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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
EXTENSÃO DE TETE
Faculdade de Educação
Gestão de Conflitos
Licenciatura em Administração e Gestão da Educação
Tete
Outubro de 2023
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Gestão de Conflitos
Tete
Outubro de 2023
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Índice
CAPÍTULO I .............................................................................................................................. 4
1. Introdução............................................................................................................................ 4
CAPÍTULO II ............................................................................................................................. 6
2.1.1. Conflito...................................................................................................................... 6
3. Conclusão .......................................................................................................................... 16
CAPÍTULO I
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos Geral
✓ Adquirir conhecimentos sobre a gestão de conflitos.
1.2. Estrutura
O presente trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo apresenta
introdução, metodologias, objectivos e estrutura que estarão norteando o trabalho. O segundo
capítulo é a parte mais extensa do presente trabalho, complementa a fundamentação teórica que
se subdivide em principais tópicos: conceitos básicos, tipos de conflitos, gestão de conflitos,
vantagens e desvantagens de conflitos nas organizações.
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1.3. Metodologia
O presente estudo é eminentemente bibliográfico/documental. Consistiu na procura de
referências teóricas publicadas em documentos, tomando conhecimento e analisando as
contribuições científicas ao assunto em questão.
E é de natureza totalmente teórica e foram posteriormente também analisados outros
materiais bibliográficos já publicados pela Internet para posterior compilação e descrição, até
que se chegou ao actual estado do trabalho.
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CAPÍTULO II
2. Referencial Teórico
2.1. Conceitos básicos
2.1.1. Conflito
Conflito vem do latim conflictu, embate dos que lutam; discussão acompanhada de
injúrias e ameaças; desavença; antagonismo; guerra, combate, colisão, choque; o elemento
básico determinante da ação dramática, a qual se desenvolve em função da oposição e luta entre
diferentes forças (Ferreira, 1996).
O conflito é algo inerente à vida das pessoas e é inevitável na vida humana. Segundo
McIntyre (2007), o conflito é um fenómeno social, multidimensional, parte integrante da
existência humana, essencial para o processo evolutivo da humanidade e para a transformação
social. Dado esta inevitabilidade é necessário saber compreende-lo e geri-lo de modo a
potencializar os seus benefícios e suprimir os efeitos negativos. Está presente em todo o lugar
onde existe interação, seja esta social ou laboral. O conflito ocorre quando há diferentes
interesses ou crenças, ou é constatado que as aspirações actuais de ambas as partes não podem
ser atingidas simultaneamente (Pruitt & Rubin, 1986). Advém de divergências de ideias ou
opiniões, que perturbam a ação ou tomada de decisão por parte de uma pessoa ou grupo. Surge
quando há pontos de vista ou ideais diferentes. Segundo Robbins (2002), conflito é um processo
que tem início quando uma das partes percebe que a outra parte a afecta, ou pode afetar,
negativamente, em alguma coisa que a primeira considera importante.
O conflito é algo antigo e embora atualmente seja, por vezes, conotado negativamente
e evitado, foi através de conflitos e conquistas que se formou o mundo atual onde vivemos.
Conforme a evolução da humanidade, os conflitos foram também mudando, quanto à
intensidade, magnitude e número de envolvidos. É preciso entender que o conflito é uma forma
de associação humana que coloca as pessoas em contato e através da qual pode surgir uma
união. Não significa um “cortar” de relações, mas sim uma possibilidade de fazer ambas as
partes reconhecerem os pontos de vista uma da outra, ainda que antagónicos (Georg Simmel,
1903).
O conflito é transversal a todas áreas do conhecimento, como tal passo a analisar o
conceito em algumas delas como a psicologia, sociologia, ética e lógica.
Ao nível da psicologia, o conflito consiste no estímulo de dois ou mais fortes motivos
que não podem ser resolvidos simultaneamente. Ou seja, a frustração cognitiva de existirem
ações ou objectivos incompatíveis.
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Após citar estes tipos de conflitos percebemos que é possível estabelecer uma relação
entre os conflitos interpessoais e organizacionais com uma situação de conflito numa escola.
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Por sua vez, surgem três abordagens que procuraram a interação dos interesses
individuais através de um modelo bidimensional, originando cinco estilos possíveis para lidar
com conflitos, amplamente destacados na literatura (Van de Vliert & Euwema, 1994).
A abordagem proposta por Rahim e Bonoma (1979) procura equilibrar a preocupação
com a satisfação dos próprios interesses e da outra parte envolvida. A sua combinação resulta
em cinco estilos específicos (Rahim, 2002; Rahim & Bonoma, 1979):
▪ Evitamento (também designado por inação): reduzida preocupação com o
interesse próprio e com o outro, onde é ignorada a existência de conflito e
evitada a aproximação a outros que podem causá-lo. Esta estratégia surge
adequada a situações de conflito preliminares.
▪ Acomodação (também designado por obediência, cedência ou submissão):
reduzida preocupação com o interesse próprio e elevada com o outro,
imprimindo esforços para a resolução da situação de conflito a fim de satisfazer
a outra parte. Esta estratégia é útil quando não existe familiarização com o
assunto gerador de conflito, quando uma das partes está disposta a desistir,
esperando uma retribuição da outra parte e quando se está perante uma parte
mais fraca e se pretende preservar o relacionamento.
▪ Integração (também designado por cooperação ou resolução de problemas):
elevada preocupação com o interesse próprio e com o outro, onde a resolução
passa pela discussão e resolução dos pontos de vista em divergência em
benefício de ambas as partes, sendo considerado o estilo mais eficaz. É
particularmente útil quando só uma parte não pode resolver o conflito, como em
situações envolvendo questões estratégicas de longo prazo numa organização.
▪ Dominação (também designado por competição ou confrontação): elevada
preocupação com o interesse próprio e reduzida com o outro, refletindo um
comportamento de egoísmo ao fazer sobrepor os seus interesses aos da parte
oposta, fomentando ainda mais conflitos no futuro. É útil para um superior
hierárquico na comunicação de medidas menos consensuais ou quando um
subordinado é demasiado assertivo.
▪ Compromisso: traduz a intenção de satisfação de ambas as partes através de
cedências mútuas, o tradicional dar e receber. É considerado uma mais-valia
quando as partes conflituantes são igualmente poderosas e quando se pretendem
evitar conflitos prolongados.
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está inserido. No entanto, não cabe ninguém julgar, mas sim compreender, aceitar e respeitar
uns aos outros dentro do ambiente empresariais.
atribuído ao próprio gestor a fim de proporcionar clima positivo para o bem-estar da empresa e
dos colaboradores.
A maneira pela qual o conflito é solucionado e como as partes reagem ao conflito,
influenciam as percepções, os sentimentos e os comportamentos dos indivíduos. O conflito
precisa ser bem administrado para que haja harmonia necessária ao desempenho organizacional
e suas consequências positivas sejam salientadas (CHIAVENATO, 2010a).
Um conflito muito bem gerenciado, cria ambiente de harmonia, transparência, motivação, pro
atividade além de confiança no qual as partes envolvidas se sentem arrependido e fortifica
amizade entre os membros da própria organização.
CAPÍTULO III
3. Conclusão
Em virtude dos factos mencionados, foi possível concluir em síntese de conhecimentos,
que os conflitos são inevitáveis, mas podem ser transformados em oportunidades de
crescimento e fortalecimento das relações. Através da análise de teorias, conceitos e estudos de
caso, identificamos estratégias eficazes para a resolução construtiva de conflitos, como a
comunicação assertiva, empatia, negociação e mediação. Essas abordagens mostraram-se
capazes de promover a compreensão mútua, a colaboração e a busca por soluções. Portanto,
reconhecemos que o processo de gestão de conflitos é complexo e requer habilidades e práticas
contínuas. Portanto, é essencial investir em treinamentos e programas que capacitem indivíduos
e organizações a lidarem com os conflitos de forma saudável e produtiva. Através do nosso
trabalho, esperamos ter contribuído para uma maior conscientização sobre a importância da
gestão de conflitos e incentivado a implementação dessas estratégias nas mais diversas esferas
da vida pessoal e profissional.
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4. Referências Bibliográficas
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