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DLG Advocacia

Cível, Previdenciário e Trabalhista


Daniel De Luca Gonçalves – OAB/SC 22.677
Gislane Chechetto - OAB/SC 21.829

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA


CÍVEL DA COMARCA DE CRICIÚMA, ESTADO DE SANTA CATARINA

AUTOS: 0014325-33.2007.8.24.0020 (020.07.014325-0)
AUTORA: NADIR SATURNO TEIXEIRA
RÉU: CAIXA SEGURADORA S/A

OS AUTORES, oportunamente qualificados nos autos em epígrafe, que


movem contra o RÉU, também qualificado, vêm por intermédio de seu
procurador, perante a elevada presença de Vossa Excelência, irresignados
com a respeitável sentença proferida, interpor RECURSO DE APELAÇÃO,
cujas razões seguem em anexo e fazem parte da peça processual. Assim, por
próprio e tempestivo, requer-se seja conhecido e remetido ao Egrégio Tribunal
de Justiça de Santa Catarina com as cautelas de estilo.
Informam a ausência Guia de Recolhimento Judicial, referente ao
preparo do presente Recurso de Apelação, em razão dos benefícios da justiça
gratuita, deferido nos autos (fl.).
Requerem ainda, a inclusão do nome do advogado, Dr. Daniel De Luca
Gonçalves (OAB/SC 22.677), na contra capa dos autos, permitindo ao mesmo
o pleno controle processual, sob pena de nulidade, nos termos do §1°, do art.
236, do Código de Processo Civil, para fins de intimação dirigidas aos autores
da ação.

Nesses termos,
Pedem deferimento.

Criciúma/SC, 28 de março de 2023.

_____________________________ _______________________________
DANIEL DE LUCA GONÇALVES GISLANE CHECHETTO
OAB/SC 22.677 OAB/SC 21.829

Av. Getúlio Vargas, nº 372 – Sala nº 65 – Ed. Milano – Centro – Criciúma – CEP: 88.801-500
Tel: (48) 3434-4620
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RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

COLENDA CÂMARA,
NOBRES JULGADORES

A apelante ajuizou a presente ação pretendendo a condenação da


apelada ao pagamento do montante necessários ao reparo de seus imóveis
(seguro habitacional), bem como pagamento da multa decendial.
A sentença recorrida julgou parcialmente procedente o pedido inicial.
A respeitável sentença a quo, em que pese seus fundamentos, não pode
prosperar como entrega final da prestação jurisdicional, merecendo reforma
por esse e. Tribunal.

DO PREPARO E PORTE E REMESSA

Conforma consta dos autos (fl.), a apelante é beneficiária da justiça


gratuita, o que lhe isenta do recolhimento das custas judiciais, entre elas o
preparo e o porte e remessa.
A Constituição dispõe que “o Estado prestará assistência jurídica integral
e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (artigo 5º, LXXIV,
CRFB/88). Trata-se de cláusula pétrea da nossa Constituição, não se podendo
incrementar o texto normativo para nele inserir outras exigências.
Em consonância aos ditames Constitucionais, a Lei Federal nº 1.060/50,
em seu artigo 9º, prevê que “os benefícios da assistência judiciária
compreendem as instâncias todos os atos do processo até decisão final do
litígio, em todas.”
Todavia, desde já a apelante reiteram o pedido de justiça gratuita a corte
superior, isentando-a do pagamento das às taxas judiciárias, dos emolumentos
e às custas, na forma do art. 98, CPC/2015.
Assim sendo, requer-se a extensão da benesse para esta instância
recursal.

DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO

MULTA DECENDIAL

A sentença recorrida não deferiu a aplicação da multa decendial .

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Há previsão contratual de aplicação de multa em razão do atraso no


pagamento de indenização por parte da seguradora e não havendo o devido
pagamento nos trinta dias subsequentes a data do aviso de sinistro constante
dos autos, ou alternativamente, da citação válida, configurada está a mora da
seguradora, e, portanto, é devida a incidência da multa.
Nas condições especiais relativas ao seguro compreensivo, nas penas
convencionadas na cláusula 17ª, em seu item 17.3, há a seguinte previsão:

"A falta de pagamento no prazo previsto neste subitem


sujeitará a seguradora à mora de 2% (um por cento) sobre o
valor devido, para cada mês ou fração de atraso."

Portanto, requer-se a reforma do julgado, para condenar a seguradora


no pagamento da multa decendial, com o termo a data do aviso de sinistro
constante dos autos, ou alternativamente, da citação válida, momento em que
a seguradora externou de forma exaltada a resistência ao pedido inicial da
parte apelante.

HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIA E CUSTAS


EXLCUSÃO ÔNUS E MAJORAÇÃO

Quanto os honorários de sucumbência e as custas processuais assim


determinou a sentença guerreada:

“Considerando a sucumbência parcial das autoras, quanto ao


pedido de sancionamento por descumprimento do pacto de
seguros, responderão estas por 30% das custas processuais,
sendo o restante outorgado à demandada. Honorários
advocatícios arbitrados em 10% sobre o valor da condenação,
distribuídos conforme o resultado financeiro antes declarado,
sem compensação. Quanto as autoras, as despesas de
sucumbência tem sua exigibilidade suspensa pelo prazo legal.”

A sucumbência dos apelantes foi mínima.


A fixação dos honorários advocatícios em 15% sobre o valor da
condenação não condiz com o grau de zelo do profissional e a natureza e
importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido
para o seu serviço, requerendo-se a sua majoração para 20%.
Assim dispõe o art. 85, § 2º, do NCPC:

§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o


máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação,

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do proveito econômico obtido ou, não sendo possível


mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;

No caso dos autos, o trabalho realizado com o atendimento às


intimações, a juntada de peças indispensáveis ao desenvolvimento da lide, o
acompanhamento de Agravo de Instrumento e a realização de perícia técnica,
além do tempo exigido pelo serviço é de se considerar que os honorários
advocatícios devem ser majorados e fixados em 20% sobre o valor da
condenação, a fim de remunerar de forma satisfatória o profissional.
Sobre o tema o Egrégio Tribunal de Justiça de Santa Catariana já se
posicionou:

Em sentenças dotadas de eficácia condenatória


preponderante, devem os honorários advocatícios ser
fixados entre 10% e 20% sobre o valor da condenação,
atendidos, para tanto, o grau de zelo do profissional, o
lugar da prestação do serviço, a natureza e importância da
causa e o trabalho realizado pelo advogado e o tempo para
o seu serviço." (art. 20, § 3º, do Código de Processo Civil)
(Apelação Cível n. 2005.002449-0, de Lages, Rel. Des. Joel
Dias Figueira Júnior, j. 09/12/2008)

Destarte, requer-se a reforma do julgado para majorar os honorários advocatícios


ao procurador dos apelantes para 20% do valor da condenação, afastando-se a
sucumbência dos apelantes.

DO PEDIDO

ISTO POSTO, requerem o provimento total do presente recurso,


reformando-se a sentença conforme acima requerido.
Prequestionam para fins de interposição de Recursos as Cortes
Superiores todos os dispositivos de Lei e Constituição levantados.
Requerem ainda, a inclusão do nome do advogado, Dr. Daniel De Luca
Gonçalves (OAB/SC 22.677), na contra capa dos autos, permitindo ao mesmo
o pleno controle processual, sob pena de nulidade, nos termos do §1°, do art.
236, do Código de Processo Civil, para fins de intimação dirigidas aos autores
da ação.

Nesses termos,
Pedem deferimento.
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