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CAPITULO II

3. analise sobre a aceitação do exercico do direito a manifestação em mocambique face ao


art. 51 CRM e da lei ordinária

Tendo em vista que o objecto do estudo é a analisar os impactos jurídicos interpretativo


quanto a aceitação do exercico do direito a manifestação, que são movimentos debatidos à
luz do direito do indivíduo à liberdade, em especial a liberdade de manifestação do
pensamento, que, implicitamente, garante o direito ao protesto. A liberdade
é direito inerente ao ser humano, como seu titular único e deve ser protegido e tutelado pelo
Estado.

3.1 Exposição de conceitos

3.1.1 Direito a reunião e Manifestado

Antes de mais, importa fazer, expor sumariamente o conceito, funções, pressupostos,


elementos e quadro jurídico legal.

3.1.1.1 Direito a reunião

Reunião é o encontro de três ou mais pessoas com propósito de discutir alguns temas ou realizar alguma
atividade.

um direito que cada cidadão, ou grupo


Quanto ao “direito a reunião” entende-se como sendo
de cidadãos, tem de reunir, de se expressar e de se manifestar com os demais.
Constitui um pressuposto necessário da reflexão com os outros e da formação
e expressão da opinião pública, sendo uma liberdade essencial num Estado de
direito democrático.

3.1.1.2 Direito a Manifestado


Manifestarmento vem do verbo manifestar. O mesmo que: diremos, exporemos, expressaremos,
proferiremos, declararemos, revelaremos, divulgaremos, exteriorizaremos, publicaremos.

Em Direito Administrativo, parecer, opinião sobre determinado assunto.


Em Direito Processual, opinião da parte em actos do processo.
Em Direito Político, expressão de agrado ou desagrado em reuniões populares de natureza política.
Assim, o estudo acantona-se na terceira definição pelo facto de compaginar-se com a norma do
legislador constitucional. Que, sempre é visível na sociedade de hoje, porque tem sido um a reunião
pública, que passa a ser um exercício de manifestação. Onde os cidadãos têm
sempre o direito de se reunir e manifestar de forma pacífica e sem armas. O
exercício deste direito não carece de nenhuma autorização, mas pode exigir
comunicação prévia dos seus promotores às autoridades públicas.
Se olharmos olisticamente as duas teorias desse direito (Reuniao e Manidfestacao)
encontra-se uma semelhança na sua abordagem. Contudo, o que há em comum, é
das duas ser liberdades como direitos fundamentais.

O objetivo das reuniões são muito importantes para a comunicação e o relacionamento


interpessoal dentro das empresas. É nelas que se tem a oportunidade de estudar melhor os
assuntos de interesse comum. São actividades nas quais cada um deve trazer seu ponto de
vista e sua maneira de buscar a solução.

3.2 Pressupostos do direito a reunião e manifestação


Este direito compreende a liberdade de se reunir e manifestar, de não ser
perturbado por outrem no exercício desse direito e de escolher local, hora, forma e
conteúdo, sem prejuízo dos limites decorrentes do exercício de outros direitos
fundamentais. O direito de reunião pode ser exercido em privado ou em público e
não tem de pressupor a expressão de uma mensagem dirigida a terceiros, pelo que
pode servir objectivos muito variados.

3.1.1.2 Elementos ou requisitos do direito de reunião e manifestação


O exercício do direito de reunião e manifestscao ha três requisitos1: a) reunião sem armas;
b) reunião com fins lícitos; c) comunicação prévia à autoridade competente e realização nos
locais por ela designados, nos termos da lei específica.

Conforme Ana Paula Barcelos, trata-se de um “direito público subjetivo de grande


abrangência”. É ao mesmo tempo um direito individual e colectivo. A mesma autora elenca
elementos da reunião: 

 Pluralidade de participantes;
 Tempo de duração limitada;
 Ter um propósito determinado; 
 Ser lícito, pacífico e sem armas;
 Ocorrer em local delimitado em área certa. 

Não é necessária autorização de nenhuma autoridade para realizá-la, entretanto, é preciso


aviso prévio às autoridades para fins de organização.  Na prática, a tutela jurídica desse
direito é o mandado de segurança. 

3.3 Análise histórica das liberdades fundamentais

A luta histórica por um Estado de Direito, tiveram como percursores os filósofos gregos, esta
linha histórica, é considerada por alguns autores ter tido início em Roma com a instituição da
Lex Duodecim Tabularum2 de 450 a.C. e que preconizava a eliminação das diferenças de
classe.

Este instrumento é reconhecido como uma das mais antigas legislações, que deu origem ao
direito romano, visto que contribuiu para a consolidação do princípio da legalidade, com vista
a impedir o autoritarismo.

No entanto, muitos autores são unânimes em afirmar que é na Inglaterra, onde os primeiros
sinais de Estado de Direito foram positivados, através da Carta Magna de 1215, promovida
pelos barões ingleses contra os monarcas e que culminou na limitação de alguns dos seus
poderes, pela instituição de alguns direitos e liberdades, a introdução e modificação
1
Art. Da lei
2
Lei de doze tábuas
do habeas corpus3 que, permitiu o devido processo legal, positivou o direito e todas as
gerações de direitos de que se fala hoje. Ou seja, a Carta Magna de Ingelaterra foi
fundamental na hierarizacao para a criação de um Estado dEmoctaiao que preze na
actualidade, como o fogo é o reconhecimento das variadas liberdades fundamentais.

Pois, o Estado de direito democrático é desta forma um conceito que procura melhorar a
sua conceção inicial defendida pelo liberalismo, de proteção dos direitos de propriedade,
acautelando não só esses direitos como também defendendo, através da lei outros direitos
fundamentais que garantem o principio da dignidade humana, que significa reconhecer o
ser humano igual a nós próprios e por isso, tratá-lo com o respeito que desejamos ser
dados.(art. 3º da CRM)

Segundo Dallari (2000) define o Estado como sendo “a ordem jurídica soberana que tem por
fim o bem comum de um povo situado em determinado território”. No sentido de direito, o
Estado de direito significa aquele em que a lei é sua base para a atuação, portanto, vigora a
lei. No sentido de democracia, o Estado democrático significa que as pessoas que exercem as
funções do Estado são eleitas por voto secreto.

IV. A legitimidade do exercício do direito a manifestado na vigência do Estado


de Direito Democrático em Moçambique

Com a interdependência de Moçambique em 1975, tendo entrado em vigor a primeira


Constituição da República, que durou 15 anos, revelava uma ausência de liberdades
fundamentais no seu texto constitucional. Em 1990 entrou em vigor uma nova Constituição
que contribuiu na alteração da ordem política, social e económica do país, com a implantação
de um Estado Multipartidarismo 4, e que veio a ser melhorada com a Constituição de 2004 e,
revista em 2018. 

Portanto, ao se analisar com os diferentes textos constitucionais que contribuíram na


formalização e consolidação do Estado de Direito Democrático do país, pretende-se que, os
direitos de liberdade que defendemos hoje, resulta do texto constitucional (de 1990) como
sendo a norma já absorvida para todos os efeitos que, a sua garantia poderia ser o único no
espirito do legislador constitucional para evitar a violação das liberdades nele contido.

Ao ver do proponente, é que o direito à liberdade prevista no art. 51º CRM, significou uma
grande conquista para os cidadãos, visto que criou condições para o acesso à reunião e
manifestação, possibilitando assim a diversidade de opiniões e consequentemente melhores
formas interventivas da sociedade, de articular de forma eficaz ideias e desejos e de ser parte
activa, nas decisões que interessam à colectividade.

Segundo o seu entendimento, os traços característicos do regime de Direito Democrático 


elencados na  Constituição em vigor são: Estado democrático e de justiça social, significando
que as acções do Estado devem sempre ter em conta, o respeito e a satisfação dos interesses
da colectividade; a soberania que reside no povo e  que o faz através do voto, para a escolha
dos seus representantes; a subordinação do Estado à Constituição e a actuação dos seus
representantes com base  na legalidade; a Constituição considerada como a lei suprema de
todas as leis do país; a garantia dos direitos e liberdades fundamentais aos cidadãos; o

3
Instrumento processual para salvaguardar um direito violado pelos tribunais
4
Para acomodar as regras do Acordo Geral de Paz de Roma de 1992 e das 1ª Eleições em 1994
pluralismo politico e jurídico e a separação e interdependência de poderes, Executivo,
legislativo e judiciário.

Assim, com o entendimento acima exposto, significa que o Estado deve servir ao Cidadão e
não o inverso.

Se a Lei Mãe garante, conforme já exposto, único, em seu artigo 51º CRM o direito de
reunião e manifestação, ao afirmar que todos “Todos os cidadãos têm direito à liberdade de
reunião e manifestação nos termos da lei”. Ou seja, todos cidadãos, podem reunir-se
pacificamente em locais abertos ao público, não sendo necessária autorização e desde que
não frustrem outra reunião. 
O que significa que se trata de um direito fundamental que é directamente aplicável, vincula
as entidades públicas e privadas, deve ser garantido pelo Estado e deve ser exercido no
quadro da Constituição e das leis, conforme se depreende do n.º 1 do artigo 56º da CRM.
Ora, retira-se da norma um entendimento de que, todos podem reunir-se pacificamente sem
qualquer tipo de autorização prévia do Estado e, se a constituição previu a norma, visa
proteger o direito fundamental de livre manifestação do pensamento e a participação activa
das pessoas nos assuntos públicos que forem de seu interesse.

Limites ou Restrições para a ação estatal do direito à


manifestação 
Esse conjunto de direitos e liberdades aqui expostos e garantidos constitucionalmente não
pode ser invadido por ninguém, inclusive pelo Estado que não poderá ultrapassar as fronteiras
previstas a cada um desses direitos. Mesmo quando for possível alguma forma de restrição,
esta deverá respeitar o núcleo do direito, bem como o princípio que rege a dimensão de tal
direito. O que quer dizer, os limites do exercício do direito de reunião e manifestação, só
poderia ocorrer nos termos dos art. 4º e 5º da Lei da manifestação, que estabelece os limites
ou restrições do exercício da liberdade de reunião e manifestação5.

Pode-se dizer que a acção estatal está submetida aos seguintes princípios fundamentais, que
são condicionantes de autoridade: 
 Legalidade, disposto no nº3 artigo 2º, Tit. I da CRM, sobre princípios fundamentais;
 Isonomia, nº 4 artigo 2º, Tit. I da CRM. E, entende-se aqui um sentido amplo de
isonomia: tanto a formal como a material. ( de mesma lei, equidade, paridade,
equivalência e igualdade).

5
a) Que não frustre outra reunião anteriormente marcada e não ofender (para o caso das públicas); e b) que a
autoridade competente seja previamente avisada da ocorrência da reunião; c) não ofender o bom nome do Chefe
de Estado e outros titulares dos órgãos de soberania; d) não aproximar edifícios do estado.
Ao analisar esse campo, pretende-se olhar as situações que tem vindo a ocorrer no pais,
sobretudo, a negação ou a forma de aceitação ao exercício do direito a reunião e manifestação
por parte da Policia. Ou seja, se a reunião e manifestação não for anuída por uma entidade
que reclama ser legitima, será considerada ilegal e consequentemente, concorrendo ao
excesso de força por parte da polícia dando a suspensão e detenção dos responsáveis, sem
indicar as disposições legais que lhes permitem a tomar a aquela atitude contra aquele direito
específico constitucionalmente consagrado (negação ao direito), que por vezes, resultam na
violação dos Direitos Humanos. Para além da Policia que actua ilegalmente (qualquer acto
praticado deve estar  previsto em lei), encontra-se também a Autoridade Municipal da
Jurisdição, que com a sua forma diversa, por vezes fica no silêncio e demarcando-se como
não tivesse conhecimento (uma comunicação previa do evento).
Visto que, as normas constitucionais prevalecem sobre todas e qualquer restantes normas
jurídicas ordiarias (nº 4, do art. 2ººda CRM). O que, no seu entendimento, a norma do
legislador ordinário poderia evitar a sua posição de limitação, principalmente, na parte
temporal e nos demais argumentos infundados de que, a manifestação é ilegal, violando o
disposto no art. 56 da CRM.
Ademais, este direito importante, versa-se no Cap. I ss, que para a sua censura ou suspensão
deveria pautar-se com os ditames da própria constituição, conforme as disposições
conjugadas no art. 35, art. 48 nr 1 e 2, 56º , 59º do nr 1, e 72º ambos da CRM.º

Dever do estado

A razoabilidade e proporcionalidade são princípios que também devem ser respeitados por


toda e qualquer ação do Estado, nos termos do artigo 3º e 59º da CRM. 

Nesta perspectiva, analisa-se o dever do poder público (Estado) em garantir a ordem moral de
cidadania, que concorre comunhão e coabitação nas divergências das várias sensibilidades
jurídicas e sociais. O exercício do direito à manifestação está regulado na Lei n.º 9/91, de 18
de Julho (Lei das Manifestações). A manifestação tem por finalidade a expressão pública de
uma vontade sobre assuntos políticos e sociais, de interesse público ou outros. É o que dispõe
o n.º 3 do artigo 2 da Lei das Manifestações.

Assim, trata-se, pois, de exercício de um direito que serve como um meio de supervisão da
Administração Pública ou da actividade do Estado pelo cidadão e é exercida nos processos de
planeamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação das acções de gestão pública e na
execução das políticas e programas públicos, visando o aperfeiçoamento da gestão pública à
legalidade e justiça e respeito pelos direitos humanos. Com isso, o Estado deve respeitar
a segurança jurídica prevista no artigo 51º conjugado com art. 56º ambos da CRM, e artigo
3 do artigo 2 da Lei das Manifestações. Isso, significa que o Estado não pode aproveitar e
aprovar lei (ordinária) que restrinja a liberdade do exercício do direito a manifestação
que é uma expressão ou a liberdade de crença prevista na Constituição.

Dai que, a norma constitucional prevalece com a função positiva, porque atribui maior peso
face as duas interpretações. Ou seja, a diferença das duas normas, é o fim da lei (a
necessidade social a que ela pretende dar) que qualifica a qualidade indicada.

Em relação a censura e regulamentação

No que diz respeito a censura de natureza política, ideológica ou social é vedada qualquer


forma de limitação prévia, porém, é possível que lei ordinária regulamente a realização
daquele direito constitucional, facilitando a sua materialização e não de outra forma como
previsto na lei ordinária (Lei 9/91 de 18 de Julho), ao estabelecer o período de efectivacao. O
que, no entendimento do proponente, traz obstáculo por ser um facto problemático originado
pela limitação e que, para além de criar mecanismos de facilidade a sua implementação,
revela impedimento taxativo ao estabelecer a limitação temporal por exemplo, em que a
reunião e manifestação só poderão ter lugar aos sábados, domingos e feriados, e nos
restastes dias depois das dezassete horas, até às zero boras e trinta minutos. (art. 6º da Lei
9/91 de 18 de Julho).

Se se o art. 6º da lei de manifestação (in fine) considera aquele período expresso em lei
ordinária como requisito, colocam-se varias dúvidas contra a vontade e interesse do
legislador constitucional. Ainda, que fosse outro período devidamente justificado,
questionata-se o interesse e a mensagem que o legislador ordinário quer transmitir a cidadão
(Povo).

Porque, a interpretação constitucional, por vezes, não é necessário ir para além da letra e do
sentido evidente do seu texto. Contanto que, esta tem caracter supremo e, a norma ordinária
situa-se no espaço jurídico inferior quanto a sua valorização.

Ex: no tocante a horário inadequados para tanto, como a não fixação próximo a edifícios
publicos. 
Outro importante ponto a ser destacado quando abordado o presente assunto se refere a
impunidade por aqueles (Policia e Municipio) que constantemente violam a lei e impede
desnecessariamente as liberdades dos cidadãos ao exercerem os seus direitos consagrados na
constituição.

Porque, ao estabelecer no seu art. 56 e 72 da CRM, presumme’se que as normas visam


protelar a violação de diversa forma e consequente a reparação do sujeito ofendido, ou seja,
que teve algum bem jurídico constitucionalmente assegurado, lesado tendo sofrido, portanto,
prejuízos. A reparação pode ser feita de forma econômica ou até mesmo através do direito de
resposta. 

Referente a  calúnia, injúria ou difamação

A Constituição de Moçambique repele veementemente a censura prévia e, o carácter


preventivo é característico da censura prévia. No caso especifico, o direito de manifestação
acautela situações de tais natureza, conforme previsto nos art. 4º e 5º da Lei da manifestação,
ao estabelecer os limites ou restrições do exercício da liberdade de reunião e manifestação,
que traz duas condicionantes cumulativas e de aplicação imediata ao exercício do direito de
reunião6. Também a constituição faz menção situações deste ponto nos termos do art. 41º.

Entretanto, isso não quer dizer que o direito à liberdade de cidadão é absoluto, inclusive, há
previsão de responsabilização por danos materiais e morais daquele que for responsável por
realizar manifestação contendo calúnia, injúria ou difamação. Porque, a disposição diz
claramente que direito à manifestação não se confunde com ofensas. (nº 2 do art.º 38º CRM)

Ex: vedada manifestação em anonimato.

Principais dúvidas sobre direito à manifestação 


As principais dúvidas sobre direito à manifestação em Moçambique, consiste no modo de
aceitação, sobretudo das Autoridades que tem o poder de diverso nível. Por vezes choca com
o previsto na constituição.

a) O caracter de livre o direito de manifestação vs a lei ordinaria

O direito à manifestação é a garantia constitucional à livre manifestação do


pensamento do cidadão, disposto no art.º 51º da Constituição da Republica, este
direito é um dos pilares da democracia.

Quanto a liberdade de manifestação, é o direito de manifestar o pensamento, criação,


expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo. 

Assim, O direito à manifestação é livre e compõem os pilares da democracia. Porém, apesar


de livre, é importante ressaltar que a manifestação não pode infringir outros direitos, que
6
a) Que não frustre outra reunião anteriormente marcada e não ofender (para o caso das públicas); e b) que a
autoridade competente seja previamente avisada da ocorrência da reunião; c) não ofender o bom nome do Chefe
de Estado e outros titulares dos órgãos de soberania; d) não aproximar edifícios do estado.
também são assegurados pela Constituição, conforme previsto no art. 56º. Sendo uma
garantia constitucional, a efetivação já esta declarada e que no entendimento do proponente
"lact sensu" todos podem reunir-se pacificamente, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização.

Desta forma, o legislador ordinário poderia alinhar-se com a constituição facilitando o seu
exercício efectivo sem limitação, principalmente em proibir que (o Povo) não se reúna nos
dias normais de expedientes da semana e tanto como o seu período temporal, o que no
entendimento jurídico, o legislador ordinário foi pecador.

Conclusão
O direito à manifestação é extremamente amplo, igualmente a sua garantia constitucional.
Porém, deve-se respeitar os limites estabelecidos para que não traga prejuízos e lesões de
outros direitos fundamentais. 

III. Metodologia

Para a determinação da Prática do Estado de Direito Democrático em Moçambique o estudo


faz uma análise da História do Direito Democrático no seu contexto constitucional. O Estudo
faz ainda a análise de eventos o corridosno pais relatiavente a ipedidmentos e dos relatórios e
debates de diferentes plataformas da Sociedade civil, sobre a matéria em estudo. Serão feitas
mais pesquisas junto as instituições que lidam com a matéria, em particular a procuradoria da
República, a Comissão e/ou Liga Nacional Moçambicana de Direitos humanos, a Liga
Moçambicana dos Direitos Humanos, a Ordem dos Advogados, etc. através de, ferramentas
de recolha de dados da pesquisa. O presente estudo vai ainda analisar demais legislação
nacional, e internacional sobre a matéria. O estudo tem como principais atividades previstas,
para pesquisa: localização, estudo e análise da documentação, fontes de dados e informações
relevantes; Elaboração das ferramentas de levantamento de dados; Envio do questionário às
instituições e singulares previamente identificadas, acompanhamento à distância do
preenchimento do questionário; entrevistas personalizadas. 

Conclusão

A liberdade política e os direitos e liberdades fundamentais, são elementos indissociáveis


para a construção de uma sociedade que respeita os direitos humanos e, portanto, de um
Estado de direito democrático. Um Estado que não respeita os direitos e liberdades
fundamentais dos indivíduos, por mais que formal e politicamente se defina como um Estado
de Direito Democrático é um Estado absolutista ou autoritário. Assim, da análise que se faz
aos textos constitucionais moçambicanos, em particular a Constituição em vigor, de 2004
revista em 2018, conclui-se que formalmente há elementos que configuram o Estado de
Direito Democrático em Moçambique. No entanto, sua prática ainda é um desafio, visto que
as instituições de defesa, segurança e justiça, por estarem, por força da lei mãe, subordinadas
ao Presidente da República, que ao mesmo tempo é chefe do Estado e Presidente do partido
no poder, no nosso entendimento não são totalmente democráticas. Por isso, para a efetivação
do Estado de Direito democrático em Moçambique há necessidade de  reformular os nºs 02
dos artigos 225º e 228º; nº 1 do artigo 238º; a alínea a) do artigo 241º, que preconizam a
nomeação de presidentes dos tribunais Supremo, Administrativo e Presidente do Conselho
Constitucional respetivamente, pelo presidente da República, passando estes a ser nomeados,
como acontece em sociedades  que respeitam e observam  o  Estado de Direito, pelo
Conselho colegial de juízes da magistratura judicial ou outro órgão independente.

CONST O que é direito de reunião?


A LIBERDADE DE REUNIÃO NA CONSTITUIÇÃO

 
Este estudo pretende analisar a prática do Estado de Direito Democrático em Moçambique,
ou seja, o respeito aos direitos, liberdades e garantias fundamentais preconizados na
Constituição da República de Moçambique, procurando conhecer a génese do Estado de
direito democrático no seu contexto geral, compreender os elementos característicos do
Estado de direito democrático, por forma a poder situar o Estado de Direito Democrático na
Constituição de Moçambique, analisar a aplicação prática destas matérias inseridas na
Constituição da República de Moçambique , nas leis ordinárias moçambicanas, para o
benefício dos cidadãos.

Manifestação é um ato coletivo em que os cidadãos se reúnem publicamente para expressar


uma opinião pública. É habitual que se atribua a uma manifestação um êxito tanto maior quanto
maior o número de participantes. O objeto das manifestações são, em geral, tópicos de
natureza política, econômica e social. Em muitos países, manifestações populares de protesto
são muitas vezes tratadas pelos governos como atos de perturbação da ordem
pública eventualmente associadas a terrorismo.[1][2][3][4][5][6]

Formas
Entre os vários tipos de manifestações, incluindo uma variedade de elementos, incluindo:

 Escracho - concentração de manifestantes diante do domicílio ou do lugar de trabalho de


alguém que é alvo de denúncia ou protesto ;
 Marcha ou passeata - manifestação em que os participantes caminham juntos em direção a
determinado local associado às reivindicações ou ao motivo do protesto;
 Piquete - manifestantes bloqueiam o acesso a um local específico ou a uma via pública;
 Protesto nu - manifestantes marcham sem roupas;
 Protesto sentado - pessoas sentam-se no chão, ocupando determinada área.

PROTESTO
O protesto expressa uma reação solitária ou em grupo, de caráter público, contra
um determinado evento.[1] Os manifestantes organizam um protesto como uma
maneira pública de que suas opiniões sejam ouvidas em uma tentativa de
influenciar a opinião de outras pessoas ou a política do governo,[2] ou podem
empreender a ação direta tentando, elas mesmas, decretar diretamente as
mudanças desejadas.

 FORMAS DE PROTESTO

 Manifestações públicas - Incluem marchas, Piquete de greves, protestos de


ruas, greves, die-in (simulação de mortes), cantos, utilização de veículos
(especialmente bicicletas).
 Desobediência civil - Incluem interrupção de tráfego, nudez pública e gestos
obscenos.
 Destrutivos - Distúrbios, suicídios, autoimolação, greve de fome e uso de
bombas.
 Ações diretas - Resistência civil, resistência não violenta, ocupação.

Perry Anderson
A origem das manifestações políticas
Perry Anderson, historiador e ensaísta político britânico, discute os motivos pelos quais as
pessoas se engajam em manifestações políticas. Segundo Anderson, o que politiza e mobiliza
as pessoas é a realidade em que as coisas pioram em vez de melhorarem. Não é a esperança
de crescimento, mas sim o sentimento de injustiça. Conferencista Fronteiras do Pensamento
2013.

ETMOLOGICAMENTE manifestação
Significado de Manifestação
substantivo feminino
Ação de tornar público; ato de expressar um pensamento, ideia, ponto de vista etc;
revelação: manifestação do pensamento. Ação de se expressar publicamente; ato de
tornar público.[Brasil] Conjunto de várias pessoas que, geralmente, se juntam para
expressar publicamente uma opinião, reivindicação, ideia, sentimento etc.
[Medicina] Revelação de uma doença e/ou perturbação através de um sintoma ou da
associação dos mesmos.
[Religião] Maneira com a qual Deus se utiliza para se comunicar com seu povo.
[Religião] Ação por meio da qual um iniciado e/ou médium recebe uma entidade
espiritual.Etimologia (origem da palavra manifestação). Do latim menifestatio.onis.
Sinônimos de Manifestação
Manifestação é sinônimo de: revelação, sintoma

DEFINIR MANISFETACAO EM FILOSOFIA


Quais as manifestações do pensamento filosófico?
Ela pode se voltar para qualquer objeto: pode pensar sobre a ciência, seus valores e
seus métodos; pode pensar sobre a religião, a arte; o próprio homem, em sua vida
cotidiana. Uma história em quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto da
reflexão filosófica.

O direito de resposta se manifesta na ação de replicar ou de retificar


matéria publicada e é exercitável por parte daquele que se vê ofendido
em sua honra objetiva, ou então subjetiva, à luz do disposto no artigo 5º,
V, da Constituição Federal.

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