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Reclamante: Maria
Admissão: 01/02/2021
Trabalhou sem registro na Carteira (tem conversas de Whatsapp com o chefe passando
orientações sobre compra de produtos, quais quartos deveriam ser limpos primeiro, etc).
Jornada de segunda à sexta das 07h às 16h e aos sábados das 07h às 11h. Com apenas
30 minutos de intervalo durante a semana. Empresa tem menos de 20 empregados. Pedir
dados das testemunhas.
No caso em tela a obreira trabalhava na limpeza dos quartos exposta a agentes biológicos
como secreções humanas além de “camisinhas” e o próprio lixo produzido pelos clientes no
quarto. Trocava também as roupas de cama, limpava os banheiros como os vasos
sanitários, as banheiras, o box, etc.
Era comum encontrar seringas, peças íntimas, sangue, fezes, absorventes, etc.
Não foi mais trabalhar devido a falta de registro na carteira. (enviar notificação).
Ver Norma Coletiva. Sindicato dos empregados moteis hoteis de campinas e região
AO JUÍZO TRABALHISTA DE UMA DAS VARAS DO TRABALHO DE INDAIATUBA/SP
(ART. 651, CLT)
DA JUSTIÇA GRATUITA
Fato: Infere-se do narrado que o último salário da reclamante foi no valor de R$ 1.562,64,
bem como a situação financeira não é compatível com o pagamento das custas processuais
diante da precariedade do vínculo era mantido com a reclamada.
Fundamento: Nos termos do art. 790, §3º da CLT, o juiz poderá conceder a gratuidade
judiciária a aquele que perceber salário inferior a 40% do valor do teto dos benefícios
previdenciários.
Pedido: Logo, a reclamante preenche o requisito previsto no referido artigo, razão pela qual,
requer a concessão da gratuidade judiciária.
DO CONTRATO DE TRABALHO
Tendo em vista que não tinha registro em sua CTPS, deixou de trabalhar no dia 05/05/2022
para buscar os seus direitos, percebendo como último salário o valor de R$ 1.562,64
FUNÇÃO Camareira
SALÁRIO INICIAL 1.277,00
Verbas salariais
Verbas rescisórias
Adicional de insalubridade
Intrajornada
FGTS
Honorários de sucumbência
DO VÍNCULO DE EMPREGO
A reclamante foi admitida pela reclamada em 01/02/2021 para trabalhar de segunda à sexta
das 7h às 16 com 30 minutos de intervalo intrajornada e salário inicial de R$ 1.277,00.
FATO IMPORTANTE: Trabalhou até o dia 05/05/2022 sem o registro na sua CTPS,
fazendo com que deixasse o emprego por não concordar com o trabalho sem o registro.
Tinha como último salário o valor de R$ 1.562,64.
Nos termos dos artigos 2º e 3º da CLT, configura-se o vínculo de emprego quando presente
a onerosidade, pessoalidade, subordinação e habitualidade no serviço prestado por pessoa
física.
(FOTO)
(FOTO)
A habitualidade se dá pelo fato do contrato perdurar por mais de 1 ano, bem como de que a
obreira trabalhava regularmente de segunda à sexta com jornada pré-fixada pela reclamada
em contrato verbal de trabalho.
Por fim a personalidade, será provada por meio da testemunha que comprovam que o
obreira jamais se fez substituir por outra pessoa em seu lugar quando não podia ir trabalhar.
DA RESCISÃO INDIRETA
Como narrado alhures a reclamada não anotou o vínculo da reclamante em sua CTPS,
tampouco cumpriu com as obrigações básicas do contrato de trabalho, ou seja, além da
anotação em carteira, o pagamento das verbas salariais como férias, 13º e FGTS.
Nos termos do art. 483, alínea D da CLT, enseja a rescisão indireta do contrato de trabalho
a falta de cumprimento das obrigações contratuais que tornam insuportável a continuidade
da relação de emprego e quebrar a fidúcia característica do contrato laboral.
Tendo em vista a ausência de registro na CTPS bem como o não pagamento das verbas
salariais, a reclamada comete falta grave passível de ensjear a dispensa indireta.
Uma vez reconhecida a falta grave da reclamada, requer, a sua condenação no pagamento
das verbas rescisórias a saber, aviso prévio, férias acrescidas de ⅓, 13º salário e Multa de
40% do FGTS.
Saldo de Salário
Aviso Prévio
Férias + ⅓ Integrais
Férias + ⅓ proporcionais
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
No caso em tela a obreira trabalhava na limpeza dos quartos exposta a agentes biológicos
como secreções humanas além de “camisinhas” e o próprio lixo produzido pelos clientes no
quarto. Trocava também as roupas de cama, limpava os banheiros como os vasos
sanitários, as banheiras, o box, etc.
Era comum encontrar seringas, peças íntimas, sangue, fezes, absorventes, dentre outros
objetos pessoais dos usuários do motel.
Muito embora seja necessária a perícia para constatação da atividade insalubre, certo é que
a reclamante faz jus ao adicional de 40% previsto no art. 192 da CLT.
DO INTERVALO INTRAJORNADA
Durante todo o pacto laboral a reclamante não gozava integralmente do seu intervalo para
descanso e refeição, muito embora a sua jornada fosse superior à 6 horas diárias, vez que
a reclamada concedia apenas 30 minutos para refeição e descanso.
Nos termos do art. 71 da CLT, o empregado com jornada superior a 6 horas deverá ter o
intervalo para descanso e refeição de no mínimo 1 hora.
A reclamada não pagou as verbas de estilo no prazo do art. 477 da CLT, ainda que,
pendente o reconhecimento do vínculo laboral.
Contudo a jurisprudência do TST sumula no verbete 462, entende que é devida a multa
ainda que reconhecido o vínculo em juízo, vejamos:
DO FGTS
Diante da ausência do vínculo anotado em CTPS, a reclamada jamais inscreveu a
reclamante perante a conta vinculada ao FGTS em arrepio ao art. 15 da Lei 8.036, de 1990.
O C. TST já decidiu que os valores apontados na petição inicial, não devem limitar o valor
arbitrado pelo juízo em sentença, por se tratarem de mera estimativa. Vide AIRR 228-
34.2018.5.09.0562.
DOS PEDIDOS
5 - O pagamento das verbas salariais a saber férias integrais 2021/2022 e 13º salário de
2021………………………………………………………………………R$
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos especialmente
a prova testemunhal que será produzida no momento oportuno.
Requer ainda, para efeitos do juízo 100% digital, a indicação do endereço eletrônico para
eventuais intimações: e-mail e whatsapp.
Requer que a reclamada seja intimada para trazer nos autos todos os documentos
inerentes ao contrato de trabalho sob pena de incorrer em confissão nos termos do art. 400
do CPC.