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Reunião é o encontro de três ou mais pessoas com propósito de discutir alguns temas ou realizar alguma
atividade.
Pluralidade de participantes;
Tempo de duração limitada;
Ter um propósito determinado;
Ser lícito, pacífico e sem armas;
Ocorrer em local delimitado em área certa.
A luta histórica por um Estado de Direito, tiveram como percursores os filósofos gregos, esta
linha histórica, é considerada por alguns autores ter tido início em Roma com a instituição da
Lex Duodecim Tabularum2 de 450 a.C. e que preconizava a eliminação das diferenças de
classe.
Este instrumento é reconhecido como uma das mais antigas legislações, que deu origem ao
direito romano, visto que contribuiu para a consolidação do princípio da legalidade, com vista
a impedir o autoritarismo.
No entanto, muitos autores são unânimes em afirmar que é na Inglaterra, onde os primeiros
sinais de Estado de Direito foram positivados, através da Carta Magna de 1215, promovida
pelos barões ingleses contra os monarcas e que culminou na limitação de alguns dos seus
poderes, pela instituição de alguns direitos e liberdades, a introdução e modificação
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Art. Da lei
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Lei de doze tábuas
do habeas corpus3 que, permitiu o devido processo legal, positivou o direito e todas as
gerações de direitos de que se fala hoje. Ou seja, a Carta Magna de Ingelaterra foi
fundamental na hierarizacao para a criação de um Estado dEmoctaiao que preze na
actualidade, como o fogo é o reconhecimento das variadas liberdades fundamentais.
Pois, o Estado de direito democrático é desta forma um conceito que procura melhorar a
sua conceção inicial defendida pelo liberalismo, de proteção dos direitos de propriedade,
acautelando não só esses direitos como também defendendo, através da lei outros direitos
fundamentais que garantem o principio da dignidade humana, que significa reconhecer o
ser humano igual a nós próprios e por isso, tratá-lo com o respeito que desejamos ser
dados.(art. 3º da CRM)
Segundo Dallari (2000) define o Estado como sendo “a ordem jurídica soberana que tem por
fim o bem comum de um povo situado em determinado território”. No sentido de direito, o
Estado de direito significa aquele em que a lei é sua base para a atuação, portanto, vigora a
lei. No sentido de democracia, o Estado democrático significa que as pessoas que exercem as
funções do Estado são eleitas por voto secreto.
Ao ver do proponente, é que o direito à liberdade prevista no art. 51º CRM, significou uma
grande conquista para os cidadãos, visto que criou condições para o acesso à reunião e
manifestação, possibilitando assim a diversidade de opiniões e consequentemente melhores
formas interventivas da sociedade, de articular de forma eficaz ideias e desejos e de ser parte
activa, nas decisões que interessam à colectividade.
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Instrumento processual para salvaguardar um direito violado pelos tribunais
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Para acomodar as regras do Acordo Geral de Paz de Roma de 1992 e das 1ª Eleições em 1994
pluralismo politico e jurídico e a separação e interdependência de poderes, Executivo,
legislativo e judiciário.
Assim, com o entendimento acima exposto, significa que o Estado deve servir ao Cidadão e
não o inverso.
Se a Lei Mãe garante, conforme já exposto, único, em seu artigo 51º CRM o direito de
reunião e manifestação, ao afirmar que todos “Todos os cidadãos têm direito à liberdade de
reunião e manifestação nos termos da lei”. Ou seja, todos cidadãos, podem reunir-se
pacificamente em locais abertos ao público, não sendo necessária autorização e desde que
não frustrem outra reunião.
O que significa que se trata de um direito fundamental que é directamente aplicável, vincula
as entidades públicas e privadas, deve ser garantido pelo Estado e deve ser exercido no
quadro da Constituição e das leis, conforme se depreende do n.º 1 do artigo 56º da CRM.
Ora, retira-se da norma um entendimento de que, todos podem reunir-se pacificamente sem
qualquer tipo de autorização prévia do Estado e, se a constituição previu a norma, visa
proteger o direito fundamental de livre manifestação do pensamento e a participação activa
das pessoas nos assuntos públicos que forem de seu interesse.
Pode-se dizer que a acção estatal está submetida aos seguintes princípios fundamentais, que
são condicionantes de autoridade:
Legalidade, disposto no nº3 artigo 2º, Tit. I da CRM, sobre princípios fundamentais;
Isonomia, nº 4 artigo 2º, Tit. I da CRM. E, entende-se aqui um sentido amplo de
isonomia: tanto a formal como a material. ( de mesma lei, equidade, paridade,
equivalência e igualdade).
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a) Que não frustre outra reunião anteriormente marcada e não ofender (para o caso das públicas); e b) que a
autoridade competente seja previamente avisada da ocorrência da reunião; c) não ofender o bom nome do Chefe
de Estado e outros titulares dos órgãos de soberania; d) não aproximar edifícios do estado.
Ao analisar esse campo, pretende-se olhar as situações que tem vindo a ocorrer no pais,
sobretudo, a negação ou a forma de aceitação ao exercício do direito a reunião e manifestação
por parte da Policia. Ou seja, se a reunião e manifestação não for anuída por uma entidade
que reclama ser legitima, será considerada ilegal e consequentemente, concorrendo ao
excesso de força por parte da polícia dando a suspensão e detenção dos responsáveis, sem
indicar as disposições legais que lhes permitem a tomar a aquela atitude contra aquele direito
específico constitucionalmente consagrado (negação ao direito), que por vezes, resultam na
violação dos Direitos Humanos. Para além da Policia que actua ilegalmente (qualquer acto
praticado deve estar previsto em lei), encontra-se também a Autoridade Municipal da
Jurisdição, que com a sua forma diversa, por vezes fica no silêncio e demarcando-se como
não tivesse conhecimento (uma comunicação previa do evento).
Visto que, as normas constitucionais prevalecem sobre todas e qualquer restantes normas
jurídicas ordiarias (nº 4, do art. 2ººda CRM). O que, no seu entendimento, a norma do
legislador ordinário poderia evitar a sua posição de limitação, principalmente, na parte
temporal e nos demais argumentos infundados de que, a manifestação é ilegal, violando o
disposto no art. 56 da CRM.
Ademais, este direito importante, versa-se no Cap. I ss, que para a sua censura ou suspensão
deveria pautar-se com os ditames da própria constituição, conforme as disposições
conjugadas no art. 35, art. 48 nr 1 e 2, 56º , 59º do nr 1, e 72º ambos da CRM.º
Dever do estado
Nesta perspectiva, analisa-se o dever do poder público (Estado) em garantir a ordem moral de
cidadania, que concorre comunhão e coabitação nas divergências das várias sensibilidades
jurídicas e sociais. O exercício do direito à manifestação está regulado na Lei n.º 9/91, de 18
de Julho (Lei das Manifestações). A manifestação tem por finalidade a expressão pública de
uma vontade sobre assuntos políticos e sociais, de interesse público ou outros. É o que dispõe
o n.º 3 do artigo 2 da Lei das Manifestações.
Assim, trata-se, pois, de exercício de um direito que serve como um meio de supervisão da
Administração Pública ou da actividade do Estado pelo cidadão e é exercida nos processos de
planeamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação das acções de gestão pública e na
execução das políticas e programas públicos, visando o aperfeiçoamento da gestão pública à
legalidade e justiça e respeito pelos direitos humanos. Com isso, o Estado deve respeitar
a segurança jurídica prevista no artigo 51º conjugado com art. 56º ambos da CRM, e artigo
3 do artigo 2 da Lei das Manifestações. Isso, significa que o Estado não pode aproveitar e
aprovar lei (ordinária) que restrinja a liberdade do exercício do direito a manifestação
que é uma expressão ou a liberdade de crença prevista na Constituição.
Dai que, a norma constitucional prevalece com a função positiva, porque atribui maior peso
face as duas interpretações. Ou seja, a diferença das duas normas, é o fim da lei (a
necessidade social a que ela pretende dar) que qualifica a qualidade indicada.
Se se o art. 6º da lei de manifestação (in fine) considera aquele período expresso em lei
ordinária como requisito, colocam-se varias dúvidas contra a vontade e interesse do
legislador constitucional. Ainda, que fosse outro período devidamente justificado,
questionata-se o interesse e a mensagem que o legislador ordinário quer transmitir a cidadão
(Povo).
Porque, a interpretação constitucional, por vezes, não é necessário ir para além da letra e do
sentido evidente do seu texto. Contanto que, esta tem caracter supremo e, a norma ordinária
situa-se no espaço jurídico inferior quanto a sua valorização.
Ex: no tocante a horário inadequados para tanto, como a não fixação próximo a edifícios
publicos.
Outro importante ponto a ser destacado quando abordado o presente assunto se refere a
impunidade por aqueles (Policia e Municipio) que constantemente violam a lei e impede
desnecessariamente as liberdades dos cidadãos ao exercerem os seus direitos consagrados na
constituição.
Entretanto, isso não quer dizer que o direito à liberdade de cidadão é absoluto, inclusive, há
previsão de responsabilização por danos materiais e morais daquele que for responsável por
realizar manifestação contendo calúnia, injúria ou difamação. Porque, a disposição diz
claramente que direito à manifestação não se confunde com ofensas. (nº 2 do art.º 38º CRM)
Desta forma, o legislador ordinário poderia alinhar-se com a constituição facilitando o seu
exercício efectivo sem limitação, principalmente em proibir que (o Povo) não se reúna nos
dias normais de expedientes da semana e tanto como o seu período temporal, o que no
entendimento jurídico, o legislador ordinário foi pecador.
Conclusão
O direito à manifestação é extremamente amplo, igualmente a sua garantia constitucional.
Porém, deve-se respeitar os limites estabelecidos para que não traga prejuízos e lesões de
outros direitos fundamentais.
III. Metodologia
Conclusão
Este estudo pretende analisar a prática do Estado de Direito Democrático em Moçambique,
ou seja, o respeito aos direitos, liberdades e garantias fundamentais preconizados na
Constituição da República de Moçambique, procurando conhecer a génese do Estado de
direito democrático no seu contexto geral, compreender os elementos característicos do
Estado de direito democrático, por forma a poder situar o Estado de Direito Democrático na
Constituição de Moçambique, analisar a aplicação prática destas matérias inseridas na
Constituição da República de Moçambique , nas leis ordinárias moçambicanas, para o
benefício dos cidadãos.
Formas
Entre os vários tipos de manifestações, incluindo uma variedade de elementos, incluindo:
PROTESTO
O protesto expressa uma reação solitária ou em grupo, de caráter público, contra
um determinado evento.[1] Os manifestantes organizam um protesto como uma
maneira pública de que suas opiniões sejam ouvidas em uma tentativa de
influenciar a opinião de outras pessoas ou a política do governo,[2] ou podem
empreender a ação direta tentando, elas mesmas, decretar diretamente as
mudanças desejadas.
FORMAS DE PROTESTO
Perry Anderson
A origem das manifestações políticas
Perry Anderson, historiador e ensaísta político britânico, discute os motivos pelos quais as
pessoas se engajam em manifestações políticas. Segundo Anderson, o que politiza e mobiliza
as pessoas é a realidade em que as coisas pioram em vez de melhorarem. Não é a esperança
de crescimento, mas sim o sentimento de injustiça. Conferencista Fronteiras do Pensamento
2013.
ETMOLOGICAMENTE manifestação
Significado de Manifestação
substantivo feminino
Ação de tornar público; ato de expressar um pensamento, ideia, ponto de vista etc;
revelação: manifestação do pensamento. Ação de se expressar publicamente; ato de
tornar público.[Brasil] Conjunto de várias pessoas que, geralmente, se juntam para
expressar publicamente uma opinião, reivindicação, ideia, sentimento etc.
[Medicina] Revelação de uma doença e/ou perturbação através de um sintoma ou da
associação dos mesmos.
[Religião] Maneira com a qual Deus se utiliza para se comunicar com seu povo.
[Religião] Ação por meio da qual um iniciado e/ou médium recebe uma entidade
espiritual.Etimologia (origem da palavra manifestação). Do latim menifestatio.onis.
Sinônimos de Manifestação
Manifestação é sinônimo de: revelação, sintoma