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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO

Processo: SES-OFI-2023/02626

Interessada: Secretaria de Estado da Saúde/Hospital Estadual de Emergência


e Trauma Senador Humberto Lucena - HEETSHL

Assunto: Adesão à Ata de Registro de Preços nº0132/2022, oriunda do Pregão


Eletrônico nº 180/2021

PARECER Nº519/PGE MI-2023

EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. ADESÃO


À ATA DE REGISTRO DE PREÇO Nº0132/2022,
ORIUNDA DO PREGÃO ELETRÔNICO Nº
180/2021. CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA
AQUISIÇÃO DE CURATIVOS (ITENS 39 E 40),
PARA ATENDER AS NECESSIDADES DO
HOSPITAL ESTADUAL DE EMERGÊNCIA E
TRAUMA SENADOR HUMBERTO LUCENA.
POSSIBILIDADE JURÍDICA.

I – RELATÓRIO

Trata-se de processo administrativo oriundo da Secretaria de Estado da


Saúde/Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena -
HEETSHL em que consta solicitação para exame e emissão de parecer jurídico
sobre pedido de Adesão à Ata de Registro de Preços nº 0132/2022, oriunda do
Pregão Eletrônico nº 180/2021 da Secretaria de Estado da Administração
Central de Compras, cujo objeto é a aquisição de curativos (sabonete antisséptico
– itens 39.0 e 40.0) – EMPRESA SABRINA MARTHA RAMALHO MENDES, CNPJ:
SESOFI202302626A

24.958.749/0001-04, com a vigência 08/10/2023.

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Compulsados os autos, constam os seguintes documentos, na


ordem: Ofício nº2023/02626 (fl.01); Capa (fl.02); Check list (fl.03); Despacho (fl.04);
Ofício nº110/2022 (fls.05/06); E-mail (fls.07/08); Ofício nº0004/2022 (fls.09/11);
Resposta da empresa (fl.12); Documentos da empresa (fls.13/31); CAFIL (fls.32/45);
Edital n°180/2021 (fls.46/70); Anexo I – Termo de referência (fls.71/84); Anexo II –
Contrato (fls.85/88); Publicação (fls.89/92); Termo de adjudicação (fls.93/95); Ata de
registro de preços nº0132/2022 (fls.96/101); Publicação (fl.102); Termo de referência
(fls.103/107); Pedido de adesão (fl.108); Formulário de consulta de preço
(fls.109/110); Despacho (fl.111); E-mail (fls.112/114); E-mail (fls.115/121); Capa
(fl.122); E-mail (fl.123); Proposta comercial (fl.124); E-mail (fl.125); Proposta
comercial (fl.126); E-mail (fl.127); Proposta comercial (fl.128); E-mail (fl.129);
Proposta comercial (fl.130);Capa (fl.131); Mapa comparativo (fl.132); Despacho
(fl.133); Justificativa técnica da vantajosidade da adesão (fls.134/135);Solicitação
(fl.136); Autorização para emissão da reserva orçamentária (fl.137); Reserva
Orçamentária n°1331/2023 (fl.138); Autorização (fl.139); Despacho orientativo CI
nº0031/2023 (fls.140/142); Nota técnica nº92/2023 (fls.143/148); Minuta de contrato
(fls.149/153); Despacho (fl.154); e Despacho (fl.155).

Consta nos autos Nota Técnica nº92/2023 (fls.143/148), assinado por


senha por Samara Cavalcanti Queiroga Nery, opinando pela Adesão à Ata em
análise.

É o relatório. Passamos a opinar.

II – DELIMITAÇÃO QUANTO À PROFUNDIDADE E EXTENSÃO DA


PRESENTE ANÁLISE

A presente manifestação jurídica tem o escopo de assistir a autoridade


assessorada no controle interno da legalidade administrativa dos atos a serem
praticados ou já efetivados. Nossa função é justamente apontar possíveis riscos do
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ponto de vista jurídico e recomendar providências, para salvaguardar a autoridade

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assessorada, a quem compete avaliar a real dimensão do risco e a necessidade de
se adotar ou não a precaução recomendada.

Importante salientar, que o exame dos autos processuais restringe-se aos


seus aspectos jurídicos, excluídos, portanto, aqueles de natureza técnica. Em
relação a estes, partiremos da premissa de que a autoridade competente municiou-
se dos conhecimentos específicos imprescindíveis para a sua adequação às
necessidades da Administração, observando os requisitos legalmente impostos.

De fato, presume-se que as especificações técnicas contidas no presente


processo, inclusive quanto ao detalhamento do objeto da contratação, suas
características, requisitos e avaliação do preço estimado, tenham sido regularmente
determinadas pelo setor competente do Órgão, com base em parâmetros técnicos
objetivos, para a melhor consecução do interesse público.

O exame desta Procuradoria, desse modo, se dá nos termos do art. 3º, II e


XIII, da Lei Complementar nº 86/2008, aplicando-se analogicamente as disposições
do art. 10, §1º da Lei nº 10.480/2002, subtraindo-se análises que importem
considerações de ordem técnica, financeira ou orçamentária, considerando a
delimitação legal de competência institucional deste Órgão.

Deve ser destacado que, conforme já declarou o Colendo STF, a função


do parecer jurídico "... é zelar pela lisura sob o aspecto formal do processo, de
maneira a atuar como verdadeiro fiscal de formalidades."(HC 171576 MC,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 31/05/2019, publicado em
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-120 DIVULG 04/06/2019 PUBLIC 05/06/2019).

Além disso, cabe esclarecer que, via de regra, não é papel do Órgão de
assessoramento jurídico exercer a auditoria quanto à competência de cada agente
público para a prática de atos administrativos. Incumbe, isto sim, a cada um destes
observar se os seus atos estão dentro do seu espectro de competências.
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Finalmente, é nosso dever salientar que determinadas observações são feitas em


prol da segurança da própria autoridade assessorada a quem incumbe, dentro da
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margem de discricionariedade que lhe é conferida pela lei, avaliar e acatar, ou não,
tais ponderações. Não obstante, as questões relacionadas à legalidade serão
apontadas para fins de sua correção. O prosseguimento do feito sem a observância
destes apontamentos será de responsabilidade exclusiva da Administração.

III – ANÁLISE JURÍDICA

III.1 – DO NOVO ESTATUTO DE LICITAÇÃO E CONTRATOS


ADMINISTRATIVOS (LEI Nº 14.133/2021)

A princípio, cumpre ressaltar que está em vigor o novo Estatuto de


Licitação e Contratos Administrativos, a Lei nº 14.133/2021, contudo, a revogação
das normas anteriores sobre licitação e contratos ocorrerá no prazo de 2 (dois) anos,
conforme estabelece o artigo 193 do novo estatuto, Senão, vejamos:

“Art. 193. Revogam-se:


I - os arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, na data de
publicação desta Lei;
II - a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei nº 10.520, de 17 de
julho de 2002, e os arts. 1º a 47-A da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de
2011, após decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial desta Lei.”
(destaques acrescidos)

É imperioso consignar que durante o mencionado período, no qual as


normas antigas e a Nova Lei estão produzindo efeitos jurídicos, a Administração
Pública deverá optar que legislação aplicar nos procedimentos licitatórios ou
contratações diretas, sendo vedada a aplicação combinada da Lei nº 14.133/2021
com a legislação prevista no inciso II, do artigo 193. Vejamos:

“Art. 191. Até o decurso do prazo de que trata o inciso II do caput do art.
193, a Administração poderá optar por licitar ou contratar diretamente de
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acordo com esta Lei ou de acordo com as leis citadas no referido inciso, e

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a opção escolhida deverá ser indicada expressamente no edital ou no
aviso ou instrumento de contratação direta, vedada a aplicação
combinada desta Lei com as citadas no referido inciso.

Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, se a Administração


optar por licitar de acordo com as leis citadas no inciso II do caput do art.
193 desta Lei, o contrato respectivo será regido pelas regras nelas
previstas durante toda a sua vigência.” (destaques acrescidos)

Acerca da convivência entre a novel Lei de Licitações e Contratos


Administrativos e o regime anterior, confira-se o escólio do Eminente JOEL DE
MENEZES NIEBUHR, ao comentar o então Projeto de Lei que resultou na
aprovação do mencionado Diploma Legal:

"O artigo 191 do projeto da nova lei de licitações prescreve que ela entra
em vigor logo que sancionada e publicada. Portanto, não haverá a
chamada vacatio legis (vacância da lei), cuja regra geral, conforme o
artigo 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é de 45
(quarenta e cinco) dias a contar da publicação. Esse prazo de vacância
costuma ser dado para que as pessoas tenham tempo de compreender a
lei nova e adequarem os seus comportamentos a ela. No caso da nova lei
de licitações, a vigência será imediata, o que significa que com a
publicação ela já estará apta a produzir efeitos, ou seja, ela poderá ser
aplicada pela Administração imediatamente.
Sem embargo, o legislador previu que a nova lei, uma vez sancionada e
publicada, conviverá por dois anos com as leis que compõem o regime
antigo. A Lei n. 8.666/1993, a Lei n. 10.520/2002, que trata da modalidade
pregão, e os dispositivos da Lei n. 12.462/2001 que versam sobre o
Regime Diferenciado de Contratações Públicas, somente serão
revogados depois de 2 (dois) anos da publicação da nova lei. Ou seja,
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haverá dois anos de convívio entre os regimes antigo e novo de licitação


e contratação.
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Quer dizer que durante esses dois anos a nova lei será vigente ao mesmo
tempo da Lei n. 8.666/1993, da Lei n. 10.520/2002 e dos dispositivos da
Lei n. 12.462/2012 sobre licitações e contratos. Nesse intervalo de tempo,
a Administração poderá aplicar qualquer dos regimes, o antigo ou o novo,
conforme sua preferência.
[...]
Portanto, durante os dois anos que seguem à publicação da nova lei a
Administração dispõe de três opções: (i) aplicar o regime novo, (ii) aplicar
o regime antigo ou (iii) alternar os regimes, ora promovendo licitações sob
o regime antigo e ora promovendo licitações sob o regime novo.
Na prática, é permitido à Administração permanecer com o regime antigo
de licitações e contratos por até dois anos, tempo bem alargado. Supõe-
se que neste intervalo a Administração faça os estudos necessários sobre
a nova lei, adapte os seus processos internos, qualifique os seus
servidores e passe a aplicar o novo regime.
No entanto, repita-se que a nova lei já entra em vigência com a sua
publicação, o que significa que desde então é permitido à Administração
adotá-la. Logo, as entidades e órgãos que se sentirem preparados estão
autorizados a passar a adotar o novo regime a partir de quando
entenderem conveniente. Não precisam esperar os dois anos.
Essa solução é muito parecida com a oferecida pelo Legislador na Lei n.
13.303/2016, que disciplina as estatais, inclusive suas licitações e
contratos, como preceitua o seu artigo 911 . No caso das estatais, a
maioria resolveu mexer--se em cima do laço, quando os 2 (dois) anos já
estavam prestes a vencer. Nada impede que aconteça o mesmo com a
nova lei de licitações.
Há, no entanto, uma diferença importante no projeto da nova lei de
licitações em comparação com a Lei n. 13.303/2016: as estatais tinham o
prazo para passarem a adotar a nova lei. Num dado momento, passavam
a adotar a Lei n. 13.303/2016 e deixavam o regime antigo, mesmo que o
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fizessem antes dos 2 (dois) anos. Não lhes foi permitido usar os dois
regimes ao mesmo tempo.
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O projeto da nova lei de licitações inovou nesse sentido, porque permitiu
que a Administração vá adotando o regime novo paulatinamente, sem se
obrigar a abandonar de vez o antigo, pelo menos dentro desse prazo de 2
(dois) anos. Noutras palavras, é permitido lançar licitação pela Lei n.
8.666/1993 e outra pelo regime novo, ir alternando os regimes, como
melhor aprouver, desde que o edital deixe claro qual o regime é utilizado.
O proibido é lançar licitação com uma espécie de simbiose dos dois
regimes, um pouco de cada.
Portanto, o fato de órgão ou entidade lançar licitação pelo regime novo
não significa que abandonou totalmente o antigo. É como se fosse uma
fase alongada de 2 (dois) anos de test drive, até que a Administração
pegue confiança e decida de uma vez, ou seja, forçada a abandonar o
regime antigo - o que só ocorre no final do prazo." 1

No caso em tela a análise dar-se-á nos termos do artigo 15, da Lei nº


8.666/93, conforme solicitado pelo órgão na instrução dos autos do processo.

III – ANÁLISE JURÍDICA

Feitos os comentários iniciais, destaco que, em consonância com o


artigo 2º, II, do Decreto nº 40.547 c/c o art. 4º, parágrafo único, do Decreto nº
40.548/2020, o órgão deverá acostar autorização do Comitê Gestor de Gasto
Público.

Inicialmente, cumpre assinalar que o fundamento de validade da adoção


do Sistema de Registro de Preços para as compras a serem realizadas pela
Administração Pública repousa no regramento normativo contido no Estatuto das
Licitações e Contratos Administrativos (Lei Nacional nº 8.666/93), ao estabelecer no
âmbito do comando normativo contido no seu art. 15 que o Sistema de Registro de
Preços (SRP) será regulamentado por Decreto, atendidas as peculiaridades
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1 NIEBUHR, Joel de Menezes. Nova Lei de Licitações e Contratos


Administrativos. 1 ed. Florianópolis: Zênite, 2020. E-book, pp. 07-08.
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regionais e observadas as condições aludidas no mencionado preceito legal de
regência, senão vejamos:

“Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:


I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de
especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o
caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia
oferecidas;
II - ser processadas através de sistema de registro de preços;
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às
do setor privado;
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para
aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades
da Administração Pública.
§ 1.º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.
§ 2.º Os preços registrados serão publicados trimestralmente para
orientação da Administração, na imprensa oficial.
§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por
decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as
seguintes condições:
I - seleção feita mediante concorrência;
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços
registrados;
III - validade do registro não superior a um ano.
§ 4.º A existência de preços registrados não obriga a Administração a
firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a
utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações,
sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de
condições.
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§ 5.º O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando


possível, deverá ser informatizado.
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§ 6.º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do
quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente
no mercado.
§ 7.º Nas compras deverão ser observadas, ainda:
I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de
marca;
II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em
função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida,
sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de
estimação;
III - as condições de guarda e armazenamento que não permitam a
deterioração do material.
§ 8.º O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido
no art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a
uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros.” (grifos nossos).

Segundo o magistério doutrinário do Eminente MARÇAL JUSTEN FILHO,


o Sistema de Registro de Preços traduz uma das mais úteis e interessantes
alternativas de gestão administrativa de contratações colocada à disposição da
Administração Pública. Segundo preleciona o renomado autor, as vantagens
proporcionadas pela adoção do SRP autorizam até mesmo a interpretação no
sentido de que sua instituição se revela obrigatória por todos os entes
administrativos, não se tratando de uma mera escolha que se insere na esfera da
discricionariedade da Administração Pública.

Confira-se, a propósito, o escólio do mencionado doutrinador:

“As regras do art. 15 são de extrema relevância para a


Administração. A cláusula 'sempre que possível' não remete à
discricionariedade da Administração. Não é equivalente a 'quando a
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Administração o quiser'. A fórmula verbal torna torna impositiva e


obrigatória a adoção das providências constantes do elenco, ressalvadas
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as hipóteses em que tal for 'impossível'. Portanto, a Administração deverá
justificar a ausência de observância das exigências do art. 15,
explicitando os fundamentos evidenciadores da impossibilidade de sua
aplicação.”2

No entender do administrativista, o registro de preços é um contrato


normativo, constituído como um cadastro de produtos e fornecedores, selecionados
mediante procedimento licitatório, para contratações sucessivas de bens e serviços,
respeitados lotes mínimos e outras condições previstas no edital. A expressão
“contrato normativo” indica, portanto, uma relação jurídica de cunho preliminar e
abrangente, que estabelece vínculo jurídico disciplinando o modo de
aperfeiçoamento de futuras contratações entre as partes.

Ressalte-se que a contratação mediante a adoção de sistema de registro


de preços não configura ofensa ao princípio constitucional da licitação, eis que a
aplicação do próprio regime pressupõe a realização de prévio procedimento
licitatório, respeitando assim o mandamento constitucional plasmado no art. 37,
inciso XXI, da Constituição da República de 1988.

Ademais, resta mais que superada a possibilidade de adoção do SRP,


quer para compras, quer para serviços, admitindo-se que a ata de registro de preços
tenha origem em processo licitatório tanto na modalidade concorrência quanto na
modalidade pregão. Estas previsões legislativas encontram ainda amparo nos
entendimentos do TCU e da doutrina.

A Lei Nacional n.º 8.666/93, consoante precedentemente apontado,


submete ao Chefe do Poder Executivo de cada ente da Federação a
regulamentação do Sistema de Registro de Preços através de Decreto3. Registre-se
que o SRP é regulamentado no Estado da Paraíba pelo Decreto Estadual n.º
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2 JUSTEN FILHO, MARÇAL. Comentários à Lei de Licitações e Contratos


Administrativos. 16 ed. São Paulo: RT, 2014, p. 246.
3 Jacoby entende possível regulamentação pelas autoridades máximas dos outros
Poderes. Em sentido contrário:Marçal Justen Filho.
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34.986/2014, que revogou expressamente os atos normativos que anteriormente
disciplinavam o instituto (Decretos nºs 26.375/2005; 28.206/2007 e 33.704/2013).

Infere-se da inteligência do Decreto Estadual nº 34.986/2014 a


classificação de dois usuários da Ata de Registro de Preços: (a) os órgãos
participantes, considerados aqueles que, no momento da convocação do órgão
gerenciador, comparecem e participam da implantação do Sistema de Registro de
Preços, informando os objetivos pretendidos, qualidade e quantidade, integrando a
Ata de Registro de Preços; (b) e os órgãos não participantes (caronas),
considerados aqueles que, não tendo participado do registro de preços na época
oportuna, informando suas estimativas de consumo, requerem, posteriormente, ao
órgão gerenciador, a utilização da ata de registro de preços.

A propósito, a figura do “carona” restou regulamentada pelo art. 22 do


Decreto Estadual em comento, nos seguintes termos:

“Art. 22. Desde que devidamente justificada a vantagem, a ata de registro


de preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão
ou entidade da administração pública que não tenha participado do
certame licitatório, mediante anuência do órgão gerenciador.
§ 1º Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços,
quando desejarem fazer uso da ata de registro de preços, deverão
consultar o órgão gerenciador da ata para manifestação sobre a
possibilidade de adesão.
§ 2º Caberá ao fornecedor beneficiário da ata de registro de preços,
observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não
do fornecimento decorrente de adesão, desde que não prejudique as
obrigações presentes e futuras decorrentes da ata, assumidas com o
órgão gerenciador e órgãos participantes.
§ 3º As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo
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não poderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento dos

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quantitativos dos itens do instrumento convocatório e registrados na ata
de registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes.
§ 4º O instrumento convocatório deverá prever que o quantitativo
decorrente das adesões à ata de registro de preços não poderá exceder,
na totalidade, ao quíntuplo do quantitativo de cada item registrado na ata
de registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes,
independente do número de órgãos não participantes que aderirem.
§ 5º O órgão gerenciador somente poderá autorizar adesão à ata após a
primeira aquisição ou contratação por órgão integrante da ata, exceto
quando, justificadamente, não houver previsão no edital para aquisição ou
contratação pelo órgão gerenciador.
§ 6º Após a autorização do órgão gerenciador, o órgão não participante
deverá efetivar a aquisição ou contratação solicitada em até noventa dias,
observado o prazo de vigência da ata.
§ 7º Compete ao órgão não participante os atos relativos à cobrança do
cumprimento pelo fornecedor das obrigações contratualmente assumidas
e a aplicação, observada a ampla defesa e o contraditório, de eventuais
penalidades decorrentes do descumprimento de cláusulas contratuais, em
relação às suas próprias contratações, informando as ocorrências ao
órgão gerenciador.
§ 8º É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou
estaduais e federal a adesão a ata de registro de preços da Administração
Pública do Estado da Paraíba.”

Apesar das disposições literais extraídas do regulamento de regência da


matéria, existem posicionamentos doutrinários contrários à constituição da figura
jurídica do “carona”, cujos argumentos levam em consideração infrações aos
princípios da legalidade e da vinculação ao instrumento convocatório, à disciplina da
habilitação, à vedação de criação de hipótese de dispensa de licitação por ato
regulamentar, ao limite legal à ampliação aos quantitativos originais contratados, aos
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princípios da República e da isonomia. Por outro lado, também existem

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posicionamentos favoráveis ao “carona”, considerando a inexistência de infrações de
natureza constitucional ou legal.

Sobreleva consignar que, malgrado um período inicial de oscilação


jurisprudencial, o Colendo Tribunal de Contas da União pacificou a sua
jurisprudência no sentido da possibilidade jurídica de adesão à Ata de
Registro de Preços por órgãos ou entidades não participantes dos
procedimentos iniciais, assentando, no entanto, que tal possibilidade se
reveste de caráter anômalo e excepcional, não constituindo uma
obrigatoriedade a constar em todos os editais e contratos regidos pelo
Sistema de Registro de Preços, cabendo ao órgão ou entidade não participante
demonstrar a vantajosidade econômica da adesão, a teor do que se evidencia
dos seguintes enunciados extraídos da jurisprudência dominante da Corte sobre o
tema:

“A adesão a ata de registro de preços (carona) está condicionada à


comprovação da adequação do objeto registrado às reais
necessidades do órgão ou da entidade aderente e à vantagem do
preço registrado em relação aos preços praticados no mercado onde
serão adquiridos os bens ou serviços.” (TCU – Plenário – Acórdão n.º
1202/2014 – Rel. Min. Ana Arraes) (grifo nosso).

“O órgão gerenciador do registro de preços deve justificar eventual


previsão editalícia de adesão à ata por órgãos ou entidades não
participantes ('caronas') dos procedimentos iniciais. A adesão
prevista no art. 22 do Decreto 7.892/13 é uma possibilidade anômala
e excepcional, e não uma obrigatoriedade a constar necessariamente
em todos os editais e contratos regidos pelo Sistema de Registro de
Preços.” (TCU – Plenário – Acórdão 1297/2015 – Rel. Min. Bruno
Dantas). (destacamos).
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Não destoa desse posicionamento a orientação jurisprudencial pacificada
no âmbito do Egrégio Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, conforme se
depreende dos seguintes precedentes:

“LICITAÇÕES. Governo do Estado. Secretaria de Estado da Saúde.


Sistema de Registro de Preço. Adesão à ata de registro de preços.
Obediência às determinações legais. Indicação de sobrepreço.
Parâmetro com características dissonantes. Regularidade da adesão e
do contrato. Arquivamento.” (TCE/PB – Segunda Câmara – PROCESSO
TC Nº 11732/11 – Rel. Conselheiro André Carlo Torres Pontes – J. em
17.04.2012) (grifo nosso).

“EMENTA: PODER EXECUTIVO ESTADUAL – ADMINISTRAÇÃO


DIRETA – SECRETARIA – ADESÃO À ATA DE REGISTRO DE
PREÇOS SEGUIDA DE CONTRATO – CERTAME LICITATÓRIO
IMPLEMENTADO POR ÓRGÃO DE OUTRO ESTADO – AQUISIÇÃO
DE SOLUÇÃO DE PLATAFORMA TECNOLÓGICA DESTINADA ÀS
REDES CABEADAS SEM FIO COM SERVIÇOS, INSTALAÇÃO E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA GARANTIR A SEGURANÇA
DAS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS – EXAME DA LEGALIDADE –
Ausência de máculas – Procedimentos realizados em conformidade
com as disposições previstas na Lei Nacional n.º 8.666/1993, na Lei
Nacional n.º 10.520/2002 e no Decreto Estadual n.º 26.375/2005,
alterado pelo Decreto Estadual n.º 28.206/2007. Regularidade formal
do ato de adesão e do contrato dele decorrente. Arquivamento dos
autos.” (TCE/PB – Primeira Câmara – PROCESSO TC N.º 00427/15 –
Rel. Conselheiro em Exercício Renato Sérgio Santiago de Melo – J. em
16.07.2015) (grifo nosso).

Por sua relevância para a compreensão da controvérsia, releva trazer à


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baila judiciosa passagem extraída do voto-condutor proferido pelo Eminente


Conselheiro ANDRÉ CARLO TORRES PONTES por ocasião do julgamento do
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PROCESSO TC Nº 11732/11, oportunidade na qual o Eminente Relator discorreu
com propriedade sobre o procedimento de adesão à Ata de Registro de Preços
elaborada a partir da implementação do Sistema de Registro de Preços previsto no
art. 15 do Estatuto das Licitações e Contratos Administrativos:

“A matéria debatida nos presentes autos traz à baila o


procedimento de adesão à Ata de Registro de Preços (ARP), documento
formado a partir do Sistema de Registro de Preços - SRP, previsto no art.
15, da Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
O Sistema de Registro de Preços cuida de um conjunto de
procedimentos efetuado pela Administração Pública, visando o
registro formal de preços relativos à prestação de serviços e
aquisição de bens, para contratações futuras. Segundo os
ensinamentos do ilustre administrativista Hely Lopes Meirelles:
“Registro de Preços é o sistema de compras pelo qual os
interessados em fornecer materiais, equipamentos ou serviços ao Poder
Público concordam em manter os valores registrados no órgão
competente, corrigidos ou não, por um determinado período e fornecer
as quantidades solicitadas pela Administração no prazo previamente
estabelecido”
O registro de preços é precedido de licitação, realizada nas
modalidades concorrência ou pregão e deve merecer prévia e ampla
pesquisa de mercado, sendo o critério de julgamento, em regra, o de
menor preço.
Depois de concluída a licitação, em qualquer das modalidades
acima mencionadas, os preços, as condições de contratação e a
indicação dos respectivos fornecedores ficam registrados na Ata de
Registro de Preços, a qual deverá ser divulgada em órgão oficial de
imprensa da Administração Pública. A referida Ata fica à disposição
para que os órgãos e entidades participantes do registro de preços,
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ou qualquer outro órgão ou entidade da Administração, ainda que


não tenha participado do certame licitatório, possam dela usufruir.
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Durante a vigência da Ata de Registro de Preços, que não
pode ser superior a um ano, havendo necessidade do objeto licitado,
basta ao órgão ou entidade tomar as medidas necessárias para
formalizar a requisição, verificar se o preço registrado continua
compatível com o mercado e emitir o empenho ou, se for o caso,
assinar o termo de contrato.
Indubitavelmente, com a adoção do SRP, os procedimentos
de contratação são mais ágeis. Outra vantagem visível é que o
Sistema de Registro de Preços evita o fracionamento da despesa,
pois a escolha da proposta mais vantajosa já foi precedida de
licitação nas modalidades concorrência ou pregão, não restritas a
valores limites para contratação. Urge ressaltar que a existência de
preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações
que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros
meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao
beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.”
(destacamos).

Admitindo-se a tese da juridicidade do “carona”, resta saber quais são os


pressupostos ou requisitos fundamentais para que venha a ser efetivada a
denominada adesão à ata de registro de preços. Como demonstrado anteriormente,
o art. 22, “caput”, do Decreto Estadual nº 34.986/2014 prevê expressamente a
possibilidade de que a ata seja utilizada por qualquer órgão ou entidade da
Administração que não tenha participado do certame licitatório, através de consulta
ao órgão gerenciador, desde que devidamente justificada a vantagem.

Emergem, nesse sentido, os primeiros requisitos fundamentais para o


reconhecimento da validade da adesão à ata de registro de preços, quais sejam:
primeiro o fato de não se tratar de órgão participante, uma vez que este dispensa
qualquer adesão à ata; segundo, que o órgão interessado só está autorizado a
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requerer sua adesão quando devidamente demonstrada a vantajosidade econômica


da adesão para a Administração Pública, eis que restaria fulminado o interesse
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público que legitimaria a adesão à ata no caso em que a vantagem para a aquisição
e tomada de serviços se revelasse inexistente; terceiro, que, superados estes
requisitos, o órgão interessado deve realizar consulta ao órgão gerenciador,
tratando-se de requisito formal inerente à adesão.

Por consequência, o art. 22, § 1º, do Decreto dispõe que cabe ao órgão
gerenciador, após a manifestação de interesse do órgão requerente, indicar os
possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, observando-se a
ordem de classificação, cabendo ao fornecedor indicado optar pela aceitação ou não
do fornecimento, independentemente dos quantitativos registrados em ata, desde
que o fornecimento não prejudique as obrigações anteriormente assumidas, nos
precisos termos do art. 22, § 2º. As aquisições ou contratações adicionais a que se
refere o dispositivo não poderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento
dos quantitativos registrados na ata de registro (art. 22, § 3º).

Naturalmente que não se deve esquecer que a adesão só se torna


possível quando o prazo de validade do registro de preços ainda não tenha sido
expirado, sob pena de afronta ao contido no art. 15 da Lei n.º 8.666/93. Igualmente o
órgão ou entidade administrativa não participante (“carona”) dependerá da
demonstração de dotação orçamentária suficiente a cobrir as despesas inerentes ao
ajuste, assim como os demais requisitos previstos na Lei n.º 8.666/93 e na
legislação aplicável à espécie.

Sendo assim, tem-se como pressupostos para adesão:

a) o órgão interessado não pode ser classificado como participante;

b) demonstração de que a adesão se revela economicamente mais


vantajosa para a Administração Pública;
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c) a constatação do prazo de validade da ata de registro;

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d) a consulta ao órgão gerenciador;

e) a resposta do órgão gerenciador à consulta mediante autorização para


adesão à Ata de Registro de Preços;

f) a opção do fornecedor beneficiário da Ata de Registro de Preços pela


aceitação do fornecimento decorrente da adesão, independentemente dos
quantitativos registrados, desde que não prejudique as obrigações
anteriormente assumidas;

g) a verificação de dotação orçamentária;

Nessa senda, consta a existência da Adesão à Ata de Registro de


Preços nº 0132/2022, oriunda do Pregão Eletrônico nº 180/2021 da Secretaria
de Estado da Administração Central de Compras, cujo objeto é a aquisição de
curativos (sabonete antisséptico) – EMPRESA SABRINA MARTHA RAMALHO
MENDES, CNPJ: 24.958.749/0001-04, com a vigência 08/10/2023.

Consta nos autos do processo a Justificativa na Nota técnica, na qual,


informa o que segue:

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Em análise aos presentes autos, percebe-se que:

a) Foi efetuada prévia consulta ao Órgão Gerenciador da Ata, tendo este


autorizado a Adesão, no dia 07/02/2022 (fl.139);

b) Consta a manifestação de interesse do fornecedor em fornecer o objeto


(fl.12);

c) A Ata de Registro de Preços tem vigência até 08/10//2023 (fl.102);

Convém reiterar, outra exigência de grande relevância que está contida


no artigo 22 do Decreto nº 34.986/2014, qual seja, comprovar a vantajosidade na
adesão.

Com isso, Órgão comprova que a Adesão à Ata é mais vantajosa através
da juntada, conforme comprova no Mapa Comparativo de Preços (fl.132), segue:
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Salientamos que o cotejamento de preços do presente processo se


deu com base na vantajosidade da Ata de Registro de Preços nº 0132/2022,
oriunda do Pregão Eletrônico nº 180/2021 da Secretaria de Estado da
Administração Central de Compras, em relação à Pesquisa de Preços, na qual,
o órgão afirma que a futura empresa contratada, EMPRESA SABRINA MARTHA
RAMALHO MENDES, CNPJ: 24.958.749/0001-04, possui a proposta mais
vantajosa no valor total de R$9.954,00 (nove mil, novecentos e cinquenta e
quatro reais).

Ademais, vislumbramos que as especificações técnicas do objeto


constante no Termo de Referência (fls.103/107) encontram-se em conformidade com
a Ata de Registro de Preços nº 0132/2022, oriunda do Pregão Eletrônico nº
180/2021.

Destarte, cabe afirmar que esta Procuradoria não detém os


conhecimentos técnicos necessários para averiguar, aptidão/adequação
capazes de aferir, se as características do objeto a ser contratado são
substanciais e relevantes ao ponto de macular a presente contratação, sendo
esta competência cabível ao Órgão de origem. Ressalta-se ainda que o exame
ora realizado tem como pressuposto que as especificações técnicas contidas
no presente processo, inclusive quanto ao detalhamento do objeto da
contratação, suas características, requisitos e avaliação do preço estimado,
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tenham sido regularmente determinadas pelo setor competente do Órgão, qual

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seja, Secretaria de Estado da Saúde/Hospital Estadual de Emergência e
Trauma Senador Humberto Lucena - HEETSHL

Consta nos autos Reserva Orçamentária nº1331/2023 (fl.138), no valor


de R$9.954,00 (nove mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), assegurando o
valor total da contratação.

Cumpre mencionar, que foi acostada a Minuta do Contrato (fls.149/153),


com as cláusulas necessárias à celebração do instrumento, nos termos do artigo 55
da Lei nº 8666/1993.

Além do mais, através do Despacho nº097 (fl.154), o Hospital solicitou


análise sobre a necessidade da cláusula de Garantia de Execução, constante no
item 15 da Minuta do Contrato (fls.152/153).

A respeito dispõe a Lei nº 8.666/93:

“Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde


que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação
de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

A exigência de garantia contratual se constitui, em verdade, numa


faculdade a ser exercida pelo ente contratante, que deve analisar, em cada caso, os
riscos que o objeto do contrato pode trazer à Entidade e à coletividade. Ou seja, a
rigor, a exigência de garantia contratual está estritamente ligada à complexidade do
objeto e aos potenciais riscos oriundos da execução do contrato.

Destarte, ainda na fase interna da licitação, deve o ente licitante decidir


motivadamente, frente às peculiaridades do objeto a ser contratado, sobre a
necessidade e pertinência de se exigir a garantia do contrato.

Decidindo de modo positivo por sua exigência, cabe à Administração


disciplinar adequadamente a matéria no instrumento convocatório,.Sendo assim, o
órgão gerenciador da ata que teve o critério da análise de prevê a cláusula da
garantia, não sendo o órgão carona competente para suprimir.
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Destarte, é importante trazer à baila que o edital do certame é o alicerce


do procedimento licitatório, a peça chave, pois as regras nele estabelecidas
disciplinam as exigências que serão impostas aos interessados e à própria
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Administração, tudo isto com fulcro no Princípio da vinculação ao instrumento
convocatório, presente nos artigos 3º e 41 da Lei nº 8.666/93, in verbis:

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio


constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do


edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

Nesse sentido, leciona Marçal Justen Filho4:

1) O conteúdo do instrumento contratual


O conteúdo essencial e fundamental do instrumento contratual já se
encontra determinado em função do instrumento convocatório (ou outro
ato em que se funde o contrato). Como já afirmado, vigora o princípio da
conformidade do contrato ao ato convocatório. Por isso, as regras do art.
55 são dirigidas antes ao elaborador do ato convocatório do que ao
redator do instrumento contratual. O instrumento contratual não pode
inovar o ato convocatório no tocante a condições essenciais para a
licitação. Todas as cláusulas contratuais que poderiam influir para a
participação ou não de interessados ou para a formulação de propostas
deverão constar do ato convocatório, sob pena de nulidade da própria
licitação. É claro, porém, que o instrumento contratual precisará alguns
tópicos previstos apenas de modo genérico no ato convocatório. (...)
(...)
13) Vinculação ao ato convocatório (inc. XI)
O contrato administrativo filia-se ao ato que lhe deu origem. Haja ou não
licitação formal, o contrato é produto de atos anteriores, que lhe dão
determinada configuração. Por isso, todo contrato deve ser interpretado
em consonância com o ato convocatório da licitação ou com as condições
norteadoras da dispensa ou inexigibilidade da licitação. Lembre-se que a
minuta do contrato deve constar como anexo do ato convocatório, o que
significa inclusive a redução de autonomia na elaboração do instrumento
a ser concretamente formado entre as partes

Neste contexto, ao analisar a Minuta Contratual do Edital de Pregão


Eletrônico nº 180/2021, consta consignado a cláusula de Garantia de
Execução, ou seja, estando em conformidade as minutas contratuais,
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4 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 17ª Ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.
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conforme a Lei nº 8.666/93 estabelece que a minuta do contrato figura como
anexo do edital e deste faz parte (art. 40, § 2º, III), sendo, expressamente,
exigida a compatibilidade entre o contrato e o edital em seu art. 55, XI.

Quanto à regularidade fiscal e trabalhista da empresa a ser contratada,


consta nos autos a devida comprovação.

Salientamos, por oportuno, que as Certidões de Regularidade Fiscal e


Trabalhista da empresa a ser contratada devem estar válidas à época da assinatura
e publicação do Contrato (Art.29 da Lei n°8666/93).

Ademais, considerados os dispositivos legais acima transcritos, bem


como, todo arcabouço documental acostado aos autos e levando em conta que a
Ata de Registro de Preços nº 0132/2022, oriunda do Pregão Eletrônico nº
180/2021, da Secretaria de Estado da Administração - Central de Compras,
entendemos inexistir óbice ao atendimento do pleito.

Por fim, importante mencionar, que não cabe a esta Procuradoria-


Geral do Estado da Paraíba adentrar na conveniência e oportunidade dos atos
praticados no âmbito da Secretaria-Executiva do Empreendedorismo.
Ressaltamos ainda, que a presente análise toma por base, exclusivamente, os
elementos que constam, até a presente data, nos autos do processo
administrativo em epígrafe.

IV – CONCLUSÃO

A presente manifestação é de natureza estritamente jurídica, não tendo o


condão de chancelar opções técnicas adotadas pela Administração, nem de emitir
juízo de conveniência e oportunidade.

Assim, o exame desta Procuradoria se dá nos termos do art. 3º, incisos II


e XIII, da Lei Complementar nº 86/2008, aplicando-se analogicamente as
disposições do art. 10, §1º, da Lei nº 10.480/2002, subtraindo-se análises que
importem considerações de ordem técnica, financeira ou orçamentária, considerando
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a delimitação legal de competência institucional deste Órgão.

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Por tal razão, o parecer limitou-se aos aspectos jurídicos, com base nas
informações e peças constantes dos autos, não adentrando no mérito administrativo,
como questões de conveniência e oportunidade, cuja atribuição é do administrador.
Acrescento que a motivação, justificativas e todos os dados técnicos são de inteira
responsabilidade do Órgão Gestor, que deverá ter plena certeza da exatidão de sua
proposta. Todas as observações elaboradas têm como premissa a veracidade e a
exatidão dos dados, informações, cálculos e valores constantes do processo, que
são de responsabilidade exclusiva da Administração.

Em face do exposto, nos limites da análise jurídica e excluídos os


aspectos técnicos e o juízo de oportunidade e conveniência do ajuste, desde que
suprida a ressalva (1.Retificar a minuta do contrato), observadas todas as
recomendações e condicionantes legais e jurisprudenciais contidas na
fundamentação supra, que passam a integrar a presente conclusão, como se
nela estivessem transcritas, opinamos pelo prosseguimento da Adesão à Ata
de Registro de Preços nº 0132/2022, oriunda do Pregão Eletrônico nº 180/2021
da Secretaria de Estado da Administração/ Central de Compras, cujo objeto é a
aquisição de curativos (sabonete antisséptico – itens 39.0 e 40.0) – EMPRESA
SABRINA MARTHA RAMALHO MENDES, CNPJ: 24.958.749/0001-04, bem como,
todo o processo administrativo encontram-se em perfeita sintonia com o que
disciplina a legislação aplicável à espécie.

Em arremedo de conclusão, recomendo que a Administração, ao


proceder à contratação e/ou renovação de contrato, verifique se em face da
pretensa contratada há qualquer restrição à contratação perante a Administração
Pública, seja judicial ou administrativa, perante todos os cadastros e registros
pertinentes, procedendo à consulta dos órgãos de controle interno (com destaque
para a CGE) e externos (Tribunal de Contas e Ministério Público), assim como ao
Cadastro dos Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar Com a Administração
Pública Estadual (CAFIL) e ao Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e
Suspensas (CEIS), que apresenta a relação de empresas e pessoas físicas que
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sofreram sanções que implicaram a restrição de participar de licitações ou de

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celebrar contratos com a Administração Pública, tudo com vistas à salvaguarda do
erário.

É o parecer, que não possui caráter vinculante, podendo a


Administração, fundamentadamente, rejeitar as razões e a conclusão nele
encartadas.

João Pessoa (PB), data da assinatura eletrônica no PBDOC.

WLADIMIR ROMANIUC NETO

Procurador do Estado

Coordenador Operacional da Procuradoria de Licitações e Contratos Administrativos

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