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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Biologia Celular���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Transportes Celulares��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Sistemas Funcionais da Célula������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Endocitose����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Citoesqueleto�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Biologia Celular
A membrana plasmática encontrada em células animais e vegetais também diferem uma da outra,
mas de modo geral ambas obedecem ao modelo do MOSAICO FLUIDO. Esse modelo descreve a
membrana plasmática com fosfolipídios (principalmente glicerofosfolipídios e esfingolipídios), pro-
teínas integrais e periféricas, além de glicocálice. A presença de colesterol em células animais difere a
membrana das células procarióticas, enquanto fungos apresentam o ergosterol, e plantas, fitosterol.
Basicamente a presença de colesterol nas células animais tem como função o suporte relacionado
à fluidez de membrana. O raciocínio é simples: quando há uma molécula de colesterol entre os fosfo-
lipídios, isso dificulta a sedimentação e solidificação da membrana, tornando-a mais fluida.

Apesar da grande importância atribuída aos elementos do citoesqueleto nas suas várias funções
para as células eucarióticas, não é relacionada sua presença ou de similares no citoplasma dos proca-
riontes, até o momento.
Cílios e flagelos são estruturas filamentosas móveis, que se projetam para a superfície celular e se
organizam de maneira peculiar em uma estrutura denominada axonema (constituído de dineínas).
Os flagelos são geralmente longos e pouco numerosos, enquanto os cílios são curtos e ocorrem em
grande número na célula.
Transportes Celulares
Em suma, o corpo é um conjunto de 100 trilhões de células organizadas em estruturas funcionais dis-
tintas chamadas órgãos. Cada estrutura funcional contribui com a normalidade do corpo humano.
Como o organismo humano interage continuamente com o meio externo, muitas vezes é preciso haver
a manutenção das condições normais do corpo humano. Isso é chamado de HOMEOSTASE, signifi-
cando a capacidade que o corpo humano tem de manter constantes as condições do meio interno. Mas
o que seria meio interno?
Cerca de 70% do corpo humano é fluido. Desses 70%, cerca de um terço se encontra fora das
células e circula por todo o corpo, o qual carrega vários íons e substâncias que banham os tecidos.
Por esse motivo, muitas vezes o fluido extracelular presente internamente ao organismo humano é
chamado de meio interno.

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Sistemas Funcionais da Célula


A capacidade de uma membrana de ser atravessada por algumas substâncias, e não por outras,
define sua permeabilidade. Em uma solução, encontram-se o solvente (meio líquido dispersante) e o
soluto (partícula dissolvida). A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um local de maior
concentração para outro de concentração menor (a favor do gradiente de concentração). Isso se dá
até que a distribuição das partículas seja uniforme. A partir do momento em que o equilíbrio for
atingido, as trocas de substâncias entre dois meios tornam-se proporcionais.
A passagem de substâncias através das membranas celulares envolve vários mecanismos, entre
os quais podemos citar:

A DIFUSÃO SIMPLES é meio de transporte mais simples da célula, em que moléculas pequenas,
não polares e lipossolúveis se difundem livremente através da bicamada lipídica constituinte da
membrana plasmática. Essas moléculas podem ser o O2, CO2, NO, esteroides, glicerol, ácidos
graxos, entre outras moléculas enquadradas nesse sistema. As moléculas grandes, não lipossolúveis
ou com presença de cargas elétricas não conseguem se difundir através dessa membrana plasmática.
É o caso de glicose, aminoácidos, íons, nucleotídeos, entre outros.
Esse meio de transporte é coordenado pelo gradiente de concentração, no qual o SOLUTO
vai do meio MAIS concentrado para o meio MENOS concentrado.
A DIFUSÃO FACILITADA se assemelha ao padrão de funcionamento da difusão simples, isto
é, ocorre em virtude do gradiente de concentração, do mais concentrado para o menos concentrado.
Entretanto, a diferença é que a difusão facilitada utiliza proteínas carreadoras, que dependendo do
meio, podem se apresentar fechadas ou abertas.
As proteínas carreadoras são aquelas inseridas na bicamada lipídica (proteínas integrais) que
fornecem um caminho passivo, isto é, sem custo energético, para que as moléculas se movimentem
através da membrana. Esse tipo de transporte ocorre em solutos de alto peso molecular, com carga
elétrica e não lipossolúveis, como é o caso da glicose, íons, água, entre outros.
A principal função da difusão facilitada é controlar o potencial elétrico das membranas, uma
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vez que a passagem de moléculas se dá de maneira rápida o suficiente para gerar um potencial de
membrana que produzirá efeitos fisiológicos importantes, como o impulso elétrico. Cada proteína
carreadora possui uma estrutura química e conformacional diferente, isto agrega seletividade ao
canal transportador. Ou seja, haverá canais seletivos para cada molécula que precisar atravessar na
membrana celular. Outra característica importante, que influencia na difusão facilitada, são os me-
canismos de ação para o transporte pela membrana. Podemos ter três diferentes mecanismos, sendo:
»» UNIPORTADORES (ou transportadores uniporte): transportam um único tipo de substra-
to, seguindo o gradiente de concentração. Um exemplo disso é a proteína de transporte para
a glicose (carreador GLUT);
»» ANTIPORTADORES (ou transportadores antiportes): fazem a translocação de dois tipos de
substratos diferentes em direções opostas, usando o gradiente de concentração de um deles
para impulsionar o outro contra o gradiente de concentração. Um exemplo disso é o trocador
Na+/Ca2+, no qual o sódio entra na célula (a favor do gradiente químico) e o cálcio sai da
célula (contra o gradiente químico);
»» SIMPORTADORES (ou transportadores simporte): fazem a translocação de dois substratos
diferentes na mesma direção, usando o gradiente de concentração de um deles para impul-
sionar o outro contra o seu gradiente químico. Um exemplo disso é o carreador Na+/Glicose
no intestino (carreador SGLT1), o qual deixa entrar sódio em função do gradiente químico, e
impulsiona a entrada também de glicose (contra o gradiente químico).
O transporte ativo é o transporte de substâncias contra seu gradiente de concentração. Esse fato
requer o gasto de energia, ATP, e proteínas integrais especiais, conhecidas como bombas. Há duas
formas de transporte ativo: transporte ativo primário e transporte ativo secundário. O transporte
ativo primário exige o uso direto de ATP para acionar a bomba. Um dos exemplos mais importantes
de transporte ativo primário é a bomba Na+-K+, que concentra Na+ no fluido extracelular e K+ no
fluido intracelular. O transporte ativo secundário é orientado por um gradiente de concentração
iônica estabelecido por um sistema de transporte ativo primário. Há dois tipos de transporte ativo
secundário: simporte e antiporte.
*A distribuição de Cl– pela membrana é orientada passivamente pelo potencial de membrana
estabelecido, de forma que o Cl– esteja concentrado no meio EXTRACELULAR!
A água se movimenta livremente através da membrana, sempre do local de menor concentra-
ção de soluto para o de maior concentração. A pressão com a qual a água é forçada a atravessar a
membrana é conhecida por PRESSÃO OSMÓTICA.
A OSMOSE NÃO é influenciada pela natureza do soluto, mas pelo número de partículas.
Quando duas soluções contêm a mesma quantidade de partículas por unidade de volume, mesmo
que não sejam do mesmo tipo, exercem a mesma pressão osmótica e são ISOTÔNICAS. Caso sejam
separadas por uma membrana, haverá fluxo de água nos dois sentidos de modo proporcional.
Quando se comparam soluções de concentrações diferentes, a que possui mais soluto e, portanto,
maior pressão osmótica é chamada HIPERTÔNICA, e a de menor concentração de soluto e menor
pressão osmótica é HIPOTÔNICA. Separadas por uma membrana, há maior fluxo de água da
solução hipotônica para a hipertônica, até que as duas soluções se tornem isotônicas.
A osmose pode provocar alterações de volume celular. Uma hemácia humana é isotônica em
relação a uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (“solução fisiológica”). Caso seja colocada em um
meio com maior concentração, perde água e murcha (cremação). Se estiver em um meio mais diluído,
absorve água por osmose e aumenta de volume, podendo romper (hemólise).

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Endocitose
O processo compreendido por endocitose consiste na absorção de material (tais como: molécu-
las, pedaços de detritos e até outras células), tudo isso pela membrana celular, ou seja, é o transporte
de substâncias do meio extracelular para o intracelular – de fora para dentro. Apesar de parecer ser
um processo simples, a endocitose pode ocorrer de três formas:
»» FAGOCITOSE é o tipo de endocitose que ocorre quando a célula absorve material não
diluído, as partículas maiores/sólidas. Os glóbulos brancos, por exemplo, envolvem materiais
estranhos e os degradam até que sejam considerados inofensivos.
»» PINOCITOSE é o nome que se dá ao processo que é bem parecido com a fagocitose. Nele,
temos uma diferença principal em relação ao outro processo: as partículas a serem absorvi-
das são menores ou são fluídos, já que o meio de transporte constitui-se de pequenas vesícu-
las na membrana. Por ser um processo, que gasta muita energia (é difícil absorver substâncias
desse modo), costuma ser bem seletivo quanto às substâncias ingeridas.
»» ENDOCITOSE MEDIADA POR RECEPTOR ocorre da forma como o seu próprio nome já
diz: com um mediador, para auxiliar na absorção de substâncias. O mediador, no caso, é um
constituinte específico da membrana, que acaba se ligando à substância que será ingerida.
Este tipo de endocitose é frequentemente utilizado pelos vírus, como o perigoso HIV.

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A exocitose é exatamente o contrário da endocitose, já que é caracterizada pela “expulsão” dessas


substâncias absorvidas por meio da endocitose, depois que elas sofreram alterações, para o meio
extracelular. Quando um organismo é expulso por meio da exocitose, dizemos que ele foi “exocita-
do”. Por meio das vesículas, a exocitose realiza a excreção e secreção das substâncias em três fases:
migração, fusão e lançamento.
»» A migração é a primeira fase da exocitose, é nela que as substâncias são modificadas no cito-
plasma, como primeiro passo para ser “expulsa” da célula.
»» A fusão é a segunda fase, quando as tais substâncias – agora já alteradas – vão se misturan-
do com a membrana plasmática, as vesículas também se fundem à membrana, facilitando a
passagem das substâncias a serem excretadas.
»» No fim, temos o lançamento, a última fase da exocitose. Nesta, as substâncias finalmente são
liberadas no meio extracelular, tudo por meio da vesícula, que as libera para fora da célula.
A endocitose e a exocitose podem ser inversas, mas ambas são extremamente importantes para a
defesa do nosso organismo, por exemplo, já que muitas substâncias estranhas são detectadas e logo
eliminadas do nosso corpo por meio desses processos.
Além de todo o aparato para a endocitose e exocitose, várias células do nosso corpo ainda têm
capacidade de se locomover de um modo que facilite todos esses processos. É o caso do movimen-
to ameboide dos macrófagos. O movimento ameboide ocorre em células de protozoários, como
as amebas, e em células animais, como os macrófagos e leucócitos. Esse movimento consiste na
formação de um pseudópode e está intimamente relacionado com a fagocitose. Tal movimento,
também importante para a locomoção celular, consiste na despolimerização dos microfilamentos
do citoesqueleto, o que promove a alternância do plasma-gel (ectoplasma) em plasmassol (endoplas-
ma), fenômeno conhecido como TIXOTROPISMO, formando um pseudópode.
Além das amebas, alguns leucócitos, células que fazem parte do sistema de defesa dos animais,
também apresentam a capacidade de formar pseudópodes, o que auxilia na locomoção e na fagoci-
tose de micro-organismos invasores. Para isso, essas células atravessam a parede dos vasos sanguí-
neos, com o auxílio dos pseudópodes, e alcançam o tecido infectado. A passagem dos leucócitos pela
parede dos vasos sanguíneos recebe o nome especial de DIAPEDESE.
Citoesqueleto
O citoesqueleto constitui-se de um conjunto de proteínas que, associadas a um grande número
de proteínas colaboradoras, polimerizam estruturas fibrilares ou tubulares presentes no citoplasma
e no interior do núcleo. Estas estruturas compõem o “esqueleto” celular, cuja função, em parte, pode
ser comparada às estruturas de ferro que sustentam os edifícios.
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O citoesqueleto contribui na organização do espaço interior da célula. Atua em praticamen-


te todos os eventos intracelulares, como o deslocamento de vesículas e organelas, na manutenção
da morfologia (forma) da célula e a sua alteração, participa dos eventos na divisão citoplasmática e
nuclear, e naqueles nos quais a célula interage com o meio extracelular, como a endo e exocitose, e no
deslocamento celular sobre o substrato.
Os três principais representantes do citoesqueleto são: os Microfilamentos polimerizados pela proteína
actina, os Microtúbulos, polimerizados por tubulina, e os Filamentos Intermediários, polimerizados
por uma família de várias proteínas com ocorrência específica em cada tipo celular.

Os microtúbulos são associações de tubulina α e β, um dímero, organizado em forma de anel com 13


dímeros. Esses microtúbulos podem se reorganizar, ou por polimerização, ou por despolimerização. No
citosol existem vários dímeros mergulhados, de forma que o crescimento do microtúbulo pode aconte-
cer por aumento da concentração de cálcio no citoplasma. A formação do fuso mitótico e de cílios são
exemplos dessa reorganização.
A actina pode ser encontrada no citoplasma celular na forma globular (G) ou na forma de fibras
(F), e está intimamente associada com a formação do córtex celular, uma região de suporte da
membrana plasmática, e também com movimentos celulares.
Os filamentos intermediários, diferentemente das fibras de actina e microtúbulos, é uma proteína
estável no citoplasma e não se desmancha com a lise celular. Não está presente em células que se
dividem muito, nem em oligodendrócitos. São constituídos por uma proteína chamada vimentina, as-
sociada à queratina, desmina, lamina, entre outros.
Outro componente do citoesqueleto é o centríolo, formado por 9 trincas de microtúbulos e cuja
função nas diferentes células vem sendo estudada e questionada, pois não está presente nas células
dos vegetais superiores. Sabe-se hoje que ele está envolvido na formação de flagelo e cílios.

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Exercícios
01. As várias membranas presentes em uma célula eucariótica diferem, pois:
a) fosfolipídios são encontrados em apenas algumas membranas celulares.
b) certas proteínas são únicas para a membrana plasmática enquanto outras são exclusivas das
organelas celulares.
c) apenas algumas membranas da célula são totalmente impermeáveis.
d) apenas algumas membranas são constituídas de moléculas anfipáticas.
e) algumas membranas celulares possuem superfícies hidrofóbicas expostas ao citoplasma enquanto
outras expõem superfícies hidrofílicas ao citoplasma.
02. De acordo com o modelo do mosaico fluído, as proteínas de membrana estão:
a) espalhadas em uma camada contínua sobre as superfícies interna e externa da membrana.
b) restritas à região hidrofóbica da membrana.
c) inseridas totalmente ou parcialmente na bicamada lipídica.
d) orientadas de forma aleatória na membrana, sem polaridade específica.
e) livres para se soltar da membrana e serem liberadas no meio extracelular.
Sobre o citoesqueleto, é correto afirmar que:
a) é uma organela presente nas células eucarióticas.
b) é uma estrutura composta de filamentos proteicos presente nas células procarióticas.
c) é composto pelos filamentos intermediários, microtúbulos e filamentos de actina.
d) é a parte da célula procariótica responsável pelos movimentos do flagelo.
e) é constituído de enzimas e carboidratos presentes na superfície da célula eucariótica.
GABARITO
1–B
2–C
3–C

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