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CAPITULO I.

INTRODUCAO

1.1 Breve introdução

O presente trabalho visa descrever como os procedimentos de controle interno são


usados como instrumento de salvaguarda de activos na Autoridade Tributaria -
delegação de Tete. O controlo interno é usado como uma ferramenta de gestão nas
instituições publicas e privadas, pois, analisa a eficiência e eficácia das operações que
são realizadas dentro duma determinada instituição.

De referir que o controlo interno vem sendo uma ferramenta muito importante para as
instituições, pois bem aproveitado é possível definir as responsabilidades e atribuições
das diversas actividades na execução das tarefas, visto que esta possibilita a segregação
das funções e reduz o risco de erros e fraudes nos procedimentos adoptados pela
instituição.

O controlo interno vem servir de suporte fundamental para a gestão das instituições/
empresas, pois o mesmo se mostra bastante eficiente para evitar a ocorrência de erros e
procedimentos ilegais ou fraudulentos que possam ocorrer nas instituições.

É de realçar que os erros ,fraudes , e o desperdício de recursos dentro da instituição são


três designações importantes, sendo que a falta do controlo interno conduz a perda de
fundos e de confiança dos contribuintes.

Em contraposição, o controlo interno contabilístico corresponde ao plano da


organização e os registos de procedimentos que se relacionam com a salvaguarda de
activos e com a confiança que inspiram os registos contabilísticos de modo a que,
consequentemente, proporcionem uma razoável certeza de que os registos
contabilísticos foram feitos corretamente.

os procedimentos de controlo têm vários objetivos e são aplicados a diversas


organizações e níveis funcionais e, geralmente, os mais relevantes para uma auditoria
são os seguintes: análise de desempenho, processamento de informação, controlos
físicos e segregação de funções e para Costa (2010) “alguns destes procedimentos
fazem parte do chamado controlo das operações, o qual tem fundamentalmente a ver
com a sequência das mesmas, ou seja, o ciclo autorização / aprovação / execução /
registo / custódia, de acordo com critérios estabelecidos”.( p. 230) .
1.2 Delimitação do tema

O presente trabalho de pesquisa com o tema: Analise de procedimentos de controlo


interno como instrumento de salvaguarda de activos, o mesmo será desenvolvido na
província de Tete (Autoridade Tributaria- Delegação de Tete), período de 2017 á 2020.
O estudo cingiu-se em apenas abordar o controlo interno, seus procedimentos como
instrumento de salvaguarda de activos.

1.3 Justificativa
O tema em causa nesse trabalho de pesquisa assume-se de grande importância
actualmente, visto que, é cada vez mais notável a preocupação dos órgãos máximos da
instituição na redução do risco associado a salvaguarda dos activos da instituição, que
na maioria das vezes encontram-se sobre gerência dos colaboradores da instituição.

Contudo, este trabalho procura dar resposta a esta preocupação dos órgãos máximos da
instituição, desenvolvendo um estudo profundo sobre qual deverá ser o contributo dos
procedimentos de controlo interno como instrumento de salvaguarda de activos que
possam afetar a rentabilidade da instituição.

O enfoque desse trabalho é apresentar a atividade da auditoria sobre as possibilidades de


aplicação dos procedimentos de controlo interno como instrumento de salvaguarda dos
activos, ainda, identificar seus prós e contras e até onde vai sua eficácia e confiabilidade
a fim de saber se ameniza ou se é capaz de extinguir por completo a ocorrência de
fraudes e erros, conseguindo com isto ter uma real noção do que acontece dentro da
instituição.

1.3.1 Importância do tema

O estudo deste tema é de extrema importância visto que , o controlo interno e o seu
impacto na tomada de decisões dentro das instituições é extremamente importante uma
vez que percebemos até que ponto o sistema de controlo interno deve ser implementado
com zelo e dedicação, observando as estratégias para melhorar a eficiência operacional
da instituição evitando desfalques e fraudes.

1.3.2 Importância social

É importante referir que o sistema de controlo interno é útil para a nossa sociedade no
gerenciamento dos recursos existentes, portanto o desenvolvimento deste tema contribui
de alguma forma para a sociedade uma vez que trás elementos fundamentais de
implantação de um sistema de controlo interno eficiente nas instituições.
1.3.3 Importância científica

Na academia a realização deste tema é de extrema importância porque servirá de


suporte para futuros estudos nas áreas afins, bem como providenciar um conhecimento
académico que servirá de referência e contributo nas universidades que lecionam cursos
relacionados com esta área.

1.4 Problematização

A evolução das economias e o crescente aumento da complexidade dos processos de


trabalho têm determinado a implementação de adequados sistemas de controlo interno
(SCI), particularmente nas entidades do setor público, que permitam de uma forma
eficiente e eficaz, mitigar tanto o risco inerente como o risco de controlo.

O controlo interno tem sido abordado ao longo dos últimos anos como uma
característica fundamental em qualquer instituição. De facto, a sua importância é
indiscutível, na verdade o sucesso de uma instituição poderá depender da
implementação de um bom sistema de controlo interno, garantindo uma segurança
razoável na prevenção, limitação e detenção de erros e irregularidades. Marçal e
Marques,(2011, p55).

Um afectivo sistema de controlo interno é essencial para manter os registos


contabilísticos e financeiros de uma instituição, cruciais para a sua gestão de formo
transparente e rigorosa. Moçambique encara com seriedade a questão do controlo das
contas publicas, pelo sue papel importante na promoção de uma boa gestão.

Actualmente ocorrem muitos erros e fraudes nas instituições além de falhas que podem
ocasionar problemas futuros, para que esses riscos sejam avaliados e corrigidos é
necessário algum controle interno. Devido ao avanço tecnológico e a competitividade
no mercado, é de extrema importância que as instituições busquem um aprimoramento
das suas ferramentas para auxiliar nos controles internos, dessa forma a Auditoria
interna tem um papel muito importante dentro das organizações a fim de apoiar a gestão
na tomada de decisões, além de identificar de que todos os processos internos e políticas
definidas pelas instituição estão a ser seguidos e que as transações realizadas estão
reflectidas na contabilidade de acordo com os critérios previamente definidos,
minimizando erros e fraudes e auxiliando as organizações para alcançar os seus
objectivos.

Devido a isso, criou-se a seguinte problemática: De que forma os procedimentos de


controlo interno servem de instrumento de salvaguarda de activos na Autoridade
Tridutaria – Delegação de Tete?
1.5 objectivos.
1.5.1. objetivo geral.
 Analisar os procedimentos de controlo interno como instrumento de salvaguarda
de activos na Autoridade Tributária – Tete.

1.5.2. objetivos específicos


 Descrever os procedimentos de controlo interno na Autoridade Tributária – Tete.

 Verificar como são salvaguardados os activos na Autoridade Tributária – Tete.

 Relacionar o controlo interno e a salvaguarda dos activos na Autoridade


Tributária – Tete.

1.6. Perguntas de pesquisa


 Quais são os procedimentos de controlo interno na Autoridade Tributária –
Tete?

 Como são salvaguardados os activos na Autoridade Tributaria –Tete?

 Que relação existe entre os procedimentos de controlo interno e a salvaguarda


dos activos na Autoridade Tributaria – Tete?

1.7. Estrutura do trabalho

O presente trabalho esta dividido em três (3) capítulos, nomeadamente:

Capitulo I que corresponde a introdução, faz se uma breve contextualização do assunto,


coloca-se a inquietação e os objectivos que nortearam a pesquisa, no mesmo não menos
importante encontramos também a delimitação temática, a relevância e as perguntas de
pesquisa;

Capítulo II, onde aborda-se a revisão de literatura empírica, teórica e focalizada, dando
a conhecer os conceitos das palavras-chave segundo vários autores;

No Capitulo III, temos a metodologia que guiará a efetivação do trabalho.


CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Procedimentos de controlo interno como instrumento de salvaguarda de
activos.
2.1.1. Revisão da Literatura Teórica
Controlo interno

Segundo Almeida (2003,p.63) considera que “o controle interno representa o conjunto


de procedimentos, métodos ou rotinas com objetivos de proteger os ativos, produzir
dados contabilísticos confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos
negócios da empresa”.

Conceito esse que é ratificado por Guimarães (2001), quando o autor afirma que esse

controle é instrumento que visa à consistência de procedimentos técnicos e


administrativos assegurando-se os meios indispensáveis ao acompanhamento das ações
planejadas e análise dos resultados desejados.

Segundo Morais e Martins (2013), consiste num processo levado a cabo pelo Conselho
de Administração, Direção e outros membros da entidade com o objetivo de
proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos seguintes objetivos:

 Eficácia e eficiência dos recursos;

 Fiabilidade da informação;

 Cumprimento das leis e normas estabelecidas.

De acordo com este organismo, a definição apresentada de controlo interno integra os ;


seguintes conceitos fundamentais:

 Processo: o objetivo é transmitir que o controlo interno é um meio para atingir um


fim e não um fim em si mesmo. É constituído por um conjunto de ações que envolve
todas as atividades, processos e tarefas da entidade;

 Levado a cabo por pessoas: o objetivo é transmitir que o controlo interno não é
somente um manual de políticas e documentos, mas também de pessoas em cada
nível da entidade. O SCI é concebido e implementado por pessoas, afetando a
atuação de todos os membros da entidade;
 Confiança razoável: o objetivo é transmitir que por muito bem que esteja concebido
o SCI, somente pode proporcionar um certo grau de segurança à entidade. Não
oferece uma segurança total, uma vez que não consegue eliminar a totalidade dos
riscos, apenas os minimiza

 Concretização dos objetivos: o objetivo é transmitir que o controlo interno é


concebido para permitir a consecução dos objetivos, gerais e específicos, nas
diferentes categorias e que devem ser consistentes e coerentes.

Em contraposição, o controlo interno contabilístico corresponde ao plano da


organização e os registos e procedimentos que se relacionam com a salvaguarda de
ativos e com a confiança que inspiram os registos contabilísticos de modo a que,
consequentemente, proporcionem uma razoável certeza. Costa (2010) considera que o
controlo interno administrativo contempla o “plano de organização e os procedimentos
e registos que se relacionam com os processos de decisão e que conduzem à autorização
das transações pelo órgão de gestão”.( p. 224).

De modo geral, Controlo Interno é uma forma de organização que pressupõe a


existência de um plano e de sistemas coordenados destinados a prevenir a ocorrência de
erros e irregularidades ou minimizar as suas consequências e maximizar o desempenho
da entidade em que se insere. De salientar que o controlo interno é qualquer ação
aplicada pela gestão para reforçar a possibilidade de que os objetivos e metas
estabelecidos sejam atingidos. Assim, o controlo é o resultado do planeamento,
organização e orientação da gestão.

2.1.2Tipos do Controlo
Segundo Marçal e Marques (2011), é possível distinguir três tipos de controlo:

Controlo da Organização

O organograma de uma entidade surge como resultado da definição e atribuição de


responsabilidades e da delegação de competências ou autoridade a indivíduos que, a
diferentes níveis hierárquicos, são responsáveis pelas tomadas de decisão e/ou execução
de decisões anteriormente tomadas a níveis mais altos da hierarquia. Uma clara
definição das responsabilidades e dos limites da autoridade, juntamente com uma
adequada segregação de funções contribui para o controlo total existente na entidade e
constitui um controlo de importância fundamental.
Controlo dos procedimentos

Procedimentos de controlo inseridos no processamento e registo de determinadas


transações. Inclui-se nesta categoria o controlo contabilístico que visa garantir a
fiabilidade dos registos contabilísticos, facilitar a revisão das operações financeiras
autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda dos ativos.

Controlo dos sistemas de informação

O controlo dos sistemas de informação consubstancia-se nos dispositivos pelos quais a


informação é produzida e fornecida aos responsáveis pela gestão, de forma que possa
ser controlada, revista e usada.

2.1.3Métodos de Controlo Interno


Segundo Morais e Martins (2013) podem ser identificados cinco métodos de controlo
interno:

- Controlos administrativos: exercício de autoridade, estrutura orgânica, poder de


decisão e descrição de tarefas.

- Controlos operacionais: planeamento, orçamento, contabilização e sistemas de


informação, documentação, autorização, políticas e procedimentos, e métodos.

- Controlos para a gestão dos recursos humanos: recrutamento e seleção, orientação,


formação e desenvolvimento, e supervisão.

- Controlos de revisão e análise: avaliação do desempenho, análise interna das


operações e programas, revisões externas e outros.

- Controlo das instalações e equipamentos: inspeção das instalações e equipamentos.

2.2.4 Objetivos dos controles internos


Como visto, o controle interno pode assumir vários significados sendo distinguido pelo
contexto em que é abordado. Assim, no exercício de suas funções, destacam-se as
seguintes atribuições:

[...] assegurar que não ocorram erros potenciais, através do controle de suas causas,

destacando-se entre objetivos específicos e atingidos: como se antecipar,


preventivamente, ao cometimento de erros, desperdícios, praticas antieconómicas e
fraudes; salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto a sua boa e regular
utilização e assegurar a legitimidade do passivo; permitir a implementação de
programas, projetos, atividades, sistemas e operações, visando a eficácia, eficiência e
economicidade dos recursos; observar as normas legais, instruções normativas, estatutos
e regimentos (FRANCO e MARRA, 1992, p. 104).

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), através da NBC T 16.8, estabelece como

principais objetivos do controle interno:

 salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais;

 dar conformidade ao registro contabilístico em relação ao ato correspondente;

 propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;

 estimular adesão as normas e as diretrizes fixadas;

 contribuir para a promoção da eficiência operacional da companhia;

 auxiliar na prevenção de praticas ineficientes e antieconómicas, erros, fraudes,

malversação, abusos, desvios e outras inadequações.

Ainda sobre os objetivos dos controles internos, Araújo (2000) destaca que eles visam

a proteção do património da empresa, a obtenção de informações adequadas, ao


estimulo da eficiência operacional da empresa e a promoção da obediência e do respeito
as politicas da administração.

No âmbito administrativo, esses controles são imprescindíveis para que o auditor possa
fundamentar suas atividades e, com isto, fornecer dados corretos a contabilidade,
evitando falhas, erros ou desperdícios, que podem comprometer o património da
empresa.

3.1 Salvaguarda de activos

Activo é um termo cuja raiz etimológica reside no latim activus. Trata-se de um


substantivo que se usa na área da economia e das finanças ou um adjectivo que se pode
usar em em múltiplos contextos. É considerado activo um bem ou um direito que dispõe
de valor financeiro, o qual se encontra sob a propriedade de uma pessoa ou de uma
empresa.
Salvaguarda de activos consiste em proteger os activos de eventuais roubos, perdas,
uso indiscriminado ou danos morais ( imagem da empresa). Salvaguarda de Activos.
kCompreende a forma pela qual são salvaguardados e defendidos os bens e direitos da
organização. A definição e determinação da independência das funções de execução
operacional (posse, controlo e contabilização dos bens patrimoniais, conjugada a um
sistema de autorizações, de acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos)
possibilitam um eficiente e salutar meio de salvaguardar os interesses da organização.

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