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Espírito e passamos uma vida toda acreditando numa versão, a do nosso ego
(nossa persona), que parecia tão real, tão coerente, mas que era, na verdade, uma
interpretação superficial, aparente, de uma história bem mais profunda, bem mais
antiga, a verdadeira, a que se escondia por trás do que chamamos de “As ilusões
dos rótulos das cascas”.
Com o retorno da Reencarnação à memória de mais e mais pessoas aqui no
lado ocidental do nosso planeta, o que antes parecia ser apenas um conceito
religioso, com a chegada da Psicoterapia Reencarnacionista adentra o consultório
dos terapeutas e revela-se um assunto psicoterápico. Com o ingresso da
Reencarnação no consultório, a versão das histórias que as personas nos contam,
começa a ser questionada e mesmo que seja muito difícil sabermos a interpretação
verdadeira da nossa história e das pessoas que vêm buscar esse tipo de tratamento,
uma coisa sabemos: aquelas histórias, recheadas de mágoa, de sentimento de
rejeição, de raiva, de crítica, de indignação, não são bem assim, elas foram lidas
dessa maneira, desde a infância, continuaram sendo lidas assim na adolescência,
na vida adulta e na imensa maioria dos casos até a velhice chegar e até a hora da
morte.
E então nós saímos do nosso corpo falido, subimos para o Mundo Espiritual e
lá, aos poucos, vamos nos libertando dos nossos rótulos e consequentemente de
nossa persona anterior e, na medida que isso vai acontecendo, vamos percebendo
que passamos uma vida toda acreditando em uma visão da nossa vida, em uma
interpretação de uma história que, agora, começa a diluir-se, até desaparecer por
completo. Aqui embaixo, éramos o filho ou a filha de alguém, o pai ou a mãe de
alguém, tínhamos um nome e um sobrenome, tínhamos um gênero sexual,
pertencíamos a uma raça, tínhamos uma cor de pele, éramos de uma certa
nacionalidade, e aos poucos, no Mundo Espiritual, vamos deixando de ser tudo isso,
vamos perdendo os nossos rótulos, como se fossemos nos descascando,
descascando, e o que vai surgindo? Uma Essência, uma estrutura energética, que
aqui na Terra chamamos de Espírito, e que é nós mesmos, o nosso aspecto
verdadeiro.
No período inter-vidas vamos encontrando a versão verdadeira da nossa
história, bem diferente daquela visão que passamos a vida toda acreditando aqui na
Terra, tão certinha e coerente, de mágoa, de rejeição, de raiva, que contávamos
para as pessoas, contávamos para os nossos terapeutas, e nós acreditávamos nela,
e todos acreditavam nela, pois todas as pessoas passam toda a sua encarnação
acreditando na “versão-persona” de suas histórias, sem perceber que são apenas
interpretações de nossas personas e as nossas personas são cascas temporárias,
de rótulos temporários, que um dia sucumbem e deixam vir à tona, aos poucos, lá
em cima, no local da libertação, a verdadeira versão da nossa história.
Agregando a Reencarnação à Psicoterapia, devemos analisar as nossas
mazelas, dramas e sofrimentos, como surgindo a partir da nossa infância ou
devemos pensar por quê co-criamos essa infância? Devemos enxergar a infância
como o começo da vida, o início das coisas, o surgimento dos sentimentos, o início
da nossa história ou, sabendo que ela é a continuação da nossa vida aqui na Terra,
interrompida ao final da encarnação anterior, é uma estrutura kármica co-criada por
nós e pelo Todo (Deus), baseada nos nossos próprios conceitos a respeito da Leis
Divinas do Merecimento, da Necessidade e do Retorno?
A nossa história é, invariavelmente, uma história muito antiga, que jaz
escondida dentro do nosso Inconsciente, e que a sabedoria do Dr. Freud intuiu que
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Psicoterapia Reencarnacionista TEXTO 3
deveria ser aberto e estudado, mas não foi seguido por seus seguidores e começa,
agora, a ser seguido por nós, chamados de “alternativos”, “esotéricos” e outros
adjetivos não tão simpáticos, que, simplesmente, resolvemos obedecer ao Mestre
vienense.
É muito difícil uma cura verdadeira de um sentimento que está atrelado a uma
versão ilusória da nossa história e é muito fácil a melhoria de qualquer sentimento se
conseguirmos nos libertar da visão egóica da nossa história e encontrarmos a visão
espiritual dela. A Psicoterapia Reencarnacionista, sendo uma psicoterapia que visa
mudar o “Raciocínio falível do homem”, deixa os nossos sentimentos e das pessoas
que tratamos um pouquinho de lado e atenta para o pensamento, para a
interpretação da nossa história de vida, pois é aí que o sentimento pode ser
realmente curado, já que o sentimento vem do pensamento, esse vem do raciocínio
e esse vem da interpretação que demos e damos aos fatos da nossa vida,
geralmente vitimatório.
A humanidade ainda não alcançou uma compreensão do Divino como uma
Estrutura Amorosa, Neutra, Pura e Perfeita, que tudo aceita, tudo permite, pois a
Sua Justiça é baseada no Livre-Arbítrio. Como essa Estrutura é Eterna e Infinita, à
Ela (Deus) não importa o que fazemos, de certo ou errado, de correto ou
equivocado, pois a vida é uma Escola na qual temos de aprender todas as lições,
incluindo as que nos fazem mal e aos demais. Ao final de cada Ciclo de Vida (que os
orientais chamam de Períodos Yin/Yang e os ocidentais de Big-Bangs), todos
retornamos para o Núcleo Central do Universo e aguardamos o próximo Ciclo, e
assim, eternamente. O tempo que o “filho pródigo” leva para voltar à “Casa do Pai”
não importa, a “reta de chegada” dessa “corrida de obstáculos” está sempre lá nos
aguardando, demore quanto demorar. Apenas quando todos voltam (embora nunca
tenhamos realmente saído de lá) é que o Yang se prepara para lançar-se em uma
nova aventura Yin, em um novo Big-Bang.
Devido à concepção ainda vigente de um Deus mosaico, trazido por Moisés,
um Ser Divino, por uma necessidade para o povo daquela época, um Pai que julga,
que castiga, que pune, que se vinga, todos nós há muito séculos temos criado
infâncias e vidas baseada em uma “Justiça Divina” que não existe, pois ela é uma
concepção baseada em nossa própria concepção de “justiça” humana. Mesmo que
Jesus, o Governador do nosso planeta, tenha trazido uma concepção oposta, de um
Pai bom e justo, doce e amoroso, continua vigorando até hoje o Deus de Moisés.
Por isso, a maioria de nós, após uma encarnação em que “pecou”, cria uma próxima
infância e circunstâncias a encontrar durante a próxima encarnação segundo uma
Lei do Merecimento, uma Lei da Necessidade e uma Lei do Retorno próprias, nisso
baseadas. Como a maioria de nós ainda lida com essa concepção, na prática da
Psicoterapia Reencarnacionista lidaremos com infâncias co-criadas pelas pessoas
que nos procuram que foram estruturadas dessa maneira.
E também podemos ver que as nossas foram dessa maneira criadas. A
maioria de nós pediu um pai ruim porque foi um pai “ruim” para sofrer o que causou
de sofrimento a outros, ou para aflorar suas inferioridades (magoar-se, sentir-se
rejeitado, sentir medo, achar-se inferior, ter raiva etc.), pediu uma mãe não
carinhosa porque não foi uma mãe carinhosa ou para aflorar inferioridades, pediu
para vir em uma situação de miséria porque foi abastado e egoísta e assim por
diante. Ou seja, como ainda temos uma concepção infanto-juvenil de “Justiça
Divina”, nós viemos há séculos reencarnando para pagar, para sofrer, e,
convenhamos, com essa concepção não é de estranhar que a depressão (explícita
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ou disfarçada) seja a mais comum doença do ser humano, pois, em nosso íntimo,
não merecemos ser felizes porque somos “pecadores”. Todos atualmente querem
ser alegres, isso está na moda, mas não sabemos ainda nem ser felizes, e essa não
necessita ser demonstrativa, não precisa da visibilidade. Todo o Programa do nosso
Curso versará principalmente sobre as encarnações baseadas na crença no Deus
de Moisés, pois é o que ainda vigora.
Mas, como vimos, a nossa infância poderá ser co-criada por nós baseado em
uma crença diferente do Divino, no que Mestre Jesus nos ensinou quando afirmou
“Vá e não peques mais!”, e, então, poderemos criar uma próxima infância baseado
nisso, não “necessitaremos” um pai, uma mãe, uma estrutura inicial de vida
negativas, ruins, pelo contrário, decidiremos que queremos evoluir pelo amor e não
pela dor. Podemos curar uma antiga tendência de magoar-se, de sentir-se rejeitado,
passando por infâncias boas e circunstâncias agradáveis de vida, convivendo com
pessoas evoluídas, amorosas, pacienciosas, que não se magoam, não se sentem
rejeitadas, porque já alcançaram um nível de ego mais evoluído e, então, nos
ensinam que não devemos nos afetar negativamente com pessoas e fatos da vida
que provocariam esse afloramento em nós. Mas, para isso, é preciso uma elevação
do nosso grau de consciência para que, ao invés de optarmos por “pagar” pelos
nossos erros e pecados ou sofrermos para aprendermos, optemos por aceitarmos
nossos erros e pecados, decidamos não errar e não pecar mais, e ao invés de
gatilhos para fazerem aflorar nossas inferioridades, almejemos gatilhos para fazerem
aflorar nossas superioridades.
Em “O Livro dos Espíritos”, vários trechos ensinam que nosso Livre-Arbítrio
não ocorre somente quando estamos na Terra, também funciona no período inter-
vidas, e que nós escolhemos a infância que iremos necessitar ou merecer. Esse
conceito de Livre-Arbítrio ainda é bastante desconhecido por nós, e explica por que
muitas pessoas reencarnam para “pagar”, para “sofrer”, motivado por uma culpa que
só existe em seu pensamento. Deus, que é Amor, não castigaria alguém pelo que
fez de equivocado em vidas passadas, pelo contrário, ofereceria condições para
aprender o que é certo, o que é correto, o que é bom para si e para os demais.
Todos nós temos a infância que co-criamos quando estávamos no período
inter-vidas, de acordo com nossa concepção de Deus, ainda infantil, adolescente,
adulta ou já anciã. Deus é neutro, nós criamos tudo na nossa vida e nas próximas, a
responsabilidade sobre tudo a nosso respeito é somente nossa, essa é a verdadeira
noção de Livre-Arbítrio. Quando afirmamos que “O futuro a Deus pertence”, estamos
dizendo que o nosso futuro depende de nós, pois todos nós somos Deus em uma
micro-manifestação.
O merecimento não deve ser confundido com culpa e castigo, pois esses
conceitos pseudo-religiosos foram criados pelos homens e não existem na Justiça
Divina. E a Justiça Divina não deve ser confundida com a justiça de um Deus lá em
cima, nos condenando, nos premiando, pois isso também foi criado pelos homens e
não existe. O Merecimento é baseado na nossa crença a esse respeito, se é para
“pagar”, para “sofrer”, o Todo nos proporcionará isso; se aceitamos os nossos erros
e equívocos e prometemos a nós mesmos não errar e não nos equivocarmos mais,
não acreditaremos que “necessitaremos” pagar ou sofrer. Mas a maior parte das
pessoas, ainda com aspectos egóicos infantis, adolescentes e adultos inferiores,
acredita em um Deus julgador, crítico e punitivo, pois também são assim. Deus criou
o homem à Sua Imagem e Semelhança, nós criamos um Deus à nossa própria
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A 1ª CONSULTA
De modo semelhante aos psicoterapeutas que tratam apenas a vida atual das
pessoas, na 1ª consulta, ao escutarmos a “versão-persona” de uma pessoa que vem
realizar um tratamento, buscamos analisar a sua personalidade, detectar as
características predominantes de seu ego, seus pensamentos e sentimentos, seus
aspectos positivos e negativos, fazemos a análise de como interpretou a sua
infância, como viu o seu pai, a sua mãe, a sua família, as suas circunstâncias etc.
Isso tudo vai evidenciando se em seu ego predomina o nível infantil, adolescente,
adulto ou ancião, inferiores ou superiores. Durante o Tratamento vamos ajudando a
pessoa a perceber qual ou quais desses níveis predomina (m), devem ser
entendidos e, gradativamente, superados.
Mas como o psicoterapeuta reencarnacionista não se atém apenas a essa
encarnação, e trabalha com as pessoas a sua busca da evolução consciencial, o
seu real aproveitamento dessa atual encarnação, devemos ir mostrando desde a 1ª
consulta que suas inferioridades e negatividades é o que realmente importa para o
Tratamento, e elas podem ser atenuadas da seguinte maneira: saber que existem,
detectá-las quando afloram, agradecer pelos gatilhos que as fazem aflorar e,
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Quem escolheu evoluir pela dor e não entender, permanecerá errando em sua
interpretação, se vitimizando, culpando os “vilões”, aumentando a sua raiva, a sua
dor, não percebendo que não está indo a lugar nenhum, e que deve fazer
justamente o contrário, muitas vezes perguntando-se de uma maneira infantil ou
adolescente inferior: Por que Deus me enviou para esse pai, para essa mãe, por que
esse marido, essa esposa, esse filho, essa situação? Por que estou passando por
isso? É que seu Deus é castigador.
Na 1ª consulta, deixamos a pessoa falar durante uns 20-30 minutos e depois
começamos a colocar a Reencarnação na sua história, principalmente utilizando o
método do “Por quê?” Uma ótima tática para esse momento é o exercício “Conte a
sua história de vida a partir de 1 ano antes de sua fecundação”. Se a pessoa que
vem a tratamento não entende bem de Reencarnação, devemos, aos poucos, ir
falando sobre isso, indicar livros sobre o assunto etc. Mas cuidado com o ego, nós
não somos superiores às pessoas que vêm consultar, não somos seus terapeutas,
somos auxiliares visíveis dos seus Terapeutas: os seus Mentores Espirituais. E,
principalmente, não somos oráculos, bruxos ou bruxas, magos ou magas, não temos
condições nem capacidade para opinar, nem mesmo insinuar respostas para os
questionamentos das pessoas a respeito de sua infância e circunstâncias de sua
vida. Essa é uma postura de um ego adolescente ou adulto inferior, baseada na
vaidade, na prepotência, no desejo de ser admirado, ser considerado superior, de
alguns terapeutas e mesmo médiuns de Centros, em que os Mentores e as
Entidades permanecem ao seu lado, observando-os, aguardando que encontrem a
noção de realidade a seu próprio respeito.
A 1ª consulta é uma grande oportunidade para falarmos, de igual para igual,
com as pessoas sobre a finalidade e o aproveitamento de uma encarnação. Mas
isso deve ser feito de uma maneira amigável, amorosa, com simplicidade, despojada
de qualquer postura professoral, arrogante, orgulhosa, sem longos discursos,
extensas preleções, “aulas” de Reencarnação e espiritualidade. O psicoterapeuta
reencarnacionista deve colocar-se como um amigo, um irmão, um companheiro de
jornada, e não como um ser “superior”, um “sabe-tudo”. O mais frequente em um
terapeuta com essa tendência é cair no ridículo e não enxergar isso, embora todos
os demais vejam.
Podemos sentar ao lado da pessoa e com uma prancheta rabiscar um
esquema reencarnatório, colocando no papel o Plano Astral e o Plano Terreno,
procurando mostrar a ela a noção de Personalidade Congênita, instigando-a a
pensar do por que ter escolhido aquele pai, aquela mãe, aquela situação familiar,
estar passando por aquele conflito, etc. Qual sua opinião a esse respeito? E
escutarmos. Podemos lembrar-lhe que, quando estava no Plano Astral havia
milhões de pais, de mães, aqui embaixo, por que veio filho (a) daqueles? O que
pensa disso? E escutarmos. Escutar não é a mesma coisa que ouvir. Todos nós
ouvimos, poucos realmente escutamos.
As consultas de Psicoterapia Reencarnacionista devem ter um cunho
espiritual, mas sem afetação, sem um ar religioso, mantendo o caráter de uma
Terapia. O psicoterapeuta que julgar-se superior às pessoas que vêm consultar,
reencarnou para curar o orgulho. O principal em qualquer tratamento é o amor que
vigora durante as conversas. Muitas vezes nem importa qual a Psicoterapia é a
utilizada, se reencarnacionista ou não, o mais importante é a empatia estabelecida
entre o terapeuta e a pessoa. Algumas vezes uma opinião de nossa doméstica, do
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porteiro do nosso prédio, da faxineira, tem um valor muito mais eficiente do que anos
de terapia.
Devemos atentar para as inferioridades que a pessoa revela, buscando
mostrar a ela que ali está, provavelmente, a finalidade evolutiva desta sua nova
passagem terrestre. Devemos colocar para ela as suas superioridades e focar nisso
o Tratamento todo, pois, como a Luz que quando chega acaba com a escuridão, o
cultivo das nossas superioridades pode acabar, por si só, com as inferioridades.
Devemos falar sobe isso, elogiar as suas superioridades para que ela se sinta bem
conosco, goste de vir conversar conosco, possamos estabelecer uma boa empatia
entre nós, desenvolvermos um Tratamento leve, agradável, abordando as suas
inferioridades e as suas superioridades, procurando ajudá-la a minimizar aquelas e
manter e incrementar essas. Enquanto isso, vamos observando as nossas próprias
inferioridades e superioridades, pois o principal não é sermos um terapeuta e, sim,
um irmão. Todo Tratamento com a Psicoterapia Reencarnacionista é para a pessoa
e para nós, sob pena de nos iludirmos e nos acreditarmos um psicoterapeuta
perfeito, acima das pessoas que nos procuram, apenas porque fizemos Cursos,
temos um consultório, pior ainda se começarmos a ficar famosos.
Depois que estamos com bastante prática em Psicoterapia
Reencarnacionista, o tempo de uma consulta de 1 hora é suficiente para captar
todas essas informações e passar para as pessoas uma base reencarnacionista que
lhes servirá como ponto de partida para analisar de uma maneira diferente a sua
vida e iniciar uma releitura de sua infância. Vemos pessoas entrarem para uma 1ª
consulta com uma mágoa ou raiva enormes de seu pai, de sua mãe, do ex-marido
etc., e com as conversas sobre Reencarnação, sobre Personalidade Congênita,
sobre a co-criação de uma infância, iniciarem ali mesmo no consultório uma maneira
mais leve e esperançosa de entender seus dramas e conflitos.
Quantas vezes vemos pessoas chorando dizerem que não querem mais
sentir aquela mágoa, aquela raiva, que querem aproveitar essa encarnação para
evoluírem, para libertarem-se. Elas estão entendendo que reencarnaram para
diminuir ou eliminar de vez esses sentimentos inferiores. Mas poucas pessoas
entendem essas noções e as que entendem, poucas vezes as colocam em sua
própria história. Alguns reencarnacionistas lidam com isso de uma maneira mais
teórica do que prática.
A função do psicoterapeuta reencarnacionista, desde a 1ª consulta, é falar
sobre Reencarnação com as pessoas. Podemos conversar sobre como vai a sua
encarnação, se pensam a respeito, para o que reencarnaram, aos poucos vamos
ajudando-as a pensar a sua vida sob esse prisma, a reler sua infância, lembrar que
cada um de nós reage ao seu modo aos fatos da infância e do decorrer da vida,
falarmos sobre os gatilhos e a sua finalidade etc. É muito simples, vamos
comentando que quem reencarnou para curar a mágoa sente mágoa, quem
reencarnou para curar a raiva sente raiva, quem reencarnou para curar o medo
sente medo, quem reencarnou acreditando-se inferior sente-se inferior, quem
reencarnou com orgulho sente orgulho, e assim por diante.
Nós não desvalorizamos a infância, e essa é uma crítica que recebemos às
vezes, pois é evidente que os fatos do início da encarnação são os que mais
marcam uma pessoa, mas como ela não é um início, e sim uma continuação,
enfatizamos nela, principalmente, o início do afloramento daquilo que veio para ser
melhorado em cada um de nós ao reencarnarmos. Muitas vezes, nossas
inferioridades aumentam na infância, pela ação das pessoas ou situações-gatilho,
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mas quando algo é marcante não se inicia na infância, apenas quando é de pequena
intensidade, uma pequena mágoa, uma raivinha, pode ter iniciado na vida atual.
Nas Sessões de Investigação do Inconsciente, as pessoas encontram aquilo
que sentem (a mágoa, a raiva, os medos, as fobias, a sensação de inferioridade, o
abandono, a solidão etc.) nas suas encarnações passadas, constatando então que
essas características e sentimentos negativos não foram originados nas interações
pessoais conflitadas dessa vida atual e sim aflorados por elas. A mágoa, a raiva e
outros sentimentos frequentemente têm a duração de centenas de anos e vêm à
tona na interação com um Espírito com quem temos um antigo conflito, geralmente
nosso pai, mãe, um irmão, marido, esposa etc.
Uma característica inferior de personalidade ou um sentimento inferior pode
iniciar-se na atual infância, mas aí é de pequena intensidade, mas uma forte
tendência de magoar-se, de sentir raiva, um forte medo, uma sensação intensa de
inferioridade, uma enorme solidão, sempre são muito antigas, geralmente de vários
séculos de duração. E por que não vêm sendo diminuídas em intensidade ou
eliminadas? Por que em cada vida nós acreditamos que aquele sentimento, aquela
sensação, começou naquela vida que estamos vivendo, geralmente na nossa
infância, o que é um grave erro, infelizmente incentivado pelas psicoterapias
tradicionais, herdeiras de antigas ideias religiosas não-reencarnacionistas.
Nas Investigações do Inconsciente escutamos relatos de encarnações
passadas, às vezes de dois ou três mil anos atrás, em que a pessoa se percebe
muito semelhante ao que ainda é hoje. Ou então encontra lá no seu passado um
parente ou um amigo com a personalidade praticamente idêntica à de hoje,
revelando um baixíssimo aproveitamento de suas encarnações, no sentido da
evolução.
A finalidade de uma encarnação e o seu real aproveitamento deve ser
colocado para as pessoas desde a 1ª consulta. Mas não é fácil uma pessoa, mesmo
que acredite em Reencarnação, libertar-se do hábito de analisar a sua vida a partir
da infância, pois estamos todos habituados a isso. Quantos reencarnacionistas
afirmam que a sua mágoa ou a sua raiva vieram da infância, que se acham menos
que os outros porque não tiveram pai ou mãe, que são medrosos porque seu pai,
sua mãe, batiam neles, etc. Acreditam, então, que eram perfeitos ao reencarnar e
alguém lhes estragou? Sabemos que não acreditam nisso, mas observamos que
permanecem mais na teoria do que na prática nessas questões de Reencarnação.
Devemos lembrar para as pessoas reencarnacionistas que podem colocar a
Reencarnação na sua vida, mas como uma prática e não apenas na teoria, nos
Centros, nos livros.
Devemos entender que nós descemos para o Plano Terreno para
encontrarmos as inferioridades do nosso ego e para isso nos deparamos com
situações (gatilhos) que julgamos negativas, desagradáveis, que servem para
sabermos o que devemos melhorar em nosso ego. Também afloram as nossas
superioridades, mas essas não necessitam de Terapia, a não ser que, com o tempo,
comecem a diminuir de intensidade. No Plano Astral, pela elevada frequência do
local, vão sendo, gradativamente, ativados nossos chakras superiores, até um nível
compatível com nosso grau, e vão sendo desativados os nossos chakras inferiores,
e então as nossas inferioridades minimizam, mas não desaparecem. Isso ocorre,
aos poucos, encarnação após encarnação e, um dia, desaparecerem, para isso
voltamos para a Terra, quantas vezes for necessário, para nos confrontarmos com
elas.
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reencarnou, às vezes nem sabe que reencarnou, mas o de cima sabe, já viu essa
história repetir-se muitas vezes antes.
Quem nos aflora a mágoa, a raiva, o sentimento de rejeição, está atuando
como um instrumento da Perfeição para nos mostrar o que devemos curar em nós.
Mas quantos conseguem realmente entender essa questão? É tarefa do
psicoterapeuta reencarnacionista incentivar as pessoas a pensarem a esse respeito,
mas para tanto deve estudar e estudar-se, conhecer e, principalmente, aplicar
primeiramente em si mesmo.
ela contar para nós, algumas de suas encarnações passadas, e aí, sim, poderemos
começar a entender a sua história espiritual através dos séculos.
Durante a 1ª consulta nós vamos escutando, anotando, intuindo, aguardando
o momento para colocarmos a Reencarnação na conversa, o que deve acontecer
após uns 20 ou 30 minutos de amorosa escuta. Se a pessoa está relatando
situações de seu momento atual de vida, após o tempo necessário, podemos dizer:
“Fulano (a), e como foi a sua infância? Teve alguma coisa que não foi boa, que lhe
marcou, que lhe afetou?”. E aguardamos. O seu relato da infância, numa grande
porcentagem de casos, traz situações de mágoa, de dor, de raiva, de rejeição, de
pobreza, de conflitos. Nesse momento, é uma boa oportunidade para introduzirmos
a Reencarnação na conversa. O ideal é, em certo momento do seu relato da
infância, dizermos algo assim, como se estivéssemos falando conosco mesmos: “É,
a nossa infância é criada por nós, por Deus, e sabe-se lá por que precisamos que
ela seja assim...” e aguardamos. Ou, sem parecer que estamos fazendo uma
pergunta, e sim comentando: ”Fulano (a), eu sei que você acredita em
Reencarnação, nós estamos lá no Plano Astral, há tantas famílias, pais, mães, aqui
na Terra, por que será que você veio para essa família (ou esse pai, ou essa
mãe)?”.
A maneira de introduzirmos a Reencarnação na conversa, nesse momento,
fazendo esse tipo de comentário ou questionamento, não deve ser algo técnico,
formal, ou inquiridor, e sim, com um tom amigável, meio sem querer, perguntar sem
parecer que está perguntando, e aguardar... Pronto! Colocamos a Reencarnação na
consulta. A partir daí a conversa deve ser mantida como Psicoterapia
Reencarnacionista. A pessoa que provavelmente está acostumada a pensar a sua
vida de uma certa maneira (geralmente como vítima), acostumada a falar com outras
pessoas a respeito de sua infância de uma forma não-reencarnacionista (ou quando
de uma maneira reencarnacionista, geralmente baseada em culpa e castigo),
acostumada com Psicoterapias dessa vida apenas em que tudo começou na
infância, em que geralmente somos vítima de algo ou alguém, a partir desse
momento, recebe uma “sacudida” em seus raciocínios e sentimentos. Estamos
escutando o seu Raciocínio e começando a transformá-lo no Contra-Raciocínio
(“versão-persona” x “Versão-Espírito”).
Podemos, também, dizer-lhe: “Fulano (a), vamos fazer um exercício de
imaginação?” Ela geralmente diz “Sim” ou meneia a cabeça concordando, ou fica
nos olhando... Como se estivéssemos criando aquilo na hora, sem pressa, sem
parecer que é uma Técnica, podemos dizer assim: “Que idade você tem?”. Ela
responde, digamos, 28 anos. Dizemos: “Não, você!”. Ela repete: “28 anos”. Dizemos:
“Não o (a) fulano (a), você!”. Geralmente a pessoa percebe onde queremos chegar e
diz: “O meu Espírito?, Ah, sei lá...”. Podemos dizer algo assim: “Olha, no mínimo
dezenas ou centenas de milhares de anos e o (a) fulano (a) tem 28 anos. Há uns 30
anos atrás, você estava lá no Plano Astral, e não era o fulano (a), não era dessa
família, não era filho (a) desse pai (ou dessa mãe), já pensou porque você veio para
essa família (ou esse pai, ou essa mãe)?” E aguardamos. Geralmente as respostas
vão desde “Ah, eu mereço!”, ou “Devo ter jogado pedra na Cruz!”, ou “Não faço a
mínima ideia!”
Estamos agora continuando a Psicoterapia Reencarnacionista... A partir daí,
pode-se dizer: “Olha, eu também não sei, mas sabemos que viemos onde o nosso
Espírito pediu, para passar por situações que necessitamos, para resgatarmos algo,
nos testarmos, imagine que estamos lá em cima: lá na Terra tem tantas famílias,
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tantos pais, o que tu pensa disso?” A pessoa fala algumas coisas, geralmente
mostrando que não sabe, e aí é uma boa oportunidade de lhe falarmos: “Fulano (a),
você sabe o que é a Psicoterapia Reencarnacionista?” Geralmente as pessoas
acham que é Terapia de Regressão apenas. Aí é a hora de explicar um pouco. “Não
é Regressão, mas uma Investigação do Inconsciente, ou seja, um instrumento dela,
mas é muito mais do que isso, quer que eu explique em alguns minutos”? “É bom
para saber como é o nosso Tratamento”. A pessoa sempre quer, e então
explicamos, em uns 5 minutos, o que é a Psicoterapia Reencarnacionista, o que ela
visa, qual a sua finalidade, o seu objetivo, o que é a Investigação do Inconsciente, a
nossa Ética nesse processo, os seus dois aspectos (desligamento e consciencial),
que o Tratamento tem uma duração de meses ou alguns anos, e que podemos
conversar e intercalar as Investigações do Inconsciente semanalmente, a cada 10
dias, a cada 15 dias, mensalmente, como ela quiser.
Então, escutamos o relato da pessoa, o que lhe incomoda, o que lhe traz à
consulta, após, lhe induzimos a contar a sua infância, colocamos a Reencarnação
na conversa, demos uma sacudida no seu raciocínio a respeito de sua infância,
explicamos o que é a Psicoterapia Reencarnacionista e o que é a Investigação do
Inconsciente, definimos como será o Tratamento, isso tudo em cerca de 1 hora de
conversa. O próximo encontro poderá ser uma nova conversa ou já a 1ª Sessão de
Investigação do Inconsciente e, sucessivamente, podemos alternar conversas e as
Investigações do Inconsciente, ou fazer 2 ou 3 Investigações do seu Inconsciente
seguidas e depois outra conversa, essa parte fica a critério de cada psicoterapeuta
reencarnacionista.
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Psicoterapia Reencarnacionista TEXTO 3
1. 1ª consulta
2. II 1 (1ª Investigação do Inconsciente)
3. II 2 (2ª Investigação do Inconsciente)
4. Reconsulta
5. II 3 (3ª Investigação do Inconsciente)
6. Reconsulta
encontro. Mas deve ser comentado nessa 1ª consulta os tópicos dessa Ficha que
falam de impedimentos à Investigação do Inconsciente, para evitar que seja
marcada a 1ª Sessão de Investigação do Inconsciente e só então, no dia marcado, a
pessoa traga a Ficha preenchida mostrando isso. Se não houver algum impedimento
ou que necessite um atestado de seu médico ou um médico especializado na área
sensível, ela pode levar a Ficha para casa, preencher e trazer no dia do próximo
encontro.
Enfim, passar para as pessoas mais do que simpatia e amor, passar
profissionalismo, seriedade e comprometimento, para que a Psicoterapia
Reencarnacionista seja realmente uma Psicologia e não um procedimento
“alternativo”, “esotérico”, "espiritual". As pessoas são trazidas até nós pelos seus
Mentores, que estão ali, ao lado, nos olhando, vendo se temos competência ou não,
se levamos nossa profissão a sério ou não, se realmente cumprimos nossa
obrigação. Não devemos decepcioná-los.
AS RECONSULTAS
Na Psicoterapia Reencarnacionista realizamos Tratamentos individuais
(crianças, adolescentes, adultos e velhos), de casal, de pais e de família, com
consultas com a duração de 1 hora, ou mais, ou Tratamento em grupo, com a
duração de 2 horas ou mais. Desde a 1ª consulta começa-se a falar de
Reencarnação com as pessoas. Com a continuação do Tratamento, nas
reconsultas, isso vai aprofundando-se, pois o tema das conversas na Psicoterapia
Reencarnacionista é sempre Reencarnação, é sempre o real aproveitamento da
encarnação. Vamos incentivando as pessoas a irem pensando sobre isso, irem
avaliando essa passagem, relendo a sua infância, vamos ajudando-a a entender
melhor o que são as armadilhas, os gatilhos (inferiores e superiores), o que é estar
aqui, ajudando-as a comprometerem-se mais firmemente com os objetivos
espirituais de sua atual passagem.
Podemos realizar a Sessão de Investigação do Inconsciente no 2º ou no 3º
encontro com as pessoas, dando-lhes a oportunidade dos seus Mentores mostrarem
para o quê reencarnaram dessa vez e o que estão repetindo negativamente,
encarnação após encarnação (o seu padrão comportamental) e o que acontece
quando o nosso ego nos comanda. Se o motivo da consulta for uma Fobia, o
Transtorno do Pânico, uma Depressão severa, uma dor física sem diagnóstico e
tratamento, ou seja, algo focal, não comportamental, nas Investigações do
Inconsciente, poderão receber do seu Mentor a oportunidade de encontrarem as
situações de onde originam-se esses sintomas, para desligarem-se de lá. Muitas
vezes, nesses casos, pode-se não encontrar imediatamente o seu padrão
comportamental negativo repetitivo, mas nas próximas Sessões de Investigação do
Inconsciente isso geralmente começa a manifestar-se, e aí aparece uma forte
tendência de isolamento, de tristeza, de mágoa, de materialismo, de baixa
autoestima, de orgulho etc. E as reconsultas irão endereçando-se para isso, a sua
Personalidade Congênita, o que deve mudar nessa atual encarnação e como está
indo a sua libertação do comando do seu ego sobre os seus pensamentos.
Nas reconsultas vamos ficando mais amigos da pessoa em Tratamento, pois
na Psicoterapia Reencarnacionista não existe a distância estabelecida por algumas
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Psicoterapia Reencarnacionista TEXTO 3
Escolas psicológicas, não existe frieza, pose, ficar quieto, não falar nada, como
também não devemos ficar fazendo discursos dogmáticos, dar “aulas” de
Reencarnação. O que deve ir estabelecendo-se nas reconsultas é uma amizade
entre nós e a pessoa, irmos mostrando que realmente somos iguais, que somos
todos irmãos. Podemos ser carinhosos com as pessoas que nos procuram,
podemos abraçar, beijar, sentar do lado, consolar, e até chorar junto. Podemos nos
emocionar, nos sensibilizar, dar exemplos pessoais, contar, se for conveniente,
casos de Investigação do Inconsciente que tenham a ver com o caso da pessoa,
falar em Jesus, em Deus, em amor, podemos encaminhar para um Centro Espírita
ou Espiritualista, se isso for conveniente, enfim, as consultas em Psicoterapia
Reencarnacionista são momentos de afeto, de integração, em que ensinamos e
aprendemos, em que damos e recebemos carinho, em que nos sentimos integrados
às pessoas que nos procuram, em que vivenciamos a Unicidade. As consultas em
Psicoterapia Reencarnacionista são espirituais, são de irmão para irmão.
É de fundamental importância que o psicoterapeuta reencarnacionista dê um
exemplo de como deve ser a postura de um verdadeiro reencarnacionista: procurar
não ser agitado, ansioso, nervoso, falar demais, procurar não ser tímido, inseguro,
envergonhado, procurar não ser orgulhoso, o “dono da verdade”, não ser rígido,
fazer “pose”, enfim, o psicoterapeuta reencarnacionista deve ser uma pessoa que
corresponda ao que fala em seu consultório, e todos devem sentir que existe uma
coerência entre a sua fala e a sua atitude. Isso não quer dizer que, para ser um
psicoterapeuta reencarnacionista, nosso ego já precise ser puro e perfeito, senão
essa Escola só poderia vir para a Terra daqui alguns milhares de anos, e, sim,
termos uma credibilidade interna de que aquilo que falamos, nós fazemos, o que
recomendamos, nós praticamos.
O consultório e a sala de espera de um psicoterapeuta reencarnacionista
pode ter quadros espiritualistas, mensagens de amor, de harmonia, de paz,
incensários, anjos, plantas, flores, música suave, tapetes coloridos, um ambiente
adequado para as pessoas sentirem que ali encontrarão um atendimento espiritual,
que ali é um local bom para relaxar, entregar-se, abrirem-se, permitirem-se acessar
seus Mentores Espirituais, terem insights advindos do seu Eu Superior e do Mundo
Espiritual. Deve ser um local afetuoso, integrador e interiorizante, onde as pessoas
chegam, suspiram e dizem: “Ah, como é bom aqui!”
A linguagem do psicoterapeuta reencarnacionista nas consultas é simples,
tranquila, horizontal. Devemos evitar o falatório difícil, complicado, erudições
egóicas. Também devemos evitar diagnósticos psiquiátricos pois, para nós, não
importa se a pessoa tem o diagnóstico de Esquizofrenia, Paranoia, Transtorno
Bipolar, Fobias, Transtorno de Pânico, Depressão, etc. Para nós o que importa é o
que a pessoa fala, o que ela pensa, o que ela sente, sem diagnósticos de DSM
(Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais). Isso porque desde
a 1ª consulta, vamos procurando incentivar a pessoa a refletir o que seu veio fazer
na Terra dessa vez, o que veio melhorar, em que situações de vidas passadas pode
estar sintonizado, e se vier com diagnósticos psiquiátricos, devemos relativizar isso,
mostrar para a pessoa e seus familiares, se vierem junto, que nós não lidamos com
diagnósticos, nós lidamos com a busca das causas, da origem dos sintomas, seja
nessa, seja em vidas passadas. Não somos contrários aos medicamentos
psiquiátricos paliativos, que apenas aumentam a serotonina, baixam a adrenalina e
regulam o lítio, mas temos o dever de procurar a explicação, a origem dos sintomas.
Isso é realizado nas conversas em que vamos analisando seus pensamentos, seus
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sentimentos, suas posturas, ela lembra que é um Espírito encarnado? Como ela vê
a sua infância? Sabe para o que reencarnou? Está aproveitando essa passagem? É
obediente ao seu Eu Superior? Nas Investigações do Inconsciente, muitas vezes,
encontramos a causa da “Esquizofrenia”, da “Paranoia” e outros diagnósticos nas
sintonias com vidas passadas. Algumas vezes devemos recomendar uma consulta e
um possível tratamento espiritual em Centros Espíritas ou Espiritualistas, pois
também lidamos com a obsessão espiritual, e lá elas podem entender as
interferências inferiores. Não devemos nos esconder, ocultar nossas verdades,
nossas crenças, mas também não devemos nos exaltar, criticar a Psicologia, a
Psiquiatria, ironizar quem não acredita ou não lida com isso. Não somos
adolescentes, somos adultos.
Se não sabemos se a pessoa é reencarnacionista ou não, a nossa sala de
espera, o nosso consultório, deve mostrar que nós somos, nos quadros na parede,
nas revistas e jornais para ler, nos folhetos de divulgação de cursos, palestras etc.
Se a pessoa leu que somos reencarnacionistas em nosso cartão de apresentação,
na placa na porta do nosso consultório, vê o que temos na sala de espera, e entra
para a consulta, ou ela é reencarnacionista ou, pelo menos, não é avessa a essa
concepção.
O ideal é que o Tratamento perdure até que a pessoa vá reaprendendo a
pensar como um Espírito, ampliando sua compreensão a respeito da encarnação, do
que deve aprimorar em si, como pode ir evoluindo, como pode libertar-se de suas
inferioridades, relendo sua infância, conseguindo perceber as armadilhas, os
gatilhos, entendendo as buscas de harmonização com Espíritos encarnados
conflitantes, colocando seu ego a serviço do seu Espírito. Vamos entremeando
consultas e Investigações do Inconsciente, e o tempo todo o foco é a evolução.
O TRATAMENTO
A Psicoterapia Reencarnacionista apresenta dois níveis de enfoque
psicoterapêutico:
1. Básico – Tratar as inferioridades congênitas do nosso ego, características que
viemos apresentando há várias encarnações e ainda hoje. Para isso, são
utilizadas as Sessões de Investigação do Inconsciente conscienciais, que nos
ajudam a encontrar a nossa Personalidade Congênita e encetarmos, a partir
dessa constatação, a Reforma Íntima do ego, principalmente dessas
características inferiores. Ela é indicada para as pessoas cujo ego funciona
com predomínio do nível infantil inferior, adolescente inferior e adulto inferior.
2. Avançado – Visa buscar a reintegração do ego ao nosso Eu Divino. Ela é
indicada para as pessoas que passaram pelo nível básico de Tratamento e já
amadureceram suficientemente o seu ego, podendo ingressar nesse nível
mais profundo de Tratamento, pois já predominam características infantis,
adolescentes e adultas superiores; ou para as pessoas que chegam a
tratamento já com esse nível evolutivo do seu ego.
todos para sermos seus auxiliares visíveis, eles confiam e precisam de nós, a
criação da Psicoterapia Reencarnacionista é deles, a nós compete a sua fixação na
Terra. Eles são os capitães do navio, nós somos os marinheiros. Os capitães nunca
abandonam o barco, alguns marinheiros, por falta de maior amplitude de visão, por
fraqueza ou falta de fé em si mesmos, às vezes o fazem.
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ego, ele começa a achar que somos seus inimigos, que estamos contra ele, que
queremos destruí-lo, e começa a utilizar a sua arma favorita: a sedução.
Como ele faz isso? Começa a nos adular, a nos dar razão em tudo, nós
sempre estamos certos, em caso de dúvida ele nos convence que é isso mesmo,
essa psicoterapia é simples demais, não pode ser... Como assim, eu sou como sou
porque nasci assim? Eu desejei a minha infância? Quer dizer que não sou uma
vítima e, sim, um co-criador? Eu atraio os fatos da minha vida? Tudo é gatilho?
Estamos todos dentro de uma Grande Armadilha? Estou preparando a minha
próxima infância? É muito complicado, parece fácil, mas não é, acho que não é para
mim. Pensava que era um Curso de Regressão e me dizem que eu vou aprender
como não fazer Regressão, vou ser só um auxiliar do Mentor Espiritual das pessoas,
e nem chamam de paciente, chamam de pessoa, vou desistir... Ano que vem eu
faço de novo, acho... E tem a Lei do Esquecimento, acho que essa Investigação do
Inconsciente infringe essa Lei... O Conselho não permite, vou me complicar...
E de argumento em argumento, aquele aluno que enviou e-mail, que queria
tanto fazer o Curso, que esperou meses para o Curso começar, ali pelo 2º, 3º, 4º
mês, começa a ter dúvidas, a questionar, a pensar em desistir... O que está
acontecendo? Leu os textos, os livros, acessou os sites, achava tudo tão
interessante, comentou com muitas pessoas que iria fazer o Curso, veio tão
entusiasmado para a aula inaugural, está apenas no início, e já pensando em
desistir? Pede opinião em casa, comenta com os colegas, fala com os amigos, cada
um diz uma coisa, que tem razão, que não tem razão, quem sabe não é esse Curso
mesmo, mas pode ser bloqueio, pode ser resistência, não é a primeira vez que
desiste de algo que queria tanto. Como assim, bloqueio? Bloqueio de que? E
resistência? Claro que já desistiu outras vezes, mas todo mundo já desistiu de
coisas, isso é normal. Não vou mais, pronto! Ah, não, fica chato, vou mandar um e-
mail para o (a) professor, mas falar o que? Vou inventar uma desculpa qualquer,
não, isso não, tenho de falar a verdade, mas nem sei porque estou querendo parar,
não tenho tempo, não, tempo eu tenho, é falta de dinheiro, mas gasto com tanta
bobagem. Explicaram que a Investigação do Inconsciente não infringe a Lei do
Esquecimento, sei não. O Conselho não permite, mas eu já sabia disso. O que faço?
Vou mais uma aula e lá eu decido.
Esse é um exemplo típico da sedução que o ego exerce sobre alguns alunos
no começo do Curso. Na verdade, o que está acontecendo? É um bloqueio, sim, o
ego bloqueia o acesso ao nosso Eu Superior e nos faz ficar rodeando em volta de
nós mesmos, de argumento em argumento, de pensamento em pensamento, vamos
ficando tontos, como que auto-hipnotizados, e vão aflorando as nossas
inferioridades e não as vemos. Vem a crítica, vem a impaciência, vem o orgulho,
vem a prepotência, vem a rejeição, vem o medo, vem a insegurança, vem a dúvida,
vem a solidão, e nós nos digladiando dentro de nós.
O Curso é ver como éramos em encarnações passadas, nos compararmos
como somos hoje, reler a nossa infância, sair da vitimização, aproveitar uma
encarnação no sentido evolutivo consciencial, melhorar os nossos sentimentos pela
mudança do nosso raciocínio, programar a nossa próxima encarnação, passar o
comando para os nossos Mentores Espirituais, humildade, de obediência, de
submissão, querer ser igual aos outros, enfim, tudo aquilo que o nosso ego não
quer, não gosta, pois se acha muito especial, tem de ser o centro do espetáculo,
seja falando pelos cotovelos, seja falando apenas pelos pensamentos, seja sendo o
mais evidentemente feliz, seja parecendo ser muito infeliz, seja sendo um grande
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vencedor, seja sendo um pobre perdedor, o ego tem de aparecer, essa é a sua
especialidade. Não importa como, ele tem de aparecer!
O ego não é um vilão, ele tem desejos, anseios, inseguranças, necessidades,
carências e, no comando dos nossos pensamentos e dos sentimentos, nos domina a
tal ponto que quase todos os alunos quando chegam no Curso, acreditam realmente
que são homens, mulheres, que têm um nome, um sobrenome, que são filhos de
alguém, de uma certa nacionalidade, de uma certa raça, de uma certa cor de pele,
que em uma profissão, enfim, todos esses rótulos passageiros do nosso ego. É ele
no comando.
Quando vamos recordando que somos um Espírito encarnado dentro de uma
“casca” temporária, tendo chegado na família que pedimos, na infância que
desejamos, com os pais e demais membros da família que precisávamos, ou seja,
quando começamos a nos “descascar”, o ego entra em pânico, acha que não
gostamos dele, que queremos expulsá-lo da nossa vida, que iremos renegá-lo, que
vai ser morto, começa a sentir-se rejeitado (se veio com essa tendência), a magoar-
se (se veio com essa), se veio com raiva, começa a sentir raiva, se veio prepotente,
começa a achar que está tudo errado no Curso, se veio acreditando-se inferior, que
não vai ser capaz, se vem há muitas vidas escondendo-se, vai sentando nas
cadeiras dos cantos, só falta entrar parede à dentro, se acha que é meio burrinho,
vai lá para trás, se veio com uma tendência secular de questionar, de criticar, para
não perder o hábito, questiona e critica, e assim, em um Curso de Reforma Íntima e
de re-integração do ego ao nosso Eu divino, em que necessitamos primeiro nos
descascar para depois nos descobrirmos, o ego, amedrontado e inseguro, para
defender-se, ataca! E quer ir embora.
E começa a resistir, já não ouve direito o que o (a) professor (a) fala, vai
entrando em seus próprios pensamentos, vão aflorando as inferioridades, e elas
sempre vêm tingidas de “eu tenho razão”, vai enxergando tudo como vem
enxergando há várias vidas, vai endurecendo, reforçando as suas muralhas,
protegendo o seu patrimônio, resguardando as suas conquistas, vai ficando ansioso,
nervoso, quer sair da aula, quer ir embora, não quer mais voltar, no mês seguinte, o
dilema - vou ou não vou? - e o ego implorando que não, fica em casa, está frio, está
quente, estou com dor de cabeça, ah, hoje estou cansado, tenho outro
compromisso, e não vem na aula, ou vem e fica olhando... Os pensamentos
subjugados, os sentimentos aflorados, o ego em pânico, trancando-se cada vez
mais em si, pelo menos o lanche é bom, ou podia ser melhor, os monitores todos
fardados, de branco, parece religião, estou achando esse Curso muito caro, acho
que não vou poder continuar, o dia inteiro sentado, a gente fica meio duro, ou eu que
sou tenso?, no final tem a meditação, aí é bom, um silêncio, bem legal, a gente
relaxa, todo mundo se abraça, até mês que vem, não sei se eu volto, vou ver
durante o mês, acho que não era bem o que eu pensava, acho que não é para mim,
mudança, transformação, Reforma Íntima, aproveitar a encarnação, ver o Telão aqui
na Terra, e essa Simulação de Plano Astral, imaginar que já morreu e está
prestando conta para sua própria Consciência... Pior que esse só o tal de “Não pode
falar eu, meu e minha!”, falar o que então? Sei lá, vou ver o que faço. Já desisti
outras vezes, mas não faz mal, tem muitos Cursos, esse não é muito técnico, é mais
intuitivo, aprender a obedecer, submissão, na Investigação do Inconsciente só falar
“Sim”, “Continua”, “E depois?”, de vez em quando umas Táticas, parece tão sem
graça, deixar os Mentores direcionarem a recordação, não pode comandar, não
pode dirigir, não pode nem levar a Investigação do Inconsciente para a queixa do
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