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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ALTAYR CHAGAS
ANA JULIA AMALCABURIO
ÉRICA IZADORA DE MEDEIROS GONÇALVES
EMANUELLY PAVAN DA SILVA
SAMANTHA MAFRA
WILLANNA CRISTINA GOMES CORDEIRO

ACÓRDÃO – Acórdão do Tribunal de Justiça


Processo: 0309209-61.2017.8.24.0039

Itajaí
2022
CONCEITUANDO AS CATEGORIAS ESCOLHIDAS DO ACÓRDÃO

(PARTE 01)

SENTENÇA: “Qualquer despacho ou decisão, julgamento ou decisão final


proferida por juiz, tribunal ou árbitro. Ato do juiz que extingue o processo,
resolvendo ou não o mérito da causa.

A sentença só produz efeito quando prolatada, publicada e dela sendo intimadas


as partes. Não se dá publicidade a sentença proferida em casos processados
em segredo de justiça (CPC/1973, art.456, correspondente ao art.366 do
CPC/2015). A Lei n⁰ 10.444/2002 deu nova redação ao § 5⁰ do art.461-A e seus
três parágrafos do CPC/1973, correspondentes aos arts.497 a 500 e 538 do
CPC/2015. A Lei n⁰ 11.232/2005 alterou a Lei n⁰ 5.869/1973-CPC/1973, para
estabelecer o cumprimento das sentenças no processo de conhecimento (q.v.),
mantido no CPC/2015, nos arts. 513 a 538.” (GUIMARÃES, T. Deocleciano,
2022, 26ª ed., p. 235)

DECADÊNCIA: “É o perecimento, perda ou extinção de um direito subjetivo em


razão do decurso do tempo, por não ter seu titular exercido durante o prazo que
a lei estipula. Também se diz caducidade. Em sentido mais restrito, implica a
perda de pretensão constitutiva, amparada na lei ou em cláusula contratual, pela
inação do seu titular, por certo período de tempo. Neste particular, difere da
prescrição, pois, enquanto nessa última apenas se extingue a eficácia da
pretensão, e que o direito de ação, na decadência aparece o próprio direito, o
qual não pode mais ser exercido, em juízo ou não. A doutrina emprega
usualmente a expressão direito protestativo para expressar o tipo de pretensão
que poderia caducar pelo transcurso legal do prazo, contudo, tal definição é
equivocada, pois também há decadência de direitos que somente podem ser
exigidos em juízo, como nos casos de ação rescisória ou de mandado de
segurança. Ademais, o conceito de Direito Potestativo é historicamente ligado
ao direito das obrigações, sobretudo no que diz respeito a faculdades estipuladas
em contrato, e a decadência também pode operar-se em face do poder público,
inclusive no exercício de atos de império. No direito Processual, a petição inicial
será indefinida se o juiz, verificar a decadência, inclusive no bojo de processo
cautelar preparatório diferentemente da prescrição que até 2006 precisava ser
alegada pelo interessado, a decadência legal sempre pôde ser declarada de
ofício pelo juiz. O prazo, desde que iniciado, não pode ser suspenso nem
interrompido, segue até o final; já o de prescrição admite suspensão ou
suspensão, outra diferença básica é que a decadência o punível, contra todos
(erga omnes), é a prescrição não o é com relação aos menores de 16 anos, ou
portadores de doenças mentais.” (GUIMARÃES, T. Deocleciano, 2022, 26ª ed.,
p. 97)

ÔNUS PROBATÓRIO: “Obrigação de provar, que cabe a quem afirma, com a


possibilidade do juízo atribuí-lo de modo diverso por meio de decisão
fundamentada e anterior à abertura da instrução processual.” (GUIMARÃES, T.
Deocleciano, 2022, 26ª ed., p. 196)

VÍCIOS REDIBITÓRIOS: “São falhas ou defeitos ocultos existentes na coisa


alienada, que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem
sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se realizaria se esses
defeitos fossem conhecidos.” (DINIZ, Maria Helena. Direito Civil Brasileiro.
Saraiva, 2004. p. 121)

"Os vícios redibitórios, por definição, são defeitos ocultos que diminuem o valor
ou prejudicam a utilização da coisa recebida por força de um contrato comutativo
(art. 441 do CC/2002). O principal aspecto a ser considerado é, precisamente,
portanto, o fato de este vício ser oculto, recôndito, ou seja, não aparente. Se for
aparente, não se tratará de vício redibitório." (FILHO, 2022, p.355)

EXORDIAL: “Referente ou relacionado a exórdio. Que se encontra ou se


apresenta no início de; prólogo. Empregada como sinônimo de petição inicial,
denuncia ou queixa-crime.” (GUIMARÃES, T. Deocleciano, 2022, 26ª ed., p. 131)

SÍNTESE DO ACÓRDÃO

(PARTE 02)

A apelação exposta julgada no dia 11/11/2021 referente a ação de indenização


por danos materiais, onde o litígio é a compra e venda de um veículo usado
(marca Chevrolet/Cruze, ano 2003, placa MKO2685), no valor de R$ 41.000,00
(quarenta e um mil reais) por uma revendedora, na qual a parte autora da ação
alega vício redibitório acerca de falha na caixa de transmissão do veículo
adquirido.

Em primeira instância foi julgado procedente a causa da parte autora (SANDRO


CORREA BORGES ME em face de SANTA FÉ VEÍCULOS), na qual o juiz
justificou-se e embasou que as provas foram expressas nos autos e a ré foi
interposta para se utilizar do seu contraditório e se demonstrou “sem interesse”.
Sendo então a ré condenada a pagar as despesas processuais e sucumbenciais.

Requerido recurso de apelação pela parte condenada, alega que não houve
relação de causalidade pelo fato do veículo já possuir tempo de compra pelo
autor, considerando-se inviável a presunção do vício oculto, visto que o mesmo
tinha condições de produzir provas dos defeitos na caixa de transmissão. Vale
ressaltar que o ônus probatório é do autor, ou seja, há necessidade de produzir
provas da alegação. O autor já possuía a ciência do tempo de uso do veículo,
além de, não poder ser utilizado nas normas protetivas do código de defesa do
consumidor, pelo autor não ser parte consumidora e sim utilizar o bem para
revenda.

Em segunda instância foi julgado por acórdão, cujo relator LUIZ FELIPE
SCHUCH, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, improcedente os pedidos
iniciais do autor e o mesmo foi condenado ao pagamento das despesas
processuais e honorários advocatícios.

OPINIÃO DO GRUPO
(PARTE 03)
Em 1ª instância o caso foi totalmente mal analisado pelo juiz, considerando que
a base legal do processo foi usada erroneamente, levando em consideração que
o caso não se trata de consumidor final e sim de um revendedor. Em 2ª instância
foi verificado a ausência de vontade do autor em levantar provas e que o vício
oculto não foi evidenciado em razão do tempo entre a compra e a reclamação,
podendo ser confundindo com desgastes naturais.

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