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E por sua vez Costa (2014), faz referência que para o COSO, são três os objectivos chave de
controlo interno: eficácia e eficiência das operações; a credibilidade do relato financeiro; e o
cumprimento das leis e dos regulamentos aplicáveis
Os objectivos do controlo interno apresentados por Attie (1998) e Costa (2014) duma forma geral
visão dar uma configuração de segurança adequada as actividades praticadas na empresa como um
todo. E os meios para alcance desses objectivos que serão apresentados dizem respeito à forma
pela qual os objectivos possam ser cumpridos (e esses meios não se limitam apenas nos que serão
apresentados nesta pesquisa).
Como forma de garantir a salvaguarda dos interesses Attie (1998) aponta alguns dos principais
meios que podem dar suporte necessário para o alcance de se objectivo, são:
Portanto uma empresa necessita de constituir, para si, sistemas que lhe garantam conhecer os actos
e eventos ocorridos em cada um dos seus segmentos.
Conforme Attie (1998), alguns dos meios que possibilitam dar um suporte necessário para à
precisão e a confiabilidade da informação e relatórios contabilísticos, financeiros e operacionais
são os que se seguem:
O objectivo do controlo interno relativo ao estímulo a eficiência operacional para Attie (1998)
determina a obter os meios necessários a condução de tarefas, de forma a obter entendimento,
aplicação e acção tempestiva e uniforme.
As inúmeras tarefas praticadas pelos diversos sectores necessitam de uma linha mestra de
raciocínio e de conduta. Cada um dos segmentos tem suas particularidades e cada indivíduo precisa
conhecer sua tarefa; diante disto tudo Attie (1998) aponta que alguns dos principais meios que
podem prover suporte ao estímulo à eficiência operacional são os que se seguem:
E ainda Attie (1998) aponta que alguns dos principais meios que visam dar embasamento para a
aderência às políticas existentes são:
Deste modo, para Marçal e Marques (2011), um sistema de controlo interno alicerça-se num
conjunto de princípios básicos que lhe dão consistência e que são:
• Segregação de funções – esta medida de controlo baseia-se na separação de funções
incompatíveis entre si. Tendo assim como finalidade, evitar que sejam atribuídas à mesma
pessoa duas ou mais funções concomitantes com o objectivo de impedir ou pelo menos
dificultar a prática de erros, irregularidades ou a sua simulação. A observação deste
princípio justifica, por exemplo, que a função de contabilista deve estar separada da função
operativa, de forma a evitar que uma pessoa tenha simultaneamente a responsabilidade
pelo controlo físico dos activos e pelo seu registo contabilístico, situações que lhe
permitam cometer irregularidades.
• O controlo das operações – este princípio consiste na verificação ou conferência das
operações, a qual por obediência ao princípio da segregação de funções deve ser efectuada
por pessoas diferentes das que intervieram na sua realização ou registo
• Definição de autoridade e responsabilidades – este princípio consiste na definição clara
dos níveis de autoridade e de responsabilidade em relação a qualquer operação. Esta
definição deve assim constar no plano organizativo, contendo uma distribuição funcional
de autoridade e de responsabilidade tendente a fixar e delimitar, dentro do possível, as
funções de todo o pessoal.
• Competência do pessoal – este princípio refere que o pessoal deve ter habilitações
literárias necessárias e a experiência profissional adequada ao exercício das funções que
lhe são atribuídas.
• Registo dos factos – este princípio está relacionado com a forma como as operações são
relevadas na contabilidade, tendo em conta dois requisitos essências:
• O cumprimento das normas e princípios contabilísticos;
• Os comprovativos ou documentos justificativos – estes devem ser numerados de
forma sequencial de maneira a ser possível efectuar um controlo dos documentos
que se inutilizem ou anulem.
Attie (1998) chama a atenção de que serão as delimitações que indicarão se certos planos especiais
de organização, determinados métodos e procedimentos podem ser classificados como controlos
contabilísticos ou administrativos variando, naturalmente, de acordo com circunstâncias
específicas de cada empresa. Porem, no que respeita aos controlos possíveis de serem
implementados numa empresa, encontra-se também uma distinção entre vários tipos de controlos
existentes, os quais, neste caso, classificam-se segundo o efeito esperado da sua aplicação.
Assim, Morais e Martins (2013) apresentam cinco tipos de controlos possíveis de serem
implementados numa organização:
• Preventivos – servem para impedir que factos indesejáveis ocorram. São considerados
controlos à priori, que entram imediatamente em funcionamento impendido, que
determinados factos indesejáveis se processem. São exemplos desse tipo de sistema de
controlo interno: obrigar duas assinaturas em todos os pagamentos; obter lista de
fornecedores aprovada; confrontar as facturas com guias de recepção antes de autorizar o
pagamento; verificar a exactidão matemática das facturas antes de pagamento e adoptar um
sistema de vigilância de controlo de entradas na empresa.
• Detectivos – servem para detectar ou corrigir factos indesejáveis que já tenham ocorrido.
São considerados controlos à posteriori. São exemplos desse tipo de controlo interno:
elaborar reconciliações bancárias; efectuar conciliações de extractos de contas com
terceiros; efectuar contagens físicas e observar a distribuição de salários numa base de
amostragem.
• Directivos ou Orientativos – servem para provocar ou encorajar a ocorrência de um facto
desejável, isto é, para produzir efeitos “positivos”, porque boas orientações previnem que
más aconteçam. São exemplos desse controlo: os regulamentos internos criados na
entidade e o estabelecimento de requisitos para o recrutamento do pessoal.
• Correctivos – servem para rectificar problemas identificados. Por exemplo, lista de
reclamações de clientes; relatórios de atrasos de cobrança de dívidas e os relatórios de
atrasos de pagamentos com fornecedores ou outros credores.
• Compensatórios – servem para compensar eventuais fraquezas de controlo noutras áreas
da entidade. São exemplos desse sistema de controlo: os cruzamentos feitos entre os totais
de vendas por produto registado pela área comercial com o total dos créditos das vendas
na contabilidade.
No entendimento de Santos, Ferreira e Faria (2009) as principais áreas de controlo financeiro são:
contas a receber; contas a pagar; caixa e bancos e planeamento financeiro. Mas para esta pesquisa
serão abordadas apenas o controlo sobre: contas a receber; contas a pagar e caixa e bancos.
Segundo Franco e Marra (1992), o objectivo de adoptar um sistema de controlo interno sobre as
contas a receber é para apurar se as contas são autênticas, sua origem é derivada das vendas, os
valores apresentados são reais, não houve descontos e há uma avaliação prudente do total das
contas para efeitos de balanços.
Um bom sistema de controlo interno nessa de contas a receber faz com que se tenha uma maior
segurança em relação ao recebimento das vendas ou serviços prestados a prazo. Daí que Attie
(1998) sugere para que haja um grau de segurança dos gestores e sócios em relação às contas a
pagar é necessário que haja segregação de funções entre quem cuida das contas a receber e a
contabilização, para evitar que varias funções sejam atribuídas a um funcionário; pois caso isso
ocorra o número de erros e fraudes, intencionais ou não serão mais fáceis de ocorrer.
E ainda Attie (1998) aponta que deve ser feita uma análise permanente das contas a receber em
atraso e um esforço para o seu recebimento. E esses recebimentos devem ser feitos via banco e a
confirmação dos devedores deve ser feita por um funcionário independente do funcionário que
cuida das contas a receber.
Costa (2014), por sua vez cita que o controlo das contas e títulos a receber, faz-se de uma maneira
geral, através da escrituração de fichas individuais por clientes, de acordo com as respectivas
contas (corrente, títulos a receber, entre outras.); e no caso de existir créditos resultantes de clientes
em países estrangeiro deveram ser escriturados em contas com codificação própria devendo
evidenciar todos movimentos em moeda nacional e a respectiva divisa (valor cambial).
Acrescenta ainda Costa (2014) de que existe uma alternativa de controlo através de fichas
individuais de clientes que é a utilização do chamado sistema open file; de acordo este tipo de
organização apenas é movimentada, a débito e a crédito, a conta de razão sendo as facturas dos
clientes arquivadas em duas pastas de arquivos: pasta relativas as facturas por receber e a pasta
relativa a facturas pagas. Portanto, à medida que as facturas vão sendo pagas, são retiradas da
primeira pasta e arquivadas na segunda; sendo que em qualquer uma das pastas as facturas são
arquivadas por ordem alfabéticas (ou numéricas) de clientes e dentro desta por ordem de datas. No
final de cada mês o somatório das facturas incluídas na pasta das facturas por receber,
eventualmente afectado dos totais das notas de débitos e de crédito emitidos, terá de ser igual ao
saldo de razão de Clientes.
No entanto Costa (2014) adverte que o sistema open file, embora prático apresenta algumas
desvantagens principalmente das quais será a difícil reconstituição à posteriori do movimento
havido com cada um dos clientes. Mas, qualquer que seja o sistema utilizado (fichas individuais
ou open file) no final de cada mês haverá que elaborar balancetes de todas as contas de Clientes (e
também das restantes contas a receber: Devedores, entre outras.). Sendo que os balancetes das
contas a correntes deverão conter a seguinte informação: débitos e crédito do mês; débitos e
créditos acumulados até a data; e saldos devedores e saldos credores. E os balancetes das contas
de títulos a receber deverão ser complementados com dados obtidos nos respectivos livros de
registos e facultar as seguintes informações por cada um dos aceitantes: número do título; data de
emissão; data de vencimento; valor; avalista (se aplicável); situação (em carteira, descontada, em
cobrança); e o banco interveniente (se aplicável).
Após a elaboração destes balancetes, o somatório dos saldos das diversas contas subsidiárias
devera coincidir com o saldo da conta principal, devendo as eventuais divergências ser
investigadas e prontamente regularizadas. De igual modo que periodicamente deveram ser
enviados aos clientes os pedidos de confirmação de saldos, os quais devem ser acompanhados da
sua composição e este trabalho deve ser feito por alguém que não exerça funções relacionadas com
as cobranças, tesourarias e contas correntes, devendo de preferência ser o auditor interno caso
exista.
E que com base nas composições dos saldos das contas correntes, Costa (2014) sugere que deve-
se elaborar, mensalmente, um balancete de clientes por antiguidade de saldos (ver anexo I), o qual
é um instrumento de trabalho da maior importância para os sectores de cobranças (possibilita
detectar de forma simples que vão se atrasando nos pagamentos); da tesouraria (da à possibilidade
de poder planear o fluxo de recebimentos a curto prazo) e para contabilidade (dá informação
importante embora não exclusiva para o calculo da imparidade).
Outro aspecto importante apresentado por Costa (2014) a ter em conta no controlo interno das
contas a receber, relaciona-se com a emissão de notas de créditos as quais deveram sempre ser
autorizadas por um funcionário com responsabilidades para tal uma vez que essas notas de crédito
podem ser emitidas devido a vários factores: descontos especiais; correcções de erros cometidos
nas facturas; anulação total ou parcial dos saldos. Assim qualquer nota de crédito deve ser
suportada por um documento que a justifique ou uma proposta fundamentada para a sua emissão.
Para finalizar, em relação os procedimentos e medidas de controlo interno a adoptar para as contas
a receber irão dependem acima de tudo com dimensão da empresa, porém os procedimentos
(principais meios ou métodos) como a segregação de função e rotação de funcionários terá que ser
no mínimo do possível adoptada na empresa como forma de salvaguardar os activos da empresa.
E em relação ao sistema de escrituração de contas a receber o ideal será a adopção do sistema de
ficha individual de clientes.
Também Costa (2014), adverte que no final de cada mês haverá que elaborar-se balancetes de
todas as subsidiarias das contas de Fornecedores (e também das restantes contas a pagar), devendo
os balancetes de contas correntes conter a seguinte informação: débitos e créditos do mês; débitos
e créditos acumulados até a data; saldos devedores e credores. E em relação aos balancetes das
contas e títulos a pagar deverão ser elaborados com base em dados obtidos no respectivo livro de
registo e facultar a seguinte informação por cada um dos sacadores: número do título; data de
emissão; data de vencimento e o valor.
Um duns aspectos importante tem a ver conta no controlo desta conta na percepção de Costa (2014)
relaciona-se com a análise dos descontos de pronto pagamento concedido com fornecedores e que
não aproveitados. O não aproveitamento destes descontos pode ocorrer devido a dois motivos:
efectuar-se pagamento após o prazo estipulado, estando previamente previsto que tal acontecesse,
ou não se obter descontos de forma deliberada. Porem qualquer uma destas situações pode ser
efectuado de forma contabilística ou extra-contabilística.
Franco e Marra (1992), apontam alguns procedimentos de controlo interno que devem ser
adoptados para esta conta são:
• Existência de autorização hábil para a contabilização; impedimento de contabilização de
despesas não autorizadas;
• Existência de autorização prévia para pagamentos; exigência de duas assinaturas para
emissão de cheques;
• Exame de documentos comprobatórios (como pedidos de compras, notas fiscais);
autorização prévia para pedidos de compras;
• Controlo sobre as funções de registos, autorização e preparação de cheques; controlo do
registos contabilísticos das operações de contas a pagar; e
• As conciliações periódicas das contas a pagar.
Leite H., (1997, apud Bruni e Gomes, 2010) adverte que o sistema de controlo dessas contas (caixa
e bancos) deve ser rígido e jamais se pode partir de princípio geral de que todos são honestos ate
prova em contrário, qualquer que seja o tamanho das fraudes, elas precisam ser evitadas porque
conduzem a prejuízos consideráveis para as empresas, órgãos públicos, entidades e a sociedade
com um todo.
Portanto Attie (1998) cita que algumas medidas de controlo para as contas de caixa e bancos,
podem ser usadas quase que de forma padrão por diversas empresas. Destacado as seguintes:
segregação de funções entre quem cuida dos valores e quem os contabiliza; sistema de aprovação
e autorização para pagamentos; reconciliações bancárias periódicas, feitas por um funcionário
diferente do responsável por essa conta; a abertura de contas bancárias deve ser feita pela
administração; a adopção de um sistema de fundo fixo para valores pequenos que são mantidos
em mãos; cancelamento de documentação comprobatória após o pagamento; controlo diário do
que foi recebido e acompanhamento da transacção para verificar se o valor depositado foi o que
foi recebido.
A) Pagamentos
No entendimento de Costa (2014) as empresas devem efectuar pequenos pagamentos (taxas, selos
e registos de correios, jornais, entre outros) em dinheiro para tal dever-se-á constituir um ‘fundo
fixo de caixa’ o qual devera ser reposto periodicamente (por exemplo, no final de cada semana ou
quando o numerário atinja um limite considerado mínimo). Devendo os pagamentos normais a
terceiros (fornecedores, funcionários, Administração Fiscal, Segurança Social, entre outras
entidades) serem realizados através dos cheques, transferências conta a conta, ordens permanente
de pagamento/débitos directos em conta ou via internet/home-banking ou rede de caixas
automáticas de multibanco.
E em relação à caixa pequena, Costa (2014) aponta que na medida em que o pagamento seja feito
a partir desta o seu responsável devera constatar a autenticidade do documento que o origina e
verificar se o mesmo foi devidamente aprovado, após o registará na folha de caixa pequena, depois
de lhe ter oposto um carimbo de “PAGO”. Deste modo no momento da reposição do fundo dever-
se-á emitir um cheque nominativo, a ordem do responsável do fundo (que devera ser apenas uma
pessoa), pelo valor correspondente aos documentos, entretanto pagos, sendo, portanto nesta data
que tais documentos serão contabilizados nas respectivas contas de gastos.
Considerando as circunstâncias especificas de cada actividade Costa (2014) aponta que poderão
existir dentro de uma empresa mais de uma “caixa pequena”, sendo que nestes casos cada uma das
quais com o respectivo responsável. Nas empresas de pequena e média dimensão a
responsabilidade da caixa pequena deve ser atribuída a uma secretaria ou recepcionista e a
existência de uma caixa pequena em sistema de fundo fixo tem, pois entre outras as seguintes
vantagens:
Como refere Costa (2014) que as empresas devem fazer os seus pagamentos a terceiros através de
Bancos, o mesmo apresenta alguns procedimentos ou medidas de controlo interno que podem ser
adoptados para cada uma das formas de pagamento realizada através de Bancos:
B) Recebimentos
Para todas as importâncias recebidas pela empresa (seja qual for a sua natureza e a forma pela são
recebidas) Costa (2014) refere que devem ser diária e integralmente depositadas nos Bancos; aliás,
o mesmo aponta que o princípio básico de controlo nesta área refere-se ao facto de não se dever
fazer pagamentos com as quantias recebidas diariamente.
Em relação à elaboração das reconciliações bancárias Costa (2014), estabelece que devem ser
observados e seguidos os seguintes procedimentos contabilísticos ou medidas de controlo interno:
Conforme Almeida (2014) o ambiente de controlo esta relacionada com todas as áreas da
organização e influencia o modo como o controlo interno é visto pelos trabalhadores. Trata-se do
pilar base em relação ao qual as outras componentes do controlo interno se sustentam e segundo o
relatório do COSO os princípios para um ambiente de controlo eficiente são:
A atribuição de autoridade e de responsabilidade dentro de uma empresa (que tem como objectivo
fixar e limitar, dentro do possível, as funções de todo pessoal) como refere Costa (2014) deve ser
variável e flexível numa micro ou pequena empresa; ao contrario do que acontece numa media ou
grande empresa onde tais elementos devem ser estabelecidos através de organigrama, de um
manual de descrição de funções, de um manual de políticas e de procedimentos contabilísticos e
de um manual de medidas de controlo interno.
Almeida (2014) refere que a avaliação do risco é um processo desencadeado pelo órgão de gestão
que permite identificar, analisar e responder a esses riscos. As constantes mudanças no ambiente
económico, legal, operacional e industrial obrigam as organizações a estarem atentas a essas
mudanças e ao modo como elas podem influenciar os seus objectivos. Após a identificação dos
riscos, o órgão de gestão deve avaliar o seu significado, a probabilidade da sua ocorrência e como
devem ser geridos.
Assim, Costa (2014) cita que um adequado sistema de informação e comunicação (deve ser eficaz
e a necessidade de controlo deve fazer se sentir desde o topo á base) devera permitir:
Almeida (2014) aponta como sendo actividade de controlo todas as políticas e procedimentos
encetados pelo órgão de gestão com o objectivo de mitigar os riscos internos externos e aumentar
a probabilidade dos objectivos da organização serem atingidos.
Costa (2014) acrescenta que as actividades de controlo, seja em sistemas manuais seja em sistema
de tecnologias de informação, que podem ser relevantes para a empresa podem ser classificadas
como políticas e procedimentos, como sejam: autorização; revisão da execução; processamento a
informação; controlos físicos e segregação de funções. Sendo que alguns destes procedimentos
como aponta Almeida (2014) fazem parte do chamado controlo das operações, o qual tem haver
fundamentalmente com a sequência das mesmas, ou seja, o clico autorização, aprovação,
execução, contabilização, custódia de acordo como os critérios estabelecidos pela empresa. Esta
actividade de controlo também pode ser realizada através dos diversos tipos de controlo possíveis
de serem implementados.
A monitorização dos controlos como refere Almeida (2014) consiste numa supervisão regular dos
mesmos, ou seja, é o processo que avalia o desempenho do controlo interno ao longo do tempo. E
essa monitorização é importante para o órgão de gestão e para os funcionários; sendo para órgão
de gestão importante porque é a uma forma de atingir uma segurança razoável de que os objectivos
da organização são alcançados, devendo este órgão monitorar se os controlos estão a operar
eficientemente, ou necessitam de reajustamento em função dos novos riscos. E por sua vez os
funcionários necessitam de saber que o cumprimento de todos os controlos é monitorado e o seu
não cumprimento detectado.
Como exemplos da monitorização de controlos a efectuar pela gestão, de acordo a ISA 315 (apud
Costa, 2014) apresenta os seguintes: (i) verificar se as reconciliações bancárias estão sendo feitas
tempestivamente; (ii) verificar se as vendas estão a ser feitas de acordo as políticas aprovadas; e
(iii) verificar se o departamento jurídico supervisiona o cumprimento das políticas relativas a
práticas éticas ou negocias (caso haja este departamento).
Portanto ainda Almeida (2014) aponta que a monitorização do ambiente do controlo interno, da
avaliação do risco, da actividade de controlo e da informação e comunicação fornece o feedback
sobre a eficiência dos controlos, agindo como estimulo a sua renovação ou a implementação de
melhorias.
Assim conforme Costa (2014) e Almeida (2014) existem diversos factores que limitam o sistema
de controlo interno, como por exemplo:
Não obstante os factores apresentados acima, Pinheiro (2007) faz menção da existência de factores
exógenos que condicionam o controlo interno, com especial relevância para os seguintes:
concorrência (actualmente, a concorrência/globalização deu origem à necessidade de
deslocalização ou externalização de certas actividades); regulamentação da actividade, normativos
e princípios estabelecidos; erros de apreciação por desconhecimento de todas as envolventes.
No que se refere a fraude Attie (2011), aponta que ela assume múltiplas modalidades e das
classificações de fraudes ate hoje tentadas, reveste-se de interesse a que as divide em:
• Não descobertas: são aquelas que o autor não considera necessário mascarar, porque o
controlo interno é muito fraco. Um exemplo seria a retida de dinheiro do caixa, sem
efectuar nenhuma contabilização.
• Encobertas temporariamente: são feitas sem afectar os registos contabilísticos; por
exemplo, retirar dinheiro proveniente das cobranças, omitindo o registo delas de modo
que o seu montante possa ser coberto com registo de cobranças posteriores, assim
sucessivamente.
• Encobertas permanentemente: nesses casos, os autores da irregularidade preocupam-
se em alterar a informação contida nos registos e outros arquivos, para assim ocultar a
irregularidade.
No geral Attie (2011) refere que um bom sistema de controlo interno deve oferecer maiores
possibilidades de pronta identificação de fraudes em qualquer que seja a sua modalidade, todavia
o acordo entre dois ou mais integrantes na empresa pode fazer deteriorar e cair por terra o melhor
sistema de controlo interno
• Externos, com o objectivo de verificar a conformidade das operações, uma vez que
visa entender às necessidades de terceiros no que diz a credibilidade da informação
financeira;
• Internos, com objectivo de expressar uma opinião acerca da eficácia e eficiência da
gestão da entidade, uma vez que visa ajudar a Direcção nas suas funções de gestão.
Costa (2014) aponta que a recolha da prova sobre o sistema de controlo interno e contabilístico é
feito através de entrevistas e inquéritos aos responsáveis das áreas e ao órgão de gestão utilizando
checklists sob a forma de questionários padronizados, narrativas (forma de descrição mais
detalhada dos procedimentos e medidas de controlo implementados), fluxograma (representação
gráfica que se socorre de vários símbolos para apresentar diversos procedimentos contabilísticos
e medidas de controlo interno) e a forma mista (envolve todas as formas de recolha e é bastante
difícil a sua interpretação).
Todavia Almeida (1996) aponta que a avaliação do sistema de controlo interno compreende: