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UNIC RONDONÓPOLIS – FLORIANO PEIXOTO

FAIESP - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto

Portaria de Recredenciamento nº 597 de 08/08/2013

CASSIA LOPES SANTANA

AUDITORIA INTERNA NAS EMPRESAS DE PEQUENO


PORTE

RONDONÓPOLIS
2018
UNIC RONDONÓPOLIS – FLORIANO PEIXOTO

FAIESP - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto

Portaria de Recredenciamento nº 597 de 08/08/2013

cassia lopes santana

AUDITORIA INTERNA NAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

Projeto apresentado ao Curso de


(ciências contábeis) da Instituição (Unic
Educacional LTDA).
Orientador: (Samira Gomes)

Cidade
2018
UNIC RONDONÓPOLIS – FLORIANO PEIXOTO

FAIESP - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto

Portaria de Recredenciamento nº 597 de 08/08/2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................4
1.1 O PROBLEMA.............................................................................................5
2 OBJETIVOS...................................................................................................5
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO............................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS.....................................6
3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................7
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................8
5 METODOLOGIA...........................................................................................12
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO................................................13
REFERÊNCIAS...............................................................................................14
1 INTRODUÇÃO

Segundo dados históricos a auditoria surgiu em meados do século XIV na


Inglaterra, porém chegou ao Brasil por volta do ano de 1949, ela surgiu no intuito
esclarecer para os s gestores e administradores a real situação da empresa em seus
diversos departamentos, sejam eles, operacionais, financeiros, logísticos, entre
outros. A auditoria interna tem a função de assessoramento à alta administração das
empresas para o cumprimento da missão da organização, para isso ela precisa estar
com suporte adequado para que possa cumprir seu papel com eficiência e eficácia.
O papel a da auditoria interna resume-se em identificar risco e falhas de controles
nos trabalhos da empresa.
Dessa forma a auditoria desenvolve um plano de ação que auxilie a
organização a alcançar seus objetivos. Entende-se que o objetivo geral da auditoria
interna é avaliar e prestar ajuda a administração e desenvolver adequadamente
suas atribuições, proporcionando-lhes análises, recomendações e comentários
objetivos acerca das atividades examinadas.
O presente estudo abordou a relevância da Auditoria interna nas empresas de
um modo geral, já que, há um elevado índice de reclamatórias e multas trabalhistas
em várias delas. Esta ferramenta é indispensável na gestão de qualquer empresa,
seja ela de pequeno ou grande porte, porque é a auditoria que realiza a análise da
adequação dos mecanismos de controle, visando maior segurança patrimonial e
confiabilidade nos relatórios contábeis e gerenciais. Neste sentido o problema de
pesquisa questionou: O sistema de auditoria interna pode monitorar as empresas de
pequeno porte?
O objetivo geral buscou apontar a utilização do papel da auditoria interna nas
empresas de pequeno porte. Os objetivos específicos buscaram descrever o papel
da auditoria interna nas empresas de pequeno porte, demonstrar importância da
auditoria interna, dentro das empresas de pequeno porte e apontar um levantamento
da bibliografia da auditoria interna e toda sua história.
O trabalho se faz importante porque é um tema que contribui com os
administradores nas atividades desenvolvidas dentro das empresas, contendo um
maior planejamento e trazendo grande eficácia para a Contabilidade, com o foco
dentro das empresas de pequeno porte, mostra que há necessidade de suporte do
contador ao fornecedor da auditoria interna, e estabelece normas para sua
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instituição acabando com suas fraudes. É de suma relevância o tema escolhido, pois
origina muitas empresas de pequeno porte, assim o trabalho irá contribuir
diretamente nas empresas de forma indireta, pois os empresários precisam da
contabilidade e de uma auditoria interna para o melhor crescimento de suas
empresas. A importância do tema para a sociedade demonstra que a auditoria
interna é de suma importância, pois envolve a avaliação de desempenho e controle,
nesse sentido a auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no
trabalho de prevenção de fraudes e erros.
O estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliografia onde consiste na
procura de referências teóricas publicadas em livros, artigos, documentos, etc. É
importante saber que a pesquisa bibliográfica abrange toda a bibliografia já tornada
pública em relação ao tema de estudo. Foram pesquisados materiais bibliográficos
do período de 2000 a 2016 através das palavras chave: auditoria interna, empresa,
importância.
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4 O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA

A auditoria vai ajudar a administração da empresa a ter um controle mais


eficiente de seus procedimentos internos, prevendo e corrigindo erros para evitar
prejuízos maiores no futuro. Para Crepaldi (2007, pag.22):

Auditoria compreende o exame de documentos, livros e


registro, inspeções e obtenção de informações e confirmação, internas e
externas, relacionados com o controle do patrimônio, objetivando mensurar
a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles
decorrentes.

Os procedimentos de auditoria irão confirmar a exatidão de procedimentos


que já foram realizados através das análises. O autor Perez Junior (2006, pag.11)
afirma que:

A auditoria pode ser definida como o levantamento, o


estudo e a avaliação sistemática de transações, procedimentos, rotinas e
demonstrações contábeis de uma entidade, com o objetivo de fornecer aos
seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada em normas e
princípios sobre sua adequação.

Primeiramente, a auditoria faz uma análise de todo o histórico dos


procedimentos, após, faz o julgamento se estas foram realizadas de acordo ou não
com a Legislação e de acordo com os princípios contábeis, dando veracidade a
realidade atual da empresa.
Segundo Crepaldi (2007, pag.23) “o objetivo da auditoria consiste em apoiar a
administração da empresa no desempenho de suas atividades. A auditoria
proporciona análise, avaliações e recomendações sobre as atividades revisadas,
financeiras e patrimoniais da entidade.”
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Attie (2006, pag. 35) afirma que “o objeto da auditoria é o processo pelo qual
o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela
companhia auditada”.
Assim, entese-se que auditoria tem como objetivo principal relatar se os
procedimentos são verdadeiros ou não. Estão-se sendo feitos de maneira correta ou
não.

O autor Perez Junior (2006) afirma que existem três tipos de auditoria:
a) Auditoria pública
b) Auditoria externa
c) Auditoria interna
A Auditoria, seja ela, pública, externa ou interna auxilia os usuários das
informações provenientes da empresa e ainda garante a integridade dos registros
contábeis, sendo assim, identificamos uma característica principal da auditoria seria
dar credibilidade as informações e demonstrações e fiscalizar a própria
administração contra erros e fraudes.
Para Magalhães (1996,0 pag.6): “Tradicionalmente, temos entendido a
auditoria como uma atividade que cuida da verificação da veracidade de dados
contábeis, cumprimento de obrigações e execução de programas, tendo também
seu lado preventivo, relacionado com dados ou prejuízos que possam ocorrer ao
patrimônio da entidade”.
Auditoria pública é voltada para o ente governamental, segundo Lopes de Sá
(2007, pag. 44) “é a revisão ou exame exercido sobre as contas das unidades
administrativas dos três poderes da união”.
Pelo artigo 8º da LC 005/91 (Lei Orgânica do TCE – BA): “A auditoria
governamental consiste no exame objetivo, isento de emissão de juízos pessoais e
motivados, sistêmico independente, das operações orçamentárias, financeira,
administrativas e de qualquer outra natureza, objetivando verificar os resultados dos
respectivos programas sobre os critérios de legalidade, legitimidade economicidade
e razoabilidade, tendo vista sua eficiência e eficácia”.
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A auditoria pública visa agregar valor à gestão pública, contribuindo para o


gerenciamento da ação governamental. Tem ainda por finalidade garantir resultados
operacionais na gerência do interesse público.
Auditoria Externa ou também conhecida como auditoria independente,
caracteriza-se pelo fato de que o profissional auditor não ter nenhum vínculo com a
empresa auditada. Segundo Araújo ET AL (2008, pag. 31):

A auditoria externa como sendo a auditoria realizada por


profissionais externos à empresa auditada, ou seja, que não são
empregados da administração, normalmente sob a forma de firmas de
auditoria, com o objetivo precípuo de emitir opinião independente, com base
em normas técnicas, sobre a adequação ou não as demonstrações
contábeis, assim como, em certos casos, emitir um relatório sobre o
cumprimento de cláusulas contratuais, sobre a regularidade das operações
e/ou resultado das gestões financeiro e administrativo. Também
conceituada como auditoria independente, ela é realizada por especialistas
contratados pela organização fiscalizada ou por terceiros, por imposição
normativa ou contratual. A auditoria externa também pode realizar trabalho
com o objetivo limitado.

A auditoria externa surgiu a partir da evolução capitalista, onde as empresas


necessitavam de uma avaliação que desse mais credibilidade às suas ações nas
bolsas de valores, fazendo com que possíveis acionistas tivessem mais segurança
quanto a fidelidade das informações quanto a realidade da empresa a qual
comprariam ações.
De acordo com Almeida (2008, pag. 29) “o auditor interno é um empregado da
empresa, e dentro de uma organização ele não deve estar subordinado àqueles cujo
trabalho examina”.
O papel da auditoria interna é verificar se os procedimentos estão sendo
cumpridos como planejados, já que o administrador sozinho não conseguiria
averiguar tantos detalhes sozinhos e com a mesma eficiência.
Sobre a importância da auditoria interna, encontramos no autor Atiee (2006,
pag. 52) a seguinte afirmativa:

A importância que a auditoria interna tem em suas


atividades de trabalho serve para a administração como meio de
identificação de que todos os procedimentos internos e políticos definidos
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pela companhia, os sistemas contábeis e de controle interno estão sendo


efetivamente seguidos, e todas as transações realizadas estão refletidas
contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos.

A auditoria interna tem como fim atender a administração da empresa, assim, o


trabalho do auditor é direcionado segundo a necessidade da administração. A
auditoria interna pode ser realizada em todas as áreas da empresa.
O departamento de pessoal de uma empresa realiza todos os procedimentos
internos no que diz respeito à área trabalhista da empresa, é neste setor que é feito
o controle de relação entre empregado e empregador.

O autor Vieira (2011, pag.55) menciona que o setor de pessoal tem a função
de “transmitir periodicamente declarações ao governo e órgãos trabalhistas
referentes os rendimentos e situações trabalhistas dos contribuintes”. Esse
departamento está totalmente interligado com todos os demais setores da empresa.
No departamento de pessoal existe uma rotina que tem que ser seguida de
maneira aonde os erros venha a ser considerados nulos, pois um erro pode levar
uma empresa a ter um prejuízo financeiro. Existem as obrigações mensais, anuais e
rescisórias quando estas ocorrem.
Como todo departamento de uma empresa, o setor pessoal também tem uma
rotina a ser seguida, essa rotina são as obrigações mensais e anuais do setor.
Dentre as obrigações do setor podemos citar:
a) Folha de pagamento: a folha é obrigatória e deve ser gerada
mensalmente e nela deve conter os proventos e os descontos dos colaboradores.
Quanto os proventos, estes englobam: salário, horas extras, adicionais de
insalubridade, periculosidade e adicional noturno, salário-família, diárias para viagem
e ajuda de custo. Já os descontos compreendem o imposto de renda, contribuição
sindical, INSS, adiantamento vale transporte, faltas e atrasos.
(http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/folha_pagamento.htm)
b) CAGED – cadastro geral de empregados e desempregados: é um
sistema que o Ministério do trabalho disponibiliza para que as empresas
mensalmente informem a movimentação das admissões e demissões durante o
mês. Ela deve ser informada até o dia 07 do mês subsequente. O Aplicativo para
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enviar o CAGED pode ser baixado no site do Ministério do Trabalho –


WWW.mte.gov.br.
( http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/caged.htm)

c) SEFIP – sistema disponibilizado pela caixa econômica onde a empresa


informa a movimentação de pagamento para a conectividade da caixa, durante este
procedimento é gerado as guias de FGTS e INSS para o recolhimento obrigatório. O
objetivo deste sistema é informar o valor do recolhimento. Deve ser transmitido até o
dia 07 do mês subsequente ao trabalho através da internet no aplicativo

d) Disponibilizado pela caixa econômica federal – WWW.cef.gov.br.


(http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/fgts_gfip_sefip.htm).
e) Cadastramento do PIS (Programa de integração social): este PIS é
gerado a partir do momento de vínculo com a empresa quando o funcionário não o
possui. Para cadastrar o PIS pode-se fazer através da conectividade no site:
http://www.caixa.gov.br/empresa/conectividade-social/Paginas/default.aspx.
f) É através deste PIS que o governo controla os benefícios que são
oferecidos aos contribuintes.
g) Salário família: é direito de todo trabalhador que tem filhos menores de
14 anos ou inválidos receberem o salário família, haja vista que, estes filhos devem
estar devidamente matriculados na escola e para os menores de seis anos com a
carteirinha de vacinação em dia e o trabalhador deverá ter renda até o teto máximo
da tabela do salário família.
(http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salario_familia.htm)
h) Décimo terceiro salário: a Lei 4.090/62 juntamente com a Lei 4.749/65
regulamenta o direito ao recebimento do décimo terceiro salário, todo o trabalhador
tem este direito adquirido, o pagamento deve ser feito em duas parcelas, sendo a
primeira até dia 30 de novembro de cada ano, e a segunda até dia 20 de dezembro
de cada ano.
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i) Férias: de acordo com o artigo 130 da CLT (Consolidação das Leis


Trabalhistas) após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho

j) Todo trabalhador terá direito a 30 dias de férias, exceto quando houve


faltas no período aquisitivo, estes irão refletir nos dias de gozo.

k) RAIS (relação anual de informações sociais): é um programa no qual a


empresa informa ao governo anualmente os dados dos vínculos empregatícios. O
Decreto 76.900/75 obriga a todos os empregadores a entregar no prazo estipulado
por cronograma do M.T.E (Ministério do Trabalho e Emprego) a Rais devidamente
preenchida com as informações referentes a cada um dos seus empregados. As
declarações são enviadas pela internet sem qualquer tarifa através do site:
(http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/rais.htm).

Para o processo de admissão dos colaboradores de uma empresa, o primeiro


passo é conhecer os candidatos à vaga disponível em forma de entrevistas ou
testes, de acordo com a dinâmica da empresa. Em seguida, a empresa precisa
solicitar do funcionário a serem admitidos alguns documentos obrigatórios para
admissão do mesmo.
Segundo Oliveira (2004, pag. 27) os documentos necessários para o registro
do funcionário são: “carteira de trabalho, cédula de identidade, título de eleitor, CPF,
[...] exame médico, foto 3x4, certidão de casamento, certidão de nascimento dos
filhos menores de 14 anos ou inválidos”.
É aconselhável que a empresa adote um procedimento rigoroso quanto a
estas documentações, para que no futuro ela não venha a ter dificuldades para
consegui-los. Ou seja, antes de iniciar as atividades dentro da empresa, uma
empresa organizada deve solicitar ao funcionário toda a documentação, após
checagem de que o mesmo possui todos os documentos, ele poderá iniciar suas
rotinas dentro da empresa.
De acordo com o Art. 58 Consolidação das Leis do Trabalho - Decreto Lei
5452/43 a duração normal do trabalho para empregadores de qualquer atividade não
deverá exceder 8 horas diárias.
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As horas que ultrapassar a 8 horas diárias serão consideradas como horas


extras de acordo com o Art. 59 Consolidação das Leis do Trabalho - Decreto Lei
5452/43 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito
entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
O banco de horas está regulamentado pela Lei 9.601/1998, este é uma
possibilidade admissível de compensação de horas. Esse banco de horas deve ter
autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando as empresas a se
adequarem com a jornada de tralho de acordo com sua produção.
Estende-se para todos os funcionários da empresa independente se estão no
contrato de trabalho por prazo determinado ou não. O banco de horas é indicado
quando a empresa identifica que em alguns períodos os seus funcionários ficam
mais ociosos por falta de serviço, e já em outros momentos a empresa necessita
que os mesmos trabalhem numa jornada maior devido à demanda.
A empresa pode utilizar ainda o acordo de compensação de horas em casos
que, por exemplo, aos sábados quando a empresa não tem funcionamento. Portanto
pode-se formular um documento que deverá ser assinado tanto pelo empregado
quanto pelo empregador, onde deverão constar de que forma essas horas do
sábado serão compensadas durante a semana, ressaltando que o horário de
intervalo para almoço ou descanso deve obrigatoriamente ser no mínimo 1 hora
conforme está no Art. 71 da CLT – Decreto Lei 5.452 de 01 de maio de 1943.
Art. 442 Consolidação das Leis do Trabalho - Decreto Lei 5452/43 afirma que o
contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente a
relação de emprego.
De acordo com o Art. 443 CLT, o contrato individual de trabalho pode ser
acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo
determinado e indeterminado. Considera-se de prazo determinado o contrato de
trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou de execução de serviços
especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão
aproximada. (Antigo parágrafo único remunerado pelo Decreto – Lei nº 229, de
28.02.1967). Este contrato só será válido em se tratando:
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a) De serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do


prazo;
b) De atividade empresarial de caráter transitório;
c) De contrato de experiência
O contrato de experiência conforme determina o artigo 445, parágrafo único da
CLT não poderá exceder a 90 dias. Já o artigo 451 da CLT determina que esse
contrato só possa ser prorrogado uma única vez, sob pena de ser considerado
contrato por prazo indeterminado.
É importante frisar que em casos de rescisão para os contratos que tenham
tempo estipulado, segundo o Art. 479 da CLT: o empregador que sem justa causa,
despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, a metade
da remuneração a que teria direito até o término do contrato.

De acordo com o Art. 428 Consolidação das leis do trabalho - Decreto Lei
5452/43 de 01 de maio de 1943 o contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho
especial ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se
compromete a assegurar ao maior de 14 anos e menor de 24 anos inscrito em
programa de aprendizagem formação técnico profissional metódica, compatível com
seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz , a executar com zelo
e diligência as tarefas necessárias a sua formação.
O registro de empregados se dá mediante a coleta dos documentos que a
empresa solicita após o funcionário passar pelas avaliações prévias para o cargo
que fora disponível. Este registro é feito na CTPS (carteira de trabalho previdência
social) do funcionário e consequentemente lançado em um sistema especializado
para este fim.
Já sabemos que a folha de pagamento é uma das rotinas do departamento de
pessoal, devendo ser gerada mensalmente. Juntamente com a folha é emitido os

recibos de pagamentos conhecidos como holerites onde os funcionários irão assinar


mediante o recebimento.
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O recibo de pagamento deve conter na primeira coluna os proventos e na


segunda coluna os descontos. O salário do trabalhador não poderá ser inferior ao
piso da categoria em caso de sindicato e nem inferior ao salário mínimo.
Horas Extras: são consideradas horas extras, o período trabalhado excedente
a jornada ao qual o funcionário foi contrato. De acordo com a Constituição Federal
de 1988 define que “remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinquenta por cento à do normal”. Ressaltamos que, essas horas podem ser regidas
por outros instrumentos legais como convenções coletivas, estes podem usar um
percentual superior ao que está determinado pela Constituição Federal, por
exemplo, sessenta por cento, ao invés de se optar por cinquenta por cento.
Adicional de Insalubridade: o Art. 189 da CLT nos traz a definição que: Serão
consideradas atividades insalubres ou operações insalubres que, por natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Quanto ao
percentual que o deve ser pago em folha para o funcionário, o Art. 192 da CLT trata
que: o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e emprego, assegura a
percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte
por cento) e 105 (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo.
Adicional de periculosidade: O adicional de periculosidade tem sua legalidade
e obrigatoriedade estabelecida no Art. 193 CLT Decreto Lei 5452/43: São
consideradas atividade ou operações perigosas, na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por natureza ou
métodos de trabalho, impliquem em risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica (incluído
pela Lei nº 12.740, de 2012); roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (incluído pela Lei
12.740, de 2012).
O inciso 1º desse artigo, garante ao trabalhador em condições mencionadas
acima um adicional de 30% sobre o salário base.
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Adicional noturno: considera-se noturno nas atividades urbanas, o trabalho


realizado ente 22h00minh de um dia a 05h00min horas do dia seguinte. O Art. 73 do
Decreto Lei 5452 de 01 de maio de 1943 assegura que: Salvo no caso de
revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à
do diurno e, para esse efeito sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por
cento) , pelo menos, sobre a hora diurna.
DSR – Descanso Semanal Remunerado: O art. 1º lei 605/49 afirma que:
“Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, e nos limites da exigência
técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição
local”.
Salário família: artigo 65 da Lei n.º 8.213/91) garante direito ao salário família
nos seguintes casos:
a) o empregado (exceto o doméstico) e o trabalhador avulso que estejam em
atividade;
b) o empregado e o trabalhador avulsos aposentados por invalidez, por idade
ou em gozo de auxílio doença;
c) o trabalhador rural empregado ou avulso que tenha se aposentado por
idade aos 60 anos, se homem, ou 55 anos, se mulher;
d) os demais aposentados, desde que empregados ou trabalhadores avulsos,
quando completarem 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher). Os desempregados
não têm direito ao benefício.
O fim do vínculo da relação de trabalho seja de iniciativa do empregado e do
empregador caracteriza o termo Rescisão de Contrato. Art 477 CLT.
Existem diversos tipos de rescisões, para cada situação há uma
obrigatoriedade a ser cumprida no que diz respeito às verbas trabalhistas. A tabela
abaixo, irá demonstrar quais os direitos rescisórios para cada tipo de rescisão.
O aviso prévio é estabelecido no artigo 7º, XXI, da Constituição Federal pela
Lei 12.506, de 11-10-2011. O Art. 487 da CLT estabelece que: “Não havendo prazo
estipulado”, a parte que, sem justo motivo Quiser rescindir o contrato, deverá avisar
a outra parte da sua resolução com a antecedência mínimo de oito dias, se o
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pagamento for efetuado por semana ou inferior, trinta dias aos que perceberem por
quinzena ou mês, ou que tenham mais de doze meses de serviço na empresa.
Consta no inciso 1º do Art. 487 da CLT que: “a falta do aviso prévio por parte
do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do
aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço”.
Lembramos que essa lei serve para ambas as partes.
A finalidade do aviso prévio é evitar que tanto a empresa quanto o funcionário
sejam surpreendidos com o término do contrato. Portanto, existem algumas regras
para o cumprimento deste aviso. Quando o funcionário é dispensado e passa a
cumprir aviso prévio, o Art. 488 da CLT determina que haja duas opções durante o
período do aviso, a primeira que haverá uma redução de 2 horas por dia, ou ainda o
funcionário pode optar por parar de trabalhar por sete dias corridos que antecedem o
final do aviso sem nenhum prejuízo salarial. Lembrando que estas opções são
válidas apenas em caso de dispensa por parte da empresa.
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REFERÊNCIAS

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Humberto Teixeira. Auditoria Contábil: enfoque teórico, normativo e prático. São
Paulo: Saraiva 2008.

ATTIE. Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 3 ed. São Paulo. Atlas, 2006.

BASSO, Irani Paulo. Contabilidade Geral e básica. Ijui: UNIJUI, 2005

BEUREN, Ilse Maria. (org.). Como elaborar trabalhos monográficos em


contabilidade: teoria e prática. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2006.

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Pessoal. Disponível em: http://eventosrh.com.br. Acesso em 01 agosto 2015.

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CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 4ª Ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
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FRANCO. Hilário. MARRA, Ernesto. Auditoria contábil: Normas de Auditoria,


procedimentos e papéis de trabalho, programas de auditoria, relatórios de
auditoria. 4. Ed. São Paulo.

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salario-familia-requisitos-gerais-e-valor-do-beneficio. Acesso em 15/04/2018.

LOPES DE SÁ, Antônio. Curso de Auditoria. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

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Legislação Complementar / Jurisprudência. 34ª Edição Atualizada 2009.

VIEIRA, Juliana Donadel. A Auditoria dos controles Internos Focada na


Prevenção de Contingências Trabalhistas: estudo de caso em uma empresa
carbonífera da região de Criciúma – SC. Criciúma, 2011.

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http://www.caixa.gov.br/empresa/fgts-empresas/SEFIP-GRF/Paginas/default.aspx.
Acesso em: 15/04/2018.

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19

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http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna/Auditoria-Interna.asp. Acesso
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