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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Licenciatura em Ensino de Português

Análise Literária do Texto Canção do Exílio

Ratabo Dovelo Acuna

Quelimane, aos 15 de Julho de 2020


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Análise Literária do Texto Canção do Exílio

Ratabo Dovelo Acuna

Trabalho de campo,
apresentado a cadeira de
IEL, como requisito para a
avalição. 1º Ano

Msc:

Quelimane, aos 15 de Julho de 2020


Índice

1. Introdução....................................................................................................................... 4

1.1 Objectivos .................................................................................................................... 5

1.1.1 Objectivo Geral: ..................................................................................................... 5

1.1.2 Objectivos Específicos: .......................................................................................... 5

2. Análise Literária do Texto Canção do Exílio ................................................................... 6

2.1 Análise Textual............................................................................................................. 6

3. Conclusão ....................................................................................................................... 8

4. Bibliografia ..................................................................................................................... 9

5. Anexos ......................................................................................................................... 10
1. Introdução
Esta indagação pretende analisar as esferas do texto tendo em conta caracterização do
Romantismo. No “Romantismo”, a imaginação e o sentimento, a emoção e a sensibilidade
conquistam o lugar que era ocupado pela razão; E a natureza e os seus corolários atraem o
interesse e o pensamento dos homens.

Entretanto, trata-se de um assunto de extrema importância: Análise Literária da obra de


Gonçalves Dias - Canção do Exílio. Nesta perspectiva, tem por objectivo geral analisar o
texto literário. Trata-se de um trabalho de extrema importância, pois proporciona
conhecimentos ligados a estética literária, não obstante a multifacetadas obras que exigem um
raciocínio integrado na sua judicativa análise.

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma:

Capítulo I: Introdução;

Capítulo II: Fundamentação conceptual;

Capítulo III: Conclusão e recomendações Finais;

Capítulo IV: Referências Bibliográficas e enfim capítulo V: Anexos.

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1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral:


 Conhecer analiticamente um texto literário.

1.1.2 Objectivos Específicos:


 Indicar o texto de Gonçalves Dias sobre a canção de exílio como centro de análise;

 Descrever sobre as marcas do romantismo patente no texto canção de exílio;

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2. Análise Literária do Texto Canção do Exílio
António Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de
Jatobá (a 14 léguas de Caxias). Morreu aos 41 anos em um naufrágio do navio Ville Bologna,
próximo à região do baixo de Atins, na baía de Cumã, município de Guimarães. Advogado de
formação, é mais conhecido como poeta e etnógrafo, sendo relevante também para o teatro
brasileiro, tendo escrito quatro peças. Teve também atuação importante como jornalista.

2.1 Análise Textual


A Canção do Exílio, que começa com os versos "Minha terra tem palmeiras, onde canta o
Sabiá", foi publicado em 1857 no livro “Primeiros Cantos”.

É um dos poemas líricos mais conhecidos do poeta romântico brasileiro, Gonçalves Dias.
Sem dúvida, a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, é um dos mais emblemáticos poemas
da fase inicial do romantismo. Nele o autor expressa o nacionalismo ufanista por meio da
exaltação da natureza.

Composto por quatro estrofes, o autor escreveu esse poema em Julho de 1843, quando estava
estudando Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal. Assim, com saudades de seu
país, sentia-se exilado.

Essa saudade fica bastante evidente na última estrofe, em que o poeta expressa o seu desejo de
regressar:

"Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;".

Neste caso à cima, é evidente a sua vontade de regressar sem consequências tomadas a cabo
para o efeito.

Em seguida, temos como análise do terceiro a oitavo verso da primeira estrofe. Neste caso é
evidente as marcas do romantismo, no que tange a imitação do que é belo e exaltação do
patriotismo quando o autor exprime os seguintes sentimentos:

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

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Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Não obstante as marcas do Romantismo existentes nesta pesquisa, notou-se individualismo


quando o autor pensa de forma solitária o lugar da sua origem e neste processo renasce a
solitude, que é entendido como campo de actuação individual para produzir conhecimentos da
exaltação de patriotismo, como vimos em "Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá".

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3. Conclusão
Neste trabalho que teve como objectivo compreender a análise do texto literário. A Canção do
Exílio, que começa com os versos "Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá", foi
publicado em 1857 no livro “Primeiros Cantos” que pertence a Gonçalves Dias.

É um dos poemas líricos mais conhecidos do poeta romântico brasileiro, Gonçalves Dias.
Sem dúvida, a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, é um dos mais emblemáticos poemas
da fase inicial do romantismo. Nele o autor expressa o nacionalismo ufanista por meio da
exaltação da natureza.

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4. Bibliografia
Ackermann, F. (1964) A obra Poética de Gonçalves Dias. O conselho estadual de cultura; São
Paulo.

Barthes, R. (1977) Literatura e sociedade. Ed. Estampa: Lisboa.

Reis, C. (1981) Técnicas de análise textual. 3ª ed. Almedina: Coimbra.

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5. Anexos
Canção do Exílio

"Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar — sozinho, à noite —

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

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Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá."

Gonçalves Dias

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