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DE MORRUMBALA
Resumo
O presente artigo científico traz uma reflexão sobre auditoria interna da gestão financeira na
Secretaria Distrital de Morrumbala. O objectivo desta pesquisa é avaliar a auditoria interna da
gestão financeira na Secretaria Distrital de Morrumbala. A auditoria consiste em controlar
áreas-chaves nas organizações para que se possam evitar situações que provoquem fráudes,
desfalques e subornos, por meio de verificações regulares nos controles internos específicos
de cada organização. De acordo com o inquérito realizado na Secretaria Distrital de
Morrumbala (SDM), particularmente no sector de planificação e finanças, verifica-se que não
se realiza frequentemente a auditoria interna para melhor gestão de finanças públicas. Este
factor condiciona possivelmente à ocorrência de falta de transparência na gestão de finanças
públicas, corrupção, desvio de fundos, desfalques, qualidade dos serviços prestados etc.
Diante deste pressuposto, surge a seguinte questão: até que ponto a auditoria interna pode
melhorar a gestão financeira na Secretaria Distrital de Morrumbala? No que concerne a
metodologia utilizada, aplicou-se a pesquisa qualitativa, que melhor permitiu a análise dos
resultados. Para a melhoria de gestão de finanças públicas na SDM, o sector de finanças deve
planificar e executar a auditoria financeira sempre que possível, pois, é através deste processo
que se pode evitar questões ligadas a má gestão de fundos, falta de transparência e garantir-se-
á a gestão participativa.
Palavras chave: auditoria; gestão; finanças públicas.
Abstract
This scientific article brings a reflection on the internal audit of financial management in the
District Secretariat of Morrumbala. The objective of this research is to evaluate the internal
audit of financial management in the District Secretariat of Morrumbala. Auditing consists of
controlling key areas in organizations so that situations that cause fraud, embezzlement and
bribery can be avoided, through regular checks on the specific internal controls of each
organization. According to the survey carried out at the District Secretariat of Morrumbala
(SDM), particularly in the planning and finance sector, it appears that internal auditing is not
carried out frequently to improve public finance management. This factor possibly conditions
the occurrence of a lack of transparency in the management of public finances, corruption,
embezzlement, embezzlement, quality of services provided, etc. Given this assumption, the
following question arises: to what extent can internal audit improve financial management in
the District Secretariat of Morrumbala? Regarding the methodology used, qualitative research
was applied, which better allowed the analysis of results. For the improvement of public
financial management in the SDM, the finance sector should plan and execute the financial
audit whenever possible, as it is through this process that issues related to mismanagement of
funds, lack of transparency and guarantee can be avoided. participatory management will take
place.
Keywords: audit; management; public finances.
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1. Introdução
Actualmente tornou-se cada vez mais difícil o controlo das actividades das entidades públicas
devido ao crescimento destas, quer em termos de tamanho, quer na diversificação das suas
operações. A responsabilidade cada vez mais acrescida é depositada a auditoria interna,
considerada como mecanismo de resposta aos problemas relacionados com a corrupção,
desvios de fundos e erros de procedimentos administrativos na gestão financeira e orçamental
de uma instituição pública.
A auditoria interna tem sido objecto de crescente interesse a nível mundial, sobretudo nos
países desenvolvidos, justificado pelas evidências de irregularidades na gestão dos recursos
públicos. Actualmente tornou-se cada vez mais difícil o controlo das actividades das entidades
públicas devido ao crescimento destas, quer em termos de tamanho, quer na diversificação das
suas operações. A responsabilidade cada vez mais acrescida é depositada a auditoria interna,
considerada como mecanismo de resposta aos problemas relacionados com a corrupção,
desvios de fundos e erros de procedimentos administrativos.
Apesar do quadro acima nos conduzir para uma indicação de melhoria dos processos
relacionados com gestão nas organizações públicas, o fortalecimento de mecanismos
institucionais e aprovação de um pacote de legislação visando assegurar a integridade, o
combate a corrupção e uma maior responsabilização e prestação de contas na administração
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pública, a prática mostra que os instrumentos e mecanismos legais acima indicados e no caso
concreto da auditoria interna ainda não constituem um meio eficaz e eficiente para o controlo
da má gestão do orçamento, sobretudo no que concerne aos possíveis desvio de fundos e
transparência do mesmo na Secretaria Distrital de Morrumbala, na província da Zambézia.
Ademais, a Seretaria Distritral de Morrumbala não realiza constantemente a auditoria interna
dentro da organização, sendo que passam mais tempo executando os serviços internos e sem
maior tempo de análise dos mesmos em forma de auditoria. Diante deste problema, surge a
seguinte questão: até que ponto a auditoria interna pode melhorar a gestão financeira na
Secretaria Distrital de Morrumbala?
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2. Auditoria Interna da Gestão Financeira
Gomes et al. (2009) referem que a auditoria consiste em controlar áreas-chaves nas
organizações para que se possam evitar situações que provoquem fraudes, desfalques e
subornos, por meio de verificações regulares nos controles internos específicos de cada
organização (p. 2).
Realizada dentro da empresa, esta auditoria examina as actividades mais detalhadas, verifica o
andamento de cada processo, departamento ou sector. É feita a pedido da gerência por um
determinado período, em alguns casos são executadas várias vezes no ano.
De acordo com Almeida (2012) auditoria interna é uma função de avaliação independente,
tradicionalmente feita por funcionários da organização, estabelecidos dentro da mesma com
intuito de avaliar as suas actividades, fornecendo-lhes as análises, avaliações, recomendações,
conselhos e informações relacionas com as actividades realizadas. (p. 17).
Crepaldi (2006) destaca que auditoria interna é um conjunto de procedimentos que tem por
objectivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controlos internos e das
informações físicas, contabilísticas, financeiras e operacionais da entidade. (p. 17).
Pinheiro (2014) apresenta o conceito de auditoria interna num contexto moderno referindo
que visa essencialmente indicar os meios de operacionalizar a mudança no seio da
organização ao revelar as informações escritas no seio da organização e demostra as relações
de coerência e incoerência com as políticas estabelecidas pela gestão, a auditoria interna
exerce um papel pedagógico mais actuante com a adopção de medidas que mitiguem o risco
negativo. (p. 33).
Castro (2010), afirma que a auditoria interna compreendem os exames, análises, avaliações,
levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da
integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de
informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gestão de riscos, com vistas
a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objectivos. (p. 385).
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2.1.1 Etapas da auditoria interna
Para que o auditor interno tenha sucesso em seu trabalho, é importante seguir alguns passos
na realização da auditoria interna. Cada etapa deve ser observada anteriormente para evitar
técnicas inadequadas e desperdício de tempo. Antes de tudo, segundo Castro (2010) “o
auditor deve fazer um plano geral, que se resume em três principais razões: mudar uma
realidade, cumprir uma finalidade ou organizar uma actividade”. Este planejamento recebeu o
nome de plano estratégico, ou seja, um método consecutivo, ter em vista o futuro, mas agindo
desde as decisões actuais.
Segundo Franco e Marra (2009) tem uma afirmação sobre a tempestividade dos controles
internos dentro das organizações, o principal meio de controle de que dispõe uma
administração é a contabilidade. (p. 267). Esta, entretanto, através da escrituração, registra os
factos após sua ocorrência (controle consequente), enquanto em outros meios de controle são
utilizados para constatar a ocorrência no momento em que ela se verifica (controle
concomitante), existindo ainda aqueles que preveem a ocorrência do facto por antecipação
(controle antecedente).
Várias pesquisas apontam também que não adianta realizar controles na empresa, se estes não
são verificados constantemente, buscando a sua efectividade.
Essas técnicas procuram a veracidade dos fatos, provando que toda a escrituração contábil e
as informações geradas pelos controles internos são reais e transparentes, para que o gestor
realize ajustes necessários.
Segundo Franco e Marra (2009) os métodos usados na auditoria interna incluem os seguintes
procedimentos: confirmação externa (circularização); inspecção física; contagem dos itens
físicos; exame, ou obtenção, de comprovantes autênticos; revisão profunda dos critérios de
avaliação e exame de sua conformidade com os princípios contábeis; exame de registros
auxiliares e fiscais e sua repercussão nos registros contábeis principais; obtenção de
informações de várias fontes fidedignas e cruzamento destas informações; conferência de
somas e cálculos; estudo dos métodos operacionais; avaliação dos controles internos. (p. 298).
Durante a execução do trabalho, o auditor utiliza os papéis de trabalho, que são documentos
contendo informações, descrição de como o trabalho foi realizado e as conclusões obtidas. Os
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procedimentos citados acima contribuem na conferência e comparação entre os saldos das
contas, gerando relatórios que servirão de base para a opinião do auditor.
Segundo Silva (2017) as características das demonstrações financeiras para o controlo interno
são: Procedimentos básicos da contabilidade, o regime de competência, as transações
contábeis devem ser reconhecidas e divulgadas quando ocorrem e não em função do fluxo
financeiro (pagamento ou recebimento). Continuidade: as demonstrações financeiras devem
ser elaboradas conspirando que a entidade continuará em operação. (p. 21).
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A técnica estabelecida pelos auditores financeiros consiste em estabelecer relações entre
contas e agrupamentos de contas do Balanço e de Demonstração de resultados entre outras
grandezas económico–financeiras.
A gestão de finanças públicas é um aspecto muito complexo numa organização. Para que ela
seja administrada de forma adequada é necessário a implementação de auditoria interna, pois,
garante-se a a transparência, combate a corrupção e evita uso irracional de orçamentos da
própria Secretaria Distrital de Morrumbala.
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Ademais, a auditoria interna de gestão de finanças na SDM para além de trazer boas práticas
de gestão de finanças que evite a corrupção, desvios e má gestão de fundos, irá permitir que o
administrador da organização tenha informações de formas como estão sendo geridas a sua
organização.
Na última questão colocada aos funcionários da SDM procurou-se saber se a auditoria interna
melhora a gestão de finanças. No entanto, 3 destes afirmaram que a melhoria de auditoria na
gestão de finanças relaciona-se com a prática de combate a corrupção e má gestão de fundos
internos. Dois (2) deles responderam que a auditoria garante a transparência na gestão de
fundos. Neste sentido, pode se inferir que a auditoria interna garante maior eficácia na gestão
de fundos e finanças públicas, devido a descentralização que se verifica na escala da função
pública. Devido a esta descentralização, a auditoria interna é que tem mais impacto que
externa, na gestão de finanças públicas de modo a tornar a gestão um processo eficaz.
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3. Considerações e Sugestões Finais
Esta pesquisa trouxe uma reflexão sobre a auditoria interna da gestão de finanças na
Secretaria Distrital de Morrumbala. Teve por objectivo geral avaliar a auditoria interna da
gestão de finanças na Secretaria Distrital de Morrumbala. auditoria interna é uma função de
avaliação independente, tradicionalmente feita por funcionários da organização, estabelecidos
dentro da mesma com intuito de avaliar as suas actividades, fornecendo-lhes as análises,
avaliações, recomendações, conselhos e informações relacionas com as actividades realizadas.
Com esta sugestão entende-se que o trabalho atingiu o seu objetivo de maneira plena, uma vez
que sua proposta vem de encontro com o que afirmam os principais autores relacionados à
auditoria e também por entender que, ainda que o controle interno da Secretaria Distrital de
Morrumbala esteja sendo ineficaz no controle quotidiano, a necessidade de uma auditoria
interna seja uma realidade para esta organização, atendendo a requisitos de auditoria que
promovem uma visão mais precisa dos seus meios financeiros para a produtividade na gestão
financeira e orçamental.
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Referências Bibliográficas
Almeida, Bruno (2012). Manual de Auditoria Financeira: Uma análise integrada baseada no
risco. 1ª ed. Lisboa: Escolar Editora.
Castro, D. P. (2010) Auditoria, Contabilidade e Controle Interno no Setor Público. 3ª ed. São
Paulo: Atlas.
Crepaldi, S. A. (2006) Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 5ªed. São Paulo: Atlas.
Pinheiro, J. L. (2014). Auditoria Interna – Manual Prático para Auditores Internos. Uma
abordagem proactiva e a Evolução Necessária. 3a ed. Lisboa: Reis dos Livros.
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