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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO 2º JUIZADO ESPECIAL

MISTO DA COMARCA DE PATOS, ESTADO DA PARAÍBA

Processo nº 0801498-98.2021.8.15.0251
JOSÉ CLAUDIO BEZERRA MARINHO, devidamente qualificado nos autos em
epígrafe, vem, tempestiva e respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por
intermédio de seu patrono que a esta subscreve, com fundamento no art. 513 e seguintes
do Código de Processo Civil, requerer o desarquivamento dos autos e o
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

em face de ENERGISA PARAÍBA – DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A, devidamente


qualificada nos autos em epígrafe, o que se faz pelos fundamentos de fato e de direito a
seguir aduzidos.

I – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA


A presente lide trata-se de demanda onde se pleiteava a reparação por dano
moral decorrente de abusiva e ilegal interrupção do fornecimento de energia elétrica pela
empresa ré.

Oportunizado o prazo à Demandada esta apresentou contestação, sendo


realizada posteriormente audiência uma e proferida sentença nos seguintes termos:
“EX POSITIS, por tudo que dos autos consta, considerando caracterizado o dano
moral, atento para as regras dos arts. 38 e ss. da Lei n. 9.099/95, com base no art.
186 do Código Civil e escudado, ainda, no art. 487, I, do CPC, JULGO PROCEDENTE
EM PARTE O PEDIDO PARA CONDENAR A PROMOVIDA ENERGISA S/A, A PAGAR, AO
PROMOVENTE, A QUANTIA DE R$ 2.000,00 (dois mil reais), A TÍTULO DE
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL, mais juros de mora de 1% (um por cento) ao
mês e correção monetária pelo INPC, devidos a partir da publicação oficial da
homologação desta pelo Juiz Togado conforme o entendimento da recente
SÚMULA 362 do STJ, de 03.11.08”
Após a sentença foram opostos Embargos de Declaração pela Requerida, os
quais foram rejeitados.

Assim, tendo a sentença transitado em julgado em 21 de outubro de 2021,


conforme certidão de id. 50581612, sem o adimplemento espontâneo dos valores
determinados na sentença, faz-se necessária o presente para o cumprimento integral do que
fora determinado pelo r. juízo.
II – DO DIREITO/DOS VALORES DEVIDOS

O pedido de cumprimento definitivo da sentença possui amparo no Art. 523


do Código de Processo Civil, que assim dispõe:

Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no


caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença
far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o
débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o débito será


acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez
por cento.

§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput , a multa e os


honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante.

§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde


logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
No presente caso o Exequente obteve sentença favorável condenando o
Executado ao pagamento de R$ 2.000,00 (dois mil reais), mais juros de mora de 1% (um por
cento) ao mês e correção monetária pelo INPC, devidos a partir da publicação oficial da
homologação da sentença pelo Juiz Togado.

Assim, apresentamos abaixo planilha simplificada do débito exequendo, cujo


cálculo detalhado seque anexo:
Termo inicial Valor Valor Juros a partir Juros do Juros do Total($)
corrigido de período (%) período ($)
11/04/2023 1.000 1.290,11 11/08/2021 26,9% $273,21

III – DOS PEDIDOS


Ante o exposto, requer o Autor à Vossa Excelência que seja iniciada a fase de
cumprimento de sentença com:

a) A notificação do Demandado para cumprir a sentença, no prazo de quinze


dias, nos termos do art. 523 do CPC/15;

b) Caso não ocorra o pagamento, para fins de penhora nos termos do Art. 52,
inc. VII da Lei 9.099/95, indica os seguintes bens:
I - dinheiro porventura existente em contas da executada (penhora on-line via
BACENJUD), nos termos do Art. 835 do CPC/15;

II - não sendo possível a penhora, requer que o oficial de justiça, munido do


mandado de execução, proceda à penhora e avaliação do bens que encontrar em nome do
executado, cuja intimação ocorrerá pessoalmente, se possível, no mesmo ato, ou na pessoa
de seu advogado, ou, na falta deste, do seu representante legal;
c) Não ocorrendo o pagamento, requer a cominação de multa diária
(astreintes), nos termos do Art. 537 do CPC/15, bem como inclusão do executado no
cadastro de inadimplentes até que seja cumprida a determinação, nos termos do Art. 782,
§3º do CPC/15;

d) Não ocorrendo o cumprimento da obrigação de fazer, requer que, nos


termos do art. 526 do CPC, sejam determinadas as medidas necessárias à satisfação do
exequente;
e) Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, requer o
acréscimo de multa de dez por cento sobre o débito e, também, de honorários advocatícios
de dez por cento, nos termos do Art. 523, §1º do CPC/15;

f) Seja expedida certidão comprobatória do ajuizamento da presente


Execução, a teor do artigo 828, do CPC/15, para fins de averbação no registro de imóveis,
veículos ou outros bens sujeitos à penhora, arresto ou indisponibilidade;
g) A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos
parâmetros previstos no art. 827, §2º do CPC.

Nestes termos, espera deferimento.

Patos/PB, 15 de março de 2024.


THALISSON RODRIGO FERNANDES DANTAS
Advogado – OAB/PB 22.826

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