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Tradução discurso Swami Shankaratilaka 25/5

Bom, eu também vou fazer uma auto-apresentação:


Nessa vida, o que faço é muito fácil de explicar: Eu sou um Sadhu Védico, isso é, um
Monge Hinduísta. Professor de religião dos vedas na sua vertente ortodoxa
chamada "Smarta Sampradaya" cujo reformador e fundador é Adi Shankaracharya e
cuja doutrina se baseia no Advaita - sem dualidade. Eu tenho estado ligado ao Dharma
Védico desde 1974, eu fui consagrado como monge e mestre há 41 anos.

Agora é hora deu te contar a coisa mais importante, eu não sou autodidata, eu devo
tudo ao meu venerável Gurudeva. O seu nome era Sri Swami Tilak Parahamsa. Swami
Tilak era o meu Brahma Vidya Gurudeva, que é o meu mestre reitor. Isso significa que
eu também fui formado por outros Acharyas Védicos de grande prestígio e grandeza
erudita religiosa. Então nas minhas aulas convergem várias Sampradayas e vertentes.
Eu sirvo a minha religião hinduísta como reitor da Fundação Védica Internacional,
formando paroquianos civis, pregadores religiosos e monges. Eu também sirvo ao meu
Dharma, que é a minha religião, colaborando com todos os professores honestos,
professores e amigos (que me convidam e me incluem) nos seus programas, sempre
que eu veja que vale a pena e há uma possibilidade de plantar sementes de
conhecimento e Dharma, para tornar a vida mais saudável, harmônica e elevada.
Então eu não me limito a ensinar somente na minha escola védica da minha instituição
ou no ambiente da minha sangha.

Eu vivo serenamente na minha casa na Hungria, na Europa, com uma pequena sangha
monástica dedicada a oração, trabalho, meditação, estudo e silêncio.
Eu ensino em práticas abertas nas duas escolas residênciais na nossa fundação em
Rishikesh na Índia, uma é chamada "Yoga Laya Ashram" que está na aérea de Ram
Jhula, ao lado de Shivananda Ashram e a outra "Yoga Mata" está na área do Tapovam.
Em ambas escolas você pode solicitar acomodação e estudar o Dharma através da
Filosofia do Yoga e da Meditação. A fundação tem um belo templo em Yoga Laya
dedicado ao venerável Swami Tilak onde você pode meditar e ler em perfeita
serenidade.

Você pode entrar em contato comigo através do Facebook digitando Swami


Shankaratilaka e com os Ashrams buscando por Yoga Laya Sisters.

Prem Baba, nossa amizade. Prem Baba e eu somos amigos. Nós nos amamos e nos
respeitamos. Como amigos andamos em calças jeans, cozinhamos, nos banhamos em
rios, fazemos compras juntos. Nós nos visitamos e conversamos sobre tudo um pouco.
Muitos anos já se passaram desde que começamos essa amizade. Como amigos, tento
me infiltrar nos seus programas e dou algumas palestras como a que vou dar. Assim,
eu ajudo a promover o Dharma.
Eu gosto dele e da sua aluna e parceira espiritual Lileshvari. Eu gosto muito da
Lileshvari. Não sei se ela está por aí...
Ainda não tive a possibilidade de estar com ele (Prem Baba) no Brasil. Hummm ainda
não tive a possibilidade de estar com ele no Brasil. Repito.... Ainda não tive a
possibilidade de estar com ele no Brasil. Mas sim na Índia e agora através dessa
experiência online.

Parabenizo a ele por estar nesse retiro e despertar pensamentos e corações na sua
companhia. Encorajo a vocês para que juntos, com a graça divina, todos cresçam em
luz e graça. Me perdoem pelo meu português terrível. Não vou dar a palestra em
português.

Todos muito bonitos e muito bonitas. Muito, muito, muito. É que todos os brasileiros
são assim muito bonitos, grandes, fortes. Assim como veem, eu já estou velho.
Vocês viram como o Prem Baba está cada dia mais velho ele também? Você tem
cabelo branco.

Bom, vamos começar! Vamos.


O tema do programa se chama, a palestra se chama...
Bom, espero que me entendam em espanhol. Espero... vão me entender? Vão fazer
um esforço? Sim?
Vejo a duas senhoritas.
Me falem quando posso começar.
Quando começo?
(Prem Baba avisa que o som havia caído e pede para ele repetir)
Estava pedindo perdão pelo meu português e confiando que vão me entender em
espanhol.
Vão entender? Vão fazer um esforço?
Me digam quando começo.
(Sim, pode começar)

A conversa que vamos dar trata-se sobre “A Pessoa Feliz”.


E havia uma frase de Mahatma Gandhi que dizia “a felicidade se alcança quando o que
você pensa, o que você diz e o que você faz, estão em harmonia”. Assim que temos um
desafio muito grande, diante de nós, de poder compreender o que é a felicidade. Não
só a felicidade, mas sim também quem é “a pessoa feliz”.
Não o que é a felicidade, mas sim “quem é uma pessoa feliz”, é algo diferente.
Quando falamos da felicidade falamos de algo abstrato, mas quando falamos de uma
pessoa que é feliz, podemos estar falando de você, ou de você ou de você. De
qualquer pessoa podemos estar falando nesse momento.

O primeiro que eu gostaria que vocês pensassem é nesse desafio mental. A felicidade é
uma ilusão que nos encoraja, é algo que nos estimula, mas que é uma ilusão.
Assim que a felicidade é uma ilusão. A felicidade é um pensamento, é um desejo
intenso que está em todas as culturas do mundo, em todas as épocas.
E é assim porque há uma percepção natural do sofrimento, que está escrito e gravado
nos genes de todo ser humano, que vincula com o sofrimento e essa vinculação nos leva
ao desejo de evitar o sofrimento. Organicamente chamamos felicidade do cesse ("fim")
da dor.

(Prem Baba avisa que irá tirar a câmera para melhorar a conexão)
Estava dizendo que a veiculação com o sofrimento leva consigo a veiculação com o
desejo de evitar o sofrimento e que organicamente chamamos felicidade ao fim da dor
e psicologicamente entendemos a felicidade com a ausência de sofrimento.
Como temos o sofrimento escrito nos nossos genes, queremos nos liberar do
sofrimento e é aí onde criamos todas as ideias e recursos necessários para nos libertar
do sofrimento e buscar a felicidade.
Não sabemos o que é a felicidade, mas a buscamos.
O que sim sabemos é o que é a dor e a dor não é evitável, está conosco desde o
princípio da nossa vida, é parte da doença, é parte da decadência e parte da nossa
morte. Logo deduzimos, imaginamos, que a felicidade seria a extinção da dor, acabar
com a dor.
Mas a dor nunca irá se acabar, nascemos com dor, vivemos com dor, sempre nos dói
algo, fisicamente, organicamente. Mas também sentimos dor nas nossas emoções, e
essa dor nas emoções, podem, segundo as religiões orientais, ser "cancelável",
extinguir essa dor e fazer com que essa dor nunca mais volte a nós.
Fazemos isso na mente e a mente pode se unir com a dor, vivemos com a dor,
podemos coexistir com a dor. Mas a mente pode também neutralizar o sofrimento, ou
seja, pode ir onde está a raiz do sofrimento e acabar com ela (a dor).

Outro desafio mental é entender que a felicidade é um jogo muito sério. Em português
e em espanhol, línguas românicas, temos um termo que é a origem da palavra
felicidade, é o termo latino "ludere" que significa jogar e há outro termo que é
"ludere" que significa se divertir, brincar, é dizer, relativizar as coisas, tirar peso.

Assim que se seguimos com os segredos das palavras, percebemos que há palavras
que tem a ver com a palavra ilusão, dado que a palavra ilusão... o que é uma ilusão?
Algo que parece que é, mas não é.

Assim temos a palavra “iluso”, que quer dizer aquele que se deixa enganar. Também
temos a palavra “ilusório”, que tem um conteúdo ilusório.

Assim então a felicidade tem um conteúdo dentro das nossas mentes de mais fantasia
e mais desejos, do que existe na realidade.
Nos enganamos por ilusionistas (ilusionistas são os que geram engano, são os que
jogam com o engano) assim eles se divertem entre eles ou divertem a outros com
estratégias falsas ou com promessas e com fantasias.
Por exemplo, quando queremos apaixonar alguém, prometemos a lua. Quando
dizemos mentiras tão bonitas como "nunca me senti assim com alguém", ou algo pior,
quando vamos nos casar e que vamos nos casar para sempre.
Todos querem acreditar nessa ilusão, porque sem ilusão não vale a apena viver. Mas
todo mundo sabe que não é real, mas todo mundo quer acreditar nessa realidade.

O terceiro desafio é uma mentira impacto, nós entramos em um acordo para mentir,
entramos em acordo com a gente mesmo para mentir. Por isso a sociedade está muito
superestimada. A felicidade move a vida do homem, cria um estado de ânimo, um
estado de ânimo para sobreviver, a vida é muito feia na maior parte das vezes e a
busca da felicidade nos convida...
(Prem Baba fala que falhou um pouco)

A felicidade nos cria um estado de ânimo para a sobrevivência, porque a vida é muito
miserável. A vida é muito dura, nos dá esperança. Mas a busca pela felicidade também
nos convida ao amor, a fazer família, mas como já falamos antes, ao nosso redor,
vemos que as pessoas que se casam...

(Prem Baba sugere que o Swami tire o vídeo, mas ele avisa que está conectado
fazendo uma live no Facebook e não pode tirar o vídeo)

Eu dizia que todos nós conhecemos quando o amor se acaba, o amor se acaba em
nossos pais, em nossos irmãos, em nossos vizinhos, fracassam na tentativa de ser
felizes na família, mas todos queremos mentir e acreditar que a nós sim, vai funcionar.
Por isso há quem se casa 1, 2, 3, 4 vezes e segue querendo mentir a si mesmo,
pensando que na sexta vezes vai funcionar.
Essa mentira da busca da felicidade também organiza crenças religiosas e políticas, por
isso as religiões existem, porque nos prometem uma busca pela felicidade, nos
vendem as vezes um ticket para depois dessa vida, se é mentira depois não poderemos
reclamar.
As pessoas vivem toda a sua vida com essa esperança. Os políticos, sabemos que todos
são corruptos, mas votamos para que Brasil seja melhor. Sabemos que não vai
acontecer... esse movimento dessa mentira move nossas vidas. Essa mentira
consentida, essa ilusão, criamos cidades que vamos a viver muito bem, criamos nações
e estimula o consumo, meu Iphone vai me dar felicidade, mas não tanto porque o
Prem Baba tem um Iphone maior que o meu.

Assim que a busca da felicidade, que é essa mentira estimula tudo, que queremos ser
enganados com todos os tipos de promessas, vamos ao cinema para ter um momento
de felicidade, nos sentamos duas horas para ver uma grande mentira, uma grande
ilusão, mas queremos estar entretidos, que é uma dimensão da felicidade.
Porque estamos todos no Instagram e Facebook e fazemos selfies, porque muitos likes
me fazem feliz, popular.

(Prem Baba diz “Oh my god”)

A felicidade é um empréstimo karmico, que nos dá o Banco do Karma e segundo o


“Prarabdha Karma”, ou karma das vidas passadas, os karmas acumulados, nascemos
com opções de felicidade mais ou menos opções.
Por exemplo, segundo o karma favorável de vidas anteriores, nascemos em uma
família favorável, há mais dose de felicidade, ou temos uma economia favorável de
entrada, ou temos uma cidade favorável, ou uma parte da cidade favorável, não num
lugar ruim, onde é muito difícil ser feliz de entrada e ir subindo a encosta da felicidade
é difícil.
Ou nascemos numa nação favorável, por exemplo na Dinamarca, que favorável!
(Risadas)
Ou temos uma educação favorável que nos permite ter uma cultura favorável e que
nos permite conhecer mais sobre a felicidade. Outros não tem esse “Prarabdha
Karma”, esse karma favorável de vidas passadas, ou temos encontros entre a gente
que são favoráveis. Vocês por exemplo, são muito bem favorecidos porque se
encontraram com Prem Baba e agora são muito desgraçados porque se encontraram
comigo.

É fácil ser feliz se você tem uma saúde favorável, se você não tem, a busca da
felicidade não é tão fácil.
Mas não há nada dentro de todas essas coisas favoráveis, não há nada comparável
porque somos iogues, espiritualistas, mas não há nada comparável com o poder
acender ao dharma, a uma cultura espiritual e humana elevada e diferente que não
aprendemos nas nossas famílias ou sociedade porque nascemos longe da Índia.
Também somos muito, muito favorecidos, porque temos acesso ao sangha, estamos
em companhia de pessoas boas, honestas e espirituais que nos ajudam e podemos
aceder ao guru, que já é o top 10. Ter acesso a uma pessoa que nos pode ensinar o
segredo de como ser uma pessoa feliz!
Porque ser uma pessoa feliz não se aprende na universidade!

Então apesar da felicidade ser uma ilusão, essa ilusão é necessária para viver, porque
essa ilusão é o veículo que nos permite obter uma felicidade relativa, é dizer, um
pouquinho de felicidade, mesmo que se acabe, essa felicidade relativa é necessária
para a vida, é como cada dia temos que comer e comemos um pouco para cada dia e
não comemos um dia para a vida toda.
E temos que ter um pouco de felicidade para cada dia para que essa felicidade seja um
motor para nossa vida. Que nos empurre para ir melhorando, para criar projetos.

Assim que a felicidade permanente não existe, mas existe uma felicidade relativa para
um estado de ser. Que eu possa ser feliz quando tenha doença e não tenha dinheiro,
ou esteja na prisão ou esteja morrendo. Para ser não se necessita ser feliz e
necessariamente ter coisas favoráveis.

Mas essas coisas favoráveis ajudam para conseguir internamente construir a pessoa
feliz, isso é importante. Se não compreendemos que a felicidade é um estado de ser,
referente ao ser e não ao que se tem, sempre vamos a nos decepcionar ou nos frustrar
e ir reclamando e acusando, culpando aos outros e negativando a nós mesmos. Tudo
isso não nos vai trazer, sem dúvida alguma, a possibilidade de ser uma pessoa feliz.

Há uma perspectiva que é a da felicidade psicológica.


A felicidade biológica não existe sempre, pelo fato de nós vivermos, crescermos e
envelhecermos e sentirmos dor. E a dor como tal, não se extinguirá. Por isso, não
existe a felicidade biológica.
Mas sim que existe a felicidade psicológica e ela requere uma mente saudável, que
pense bem. E para que a mente esteja saudável, é preciso que seja positiva, que não se
refugie no passado, que não vá ao passado nunca encontrar momentos e espaços
confortáveis onde se possa escapar da realidade presente.
Para ter uma mente saudável é preciso que a pessoa, e que sua mente, estejam
preparadas para enfrentar o presente com otimismo. Porque se as dificuldades são um
problema, porque se você pensa que esse problema não terá nunca solução, a pessoa
entra em crise.
Assim que as pessoas psicologicamente saudáveis vão se projetando ao futuro, pouco
a pouco, não a longo prazo, criam metas pequenas, passo a passo, porque se coloca a
felicidade em conseguir uma meta a longo prazo, com certeza se tencionarão e se
frustrarão e onde há tensão, há frustação e infelicidade.

A palavra infelicidade quer dizer ser incapazes de poder captar nem tão sequer um
pouquinho da felicidade relativa. E como aquele que não pode digerir a comida, pode
até mudar as escolhas de comida, mas qualquer comida sempre vai cair mal.
Assim que a necessidade psicológica precisa de um projeto, este projeto há de ser
pessoal e positivo. Quero dizer, podem existir projetos comuns, mas cada indivíduo
precisa viver (o projeto) com muito coração naquilo que faz.

Se a pessoa não faz o projeto com muito coração, muita vontade pessoal, muita
positividade, não vai vivenciar com carinho e com amor e no final, não estará
colocando energia emocional suficiente.

A pessoa, para que tenha felicidade psicológica, precisa também ser coerente e
realista, que não haja contradições nem em seu projeto nem nela mesma (entre o que
pensa, o que sente, entre o que fala, o que faz, que a pessoa não esteja dividida).
Uma pessoa que vai para frente, não olha para trás, vai sempre para frente.

Para que haja felicidade psicológica, a pessoa precisa juntar amor e trabalho,
combinados. O trabalho apoia o amor, porque quando não ha trabalho, o amor não se
mantém, porque não se pode construir um projeto de vida, a pessoa se degrada.

Nas escrituras dos Vedas dizem que o Dharma começa no trabalho, começa em saber
como se manter na vida. O projeto psicológico também é necessário no trabalho, que
o que se faça e o que se veja no trabalho, também seja uma via de crescimento
interno. Para obter bem-estar, não como um fim em si mesmo, o trabalho é um meio a
mais para poder edificar uma vida transcendental e uma vida superior.

Mas precisamos dos pilares objetivos de ter uma boa economia, uma saúde boa, uma
vida emocional boa, sem isso, que vida espiritual podemos construir se não uma vida
de reclamação, de lamento, de sofrimento, escura?

Também é preciso que se trabalhe com amor, uma coisa é que se ame ao trabalho e
outra é que se trabalhe com amor. Quero dizer, que independente do que você faça ou
de quanto dinheiro ganhe, você busque fazer bem o que você faz, porque você vê
como você vai crescendo como pessoa em suas capacidades e honestidade. A
honestidade é fácil de ter quando você trabalha com amor, com mindfulness, com
atenção plena, com espirito de serviço e espiritualizando qualquer tarefa que você faz,
qualquer trabalho, limpar, cozinhar, arrumar, trabalhar com o computador, construir
casas. Você talvez possa mudar de trabalho, mas o espirito de trabalhar com amor
sempre tem que ser o mesmo e ir crescendo para cima.

E para que haja essa felicidade psicológica é preciso uma capacidade de autocrítica,
que você mesmo possa analisar os seus próprios erros, que não precise que outros
tenham que analisar, que você tenha capacidade de ver os seus erros e tenha
capacidade de superar as adversidades, ou seja, as coisas contrarias, as derrotas, e
poder se superar e crescer. Porque quando você não tem autocritica esconde os erros
e mantem uma personalidade falsa e soberba, que é como um tumor, a pessoa
somente deseja crescer quando os outros a olham.

Há uma felicidade serena, essa é quando se tem maturidade. As vezes a maturidade


vem com a idade, mas não é garantia. Há maturidade independente da idade, quando
se tem serenidade e benevolência.
Benevolência é o desejo de fazer o bem a outros, não desejar nada mal. Na
benevolência se expressa a gratidão para dividir o recebido. Quando uma pessoa é
mais velha, pode se dar conta que foi ajudado muitas vezes então ela ajuda porque foi
ajudada. Esse espirito de agradecimento se chama a memória do coração, a memória
do coração é muito importante no tantra.

No tantra da Caxemira, se diz que o coração tem uma memória do passado na


gratidão. Há que aspirar a uma felicidade racional e ganhar qualidade de vida. E a
qualidade de vida se tem quando um amadurece na ideia do que é a vida e então sabe
que tem qualidade de vida quando se tem tempo, não conflitos, e segue aprendendo.
Quando se tem essas três coisas, você tem qualidade de vida. Você tem tempo para
você e para muitas coisas, não se mete em conflitos, você pode ocupar o melhor do
seu coração em sua memória e não para estar lembrando com ressentimentos ou com
ódio o que passou de mal. Por isso quando um perdoa, inclusive os seus inimigos,
quando você reza para os inimigos, você se cura, porque o pior que pode passar a uma
pessoa é manter o “cavalo de troya” no seu interior, todo o tempo pensando na
pessoa ou pessoas que te fizeram mal.
Assim, definitivamente, a felicidade é um estado permanente de ser. O verdadeiro
conceito da felicidade é um estado permanente de ser e a felicidade no ser é a única
felicidade real.

E esta felicidade de ser não é uma felicidade que vem do ter, portanto não se faz
felicidade para ter, se faz felicidade para ser, no ioga chamamos de “santosha”.
Este “santosha”, a satisfação interior, se aprende diretamente da palavra de um guru
através do seu exemplo e suas diretrizes. Isto é muito importante.

O termino “santosha” que é quem tem satisfação em seu interior, forma parte das
observâncias, do que temos que cumprir e ter, como os requisitos para aprender a
como ser um iogue. Por isso Patanjali diz que tem “santosha” é aquele que pode estar
satisfeito em seu interior, independentemente de qual seja a situação ou conflito que
haja em seu exterior. Isso, Abhinavagupta Acharya que era um mestre do tantra, como
antes eu falei, ele dizia que isso se chamava construir um lótus mental, o lótus pode
ter sua raiz no mais escuro, mas o que está na coroa do lótus, não se afeta, por isso,
quem é um iogue segundo Krishna, é a unica pessoa que pode ser feliz nesse mundo, a
única. Todos que querem ser felizes no mundo, mas não aprendem a gerir suas
emociones, disciplinar seus sentidos, ter uma cultura de conhecimento espiritual e
transcendente, não sabem se manter serenos diante das adversidades, para ter um
critério e um intelecto para poder ver as coisas com clareza. Se confundem, se enchem
de cólera, de emoções ruins, dizem coisas, pensam coisas, sentem coisas e fazem
coisas que depois se arrependem, muitas delas não têm como serem arrumadas.
Tudo isso ensina a pessoa, que quando comete muitos erros, vai perdendo a
capacidade de responder, é como alguém que se machuca em uma perna várias vezes
e já não pode correr bem.

Assim que quando nós chegamos aos pés de um guru, temos a oportunidade de
aprender sobre dharma, de estar numa boa companhia, de estar numa atmosfera
positiva que se chama sangha, podemos então aprender o karma sannyasa, que é
viver, fazer karma, mas sem que esse karma nos afete.
E isso é se chama "não nos afetar", é como o que come e defeca, como o que trabalha
e depois dorme bem, como o que se põe a meditar e deixa o mundo de um lado e o
mundo não está na sua mente.

Isso, Sri Krishna reflete muito bem no Bhagavad Gita no diálogo 5, no verso 22, que diz:
"Está liberado aquele que possui um intelecto equilibrado e se mantem equânime
entre os inimigos e amigos, entre os piedosos e os pecadores, entre os estranhos e
conhecidos, entre seus parentes, entre os que o apreciam e entre os que o odeiam".
Preciso me retificar, não é o diálogo 5, verso 22, é o diálogo 6 verso 9.

Assim então, vou concluir e abrir para que vocês, se quiserem, interajam comigo e vou
dizer a vocês algo muito interessante:
Como vocês sabem, na apresentação eu falei que sou monge e sou de uma religião que
é a religião hinduísta, que também se chama védica, se pode chamar das duas
maneiras. Nessa religiosidade, o Ioga nasceu e o Ioga é o nosso caminho para obter
santosha, o caminho do coração, o caminho interno para que a nossa felicidade não
dependa de nenhuma pessoa, animal ou coisa, mas que dependa do nosso poder de
repousar na graça de deus.

Há um texto sagrado que se chama “Linga Purana”, que considera que o niyama, a
observação mais elevada de santosha , da satisfação interna, se obtém quando se
segue obedientemente as indicações dadas pelo seu guru, obedecendo ao guru o
iogue garante seu bem-estar, já que seu pensamento e sua ação nos assuntos do
mundo estarão certificados e garantidos porque estarão em dharma.
E ao estar em dharma, o homem estará protegido e esta proteção vital o levará a dita,
se sentirá ditoso, alegre e feliz. Isso se chama a obediência ao mestre espiritual, em
sânscrito “Guru-Shushrusha” significa ser capaz de escutar atentamente as palavras do
guru. “Sru” significa escutar “sura” significa ter um desejo, ter vontade de estar ao lado
do guru. Quando alguém não tem vontade de escutar, não entende e não muda nada.
Logo santosha precisa que haja vontade de querer ser uma pessoa feliz e não ser uma
pessoa que se engane, auto-engane ou se engane com as coisas.
Para ser uma pessoa feliz você tem que querer saber a verdade, a verdade sobre você
mesmo e verdade de todas as relações, então não ir pela vida querendo que te contem
histórias.

Bom, agora podemos interagir. A forma de interagir é que perguntem algo sobre o
tema.

(Prem Baba pergunta se alguém tem vontade de fazer uma pergunta. Tem uma
pessoa, Marta por favor)

Uma pessoa entre tantas, menos mal!

Marta: Primeiro quero agradecer pela palestra, foi muito esclarecedora. Você tem
algum livro que trate sobre esse assunto, a felicidade, que a gente possa encontrar em
português?

Swami: Há um livro, tenho talvez por aqui... um momento... estava por aqui. Ah! Está
aqui, esse livro se chama "Os Pilares da Felicidade" desse psicólogo que se chamava
Bernabe Tierno. Mas não se se haverá em português.

O mais importante não é o que se lê sobre a felicidade e sim sobre o que fazemos para
construir uma personalidade capaz de ser feliz. Por isso, terminei dizendo que segundo
os próprios ensinamentos do yoga, havendo a oportunidade de aprender de um guru,
receber conselhos, exemplo e ordens, aprendemos o que nos convém.

Sei que vivemos numa época anti-guru, numa época anti-discípulo, onde todos
queremos ter ao guru escravo ao nosso serviço, isso se chama Google! Claro!
E isso o homem não aprende assim, os livros guardam como as gravadoras, guardam
palavras, mas carecem da shatkipat, da energia viva, que somente se adquire de um
homem a outro homem, de pessoa a pessoa. Entendo que a sociedade moderna quer
nos tirar isso também, a sociedade quer nos tirar a capacidade de aprender de pessoa
a pessoa. Criou internet para que sejamos maquinas programáveis, por exemplo se
você pergunta ao google e ele não te dá a resposta que você quer, você não fica bravo
com o google, mas se você pregunta ao Prem Baba e ele não te dá resposta que você
quer, você fica bravo com o Prem Baba.

Isso é muito positivo porque é o único que você pode confrontar com você mesmo,
aquilo te faz crescer e o Prem Baba como um guru, representa um desafio de
crescimento. Ele te diz não e você quer um sim e ele te diz não e você quer sim, sim,
sim e Prem Baba te disse "ah" e sai andando e nesse momento você se encontra com
uma situação de conflito de crescimento com você mesmo, onde você se pergunta “O
que eu faço? Aposto ou não aposto? Vou ou não vou? Mudo ou não mudo?

A sociedade moderna do século 21 e do século 22 está construindo pessoas sem guru,


estão construindo pessoas incapazes de ser discípulos, não podem disciplinar-se.
Vivem drogadas no que dá vontade, no que querem, querem beber, querem comer.
Quero ver filmes, vejo..., Mas tudo isso debilita a vontade.
O homem está feito de três forças: de vontade de ação e de conhecimento; capacidade
de aprender, atuar, mudar as coisas; e ter vontade de superar as dificuldades.

Os animais não têm essas três vontades, nem as plantas. A vaca nunca vai voar nem
nunca vai latir, mas eu posso voar, eu voo e posso dizer muuuu muuuu.
Mas isso eu preciso aprender de uma pessoa.
Por isso os livros de auto -ajuda são simplesmente como mapas, mas você precisa de
um guia, com quem você aprende como homem, como se cai e como se levanta.

Uma vez eu disse a Prem Baba o que Swami Tilak dizia: um homem não pode aprender
de um deus. Nossos gurus não podem, nem devem de ser deuses. Nós queremos que
nossos gurus sejam perfeitos, mas o universo não admite o perfeito filosoficamente e
fisicamente, porque o universo é imperfeito. Se fosse perfeito, não haveria ação, não
se moveria, estaria já feito, não haveria mudança.
Então como podemos aprender de um deus, um deus não erra, mas um deus também
não vai no banheiro, nem tem indigestão. Eu sei que o Prem Baba vai no banheiro
fazer número um e número dois, eu já vi... (Prem Baba diz: ele é ótimo) ... Eu vi ele
indo no banheiro... não vi... somos amigos mas não tanto tanto para isso.

Isso é bom, porque um guru humano que erra, que tem problemas, te ensina como se
levanta, como corrige os seus erros, te dá exemplo. Todos os que querem um guru
perfeito, querem uma mentira. E para esses, tem que mentir.

Os que querem um guru morto, uma foto... “esse é meu guru, esse é meu guru!”
(mostra o livro) isso dá oportunidade para que nossa mente se desequilibre. A pessoa
diz o guru apareceu, me falou... um guru morto é inspiração não é aprendizagem, não
te conhece, não te corrige.
Isso não serve, serve de inspiração. Por isso na tradição da índia todos os gurus mortos
são "spiritual compost " entedem? Forma parte do que chamamos sanskrit, quer dizer
nossa tradição. Todos nascemos de um ser humano vivo e a diksha temos que receber
de uma pessoa viva.
O que nasce de um morto está morto, o que nasce da fantasia é fantasia.
Por isso o guru tem que ser “Vyasatithi” que significa encarnação vivente andante dos
mesmos mestres do passado.

Por isso eu posso recomendar livros sobre a felicidade, esse é um, mas a melhor
maneira de aprender a ser uma pessoa feliz é: 1. Ser um Iogue; 2. Aprender o ioga de
um mestre de ioga, ser um iogue como seu guru está dizendo; 3. Ter os valores de um
iogue, que é ter equanimidade, serenidade, planificar a vida para não ter falsas
expectativas; e somente ter uma expectativa, a verdadeira, que é ter satisfação no
coração, não ter ressentimentos, não ter emoções negativas, poder aproveitar cada
momento da vida e se chega a doença e a morte, que chegue num momento de
serenidade e autodomínio e que todos os problemas que vem na vida, que são muitos e
são inevitáveis, sejamos como um barco que primeiro sabe se manter flutuando, que não
se afunda e que depois possamos chegar aonde temos que chegar e chegar bem porque o
que vive como um iogue, na hora da morte pode morrer como um iogue e isso é muito
importante.
Por isso obrigada por me fazer essa pergunta porque me dá a oportunidade de te dizer:
aprenda do seu guru a ser uma pessoa feliz.
Me permita que os leia as palavras imortais do Senhor Krishna sobre esse tema: (em
sânscrito) "Essas pessoas, que nesse mundo são iogues, que antes de abandonar o corpo
são capazes de controlar as forças dos desejos e a ira, somente eles são pessoas felizes."
Para quando te chega a hora de morrer, que a sua mente não se vá na frustação de não
seguir vivendo ou a um desejo insatisfeito ou na memória ressentida podre no seu
interior e que você não tenha cólera no seu interior, que é o mais normal quando você
tem frustrações ou não se cumpre o desejo de se manter vivo. Por exemplo, sua mente
perderá a paz e para os iogues é muito importante aprender a viver em serenidade e paz
para enfrentar os problemas da vida com serenidade e paz e morrer com serenidade e
paz.
O próximo nascimento com esse melhor Prarabdha Karma (que mencionamos antes),
tudo mais favorável, virá da sua conta corrente do seu banco do karma, de quanta paz e
serenidade você tenha no seu coração. Por isso dizemos tanto paz, paz, paz e paz.
Mas a gente tem que acreditar, porque por muito que digamos arroz com feijão, não
comemos. Digamos paz, paz, paz, não conseguimos a paz.
Porque a paz se consegue lutando com os problemas da vida. Assim que temos que
dizer: venham os problemas por favor!
Porque um guerreiro se converte em guerreiro lutando, não se obtém a paz fugindo, se
não enfrentando e essa paz se chama santosha. É quando sequer aqueles que me
insultam, que são inimigos e me querem fazer mal, eu não os tenho que ver como
inimigos, não posso os ver. Eu tenho que ver como uma oportunidade de vencer a mim
mesmo.

Swami Sivananda dizia: “suporta o insulto, suporta a ofensa” é a essência do yoga, é


muito importante porque nosso ego reage.
Imaginem, eu digo a Prem Baba você é um santo e Prem Baba gosta. Mas se Prem Baba
me disse a mim, Swami e você é um burro, eu não gosto.
Mas eu não sou um burro, não tenho orelhas de burro e falo e não faço iooo iooo. Tudo
isso é minha identificação mental.
Eu gosto da mentira, nós falamos no começo. Se Prem Baba me disse que eu sou um
santo eu estaria super feliz, eu iria ter um bom dia, obrigado por me dizer que sou um
santo.
Mas se Prem Baba me diz: Swami você é um burro, eu me fecho o dia todo, o fim de
semana inteiro.

Isso de ser uma pessoa feliz é um desafio muito grande. (1:21:35)

Por isso é muito importante que o primeiro é que você aceite.


Por isso estou dizendo primeiro e interagindo com a senhorita que me perguntou,
porque primeiro temos que aceitar o diagnóstico: tenho problemas.
Se você aceita isso, você pode solucionar isso.
Porque tudo está aqui (aponta para a cabeça).
Tudo está aí, as pessoas, os vírus, o câncer está aqui, as dívidas estão aí, mas a minha
emoção, como eu vivo isso, está aqui (aponta para a cabeça).
E isso é o challenge (desafio), o ponto emocionante do assunto.
Vamos, me façam outra pergunta... se não vou pensar que só uma pessoa sabe fazer
perguntas.

Mataji: Swami, Swami! Aqui é Lileshvari!


Swami: Siimmmm, eu sabia que era Lileshvari!
Mataji: Swami, não tenho uma pergunta, tenho uma declaração de amor.
Swami: Espera um momento, espera um momento. É... é.... quero dizer uma coisa...
quem é o Baba do amor é ele. Quem é o Baba amoroso é ele. Lileshvari, você me
entende? Se você vai me fazer uma declaração de amor, quem é o Baba amoroso é ele
(aponta para Prem Baba)
(Prem Baba indica para Lileshvari ir na frente da câmera para que o Swami possa vê-la)
Swami para Lilesvari: Não me coloque em problemas! Prem Baba pode ficar com
ciúmes!
Mataji: Bom, a declaração de amor é que eu tenho que confessar que eu vou buscar a
felicidade seguindo as suas aulas.
Swami: Bom...
Mataji: E que não é uma ilusão de felicidade, é de verdade. Bom, você sabe né?
Swami: Bom... vc está me deixando vermelho.... Podemos fazer um trio. O que você
acha?
(Risadas)

(Prem Baba pergunta se alguém tem mais perguntas)

Mulher pergunta: Swami, considerando que nosso Guru está vivo e nós também e que
todo mundo vai no banheiro. Eu queria compartilhar um estudo que eu tenho feito e
pedir pra você comentar sobre isso. Dentro dessa recomendação que você passa, da
gente escutar o nosso guru, também qual a relação entre o nosso guru externo e guru
interno e qual a diferença entre dependência e devoção.

Swami: Bom, qual a diferença entre guru externo e guru interno, basicamente, e qual a
diferença entre dependência devoção. Sim, né?

O Guru interno é o discípulo que já sabe tratar/dirigir seu critério, sua ação, seu
pensamento e sua ação. E esse é o objetivo do guru externo. É educar o discípulo para
este ser também um guru. A base da educação é elevar as pessoas a base do
conhecimento. Uma pessoa não tem conhecimento, recebe educação e quando já tem
conhecimento, é igual ao educador.
A única diferença entre eles, entre o que ensina e o que recebe, quando ambos já tem
o conhecimento, é a atitude de gratidão. Porque uma pessoa que aprende, para que
possa compartilhar no futuro o que aprendeu e dividir com os outros, precisa fazer isso
desde uma plataforma de gratidão, ser agradecido.
Quando meu mestre me educou, meus mestres me educaram, não queriam que eu
seguisse sendo ignorante. Queriam que eu aprendesse e me fizesse responsável de
mim mesmo.
Essa é a segunda parte da sua pergunta, a diferença que existe entre devoção e
dependência.
Quando quem nos educa, não tem êxito em nos educar e nós não aprendemos a ser
responsáveis por nossos atos, nossas decisões e emoções, nós ficamos "viciados no
guru" como "viciados em drogas". E isso não é bom, mas o guru não é o culpado, que o
guru seja desonesto.
Uma pessoa que tenha devoção, é uma pessoa que sente gratidão, tem amor.
Vou dar um exemplo: Vamos pensar que eu amo muito a minha mãe e que o amor que
nós temos um pelo outro faz com que eu e ela tenhamos uma relação muito boa.
Ela cuidou muito de mim quando eu era pequeno e eu dependia dela, mas graças a
essa dependência eu vou crescendo. Chega um momento, quando eu já sou adulto, e
graças ao amor da minha mãe, eu consegui chegar a ser adulto. Ela me deu de comer,
me deu carinho, me deu a oportunidade de receber cultura.
E agora é a minha vez, demonstrar que eu posso me encarregar de mim mesmo, sob
sua inspiração e seu amor. Assim eu também poderei ser mãe ou ser pai. Se eu aprendi
desde o amor de minha mãe ou do meu pai, eu poderei ser um bom pai ou uma boa
mãe.
Mesmo que eu tenha o amor e o cuidado e a princípio a dependência dos meus pais,
isso não quer dizer que eu preciso ficar a vida toda vivendo na casa dos meus pais. Mas
sim aos pés do meu pai, isso significa, em gratidão, em devoção.
O que quer um pai? Que seu filho cresça, amadureça, se encarregue da sua vida.
O quer um guru? Que os seus filhos espirituais cresçam e expandam a família
espiritual.
Mas há muitas pessoas que não querem. Todo mundo fala dos gurus que amarram os
seus discípulos. Na Espanha se disse "que comem o coco" pensando que a cabeça é um
coco.
Se podem comer sua cabeça, é porque você não tem cabeça e sim um coco. E isso é
muito perigoso. É lógico, né?
Mas ninguém fala como as pessoas gostam de buscar um guru para poder depositar
nele toda a responsabilidade da sua vida. E quando as coisas saem bem eles dizem "o
mérito é meu", mas quando saem mal "a culpa é do guru".
Mas isso também acontece com o amor, quantas pessoas procuram um marido ou
uma esposa, um namorado ou namorada, com essa frase, por exemplo: "quero
encontrar uma mulher que me ame"? Escuta a frase "que me ame", "que me queira",
"que me mime", "que me acaricie", "que prepare arroz e feijão para mim". Quem quer
esse business? Quem quer esse contrato? Que mulher mais tonta!
Quando eu diga a ela: Olha Ana Maria "te quiero"! "Te quiero"!
Ana Maria: Sim, ah! me faz feliz! (que ilusión)
(Swami faz sinal de louco)
"É que eu quero um homem que me queira, que me ame, que me dê proteção, que me
cuide"
Que homem está comprando uma menina subnormal (desequilibrada) desta forma,
cheia de caprichos?
Mas é isso o que entendemos. Queremos um guru que esteja muito iluminado. Com
quantos watts?
Quantos LEDs você quer que seu guru tenha de iluminação?
Vocês não percebem?
Há um ditado na Índia: um tonto foi para a cama com um sábio, de manhã o tonto se
levantou igual de tonto e o sábio se levantou menos sábio. Por quê que sábio vai pra
cama com um tonto?
Assim que todos queremos que nosso guru seja muito iluminado, mas nós o que
fazemos? "Ah, com meu guru já tenho suficiente" "Ele já me toca... Ah! Ah! A luz! Ah!
Deus está aqui""
Se vocês querem a Iluminação, podem me levar ao Brasil que eu dou a vocês a
Iluminação.
Eu dou a vocês a iluminação, eu dou a vocês um mantra. Eu vou dar um mantra a
vocês que assim vocês não vão precisar mais do Prem Baba.
Vocês vão se iluminar!
Mas vocês precisam repetir comigo, inclusive o Prem Baba.
Prem Baba já se ilumina (se repetir o mantra comigo) e já vai embora definitivamente
do Brasil, vem pra Espanha.
É um mantra muito sagrado e muito importante, vocês precisam repetir bem, porque
se vocês não repetirem bem a energia vai para a esquerda em vez de ir para a direita, e
isso vai causar a vocês muitos problemas.
O mantra é... vocês precisam repetir, porque se vocês não repetirem eu não vou dizer.
Tá bom? Sim ou Não?
Prem Baba: Ok, sim
Swami: Oooh
Pessoal: Ooooooh
Swami: Não tão longo! Muita energia! Queee
Pessoal: Queee
Swami: Tooont
Pessoal: Tooont
Swami: to soy
Pessoal: to soy
Swami: Vamos todos juntos: Oh que tonto soy! Oh que tonto soy!

(Risadas e palmas)

Swami: Quantos de vocês sabem o que significa Om Mani Pad Hum? Om Mani Pad
Hum Om Mani Pad Hum Om Mani Pad Hum
Vocês não sabem. Mas a gente repete. Entendam as coisas. O que quero dizer é que
todas as coisas temos que as aprendes corretamente.
E se uma pessoa quer ser enganada, ela é enganada. É que as pessoas querem ser
enganadas, porque a verdade não é bonita.
A verdade é trabalhosa, para aprende-la se necessita esforço e por isso pedimos a
Prem Baba que seja super power shakti guru.
Porque vocês vão ao carnaval do Rio e depois de voltar do Carnaval vocês vão até o
Prem Baba e o Baba purifica vocês, toma toma toma!
O que vocês precisam pedir ao Prem Baba? Que Prem Baba dê a vocês conselhos e que
Prem Baba tenha a segurança de que vocês abrem os seus corações e ouvidos para
escutar a ele.
Mas se o Prem Baba não se sente seguro, se ele se sente ameaçado por alguém que o
ataca porque não gosta do seu conselho, o Prem Baba ficará quieto. E aí ele vai dar o
grande conselho de todos os psicanalistas, porque quando você pergunta a um
psicanalista "o que devo fazer", o psicanalista responde "siga o que o seu coração
sente".
(Prem Baba pede para repetir porque falhou o áudio)

Há um grande conselho dos psicanalistas. Você vai num psicanalista e pergunta a ele,
"o que eu faço: eu caso ou não caso?"
O psicanalista te fala: "faça o que o seu coração diz"
E o outro diz "obrigada, que bom conselho!"
Você não disse nada!
Então se Prem Baba se sente seguro, ele pode dizer "olha Rosendo, não se case, não é
conveniente para você."
E então Rosendo pensa nisso e se depois Rosendo não se casa e coloca a culpa no
Prem Baba e diz "você tem a culpa porque me disse para eu não me casar"
E então Prem Baba diz "Você é tonto, eu te dei um conselho. Você segue ou não
segue!"
Então é muito perigoso dar conselhos nesses dias em que as pessoas confundem a
devoção com a dependência.
A dependência é algo que nem sempre é promovido pela seita ou pelo guru.
São as pessoas que buscam ser dependentes para responsabilizar a suas vidas a outros,
sejam namorados, sejam pais, sejam amigos, sejam o governo, seja o guru.
Vivemos numa sociedade de muita dependência emocional.
E, portanto, quando há tanta demanda, há oferta. É lógico.
O caminho do ioga, o caminho do Dharma, é um caminho de tomada de
responsabilidade, por isso se chama um caminho de auto realização.
Uma pessoa tem muita devoção ao que se aprende, muita devoção a quem ensina a
ela. Devoção significa pegar a emoção e colocá-la no nível mais alto, o que quer dizer
gratidão, por exemplo.

Você ama o que você aprende, isso é devoção. Tenho muita devoção pelo ioga, o que
quer dizer que você coleta muita energia emocional e a coloca na sua aprendizagem.
Mas você precisa fazer isso. E seu guru precisa ser assertivo e seguro.

Imagina que você sobe num avião que vai de São Paulo a Brasília e o capitão fala pelas
caixas de som "Boa tarde, sou o Capitão Martí, vamos do Rio até Brasília, mas não
sabemos o que vai acontecer, não sabemos se o avião vai voar, talvez chegamos".
Você gostaria de uma pessoa assim como capitão do avião? Ou você quer: "Boa tarde!
Vamos ter um ótimo voo, se a gente tiver alguma dificuldade vamos superá-la!"

Imagina o seu guru: "Bom, eu não sei... não sei... o que você quer, será branco ou
preto..." Um guru não pode ser assim.
Nas escrituras disse que um mestre precisa ser assertivo, um mestre disse "Faz isso ou
faz aquilo". Mas quem faz? Você, né?
Você sempre tem a opção de não fazer, sempre. Então, você assume a
responsabilidade.
O guru vai te dizer "branco, amarelo" te pede para repetir "shrum" e você repete se
você quiser. "Aprende isso, isso é assim" e você se quer, aprende ou não.
Se você tem um problema de dependência, você tem um problema com esse guru,
com aquele guru, com um político, com o seu marido, com a sua namorada, você tem
com droga, você tem com uma medicina.

E você precisa crescer com Jnana, com Jnana Yoga, não só com Bhakti Yoga. Tem que
crescer com o Yoga do Conhecimento, do estudo, da análise, da reflexão. E isso faz
com que a devoção seja mais elevada.
Porque uma devoção elevada não tem somente emoção, tem ouro, tem devoção. A
emoção pela emoção é como um foguete, purrrr e acaba. Já a devoção é como uma
energia que se controla e te leva aonde você quiser, mas você precisa saber o que é e
por quê.
Por isso devoção e emoção, devoção e dependência. A devoção é gratidão, e a
dependência é escravidão e as vezes é auto escravidão.

Um guru interno, é você que aprende quando você pode te ensinar o mesmo que te
ensina o seu guru e dar a si próprio os conselhos sábios que seu guru vai te dando.
Mas sempre há que lembrar que uma pessoa sábia, é aquela que não sabe somente
falar, mas que também sabe escutar e está aprendendo continuamente.

O guru interno é você que já não é ignorante, ou seja, o que te pode guiar. E você
sempre vai fazer com gratidão, como exemplo, se inspirando no seu guru e em todos
os mestres que formam parte do seu caminho e da sua tradição.
Por isso uma pessoa que tem capacidade de apreciar a beleza, sempre a está
apreciando. Não a aprecia somente um dia e não mais. Segue se inspirando e gostando
do conhecimento.
(1:47:43)
O bom que tem de aprender, é que quando você aprende, aprende a aprender. Notem
o que eu acabo de dizer, uma pessoa aprende para aprender.

A última pergunta! A última perguntar, porque vou almoçar!


Mulher pergunta: Swami, eu gostaria de saber a relação entre a meditação e a
felicidade do ser.
Swami: Bem, é uma pergunta muito importante!
Krishna, no Bhagavad Gita, nos mostra como um mestre de ioga, Mestres dos Mestres.
Então nos fala que somente uma pessoa sábia pode ter a felicidade no ser. Ele
emprega a palavra "muni", "muni" significa sábio, mas se fez sábio não a partir de
aprender conhecimento e sim a partir do silencio.
Então uma pessoa é "muni", sábio, quando é "mouni", silencioso.
Sri Krishna diz no Gita, que aquele que tem a sua mente num estado de paz, de não
confrontação, de não conflito, ou seja, que não é negativo, que não vai criando
conflitos e que tem inteligência emocional para saber se dar bem, fazer amigos, e que
o mundo não tenha medo dele e que ele não tenha medo do mundo, faz com que a
mente quando vai meditar, não esteja ocupada, esteja livre do mundo.
Por isso se esse se chama Nirvani. Nirvani quer dizer aquele que esvazia o mundo da
sua mente e tem a paz perfeita.
Existe um diálogo no Bhagavad Gita, que é número 6 que se chama o Ioga da
Contemplação ou da Meditação e esse diálogo é muito importante. É a chave do
Bhagavad Gita.
Porque tudo que fazemos no campo do Ioga, tem que nos levar a meditação. Tudo que
comemos, que respiramos, o que trabalhamos, fazemos no formato ioga para que
possamos meditar. Porque a meditação é uma faculdade que em todo o universo só
tem os deuses e os seres humanos. Deuses e os seres humanos podem se sentar em
asana, fazer com que sua respiração se afine como um fio de seda, levar os sentidos
para dentro, fixar a mente num foco de consciência unificada e permitir que a mente
flua em direção a deus e ao silencio. Só os deuses e os seres humanos!

E igualmente quando um está dormindo, pode se recuperar um pouco de si mesmo,


recupera a felicidade do corpo, quero dizer, o corpo não está cansado, recupera a
felicidade dos sentidos, os olhos voltam a ver, os ouvidos voltam a escutar, porque
quando um está cansado perde a felicidade dos sentidos.
Porque quando um dorme, recupera a felicidade do pensamento. Pode voltar a
pensar. E pensar como quer.

E é curioso que depois desse descanso, que significa não fazer nada, em concreto
menos dormir, que significa não ação, nasce o poder máximo de poder atuar, pensar,
sentir, perceber, pois há algo que é igual a dormir, mas de forma consciente, isso se
chama meditar.

E meditar é criar um vazio de nomes, formas, qualidades. Você cria um vazio do


mundo e de você mesmo, e você não está como uma peça do tabuleiro do xadrez do
mundo. Nem o mundo está na sua mente e nem você está no mundo, portanto você
também não está na sua mente.
É a única oportunidade que você tem de se tornar independente do corpo e da própria
mente e liberar a alma. Nesse momento quando a alma se libera, tem uma
natureza que envolve a alma que se chama Anandamaya Kosha, o envolvimento de
bem-aventurança que está feita de paz perfeita e glória de deus. E nós somente
acendemos a este fruto doce, um pouco quando dormimos, um pouco, por isso nós
gostamos de dormir. Isso se revela nos Upanishads, que são textos sagrados védicos.

Alcançamos um pouco dessa paz quando nos damos vida ou seja, quando comemos,
quando respiramos, temos um pouco desse ananda. Porque na ausência da comida ou
do ar, sentimos tensão e sentimos morte e então não sentimos felicidade.
Quando alguém nos dá amor, um pouco, misturado com a emoção e na medida que
esse amor seja mais puro, seja mais "prema" e seja menos impuro, seja menos "kama",
que são dois términos em sânscrito para dizer amor. "Prema" amor mais puro e
"kama" amor mais misturado com desejos do ego.

Então quando alguém nos dá amor mais puro, prema, sentimos essa felicidade um
pouco. Mas quando contatamos verdadeiramente com essa felicidade, é graças ao que
vamos construindo no quarto estado de consciência, que é a meditação.
Temos três estados de consciência: vigília, "ensonassão", e sono profundo. E esses
três estados constroem nossa mente, nosso corpo, nossa vida. Mas há um quarto
estado que se chama "turya avastha" que somente pode atingir o homem ou os
deuses, e esse estado reconstrói a nossa mente, inclusive ajuda a curar nosso corpo
mas abre a nossa consciência e é a meditação.

E entre todas as formas de meditação, a que vai diretamente construir nossa felicidade
baseada na paz interior, é a meditação do silencio.

Essa meditação do silencio é quando intercambiamos em equilíbrio nossa respiração.


Em sânscrito a chamamos "Anapanayana dhyanam".
Os budistas chamam de "anapanasati".
No diálogo 5 do Bhagavad Gita, verso 28, Sri Krishna disse "Fechando todos os
sentidos, não se afeta pelas sensações externas, com o olhar fixo no espaço entre as
sobrancelhas, igualando o fluxo da respiração nas fossas nasais, entre a inalação e a
exalação, controlando assim os sentidos, a mente e o intelecto, o sábio silencioso que
fica livre do desejo, a cólera e do medo dirigidos em direção a liberação iluminativa já
vive na liberdade do moksha", ou seja, já se aproxima em ser esse iogui que antes de
morrer tem a paz perfeita.

(Declara em sânscrito)

Somente a meditação em silêncio, observando a respiração, mas concentrada no ajna


chakra, dá o estado de iluminação da felicidade baseada no ser. Mas igual que um
copo vai se enchendo pouco a pouco, cada dia que meditamos, se vai construindo a
nossa felicidade no ser, vai nos fazendo independentes de ter que buscar a felicidade
em pessoas, animais e coisas e sim de ter esse gosto do equilíbrio na gente mesmo.
Por isso aquele que medita todos os dias, reconstrói sua existência, reconstrói a sua
personalidade, reconstrói a sua biologia, reconstrói a sua psicologia, reconstrói a sua
consciência.
O que não metida todos os dias é como aquele que come alguns dias e outros não. É
lógico então, que esse diga que tem problemas, claro!
Por isso se tem que meditar todos os dias e começar por pouco, é dizer, 10 minutos
todos os dias, 10 minutos de uma forma natural sua própria mente e corpo, alma, vão
dizer mais.
Mas se agora você diz "tenho que meditar 1h!", você vai meditar uma hora hoje,
amanhã você vai dizer começo depois de 4 dias.
Por isso para poder conquistar a felicidade no ser, se tem que adequar a vida para
estes 10 minutos glorioso da vida, você precisa não complicar a sua vida.
Se você complicar muito a sua vida, quando você fechar os olhos para dormir ou
meditar, você estará dando voltas nas coisas. Se você se enfia nos amores impossíveis
"Quero a Maria Fernanda! Sim, eu a quero para mim! Sem ela eu não serei ninguém!",
você não querer meditar depois. Você vai ter a Maria Fernanda enfiada na cabeça.

Você precisa saber aceitar as coisas como a vontade de deus. As vezes deus te fala algo
de formas peculiares. Você quer ao Mariano, a Pedro, mas deus te diz que não e você
não o escuta.
Muitas vezes compramos uma casa que hipoteca a nossa vida inteira, não somente
nossa economia. E porque a compramos?
Uma pessoa que sabe ser feliz, não complica a sua vida, limita a sua ambição e permite
que as coisas fluam com certo grau de naturalidade e um pouco da sua força de
vontade. É como navegar a vela, um pouco de vento e um pouco de arte. Mas se a
gente complica a vida...

Então, como eu sou muito amigo do seu guru, eu sempre digo ao seu guru: "Você, não
trabalhe tanto como guru!"

(Prem Baba diz que ele fala muito isso para ele)

"Não trabalhe tanto! Trabalhe menos como guru"

Por que? Porque antes do Guru está a pessoa.


Há algo que todos os que são gurus aprendem, eu não sou guru. Eu li esse livro que diz
como ser guru em 7 dias... aqui vendem! E aqui diz na página 119, perdão, perdão 120!
Diz: se você se veicula muito com os karmas das pessoas, você padecerá os karmas das
pessoas.

Por isso o modelo guru Jesus Cristo Super Star é um modelo cristão, para o Papa e tudo
isso. Mas o modelo da Índia é se vincular com as pessoas justas, justas (justas no
sentido de poucas). E isso é muito importante, por isso quando as pessoas vão para a
Índia dizem "Existe um Papa para o hinduísmo?" Não, existem muitos papás (papais), é
diferente.
“Existem tantos gurus, que confusão!“
Quantas mães existem? Vocês que querem? Que exista somente uma mãe para todo
mundo?
Então o hinduísmo ou vedismo, pensa com o sentido comum, pensa com a lógica e
então o que faz é dar a cada aluno, cada devoto, cada pessoa, um mestre que possa
dar e atender a cada um pessoalmente. Ainda assim se vivem os karmas dos seus
alunos, assim como os pais vivem os karmas de seus filhos.

Quando eu digo ao seu guru "você precisa se desconectar" é porque ele também
precisa respirar, precisa comer, precisa passear, precisa ir com a roupa que veste
agora, assim, com essa roupa também. E não se tornar escravo e prisioneiro de uma
imagem de seus discípulos.
É como se quiséssemos que Jesus Cristo voltasse ao mundo mas dissesse "dessa vez
vocês não me crucificam" e então digam "mas é que se você não morre crucificado não
vão nos perdoar dos nossos pecados".
Então queremos que nosso guru esteja 24h online com a gente, exercendo de guru... e
eu que conheço ao Prem Baba humano e vocês que conhecem ao Prem Baba divino...
como eu disse antes, eu sei o que o Prem Baba come. Sim, eu o vi comer! Ele também
anda! Além disso vai no supermercado Carrefour comigo, para comprar! Sim, sim, sim!

(Prem Baba disse que eles lancharam no estacionamento do Carrefour)


Esse é o Prem Baba verdadeiro, porque nada pode ser divino se não é humano, entre
os homens. Se algo se faz divino, entre o divino, está nos céus.
Assim que quando eu digo ao seu guru "relaxa! Vai passear! Vamos de carro passear,
vamos tomar um banho (de rio)" ele está garantindo a vocês felicidade.

Porque um guru prisioneiro ao seu personagem de guru não é verdadeiro. E vocês


precisam aprender agora, também pela mudança na vida do guru de vocês, a ter uma
relação mais verdadeira, mais serena, mais feliz. E então, dar a oportunidade a todos
vocês de serem autênticos, de serem super autênticos.

E também que Lileshvari pinte coisas bonitas, que não pinte coisas estranhas. Sei que a
senhorita está muito triste, mas pinta coisas muito estranhas.

Então vocês vão poder ter uma pessoa muito humana e isso é o importante. Porque
um ser humano é muito difícil de encontrar, vocês não viram que no supermercado
espiritual existem muitos deuses, muitos sábios, muito, muito, mas seres humanos não
tem quase?

Isso é o importante, precisamos de pessoas e pessoas que aprendam a ser felizes.


Então a senhorita, ou senhora, permita que eu a chame de mãe (madre), é uma forma
que empregou o meu mestre para se referir as mulheres com respeito. A mãe que
perguntou isso, minha resposta conclusiva é: medite e você construirá a pessoa
suficientemente feliz em você mesma, porque a meditação vai te permitir qualquer
bom conselho que você possa receber e qualquer plano de vida que você queira fazer,
o purificará e a converterá em ioguico.
Se não medita, só serão boas intenções e esforços psicológicos e físicos excessivos que
depois fracassarão.
A devoção tem que ser como a devoção de Hanuman, do Deus Macaco, que sempre
terminava sua relação com Sri Rama, meditando, unindo em silencio amoroso, unindo
a sua alma com a natureza de deus e silencio e quando não meditava, vivia servindo a
Sri Rama, o servindo, ir fazendo uma vida em dharma, uma vida boa, honesta elevada
agradecida, saudável e que dê bons exemplos a todos, de não violência e veracidade.
Mas tem que meditar e assim construiremos a pessoa feliz!

(palmas)

Obrigado!

Tenho umas anotações que vou disponibilizar a vocês, 30 páginas. Eu expliquei a Prem
Baba que ainda não pude terminar a tempo, mas pode ser interessante. Vou colocar
no Facebook e também vou enviar por WhatsApp em pdf ao Prem Baba para ele enviar
a vocês. Nessas anotações tem os pontos dessa conversa.

Nos vemos em breve! Não sei se no Brasil, porque ele não me leva!

(Prem Baba disse que estamos começando, é o início)


Eu não preciso nada muito grande, eu preciso só de arroz e feijão. Não preciso muita
gente, só vocês, amigos!
(Prem Baba disse que faz tempo que o Swami pede para vir ao Brasil e que está
esperando o momento ideal)

Sai mais barato entre todos vocês me levarem ao Brasil, que vocês virem me ver aqui!
Que seja a primeira de muitas mais!

Os desejo muita sorte, e ao Prem Baba, que sabe que eu tenho especial carinho, que
nesse momento novo da sua reabertura....
Se despede!
Ram Ram Ram!
Vamos ver se um dia cantamos juntos, que eu gosto muito de cantar! Kirtan!
Hari Om, boa tarde!
Me permitam um momento intimo com Prem Baba: Carequinha, carequinha, um
beijinho!

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