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0208
Parte autora (1): SILVIA MARIA DOS SANTOS TOUSSAINT
Parte ré (1): TELEFONICA
Dispensado o relatório.
Em síntese, a parte autora alega que foi cobrada indevidamente pela ré por uma
fatura de R$ 2.716,98; que solicitou a portabilidade para outra empresa; que teve
seu nome inscrito em cadastro de inadimplentes; que tentou solucionar o problema e
não teve êxito. Requer a retirada do apontamento e indenização por dano moral.
A ré afirma que as faturas foram zeradas e não restaram dívidas em nome da autora
em 21.02.2021; que não houve negativação.
Decido.
A parte autora não junta qualquer documento idôneo que comprove, efetivamente, que
houve negativação. No entanto, no tocante ao dano moral, referente a violação de
aspectos intrínseco à dignidade do indivíduo, considerando as inúmeras tentativas
que a parte autora realizou para obter a solução de um problema que não lhe deu
causa e não obteve êxito, o tenho por configurado por aplicação da teoria do desvio
do tempo produtivo do consumidor.
Caso o devedor não pague a quantia certa a que foi condenado em 15 (quinze) dias
contados do trânsito em julgado da sentença ou do acórdão, será aplicada a multa de
10% prevista no artigo 523, § 1º, do CPC, independente de nova intimação, ainda que
o valor acrescido, somado ao da execução, ultrapasse o limite de alçada, conforme
Enunciado Jurídico nº 13.9.1 oriundo do Encontro de Juizados Especiais Cíveis e
Turmas Recursais, publicado através do Aviso nº 23/2008 com a redação alterada pelo
Aviso Conjunto TJ/COJES nº 15/2016, bem como o Juízo procederá, de imediato, ao
protesto extrajudicial da certidão de crédito elaborada pelo Cartório, na forma do
art. 517 do CPC, o que deverá preceder à prática de qualquer outro ato executivo,
salvo se a parte expressamente manifestar-se em sentido contrário, conforme
determinado pelo Aviso TJ/COJES nº 3/2017. Expeça-se mandado de pagamento após o
recebimento da guia judicial independente de conclusão, se for o caso.