. T – 9.637/03 AC. 34.403/03- PATR
– Rel. Juíza maria Inês Correa de Cerqueira César Targa – DOE 31.10.03-p. 55)

Portanto, os danos morais são evidentes, decorrendo, daí, a obrigação


de indenizar. Possuem estes, assento na Constituição Federal, artigo 5°, inciso V, combinado com
inciso X.
O dano moral, por sua vez, conforme proclamou o TJSP, fere fundo e
as vezes mais intensamente do que o próprio dano material. Assim, a reparação do dano moral,
menos do que ter em conta uma situação objetiva e real de prejuízo material visa, servir como
reprimenda pela dor experimentada pelo sujeito passivo do crime. (adaptação do julgado in
RJTJESP 94/171).
A Justiça do Trabalho tem competência para conhecer e julgar o
pedido de indenização por danos decorrentes da relação de emprego que existiu entre as partes , e o
quantum correspondente à reparação pelo dano moral sofrido devera ser fixado por esse Juízo,
examinadas as circunstancias pertinentes do caso, a extensão do dano e repercussões da injuria, em
10 salários percebidos pela obreira.
Valor estimado da condenação: R$ 15.000,00

XII. DA APLICAÇÃO DAS NORMAS COLETIVAS DO SINDICATO DOS EMPREGADOS


EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DE UBERABA E SEUS DESCUMPRIMENTOS

A empresa Reclamada, embora esporadicamente promovesse cursos


de especialização (alguns finais de semanas e feriados), tinha como atividade preponderante, e
principal fonte de faturamento e receitas, as atividades inerentes a prestação de serviços
odontológicos (implantes, tratamento e planejamento ortodôntico, obturação de cáries, clareamento
dentário, facetas). Sendo assim, aplica-se a Convenção ou Acordo Coletivo do Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Uberaba (CCT anexa), o qual a obreira laborava
habitualmente.

a) Diferenças pisos salariais

Requer seja a empresa Reclamada condenada ao pagamento da


diferença dos pisos salarias de todo o período contratual, em conformidade com os valores
constantes na CCT anexa, cujo o valor segue abaixo:

O valor do piso salaria deve refletir em todas as verbas trabalhistas,


rescisórias e consectários legais.
Valor estimado da condenação: R$ 9.886,00
b) Auxílio alimentação

A reclamada jamais forneceu auxílio alimentação à obreira, sendo


através de ticket ou cesta básica. Assim, deve indenizar a Reclamante no valor estabelecido na
cláusula décima terceira da CCT anexa, cujo a importância mensal é de R$ 100,00 (cem reais).

Valor estimado da condenação: R$ 5.000,00


c) Vale alimentação/refeição

Da mesma forma, não foi fornecido a reclamante vale


alimentação/refeição garantido aos obreiros na cláusula décima quarta da Convenção Coletiva da
categoria. Assim, deve indenizar a Reclamante no valor estabelecido na cláusula décima terceira da
CCT anexa, cujo a importância mensal é de R$ 100,00 (cem reais).

Valor estimado da condenação: R$ 5.000,00


XIII. INDENIZAÇÃO EQUIVALENTE AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - TEORIA
DA REPARAÇÃO INTEGRA

Com o advento da Lei 13.467/17, a CLT passou a admitir os honorários


advocatícios sucumbenciais, nos termos do art. 791-A, tornando sem efeito os entendimentos
fixados nas Súmulas 219 e 329 do C. TST. Entretanto, entendemos ser cabível, também, na Justiça
do Trabalho a regra insculpida no art. 389 do Código Civil Brasileiro, que permite a condenação,
inclusive ex officio, de indenização equivalente aos honorários advocatícios em favor da parte.
Destarte, requer seja a Reclamada condenada arcar com indenização
equivalente aos honorários advocatícios contratuais, de 30% sobre o valor das verbas deferidas, que
reverterá em proveito exclusivo da Reclamante.

A verba ora pleiteada, trata-se de valor indenizatório que se destina à


reparação dos prejuízos experimentados pelo trabalhador que, para receber o seu crédito trabalhista,
necessitou contratar advogado às suas expensas, causando-lhe perdas.

Aplicação subsidiária dos artigos 389 e 404 do Código Civil Brasileiro.


Destaca-se, por oportuno, que a indenização equivalente aos honorários advocatícios não se
confunde com os honorários advocatícios sucumbenciais, inexistindo bis in eadem.

XIV. DAS MULTAS

a) Multa do artigo 477


Ante o notório descumprimento pela Reclamada do prazo para
pagamento das verbas rescisórias, requer seja condenada no pagamento da multa prevista no § 8º,
do artigo 477, da CLT.
Valor estimado da condenação: R$ 1.500,00

b) Multa artigo 467


As verbas rescisórias incontroversas deverão ser pagas em primeira
audiência, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento, nos termos do artigo 467 da CLT.
17.

XV. DA LIQUIDAÇÃO DOS PEDIDOS

A redação do parágrafo 1º do artigo 840 da CLT, determina que os


pedidos exordiais contenham seu respectivos valores.

Ocorre que se torna impossível apresentar, neste momento processual,


o valor exato dos pedidos da Reclamante, haja vista que para a apuração de todas as verbas aqui
pleiteadas, é imprescindível acesso aos documentos que estão em posse da empresa Reclamada
(recibos salários; controle de jornada e etc).

Além disto, a Instrução Normativa nº. 41 do TST em seu artigo 12,


parágrafo 2º, esclarece ser desnecessário que a parte Reclamante tenha que apresentar com exatidão,
a formulação de pedidos certos e determinados.

Posto isto, nos termos da aludida Instrução Normativa, requer a


Reclamante, desde já, que os pedidos constantes na presente, sejam liquidados com exatidão, tão
somente após o trânsito em julgado da reclamatória, tendo em vista que os valores que constam na
exordial são meramente estimativos.
XVI. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A teoria do ônus da prova, conforme denota-se nos artigos 818 da CLT


e 333 do CPC, encontra-se superada. Atualmente, e previsto que o princípio da prova, a significar o
ônus probandi é de quem possui condições de cumpri-lo.

A empresa Reclamada, trata-se de uma Clínica Odontológica, a qual,


inclusive, promove cursos de especialização, aproveitou-se do labor da Reclamante sem cumprir
integralmente com suas obrigações básicas, logo não poderá agora, por mais uma vez, aproveitar-se
da sua supremacia capitalista, bem com da vulnerabilidade da Reclamante, para se beneficiar
processualmente na presente demanda.

Vejamos as considerações do doutrinador Bezerra Leite sobre o


assunto:

“Atualmente parece-nos não haver mais dúvida sobre o cabimento da inversão do ônus
da prova nos domínios do direito processual do trabalho, não apenas pela aplicação
anlógica do artigo 6º, VII, do CDC, mas também pela autorização contida no artigo
852-D da CLT.

(...)

Poder-se-ia dizer que tal regra é específica do procedimento sumarissímo. Todavia,


entendermos que em matéria de prova, não é o procedimento que vai impedir o juiz de
dirigir o processo em busca da verdade real, levando em conta as dificuldades naturais
que geralmente o empregado reclamante enfrenta nas lides trabahistas”. – Destacamos
O mesmo entendimento tem tido o Tribunal Superior do Trabalho, que interpreta o
previsto no art. 6º, VIII, do CDC em face da hipossuficiência do trabalhador. Para
“ALEMIDA, Cleber Lúcio de “ [...] a conduta humana é regulada por todo o direito e
não por uma norma ou mesmo um conjunto fechado de normas. Dessa forma, deve ser
buscada no ordenamento jurídico uma solução que possibilite tornar concreto o direito
ao acesso a uma justiça rápida, eficiente e efetiva. – Destacamos Assim, requer a
atenuação da rigidez do artigo 818 da CLT e 373 do CPC, estendendo o entendimento
dado pela Súmula 338, do empregado perante seu empregador, que autoriza o juiz do
trabalho adotar a inversão do ônus probandi e ampliando a aplicação do princípio “in
dúbio pro operarium”

XVII. DOS PEDIDOS

Pelo exposto, é a presente para pleitear em, favor da Reclamante:

a) A Declaração do vínculo empregatício referente ao 2º período de 21.07.2020 à 10.05.2021,


obrigando a Reclamada a promover imediatamente a devida anotação ou, se assim não o fizer, seja
determinada a anotação pela secretaria deste d. Juízo, nos termos do artigo 39 da CLT;

b) A condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de desvio de função, no importe de 40%


sobre os salários percebidos pela Reclamante, durante ambos os contratos de trabalho, os quais a
obreira exerceu funções diversas à qual fora contratada como: Projetista e Assistente de Saúde
Bucal_________ R$ 31.415,72;

c) Horas extras: c.1.) das excedentes a 8º hora diária e 44º semanal, nos termos do inciso XIII,
artigo 7º da Constituição Federal; c.2) Horas extras de 60 min. diários dos intervalos intrajornada
não gozados, por força do artigo 71, da CLT; c.3) Horas Extras em dobro, dos feriados trabalhados,
pro força da lei; c.4) todas as horas extras deverão ser pagar com adicional convencional de 100%,
bem como dos reflexos delas decorrentes em DSR´s, aviso prévio férias + 1/3 legal, 13º salário e
FGTS + 50% e especialmente em verbas
rescisórias_______________________________________ R$ 88.547,70;

d) Adicional de insalubridade em grau máximo (40%), com reflexos em DSR`s, aviso prévio, férias
+ 1/3 legal, 13º salário, FGTS e demais verbas rescisórias, além de nas horas extras pleiteadas nesta
ação_______________________________________ R$ 25.914,65;

e) Pagamento da diferença da remuneração percebida pela Reclamante e o piso salarial “B”


(cláusula 03ª da CCT)__________________________ R$ 9.886,00;

f) Auxilío alimentação estabelecido na cláusula 13ª da


CCT__________________________________________ R$ 5.000,00;

g) Vale refeição estabelecido na cláusula 14ª da


CCT__________________________________________ R$ 5.000,00;

h) Indenização por danos morais em conformidade com os critérios anotados na causa de


pedir__________________________________________ R$ 15.000,00;

i) Multa do artigo 477 da CLT ____________________ R$ 1.500,00;

j) Indenização equivalente aos honorários advocatícios contratuais em favor da parte Reclamante no


importe de 30% sobre o valor das verbas deferidas_________ à apurar;

REQUERIMENTOS FINAIS:

O quantum condenatório deverá ser apurado em liquidação, devendo


sert observados todos os reajustes salariais que beneficiaram e que beneficiarão e sua categoria
profissional, concedidos através de Legislação, Dissídios, Acordos, Convenções Coletivas de
Trabalho, Aditamentos, etc., devendo ainda serem observados os demais direitos e vantagens
deferidos a referida categoria profissional.

Protesta-se por todos os meios de provas em direito admitidas,


especialmente depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de confissão, juntada de documentos,
inquirição de testemnhas, exames, perícias, vistorias e tantas outras quantas forem necessárias para
prova de tudo quanto aqui afrmado.

Do exposto, requer seja o Reclamado citado para comparecer à


audiência a ser designada e, querendo, apresentar defesa, sob pena de revelia, julgando, ao final,
totalmente procedente a demanda para condená-las ao pagamento das verbas pleiteadas.

Eventualmente, a compensação das verbas pagas sob o mesmo título,


desde que devidamente comprovadas, evitando assim que a reclamada alegue má-fé por parte do
reclamante. Deverão as verbas ora postuladas serem, acrescidas de juros, correção monetária e
honorários advocatícios sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor devido, inclusive com a
condenação da Reclamada em todas as despesas processuais. Requer sejam acostados pela
Reclamada todos os documentos relativos ao contrato de trabalho, principalmente os cartões de
ponto e recibos salários, sob pena de confissão.
XIX. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ 172.264,07 (cento e setenta e dois mil,


duzentos e sessenta e quatro reais e sete centavos) para fins de alçada.

Por derradeiro, aproveita a advogada que assina a presente para dar fé


à autenticidade das cópias ora autuadas.

Termos em que, pede e espera deferimento.

Uberaba-MG, 15 de março de 2022.

Vanessa Alexandre Silveira Marcella Cristina Caparelli


OAB/SP n. 319.402 OAB/MG n. 117.934

Você também pode gostar