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Associação Brasileira de

Psicoterapia Reencarnacionista TEXTO 3

OS DOIS TIPOS DE PSICOTERAPIA


Existia até hoje apenas um tipo de Psicoterapia, seguida por todas as Escolas
psicoterápicas, desde as mais ortodoxas até as mais recentes: a psicoterapia dos
sentimentos. Há séculos todos nós temos utilizado esse paradigma, o de tratar os
sentimentos das pessoas que nos procuram no consultório. O que tem nos
importado é os seus sentimentos, é o nosso foco, onde colocamos a nossa atenção,
o que desejamos que melhorem. Estamos sempre tentando ajudar as pessoas a
melhorarem os seus sentimentos, amenizarem as suas dores, as suas mágoas, os
seus sentimentos de rejeição, as suas raivas, as suas críticas, na esperança, de
que, quem sabe, com anos e anos de terapia, com sessões e mais sessões, elas
evoluam para um patamar mais elevado de sentimentos, libertem-se, voem para um
lugar onde o ar seja mais puro, o panorama mais belo e o horizonte mais amplo.
E, realmente, com as Terapias, diversas e diversificadas, ortodoxas ou
modernas, oficiais ou alternativas, muitas pessoas melhoram os seus sentimentos,
muitas quase perdoam seus algozes, uma grande parte consegue amenizar os seus
sofrimentos emocionais. E após anos de terapia, dezenas de sessões, as pessoas
terapeutizadas podem afirmar que estão melhores, que amenizaram a sua vida, que
acalmaram os seus sentimentos subterrâneos ou vulcônicos, que se sentem
melhores, que convivem melhor com os demais, até com os causadores dos seus
males, que estão vivendo de uma maneira bem mais satisfatória, trabalhando
melhor, sentindo-se mais leves e felizes. E a nossa missão, a dos psicoterapeutas,
vai-se realizando, e seguimos o nosso trabalho sentindo que estamos fazendo o
possível, e em muitos casos, estamos conseguindo.
Mas nesse tempo todo, temos fracassado nessa nossa boa intenção de
realmente curar as pessoas de suas feridas, e nos curarmos das nossas, por um
motivo muito simples: a história de vida que as pessoas nos contam, e a nossa
própria história de vida, é uma história verdadeira, mas a maneira como a vimos,
como a entendemos, como a interpretamos, quando crianças e ainda hoje, é
equivocada. As personas (o que acreditamos que somos), desde a infância,
entendem as situações, veem a realidade à sua volta da maneira como conseguem,
como são capazes, com a visão superficial característica de sua própria
superficialidade, e que parece real, mas não é. A persona é uma ilusão que criamos
a nosso respeito e a sua história é, então, a ilusão da ilusão.
Essa versão ilusória da nossa infância e da nossa vida atual é a que
acreditamos e ela reflete-se em nossos sentimentos. E quando vamos realizar um
tratamento psicoterápico, é essa versão da história que contamos para nosso
terapeuta que, por também acreditar na sua própria versão personal, acredita na
nossa e resolvemos então em conjunto melhorarmos os sentimentos que vêm junto
com ela, e às vezes conseguimos, às vezes não, ou seja, temos sucesso ou
fracassamos. Mas, mesmo quando temos sucesso e os sentimentos amenizam,
acalmam-se, suavizam-se, todos fracassamos no principal, pois a versão do ego
permanece a mesma, geralmente a vida toda, até que um dia morremos,
desencarnamos, subimos para o Mundo Espiritual e lá em cima, gradativamente,
com a Terapia lá existente (a Psicoterapia Reencarnacionista) e o Telão (a
Investigação do Inconsciente), vamos recordando a verdadeira interpretação da
nossa história (“Versão-Espírito”) e ela sempre é bem diferente daquela que
acreditávamos (“versão-persona”). Pois a versão verdadeira é a versão do nosso
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Espírito e passamos uma vida toda acreditando numa versão, a do nosso ego
(nossa persona), que parecia tão real, tão coerente, mas que era, na verdade, uma
interpretação superficial, aparente, de uma história bem mais profunda, bem mais
antiga, a verdadeira, a que se escondia por trás do que chamamos de “As ilusões
dos rótulos das cascas”.
Com o retorno da Reencarnação à memória de mais e mais pessoas aqui no
lado ocidental do nosso planeta, o que antes parecia ser apenas um conceito
religioso, com a chegada da Psicoterapia Reencarnacionista adentra o consultório
dos terapeutas e revela-se um assunto psicoterápico. Com o ingresso da
Reencarnação no consultório, a versão das histórias que as personas nos contam,
começa a ser questionada e mesmo que seja muito difícil sabermos a interpretação
verdadeira da nossa história e das pessoas que vêm buscar esse tipo de tratamento,
uma coisa sabemos: aquelas histórias, recheadas de mágoa, de sentimento de
rejeição, de raiva, de crítica, de indignação, não são bem assim, elas foram lidas
dessa maneira, desde a infância, continuaram sendo lidas assim na adolescência,
na vida adulta e na imensa maioria dos casos até a velhice chegar e até a hora da
morte.
E então nós saímos do nosso corpo falido, subimos para o Mundo Espiritual e
lá, aos poucos, vamos nos libertando dos nossos rótulos e consequentemente de
nossa persona anterior e, na medida que isso vai acontecendo, vamos percebendo
que passamos uma vida toda acreditando em uma visão da nossa vida, em uma
interpretação de uma história que, agora, começa a diluir-se, até desaparecer por
completo. Aqui embaixo, éramos o filho ou a filha de alguém, o pai ou a mãe de
alguém, tínhamos um nome e um sobrenome, tínhamos um gênero sexual,
pertencíamos a uma raça, tínhamos uma cor de pele, éramos de uma certa
nacionalidade, e aos poucos, no Mundo Espiritual, vamos deixando de ser tudo isso,
vamos perdendo os nossos rótulos, como se fossemos nos descascando,
descascando, e o que vai surgindo? Uma Essência, uma estrutura energética, que
aqui na Terra chamamos de Espírito, e que é nós mesmos, o nosso aspecto
verdadeiro.
No período inter-vidas vamos encontrando a versão verdadeira da nossa
história, bem diferente daquela visão que passamos a vida toda acreditando aqui na
Terra, tão certinha e coerente, de mágoa, de rejeição, de raiva, que contávamos
para as pessoas, contávamos para os nossos terapeutas, e nós acreditávamos nela,
e todos acreditavam nela, pois todas as pessoas passam toda a sua encarnação
acreditando na “versão-persona” de suas histórias, sem perceber que são apenas
interpretações de nossas personas e as nossas personas são cascas temporárias,
de rótulos temporários, que um dia sucumbem e deixam vir à tona, aos poucos, lá
em cima, no local da libertação, a verdadeira versão da nossa história.
Agregando a Reencarnação à Psicoterapia, devemos analisar as nossas
mazelas, dramas e sofrimentos, como surgindo a partir da nossa infância ou
devemos pensar por quê co-criamos essa infância? Devemos enxergar a infância
como o começo da vida, o início das coisas, o surgimento dos sentimentos, o início
da nossa história ou, sabendo que ela é a continuação da nossa vida aqui na Terra,
interrompida ao final da encarnação anterior, é uma estrutura kármica co-criada por
nós e pelo Todo (Deus), baseada nos nossos próprios conceitos a respeito da Leis
Divinas do Merecimento, da Necessidade e do Retorno?
A nossa história é, invariavelmente, uma história muito antiga, que jaz
escondida dentro do nosso Inconsciente, e que a sabedoria do Dr. Freud intuiu que
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deveria ser aberto e estudado, mas não foi seguido por seus seguidores e começa,
agora, a ser seguido por nós, chamados de “alternativos”, “esotéricos” e outros
adjetivos não tão simpáticos, que, simplesmente, resolvemos obedecer ao Mestre
vienense.
É muito difícil uma cura verdadeira de um sentimento que está atrelado a uma
versão ilusória da nossa história e é muito fácil a melhoria de qualquer sentimento se
conseguirmos nos libertar da visão egóica da nossa história e encontrarmos a visão
espiritual dela. A Psicoterapia Reencarnacionista, sendo uma psicoterapia que visa
mudar o “Raciocínio falível do homem”, deixa os nossos sentimentos e das pessoas
que tratamos um pouquinho de lado e atenta para o pensamento, para a
interpretação da nossa história de vida, pois é aí que o sentimento pode ser
realmente curado, já que o sentimento vem do pensamento, esse vem do raciocínio
e esse vem da interpretação que demos e damos aos fatos da nossa vida,
geralmente vitimatório.
A humanidade ainda não alcançou uma compreensão do Divino como uma
Estrutura Amorosa, Neutra, Pura e Perfeita, que tudo aceita, tudo permite, pois a
Sua Justiça é baseada no Livre-Arbítrio. Como essa Estrutura é Eterna e Infinita, à
Ela (Deus) não importa o que fazemos, de certo ou errado, de correto ou
equivocado, pois a vida é uma Escola na qual temos de aprender todas as lições,
incluindo as que nos fazem mal e aos demais. Ao final de cada Ciclo de Vida (que os
orientais chamam de Períodos Yin/Yang e os ocidentais de Big-Bangs), todos
retornamos para o Núcleo Central do Universo e aguardamos o próximo Ciclo, e
assim, eternamente. O tempo que o “filho pródigo” leva para voltar à “Casa do Pai”
não importa, a “reta de chegada” dessa “corrida de obstáculos” está sempre lá nos
aguardando, demore quanto demorar. Apenas quando todos voltam (embora nunca
tenhamos realmente saído de lá) é que o Yang se prepara para lançar-se em uma
nova aventura Yin, em um novo Big-Bang.
Devido à concepção ainda vigente de um Deus mosaico, trazido por Moisés,
um Ser Divino, por uma necessidade para o povo daquela época, um Pai que julga,
que castiga, que pune, que se vinga, todos nós há muito séculos temos criado
infâncias e vidas baseada em uma “Justiça Divina” que não existe, pois ela é uma
concepção baseada em nossa própria concepção de “justiça” humana. Mesmo que
Jesus, o Governador do nosso planeta, tenha trazido uma concepção oposta, de um
Pai bom e justo, doce e amoroso, continua vigorando até hoje o Deus de Moisés.
Por isso, a maioria de nós, após uma encarnação em que “pecou”, cria uma próxima
infância e circunstâncias a encontrar durante a próxima encarnação segundo uma
Lei do Merecimento, uma Lei da Necessidade e uma Lei do Retorno próprias, nisso
baseadas. Como a maioria de nós ainda lida com essa concepção, na prática da
Psicoterapia Reencarnacionista lidaremos com infâncias co-criadas pelas pessoas
que nos procuram que foram estruturadas dessa maneira.
E também podemos ver que as nossas foram dessa maneira criadas. A
maioria de nós pediu um pai ruim porque foi um pai “ruim” para sofrer o que causou
de sofrimento a outros, ou para aflorar suas inferioridades (magoar-se, sentir-se
rejeitado, sentir medo, achar-se inferior, ter raiva etc.), pediu uma mãe não
carinhosa porque não foi uma mãe carinhosa ou para aflorar inferioridades, pediu
para vir em uma situação de miséria porque foi abastado e egoísta e assim por
diante. Ou seja, como ainda temos uma concepção infanto-juvenil de “Justiça
Divina”, nós viemos há séculos reencarnando para pagar, para sofrer, e,
convenhamos, com essa concepção não é de estranhar que a depressão (explícita
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ou disfarçada) seja a mais comum doença do ser humano, pois, em nosso íntimo,
não merecemos ser felizes porque somos “pecadores”. Todos atualmente querem
ser alegres, isso está na moda, mas não sabemos ainda nem ser felizes, e essa não
necessita ser demonstrativa, não precisa da visibilidade. Todo o Programa do nosso
Curso versará principalmente sobre as encarnações baseadas na crença no Deus
de Moisés, pois é o que ainda vigora.
Mas, como vimos, a nossa infância poderá ser co-criada por nós baseado em
uma crença diferente do Divino, no que Mestre Jesus nos ensinou quando afirmou
“Vá e não peques mais!”, e, então, poderemos criar uma próxima infância baseado
nisso, não “necessitaremos” um pai, uma mãe, uma estrutura inicial de vida
negativas, ruins, pelo contrário, decidiremos que queremos evoluir pelo amor e não
pela dor. Podemos curar uma antiga tendência de magoar-se, de sentir-se rejeitado,
passando por infâncias boas e circunstâncias agradáveis de vida, convivendo com
pessoas evoluídas, amorosas, pacienciosas, que não se magoam, não se sentem
rejeitadas, porque já alcançaram um nível de ego mais evoluído e, então, nos
ensinam que não devemos nos afetar negativamente com pessoas e fatos da vida
que provocariam esse afloramento em nós. Mas, para isso, é preciso uma elevação
do nosso grau de consciência para que, ao invés de optarmos por “pagar” pelos
nossos erros e pecados ou sofrermos para aprendermos, optemos por aceitarmos
nossos erros e pecados, decidamos não errar e não pecar mais, e ao invés de
gatilhos para fazerem aflorar nossas inferioridades, almejemos gatilhos para fazerem
aflorar nossas superioridades.
Em “O Livro dos Espíritos”, vários trechos ensinam que nosso Livre-Arbítrio
não ocorre somente quando estamos na Terra, também funciona no período inter-
vidas, e que nós escolhemos a infância que iremos necessitar ou merecer. Esse
conceito de Livre-Arbítrio ainda é bastante desconhecido por nós, e explica por que
muitas pessoas reencarnam para “pagar”, para “sofrer”, motivado por uma culpa que
só existe em seu pensamento. Deus, que é Amor, não castigaria alguém pelo que
fez de equivocado em vidas passadas, pelo contrário, ofereceria condições para
aprender o que é certo, o que é correto, o que é bom para si e para os demais.
Todos nós temos a infância que co-criamos quando estávamos no período
inter-vidas, de acordo com nossa concepção de Deus, ainda infantil, adolescente,
adulta ou já anciã. Deus é neutro, nós criamos tudo na nossa vida e nas próximas, a
responsabilidade sobre tudo a nosso respeito é somente nossa, essa é a verdadeira
noção de Livre-Arbítrio. Quando afirmamos que “O futuro a Deus pertence”, estamos
dizendo que o nosso futuro depende de nós, pois todos nós somos Deus em uma
micro-manifestação.
O merecimento não deve ser confundido com culpa e castigo, pois esses
conceitos pseudo-religiosos foram criados pelos homens e não existem na Justiça
Divina. E a Justiça Divina não deve ser confundida com a justiça de um Deus lá em
cima, nos condenando, nos premiando, pois isso também foi criado pelos homens e
não existe. O Merecimento é baseado na nossa crença a esse respeito, se é para
“pagar”, para “sofrer”, o Todo nos proporcionará isso; se aceitamos os nossos erros
e equívocos e prometemos a nós mesmos não errar e não nos equivocarmos mais,
não acreditaremos que “necessitaremos” pagar ou sofrer. Mas a maior parte das
pessoas, ainda com aspectos egóicos infantis, adolescentes e adultos inferiores,
acredita em um Deus julgador, crítico e punitivo, pois também são assim. Deus criou
o homem à Sua Imagem e Semelhança, nós criamos um Deus à nossa própria

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imagem e semelhança. Deus é a Neutralidade Imutável e Impassível, que recolhe-se


e expande-se eternamente (Yang/Yins ou Big-Bangs).
Corrigir o “Raciocínio equivocado do homem” significa evitar que a versão
ilusória da nossa história de vida mantenha aprisionado o sentimento, libertar-se
dela e encontrar a visão correta irá eliminando, gradativamente, o sentimento, pelo
entendimento superior que nos trará. Uma coisa é pensarmos que sentimos mágoa
pelo que o nosso pai ou a nossa mãe nos fez, outra coisa é descobrirmos que, se
nós acreditávamos que “precisávamos” disso, pedimos aquele pai ou aquela mãe
para tentar curar uma antiga mágoa, centenária ou milenar, e que para encontrá-la
necessitaríamos de coadjuvantes em nossa trajetória, comumente chamados de
“vilões”, para que ela aflorasse de dentro de nós. Ou seja, ao estilo de um Deus
mosaico, optamos pela evolução pela dor.
A finalidade da Psicoterapia Reencarnacionista é ajudar a todos nós, através
das conversas e das Investigações do Inconsciente comandadas pelos Mentores,
como se fosse o Telão do Mundo Espiritual, a entendermos para o que
reencarnarnamos, porque co-criamos daquela infância, porque decidimos vir homem
ou mulher, rico ou pobre, o filho mais velho, o 2º, o 3º, o caçula, por que “pedimos”
aquele pai, aquela mãe, encarnar naquele país, naquela raça, naquela cor de pele,
naquela religião familiar etc.
A Psicoterapia Reencarnacionista é uma nova maneira de encarar e tratar as
nossas mazelas, não como as antigas psicoterapias dos sentimentos e, sim, como a
Psicoterapia da correção do raciocínio (“versão-persona” x “Versão-Espírito”).
Questionar as histórias das personas, fazê-las enfraquecer através dos
questionamentos que a Reencarnação traz consigo, e nos ajudar a encontrar a
interpretação superior da nossa história, é a maneira de trabalhar dessa psicoterapia
espiritual, a Terapia da Libertação aqui na Terra, para quando chegarmos lá em
cima, de volta para Casa, não nos assustemos e nos envergonhemos quando nos
mostrarem o Telão, e digamos: “Errei de novo?” E escutemos: “Não se preocupe,
terás uma nova oportunidade”. Essa já é uma nova oportunidade...

A 1ª CONSULTA
De modo semelhante aos psicoterapeutas que tratam apenas a vida atual das
pessoas, na 1ª consulta, ao escutarmos a “versão-persona” de uma pessoa que vem
realizar um tratamento, buscamos analisar a sua personalidade, detectar as
características predominantes de seu ego, seus pensamentos e sentimentos, seus
aspectos positivos e negativos, fazemos a análise de como interpretou a sua
infância, como viu o seu pai, a sua mãe, a sua família, as suas circunstâncias etc.
Isso tudo vai evidenciando se em seu ego predomina o nível infantil, adolescente,
adulto ou ancião, inferiores ou superiores. Durante o Tratamento vamos ajudando a
pessoa a perceber qual ou quais desses níveis predomina (m), devem ser
entendidos e, gradativamente, superados.
Mas como o psicoterapeuta reencarnacionista não se atém apenas a essa
encarnação, e trabalha com as pessoas a sua busca da evolução consciencial, o
seu real aproveitamento dessa atual encarnação, devemos ir mostrando desde a 1ª
consulta que suas inferioridades e negatividades é o que realmente importa para o
Tratamento, e elas podem ser atenuadas da seguinte maneira: saber que existem,
detectá-las quando afloram, agradecer pelos gatilhos que as fazem aflorar e,
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naquele momento, sublimar a sua exteriorização e acionar um nível mais evoluído


do seu ego, ao mesmo tempo ir desenvolvendo níveis superiores de seu ego,
promovendo dessa maneira a atenuação dos níveis inferiores egóicos. O Exercício
“O que predomina no meu ego?” nos ajuda a detectar quais níveis do nosso ego
predominam em cada um de nós (infantil, adolescente, adulto ou ancião, inferiores
ou superiores). Ele é feito, após uma breve meditação, todos com os olhos
fechados, analisando o que apresenta de infantil inferior e superior, de adolescente
inferior e superior, de adulto inferior e superior e de ancião inferior e superior, e
percebendo o que predomina nas diversas situações de sua vida, em casa, nas suas
relações afetivas, no trabalho, na rua, na sua alimentação, no uso de bebida
alcoólica, cigarro e outras drogas, no seu Centro etc.
A grande diferença entre a Psicoterapia Reencarnacionista e a Psicologia
tradicional, que se limita apenas a essa vida, está em como ouvimos a história das
pessoas, como interpretamos o que nos dizem e como vamos trabalhar o material
analisado. Ao invés de procurarmos na infância o que gerou suas características
inferiores, quem foram os “vilões” ou as “situações-vilãs” que, para ela, criaram a sua
mágoa, a sua raiva, a sua sensação de inferioridade, os seus medos, etc.,
raciocinamos em termos de uma Personalidade Congênita, pois sabemos que
nossas características, pensamentos e sentimentos são anteriores à essa atual
encarnação. Os “vilões” e as “situações-vilãs” são os gatilhos, para quem achou isso
necessário, para o afloramento do que veio para ser melhorado ou eliminado. Os
gatilhos para aflorarem as superioridades do nosso ego também devem ser
entendidas, para que percebamos nossas virtudes, geralmente em maior número do
que as inferioridades. Uma boa proposta psicoterapêutica é irmos minimizando as
inferioridades e maximizando as superioridades. Todos somos anjos em uma
viagem de estudos para conhecer a ilusão da individualidade, aqui chegando,
passamos a assimilar o que há de inferior aqui e, pior, acreditarmos nisso, com isso
nossas asas vão fechando, as virtudes vão ocultando-se, as inferioridades vão
sobressaindo, e os anjos começam a brigar por vitórias ilusórias, conquistas vãs,
posses, dinheiro, bens materiais, dividindo-se em raças, nacionalidades, cor de pele,
religiões, classes sociais etc., tudo ilusão.
A infância de uma pessoa deve ser analisada como a continuação da
encarnação passada e o psicoterapeuta reencarnacionista deve manter-se atento à
pergunta “Por quê?” e “Para quê”, e todos os seus elementos de análise devem
levar em consideração o Merecimento, a Finalidade, a Necessidade, o Resgate, o
Retorno e a Similaridade, nessa parceria entre nós e o Divino.
O psicoterapeuta reencarnacionista deve, durante a 1ª consulta, escutar a
história da pessoa perguntando-se, internamente, Por que veio filho daquela mãe?
Por que veio filho daquele pai? Por que reencarnou em uma família pobre? Por que
reencarnou em uma família rica? Por que veio numa “casca” bonita? Por que veio
numa “casca” feia? Por que um defeito congênito? Por que sua mãe ou seu pai
gostam mais de um irmão ou irmã do que dele (a)? Por que gostam mais dele (a) do
que de outro filho (a)? Por que veio para passar por tal situação?
A 1ª consulta em Psicoterapia Reencarnacionista é a mais importante de
todas, porque nela explicamos para a pessoa que nos procura o que é o nosso
trabalho, em que se baseia, qual o objetivo do Tratamento, começamos a buscar
entender a finalidade da sua atual encarnação, e esse trabalho prossegue nas
demais consultas. Mas é preciso que o psicoterapeuta reencarnacionista conheça e
transmita a noção de que, se estamos inseridos dentro de uma estrutura perfeita, de
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uma Harmonia Universal, e estamos recebendo, na nossa infância ou no decorrer da


vida, situações que não nos parecem boas, que nos fazem mal, que afloram em nós
sentimentos de raiva, de mágoa, etc., devemos nos questionar porque estamos
passando por isso.
Somos um micro-pensamento dentro do Grande Pensamento e, dependendo
dos nossos pensamentos a respeito de nós mesmos, de nossos atos, presentes ou
passados, iremos construindo a atual encarnação e as próximas. Também iremos
encontrando os seres aos quais estamos ligados energeticamente, por cordões
positivos ou negativos. Tudo isso faz com que se estruture uma infância para nós, os
pais, os irmãos e outras pessoas e a nossa vida terrena vá transcorrendo com fatos
e situações atreladas a essas questões de necessidade, de merecimento, de
resgates, de retornos. Nas encarnações também vamos encontrando Espíritos com
os quais temos similaridade de comportamento, com os quais somos parecidos,
para servirmos de espelho uns aos outros, desde a infância e no decorrer da vida.
Por isso é frequente um filho queixar-se de um dos pais e percebermos que são
parecidos. E um dos pais queixar-se de um filho que se parece muito consigo.
Nos relatos das Investigações do Inconsciente, as pessoas que sofrem nessa
vida podem encontrar a origem do seu sofrimento lá atrás, muitas vezes há séculos,
e entendem então uma das leis universais, a Lei do Retorno, geralmente construída
pela culpa. A culpa e o desejo de “pagar” por algo é que provoca o retorno para nós
de algo similar ao que fizemos no passado. Quando fazemos alguém sofrer, mais
tarde, arrependidos e nos culpando, devolveremos a nós esse ato para que, em
passando por ele, percebamos que não devemos causar mal a ninguém. Essa é a
base do “evoluir pela dor”, um método evolutivo adequado para quem acredita que é
assim que evoluirá. Quem acreditar que evoluirá pelo amor, pelo bom exemplo,
criará uma infância e uma vida em que pessoas boas e amáveis lhe ensinarão a
também ser assim. Claro que se vier com características ainda inferiores em seu
ego, poderá demorar a melhorar, mas, da outra maneira, pela dor, também
demorará, então, cabe a cada um de nós escolher de que maneira quer evoluir,
mesmo que em ambas as maneiras, isso demore. Poucos de nós tivemos infâncias
boas e tranquilas, isso significa que decidimos evoluir pela dor, ou que não temos
muitas inferioridades a melhorar ou essa é uma “encarnação de descanso”. Muitas
doenças congênitas, muitas doenças autodestrutivas (doenças autoimunes) são
criadas pela culpa de quem acredita que deve evoluir pela dor.
Quem apresenta inferioridades sérias em seu ego, como raiva, inveja, ciúme,
agressividade, autoritarismo, prepotência, rebeldia, tendência de desonestidade,
deficiência de caráter, tendências psicopáticas, que lá no período inter-vidas
minimizaram ou até ocultaram-se pela amenização do predomínio dos chakras
inferiores, e optaram pela evolução pelo amor e não pela dor, reencarnam em
famílias boas e harmoniosas, pais carinhosos, uma estrutura adequada a servir-lhes
de exemplo positivo para que, ao aflorarem antigas tendências, essas não
encontrem eco. Mas, mesmo assim, na prática, demora bastante tempo para elas
diminuírem ou desaparecerem, devido às circunstâncias sociais vigentes e ao mau
exemplo de uma sociedade fútil e materialista, baseada ainda em falsos valores,
incentivadora do egocentrismo, da competitividade, das “vitórias” egóicas.
O psicoterapeuta reencarnacionista deve realizar com as pessoas que vêm a
tratamento uma releitura de sua infância e de sua vida, para ajudar-lhes a entender
o que lhes aconteceu e o que lhes acontece. Tudo é retorno, necessidade e
merecimento, pelo amor ou pela dor, quem entender isso acelerará a sua evolução.
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Quem escolheu evoluir pela dor e não entender, permanecerá errando em sua
interpretação, se vitimizando, culpando os “vilões”, aumentando a sua raiva, a sua
dor, não percebendo que não está indo a lugar nenhum, e que deve fazer
justamente o contrário, muitas vezes perguntando-se de uma maneira infantil ou
adolescente inferior: Por que Deus me enviou para esse pai, para essa mãe, por que
esse marido, essa esposa, esse filho, essa situação? Por que estou passando por
isso? É que seu Deus é castigador.
Na 1ª consulta, deixamos a pessoa falar durante uns 20-30 minutos e depois
começamos a colocar a Reencarnação na sua história, principalmente utilizando o
método do “Por quê?” Uma ótima tática para esse momento é o exercício “Conte a
sua história de vida a partir de 1 ano antes de sua fecundação”. Se a pessoa que
vem a tratamento não entende bem de Reencarnação, devemos, aos poucos, ir
falando sobre isso, indicar livros sobre o assunto etc. Mas cuidado com o ego, nós
não somos superiores às pessoas que vêm consultar, não somos seus terapeutas,
somos auxiliares visíveis dos seus Terapeutas: os seus Mentores Espirituais. E,
principalmente, não somos oráculos, bruxos ou bruxas, magos ou magas, não temos
condições nem capacidade para opinar, nem mesmo insinuar respostas para os
questionamentos das pessoas a respeito de sua infância e circunstâncias de sua
vida. Essa é uma postura de um ego adolescente ou adulto inferior, baseada na
vaidade, na prepotência, no desejo de ser admirado, ser considerado superior, de
alguns terapeutas e mesmo médiuns de Centros, em que os Mentores e as
Entidades permanecem ao seu lado, observando-os, aguardando que encontrem a
noção de realidade a seu próprio respeito.
A 1ª consulta é uma grande oportunidade para falarmos, de igual para igual,
com as pessoas sobre a finalidade e o aproveitamento de uma encarnação. Mas
isso deve ser feito de uma maneira amigável, amorosa, com simplicidade, despojada
de qualquer postura professoral, arrogante, orgulhosa, sem longos discursos,
extensas preleções, “aulas” de Reencarnação e espiritualidade. O psicoterapeuta
reencarnacionista deve colocar-se como um amigo, um irmão, um companheiro de
jornada, e não como um ser “superior”, um “sabe-tudo”. O mais frequente em um
terapeuta com essa tendência é cair no ridículo e não enxergar isso, embora todos
os demais vejam.
Podemos sentar ao lado da pessoa e com uma prancheta rabiscar um
esquema reencarnatório, colocando no papel o Plano Astral e o Plano Terreno,
procurando mostrar a ela a noção de Personalidade Congênita, instigando-a a
pensar do por que ter escolhido aquele pai, aquela mãe, aquela situação familiar,
estar passando por aquele conflito, etc. Qual sua opinião a esse respeito? E
escutarmos. Podemos lembrar-lhe que, quando estava no Plano Astral havia
milhões de pais, de mães, aqui embaixo, por que veio filho (a) daqueles? O que
pensa disso? E escutarmos. Escutar não é a mesma coisa que ouvir. Todos nós
ouvimos, poucos realmente escutamos.
As consultas de Psicoterapia Reencarnacionista devem ter um cunho
espiritual, mas sem afetação, sem um ar religioso, mantendo o caráter de uma
Terapia. O psicoterapeuta que julgar-se superior às pessoas que vêm consultar,
reencarnou para curar o orgulho. O principal em qualquer tratamento é o amor que
vigora durante as conversas. Muitas vezes nem importa qual a Psicoterapia é a
utilizada, se reencarnacionista ou não, o mais importante é a empatia estabelecida
entre o terapeuta e a pessoa. Algumas vezes uma opinião de nossa doméstica, do

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porteiro do nosso prédio, da faxineira, tem um valor muito mais eficiente do que anos
de terapia.
Devemos atentar para as inferioridades que a pessoa revela, buscando
mostrar a ela que ali está, provavelmente, a finalidade evolutiva desta sua nova
passagem terrestre. Devemos colocar para ela as suas superioridades e focar nisso
o Tratamento todo, pois, como a Luz que quando chega acaba com a escuridão, o
cultivo das nossas superioridades pode acabar, por si só, com as inferioridades.
Devemos falar sobe isso, elogiar as suas superioridades para que ela se sinta bem
conosco, goste de vir conversar conosco, possamos estabelecer uma boa empatia
entre nós, desenvolvermos um Tratamento leve, agradável, abordando as suas
inferioridades e as suas superioridades, procurando ajudá-la a minimizar aquelas e
manter e incrementar essas. Enquanto isso, vamos observando as nossas próprias
inferioridades e superioridades, pois o principal não é sermos um terapeuta e, sim,
um irmão. Todo Tratamento com a Psicoterapia Reencarnacionista é para a pessoa
e para nós, sob pena de nos iludirmos e nos acreditarmos um psicoterapeuta
perfeito, acima das pessoas que nos procuram, apenas porque fizemos Cursos,
temos um consultório, pior ainda se começarmos a ficar famosos.
Depois que estamos com bastante prática em Psicoterapia
Reencarnacionista, o tempo de uma consulta de 1 hora é suficiente para captar
todas essas informações e passar para as pessoas uma base reencarnacionista que
lhes servirá como ponto de partida para analisar de uma maneira diferente a sua
vida e iniciar uma releitura de sua infância. Vemos pessoas entrarem para uma 1ª
consulta com uma mágoa ou raiva enormes de seu pai, de sua mãe, do ex-marido
etc., e com as conversas sobre Reencarnação, sobre Personalidade Congênita,
sobre a co-criação de uma infância, iniciarem ali mesmo no consultório uma maneira
mais leve e esperançosa de entender seus dramas e conflitos.
Quantas vezes vemos pessoas chorando dizerem que não querem mais
sentir aquela mágoa, aquela raiva, que querem aproveitar essa encarnação para
evoluírem, para libertarem-se. Elas estão entendendo que reencarnaram para
diminuir ou eliminar de vez esses sentimentos inferiores. Mas poucas pessoas
entendem essas noções e as que entendem, poucas vezes as colocam em sua
própria história. Alguns reencarnacionistas lidam com isso de uma maneira mais
teórica do que prática.
A função do psicoterapeuta reencarnacionista, desde a 1ª consulta, é falar
sobre Reencarnação com as pessoas. Podemos conversar sobre como vai a sua
encarnação, se pensam a respeito, para o que reencarnaram, aos poucos vamos
ajudando-as a pensar a sua vida sob esse prisma, a reler sua infância, lembrar que
cada um de nós reage ao seu modo aos fatos da infância e do decorrer da vida,
falarmos sobre os gatilhos e a sua finalidade etc. É muito simples, vamos
comentando que quem reencarnou para curar a mágoa sente mágoa, quem
reencarnou para curar a raiva sente raiva, quem reencarnou para curar o medo
sente medo, quem reencarnou acreditando-se inferior sente-se inferior, quem
reencarnou com orgulho sente orgulho, e assim por diante.
Nós não desvalorizamos a infância, e essa é uma crítica que recebemos às
vezes, pois é evidente que os fatos do início da encarnação são os que mais
marcam uma pessoa, mas como ela não é um início, e sim uma continuação,
enfatizamos nela, principalmente, o início do afloramento daquilo que veio para ser
melhorado em cada um de nós ao reencarnarmos. Muitas vezes, nossas
inferioridades aumentam na infância, pela ação das pessoas ou situações-gatilho,
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mas quando algo é marcante não se inicia na infância, apenas quando é de pequena
intensidade, uma pequena mágoa, uma raivinha, pode ter iniciado na vida atual.
Nas Sessões de Investigação do Inconsciente, as pessoas encontram aquilo
que sentem (a mágoa, a raiva, os medos, as fobias, a sensação de inferioridade, o
abandono, a solidão etc.) nas suas encarnações passadas, constatando então que
essas características e sentimentos negativos não foram originados nas interações
pessoais conflitadas dessa vida atual e sim aflorados por elas. A mágoa, a raiva e
outros sentimentos frequentemente têm a duração de centenas de anos e vêm à
tona na interação com um Espírito com quem temos um antigo conflito, geralmente
nosso pai, mãe, um irmão, marido, esposa etc.
Uma característica inferior de personalidade ou um sentimento inferior pode
iniciar-se na atual infância, mas aí é de pequena intensidade, mas uma forte
tendência de magoar-se, de sentir raiva, um forte medo, uma sensação intensa de
inferioridade, uma enorme solidão, sempre são muito antigas, geralmente de vários
séculos de duração. E por que não vêm sendo diminuídas em intensidade ou
eliminadas? Por que em cada vida nós acreditamos que aquele sentimento, aquela
sensação, começou naquela vida que estamos vivendo, geralmente na nossa
infância, o que é um grave erro, infelizmente incentivado pelas psicoterapias
tradicionais, herdeiras de antigas ideias religiosas não-reencarnacionistas.
Nas Investigações do Inconsciente escutamos relatos de encarnações
passadas, às vezes de dois ou três mil anos atrás, em que a pessoa se percebe
muito semelhante ao que ainda é hoje. Ou então encontra lá no seu passado um
parente ou um amigo com a personalidade praticamente idêntica à de hoje,
revelando um baixíssimo aproveitamento de suas encarnações, no sentido da
evolução.
A finalidade de uma encarnação e o seu real aproveitamento deve ser
colocado para as pessoas desde a 1ª consulta. Mas não é fácil uma pessoa, mesmo
que acredite em Reencarnação, libertar-se do hábito de analisar a sua vida a partir
da infância, pois estamos todos habituados a isso. Quantos reencarnacionistas
afirmam que a sua mágoa ou a sua raiva vieram da infância, que se acham menos
que os outros porque não tiveram pai ou mãe, que são medrosos porque seu pai,
sua mãe, batiam neles, etc. Acreditam, então, que eram perfeitos ao reencarnar e
alguém lhes estragou? Sabemos que não acreditam nisso, mas observamos que
permanecem mais na teoria do que na prática nessas questões de Reencarnação.
Devemos lembrar para as pessoas reencarnacionistas que podem colocar a
Reencarnação na sua vida, mas como uma prática e não apenas na teoria, nos
Centros, nos livros.
Devemos entender que nós descemos para o Plano Terreno para
encontrarmos as inferioridades do nosso ego e para isso nos deparamos com
situações (gatilhos) que julgamos negativas, desagradáveis, que servem para
sabermos o que devemos melhorar em nosso ego. Também afloram as nossas
superioridades, mas essas não necessitam de Terapia, a não ser que, com o tempo,
comecem a diminuir de intensidade. No Plano Astral, pela elevada frequência do
local, vão sendo, gradativamente, ativados nossos chakras superiores, até um nível
compatível com nosso grau, e vão sendo desativados os nossos chakras inferiores,
e então as nossas inferioridades minimizam, mas não desaparecem. Isso ocorre,
aos poucos, encarnação após encarnação e, um dia, desaparecerem, para isso
voltamos para a Terra, quantas vezes for necessário, para nos confrontarmos com
elas.
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As psicoterapias tradicionais, não reencarnacionistas, trabalham em cima da


concepção de que o que sentimos foi produzido no convívio com os “vilões” e isso
está tão fortemente implantado nas pessoas que mesmo muitos reencarnacionistas
acreditam nesse equívoco. É normal que elas afirmem que tudo iniciou na infância,
pois se não lidam com nada para traz, as coisas vão iniciar aonde? Nós não
existíamos antes, nós surgimos. Uma das principais tarefas do psicoterapeuta
reencarnacionista é descontaminar as pessoas dessa visão tradicional, limitada, e
muitas vezes essa é a principal tarefa nas 1ªs conversas. As pessoas estão muito
acostumadas a analisar sua vida desde a infância, e as conversas com amigos,
parentes e terapeutas, a respeito de suas dores psicológicas, sempre gira em torno
disso, então não é fácil fazê-las mudar essa maneira de ver (“versão-persona”). Mas
sem essa mudança, o trabalho do psicoterapeuta reencarnacionista não se
concretiza, pois o principal em um tratamento com a Psicoterapia Reencarnacionista
é colocar o entendimento da Reencarnação na nossa vida, enxergarmos a nossa
infância como uma continuação das encarnações anteriores, percebermos, no que
acontece no nosso dia-a-dia, os retornos positivos ou negativos (Karma) e
entendermos a utilidade dos gatilhos. Nós colhemos o que plantamos, podemos
tentar plantar apenas flores a partir de hoje.
Falemos um pouco a respeito dos termos “vida atual” e “vidas passadas”. Na
verdade, eles são equivocados e fazem com que as pessoas não fiquem atentas
para a continuidade da vida, mas como estão disseminados continuam a ser usados.
Só existe uma vida, nós apenas trocamos de “casca” de uma para outra, e uma nova
encarnação é como um dia após o outro, como um ano após o outro. Como a nossa
“casca” não dura para sempre, não passa geralmente de oitenta ou noventa anos de
uso, precisamos renová-la, e a isso chama-se “outra vida”. Mas somos nós mesmos,
a nossa personalidade, os nossos gostos, os hábitos, as tendências positivas e
negativas, tudo continua, os mesmos atores, a mesma peça, mudam apenas o
cenário e os papéis. Muitas vezes o filho já foi mãe da mãe, a mãe já foi filho do
filho, o marido já foi escravo de um filho, a esposa já foi feitor do marido, um irmão já
foi patrão do irmão, e esses papéis vão mudando, encarnação após encarnação,
mas a personalidade de todos nós é sempre a mesma, ela vai melhorando,
gradativamente, encarnação após encarnação, burilando-se, mas não dá saltos, não
muda radicalmente. Pelo que percebemos nas Sessões de Investigação do
Inconsciente, a nossa competência para melhorar nossas inferioridades é pequena,
e permanecemos muito parecidos, encarnação após encarnação, principalmente
pelo hábito de analisar-se a vida apenas a partir da infância. Esse é o maior
desserviço do Paradigma seguido pelas psicoterapias tradicionais, embora, como
visto, anteriormente, o aproveitamento de um Tratamento psicoterápico depende
mais do amor e da empatia do que do Método utilizado.
Poucas pessoas conseguem entender que desceram para tentar eliminar uma
secular tendência de magoar-se nessa atual encarnação, que é, e ao mesmo tempo,
melhorar sua relação com um Espírito conflitante, que pode ser seu pai, sua mãe ou
outras pessoas. Poucos entendem que vieram diminuir uma antiga tendência de
sentir raiva perto de quem lhes exterioriza essa característica adolescente ou adulta
inferior. E quem nos ajuda a perceber nossas inferioridades, está nos fazendo mal
ou bem? Depende de quem está vendo a situação, se nosso ego ou nosso Eu
Superior, pois o de baixo, frequentemente, enxerga tudo errado e se vitimiza, sente
ódio ou mágoa, pois não lembra seu passado remoto, não lembra nem para o que

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reencarnou, às vezes nem sabe que reencarnou, mas o de cima sabe, já viu essa
história repetir-se muitas vezes antes.
Quem nos aflora a mágoa, a raiva, o sentimento de rejeição, está atuando
como um instrumento da Perfeição para nos mostrar o que devemos curar em nós.
Mas quantos conseguem realmente entender essa questão? É tarefa do
psicoterapeuta reencarnacionista incentivar as pessoas a pensarem a esse respeito,
mas para tanto deve estudar e estudar-se, conhecer e, principalmente, aplicar
primeiramente em si mesmo.

MANUAL PARA A 1ª CONSULTA


Pelo fato da Psicoterapia Reencarnacionista ser de cunho eminentemente
espiritual, em que suas principais características são a humildade, a submissão aos
Mentores Espirituais e a obediência ao seu comando, não utilizamos Ficha de
Anamnese, apenas uma Ficha de Identificação, das doenças atuais e passadas e os
tratamentos e cirurgias efetuadas e atuais. Nas conversas encontram-se na sala
duas pessoas: a Pessoa 1 (autointitulado terapeuta) e a Pessoa 2 (intitulado
paciente) e os Mentores de ambos, além de, muitas vezes, outros seres espirituais,
do Alto ou do baixo Astral.
Qual um bom procedimento para a 1ª consulta na Psicoterapia
Reencarnacionista? Vamos até a sala de espera encontrar a pessoa que vem
conversar conosco. Nós a saudamos com simpatia, com um aperto de mão amigável
ou, se ela demonstrar que quer trocar beijos no rosto, isso é atendido por nós, caso
contrário, nós nos abstemos desse gesto. Conduzimos a pessoa até nossa sala,
indicamos onde ela deve sentar e, se não temos uma secretária para pegar os seus
dados, fazemos ali essa identificação, em um envelope, com seu nome, endereço,
telefone, e-mail, data de nascimento, estado civil, profissão, etc. Se temos uma
secretária, já temos esse envelope preenchido. Com uma prancheta no nosso colo,
com folhas de ofício, para anotarmos os pontos principais para a Psicoterapia
Reencarnacionista, iniciamos dizendo algo assim: “Fulano (a), sobre o que você
quer conversar?”, e aguardamos o início de sua fala.
Normalmente, a pessoa quando vai consultar com um psicoterapeuta, desde
há vários dias e, principalmente, no dia anterior à consulta e no próprio dia, já vem
ensaiando em sua mente o que quer falar, o que quer tratar, e já vem sendo intuída
por seu Mentor Espiritual para a consulta. Por isso não temos Ficha de Anamnese
pois isso descaracterizaria o aspecto submisso e obediente ao Mundo Espiritual que
é exigido do psicoterapeuta reencarnacionista. A partir do momento em que a
pessoa começa a relatar o que lhe incomoda, o que lhe aflige, o que lhe perturba,
nós a escutamos atentamente, damos a ela toda nossa atenção, vamos anotando
nas folhas de ofício os pontos principais do seu relato (mas não devemos baixar os
olhos apenas para o papel e, sim, olhar para ela, com respeito, com carinho, um
gentil profissional), ao mesmo tempo, procurando esvaziar, ao máximo, nossos
pensamentos para recebermos a orientação do Mundo Espiritual. Não devemos dar
opinião alguma a respeito de algo que ela relate nem opinamos sobre algum tema
do seu relato. Apenas escutamos, simpática e neutramente, concordando
suavemente com a cabeça, com um ar compreensivo, mas não pedante e superior.
Não damos nenhum diagnóstico, nem sugerimos hipóteses, pois isso vai começar a
surgir a partir da 1ª Sessão de Investigação do Inconsciente quando, como se fosse
o Telão do Plano Astral, os seus Mentores começarem a mostrar para a pessoa, e
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ela contar para nós, algumas de suas encarnações passadas, e aí, sim, poderemos
começar a entender a sua história espiritual através dos séculos.
Durante a 1ª consulta nós vamos escutando, anotando, intuindo, aguardando
o momento para colocarmos a Reencarnação na conversa, o que deve acontecer
após uns 20 ou 30 minutos de amorosa escuta. Se a pessoa está relatando
situações de seu momento atual de vida, após o tempo necessário, podemos dizer:
“Fulano (a), e como foi a sua infância? Teve alguma coisa que não foi boa, que lhe
marcou, que lhe afetou?”. E aguardamos. O seu relato da infância, numa grande
porcentagem de casos, traz situações de mágoa, de dor, de raiva, de rejeição, de
pobreza, de conflitos. Nesse momento, é uma boa oportunidade para introduzirmos
a Reencarnação na conversa. O ideal é, em certo momento do seu relato da
infância, dizermos algo assim, como se estivéssemos falando conosco mesmos: “É,
a nossa infância é criada por nós, por Deus, e sabe-se lá por que precisamos que
ela seja assim...” e aguardamos. Ou, sem parecer que estamos fazendo uma
pergunta, e sim comentando: ”Fulano (a), eu sei que você acredita em
Reencarnação, nós estamos lá no Plano Astral, há tantas famílias, pais, mães, aqui
na Terra, por que será que você veio para essa família (ou esse pai, ou essa
mãe)?”.
A maneira de introduzirmos a Reencarnação na conversa, nesse momento,
fazendo esse tipo de comentário ou questionamento, não deve ser algo técnico,
formal, ou inquiridor, e sim, com um tom amigável, meio sem querer, perguntar sem
parecer que está perguntando, e aguardar... Pronto! Colocamos a Reencarnação na
consulta. A partir daí a conversa deve ser mantida como Psicoterapia
Reencarnacionista. A pessoa que provavelmente está acostumada a pensar a sua
vida de uma certa maneira (geralmente como vítima), acostumada a falar com outras
pessoas a respeito de sua infância de uma forma não-reencarnacionista (ou quando
de uma maneira reencarnacionista, geralmente baseada em culpa e castigo),
acostumada com Psicoterapias dessa vida apenas em que tudo começou na
infância, em que geralmente somos vítima de algo ou alguém, a partir desse
momento, recebe uma “sacudida” em seus raciocínios e sentimentos. Estamos
escutando o seu Raciocínio e começando a transformá-lo no Contra-Raciocínio
(“versão-persona” x “Versão-Espírito”).
Podemos, também, dizer-lhe: “Fulano (a), vamos fazer um exercício de
imaginação?” Ela geralmente diz “Sim” ou meneia a cabeça concordando, ou fica
nos olhando... Como se estivéssemos criando aquilo na hora, sem pressa, sem
parecer que é uma Técnica, podemos dizer assim: “Que idade você tem?”. Ela
responde, digamos, 28 anos. Dizemos: “Não, você!”. Ela repete: “28 anos”. Dizemos:
“Não o (a) fulano (a), você!”. Geralmente a pessoa percebe onde queremos chegar e
diz: “O meu Espírito?, Ah, sei lá...”. Podemos dizer algo assim: “Olha, no mínimo
dezenas ou centenas de milhares de anos e o (a) fulano (a) tem 28 anos. Há uns 30
anos atrás, você estava lá no Plano Astral, e não era o fulano (a), não era dessa
família, não era filho (a) desse pai (ou dessa mãe), já pensou porque você veio para
essa família (ou esse pai, ou essa mãe)?” E aguardamos. Geralmente as respostas
vão desde “Ah, eu mereço!”, ou “Devo ter jogado pedra na Cruz!”, ou “Não faço a
mínima ideia!”
Estamos agora continuando a Psicoterapia Reencarnacionista... A partir daí,
pode-se dizer: “Olha, eu também não sei, mas sabemos que viemos onde o nosso
Espírito pediu, para passar por situações que necessitamos, para resgatarmos algo,
nos testarmos, imagine que estamos lá em cima: lá na Terra tem tantas famílias,
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tantos pais, o que tu pensa disso?” A pessoa fala algumas coisas, geralmente
mostrando que não sabe, e aí é uma boa oportunidade de lhe falarmos: “Fulano (a),
você sabe o que é a Psicoterapia Reencarnacionista?” Geralmente as pessoas
acham que é Terapia de Regressão apenas. Aí é a hora de explicar um pouco. “Não
é Regressão, mas uma Investigação do Inconsciente, ou seja, um instrumento dela,
mas é muito mais do que isso, quer que eu explique em alguns minutos”? “É bom
para saber como é o nosso Tratamento”. A pessoa sempre quer, e então
explicamos, em uns 5 minutos, o que é a Psicoterapia Reencarnacionista, o que ela
visa, qual a sua finalidade, o seu objetivo, o que é a Investigação do Inconsciente, a
nossa Ética nesse processo, os seus dois aspectos (desligamento e consciencial),
que o Tratamento tem uma duração de meses ou alguns anos, e que podemos
conversar e intercalar as Investigações do Inconsciente semanalmente, a cada 10
dias, a cada 15 dias, mensalmente, como ela quiser.
Então, escutamos o relato da pessoa, o que lhe incomoda, o que lhe traz à
consulta, após, lhe induzimos a contar a sua infância, colocamos a Reencarnação
na conversa, demos uma sacudida no seu raciocínio a respeito de sua infância,
explicamos o que é a Psicoterapia Reencarnacionista e o que é a Investigação do
Inconsciente, definimos como será o Tratamento, isso tudo em cerca de 1 hora de
conversa. O próximo encontro poderá ser uma nova conversa ou já a 1ª Sessão de
Investigação do Inconsciente e, sucessivamente, podemos alternar conversas e as
Investigações do Inconsciente, ou fazer 2 ou 3 Investigações do seu Inconsciente
seguidas e depois outra conversa, essa parte fica a critério de cada psicoterapeuta
reencarnacionista.

O “CONTRATO” VERBAL COM A PESSOA NA 1ª CONSULTA


É muito importante que, ao final da 1ª consulta, o psicoterapeuta
reencarnacionista faça um “Contrato” verbal com a pessoa que veio a tratamento,
para que essa sinta-se mais segura e perceba que ali tem um profissional realmente
interessado em ajudá-la a resolver o problema que lhe trouxe ao consultório.
Não devemos deixar as coisas irem indo, como: “Vamos fazer uma
Investigação do Inconsciente e depois a gente vê o que fazemos...” ou “Se você
quiser, podemos fazer uma Investigação do seu Inconsciente...”, etc. É preciso
passar seriedade e comprometimento para que a pessoa que telefonou, marcou
consulta, saiu de sua casa ou do trabalho, falou para algumas pessoas que iria fazer
uma consulta com um psicoterapeuta reencarnacionista, recebeu elogios ou críticas
ou ironias por isso, pegou seu carro ou um ônibus ou o metrô e veio, chegou ao
consultório, esperou na sala de espera, está pagando pelo atendimento, muitas
vezes já tentou com vários profissionais a solução de seu problema, vem cheia de
expectativa e esperança, então o que ela quer? Quer fazer um Tratamento! E é isso
que devemos lhe oferecer: um Tratamento, de meses ou anos de duração,
explicando a ela que não somos apenas um terapeuta de regressão, e sim um
psicoterapeuta reencarnacionista, e que o Tratamento é constituído de Sessões de
conversa e Sessões de Investigação do Inconsciente, e que isso pode ser feito
semanalmente ou, se a pessoa reside em outra cidade, a cada 10 dias ou
quinzenalmente ou até mensalmente se não tiver outra maneira.

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Uma maneira de realizar o início do Tratamento pode ser assim (Fase


1 do Tratamento):

1. 1ª consulta
2. II 1 (1ª Investigação do Inconsciente)
3. II 2 (2ª Investigação do Inconsciente)
4. Reconsulta
5. II 3 (3ª Investigação do Inconsciente)
6. Reconsulta

Podem-se fazer duas ou três conversas antes da 1ª Investigação do


Inconsciente, ou mais, se acharmos conveniente. Não existe uma regra fixa de como
deve ser a ordem dos encontros, cada psicoterapeuta reencarnacionista deve utilizar
o sistema que mais sentir-se confortável e/ou adaptar-se a cada perfil de pessoa que
venha realizar o Tratamento.

No exemplo acima, esses 6 encontros iniciais acontecem em 1 ½ - 2 meses, e


no último encontro estipulamos como iremos continuar o Tratamento (Fase 2): se
será necessário mais 1 ou 2 sessões de Investigação do Inconsciente ou, se não, se
iremos conversar semanalmente ou de 15/15 dias, e durante esses meses veremos
se surgirá a necessidade de outras Sessões de Investigação do Inconsciente.
Nessas conversas semanais ou quinzenais vamos vendo se a pessoa está fazendo
o que seus Mentores lhe recomendaram, se está promovendo mudanças em sua
vida, em sua postura, em sua maneira de ver e lidar com sua encarnação, ou não.
Se notarmos que tudo está indo bem, se a “Versão-Espírito” está sobrepujando a
“versão-persona”, se está realmente promovendo a evolução de características
inferiores de seu ego, se o seu Eu divino está assumindo o comando de seus
pensamentos, podemos ir preparando gradativamente a sua alta. Se não, é provável
que ela necessite mais um tempo de reconsultas e/ou mais Sessões de Investigação
do Inconsciente para vermos se ainda não está sintonizada com alguma situação do
passado que a está prendendo, se os seus Mentores não desejam mostrar-lhe
encarnações passadas com informações importantes para ela ou querem ter mais
uma conversinha com ela...
Se uma pessoa vem apenas para curar uma Fobia, o Pânico, uma Depressão
severa etc., é isso que ela quer, mas, após a solução disso, pelas recordações dos
períodos inter-vidas e os encontros com seus Mentores ao final de cada
Investigação do Inconsciente, ela estará entendendo melhor o que é a Psicoterapia
Reencarnacionista, que não é sinônimo de Terapia de Regressão e embora ela
esteja muito melhor ou curada dos sintomas focais que lhe trouxeram ao consultório,
pode oportunizar-se muito mais do que isso e, então, resolver realizar um
Tratamento completo. Isso deve ser salientado por nós na 1ª consulta e encontro
conosco é uma oportunidade que o Mundo Espiritual está lhe dando para realmente
aproveitar essa atual encarnação.
A Ficha de Identificação deve ser fornecida à pessoa ao início da 1ª consulta
para que ela leia, leve para sua casa, preencha-a e nos devolva no próximo
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encontro. Mas deve ser comentado nessa 1ª consulta os tópicos dessa Ficha que
falam de impedimentos à Investigação do Inconsciente, para evitar que seja
marcada a 1ª Sessão de Investigação do Inconsciente e só então, no dia marcado, a
pessoa traga a Ficha preenchida mostrando isso. Se não houver algum impedimento
ou que necessite um atestado de seu médico ou um médico especializado na área
sensível, ela pode levar a Ficha para casa, preencher e trazer no dia do próximo
encontro.
Enfim, passar para as pessoas mais do que simpatia e amor, passar
profissionalismo, seriedade e comprometimento, para que a Psicoterapia
Reencarnacionista seja realmente uma Psicologia e não um procedimento
“alternativo”, “esotérico”, "espiritual". As pessoas são trazidas até nós pelos seus
Mentores, que estão ali, ao lado, nos olhando, vendo se temos competência ou não,
se levamos nossa profissão a sério ou não, se realmente cumprimos nossa
obrigação. Não devemos decepcioná-los.

AS RECONSULTAS
Na Psicoterapia Reencarnacionista realizamos Tratamentos individuais
(crianças, adolescentes, adultos e velhos), de casal, de pais e de família, com
consultas com a duração de 1 hora, ou mais, ou Tratamento em grupo, com a
duração de 2 horas ou mais. Desde a 1ª consulta começa-se a falar de
Reencarnação com as pessoas. Com a continuação do Tratamento, nas
reconsultas, isso vai aprofundando-se, pois o tema das conversas na Psicoterapia
Reencarnacionista é sempre Reencarnação, é sempre o real aproveitamento da
encarnação. Vamos incentivando as pessoas a irem pensando sobre isso, irem
avaliando essa passagem, relendo a sua infância, vamos ajudando-a a entender
melhor o que são as armadilhas, os gatilhos (inferiores e superiores), o que é estar
aqui, ajudando-as a comprometerem-se mais firmemente com os objetivos
espirituais de sua atual passagem.
Podemos realizar a Sessão de Investigação do Inconsciente no 2º ou no 3º
encontro com as pessoas, dando-lhes a oportunidade dos seus Mentores mostrarem
para o quê reencarnaram dessa vez e o que estão repetindo negativamente,
encarnação após encarnação (o seu padrão comportamental) e o que acontece
quando o nosso ego nos comanda. Se o motivo da consulta for uma Fobia, o
Transtorno do Pânico, uma Depressão severa, uma dor física sem diagnóstico e
tratamento, ou seja, algo focal, não comportamental, nas Investigações do
Inconsciente, poderão receber do seu Mentor a oportunidade de encontrarem as
situações de onde originam-se esses sintomas, para desligarem-se de lá. Muitas
vezes, nesses casos, pode-se não encontrar imediatamente o seu padrão
comportamental negativo repetitivo, mas nas próximas Sessões de Investigação do
Inconsciente isso geralmente começa a manifestar-se, e aí aparece uma forte
tendência de isolamento, de tristeza, de mágoa, de materialismo, de baixa
autoestima, de orgulho etc. E as reconsultas irão endereçando-se para isso, a sua
Personalidade Congênita, o que deve mudar nessa atual encarnação e como está
indo a sua libertação do comando do seu ego sobre os seus pensamentos.
Nas reconsultas vamos ficando mais amigos da pessoa em Tratamento, pois
na Psicoterapia Reencarnacionista não existe a distância estabelecida por algumas
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Escolas psicológicas, não existe frieza, pose, ficar quieto, não falar nada, como
também não devemos ficar fazendo discursos dogmáticos, dar “aulas” de
Reencarnação. O que deve ir estabelecendo-se nas reconsultas é uma amizade
entre nós e a pessoa, irmos mostrando que realmente somos iguais, que somos
todos irmãos. Podemos ser carinhosos com as pessoas que nos procuram,
podemos abraçar, beijar, sentar do lado, consolar, e até chorar junto. Podemos nos
emocionar, nos sensibilizar, dar exemplos pessoais, contar, se for conveniente,
casos de Investigação do Inconsciente que tenham a ver com o caso da pessoa,
falar em Jesus, em Deus, em amor, podemos encaminhar para um Centro Espírita
ou Espiritualista, se isso for conveniente, enfim, as consultas em Psicoterapia
Reencarnacionista são momentos de afeto, de integração, em que ensinamos e
aprendemos, em que damos e recebemos carinho, em que nos sentimos integrados
às pessoas que nos procuram, em que vivenciamos a Unicidade. As consultas em
Psicoterapia Reencarnacionista são espirituais, são de irmão para irmão.
É de fundamental importância que o psicoterapeuta reencarnacionista dê um
exemplo de como deve ser a postura de um verdadeiro reencarnacionista: procurar
não ser agitado, ansioso, nervoso, falar demais, procurar não ser tímido, inseguro,
envergonhado, procurar não ser orgulhoso, o “dono da verdade”, não ser rígido,
fazer “pose”, enfim, o psicoterapeuta reencarnacionista deve ser uma pessoa que
corresponda ao que fala em seu consultório, e todos devem sentir que existe uma
coerência entre a sua fala e a sua atitude. Isso não quer dizer que, para ser um
psicoterapeuta reencarnacionista, nosso ego já precise ser puro e perfeito, senão
essa Escola só poderia vir para a Terra daqui alguns milhares de anos, e, sim,
termos uma credibilidade interna de que aquilo que falamos, nós fazemos, o que
recomendamos, nós praticamos.
O consultório e a sala de espera de um psicoterapeuta reencarnacionista
pode ter quadros espiritualistas, mensagens de amor, de harmonia, de paz,
incensários, anjos, plantas, flores, música suave, tapetes coloridos, um ambiente
adequado para as pessoas sentirem que ali encontrarão um atendimento espiritual,
que ali é um local bom para relaxar, entregar-se, abrirem-se, permitirem-se acessar
seus Mentores Espirituais, terem insights advindos do seu Eu Superior e do Mundo
Espiritual. Deve ser um local afetuoso, integrador e interiorizante, onde as pessoas
chegam, suspiram e dizem: “Ah, como é bom aqui!”
A linguagem do psicoterapeuta reencarnacionista nas consultas é simples,
tranquila, horizontal. Devemos evitar o falatório difícil, complicado, erudições
egóicas. Também devemos evitar diagnósticos psiquiátricos pois, para nós, não
importa se a pessoa tem o diagnóstico de Esquizofrenia, Paranoia, Transtorno
Bipolar, Fobias, Transtorno de Pânico, Depressão, etc. Para nós o que importa é o
que a pessoa fala, o que ela pensa, o que ela sente, sem diagnósticos de DSM
(Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais). Isso porque desde
a 1ª consulta, vamos procurando incentivar a pessoa a refletir o que seu veio fazer
na Terra dessa vez, o que veio melhorar, em que situações de vidas passadas pode
estar sintonizado, e se vier com diagnósticos psiquiátricos, devemos relativizar isso,
mostrar para a pessoa e seus familiares, se vierem junto, que nós não lidamos com
diagnósticos, nós lidamos com a busca das causas, da origem dos sintomas, seja
nessa, seja em vidas passadas. Não somos contrários aos medicamentos
psiquiátricos paliativos, que apenas aumentam a serotonina, baixam a adrenalina e
regulam o lítio, mas temos o dever de procurar a explicação, a origem dos sintomas.
Isso é realizado nas conversas em que vamos analisando seus pensamentos, seus
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sentimentos, suas posturas, ela lembra que é um Espírito encarnado? Como ela vê
a sua infância? Sabe para o que reencarnou? Está aproveitando essa passagem? É
obediente ao seu Eu Superior? Nas Investigações do Inconsciente, muitas vezes,
encontramos a causa da “Esquizofrenia”, da “Paranoia” e outros diagnósticos nas
sintonias com vidas passadas. Algumas vezes devemos recomendar uma consulta e
um possível tratamento espiritual em Centros Espíritas ou Espiritualistas, pois
também lidamos com a obsessão espiritual, e lá elas podem entender as
interferências inferiores. Não devemos nos esconder, ocultar nossas verdades,
nossas crenças, mas também não devemos nos exaltar, criticar a Psicologia, a
Psiquiatria, ironizar quem não acredita ou não lida com isso. Não somos
adolescentes, somos adultos.
Se não sabemos se a pessoa é reencarnacionista ou não, a nossa sala de
espera, o nosso consultório, deve mostrar que nós somos, nos quadros na parede,
nas revistas e jornais para ler, nos folhetos de divulgação de cursos, palestras etc.
Se a pessoa leu que somos reencarnacionistas em nosso cartão de apresentação,
na placa na porta do nosso consultório, vê o que temos na sala de espera, e entra
para a consulta, ou ela é reencarnacionista ou, pelo menos, não é avessa a essa
concepção.
O ideal é que o Tratamento perdure até que a pessoa vá reaprendendo a
pensar como um Espírito, ampliando sua compreensão a respeito da encarnação, do
que deve aprimorar em si, como pode ir evoluindo, como pode libertar-se de suas
inferioridades, relendo sua infância, conseguindo perceber as armadilhas, os
gatilhos, entendendo as buscas de harmonização com Espíritos encarnados
conflitantes, colocando seu ego a serviço do seu Espírito. Vamos entremeando
consultas e Investigações do Inconsciente, e o tempo todo o foco é a evolução.

O TRATAMENTO
A Psicoterapia Reencarnacionista apresenta dois níveis de enfoque
psicoterapêutico:
1. Básico – Tratar as inferioridades congênitas do nosso ego, características que
viemos apresentando há várias encarnações e ainda hoje. Para isso, são
utilizadas as Sessões de Investigação do Inconsciente conscienciais, que nos
ajudam a encontrar a nossa Personalidade Congênita e encetarmos, a partir
dessa constatação, a Reforma Íntima do ego, principalmente dessas
características inferiores. Ela é indicada para as pessoas cujo ego funciona
com predomínio do nível infantil inferior, adolescente inferior e adulto inferior.
2. Avançado – Visa buscar a reintegração do ego ao nosso Eu Divino. Ela é
indicada para as pessoas que passaram pelo nível básico de Tratamento e já
amadureceram suficientemente o seu ego, podendo ingressar nesse nível
mais profundo de Tratamento, pois já predominam características infantis,
adolescentes e adultas superiores; ou para as pessoas que chegam a
tratamento já com esse nível evolutivo do seu ego.

O Tratamento em Psicoterapia Reencarnacionista pode ser:

1. Individual – com consultas semanais, a cada 10 dias, quinzenais ou


mensais, com a duração mínima de 1 hora. Podemos fazer um esquema
de tratamento assim: 1ª consulta – Investigação do Inconsciente –
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reconsulta – Investigação do Inconsciente – reconsulta – reconsulta, etc.,


ou fazer 2 ou 3 consultas antes de iniciarmos as Investigações do
Inconsciente, cada caso é um caso.
a) Crianças
b) Adolescentes
c) Adultos
d) Velhos

2. Pais – Tratamento de pais com dificuldade com um filho, visando auxiliá-


los a lidarem melhor com isso, detectando suas características de
personalidade e do filho. Muitas vezes são casos de busca de resgate
entre Espíritos conflitantes.

3. Casal – Tratamento de um casal visando a evolução do ego de cada um.


Evidentemente, não compete a nós aconselhar a permanência ou o final
da relação e, sim, auxiliar na evolução de cada um deles.

4. Família – Tratamento dos membros de uma família visando a evolução do


ego de cada um e, muitas vezes, nas buscas de resgate entre Espíritos
conflitantes.

5. Grupo – as Sessões (de conversa e de Investigação do Inconsciente) têm


a duração de 2 horas, ou mais, semanais, a cada 10 dias ou quinzenais.
Os Grupos podem ser de 4, 5 ou 6 pessoas. Nessas consultas falamos o
mesmo que nas individuais, o assunto na Psicoterapia Reencarnacionista
é sempre o mesmo. As Investigações do Inconsciente na Terapia em
Grupo são individuais, com os demais assistindo, em completo silêncio,
para aprenderem uns com os outros. Ao final da Sessão, apenas o
terapeuta e a pessoa que regrediu devem falar, com os demais não
opinando, perguntando, porque eles não têm capacidade psicoterapêutica
para isso. De preferência os demais devem sentar há uma distância de 1
metro ou até mais, da pessoa em Investigação do Inconsciente, durante e
após seu final.

É importante que os psicoterapeutas reencarnacionistas tenham a real


percepção de que a nossa Psicoterapia não é sinônimo de Terapia de Regressão,
nem o nosso Tratamento é um tratamento breve. A Psicoterapia Reencarnacionista
é o embrião da Psicologia do século 21, que talvez passe a denominar-se
Psicoterapia Reencarnacionista ou, o que é mais provável, continue denominando-
se Psicologia. Mas irá lidar com a Reencarnação e, para isso, a chegada da mesma
Terapia utilizada no período inter-vidas na Terra, a partir de 1996, é de uma enorme
e fundamental importância, que o passar das décadas irá demostrar em seu devido
valor. Nós, psicoterapeutas reencarnacionistas, somos os pioneiros convidados pelo
Mundo Espiritual para desempenharmos esse papel histórico e precisamos ter bem
claro que a Psicoterapia Reencarnacionista não é uma nova Escola de Terapia de
Regressão e, sim, uma nova Psicologia, que o nosso Tratamento é de média a longa
duração e precisamos estar capacitados a realizar esse Tratamento, desde a 1ª
consulta até a alta das pessoas, com competência e fidelidade aos Ensinos trazidos
do Alto para todos nós. Para isso, foram elaborados uma série de textos, para servir
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de guia para os alunos e os ex-alunos, no sentido de trazer orientações e


informações práticas a esse respeito.
Alguns alunos, principalmente os que são médiuns atuantes em Centro e não
são terapeutas, revelam durante o Curso que não saberiam realizar um Tratamento
de Psicoterapia Reencarnacionista, o que conversar com as pessoas na 1ª consulta
e nas reconsultas. Esse texto visa mostrar que não há nenhuma dificuldade nesse
sentido, desde que coloquem em prática o que os Mentores recomendam como
diretrizes para podermos ser psicoterapeutas reencarnacionistas: humildade,
obediência e submissão ao Mundo Espiritual.
Vamos ver, então, como o exercício dessas virtudes oportuniza e facilita as
conversas entre nós e as pessoas que nos procuram para Tratamento. Elas chegam
até nós em busca de um psicoterapeuta, quando, na verdade, ele já está ao seu
lado há milhares de anos, só que elas não sabem disso ou, se sabem, não sabem
escutá-Lo ou, se sabem escutá-Lo, não sabem obedecê-Lo. “Nós, simplesmente,
ajudaremos essas pessoas a acessarem o seu psicoterapeuta e, depois,
conversaremos com elas a respeito do que lhes foi mostrado nas Investigações do
Inconsciente”.
Como é a 1ª consulta? As pessoas chegam para falar, para desabafar, para
contar os seus problemas, seus dramas, seus conflitos, fatos de seu atual momento
de vida ou fatos de sua infância, o que fazemos? Deixamo-las falarem. Escolhemos
um ar de paisagem adequado ao momento, simpático, profissional e indevassável, e
deixamos elas falarem o que quiserem. Se ao entrar, na 1ª consulta, a pessoa nos
olha como aguardando um sinal para começarmos a conversa, podemos dizer algo
como "Então, meu amigo (a), o que nós vamos conversar?" Estamos sentados em
uma poltrona em frente à dela, sem nada a nos separar, nem mesa, nem mesinha,
com uma prancheta no colo com folhas A4, um semi-sorriso no rosto, e aguardamos
para começar a escutar a "versão-persona" de alguém reencarnacionista mais na
teoria do que na prática. Por uns 20 minutos, só escutamos, com atenção, anotando
(nas suas palavras) o que acharmos importante, cuidando para não aprovar nem
desaprovar o que ela está contando (toda pessoa que vai a um tratamento
psicológico anseia por aprovação), nem verbalmente nem através de expressões
faciais ou gestos, de vez em quando dando uns pitacos de Reencarnação no que ela
fala, como se estivéssemos pensando em voz alta, coisas como: Se ela está
queixando-se do seu pai - "Pois é... tu (você) sabe tanto quanto eu que a gente
escolhe o pai da gente..." e nos calamos, mantendo o ar de paisagem... Se ela está
queixando-se de alguém de seu trabalho - "É... sabe-se lá... pode ser uma coisa
antiga, tu (você) sabe... existe uma Lei da Atração..." e retomamos nosso ar de
paisagem. Se o motivo da sua vinda a tratamento é um sintoma focal, como uma
Fobia, o Pânico, Depressão, uma dor crônica etc., depois dos seus 20 minutos,
falamos algo como "Fulano (a), pode ser que isso seja do passado, outra vida, se os
seus Mentores autorizarem, pode ser que possa encontrar nas Sessões de
Investigação do Inconsciente...".
Ou seja, vamos colocando a Reencarnação na conversa e, convenhamos,
isso não é nada difícil. O que não podemos ser é um Oráculo, uma bola de cristal
ambulante, um místico sabe-tudo, para não pagarmos um mico perante seus
Mentores. Em resumo, 20 minutos de ar de paisagem enquanto a sua "versão-
persona" nos vai sendo apresentada, com alguns pitacos de Reencarnação, depois
perguntamos se ela sabe como é o nosso Tratamento, geralmente acha que é
Regressão, explicamos durante alguns minutos o que é a Psicoterapia
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Reencarnacionista, como é o Tratamento, o que é a Investigação do Inconsciente


para o nosso tipo de tratamento, que não usamos hipnose, que é só um
relaxamento, uma meditação, como é a Ética na nossa Investigação do Inconsciente
etc.
O Tratamento com a Psicoterapia Reencarnacionista deve ter a duração do
tempo necessário para que a pessoa esteja realmente realizando a sua Reforma
Íntima e sua “Versão-Espírito” esteja sobrepujando sua “versão-persona” e isso
demora vários meses ou alguns anos; com isso irá ocorrendo uma evolução do seu
ego, de características infantis, adolescentes ou adultas inferiores. O nosso Curso,
como o nome indica, é um Curso para formar psicoterapeutas reencarnacionistas e
não uma Terapia em Grupo para os alunos encontrarem a sua Personalidade
Congênita nas visitações a algumas vidas passadas, relembrarem a sua proposta de
Reforma Íntima, começarem a realizá-la, reler sua infância sob a ótica
reencarnacionista, entenderem a ação potencialmente benéfica dos gatilhos, saírem
da vitimização e da raiva dos antes considerados vilões, enfim, um Curso de
autoconhecimento e evolução em benefício próprio. Até a metade do Curso ele é
parecido com isso, mas, até seu final, os alunos devem estar capacitados a ajudar
as pessoas que os procurarem em seu consultório ou em algum local de
atendimento de caridade, a receberem o mesmo benefício, ou seja, devem tornar-se
profissionais na arte de auxiliar os Mentores das pessoas a oportunizarem o mesmo
benefício a seus pupilos.
A ênfase no Curso deve ser a dos alunos tornarem-se auxiliares competentes
e confiáveis dos Mentores das pessoas não só nas recordações de suas vidas
passadas, mas também na realização de um Tratamento com início (1ª consulta),
meio (reconsultas) e fim (alta). Um Tratamento com a Psicoterapia
Reencarnacionista apresenta, geralmente, 2 fases: a 1ª em que realiza-se a 1ª
consulta, 3 ou 4 Investigações do Inconsciente intercaladas com 4 ou 5 reconsultas
e a 2ª em que percebe-se que não é mais necessário realizarem-se Investigações
do Inconsciente e é constituída apenas de reconsultas semanais, a cada 10 dias ou
quinzenais, em que iremos auxiliar e acompanhar as pessoas a colocarem em
prática, em seu cotidiano, em sua vida, o que aprenderam, entenderam,
assimilaram, e deverá ter o tempo necessário para que isso ocorra. Um Tratamento
constituído apenas da 1ª fase não é um Tratamento de Psicoterapia
Reencarnacionista, é um Tratamento de Investigação do Inconsciente. O nosso
Curso de Formação é, igualmente, constituído dessas 2 fases e compete ao
Ministrante evitar que os alunos formem-se tendo realizado apenas a 1ª fase,
satisfeitos com as melhoras obtidas, mas sem realizar a 2ª fase, ou seja, terem feito
apenas uma Terapia e não uma capacitação para tornarem-se psicoterapeutas
reencarnacionistas profissionais (de consultório ou de caridade).
Para que os alunos se formem em nosso Curso com essa capacitação, é
necessário que façam a Terapia da 1ª Fase do Curso para que percebam em si os
benefícios de um Tratamento com a Psicoterapia Reencarnacionista e a Formação
propriamente dita (2ª Fase), para que saiam do Curso sabendo auxiliar os Mentores
nas Investigações do Inconsciente e realizar um Tratamento completo com as
pessoas que o Mundo Espiritual lhes encaminhar.
Um aluno que saia do Curso apenas com um benefício próprio (1ª Fase) mas
sem a capacitação profissional (2ª Fase), realizou uma Terapia e não um Curso de
Formação e dificilmente irá atuar como psicoterapeuta reencarnacionista e, se o for,
logo perceberá que não está pronto para realizar um Tratamento completo ou nem
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atentará para isso, tornando-se, talvez, um terapeuta de Investigação do


Inconsciente e não um psicólogo da Nova Era.
Para que os alunos saiam ainda melhor formados nos nossos Cursos, a sua
duração foi ampliada. Para as turmas em andamento, os alunos que sentirem que
realizaram uma Terapia de benefício próprio, mas que sintam que ainda não estão
capacitados a tornarem-se profissionais deve falar com seu Ministrante para
continuarem como alunos na próxima turma, gratuitamente. Os alunos que
estiverem prontos para trabalhar, mas quiserem fazer o Curso novamente, podem
fazê-lo com o seu Ministrante ou com outro Ministrante, como um aperfeiçoamento,
ao valor de 1/3 da mensalidade.
A ABPR, cumprindo o seu papel de ser a Casa do psicoterapeuta
reencarnacionista, envia regularmente aos alunos e ex-alunos de todos os
Ministrantes, sócios ou não, textos visando manter a todos atualizados em relação à
Psicoterapia Reencarnacionista e à Investigação do Inconsciente, as novidades da
nossa Escola, audições de Investigação do Inconsciente para estudo, os benefícios
que a nossa Associação oferece às pessoas que procuram atendimento, como a
página Profissionais (em que os sócios formados podem ter o seu Perfil), o
Departamento Beneficente, o Departamento de Caridade, os Grupos gratuitos de
RAD, informações dos novos estados onde estamos chegando com o Curso de
Formação, as palestras, eventos, seminários, congresso etc., em que a nossa
Sagrada Terapia está fazendo-se conhecer, enfim, queremos que todos os
psicoterapeutas reencarnacionistas possam sentir-se unidos, integrados, bem
informados.

A TERAPIA DA CORREÇÃO DO RACIOCÍNIO


Quando alguém pergunta o que é a Psicoterapia Reencarnacionista, a
resposta é: a Terapia da correção do raciocínio. Nenhuma outra psicoterapia,
clássica ou moderna, oficial ou alternativa, trabalha com as pessoas dessa maneira.
Todas trabalham com as pessoas a partir dos seus sentimentos, a Psicoterapia
Reencarnacionista não trabalha com os sentimentos, ela atua diretamente nos
raciocínios equivocados, visando corrigi-los e com isso faz com que os sentimentos
diminuam por si só.
O Dr. Barcelos, psiquiatra desencarnado, no Nosso Lar, livro editado em
1946, transmitido por André Luiz para Chico Xavier, já alertava que era necessário
corrigir os raciocínios falíveis do homem para que houvesse uma cura verdadeira.
Ele estava falando como é a Terapia utilizada no Mundo Espiritual, no período inter-
vidas, e estava anunciando que, um dia, essa Terapia desceria para a Terra. E ela
chegou em 1996, e aí está, é a Psicoterapia Reencarnacionista, a Terapia da
correção dos raciocínios falíveis do homem.
O que é o raciocínio falível? É a maneira com todos nós enxergamos a nossa
infância quando éramos crianças, raciocínio que se mantém durante a adolescência,
geralmente aí agravando-se, e perpetua-se pela vida e, na imensa maioria das
pessoas, até a velhice, até a morte. Apenas chegando ao Mundo Espiritual, no
período inter-vidas, submetendo-se à Terapia lá utilizada, assistindo o Telão,
percebemos que passamos toda uma vida submetida a um raciocínio equivocado,
que gerou um fluxo de pensamentos coerente com esse engano e mantendo, ou
agravando, os sentimentos que tínhamos descido para curar. E aí entendemos o
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nosso equívoco, nos envergonhamos, começamos a corrigir o raciocínio


equivocado, iniciamos uma preparação da próxima descida para a Terra, a co-
criação de nossa próxima infância, prometemos a nós mesmos que dessa vez
iremos conseguir, que não nos enganaremos novamente, mas descemos,
esquecemos tudo que aprendemos quando estávamos no Mundo Espiritual,
novamente enxergamos nossa infância com a visão infantil de uma criança, e
passamos toda a vida com essa mesma visão, uma interpretação equivocada, que
novamente impede a melhoria ou a cura dos sentimentos que viemos para lidar,
frequentemente isso impede a realização dos resgates planejados com Espíritos
conflitantes, e tudo isso gera as doenças mentais, os transtornos psíquicos e as
doenças físicas decorrentes desse equivoco.
As terapias oficiais e as alternativas, energéticas, espirituais, são boas,
algumas são ótimas, mas não têm, como seu modus operandi, a finalidade de mudar
o raciocínio equivocado das pessoas a respeito da sua infância, ajudar-lhes a fazer
uma releitura do início de sua encarnação sob a ótica reencarnacionista, relembrar-
lhes que somos co-criadores da nossa infância, não focam com a devida importância
o potencial benefício dos gatilhos e das armadilhas para o afloramento do que veio
para ser curado e para testar nossa fidelidade ao nosso Espírito, não visam nos
mostrar o equívoco dos nossos raciocínios e propor a mudança para o Contra-
Raciocínio (“versão-persona” x “Versão-Espírito”), atuam nos sentimentos, nos
pensamentos, nos nossos corpos energéticos, nos nossos chakras, mas não
alcançam o ponto onde originam-se os desequilíbrios energéticos que desregulam
os nossos chakras e que provocam nossas doenças: os raciocínios falíveis de todos
nós.
A Psicoterapia Reencarnacionista exige um esforço nosso, uma disposição
para uma mudança profunda, para uma transformação radical em nossa maneira de
pensar, para que, com isso, melhorem os nossos sentimentos e as doenças que
surgem dos nossos sofrimentos egóicos. A correção do raciocínio equivocado
realizada no período inter-vidas veio para a Terra. O Telão agora pode ser aqui
acessado. A recordação de nossas encarnações passadas, ética, como ensinou
Allan Kardec, agora é possível de ser feita aqui. A noção da Personalidade
Congênita, a chave para o entendimento da proposta de Reforma Íntima, está à
disposição de quem quiser entendê-la. A “Versão-Espírito” superando a “versão-
persona” possibilita nos libertarmos do comando do nosso ego sobre o nosso
Espírito quando estamos aqui encarnados. A compreensão da ilusão dos rótulos das
cascas trará, a seu tempo, o fim da desigualdade social, do racismo e das guerras
em nosso planeta. O aproveitamento das encarnações está agora bastante
facilitado. Tudo isso graças ao amor que o Mundo Espiritual tem pela humanidade,
que fez com que a Terapia utilizada no período inter-vidas, definitivamente, aqui
chegasse. A Psicologia do século 21 iniciou a sua formatação, ainda na área
alternativa, como uma alternativa para os reencarnacionistas que querem uma
psicoterapia coerente com sua crença, mas, em algumas décadas, como a
Psicologia oficial vigente na maioria dos países.
Os psicoterapeutas reencarnacionistas, precursores da maior revolução na
história da Psicologia desde Freud, são os pioneiros, os desbravadores de um novo
mundo psíquico, navegantes de mares nunca antes navegados, e necessitam amor
e humildade, força e firmeza, para manter esse navio navegando sempre em frente,
quando as águas estiverem tranquilas e quando estiverem agitadas, quando o vento
soprar manso e quando advirem tempestades. O Mundo Espiritual nos convidou a
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todos para sermos seus auxiliares visíveis, eles confiam e precisam de nós, a
criação da Psicoterapia Reencarnacionista é deles, a nós compete a sua fixação na
Terra. Eles são os capitães do navio, nós somos os marinheiros. Os capitães nunca
abandonam o barco, alguns marinheiros, por falta de maior amplitude de visão, por
fraqueza ou falta de fé em si mesmos, às vezes o fazem.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOTERAPIA REENCARNACIONISTA


DADOS DO PSICOTERAPEUTA
Nome:............................................................................................................................
Endereço
profissional:....................................................................................................................
........................................................................................................................................
E-mail:............................................................................................................................
Site:...............................................................................................................................
Telefone(s):....................................................................................................................

CONTRA-INDICAÇÕES PARA A INVESTIGAÇÃO DO


INCONSCIENTE
A Investigação do Inconsciente tem algumas contraindicações. No caso de
enquadrar-se, por favor, informe abaixo. Nesse caso, poderá ser utilizada a IINP
(Investigação do Inconsciente Não Pessoal) em que, com a autorização dos seus
Mentores Espirituais, outra pessoa poderá realizar o procedimento por você, que
estará na sala de atendimento acompanhando o relato.
1. Pessoas com problemas cardíacos (cardiopatas)
2. Pessoas com pressão alta (hipertensos), sem controle médico
3. Pessoas que sofreram Acidente Vascular Cerebral (hemorrágico ou isquêmico)
4. Pessoas muito idosas

5. Mulheres grávidas, principalmente nos últimos meses
No caso de estar informando pertencer a uma das situações relacionadas acima
(......................................................................................................................................
.................................................................................................................), está me
sendo recomendado consultar um médico e trazer uma autorização por escrito que
posso realizar uma Investigação do Inconsciente ou optarei pelas IINPs.
Nome e assinatura: .............................................................................................
Local e data:.........................................................................................................

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BOICOTE, RESISTÊNCIA E DESISTÊNCIA


A Psicoterapia Reencarnacionista é a Terapia da Reforma Íntima do ego e da
Libertação do seu comando sobre nosso Eu divino e o Curso de Formação, além de
uma Terapia em Grupo com essa finalidade, visa a profissionalização dos alunos,
para poderem atender com amor, profissionalismo e dignidade em seu consultório
e/ou em seu Centro. Observa-se, algumas vezes, nos primeiros meses do Curso,
uma certa inquietação em alguns alunos, uma tendência inexplicável de desistir,
uma ideia de que não era bem o que queria, que não era como pensava, que não
vai poder dar continuidade, que não terá tempo, não terá capacidade pessoal,
financeira, intelectual ou espiritual para seguir no Curso, que, pensando bem, não
tem certeza mesmo se quer ser um psicoterapeuta reencarnacionista profissional
(em consultório) ou trabalhar com essa psicoterapia gratuitamente em seu Centro
Espírita, e outras artimanhas nas quais os nossos egos são especialistas.
O Curso de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista é uma
oportunidade para mostrarmos para o nosso ego que ele é muito sorrateiro, mas
finalmente o pegamos, começamos a identificá-lo, a descobrir como ele vem nos
enganando, nos iludindo e dominando há séculos. Nas Sessões de Investigação do
Inconsciente, vamos acessando encarnações passadas e vendo como estávamos
iludidos naquelas épocas, como acreditávamos ser uma persona, como nos
acreditávamos os rótulos ilusórios das nossas “cascas”, como sofremos, nos
magoamos, nos enraivecemos, disputamos, competimos, lutamos, matamos ou
morremos, em nome de nada.
E na medida em que vamos acessando esse nosso passado e entendendo
como fomos, naquelas épocas, totalmente cegados pelo nosso ego, vamos
percebendo como hoje em dia ainda o somos e começamos a querer nos libertar
desse jugo, a expandir o nosso campo de ação, a elevar os nossos pensamentos, a
dominar os nossos sentimentos, a refrear os nossos instintos, a passar o comando
da nossa vida terrena para o nosso Eu Superior e para os nossos Mentores
Espirituais, que estão sintonizados com níveis mais elevados de Energia e Vibração.
E aí, nesse momento, em que começamos a querer isso, o nosso ego começa a
inquietar-se e é essa inquietude que começamos a sentir no início do Curso. Parece
que somos nós que estamos sentindo isso, mas é ele. Nós somos um Ser eterno,
infinito, estamos aqui há centenas de milhares de anos, enquanto que a nossa
“casca” atual tem apenas algumas dezenas de anos e o nosso ego nos ilude que
nós somos essas poucas dezenas de anos.
Com o Curso, quando nós vamos des/cobrindo quem somos verdadeiramente
e entendendo que evolução é sinônimo de des/cascamento, de desap/ego, de
libertação do ego/ísmo, de expansão do ego/centrismo, de endereçamento para o
heterocentrismo, evoluir é começar ou intensificar a passagem do comando do “eu”
para o “nós”, vamos começando a entender que sofrer por si é atestado de um ainda
baixo nível consciencial, que frequentemente ficar triste e magoar-se é encontrar o
que viemos melhorar nessa atual encarnação, que sentir raiva é estar sob o
comando do nosso umbigo, que acreditar-se mais do que os outros é um atestado
de miopia espiritual, achar-se menos do que os outros é apenas o orgulho ferido, e
tantas outras manifestações infantis, adolescentes ou adultas inferiores do nosso

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ego, ele começa a achar que somos seus inimigos, que estamos contra ele, que
queremos destruí-lo, e começa a utilizar a sua arma favorita: a sedução.
Como ele faz isso? Começa a nos adular, a nos dar razão em tudo, nós
sempre estamos certos, em caso de dúvida ele nos convence que é isso mesmo,
essa psicoterapia é simples demais, não pode ser... Como assim, eu sou como sou
porque nasci assim? Eu desejei a minha infância? Quer dizer que não sou uma
vítima e, sim, um co-criador? Eu atraio os fatos da minha vida? Tudo é gatilho?
Estamos todos dentro de uma Grande Armadilha? Estou preparando a minha
próxima infância? É muito complicado, parece fácil, mas não é, acho que não é para
mim. Pensava que era um Curso de Regressão e me dizem que eu vou aprender
como não fazer Regressão, vou ser só um auxiliar do Mentor Espiritual das pessoas,
e nem chamam de paciente, chamam de pessoa, vou desistir... Ano que vem eu
faço de novo, acho... E tem a Lei do Esquecimento, acho que essa Investigação do
Inconsciente infringe essa Lei... O Conselho não permite, vou me complicar...
E de argumento em argumento, aquele aluno que enviou e-mail, que queria
tanto fazer o Curso, que esperou meses para o Curso começar, ali pelo 2º, 3º, 4º
mês, começa a ter dúvidas, a questionar, a pensar em desistir... O que está
acontecendo? Leu os textos, os livros, acessou os sites, achava tudo tão
interessante, comentou com muitas pessoas que iria fazer o Curso, veio tão
entusiasmado para a aula inaugural, está apenas no início, e já pensando em
desistir? Pede opinião em casa, comenta com os colegas, fala com os amigos, cada
um diz uma coisa, que tem razão, que não tem razão, quem sabe não é esse Curso
mesmo, mas pode ser bloqueio, pode ser resistência, não é a primeira vez que
desiste de algo que queria tanto. Como assim, bloqueio? Bloqueio de que? E
resistência? Claro que já desistiu outras vezes, mas todo mundo já desistiu de
coisas, isso é normal. Não vou mais, pronto! Ah, não, fica chato, vou mandar um e-
mail para o (a) professor, mas falar o que? Vou inventar uma desculpa qualquer,
não, isso não, tenho de falar a verdade, mas nem sei porque estou querendo parar,
não tenho tempo, não, tempo eu tenho, é falta de dinheiro, mas gasto com tanta
bobagem. Explicaram que a Investigação do Inconsciente não infringe a Lei do
Esquecimento, sei não. O Conselho não permite, mas eu já sabia disso. O que faço?
Vou mais uma aula e lá eu decido.
Esse é um exemplo típico da sedução que o ego exerce sobre alguns alunos
no começo do Curso. Na verdade, o que está acontecendo? É um bloqueio, sim, o
ego bloqueia o acesso ao nosso Eu Superior e nos faz ficar rodeando em volta de
nós mesmos, de argumento em argumento, de pensamento em pensamento, vamos
ficando tontos, como que auto-hipnotizados, e vão aflorando as nossas
inferioridades e não as vemos. Vem a crítica, vem a impaciência, vem o orgulho,
vem a prepotência, vem a rejeição, vem o medo, vem a insegurança, vem a dúvida,
vem a solidão, e nós nos digladiando dentro de nós.
O Curso é ver como éramos em encarnações passadas, nos compararmos
como somos hoje, reler a nossa infância, sair da vitimização, aproveitar uma
encarnação no sentido evolutivo consciencial, melhorar os nossos sentimentos pela
mudança do nosso raciocínio, programar a nossa próxima encarnação, passar o
comando para os nossos Mentores Espirituais, humildade, de obediência, de
submissão, querer ser igual aos outros, enfim, tudo aquilo que o nosso ego não
quer, não gosta, pois se acha muito especial, tem de ser o centro do espetáculo,
seja falando pelos cotovelos, seja falando apenas pelos pensamentos, seja sendo o
mais evidentemente feliz, seja parecendo ser muito infeliz, seja sendo um grande
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vencedor, seja sendo um pobre perdedor, o ego tem de aparecer, essa é a sua
especialidade. Não importa como, ele tem de aparecer!
O ego não é um vilão, ele tem desejos, anseios, inseguranças, necessidades,
carências e, no comando dos nossos pensamentos e dos sentimentos, nos domina a
tal ponto que quase todos os alunos quando chegam no Curso, acreditam realmente
que são homens, mulheres, que têm um nome, um sobrenome, que são filhos de
alguém, de uma certa nacionalidade, de uma certa raça, de uma certa cor de pele,
que em uma profissão, enfim, todos esses rótulos passageiros do nosso ego. É ele
no comando.
Quando vamos recordando que somos um Espírito encarnado dentro de uma
“casca” temporária, tendo chegado na família que pedimos, na infância que
desejamos, com os pais e demais membros da família que precisávamos, ou seja,
quando começamos a nos “descascar”, o ego entra em pânico, acha que não
gostamos dele, que queremos expulsá-lo da nossa vida, que iremos renegá-lo, que
vai ser morto, começa a sentir-se rejeitado (se veio com essa tendência), a magoar-
se (se veio com essa), se veio com raiva, começa a sentir raiva, se veio prepotente,
começa a achar que está tudo errado no Curso, se veio acreditando-se inferior, que
não vai ser capaz, se vem há muitas vidas escondendo-se, vai sentando nas
cadeiras dos cantos, só falta entrar parede à dentro, se acha que é meio burrinho,
vai lá para trás, se veio com uma tendência secular de questionar, de criticar, para
não perder o hábito, questiona e critica, e assim, em um Curso de Reforma Íntima e
de re-integração do ego ao nosso Eu divino, em que necessitamos primeiro nos
descascar para depois nos descobrirmos, o ego, amedrontado e inseguro, para
defender-se, ataca! E quer ir embora.
E começa a resistir, já não ouve direito o que o (a) professor (a) fala, vai
entrando em seus próprios pensamentos, vão aflorando as inferioridades, e elas
sempre vêm tingidas de “eu tenho razão”, vai enxergando tudo como vem
enxergando há várias vidas, vai endurecendo, reforçando as suas muralhas,
protegendo o seu patrimônio, resguardando as suas conquistas, vai ficando ansioso,
nervoso, quer sair da aula, quer ir embora, não quer mais voltar, no mês seguinte, o
dilema - vou ou não vou? - e o ego implorando que não, fica em casa, está frio, está
quente, estou com dor de cabeça, ah, hoje estou cansado, tenho outro
compromisso, e não vem na aula, ou vem e fica olhando... Os pensamentos
subjugados, os sentimentos aflorados, o ego em pânico, trancando-se cada vez
mais em si, pelo menos o lanche é bom, ou podia ser melhor, os monitores todos
fardados, de branco, parece religião, estou achando esse Curso muito caro, acho
que não vou poder continuar, o dia inteiro sentado, a gente fica meio duro, ou eu que
sou tenso?, no final tem a meditação, aí é bom, um silêncio, bem legal, a gente
relaxa, todo mundo se abraça, até mês que vem, não sei se eu volto, vou ver
durante o mês, acho que não era bem o que eu pensava, acho que não é para mim,
mudança, transformação, Reforma Íntima, aproveitar a encarnação, ver o Telão aqui
na Terra, e essa Simulação de Plano Astral, imaginar que já morreu e está
prestando conta para sua própria Consciência... Pior que esse só o tal de “Não pode
falar eu, meu e minha!”, falar o que então? Sei lá, vou ver o que faço. Já desisti
outras vezes, mas não faz mal, tem muitos Cursos, esse não é muito técnico, é mais
intuitivo, aprender a obedecer, submissão, na Investigação do Inconsciente só falar
“Sim”, “Continua”, “E depois?”, de vez em quando umas Táticas, parece tão sem
graça, deixar os Mentores direcionarem a recordação, não pode comandar, não
pode dirigir, não pode nem levar a Investigação do Inconsciente para a queixa do
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paciente, quer dizer, do cliente, está bem, da pessoa, e as Investigações do


Inconsciente que assisti, o pessoal às vezes fala baixinho, dá até sono, não é que eu
esteja desinteressado, uns colegas vão mais para a frente, ficam atentos, se
esforçam para ouvir, eu não, vou fechar os olhos, não é para acessar meu
inconsciente, acho até que nem vou conseguir acessar meu inconsciente, tem de se
entregar, abrir mão do comando, confiar no Mundo Espiritual, eu confio, mas, bem,
vamos ver, esse mês eu penso, se vou ficar, se vou sair... E enquanto isso, o nosso
antigo conhecido, o ego, lá dentro, confundindo Reforma Íntima com sofrimento,
abrir mão do comando com subserviência, não dirigir com ser escravizado,
submeter-se com ser eliminado, não está entendendo nada, só quer uma coisa: que
tudo fique como está! Não está bom, mas pode piorar.
O que podemos dizer a essa parte tão infantil ou adolescente, ingênua, ou
nem tanto, da nossa personalidade, tão querida e pueril, é que a Psicoterapia
Reencarnacionista lhe ama, só quer o seu bem, quer lhe ver crescer, amadurecer,
ser livre e saudável, então, sorria, você está sendo firmado.

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EXERCÍCIO DE 1ª CONSULTA EM DUPLAS (EM 4 TEMPOS)


O Ministrante de Curso explica aos alunos como é realizado o Exercício e
eles são distribuídos em duplas, com o Ministrante e os monitores dando a
assessoria necessária.
Esse Exercício é feito em 4 fases, os alunos são distribuídos em dupla e,
durante cerca de 30 a 40 minutos, um aluno é a pessoa que veio consultar e o outro
é o psicoterapeuta reencarnacionista. A pessoa fala de si, de sua vida, conta a sua
infância, da maneira tradicional, ou seja, o que chamamos de “versão persona”, a
leitura que fez de sua infância, a interpretação que teve dela, a visão que tem de sua
vida, na imensa maioria das vezes, uma leitura e uma visão não-reencarnacionista,
mesmo em pessoas que acreditam na Reencarnação. Após esse tempo, o
Ministrante de Curso sinaliza que agora a pessoa vai contar a mesma história, a sua
infância, a sua vida, de uma maneira reencarnacionista (“Versão-Espírito”).
Após o tempo necessário para isso (geralmente 60 a 80 minutos), os alunos
invertem os papéis e a pessoa torna-se o psicoterapeuta reencarnacionista e esse
passa a ser a pessoa que veio consultar, e fazem a mesma coisa: primeiramente a
visão não-reencarnacionista de sua vida, de sua infância, e depois a visão
reencarnacionista.
É o Raciocínio X Contra-Raciocínio (“versão-persona” x “Versão-Espírito”),
para os alunos aprenderem como ajudar as pessoas que vêm realizar um tratamento
de Psicoterapia Reencarnacionista a mudarem o seu raciocínio não-
reencarnacionista a respeito de sua infância e de sua vida para um raciocínio
reencarnacionista, o que, por si só, diminui os seus sentimentos negativos.
Ao final do Exercício, que em geral dura 2 a 2:30 horas, todos em círculo,
comenta-se como foi, o que todos acharam, a diferença entre a “versão-persona” e a
“Versão-Espírito” na interpretação a respeito da nossa infância e dos fatos atuais da
nossa vida, a importância disso para entendermos a construção da nossa infância,
as situações necessárias para o nosso projeto evolutivo, enfim, a diferença entre o
método clássico de todas as Escolas de Psicologia até hoje e a Psicoterapia
Reencarnacionista, a Terapia da Reforma Íntima e da Libertação.
Esses Exercícios de duplas de alunos, de 1ª consulta e reconsultas, é feito
todos os meses, com duplas permanentes, de preferência com os mesmos
monitores, quando o Curso já está em sua metade, fazendo parte do ensino e
preparo dos alunos rumo a sua profissionalização enquanto psicoterapeuta
reencarnacionista. A 1ª metade do Curso é uma grande Terapia em grupo, a 2ª
metade é o momento da profissionalização dos alunos. Mês a mês, eles fazem
reconsultas entre si (as mesmas duplas), Investigações do Inconsciente, sempre
com supervisão. É um tratamento mensal de Psicoterapia Reencarnacionista.

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