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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA!

Olá, acadêmic@!
Estamos iniciando os estudos da disciplina Matemática Básica e Aplicada. Você
pode se perguntar: por que estudar esta disciplina no curso de Gestão Comercial? Qual
é a sua utilidade prática na sua formação?
Como todos sabem, o campo de atuação desta disciplina é bastante amplo;
suas ferramentas e operações se aplicam a todas as áreas do conhecimento, e de
forma incisiva nas atuações de um gestor – como nas operações financeiras de
qualquer natureza (créditos e empréstimos, por exemplo). Enfim, as ferramentas da
matemática são cruciais para que o gestor possa decidir entre investimentos
alternativos, os custos envolvidos e, com isso, tomar a melhor decisão. Assim, para a
gestão dos negócios, o conhecimento de tais ferramentas é absolutamente
imprescindível, visto que o gerenciamento dos recursos financeiros e boas decisões de
investimentos são cruciais para o sucesso da organização.
Esta disciplina irá ajudá-lo no desenvolvimento das técnicas para que possa
gerir os interesses financeiros, sejam eles pessoais ou organizacionais, da melhor
forma possível, com racionalidade e eficiência. Está organizada em quatro unidades
temáticas e é composta por duas atividades de percurso, além de avaliação regular,
avaliação de segunda chamada e exame final. Além disso, foi construída de forma que
você estude e realize as atividades no seu tempo, respeitando, é claro, o período de
realização da disciplina, de acordo com o calendário acadêmico.

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Ao longo da disciplina, reforçamos o conteúdo com exercícios que busquem
exemplificar situações práticas do dia a dia, com a finalidade de facilitar o aprendizado.
Esperamos que você tenha sucesso no estudo desta disciplina.

Desejo a você um ótimo estudo.

Professor Jonimar Souza.

UNIDADE 01: RAZÕES, PROPORÇÕES E GRANDEZAS


PROPORCIONAIS
Prezado(a) aluno(a),
Esta unidade está organizada em seis páginas web. Sugiro iniciar os estudos a partir da
página 1.1, sequencialmente, uma vez que, para compreender proporção, é necessário
ter assimilado o conceito de razão e assim por diante.
Ao finalizar esta unidade, você deverá ser capaz de:
 Descrever e calcular razão e proporção;
 Aplicar grandezas diretamente e inversamente proporcionais.
Bons estudos!

1.1 Razão
A palavra razão vem do latim ratio e significa a divisão ou o quociente entre dois
números a e b, denotada por ou a : b, em que a é chamado de antecedente e b é

chamado de consequente.

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Uma fração é composta sempre por dois números, e indica uma operação de
divisão. Para representar uma fração, colocamos um número sobre o outro com uma
linha entre eles, ou um número ao lado do outro com uma barra entre eles.
Assim, podemos denominar como razão de dois números, diferentes de zero, o
quociente formado por eles. Por exemplo, suponhamos que numa sala de aula haja 45
estudantes e 21 deles são homens. Observe que a razão entre o número de estudantes

homens e o total de estudantes da sala é dada por .

Vamos ver agora mais alguns exemplos de razão:

 Das 400 pessoas entrevistadas, 140 preferem o produto A. Isto é, = .

Ou seja, a cada 20 pessoas, sete preferem o produto A.


 Dos 600 inscritos em um processo de trainee, passaram 120 candidatos.

Isto é, = . Ou seja, de cada cinco candidatos inscritos, um foi

aprovado.

Observe que, em cada exemplo inserido acima, a razão final está diferente da
razão inicial. Nestes casos, foi aplicado o conceito de simplificação da razão até a sua
razão irredutível.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. De um concurso, participaram 300 pessoas e 180 foram aprovadas. Qual é a
razão do número de candidatos aprovados para o total de candidatos
participantes do concurso?
2. Em 2010, estimava-se que a Rússia tivesse um PIB de 3,78 trilhões de reais para
uma população de 140 milhões de habitantes. Determine o PIB per capita.

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1.2 Produto Interno Bruto (PIB)
O último exercício da página anterior trouxe a informação do PIB per capita. Mas
o que isso significa? E o que tem a ver com o nosso conteúdo?
Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador econômico que apresenta a soma de
todos os bens e serviços produzidos em uma área geográfica (município, estado ou
país) em um determinado período (pode ser um ano ou um trimestre). É um indicador
do padrão de vida muito utilizado. No cálculo do PIB, consideram-se os bens e serviços
finais; lembre-se de que, por causa disso, não se consideram as matérias-primas
necessárias para a construção do produto final.
E o que isso tem a ver com o acadêmico de Gestão Comercial? Ora, o PIB per
capita (também conhecido por PIB por pessoa) é o indicador que representa o que
cada pessoa de uma área analisada (município, estado ou país) teria do total de
riquezas que são produzidas no país – e o seu cálculo é uma razão, em que o PIB é
dividido pelo número de habitantes da área, indicando o que cada pessoa produziu.
Para efeito de cálculo, vamos pegar o exemplo do Brasil. Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro em 2010 foi de
aproximadamente 3,7 trilhões de reais (3.700.000.000.000,00). Neste mesmo ano, a
população do país era de, aproximadamente, 191 milhões (191.000.000) de
habitantes. Temos, então, dois números: PIB e população.
Se dividirmos o primeiro número pelo segundo, saberemos qual porção da
riqueza do país caberia a cada pessoa do país. O resultado dessa razão (divisão) se
chama PIB per capita. Os cálculos para o ano de 2010 seriam estes:

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Isso significa que o PIB per capita em 2010 foi próximo de R$ 19.371,00; ou seja,
esse é o valor que cada brasileiro representa na riqueza da nação. Podemos perguntar:
todos os brasileiros ganharam aquele valor em 2010? O Brasil é um país com
distribuição de renda igualitária? Estas perguntas são, no momento, para sua reflexão.
Em outras disciplinas, esse assunto será explorado mais profundamente.

1.3 Razões especiais


O uso de razões é muito comum no dia a dia. O exemplo da página anterior (o
PIB) é um deles. Vejamos outras razões de uso diário:

a) Velocidade média
A velocidade média é a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto ao
percorrê-la. Por exemplo, imagine que uma pessoa fez o percurso Porto Velho – Cacoal
(480 km) em seis horas.

Muito bem, esta razão nos informa que a cada hora foram percorridos, em
média, 80 km. Neste caso, a velocidade média foi calculada pela razão entre distância
percorrida e tempo gasto.

b) Consumo médio
O calculo do consumo médio implica determinar a média de consumo de
combustível para uma dada distância. Suponha que seu amigo foi de Ariquemes a Ji-

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Paraná (180 km) de carro e gastou nesse percurso 15 litros de combustível. Qual a
razão entre a distância e o combustível consumido? O que significa esta razão?

Observe que a cada litro consumido foram percorridos, em média, 12 km; ou


seja, o consumo médio foi calculado sobre a distância percorrida dividida pelo
combustível gasto.

c) Densidade demográfica
A densidade demografia é a razão entre o número de habitantes de uma região e
a área dessa região. Por exemplo, o estado de Rondônia, segundo o censo de 2010,
tinha uma população avaliada em 1.562.409 habitantes. Sua área é de 237.590,864
km². Determine a razão entre o número de habitantes e a área do estado. O que
significa essa razão?

Significa que, em cada quilômetro quadrado, existem em média mais de seis


habitantes.

Como estas, existem dezenas de razões que utilizamos nas atividades diárias.
Resumimos, aqui, apenas três, por entendermos que são muito importantes para o
conhecimento do gestor. Ao organizar um planejamento logístico da frota da empresa,

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o gestor precisará de informações sobre o consumo de combustível dos automóveis,
assim como, ao formular um plano de marketing, precisará de informações sobre a
quantidade de pessoas de uma determinada região. Desta forma, o conhecimento
destas e de outras razões é imprescindível para gerir os negócios.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. A cidade de Guajará-Mirim tem uma área de 24.500 km² e uma população de
40.000 habitantes. Qual a sua densidade demográfica?
2. A população da cidade de Monte Negro é de 20.295 habitantes, sendo 6.435
mulheres. Qual a razão entre o número de mulheres e o número de
habitantes?

1.4 Propriedade fundamental das proporções


Quando temos duas razões iguais entre si, dizemos que elas são proporcionais.
Em outras palavras, podemos dizer que, quando temos o quociente de um par de
números (uma razão) igual ao quociente de outro par de
números diferentes (outra razão diferente), esses dois GLOSSÁRIO
Quociente
pares de números (as duas razões) são proporcionais. Resultado da divisão entre dois números.
Exemplo: a divisão do número 40 pelo
Assim, para entendermos o que é uma proporção,
número 8 tem como resultado o número 5;
devemos saber o que é razão, já que proporção é a então, 5 é o quociente dessa divisão.

igualdade de duas razões. Por exemplo:

a) Um carro A percorre 26 km utilizando dois litros


de combustível. A razão que representa esta

situação é .

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b) Já um carro B percorre 39 km utilizando três litros de combustível. A razão que

representa esta situação é .

Observe que, se simplificarmos as razões das duas situações, percebemos que


elas são iguais, apesar dos valores. Vejamos:

: a primeira razão (R1) é igual à divisão de 26 km por dois litros. O carro faz 13

km/l.

: a segunda razão (R2) é igual à divisão de 39 km por três litros. O carro faz 13

km/l.

Como R1 = R2, isso significa que elas formam uma proporção. Com isso podemos
construir a seguinte proporção entre as razões:

Dizemos: “26 está para 2


assim como 39 está para 3”.

Se você multiplicar as razões em cruz, verá que o resultado será o mesmo: 78.

DEFINIÇÃO: Dados quatro números racionais a, b, c e d, não nulos, nessa ordem,


dizemos que eles formam uma proporção quando a razão do primeiro para o segundo
for igual à razão do terceiro para o quarto. Assim,

ou a : b = c : d

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em que a e d são os extremos e b e c são os meios.

As proporções apresentam algumas propriedades fundamentais, como:

P1. Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.

Aplicação prática: determine o valor desconhecido na proporção

1.5 Grandezas proporcionais


Chama-se grandeza a tudo aquilo que pode ser contado, medido, pesado ou
enumerado. Exemplo: altura de uma pessoa, peso de alimentos, quantidade de carros
em um estacionamento. Essas grandezas podem ser direta ou inversamente
proporcionais.

a) Grandezas diretamente proporcionais


A empresa “Armarinhos S/A” fabrica roupas. Com 1,40 metro de tecido, é
possível confeccionar duas bermudas. Se ela receber uma encomenda de 15
bermudas, de quantos metros de tecido irá precisar?

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Em casos como este, dizemos que as grandezas correspondentes ao número de
bermudas e aos metros de tecidos são diretamente proporcionais, ou apenas
proporcionais, visto que, quando um valor aumenta, o outro aumenta na mesma
proporcionalidade.
A resolução do exercício é simples, vejamos: sabemos que 1,40 (m) →
confecciona duas bermudas; então, para confeccionar 15, precisamos de x metros.
Colocamos isso em forma de razão da seguinte forma:
Observe que os valores de
uma mesma grandeza
pertencem à mesma coluna.

Aplicando a propriedade fundamental das proporções aprendidos na página


anterior, temos:

b) Grandezas inversamente proporcionais


O departamento de logística da empresa “Armarinhos S/A” está analisando a
possibilidade de fazer entregas por diferentes veículos na capital. Com uma velocidade
média de 30 km/h, um automóvel gastou 60 minutos para fazer um determinado
percurso. Já uma motocicleta, com uma velocidade média de 45km/h, gastou 40
minutos para fazer o mesmo percurso.
Na situação apresentada acima, temos duas grandezas envolvidas: velocidade
média e tempo. Tais grandezas estabelecem uma relação inversa em que, quanto

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maior a velocidade, menor o tempo gasto pelo meio de transporte. Num caso como
este, dizemos que as grandezas são inversamente proporcionais.
Vejamos uma situação prática de grandezas inversamente proporcionais: quatro
grandes máquinas de uma indústria de parafusos trabalham seis horas por dia para
produzir certa quantidade de parafusos. Duas dessas máquinas foram para a
manutenção. Quantas horas diárias as outras máquinas deverão trabalhar para
produzir a mesma quantidade de parafusos?
Primeiro, precisamos montar as razões do problema. Temos o seguinte:
Observe que na igualdade Contudo, nesta situação, temos
das razões, 4 máquinas está que as razões são inversas;
para 6 horas assim como 2 assim, não podemos aplicar a
máquinas está para x (valor regra da proporção já
que queremos encontrar) conhecida.
Numa situação de grandezas inversamente proporcionais, é preciso que uma das
razões seja rotacionada (girada), como segue no exemplo:

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Para fazer 600 pães, são gastos, em uma padaria, 100 Kg de farinha. Quantos
pães podem ser feitos com 25 kg de farinha?

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2. Um trem, deslocando-se numa velocidade média de 400 km/h, faz um determinado
percurso em três horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade
utilizada fosse de 480 km/h?

1.6 Resolução de exercícios


1. Em uma sala de aula com 52 alunos, 13 utilizam bicicletas como transporte.
Expresse em porcentagem a quantidade de alunos que utilizam bicicleta.
2. Em uma prova de valor 7, Daniel obteve a nota 5,6. Se o valor da prova fosse
10, qual seria a nota obtida por Daniel?
3. Gastei 2/3 do meu salário; em seguida, gastei 3/4 do restante e ainda fiquei
com R$ 480,00. O meu salário é de:
2
4. Um município ocupa a área de 5.000 km e, de acordo com o último censo
realizado, tem população aproximada de 100.000 habitantes. Qual a densidade
demográfica desse município?

1.7 Resumo da unidade


Você viu nesta UNIDADE que:
 uma proporção é uma igualdade entre razões;
 numa proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos;
 em grandezas diretamente proporcionais, ao se aumentar ou diminuir uma
grandeza, na outra acontecerá o mesmo;
 em grandezas inversamente proporcionais, ao se aumentar uma grandeza, a
outra diminuirá e, quando uma diminuir, a outra aumentará;
 quando as grandezas são inversamente proporcionais, a primeira é
diretamente proporcional ao inverso da segunda.

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1.8 Na próxima unidade...
Na próxima unidade, veremos uma ferramenta matemática muito utilizada em
nosso dia a dia: a regra de três, que é uma consequência do conceito de proporção
aprendido nesta unidade.
Vamos aprender também o conceito de porcentagens. Veremos que ela é uma
razão especial.
Está curioso?

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UNIDADE 02: REGRA DE TRÊS E PORCENTAGENS

Prezado(a) aluno(a),
Nesta segunda unidade, estudaremos o conceito de porcentagem e vamos aplicar a
técnica da regra de três, ferramenta superútil na resolução de situações problemas
matemáticos.
O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga:
 Descrever e calcular porcentagem;
 Aplicar regra de três.

Bons estudos!

2.1 Regra de três simples


A regra de três simples é um processo prático para
GLOSSÁRIO
resolver problemas que envolvem quatro valores dos Incógnita
Nome dado a um valor desconhecido
quais conhecemos três deles – e o quarto é uma incógnita.
que geralmente é representado por
Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três uma letra do alfabeto, como X, Y ou Z.

já conhecidos.
Vamos relembrar o exemplo que utilizamos para introduzir o conceito de
propriedade fundamental das proporções: determine o valor desconhecido na

proporção .

A regra de três é uma ferramenta matemática muito utilizada quando temos


quatro valores, sendo um deles desconhecido.
Podemos dizer ainda que a regra de três é uma técnica para resolver problemas
que envolvem duas grandezas proporcionais; ou seja, as regras de três simples podem

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ser direta ou inversamente proporcionais. E a solução é, assim como o nome, simples.
Vamos aplicar os conhecimentos de razões e proporções que vimos na Unidade 1.
Se duas grandezas variam no mesmo sentido – ou seja, quando uma aumenta, a
outra também aumenta –, dizemos que é uma regra de três simples diretamente
proporcional; quando ocorre o contrário, ou seja, quando o aumento de uma grandeza
faz com que a outra diminua, dizemos que é uma regra de três simples inversamente
proporcional.
Vejamos uma situação prática no seguinte exemplo: no município de Ouro Preto,
a lavanderia “Limpa Fácil” possui 18 máquinas que lavam 378 peças de roupas por dia.
Quantas peças seriam lavadas por dia se a lavanderia tivesse 25 máquinas de lavar?
18 → 378
25 → x

Observe que nós temos duas grandezas: o número de peças de roupas e a


quantidade de máquinas. Ao estabelecermos as relações entre as grandezas,
identificamos que são diretamente proporcionais, pois aumentando a quantidade de
máquinas, aumenta a quantidade de peças de roupas lavadas. O passo seguinte é
montar a proporção e encontrar o valor de X. Assim, temos:

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2.2 Regra de três simples diretamente proporcional
Na regra de três simples que é diretamente proporcional, podem existir duas
situações:
a) quando uma grandeza aumenta e a outra também aumenta;
b) quando uma grandeza diminui e a outra também diminui.
DICA: quando você for montar as regras de três, utilize setas para indicar o
sentido de crescimento de cada grandeza; isto fará com que você observe com mais
facilidade se a relação estabelecida entre elas é direta ou inversamente proporcional.
Veja um exemplo prático a seguir.
Passos utilizados numa regra de três simples:
Natália é uma funcionária da 1º passo: construir uma tabela, agrupando as
Secretaria da Saúde de São Miguel do grandezas da mesma espécie em colunas e
mantendo na mesma linha as grandezas de
Guaporé. Ela recebe R$ 1.200,00 por 20 espécies diferentes em correspondência;
horas de trabalho. Se ela trabalhar 30 2º passo: identificar se as grandezas são
diretamente ou inversamente proporcionais;
horas, quanto receberá? 3º passo: montar a proporção e resolver a
Seguindo as dicas, temos: equação.

1º passo: na primeira coluna, temos a grandeza horas; na segunda coluna, a


grandeza valor monetário.

2º passo: identificamos que são grandezas diretamente proporcionais, pois


aumentando a quantidade de horas de trabalho, aumenta também o valor do salário.
Podemos ir para o 3º passo e resolver a equação:

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2.3 Regra de três simples inversamente proporcional

Como você viu na página anterior, quando a relação entre as grandezas do


problema é diretamente proporcional, o aumento de uma leva ao aumento da outra, e
a diminuição de uma leva à diminuição da outra.
Agora, vamos observar o que acontece quando essa relação entre as grandezas
ocorre de forma inversa. Em outras palavras, veremos que, quando a primeira razão
cresce, a segunda diminui – ou o seu contrário: quando a primeira diminui, a segunda
cresce. Veja o exemplo a seguir e entenda como isso funciona.
No último censo do IBGE, os 18 pesquisadores levaram 60 dias para visitar todas
as casas do bairro Jardins no município de Jarú. No próximo ano, temos um novo
censo, só que agora o quantitativo de pesquisadores será de oito. Quanto tempo será
necessário para que os oito profissionais visitem as mesmas casas do bairro?

Seguindo o passo a passo, temos:

Passo 1: montagem da regra de três

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Passo 2: se temos menos profissionais
para fazer o mesmo serviço, o trabalho
levará mais tempo para ser realizado;
logo, são grandezas inversamente
proporcionais.

Passo 3: inverter uma das razões, de


forma que as setas fiquem no mesmo
sentido.

Passo 4: resolução, a partir da nova


equação.

Observação: sempre que a relação entre as razões de uma regra de três for
inversamente proporcional, uma delas terá de ser invertida para que se consiga montar
a equação. Ao inverter uma razão, tanto faz que ela seja a primeira ou a segunda,
desde que se inverta apenas uma delas.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Um trator faz 150 metros de estrada em 30 dias. Trabalhando do mesmo
modo, em quantos dias fará 350 metros de estrada?
2. Com a velocidade de 75 km/h, um ônibus faz o percurso entre o terminal
central da cidade e o ponto final da linha em 40 minutos. Devido a um pequeno

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congestionamento, esse ônibus fez o percurso de volta em 50 minutos. Qual a
velocidade média desse ônibus no percurso de volta?

2.4 Porcentagem
A porcentagem também é uma razão. No caso, a porcentagem pode ser definida
como uma fração na qual o denominador é igual a 100. Ela expressa uma razão entre
um número qualquer e o número 100; por isso, usa-se o termo por cento, ou seja,
dividido por 100.
Diariamente observamos situações que envolvem o conceito de porcentagem,
seja em notícias como “A inflação cresceu 2% no último trimestre”, seja em
propagandas de lojas como “Saldão: toda a loja com 40% de desconto”. Por outras
palavras: trata-se de uma linguagem amplamente difundida e é de senso comum entre
a população de que se trata de um modo de comunicação com vistas a representar a
parte de um todo de 100 unidades.
Vejamos outros exemplos:
 O leite teve um aumento de 25%; isso quer dizer que, em cada R$ 100,00,
houve um acréscimo de R$ 25,00;
 O cliente teve um desconto de 15% na compra de uma calça jeans; isso quer
dizer que, em cada R$ 100,00, a loja deu um desconto de R$ 15,00;
 Se em uma empresa, de cada 100 funcionários, 75 são dedicados ao trabalho,
podemos dizer que, dos funcionários que trabalham na empresa, 75% são
dedicados.
O símbolo da porcentagem é o %. Em alguns livros, você pode encontrar também
a palavra percentagem, que é sinônimo de porcentagem.

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Representando a porcentagem
Como dito anteriormente, a porcentagem pode ser considerada uma razão cujo
denominador é 100, correto?
Portanto, se a porcentagem se apresenta desta forma, podemos simplesmente
simplificar esta fração e colocá-la na forma decimal. Veja os dois exemplos a seguir:

Lê-se:
(2%) = dois por cento.
(40%) = quarenta por cento

Observe que 2% é igual a 0,02. A forma escrita (2%) é chamado de taxa de


porcentagem e a forma escrita (0,02) razão decimal ou forma decimal.

2.5 Cálculo da taxa de porcentagem


A porcentagem é um recurso eficiente para dar ideia da relação entre parte e
todo. Vejamos uma situação prática.

Situação 1: O Hospital Municipal de Vilhena atendeu, em um ano, 7.550 pessoas


com doenças pulmonares, das quais 6.795 eram fumantes.
Com esses números, é difícil perceber de imediato se a parte dos fumantes é
“grande” ou “muito grande”. Mas, se expressarmos em porcentagem qual parte do
todo o número de fumantes representa, fica muito mais fácil interpretar os dados
numéricos. Vejamos:

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Agora, compreendemos imediatamente que parte do total de pacientes é
constituída por fumantes – ou seja, sabemos que a taxa de pacientes com doenças
pulmonares do hospital (composta por fumantes) é de 90%.

Situação 2: Dos 70 candidatos que participaram de uma vaga de trainee, 56


foram aprovados. Qual foi a taxa de aprovação?

A razão que representa os candidatos aprovados é . Para obtermos a taxa,

basta dividir o numerado pelo denominador; assim, temos:

Obtemos o valor 0,8. Podemos pegar esse valor e escrevê-lo como uma fração
centesimal, da seguinte forma:

Por fim, dizemos que o processo seletivo teve uma taxa de aprovação de 80%.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. O custo de fabricação de uma máquina de lavar roupas de 15kg é de R$
1.108,00. A indústria a revende para seus clientes por R$ 1.385,00. Qual a taxa
(percentual) de lucro sobre o custo que a indústria obtém na venda de uma
máquina de lavar roupas?
2. Numa pequena indústria, do total de funcionários, 112 são do sexo feminino e
168 são do sexo masculino. Calcule a porcentagem de cada sexo na forma
decimal.

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2.6 Elementos do cálculo percentual
Suponhamos que um aluno tenha acertado em um exame 12 das 15 questões
apresentadas. A razão entre o número de questões acertadas e o número total de

questões é . Sabemos que esta razão pode ser representada por uma infinidade de

numerais racionais:

Quando uma razão for apresentada com o consequente (denominador) 100, no

nosso exemplo , ela é chamada razão centesimal.

Assim, temos que . Ao 12, denominamos percentagem; ao 15, principal;

e ao 80, taxa, ou seja,


Observe as seguintes definições:
P – porcentagem;
C – capital, ou principal, esse é o valor do todo;
i – taxa de porcentagem.

O principal, a percentagem e a taxa são os elementos do cálculo percentual.


Genericamente, tem-se que:

Pode-se também representar a expressão acima por:

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Essa fórmula é utilizada com frequência em problemas que trabalham com
valores monetários, ou seja, quando se trabalha com dinheiro. Por esse motivo, “o
todo” é chamado de capital. Você verá que ela será muito utilizada na próxima
unidade, quando trataremos de simples e juros compostos. Vejamos como se
comporta a equação na resolução de alguns problemas:

Situação 1: O preço marcado de um produto em um supermercado era R$


250,00. Tive um desconto e paguei R$ 200,00. Qual foi a taxa de porcentagem do
desconto?
Primeiro, precisamos dos valores de cada elemento que compõe a equação.
Assim, temos:
C = 250,00
i=?
P = 50,00 (valor do desconto). Esse valor foi obtido fazendo a subtração de 250 – 200.
É sobre ele que vamos calcular a taxa do desconto.

O segundo passo é aplicar os dados na fórmula:

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Logo, tive um desconto de 20% em cima do valor original do produto.

Situação 2: Um vendedor tem 4% de comissão nos negócios que faz. Qual sua
comissão numa venda de R$ 460,00?
C = 460,00
i = 4%
P=?

Portanto, a comissão é de R$ 18,40.

2.7 Resolução de exercícios


1. Um automóvel foi adquirido por R$ 20.000,00 e vendido com um lucro de R$
2.400,00. Qual a percentagem de lucro?
2. Um funcionário de uma empresa recebeu a quantia de R$ 315,00 a mais no seu
salário, referente a um aumento de 12,5%. Qual é o seu salário atual?
3. Júlia recebeu um reajuste salarial de 11,5%, e seu salário passou a ser R$
914,30. Qual era o salário de Júlia, antes do aumento?
4. O preço de custo de uma mercadoria é de R$ 180,00. O comerciante quer ter
um lucro de 30% na venda dessa mercadoria. Por quanto deve vendê-la?

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UNIDADE 03: JUROS SIMPLES E JUROS COMPOSTOS
Prezado(a) aluno(a),
Nesta unidade, estudaremos o conceito de juros simples e compostos.
O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga:
 Conhecer a modelagem matemática do regime de capitalização simples;
 Conceituar juros compostos;
 Determinar a taxa de juros, o prazo da aplicação e o capital aplicado;
 Ciferenciar uma capitalização simples de uma capitalização composta.

Para facilitar seu aprendizado nesta unidade, você deve ter o domínio sobre os
conteúdos já vistos nas Unidades 01 e 02.
Bons estudos!

3.1 Valor do dinheiro no tempo


Sabemos que o dinheiro varia ao longo do tempo. O que comprávamos com R$
10,00, um ano atrás, provavelmente não compramos hoje. Assim, antes de
estudarmos os conceitos mais usados de matemática financeira, é preciso entender o
conceito do dinheiro ao longo do tempo. Vamos ver uma situação prática que ajuda a
entender isso melhor.
Se um amigo lhe pedisse R$ 1.000,00 para lhe pagar os mesmos R$ 1.000,00
daqui a um ano, o que você acharia?
Com certeza, por melhor que fosse seu amigo, a proposta não seria vista com
bons olhos. E alguns pontos vêm à mente:

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 Consumo: posso precisar comprar algo hoje (necessidade de
consumo);
 Inflação: o poder de compra dos R$ 1.000,00 daqui a um ano não
será o mesmo (incerteza);
 Oportunidade: se eu permanecesse com os R$ 1.000,00, poderia
aplicá-los em um investimento e ganhar rendimentos (custo de
oportunidade);
 Risco: será que ele vai me pagar? (Possibilidade de calote).
Todos estes elementos vão influenciar na sua tomada de decisão de emprestar
ou não nas condições iniciais.
Agora, imagine essa situação ampliada para uma empresa. A tomada de decisão
do gestor precisa considerar inúmeros fatores inseridos no mundo das finanças. Assim,
precisamos entender que o dinheiro tem um custo associado ao tempo.
As empresas estão constantemente aplicando a prática do dinheiro no tempo em
suas decisões de investimentos, como, por exemplo, na aquisição de novos
maquinários e equipamentos de produção, no desenvolvimento de novos produtos e
na aquisição de empréstimos.
Mas você deve estar se perguntando: como fazer esse cálculo do dinheiro ao
longo do tempo? E a resposta é mais simples do que você imagina. São os juros.
Os juros são o instrumento da matemática financeira responsável por corrigir o
valor do dinheiro ao longo do tempo. É o ganho que obtemos ao fazermos uma
aplicação de modo produtivo, e seu cálculo é feito através da diferença entre o valor
futuro e o valor presente do capital aplicado.

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Os juros podem ser capitalizados
Glossário
segundo os regimes de capitalização simples Capitalização
Ato ou efeito de se acumular capital.
ou composta. É o que vamos estudar nas
próximas unidades.

3.2 Juros simples


É o regime em que o ganho (juros) que obtemos sobre um capital inicial (valor
presente) aplicado num determinado período de tempo, fixado com uma taxa de juros
também fixada, é capitalizado (isto é, incorporado ao capital inicial) ao final do
referido período de tempo.
O juro simples é o mais fácil de ser aplicado e calculado. Suas taxas incidem
somente sobre o valor aplicado inicial, e não sobre o somatório deste com os
rendimentos sucessivos gerados pelos juros.
No regime de juros simples, i é a taxa de juros por unidade de tempo (por
exemplo, por dia, ou por mês, ou por ano) e n é o número de unidades de tempo que
durou a aplicação. Ao trabalharmos com juros simples, consideramos as seguintes
variáveis:
 C: capital ou principal, que é a quantia aplicada ou tomada emprestada; valor
presente;
 n: é o período de tempo em que o capital será aplicado;
 J: é o juro resultante da operação;
 i: é a taxa percentual aplicada ao capital para a apuração do juro.
Com esses dados em mão, basta aplicar a fórmula para cálculo dos juros simples,
que é produto do capital investido pela taxa aplicada, pelo período de tempo
determinado:

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Aplicação prática Quando for usar a fórmula J = C.i.n, a taxa de
Situação 1: Aplicaram-se R$ 2.000, 00 a juros i deve estar na forma decimal do
enunciado do problema, pois percentual
juros simples por um período de três meses, com
significa dividir por cem!
taxa de juros de 2% ao mês. Qual o valor de juros Por exemplo:
no período de aplicação? 2% a.m. deve ser expresso como 0,02, pois
= 0,02.
Primeiros, vamos destacar os elementos:
C = 2.000,00
n=3
J=?
i = 2%.

Os juros gerados no período foram de 120 reais.

Situação 2: Qual será o rendimento para a


Note que a taxa de juros é dada
aplicação de uma quantia de R$ 1.500,00 a uma taxa
em semestres, e você precisa
de 60% ao semestre, durante dois meses? saber a taxa ao mês; logo, se
C = 1.500,00 temos 60% em seis meses
n=2 (semestre), teremos 10% ao mês.
J=?
i = 10% ao mês, ou 0,10.

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O rendimento sobre a quantia será de R$ 300,00 nos dois meses de aplicação.

3.3 Calculando o montante em juros simples


Você já aprendeu que o juro é aquele valor cobrado (ou o rendimento) sobre
uma quantia inicial (capital) utilizada numa transação monetária, correto?
Quando somamos o valor obtido pelos juros ao valor inicial do capital, obtemos
um novo valor, que é chamado de montante.
Por exemplo: quando se faz um empréstimo de R$ 20.000,00 para a compra de
um carro e se paga ao final do financiamento um valor de R$ 5.000,00 de juros, tem-se
um montante de R$ 25.000,00 pago ao final do prazo.
Portanto, o montante (M) é o capital (C) acrescido dos seus juros (J):

Essa expressão, após as devidas transformações


M=C J
algébricas, produz a fórmula geral do montante: Como 𝐽 𝐶 𝑖 𝑛, temos:
M = C (1 + i n) M=C Cin
M = C (1 + i n)

Aplicação prática

Situação 1: Uma quantia de R$ 5.000,00 foi aplicada a juros simples de 3,5% ao


mês e resultou num montante de R$ 5.875,00. Calcule por quanto tempo esse capital
ficou aplicado.
C = 5 000,00
M = 5 875,00
n=?

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i = 3,5%

O tempo de aplicação foi de cinco meses.

Situação 2: Qual capital deve ser aplicado a uma taxa mensal de 2%, durante oito
meses, para atingir um montante de R$ 2.343,32?
C=?
M = 2 343,32
n=8
i = 2%

É necessário um capital de 2.020,10.

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3.4 Juros compostos
Você já deve ter feito, ou conhece alguém que fez, um empréstimo financeiro.
Os juros praticados pelos bancos nesses empréstimos são um pouco diferentes
daqueles vistos na página anterior.
Normalmente, nas compras com financiamento, não é comum o parcelamento
com juros simples. Na prática, as financeiras utilizam apenas os juros compostos, por
eles apresentarem um crescimento mais rápido do lucro em comparação com os juros
simples. Juro composto é o regime de capitalização utilizado nas operações
financeiras.
O que diferencia o regime de juros simples do regime de juros compostos é que,
enquanto “no regime de juros simples os juros são calculados sobre o capital
inicialmente aplicado”, no regime de juros compostos “os juros são calculados sobre o
montante gerado até o período anterior”.
Veja este exemplo:
Um capital de R$1.000,00 aplicado por dez meses a uma taxa de juros
compostos de 10% a.m., rende que valor ao final do período (montante)?
Vamos aos cálculos!
Observe no quadro a seguir que, no primeiro mês (n = 1), o capital inicial (C) de
R$ 1.000,00, multiplicado pela taxa (i) de 10%, gerou um juro de R$ 100,00. Assim, o
montante acumulado ao final do primeiro período (mês, neste caso) é de R$ 1.100,00.
Agora, o segredo: veja que, no segundo mês (n = 2), o montante do primeiro mês
(R$ 1.100,00) vira o capital para o novo cálculo de juro. Esse processo acontece em
todos os meses (períodos). O capital do terceiro mês (R$ 1.210,00) era o montante do
segundo mês. Acompanhe os cálculos no quadro.

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Período Capital Taxa de Rentabilidade Montante
(em meses) (valor presente) juros do juro (valor final)
1 1.000 0,10 100 1.100
2 1.100 0,10 110 1.210
3 1.210 0,10 121 1.331
4 1.331 0,10 133,10 1.464,10
⁞ ⁞ ⁞ ⁞ ⁞
9 2.143,58 0,10 214,36 2.357,95
10 2.357,95 0,10 235,79 2.593,74

Esse é o demonstrativo de rendimentos sobre o capital de R$ 1.000,00, aplicado


no período de dez meses.
Para você saber quais foram os juros totais do período, basta pegar o montante
final e subtrair o capital inicial. Neste caso do exercício: montante final (R$ 2.593,74) –
capital inicial (R$ 1.000,00).

DEFINIÇÃO: Juros compostos são aqueles que, em cada período financeiro, a


partir do segundo, são calculados sobre o montante relativo ao período anterior. Após
cada período, os juros são incorporados ao capital principal e passam a render juros. É
usualmente chamado de “juros sobre juros”.

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3.5 Calculando juros compostos
Na página anterior, vimos que os juros compostos incidem sobre o capital
aplicado e como podemos fazer, de forma detalhada, os cálculos dos juros de uma
capitalização composta.
Agora, você pode estar perguntando: é necessário construir uma tabela para
cada cálculo? E se for um período de 120 meses?
Não precisa! Vamos ver, nesta página, que existe uma forma mais simples para
calcular os juros compostos que uma taxa produz a partir de um capital aplicado. Com
essa fórmula, não será mais preciso fazer várias contas para descobrir o montante
final.
A equação leva em consideração o capital, a taxa de juros e o período de
aplicação: Observação: i (taxa) e n (tempo) devem
estar na mesma unidade para que haja
coerência nos cálculos (como visto na
página anterior, sobre juros simples).

Veja que a equação é semelhante à equação do montante do juro simples. Os


elementos que a compõem são os mesmos.

Aplicação prática
Situação 1: A empresa “Armarinhos S/A” decidiu comprar novos maquinários e,
para realizar o planejamento, solicitou um empréstimo em uma instituição financeira.
Para adquirir as máquinas, a empresa precisou de R$ 30.000,00, que serão pagos em
36 meses, a uma taxa de 2% ao mês de juros compostos. Qual será o montante pago
pela “Armarinhos S/A” ao final do prazo de financiamento?
Vamos, primeiro, retirar as informações necessárias para inserir na equação de
juros compostos:

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C = 30.000,00
M=?
n = 36 meses Potenciação
i = 2% → 0,02 Qualquer potência de base real e expoente inteiro é produto dessa
base por ela mesma quantas vezes indicar o expoente. Assim, a
sendo um número real e n, um número inteiro maior que 1, temos:
𝑎𝑛 𝑎 𝑎 𝑎 𝑎 …

O montante pago pela Armarinhos S/A na compra de novos maquinários é de R$


61.1196,62.

Situação 2: Quanto (aproximadamente) um investidor deve aplicar hoje para, daqui a


dez meses, adquirir um
Aproximação ( )
montante de R$ 5.375,67 a Em todas as operações de juros compostos, você deverá decidir
sobre quantas casas decimais usar na resolução do cálculo.
uma taxa de juros Veja a seguinte situação:
compostos de 3% a.m.?
Esse valor pode variar um pouco na sua extensão, dependendo da
C=? calculadora. Assim, estamos adotando na resolução dos exercícios
M = 5 375,67 somente as cinco primeiras casas decimais após a vírgula.
n = 10 meses
i = 3% → 0,03

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O valor aproximado que deve ser aplicado é de R$ 4.000,00.

3.6 Resolução de exercícios

1. Em quanto tempo um capital de R$ 100.000,00, aplicado à taxa mensal de 2%,


produz R$ 8.000,00 de juros no regime de capitalização simples?
2. Para a construção de uma casa, Hélder aplicou duas quantias no banco, a
primeira de R$ 200.000,00 a juros compostos de 8% ao mês, e a segunda de R$
200.000,00 a juros simples de 10% ao mês, ambas durante quatro meses.
Calcule o montante total que Hélder obteve ao final do período de aplicação e
indique qual dos dois rendimentos foi o maior.
3. Um investidor aplicou R$ 17.200,00 a juros compostos de 1,4% a.m. em um
fundo de renda fixa. Sendo assim, quantos reais terá o investidor após 240 dias
de aplicação neste fundo? (Considere cada mês com 30 dias.)
4. Um capital de R$ 15.000,00 pode ser aplicado durante 15 anos a uma taxa de
juros de 5% ao ano (a.a.). Essa taxa de juros pode ser simples ou composta,
dependendo da rentabilidade que for mais interessante. Descubra qual deve
ser a aplicação mais rentável.
5. Quanto (aproximadamente) um investidor deve aplicar hoje para, daqui a dez
meses, adquirir um montante de R$ 6.848,47 a uma taxa de juros compostos
de 2,5% a.m.?

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3.7 Resumo da unidade
Você viu nesta UNIDADE que:

 os juros são uma espécie de valor cobrado pela utilização de uma determinada quantia
de dinheiro (tipo um “aluguel”);
 para o cálculo dos juros, usa-se a fórmula: J = C.t.n;
 no cálculo dos juros, a taxa de juro e o período de aplicação devem apresentar a
mesma unidade de tempo;
 o montante é o somatório do capital inicial mais o juro do período;
 para calcular o montante de juros compostos, usa-se a fórmula M = C (1 + i)n.

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UNIDADE 04: TAXAS DE JUROS PROPORCIONAIS E
EQUIVALENTES
Prezado(a) aluno(a),
Nesta unidade, vamos estudar diferentes tipos taxas de juros e suas aplicações. É
muito importante que você compreenda bem este assunto, pois é de grande aplicação
nos demais assuntos da disciplina, bem como na sua vida pessoal e profissional de
gestor comercial.
O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga:
 Reconhecer os diferentes tipos de taxas de juros;
 Calcular as taxas de juros equivalentes e efetivas;
 Identificar taxas de juros proporcionais e equivalentes.

Vamos lá! Estamos finalizando nossa disciplina. Vamos fechar com chave de ouro!

4.1 Taxas de juros


Veja esta informação:
No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os técnicos e
executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas
de juros principalmente no que se refere às taxas nominal,
efetiva e real. O desconhecimento generalizado desses
conceitos tem dificultado o fechamento de negócios pela
consequente falta de entendimento entre as partes. Dentro dos
programas dos diversos cursos de Matemática Financeira existe
uma verdadeira “poluição” de taxas de juros. (SOBRINHO,
2000)

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Vejam que o tema impacta muito no conhecimento sobre finanças. O gestor
comercial precisa compreender este assunto, ainda mais se considerarmos outros
importantes tipos de taxas que influenciam o dia a dia das pessoas e das organizações.

Os números que expressam a taxa de juros são acompanhados de


uma expressão que indica a temporalidade da taxa. Essas expressões
são abreviadas da seguinte forma:

ad – ao dia;
am – ao mês;
ab – ao bimestre;
at – ao trimestre;
aq – ao quadrimestre;
as – ao semestre; e
aa – ao ano.

4.2 Inflação
É o aumento constante dos preços dos produtos e serviços. Se o aumento dos
preços é superior ao aumento do salário, há o chamado perda do poder de compra.
Caso os preços aumentarem consideravelmente, isso impactará a economia e as
organizações. Os gestores precisam preparar algum plano para o problema da inflação.
Por isso, é necessário conhecer matemática financeira.
Existem diferentes índices para calcular diferentes produtos e serviços da
economia (confira os índices no quadro abaixo). Essa variação existe porque os
diferentes produtos e serviços atingem as pessoas e empresas de diferentes formas.
Por exemplo, uma pessoa que tem um carro movido a gasolina irá sentir o impacto
desse produto em suas finanças de forma mais intensa do que uma que não possui
automóvel.

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Apura os preços mensais de todo o processo produtivo:
IGP-DI (Índice Geral de
matérias-primas agrícolas e industriais, produtos
Preços - Disponibilidade
intermediários, bens e serviços finais e preços de construção.
Interna)
É parte da cesta que corrige os preços de telefonia.
Semelhante ao IGP-DI, verifica preços do comércio no
atacado, no varejo e na construção civil, pesquisados entre o
IGP-M (Índice Geral de
dia 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. É usado na
Preços - Mercado)
correção de contratos de aluguel e tarifas de serviços
públicos.
IPCA (Índice Nacional de Aponta mensalmente a variação do custo de vida médio de
Preços ao Consumidor famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos. Os
Amplo) preços são coletados em comércios visitados pelos
pesquisadores.
Semelhante ao IPCA, ele verifica a variação do custo médio
INPC (Índice Nacional de das famílias com rendimento familiar médio entre 1 e 5
Preços ao Consumidor) salários mínimos. Indica as variações de preços nos grupos
mais sensíveis, que gastam todo rendimento em consumo
corrente (alimentação, remédio, etc.).
Fonte: Adaptado de http://g1.globo.com/economia/inflacao-o-que-e/platb.

Nos dias atuais, a variação da


taxa de inflação é relativamente baixa, Para mais informações sobre Inflação, ver:
se considerarmos outros períodos da http://g1.globo.com/economia/inflacao-o-que-e/platb

história do Brasil. Consulte um pouco


da história econômica do nosso país – um bom gestor precisa estar ciente dos fatos
históricos da sua empresa e do seu país.

4.3 Taxa Selic


Vimos anteriormente que a inflação pode impactar a economia do país,
principalmente quando há o aumento considerável dos preços e a consequente perda
do poder de compra das pessoas. As empresas não vendem seus produtos, o que leva
à redução de investimentos, que leva à redução de oferta de empregos.

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Enfim, é um cenário em que ninguém, seja uma pessoa física ou uma
organização, consegue fazer planejamento e investimentos, principalmente para longo
prazo. E para controlar o problema da inflação, o governo pode intervir por meio de
políticas monetárias.
Uma destas políticas monetárias é a taxa Selic. A Selic é a taxa básica de juros da
economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central
(BC) para controlar a inflação.
Essa taxa é importantíssima na economia do Brasil, pois tem o papel de
influenciar todas as taxas de juros, como as taxas de juros dos empréstimos, dos
financiamentos e das aplicações financeiras. Tem o papel de controlar os preços e
assegurar o equilíbrio da economia.
Por isso, quando ouvimos sobre a meta de inflação para um determinado ano,
todos os conceitos vistos nesta unidade se correlacionam. Para manter a meta, o
governo faz o controle por meio da taxa Selic. Se existe uma quantidade relativa de
recursos financeiros no mercado, a tendência é o aumento do consumo e,
consequentemente, o aumento dos preços devido à demanda.
O contrário também vai na mesma lógica. Quanto menos dinheiro circulando,
menos pessoas compram, o que acarreta diminuição dos preços dos produtos e
serviços; isso pode levar à estagnação da economia ou mesmo à recessão econômica.
Caso haja o aumento dos preços, o controle ocorre com o aumento da taxa Selic.
Ora, com os juros mais altos, fica mais difícil fazer financiamentos. Isso acaba por
desestimular o processo de compras, o que leva à redução dos preços. Agora, se os
preços estão abaixo da meta, o governo reduz a taxa de juros da economia (Selic) com
a finalidade de estimular a oferta de dinheiro no mercado, levando ao consumo de
produtos e serviços.

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Por isso, conhecer estes importantes instrumentos do mercado financeiro é
muito importante para o gestor comercial. O sucesso dos negócios depende do
conhecimento de todas essas ferramentas financeiras. E aqui vai uma dica: esteja
sempre atualizados desses números – a inflação é atualizada mensamente e a taxa
Selic a cada 45 dias. O gestor comercial precisa estar sempre com os números em
mãos.
Questões para reflexão:
 A inflação pode ser algo positivo para as empresas? Por quê?
 Quais políticas monetárias de intervenção na economia você conhece?

4.4 Taxas de juros proporcionais


Duas taxas são proporcionais quando seus valores formam uma proporção com
tempos a elas referidos reduzidos à mesma unidade.

Geram um mesmo montante quando utilizamos capitalização simples. É


importante frisar: é somente aplicada em capitalização simples.
Por exemplo: uma taxa de 12% a.a. é proporcional à taxa de 1% a.m.?
Vamos responder a essa dúvida aplicando essa taxa sobre qualquer valor.
Vejamos os resultados da aplicação das taxas anual e mensal de um capital de R$
200,00 pelo prazo de 12 meses (ou um ano), considerando uma taxa anual de 12% e
mensal de 1%.

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Taxa de juros mensal Taxa de juros anual

C = 200 C = 200
n =12 (meses) n = 1 (ano
i = 1% → 0,01 i = 12% → 0,12
M=C(1+ ∙ ) M=C(1+ ∙ )
M=200(1+0,01∙12) M =200(1+0,12∙1)
M=200(1+0,12) M =200(1+0,12)
M=200×1,12 M =200×1,12
M=224 M =224

Observamos no quadro acima que tanto faz utilizar a taxa de 12% ao ano ou a
taxa de 1% ao mês, que ao final geram o mesmo resultado. Assim, podemos dizer que
a taxa de 12% a.a. é proporcional à taxa de 1% a.m. porque:

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Qual a taxa proporcional ao mês de 36% a.a.?
2. Qual a taxa proporcional ao ano de 5% a.b.?
3. Qual a taxa proporcional ao mês de 3% a.s.?

4.5 Taxas de juros equivalentes


Conforme você viu em regime de juros simples, duas taxas de juros são
proporcionais quando, ao serem aplicadas ao mesmo capital e pelo mesmo prazo,
geram o mesmo montante. A diferença entre taxas equivalentes e taxas proporcionais
prende-se exclusivamente ao regime de juros considerado. As taxas proporcionais se
baseiam em juros simples, e as taxas equivalentes se baseiam em juros compostos.

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DEFINIÇÃO: Duas taxas (i1 e i2) são equivalentes quando, aplicadas a um mesmo
capital, durante o mesmo tempo, produzem o mesmo juro.
Vamos utilizar, para compreensão, o mesmo exemplo da página anterior.
Vejamos os resultados da aplicação das taxas anual e mensal de um capital de R$
200,00 pelo prazo de 12 meses (ou um ano), considerando uma taxa anual de 12% e
mensal de 1% - porém, agora, considere o regime de capitalização composta. Assim,
temos:

Taxa de juros mensal Taxa de juros anual

C = 200 C = 200
n =12 (meses) n = 1 (ano
i = 1% → 0,01 i = 12% → 0,12
M=C(1+ ∙) M=C(1+ ∙)
M=200(1+0,01)12 M =200(1+0,12)1
M=200(1,01)12 M =200(1,12)1
M=200×1,126825 M =200×1,12
M = 225,36 M = 224,00

Assim, percebemos que, em juros compostos, o resultado de duas taxas


proporcionais não gera montantes equivalentes, como mostra o quadro acima. Você
deve estar se perguntando: por que ocorre isso?
Lembra que, em juros compostos, a cada final de um período, o montante é
incorporado ao capital? Esse é o conceito de capitalização de juros compostos. Assim,
por exemplo, os juros gerados ao final de um mês são incorporados e, no mês
seguinte, serão capital, e assim por diante.
Agora que já sabemos a diferença, vamos ver como se calcula a equivalência de
taxas em juros compostos.

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Taxas equivalentes de um período maior a partir de um período menor

Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1: Qual a taxa anual equivalente a 5% ao mês?


Para saber a taxa anual que seja equivalente a uma mensal, usamos a seguinte
equação:

Substituímos as informações do exercício na equação e desenvolvemos a


operação:

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Para colocar novamente na linguagem de taxa, basta multiplicar o resultado por
(x100):

Exemplo 2: Qual a taxa anual equivalente a 8% ao semestre?

Primeiro, escrevemos a equação que fará a equivalência correta entre os


períodos:

Substituímos a informação da taxa semestral na equação e, em seguida,


finalizamos o cálculo:

Para colocar novamente em linguagem de taxa, basta multiplicar o valor por


(x100):

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4.6 Resolução de exercícios
1. Determine as taxas diária, mensal, trimestral e semestral proporcional a 36% a.a.
2. Qual a taxa anual equivalente a 0,5% ao mês?
3. Determine a taxa anual equivalente a 3% a.m?
4.Uma instituição financeira oferece a seus clientes uma taxa de rentabilidade de 1,2%
a.m., a juros simples. Determinar o valor do rendimento de uma aplicação de
R$10.000,00 efetuada nessa instituição por um prazo de 18 dias.

4.7 Gabarito dos exercícios de fixação

UNIDADE 1
1.1 Razão
1. A razão do número de candidatos aprovados em relação ao total de candidatos é de
3/5.
2. O PIB per capita da Rússia é de R$ 27.000,00.
1.3 Razões especiais
1. Densidade demográfica de 0,08. Menos de 1 habitante por quilômetro quadrado.

2. A razão é .

1.5 Grandezas proporcionais


1. Com 25kg de farinha é possível fazer 150 pães.
2. Na velocidade mais rápida, o percurso é feito em 2 horas e 30 minutos.

UNIDADE 2
2.3 Regra de três simples inversamente proporcional
1. Trabalhando do mesmo modo, o trator fará 350 metros de estrada em 70 dias.

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2. A velocidade média desse ônibus no percurso de volta é 60 km/h.

2.5 Cálculo da taxa de porcentagem proporcional

1. Taxa de lucro de 25% sobre o custo.


2. Masculino = 0,6 (168/280); Feminino = 0,4 (112/280)

4.8 Encerramento da disciplina


Prezado(a) aluno(a),
Chegamos ao final desta disciplina e gostaríamos de parabenizá-lo(a) por sua
dedicação, seu empenho e sua perseverança.
Ao longo das unidades, procuramos relembrar importantes conteúdos de
matemática básica, de forma simples e direta, e suas aplicações práticas no mundo das
finanças, que serão de grande valia no decorrer do curso – mas, principalmente,
quando estiver em ação na função de gestor atuando dentro das organizações.
Para ter sucesso nesta e em quaisquer disciplinas do curso, interaja com seus
colegas no AVA, pratique os exercícios de fixação, assista as webaulas e faça as
atividades propostas. E, o mais importante, não guarde dúvidas com você. Busque a
ajuda do seu tutor ou dos colegas de curso sempre que achar necessário.
Continue firme nos estudos e busque sempre se atualizar nos assuntos
financeiros, pois diariamente as informações importantes podem impactar a sua vida
pessoal e também a da organização que gerencia.

Foi um prazer estar com você. Sucesso no curso! Sucesso na vida pessoal e
profissional!

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