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br/acordaos/Acordao/BuscarDocumentoPje/272092590
PODER JUDICIÁRIO
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
1ª Turma
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5003066-75.2020.4.03.6144
RELATOR: Gab. 03 - JUIZ CONVOCADO RENATO BECHO
APELANTE: UNIÃO FEDERAL
APELADO: HENRIQUE EVANDRO PEREIRA DO NASCIMENTO
Advogados do(a) APELADO: GUSTAVO FIERI TREVIZANO - SP203091-A, SERGIO EDUARDO PRIOLLI - SP200110-A
OUTROS PARTICIPANTES:
R E LAT Ó R I O
Trata-se de Apelação da UNIÃO em face da sentença (ID 155817045) que julgou procedente o
pedido de pagamento de férias não gozadas a ex-militar temporário, acrescidas do terço
constitucional, e de compensação pecuniária, condenando a apelante ao pagamento de honorários no
percentual mínimo legal sobre o valor da condenação, nos termos seguintes:
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b-) Acolho os pedidos formulados pela parte autora e condeno a União Federal em obrigação
de pagar o montante correspondente ao período de férias não gozadas do exercício de 2017,
acrescido do terço constitucional, tendo por base o valor da última remuneração à época do
desligamento do serviço militar, bem como a pagar o valor correspondente ao período de 10
anos (9 anos e 317 dias) como "compensação pecuniária", resolvendo o mérito da demanda
na forma do artigo 487, I, do CPC.
Deverão ser abatidos dos valores em atraso, montantes pagos administrativamente pela parte
autora, especialmente aqueles pagos como "compensação pecuniária" na forma da
Lei 7.963/1989.
Os juros de mora incidentes são aqueles aplicáveis à poupança (artigo 1º-F da Lei 9.49/97,
com redação dada pela Lei n. 11.930/09) e a correção monetária deve ser feita pelo IPCA-E,
conforme Tema 810 de Repercussão Geral examinado pelo c. STF, haja vista que se trata de
crédito de natureza não-tributária.
A União é isenta de custas na forma do artigo 4, I, da Lei 9.289/96, contudo responde por
elas na medida de eventual sucumbência quando houver efetivo desembolso pela parte
adversa.
Dispensado o reexame necessário, considerado que o valor não supera mil salários mínimos.
Em suas razões recursais (ID 155817048), a UNIÃO pretende a reforma da sentença, aduzindo a
ocorrência da prescrição quinquenal, bem como inexistência direito a férias aos militares em serviço
obrigatório e na condição de médico voluntário participante de Estágio de Adaptação e Serviço
(EAS), nos termos da Lei n.4.375/64, bem como de previsão legal de conversão em pecúnia de férias
não gozadas.
Sustenta que ao militar transferido para a inatividade só são pagas as férias não gozadas referentes ao
ano imediatamente anterior (período de férias a que tiver direito) e, proporcionalmente ao do ano em
que for desligado do serviço ativo (incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo
serviço, ou fração superior a quinze dias), de acordo com o contido no art. 80, § 1° do Decreto n°
4.307/2002.
Caso reconhecido o direito à indenização pretendida, defende que o quantum deverá ter como base a
“a remuneração respectiva à base de seu valor histórico, que não se admite a conversão em pecúnia
em dobro; que os juros de mora devem corresponder aos aplicados a caderneta de poupança, contados
da citação, e a correção monetária pelos índices oficiais do período a partir do ajuizamento da ação.
Por fim, pleiteia a concessão de efeito suspensivo à sentença em face do perigo da irreversibilidade.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
1ª Turma
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5003066-75.2020.4.03.6144
RELATOR: Gab. 03 - JUIZ CONVOCADO RENATO BECHO
APELANTE: UNIÃO FEDERAL
APELADO: HENRIQUE EVANDRO PEREIRA DO NASCIMENTO
Advogados do(a) APELADO: GUSTAVO FIERI TREVIZANO - SP203091-A, SERGIO EDUARDO PRIOLLI - SP200110-A
OUTROS PARTICIPANTES:
VOTO
Prescrição
Conforme dispõe o Decreto n. 20.910/32, as dívidas da Fazenda Pública prescrevem em cinco anos.
Deve-se observar, entretanto, que se a dívida for de trato sucessivo, não há prescrição do todo, mas
apenas da parte atingida pela prescrição, conforme o artigo 3º daquele ato normativo:
Artigo 3º - Quando o pagamento se dividir por dias, meses ou anos, a prescrição atingirá
progressivamente as prestações, à medida que completarem os prazos estabelecidos pelo presente
decreto.
Na jurisprudência, a questão foi pacificada após o STJ editar a Súmula de n. 85, de seguinte teor:
Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora,
quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as
prestações vencidas antes do qüinqüênio anterior à propositura da ação.
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Prevalece no âmbito da jurisprudência do STJ, pela sistemática do artigo 543-C do CPC, esse
entendimento:
Ainda quanto à prescrição, a jurisprudência firmou-se no sentido de que o termo inicial do prazo
prescricional para o exercício do direito de pleitear a indenização de férias não gozadas inicia-se com
a impossibilidade de usufruí-las, in casu, a data do desligamento do serviço ativo. Confira-se:
Na hipótese, o ex-militar foi desligado do serviço ativo da Marinha em 17.02.2019, por conclusão de
Estágio, conforme Portaria n. 53/2019 do Com8ºDN e licenciado ex officio, por meio da portaria n.
1116/DPMM, de 28.05.2019 (ID 259076508).
A presente ação foi ajuizada em 12.08.2020, ou seja, dentro do prazo prescricional quinquenal
contado da publicação da portaria que o licenciou.
Na inicial consta que o autor, então 3º Sargento do Corpo Auxiliar de Praças (3SG CAP QATP), ao
ser licenciado ex officio por conclusão de tempo de serviço, não foi indenizado em razão de férias não
gozadas referentes ao exercício de 2017, com seu respectivo terço constitucional, razão pela qual
sustenta fazer jus ao montante de e R$ 6.936,00 (R$ 5.202,00 das férias + R$ 1.734,00 do terço),
mediante expedição de requisição de pequeno valor (RPV).
Alega, também, não ter recebido o valor correto relativo à “compensação pecuniária” que, segundo
ele, deveria ser de dez remunerações a título de “compensação pecuniária” e não nove remunerações
como efetivou-se, pois prestou serviços à Marinha por 9 (nove) anos completos + 317 (trezentos e
dezessete) dias, que correspondem a uma fração de tempo superior a cento e oitenta dias.
A UNIÃO, por sua vez, sustenta que nos casos em que o militar não prestou o serviço militar inicial,
o tempo passado pelo militar em órgão de formação de Praças da ativa, é considerado como tempo de
serviço militar obrigatório e, portanto, não é computado no cálculo da compensação pecuniária, nos
termos do “O art. 1º, § 2º, da Lei nº 7.963/1989.
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Quanto à indenização por férias não gozadas, a UNIÃO defende que tanto a Lei do Serviço Militar,
Lei n. 4.375/64, quanto a Lei n. 5.292/67, não preveem o direito à férias para aqueles que prestam
serviço militar obrigatório e “na condição de médico voluntário participante de estágio de adaptação
e serviço (EAS)”.
Nesse ponto, entendo incorreta a decisão administrativa impugnada pelo autor (ID
36843795), já que ele comprova 9 anos e 317 dias de tempo de serviço para o fim de
compensação pecuniária (ID 36843778). Inviável a desconsideração do tempo em curso de
formação de cabos. A lei manda desconsiderar apenas o período de serviço militar
obrigatório. Descabido pretender interpretação extensiva de norma de cunho excepcional. E
evidentemente não se confunde o período de serviço militar obrigatório com período em curso
de formação. Nesse sentido:
O art. 1º da Lei nº 7.963/89 mostra que a compensação pecuniária deve ser concedida
quando do licenciamento de militares temporários, com base no tempo de efetivo
serviço militar, desligado ex officio. O tempo relativo ao serviço militar obrigatório não é
computado, mas, no caso, o ingresso se deu através de concurso público para o curso de
formação de marinheiros, e isto por si só é suficiente para evidenciar que a natureza de tal
tempo não se confunde com a incorporação para a prestação de serviço militar
obrigatório. Apelação desprovida." (grifei).
A respeito das férias, nota-se do assentamento funcional do autor que ele não gozou do
descanso referente ao exercício de 2017 e de 2018 (ID 36843788). E quando do desligamento
do serviço ativo a ele foram pagos apenas os valores respectivos do exercício de 2018 e de
2019, conforme ajuste de contas detalhado em linhas anteriores.
Leitura dos dispositivos que regem a matéria não impõem qualquer restrição ao pagamento
dos períodos de férias adquiridas e não gozadas pelo autor.
Ao contrário. De acordo com o Decreto 4.307/2002, o militar excluído do serviço ativo por
licenciamento “perceberá o valor relativo ao período de férias a que tiver direito e ao
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incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo serviço, ou fração superior a
quinze dias” (artigo 80, §1°).
O citado dispositivo quando diz “a que tiver direito” não impõe qualquer regra
procedimental no sentido de impedir o pagamento da totalidade dos períodos de férias
adquiridos e não gozados pelo militar. A União Federal agiu erroneamente ao não efetuar o
pagamento do período de férias referente ao exercício de 2017.
Portanto, reputo indevida a postura adotada pela União Federal ao promover à época do
desligamento apenas o pagamento de férias do exercício imediatamente anterior e do último
ainda incompleto. Parte autora faz jus ao pagamento das férias correspondentes ao ano de
2017 e respectivo terço constitucional. (...)
Por primeiro, impende destacar que o autor pertenceu ao Quadro de Praças da Marinha do Corpo
Auxiliar de Praças, cujo ingresso se dá modo voluntário por meio de concurso público e foi
licenciado por conclusão de tempo de serviço e incluído na Reserva Não Remunerada, na categoria
de Reservista de Segunda Classe (RM2), tratando-se, portanto, de militar temporário.
Como consabido, o direito às férias é garantido a todo militar, seja de carreira ou temporários,
conforme dispõe a Lei n. 6.880/80:
Art. 3° Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam
uma categoria especial de servidores da Pátria e são denominados militares.
a) na ativa:
I - os de carreira;
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas
Forças Armadas.
(...)
Art. 63. Férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aos
militares para descanso, a partir do último mês do ano a que se referem e durante todo o ano
seguinte.
(...)
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§ 1o O militar excluído do serviço ativo, por transferência para a reserva remunerada,
reforma, demissão, licenciamento, no retorno à inatividade após a convocação ou na
designação para o serviço ativo, perceberá o valor relativo ao período de férias a que tiver
direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo serviço, ou fração
superior a quinze dias.
§ 2o O pagamento do adiantamento de remuneração das férias do militar será efetuado até
dois dias antes do respectivo período, desde que o requeira com pelo menos sessenta dias de
antecedência.
§ 3o O militar que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias radioativas e
tem direito a férias de vinte dias consecutivos, por semestre de atividade, faz jus ao adicional
de férias proporcionalmente ao período de afastamento.
Há que se destacar, igualmente, que o Decreto 4.307/2002, que veio regulamentar a MP 2.215-10/2001, já
estabelecia que aos licenciados do serviço ativo seriam devidas férias proporcionais:
§ 1o O militar excluído do serviço ativo, por transferência para a reserva remunerada,
reforma, demissão, licenciamento, no retorno à inatividade após a convocação ou na
designação para o serviço ativo, perceberá o valor relativo ao período de férias a que tiver
direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo serviço, ou fração
superior a quinze dias.
§ 2o O pagamento do adiantamento de remuneração das férias do militar será efetuado até
dois dias antes do respectivo período, desde que o requeira com pelo menos sessenta dias de
antecedência.
§ 3o O militar que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias radioativas e
tem direito a férias de vinte dias consecutivos, por semestre de atividade, faz jus ao adicional
de férias proporcionalmente ao período de afastamento.(...)
Na mesma esteira, o artigo 1° da Lei n. 7.963/1989, contemplou os militares temporários com a benesse da
compensação pecuniária, excetuando o período correspondente ao serviço militar obrigatório:
§ 1º Para efeito de apuração dos anos de efetivo serviço, a fração de tempo igual ou superior
a cento e oitenta dias será considerada um ano.
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Contudo, na Ordem de Serviço n. 191/2019, a qual determinou o pagamento das verbas devidas ao
autor, constou o pagamento das férias referentes ao ano de 2018 e as férias proporcionais relativas ao
ano de 2019 (na proporção de 5/12 avos), bem como o pagamento de compensação pecuniária
referente ao período de 09 anos e 157 dias.
Logo, verifica-se, de fato, que não foram pagas as férias correspondentes ao ano de 2017, além de ter
sido desconsiderada uma parcela do total de dias de tempo de serviço militar (317 -157 = 160 dias)
no cálculo da compensação pecuniária devida. Portanto, faz jus o autor ao pagamento das férias
correspondentes ao ano de 2017 e respectivo terço constitucional.
No que toca à compensação pecuniária, conquanto a Lei n. 7.963/89 determine a não aplicação do
benefício ao período do serviço militar obrigatório, fato é que a UNIÃO não demonstrou, no caso dos
autos, que o autor encaixava-se em tal regra a justificar a diferença do total de dias computados para
pagamento. Ainda que se deduza que as etapas iniciais, geralmente de cursos de formação, após a
aprovação em concurso para ingresso nos quadros da Marinha, possam, eventualmente, ser
equiparados ao “serviço militar obrigatório”, não houve demonstração nesse sentido.
Aliás, a compensação pecuniária não foi objeto de recurso. A UNIÃO devolveu apenas a matéria
referente às férias e apresentou teses distoantes da situação jurídica analisada e dos pedidos
formulados na inicial. Destaco alguns:
(...)
Nesse contexto, como o demandante foi transferido para reserva remunerada e desligado
desta Força em 9 de março de 2017, fez jus ao pagamento das férias proporcionais relativas
ao ano que foi para inatividade (2017), e aos integrais do ano imediatamente anterior (2016).
Vale repisar que tais valores foram implantados no bilhete de pagamento do autor no mês de
março de 2017 (v. apêndice V), logo não há que se arguir qualquer pagamento a título férias
atrasadas, bem como a incidência de juros e correção monetária, conforme consta na
exordial.(...)
Deste modo, irreparável a sentença que reconheceu os equívocos no ajuste de contas efetuado quando
do licenciamento do autor.
Os valores devem ter como base o valor da última remuneração à época do desligamento do serviço
militar, de acordo com a orientação jurisprudencial:
Encargos da sucumbência
Os valores atrasados deverão ser acrescidos de juros moratórios, incidentes desde a citação e
atualizadas monetariamente da seguinte forma:
a) até a MP n. 2.180-35/2001, que acresceu o art. 1º-F à Lei n. 9.494/97, deve incidir correção
monetária, desde os respectivos vencimentos, pela variação dos indexadores previstos no Manual de
Cálculos da Justiça Federal, e juros de mora à razão de 1% ao mês;
c) a partir da Lei n. 11.960/2009, cuja vigência teve início em 30/06/2009, os juros moratórios
deverão incidir no percentual estabelecido para caderneta de poupança, e quanto à correção monetária
deve ser aplicado, portanto, o índice IPCA-E, previsto no Manual de Orientação de Cálculos da
Justiça Federal e que melhor reflete a inflação acumulada no período.
Encargos da sucumbência
Custas ex lege.
Mantida a decisão em grau recursal, impõe-se a majoração dos honorários a serem pagos pela parte
vencida por incidência do disposto no §11º do artigo 85 do NCPC.
Assim, acresço 1% ao percentual fixado em primeira instância, totalizando 11% (onze por cento)
sobre o valor da condenação.
Dispositivo
É o voto.
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28/06/2023, 10:07 web.trf3.jus.br/acordaos/Acordao/BuscarDocumentoPje/272092590
EMENTA
3. Na inicial consta que o autor, então 3º Sargento do Corpo Auxiliar de Praças (3SG CAP
QATP), ao ser licenciado ex officio por conclusão de tempo de serviço, não foi indenizado
em razão de férias não gozadas referentes ao exercício de 2017, com seu respectivo terço
constitucional, razão pela qual sustenta fazer jus ao montante de e R$ 6.936,00 (R$
5.202,00 das férias + R$ 1.734,00 do terço), mediante expedição de requisição de pequeno
valor (RPV). Alega, também, não ter recebido o valor correto relativo à “compensação
pecuniária” que, segundo ele, deveria ser de dez remunerações a título de “compensação
pecuniária” e não nove remunerações como efetivou-se, pois prestou serviços à Marinha
por 9 (nove) anos completos + 317 (trezentos e dezessete) dias, que correspondem a uma
fração de tempo superior a cento e oitenta dias.
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Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Primeira Turma, por
unanimidade, negou provimento à apelação, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
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