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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O Papel da educação na formação da personalidade

Rosa Raul Mário Bazo – 708213473

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Habilidades da Vida, Saúde Sexual e


Reprodutiva, Género e HIV & SIDA

Ano de frequência: 2° Ano

Turma: B

Docente: Dr. Generoso Muchanga

Beira, outubro, 2022


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação Subtotal
do
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais ✓ Discussão 0.5
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
✓ Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
✓ Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
✓ Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e ✓ Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos
2.5
dados
✓ Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
✓ Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas APA ✓ Rigor e coerência


Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha de Feedback dos tutores:

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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.2. Objectivos ............................................................................................................................ 4

1.2.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 4

1.2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

1.3. Metodologias ....................................................................................................................... 4

2. A personalidade ...................................................................................................................... 5

2.2. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud ............................................ 5

2.1. Temperamento ..................................................................................................................... 7

2.2. As principais capacidades humanas .................................................................................... 7

2.3. Os pilares de auto- estima e auto-confiante ......................................................................... 8

2.3.2. Os Pilares da Auto-confiança .......................................................................................... 9

2.4. A influência da cultura a personalidade .............................................................................. 9

2.5. Gênero e personalidade ..................................................................................................... 10

2.6. Os papeis de gênero ........................................................................................................... 10

Conclusão ................................................................................................................................. 11

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 12


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1. Introdução
A personalidade é um conceito que se refere a uma visão única e individual do ser humano,
ou seja, é sobre a visão que temos de cada pessoa, fato que faz com que cada uma seja
diferente das outras.

Assim, trabalho surge discute sobre o papel da educação na formação da personalidade. Nesse
sentido foi incumbida a tarefa de realizar um trabalho de carácter individual sobre os textos
expositivo-explicativo e texto expositivo-argumentativo.

Portanto, o trabalho apresenta-se estruturado pela parte introdutória, os objectivos e os


procedimentos metodológicos. Seguindo-se da fundamentação teórica, conclusões e por fim
as referências bibliográficas.
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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


• Conhecer o papel da educação na formação da personalidade.

1.2.2. Objectivos específicos


• Explicar conceitos de personalidade, temperamento;
• Carecterizar as principais capacidades humanas;
• Indicar os pilares de auto- estima e auto-confiante;
• Exlicar a influência da cultura a personalidade;
• Discutir papéis e responsabilidades baseados em género.

1.3. Metodologias
Metodologicamente, este trabalho adoptou o tipo de pesquisa bibliográfica, feita através de
leituras específicas sobre o assunto. A pesquisa foi fundamentada com bases em autores que
discutem conceitos dos temas abordados.
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2. A personalidade
Segundo Delisle (1999, p. 19) caracteriza a personalidade como um específico e relativamente
estável modo de organizar os componentes cognitivos, emotivos e comportamentais da
própria experiência. O significado (cognitivo) que uma pessoa atribui aos eventos (de
comportamento) e os sentimentos (emocional) que acompanham esses eventos permanecem
relativamente estáveis ao longo do tempo e proporcionam um senso individual de identidade.
Personalidade é esse senso de identidade e o impacto que ele provoca nas outras pessoas.

Já para com UCM (2020, p.15) são quatro os factores apontados pelos antropólogos como
determinantes da formação da personalidade de um indivíduo: as características biológicas e
genéticas dos sistemas neurofisiológico e endocrinológico; as características do ambiente
natural e social, em que o indivíduo vive; A cultura, de que o indivíduo participa e as
experiências biológicas e psicossociais únicas, ou a história de vida do indivíduo.

Dalgalarrondo (2000, p. 159) é o conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total


das características individuais, em sua relação com o meio, incluindo todos os fatores físicos,
biológicos, psíquicos e socioculturais de sua formação, julgando tendências inatas e
experiências adquiridas no curso de sua existência. Ele ressalta ainda uma dimensão essencial
do conceito de personalidade, que é o seu duplo aspecto; relativamente estável ao longo da
vida e do indivíduo e relativamente dinâmico, sujeito a determinadas modificações,
dependendo de mudanças existenciais ou alterações neurobiológicas; a estrutura da
personalidade, em sua opinião, mostra-se essencialmente dinâmica, podendo ser mutável sem
ser necessariamente instável e encontrarse em constante desenvolvimento.

2.2. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud


Segundo Rodríguez (2020) desenvolvimento da personalidade é dividida em cinco etapas ou
fases que são identificadas com as zonas erógenas, os órgãos nos quais o prazer sexual, a
energia e a libido das pessoas são focalizados:

• Etapa oral (0-1 ano)

Nesta etapa ou fase, o prazer é encontrado na boca e é obtido com atividades de sucção, de
chupar, de comer ou de morder. Normalmente é relacionada com o ato de mamar, morder
objetos, entre outros. Assim, segundo Freud, um grande exemplo de trauma vivenciado nessa
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situação que pode provocar uma fixação nessa etapa é o fato de interromper a amamentação
antes do previsto ou amamentar por mais tempo que o necessário.

• Etapa anal (1-3 anos)

É caracterizada por ser a etapa na qual a fonte de prazer é encontrada no ânus, portanto, está
relacionada com atividades agradáveis do controle dos esfíncteres (incluindo também a
bexiga), como reter e/ou expulsar fezes. Segundo Freud, nessa etapa podem surgir dois
inconvenientes se a evolução adequada não for seguida: por um lado, as crianças podem
apresentar uma grande retenção de fezes, levando a constipação e, consequentemente,
desenvolver um caráter teimoso.

• Etapa fálica (3-6 anos)

Essa etapa está relacionada com o prazer que as crianças sentem com o exibicionismo dos
seus genitais e o interesse pelos genitais do sexo oposto e o próprio. No início dessa etapa, as
pessoas mostram um grande interesse autoerótico, mas com o passar do tempo, o foco de
interesse muda para os pais, levando em consideração o complexo de Édipo.

Assim, o complexo de Édipo é caracterizado pela busca de satisfação no progenitor do sexo


oposto, embora também apareça um interesse para o progenitor do mesmo sexo, em relação à
superar sua rivalidade. Chega um momento em que o complexo de Édipo entra em um estado
de liquidação, onde pequenas diferenças são encontradas entre meninos e meninas.

• Etapa de latência (5-12 anos)

Nessa etapa, os impulsos sexuais permanecem adormecidos, ou seja, há uma supressão


temporal do instinto sexual nas crianças durante esse período. Nesse sentido, essa etapa é
caracterizada por não ter uma área específica onde o prazer está focalizado.

• Etapa genital (puberdade e maturidade)

Essa etapa é caracterizada pelo surgimento, novamente, dos interesses sexuais e de satisfação,
atividades sexuais começam e a organização e a maturidade sexual são produzidos. Além
disso, a identidade sexual das pessoas é reafirmada.
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Segundo Cloninger (2002) o desenvolvimento da personalidade pode ser influenciado por


vários fatores ou aspectos, tanto ambientais como da própria pessoa. Os fatores que
influenciam no desenvolvimento da personalidade são:

Por um lado, as situações ambientais externas podem levar as pessoas a adaptarem seus
comportamentos e pensamentos a tais situações. Assim, em relação aos fatores ambientais que
influenciam no desenvolvimento da personalidade, podemos contemplar a cultura, as
experiências, entre outros.

Por outro lado, os aspectos internos da pessoa podem ser combinados para influenciar no
comportamento dos indivíduos. Referindo-nos a esses fatores internos das pessoas, devemos
levar em consideração os fatores biológicos e hereditários, as necessidades, os pensamentos, o
temperamento, caráter, etc

2.1. Temperamento
Segundo UCM (2020) considera temperamento como sendo à vivacidade duma pessoa, a
intensidade com que os estímulos são respondidos, o nível geral de energia e actividade duma
pessoa. (p.16)

Segundo Rothbart, Ahadi e Evans (2000), o temperamento surge da herança genética e


influencia as experiências de cada individuo, mas também é influenciado por essas
experiências.

De acordo com Fox, Henderson, Rubin, Calkins e Schmidt (2001), o temperamento é


caracterizado como um conjunto de diferenças individuais estáveis de forte base genética e
neurobiológica que se manifestam desde que a criança nasce.

2.2. As principais capacidades humanas


Segundo UCM (2020, p. 25 a 26) as principais capacidades humanas por desenvolver as
seguintes:

Domínio sobre a afectividade - Permite aproveitar a riqueza da afectividade, sem se


lhe estar submisso, etc.
Prevalência do amor - Um amor, que se dá aos outros, num processo dinâmico e
habitual de integração interpessoal. Na vida do ser humano, existem diversas etapas,
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que o vão preparando para atingir a possibilidade de viver o amor maduro. Todas elas
deverão ser vividas em plenitude.
Capacidade de auto-reflexão, de auto-análise, de autocrítica e de crítica dos
outros - É o dinamismo do aperfeiçoamento e crescimento pessoal. A finalidade da
crítica é a análise atenta e objectiva do modo de agir das pessoas e do acontecer, na
sociedade. Isto supõe um processo de identificação de causas, de avaliação de
situações e comportamentos e da procura de novas soluções: tudo se dirige à
formulação de uma verdade.
Sentido de responsabilidade - O "sentido de responsabilidade" é fruto da vivência.
Trata-se de um processo gradual e progressivo da educação auto consciente. O ser
humano que foge das responsabilidades, que não se arrisca conscientemente, quando é
preciso, que não assume, não se compromete, tem os traços da maturidade de uma
criança.
Capacidade de Adaptação - A adaptação da pessoa madura e psicologicamente
adulta constitui-se, num hábito espontâneo de flexibilidade e sensibilização, face às
exigências e expectativas das pessoas e situações, com que convive.

2.3. Os pilares de auto- estima e auto-confiante


F. Potreck-Rose e G. Jacob (2006, cit. por UCM, 2016, p.17) propõem uma abordagem
psicoterapêutica, para a baixa auto- estima, baseada no que elas chamam "os quatro pilares da
auto-estima":
1. Auto-aceitação: uma postura positiva, com relação a si mesmo, enquanto pessoa.
Inclui elementos como: estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, ter respeito a si
próprio, ser "um consigo mesmo", e sentir-se em casa, no próprio corpo;
2. Autoconfiança: uma postura positiva relação às próprias capacidades e desempenho.
Inclui as convicções de saber e conseguir fazer alguma coisa, e de fazê-la bem feita, de
conseguir alcançar alguma coisa, de suportar as dificuldades e de poder prescindir de
algo;
3. Competência social: é a experiência de ser capaz de fazer contactos. Inclui saber lidar
com outras pessoas, sentir-se capaz de lidar com situações difíceis, ter reacções
flexíveis, conseguir sentir a ressonância social dos próprios actos, saber regular a
distância-proximidade com outras pessoas;
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4. Rede social: é estar ligado a uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma
relação satisfatória, com o parceiro e com a família, ter amigos, poder contar com eles
e estar à disposição deles, ser importante para outras pessoas.

2.3.2. Os Pilares da Auto-confiança


• Positividade;

• Convicção;

• Consciência de capacidade;

• Foco no desenvolvimento;

• Pensamento abundante.

2.4. A influência da cultura a personalidade

Segundo UCM (2020) afirma que atitudes, valores e crenças são importantes porque
influenciam como as pessoas se comportam, e são incluídos em todas as teorias sobre a
mudança de comportamento. Quando as pessoas têm uma atitude positiva em relação a algum
comportamento, eles são mais propensos a se envolver nesse comportamento; pelo contrário,
quando têm uma atitude negativa, são menos propensos a se envolver naquele
comportamento. E quanto mais forte e mais específico é a atitude (alias o gosto ou desgosto),
quanto mais influência terá no comportamento. (p.27).

Abrunhosa (1993) definiu a cultura como sendo o processo de transformação operado pela
sociedade na conduta individual do homem, em ordem a datá-lo de maiores possibilidades no
respeitante à consecução de um nível maior de adaptação e aproveitamento do meio.

A cultura influência na consciência do cidadão de forma positiva, quanto regula os instintos


agressivos do cidadão, e de forma negativa, o cidadão vê pela cultura como sendo um dogma,
mito. Neste caso a cultura produz a inconsciência, prejudicando assim a própria sociedade e o
meio ambiente.
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2.5. Gênero e personalidade


O termo gênero é comumente utilizado nas Ciências Sociais e Humanas para enfatizar o
caráter cultural das diferenças existentes entre homens e mulheres. As assimetrias de poder
que demarcam estas distinções e discriminações são justificadas pela atribuição de
características entendidas como naturais entre homens e mulheres, traços decorrentes das
distinções corpóreas, em especial as associadas às capacidades reprodutivas.

Gênero então corresponde aos processos individuais, sociais, institucionais, nunca finalizados,
fixos e lineares, pelos quais os sujeitos vão se constituindo como masculinos e/ou femininos,
em meio à cultura e às relações de poder (Meyer, 2003).

2.6. Os papeis de gênero


O termo papéis de gênero refere-se a um tipo de papel social que determina a maneira pela
qual homens e mulheres na sociedade devem agir. Os papéis de gênero são baseados em
normas e padrões acordados pela sociedade sobre o que é masculinidade e o que é
feminilidade. (Lindsey, 2005).

Lindsey (2005) os papéis de gênero são construídos sobre as noções que uma determinada
sociedade tem sobre masculinidade e feminilidade.

Segundo UCM (2016) refere que os homens e mulheres desempenham papéis diferentes, na
sociedade:

• Papel reproductivo: inclui cuidar da criança/ responsabilidade de criação e trabalho


doméstico (não remunerado).

• Papel productivo: trabalho efectuado, para sustentar a vida individual e colectiva;


inclui a produção para o mercado (trabalho remunerado) e a subsistência doméstica
(trabalho não assalariado).

• Papel da Gestão Comunitária: provisão e manutenção de recursos escassos de


consumo colectivo, tais como a água, os cuidados de saúde e educação; normalmente,
é um trabalho não remunerado.

• Papel político: atividades executadas, ao nível comunitário, até nacional, ao nível


formal político. Na maioria, são atividades remuneradas.
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Conclusão
A personalidade é um conjunto de características que se desenvolvem durante a vida
(principalmente na infância e adolescência) é necessário que tenhamos a consciência da
importância de saber quais são os estímulos que chegam para os alunos e para nossos filhos, a
fim de estarmos envolvidos no seu desenvolvimento.

Contudo, a auto-estima, como parte valorativa do conhecimento de si mesmo, ou seja, o juízo


que eu faço sobre mim mesmo, pode ser concebida como a atitude de uma pessoa sobre si
mesma. E também uma característica da personalidade, se bem que menos estável do que a
auto imagem, por ser sensível a variações do humor.
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Referências bibliográficas
Abrunhosa, Maria A. (1993). Introdução à Psicologia, 5ª edição, Volume 1 Edições ASA Rio
Tinto
Branden, N. (2002). Autoestima e os seus seis pilares. Tradução de Vera Caputo. 7. ed. São
Paulo: Saraiva.
Cloninger, S.C. (2002). Teorías de la personalidad. 3ª Edición. Pearson: Prentice Hall.

Dalgalarrondo, Paulo. (2000). Psicopatologia semiologia dos transtornos mentais. Porto


Alegre: Artmed. development. (6th ed.).
Delisle, Gilles. (1999). Personality Disorders: A Gestalt-therapy perspective. Otawa: Sig
Press.
Farr, Robert M. (1998). As Raízes da Psicologia Social Moderna, 10ª edição, editora Vozes,
Brasil, ISBN: 978-85-326-2092-7.
Lindsey, L. (2005). Papéis de gênero: uma perspectiva sociológica. Nova Jersey: Pearson
Prentice Hall.
Meyer, Dagmar Elisabeth Estermann. (2003). Gênero e educação: teoria e política. In:

Rodríguez, Nerea Babarro. (2020). Desenvolvimento da personalidade: etapas e fatores de


influência. Recuperado a 21 de outubro de 2022 em: https://br.psicologia-
online.com/desenvolvimento-da-personalidade-etapas-e-fatores-de-influencia-412.html

Rothbart, M., Ahadi, S., & Evans, D. (2000). Temperament and personality: origins and
outcomes. Journal of
Universidade Católica de Moçambique - UCM (2016). Disciplina Curricular - Habilidades
de Vida, Saúde Sexual, Reprodutiva, Género e HIV - SIDA. Beira
Universidade Católica de Moçambique - UCM (2020). Habilidades de Vida – Manual de
Estudante. Beira

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